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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Combater o diabetes é essencial para saúde do coração



Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos (8,1%) sofrem de diabetes, que mata 72 mil pessoas por ano no País

Em 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, e qual é a relação da cardiologia com essa doença? De acordo com Rogério Krakauer, cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), “o diabetes é uma doença metabólica que implica um grande processo inflamatório nos vasos sanguíneos de todos os órgãos do corpo, sendo que as complicações mais frequentes dos portadores da doença são as que repercutem no sistema cardiovascular”.

Ele explica que, ao longo da vida do diabético, essa inflamação acaba alterando a camada de revestimento interno das artérias, chamada de endotélio, facilitando o acúmulo de gordura (basicamente colesterol) na parede interna, que, ao passar do tempo, vai aumentando e formando a "placa de ateroma", que pode sofrer ruptura ou erosão, causando a angina (dor no peito), infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente das pernas e pés, bem como aneurismas e tromboses em diversos órgãos, como rim, cérebro, aorta, coração e olhos.

Segundo o médico, para prevenir tais complicações é fundamental ter um controle rígido dos níveis de glicemia (açúcar) no sangue, da pressão arterial, colesterol e triglicérides, alimentação e peso, com profunda mudança do estilo de vida, controlando o estresse, realizando exercícios aeróbicos regulares, pelo menos cinco vezes por semana, além de dormir adequadamente.

“O tratamento do diabetes vem se modificando muito nos últimos anos, tornando-se um desafio à população médica, que deve atualizar-se constantemente. Novos medicamentos com poucos efeitos colaterais, menor risco de hipoglicemia, novos mecanismos de ação agregam-se ao tratamento convencional, para juntos conseguirem a melhor glicemia com o menor efeito colateral possível. Comumente, o paciente diabético deverá utilizar várias medicações orais ou injetáveis, incluindo a insulina” – alerta.

Mesmo assim, o cardiologista ressalta que complicações podem acontecer. Por isso, é importante que pessoas que têm casos na família de diabetes ou que desconfiem de algo fiquem atentas aos sinais de sintomas, que quando tratados rapidamente e da forma correta podem ser eficazes na prevenção da doença, evitando-a e reduzindo possíveis sequelas e desdobramentos, como o acometimento por doenças cardiovasculares.


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