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domingo, 24 de março de 2019

Em nossos dias, o combustível dos chatos de galochas…


São muitos os sonhos e desejos que nos movem.
Coisas importantes presentes na vida de qualquer pessoa.
Quem não sonha, vive na escuridão.
Desejar é a ignição do querer, fácil explicar: antes que querer, desejamos.
Ainda assim, tantas vezes, não acreditamos que podemos conquistar o que sonhamos.
Tampouco aquilo que desejamos.
Isto faz muita diferença.
A descrença é a filha da preguiça, a falta de vontade em lutar.
Se todo caminho for fácil, ainda que seja tentador, que graça teria?
O suor, a indecisão, a decisão, o voltar, o recomeçar, o seguir e tantos outros, são fontes inesgotáveis de aprendizado, e ele, o melhor dos combustíveis.
Pode nos levar para onde quisermos.
Ainda assim, haverá sempre a possibilidade de desistir, este sim o caminho mais fácil.
Para quem só tinha a irmã com quem dançar na festa de formatura, sabe do que estou falando.
Para os que tiveram muitas opções, hão de saber.
Viver de ilusões é abrir mão de buscar o doce mais gostoso.
Aquele cujo gosto fará tudo valer a pena. Sabe ‘aquele’ de mãe?
Quando isso ocorre, sonhos e desejos se tornam meras lamentações.
Ficam longe de serem metas reais, e potenciais, a serem alcançadas.
A ciência de que conseguiremos alcançá-las passa a ser fundamentada em areia movediça.
Daí o surgimento de um cenário ainda mais aterrorizante, a procura por culpados. O que faz a falta de um espelho, não é mesmo?
Muitos de nós fazemos com que as reclamações se tornem mais que os motivos de nossos desagrados, a razão de viver.
Quem vive reclamando tatua a fraqueza em sua testa.Se apresenta para o mundo como multiplicador de aborrecimentos.
Popularmente são conhecidos como chatos. Inconvenientes, impertinentes, aborrecidos e maçantes são seus sinônimos.
Em outros tempos, quando resistentes, ganhavam um acessório, os chatos de galochas. Galochas, famosos acessórios dos anos 1950, costumeiramente colocados por cima dos calçados para protegê-los da água. Por conta do trabalho que dava retirá-las, as galochas não eram retiradas nas casas das pessoas visitadas, propagando sujeiras por elas.
Os chatos de nossos tempos trocaram as galochas por reclamações. São elas seus ruidosos combustíveis.





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