De acordo com urologistas, muitos homens
temem o tratamento do câncer, por medo da disfunção, mas existe recuperação em
quase 100% dos casos
Tratamento pode ser feito com remédios,
injeções ou próteses penianas
A
disfunção erétil é um dos problemas mais temidos pelos homens, segundo pesquisa
da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e é um risco para pacientes
submetidos ao tratamento do câncer de próstata com cirurgia ou nos casos
avançados que necessitam um bloqueio hormonal (zerar a testosterona do sangue).
E o medo desse possível efeito colateral afasta muitos homens do urologista, o
que muitas vezes atrasa o diagnóstico da doença.
De
acordo com o uro-oncologista Guilherme Maia, pacientes que se consultam
regularmente e fazem exames de triagem conseguem um diagnóstico precoce do
câncer, tendo 90% de chance de evitar o bloqueio hormonal, que causa a
disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência sexual.
Segundo
o médico, em pacientes com menos de 55 anos, mais de 98% recuperam a ereção
após a cirurgia. Nos pacientes acima de 75 anos, este índice é de 50%. Quando a
ereção não é recuperada de forma natural, há remédios e terapia de reabilitação
peniana (realizada por meio de injeções no órgão), que têm em geral 75% de
pacientes recuperados e satisfeitos.
Casos
mais graves podem ser tratados com o implante de uma prótese peniana.
Existem
dois tipos de próteses: a maleável e a inflável. A prótese maleável é composta
de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção
permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. Já a
prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis,
permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a
flacidez completa.
Ela
é composta por dois cilindros, um reservatório de soro contido no corpo e uma
válvula localizada dentro do saco escrotal. Para obter uma ereção, o homem
aperta o dispositivo e o soro do reservatório é transferido para o pênis,
causando a ereção. Após a relação sexual, o homem dobra o pênis e o órgão volta
para o estado de flacidez.
De acordo com o especialista, o nível de satisfação com
este tratamento é acima de 80% e os pacientes recuperam a atividade sexual em
quase 100% dos casos e podem ser ativos sexualmente por toda a vida. Vale
ressaltar que o prazer do orgasmo é multifatorial e não depende apenas da
ereção, podendo ser atingido, inclusive com o pênis flácido.
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