Em 11 de outubro é celebrado no país o Dia
Nacional de Prevenção da Obesidade; objetivo é conscientizar população acerca
do problema, considerado epidêmico
Mais
de um terço das crianças brasileiras entre cinco e nove anos está acima do
peso. Os dados do Ministério da Saúde apontam que o mesmo percentual se aplica
aos adolescentes de 12 a 17 anos: 33% apresentam sobrepeso e, destes, 8% são
obesos. A questão vai muito além do aspecto físico, possibilitando o
desenvolvimento de problemas de saúde sérios, como colesterol alto, diabetes e
hipertensão arterial.
Com
o objetivo de conscientizar a população acerca do problema, no próximo dia 11
de outubro é celebrado no Brasil o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A
questão é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do país,
superando a desnutrição e ameaçando diminuir a expectativa de vida do país,
como um todo. Para a organização Mundial de Saúde (OMS), o sobrepeso infantil
está se tornando um problema epidêmico. Recentemente, o órgão disparou um
alerta vermelho sobre a questão ao redor do mundo, principalmente em países
emergentes como o Brasil.
Causas
e desdobramentos –
O sedentarismo e a alimentação inadequada são as principais causas da
obesidade, tanto entre adultos quanto em crianças. Raquel Resende,
endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que
existem também causas e síndromes genéticas. “Tumores no eixo do
hipotálamo-hipofisário ou distúrbios endócrinos como hipotireoidismo e síndrome
de Cushing são responsáveis por, em média, 2% a 5% dos casos de sobrepeso. Os
demais – grande maioria – podem ser atribuídos aos maus hábitos.”
O
excesso de peso aumenta as chances do desenvolvimento de condições crônicas
ainda durante a infância ou adolescência: problemas sérios como diabetes,
colesterol alto, hipertensão arterial, depressão, problemas respiratórios e
outros. Psicologicamente, a obesidade infantil, por modificar a aparência, reflete
na autoestima e autoconfiança das crianças e adolescentes.
Mudança
de hábitos – A OMS
recomenda 300 minutos de atividades físicas por semana – pouco mais de 40
minutos todos os dias. “As crianças precisam gastar calorias, mesmo com o
metabolismo mais acelerado", relata a especialista. “A infância e a
adolescência são períodos críticos para iniciar ou agravar a obesidade devido
ao aumento do tecido adiposo, que ocorre principalmente no sexo feminino. Além
disso, existe maior consumo de alimentos com alto teor calórico e, também,
devidos às instabilidades emocionais frequentes neste período.”
Outro
grande perigo da obesidade, segundo Raquel, está em não colocar limites na
alimentação dos filhos. “Manter uma dieta balanceada não significa que a
criança ou o adolescente vai sofrer privações, nem mesmo que isso vai provocar
um futuro de frustrações com o peso e, portanto, levar à obesidade. Trata-se de
uma maneira saudável e eficiente de combater a obesidade.”
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