Executivas líderes globais aderem à disrupção, são
realistas com relação ao crescimento futuro, querem melhorar os processos de
inovação e acreditam em programas de apoio à igualdade de gênero. Essas são
algumas das conclusões do estudo "Mulheres Líderes Globais" (Global
Female Leaders, em inglês), conduzido pela KPMG com 699 executivas
de 42 países e 14 setores da indústria.
O estudo revelou que a maioria das entrevistadas
(77%) vê a disrupção tecnológica mais como uma oportunidade do que ameaça; 77%
confiam no potencial de crescimento das empresas onde atuam; 58% tomaram
decisões estratégicas com base em ideias apoiadas por dados; e apenas 28%
acreditam que o próximo passo na carreira será dado dentro da atual empresa.
Além disso, metade das entrevistadas (51%) acredita que aa empresa cria
disrupção no setor, não sendo prejudicada pela disrupção dos concorrentes.
"As executivas em cargos globais de liderança
estão muito envolvidas com iniciativas direcionadas para o crescimento e a
rentabilidade das empresas. Além disso, o estudo revela que elas estão
confortáveis com a utilização da tecnologia e atentas a uma perspectiva de
trabalho mais inclusiva e diversificada", afirma a líder do Comitê de
Inclusão e Diversidade da KPMG no Brasil, Patricia Molino.
Transformação digital
Outros dados que merecem destaque estão associados
à transformação digital. A ampla maioria (93%) vê necessidade de melhorar
processos de inovação e execução nos próximos três anos; 77% aumentarão o uso
de modelos de dados preditivos; 58% tomaram decisões estratégicas baseadas em
ideias com base em dados nos últimos três anos; 48% se sentem à vontade com
novas tecnologias, como inteligência artificial, blockchain,
realidade mista e impressão 3D.
As entrevistas também demonstraram muito otimismo
sobre o potencial das estratégias de desenvolvimento, sendo que 73% esperam
crescimento de receita superior a 2%, e apenas 17% esperam que seja inferior a
2%. A respeito disso, as executivas têm como meta o crescimento orgânico, com
45% acreditando que essa seja a melhor estratégia.
Esses resultados estão alinhados com as
expectativas de evolução no número de funcionários, com 33% das entrevistadas
indicando um aumento de 6% ou mais na equipe. No entanto, as mulheres são mais
cautelosas quando se trata do impacto da inteligência artificial na equipe, com
apenas 47% declarando que criará mais empregos do que eliminará. Em comparação,
62% dos CEOs disseram o mesmo na nova edição do estudo CEO Outlook, da própria
KPMG.
Entre os desafios, as mulheres
líderes globais observam a necessidade de mudanças culturais para apoiar
iniciativas de igualdade de gênero, com a ampla maioria (83%) acreditando que
programas de capacitação para mulheres sejam uma boa maneira de colocá-las em
cargos de liderança. Apesar disso, quando perguntadas sobre os fatores que as
levaram ao sucesso pessoal, as cotas de liderança foram citadas como sendo as
menos relevantes (4%), em contraste com os dois fatores mais importantes
citados para o sucesso pessoal, como redes pessoais fortes e boas habilidades
de comunicação.
Sobre a pesquisa
A pesquisa foi feita pela
internet entre os dias 6 de março e 13 de abril deste ano. Quase 40% das
entrevistadas são de empresas com mais de US$ 500 milhões de receita anual e
62% atuam em organizações com receita anual inferior a US$ 500 milhões. O
estudo completo está disponível no link - www.kpmg.com/gflo.
KPMG
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