Segundo dados da Organização Mundial de
Saúde (OMS), mais de 16 milhões de brasileiros adultos (8,1%) sofrem de
diabetes, que mata 72 mil pessoas por ano no País
Em
14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, e qual é a relação da
cardiologia com essa doença? De acordo com Rogério Krakauer, cardiologista da
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP), “o diabetes é uma
doença metabólica que implica um grande processo inflamatório nos vasos sanguíneos
de todos os órgãos do corpo, sendo que as complicações mais frequentes dos
portadores da doença são as que repercutem no sistema cardiovascular”.
Ele
explica que, ao longo da vida do diabético, essa inflamação acaba alterando a
camada de revestimento interno das artérias, chamada de endotélio, facilitando
o acúmulo de gordura (basicamente colesterol) na parede interna, que, ao passar
do tempo, vai aumentando e formando a "placa de ateroma", que pode
sofrer ruptura ou erosão, causando a angina (dor no peito), infarto, acidente
vascular cerebral (AVC) e entupimento de artérias, especialmente das pernas e
pés, bem como aneurismas e tromboses em diversos órgãos, como rim, cérebro,
aorta, coração e olhos.
Segundo
o médico, para prevenir tais complicações é fundamental ter um controle rígido
dos níveis de glicemia (açúcar) no sangue, da pressão arterial, colesterol e
triglicérides, alimentação e peso, com profunda mudança do estilo de vida,
controlando o estresse, realizando exercícios aeróbicos regulares, pelo menos
cinco vezes por semana, além de dormir adequadamente.
“O
tratamento do diabetes vem se modificando muito nos últimos anos, tornando-se
um desafio à população médica, que deve atualizar-se constantemente. Novos
medicamentos com poucos efeitos colaterais, menor risco de hipoglicemia, novos
mecanismos de ação agregam-se ao tratamento convencional, para juntos
conseguirem a melhor glicemia com o menor efeito colateral possível. Comumente,
o paciente diabético deverá utilizar várias medicações orais ou injetáveis,
incluindo a insulina” – alerta.
Mesmo assim, o cardiologista ressalta que
complicações podem acontecer. Por isso, é importante que pessoas que têm casos
na família de diabetes ou que desconfiem de algo fiquem atentas aos sinais de
sintomas, que quando tratados rapidamente e da forma correta podem ser eficazes
na prevenção da doença, evitando-a e reduzindo possíveis sequelas e
desdobramentos, como o acometimento por doenças cardiovasculares.
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