Especialista explica
problemas que o vírus pode causar nas gestantes e nas mulheres
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de São
Paulo foram diagnosticados, de janeiro a abril deste ano, 274 casos de caxumba
na capital paulista. No mesmo período do ano passado, foram 41 casos, gerando
um aumento de 568% em relação a esse ano.
A caxumba é uma infecção
viral, que afeta as glândulas parótidas – um dos três pares de glândulas que
produzem saliva. Entre os sintomas estão febre, inchaço e dor nas glândulas
salivares (paroditite), podendo ser em ambos os lados ou em apenas um deles, dor
de cabeça, incômodo ao mastigar e engolir, perda de apetite, fraqueza e
cansaço.
Segundo a ginecologista e
obstetra de São Paulo, Maria Elisa Noriler, mulheres contaminadas pelo vírus
podem sofrer de oforite aguda, uma inflamação nos ovários O tratamento é feito
com antibiótico e anti-inflamatório. Já na gravidez, em mulheres grávidas não
imunizadas, a doença quando contraída no primeiro trimestre, pode levar à
interrupção não voluntária da gravidez (aborto) e risco de má-formação do feto
(teratógeno).
Mulheres que planejam
engravidar devem tomar a vacina contra a caxumba, caso elas ainda não forem
vacinadas ou ainda não tenham tido a doença. “É aconselhável esperar três meses
após a primeira dose da vacina, porque se trata de um medicamento com vírus
vivo atenuado.Após a conclusão de todas as doses da vacina, deve-se esperar
apenas um mês após a última dose para conceber”, explica a especialista.
Para se proteger contra a
caxumba, a dica é evitar o contato. Por isso, é fundamental lavar bem as mãos,
superfícies e objetos, e evitar não ficar perto de paciente infectado, caso
nunca tenha contraído caxumba ou se não tiver sido vacinado. Este conselho é
especialmente importante para as gestantes.
Dra. Maria Elisa Noriler - Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. É Médica Preceptora de Ginecologia e responsável pelo setor de Ginecologia Endócrina InfantoPuberal e Climatério do Hospital Municipal Maternidade Escola de Vila Nova Cachoeirinha desde fevereiro de 2010 e também médica plantonista de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Santa Joana e da Maternidade Pró Matre de São Paulo. www.facebook.com/Dra.MariaElisaNoriler
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