Especialista
ensina como mudar a relação com as metas e acabar com a frustração típica do
fim do ano
“Então
é Natal, e o que você fez?”. A música famosa que toca no fim do ano também traz
uma sensação ruim: a de que passamos o ano todo sem fazer nada, ou seja, não
cumprimos nenhuma daquelas promessas. Depois, é só pegar o papel com a lista de
objetivos do ano para sentir a frustração: nada de passar mais tempo com a
família, parar de fumar ou viajar mais, por exemplo. Segundo Fagner Borges,
autor do livro “A Jornada da Liberdade” e fundador do Movimento Freesider, isso
acontece por dois motivos: porque as pessoas não sabem estabelecer metas, e
porque não sabem ter constância nas atividades.
Explicação nº1: Para realizar é preciso mudar o foco da
dor
“Existe
um motivo muito simples pelo qual você não se dedicou a realizar suas metas: a
sua mente é preguiçosa”, provoca Fagner. Mas o especialista conta que todos nós
temos mentes que nos forçam a fazer apenas o que é confortável. “Se você
precisa estudar todos os dias para passar em uma prova, treinar todo dia para
ganhar uma competição, ou se programar para uma viagem mais longa, você vai
precisar deixar de lado algumas coisas confortáveis e se forçar a fazer algo
que traz desconforto”, completa.
Criador
de um movimento que leva as pessoas sufocadas pela rotina a conquistarem
liberdade de tempo, mobilidade e dinheiro, Fagner Borges explica que a mente
humana sempre vai buscar o prazer e evitar a dor. “Mas existe uma forma de você
se forçar a estudar ou se dedicar a alguma coisa que vai realmente te ajudar a
cumprir as metas”, conta. O segredo, segundo o especialista, é criar uma imagem
mental positiva de extremo prazer de conquistar as metas. “Assim, a sua mente vai
parar de associar essas tarefas com alguma dor e passará a associar a
realização delas com o prazer de conquistar esses sonhos, antecipando o
sentimento”, ensina. “Como a nossa mente não faz distinção entre realidade e
imaginação, essa é uma forma que eu chamo de ‘enganar o cérebro’ e incentivá-lo
a encontrar prazer em fazer o que tem que ser feito”.
Fagner
completa dizendo que é importante contar os objetivos para mais pessoas. “Você
provavelmente não conseguiu atingir seus objetivos porque, além de tê-los
deixado de lado para fazer o que é confortável, não teve pressão nenhuma de
ninguém, então sugiro que você faça um compromisso público em relação a uma
grande meta”, indica, destacando que familiares e amigos ainda podem ajudar na
realização das metas.
Explicação nº 2: ninguém realiza meta vaga
Ganhar
mais, viajar mais e aproveitar a vida são metas vagas e difíceis de realizar.
Segundo Fagner Borges, o segredo é torná-las específicas, mensuráveis,
alcançáveis, relevantes e temporais. “Você vai perceber que é muito mais fácil
alcançar um objetivo quando ele está claro na sua mente”, completa, antes de
exemplificar as metas que foram criadas pelo consultor George T. Doran na
década de 1980, e que são chamadas de SMART.
Fagner
conta que o objetivo vazio de viajar mais pode ser específico quando se tornar
em “viajar a cada dois meses” ou “viajar todos os feriados prolongados”, por
exemplo. “O objetivo se torna mensurável quando você estabelece quantas vezes
vai viajar no próximo ano, ou qual valor passará a ganhar a mais. Esses valores
precisam ser alcançáveis, então nada de criar algo que você sabe que não
conseguirá alcançar em apenas um ano”, alerta.
O
especialista ainda destaca a importância de os desafios serem relevantes para
cada pessoa. “Desafios impossíveis ou fáceis demais servem para nos
desestimular”, pondera, destacando que também não se deve fazer algo para os
outros, mas que seja relevante para si próprio. “O objetivo precisa ser
importante para você”. Com isso, a meta definida será específica, mensurável,
alcançável e relevante. Por fim, basta definir uma data final para atingir a
meta. “Não adianta pensar em alguns meses ou até o final do ano. Pense em datas
específicas, envolvendo até o horário”, sugere.
Fagner
também recomenda que as metas podem ser divididas em três níveis. “Você pode
criar a meta mínima, que seja desafiante e boa de se atingir; a meta boa, que é
o objetivo real que faz seus olhos brilharem; e a meta incrível, que vai te
fazer comemorar como nunca”, finaliza, desafiando as pessoas a finalmente
conquistarem os sonhos em 2019. “Garanto que, se você definir suas metas para o
ano novo de forma específica e trabalhar nelas com constância, vai conseguir
realizar todas elas antes do próximo Natal”.
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