Um dos momentos cruciais no desenvolvimento dos
bebês é a transição entre deixar de ser um neném e se tornar uma criança com
vontades e interesses próprios. A chamada “adolescência do bebê” acontece por
volta dos dois anos de idade e durante essa fase é muito comum que alguns
comportamentos de oposição e busca por independência se tornem mais frequentes.
De acordo com a diretora, psicóloga e
psicanalista do premiado berçário bilíngue Primetime Child Development,
Christine Bruder, a partir dos dois anos as crianças já consolidaram maior
independência motora e já possuem maior habilidade de comunicação, por isso se
consideram capazes de fazer tudo sozinhas, inclusive tomar decisões e fazer
escolhas, comportamento que vai contra a imagem e expectativas dos pais que
ainda vêm as crianças como seus bebês.
“Para se afirmar a criança se opõe, passando a
dizer não à maioria das coisas que antes eram aceitas com tranquilidade,
tornando as coisas simples do dia a dia momentos desafiadores para os pais e
filhos dessa idade. Interessante lembrar que a própria criança oscila entre se
sentir capaz de tudo e se sentir um bebê que precisa de colo e conforto dos
pais quando está com medo ou frustrado por não conseguir colocar os sapatos”,
explica Christine.
Tal comportamento é vivido por todas as crianças
da faixa etária o que muda é sua intensidade, sendo eles mais constantes e
agressivos ou menos e permanece assim até aproximadamente até os três anos.
Diante da negação a tudo dos filhos, os pais devem manter-se firmes quanto aos
limites das crianças, principalmente sobre os que envolvem segurança e saúde.
Já quanto ao comportamento de birra em locais
públicos, Christine afirma que pode ser prevenido se for combinado com a
criança antes o que será feito durante o passeio. “Caso não seja efetivo, se
retire do ambiente público e uma vez calma, dê nome aos sentimentos da criança
e os motivos que a levaram a se sentir assim. A conversa deve ser curta e
objetiva seguida de um “plano” para a próxima vez que saírem juntos”,
acrescenta a psicóloga.
Diante de comportamentos mais agressivos ou
autodestrutivos, Christine indica a procura de ajuda profissional. A psicóloga
também aconselha que os pais sejam consistentes na manutenção dos limites e
sempre que possível dar dentre duas ou três opções de escolhas (pré aporvadas)
aos filhos. Tais atitudes juntamente com a calma tornarão a “adolescência do
bebê” uma fase menos conturbada.
Primetime Child Development
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