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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Vasectomia dá ao homem controle sobre a gravidez


Entre os anos de 2001 e 2017, o método cresceu 300% e os números pularam de 7,7 mil homens para 34 mil neste período.


De acordo com dados do IBGE até 2060, a população brasileira cairá dos atuais 1,77 filhos por mulher para 1,66. E os números do Ministério da Saúde indicam que realmente o país está caminhando para famílias cada vez menores e que se utilizam de procedimentos como a ligadura de trompas e vasectomia para não terem mais filhos. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de vasectomias no Brasil cresceu mais de 300% entre 2001 e 2017, os números pularam de 7,7 mil homens para 34 mil que realizaram a operação no período.

O crescimento do protagonismo masculino no planejamento familiar é cada vez mais evidente, especialmente entre homens na faixa dos 30 e 35 anos, casados e com filhos. De acordo com o Dr. Luiz Renato Guidoni, urologista da Clínica Guidoni, a vasectomia é um procedimento cirúrgico simples (que leva cerca de 30 minutos), seguro e eficaz de contracepção, que consiste em interrupção da passagem dos espermatozoides para o sêmen. 

Nesse procedimento é feita a secção bilateral de ambos os canais deferentes utilizando uma via de acesso mínima. Para minimizar o risco de recanalização espontânea, além da secção, as bordas criadas dos canais são ligadas (amarradas), cauterizadas e então invertidas. Importantíssimo ressaltar que o homem continuará a ter ereções, orgasmos, ejaculações e prazer sexual, como antes do procedimento. A única alteração é que seu sêmen não terá esperma e, consequentemente, não será mais capaz de engravidar uma mulher.

“Realizada com anestesia local associada a sedação anestésica, a vasectomia deve ser pensada cuidadosamente pelo casal porque mesmo podendo ser revertida em cerca de 50% dos casos, deve ser considerada definitiva, já que a técnica é um dos métodos contraceptivos mais efetivos”, explica o Dr. Guidoni.

A vasectomia evita gravidez e não doenças: “Precisamos lembrar sempre que a vasectomia não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis como HIV, sífilis, HPV e gonorreia e etc. Portanto, o uso da camisinha é fundamental para homens que não tenham uma parceira fixa ou que tenham mais de uma parceira sexual”, finaliza o Dr. Guidoni.







Luiz Renato Montez Guidoni / CRM 109022 - Urologista titular da Sociedade Brasileira de Urologia. Membro da Associação Americana de Urologia (AUA). Membro da Sociedade Mundial de Endourologia (Endourological Society). Coordenador de Equipe de Urologia do Hospital São Luiz Anália Franco. Médico dos hospitais Samaritano, Oswaldo Cruz, Villa Lobos, Sírio Libanês e Albert Einstein. Site: www.clinicaguidoni.com.br.



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