A crise vai obrigar grande parte
das famílias a controlar gastos com presentes. Veja dicas da Serasa para falar
com os pequenos sobre dinheiro, sem sobrecarregá-los com problemas do universo
dos adultos
O dia das crianças com pouco ou nenhum dinheiro para investir no
presente desejado será uma realidade para muitas famílias brasileiras este ano.
E existem aqui três desafios: aproveitar a oportunidade para ensinar às
crianças sobre a importância de economizar; encontrar alternativas para driblar
a crise e comemorar a data e, principalmente, não transferir problemas do
universo adulto para os filhos.
“Conversar sobre os problemas financeiros da família e mostrar
que existem alternativas para gastar menos é uma prática saudável, que irá
deixar as crianças mais seguras e preparadas para a vida. Isso porque elas
também sentem a mudança de hábitos da casa e, sem obterem nenhuma explicação
sobre o que está acontecendo, podem ficar inseguras”, alerta Simone Lima
diretora do SerasaConsumidor. “Porém, é papel dos pais não transferir problemas
que competem aos mais velhos para esses pequenos membros da família, cuidando
para que entendam que trata-se de uma fase difícil, mas que, com todos colaborando,
tudo ficará bem.”
Um dos caminhos para ensinar sobre educação financeira e
economia é por meio da prática, de maneira lúdica. Veja alguns exemplos
preparados pelos especialistas do SerasaConsumidor:
- Quando o presente solicitado couber no orçamento, proponha que a criança faça uma busca pela internet ou em lojas físicas, sob sua supervisão. Ela verá que existem preços diferentes para o mesmo produto e aprenderá a importância de pesquisar.
- Estipule um teto para o presente e faça com que a criança busque o que deseja dentro daquele valor. Caso ela encontre o presente mais barato, poderá ficar com o troco.
- Quando o presente desejado estiver acima de suas posses, proponha uma compra combinada entre membros da família e deixe que a criança decida o que prefere: receber presentes diferentes de tios e avós ou apenas aquele solicitado.
- Uma alternativa para o brinquedo ou outro produto que a criança quer ganhar é buscá-lo em sites idôneos de artigos usados. Lembre-se de obter referências sobre o vendedor antes efetuar a compra.
- Se o orçamento só permitir compras muito modestas, faça uma lista de brinquedos encontrados em lojas do comércio popular e explique a cada filho que ele pode escolher até “x” produtos daquela lista. No dia da entrega, capriche na embalagem e proponha um jogo de adivinhação para tornar a experiência mais divertida.
- Reúna parentes e vizinhos e veja a possibilidade de realizar uma feira de troca de brinquedos no dia das crianças. O evento pode ser uma oportunidade para fazer tirar do armário aquilo que já não é mais usado e está em bom estado. A feirinha pode culminar com um lanche coletivo em que cada família leva um prato de doce ou salgado, além de bebidas.
- O exemplo acima pode também ser feito com roupas e calçados, quando as crianças são mais velhas e também curtem esses itens.
Quando o presente realmente não for possível,
tente negociar com as crianças que tipo de atividade pode ser feita para
compensar. O adulto tem maturidade para transformar uma situação que seria
frustrante em algo divertido. Passar um dia na praia ou no parque, fazer
piquenique, visitar um amigo, passar o fim de semana na casa de parentes em
outra cidade são alguns exemplos de programas que podem agradar os pequenos.
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