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terça-feira, 23 de maio de 2023

Maio é comemorado o “Dia Internacional do Enfermeiro”. Como usar o inglês como diferencial para trabalhar em outros países

 

A enfermagem é uma das áreas da saúde que mais
 existe procura por profissionais  (Créditos: Unsplash)

O Brasil possui cerca de 6,6 milhões de profissionais de saúde. Desses, 2.710.143 são da área de enfermagem, de acordo com dados da COFEN

 

A saúde é um ramo muito bonito por se tratar da arte de cuidar das pessoas. No dia 12 de Maio comemora-se internacionalmente o “Dia do Enfermeiro”, eles que são a força motriz da assistência à saúde e estão sempre prontos a socorrer os pacientes. Por se tratar de uma profissão abrangente e de atuação independente do espaço como hospitais e centro de saúde, os enfermeiros têm a possibilidade de trabalhar em diversos países. 

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 19 milhões de enfermeiros no mundo atuando na área da saúde. Porém, devido à alta demanda por esses profissionais, há um déficit de 5,9 milhões de enfermeiros no mundo.

 

A demanda de vagas a serem preenchidas é muito maior que a oferta de profissionais qualificados, e essa é a oportunidade perfeita para os enfermeiros brasileiros se candidatarem a empregos no exterior e desenvolverem suas carreiras e ampliarem seus conhecimentos. O Brasil tem cerca de 6,6 milhões de profissionais de saúde. Desses, 2.710.143 são da área de enfermagem, entre auxiliares, técnicos e enfermeiros – segundo dados do Cofen, em julho de 2022.

 

Nesse dia especial, reforçamos a importância dessa profissão. No Brasil existem muito mais profissionais atuando na área da saúde se comparado com outros países. Essa demanda externa oferece oportunidades para que os enfermeiros se especializem internacionalmente, e para isso, é preciso estar capacitado para uma das principais habilidades dessa área tão delicada, que é a comunicação. Aqui na Minds preparamos alunos das mais diversas áreas profissionais. Entendendo a importância do inglês para ajudar essas pessoas a alçarem voos mais altos na carreira, oferecemos o curso intensivo de 18 meses para aqueles que desejam aprender de uma forma mais rápida.”, afirma a CEO da Minds, Leiza Oliveira

 

Benefícios de ser enfermeiro no exterior: 

 

  • Contato maior com outras culturas;
  • Diferencial no currículo;
  • Qualidade de vida melhor; 
  • Melhores condições financeiras
  • Oportunidade de expandir o networking
  • Conhecer novas técnicas da saúde

 

A especialista em educação da rede de idiomas Leiza Oliveira separou 3 países para enfermeiros brasileiros atuarem no exterior:

 

  1. Canadá


O país sofre com uma demanda de trabalhadores no geral, sendo bem receptivos os trabalhadores têm a possibilidade de se deparar com novas experiências gastronômicas, ter um bom retorno financeiro e conhecer os pontos turísticos. 

 

2.          Reino Unido  


Este país possui paisagens de tirar o fôlego e temos a sensação de estar vivendo uma eterna cena de um filme. Para os enfermeiros, a região está com um projeto que se chama “Health and Care Visa”, cuja meta é contratar cerca de 50 mil enfermeiros até o ano de 2025. 

 

3.          Austrália


Por mais que a viagem seja extensa, com cerca de 30 horas de voo, o país realmente vale a pena. Desde 2020 a Austrália vem sofrendo com a ausência de profissionais da saúde, procurando trabalhadores que atuem em setores como: Cardiologia, Ginecologia e Obstetrícia, por exemplo.

 

Agora é o momento para quem deseja trabalhar no exterior e explorar outras realidades do cuidado médico-hospitalar. Como forma de ajudar e desenvolver a comunicação em inglês, a Rede Minds de idiomas preparou um desconto para os profissionais da saúde, válido apenas para esse mês de Maio!  




Minds Idiomas
https://mindsidiomas.com.br/

Glaucoma: Diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar os danos da doença

Dia Nacional de Combate ao Glaucoma acontece neste dia 26 de maio


No dia 26 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente, cerca de 285 milhões de pessoas no mundo têm a visão prejudicada, sendo que a maioria dos casos poderiam ser evitados - entre 60% e 80% - ou dispõem de tratamento. E grande parte desses problemas, são relacionados ao glaucoma. De acordo com o CFM, estima-se que existam 80 milhões de pessoas com glaucoma no mundo, sendo que 5% desses casos resultam na perda total de visão. No Brasil, em 2022, havia 1,5 milhão de pessoas com a doença. E, também de acordo com o Conselho, quase a metade desse grupo desconhecia sua condição por ser doença de evolução silenciosa, sem dor ou incômodo em sua fase inicial. Esses números reforçam a importância da data – e da conscientização pelo diagnóstico precoce.

De acordo com o Dr. Caetano Bellote Filho, oftalmologista da Kora Saúde, o “Glaucoma é uma doença que acomete o nervo ótico, o nervo que leva as informações codificadas na retina para o cérebro. Esse nervo é atingido no glaucoma e vai produzindo uma perda progressiva do campo visual. Como a doença progride de maneira lenta, o paciente não percebe essas alterações até que se atinge um estágio muito avançado. De forma geral, o paciente não tem nenhum sintoma. Então, o diagnóstico precoce se dá por consultas preventivas com o oftalmologista”.

O médico ressalta que alguns grupos de pacientes têm que ter atenção redobrada. São eles: pessoas com idade acima de 40 anos, pacientes que tem alta miopia, histórico familiar positivo, ou seja, se há casos de glaucoma em outros membros da família. Mas, de maneira geral, toda população deve procurar consultas periódicas com o oftalmologista.

Sobre o tratamento, o foco é o controle e a diminuição da pressão do olho, para que os sintomas sejam diminuídos, já que o glaucoma não tem cura. É geralmente feito com colírios, mas podem ser necessários procedimentos cirúrgicos e a laser para o controle da doença. E para quem tem medo da mesa de cirurgia, o profissional deixa o alerta: “Toda a cirurgia oferece riscos, mas em mãos experientes e com uma boa indicação médica, os riscos são muito menores do que os benéficos”.

 

Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher é uma oportunidade para abordar temas que afetam o sistema circulatório da população feminina

Divulgação

Conhecimento sobre os sintomas e dicas de prevenção são essenciais para evitar complicações como varizes e outras doenças vasculares

 

No dia 28 de maio é celebrado o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher, ocasião importante para destacar os cuidados com a saúde feminina e seu sistema circulatório, que engloba diversas alterações nas veias e artérias, e desempenha papel fundamental na qualidade de vida no dia a dia.

Das doenças do sistema vascular que afetam as mulheres, as varizes são as mais recorrentes. É uma condição que ocorre com maior frequência no sexo feminino do que no sexo masculino, e é considerada uma das doenças mais antigas, com registros datados desde a antiguidade.

As varizes são veias dilatadas e tortuosas que impactam o bem-estar, não apenas pelos sintomas que causam, mas também por afetar a autoestima. Nos casos avançados, se não tratadas, podem evoluir para úlceras de difícil cicatrização que apresentam uma consequência negativa à saúde.

É importante ressaltar que a ocorrência de varizes varia de acordo com diversos fatores, incluindo idade, histórico familiar, estilo de vida, obesidade e profissões que exigem longos períodos em pé ou sentado. Conforme a angiologista, cirurgiã vascular e membro da comissão do departamento de informática e dados epidemiológicos da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Anna Karina Paiva Sarpe, as mulheres normalmente apresentam sintomas como dores e sensação de pernas pesadas e cansadas, inchaço, além do aparecimento de telangiectasias, popularmente conhecidas como “vasinhos”.   

“Outras doenças vasculares também podem prejudicar a saúde da mulher. A aterosclerose, por exemplo, é caracterizada pelo acúmulo de placas nas paredes dos vasos sanguíneos, obstruindo o fluxo e contribui  para  o Acidente Vascular Encefálico (AVE) e infarto agudo do miocárdio (IAM). Além disso, essas condições são capazes de afetar os membros inferiores e resultar no estreitamento e obstrução do fluxo arterial nas pernas, conhecido como Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP). A DAOP causa dores intensas durante a caminhada e, se não diagnosticada e tratada corretamente, provoca o surgimento de úlceras, gangrena e aumenta o risco de amputação”, afirma a médica.

Nas mulheres, alguns fatores contribuem para o aparecimento de varizes, como a genética, as alterações hormonais ao longo da vida, o uso de hormônios como anticoncepcionais, menopausa, o sedentarismo, a obesidade e sobrepeso e a idade avançada.

O conhecimento dos fatores de risco é muito importante para a prevenção e também contribui para evitar outras complicações. A Dra. Anna Karina dá algumas dicas:

  • Pratique exercícios físicos regularmente, como caminhadas, natação ou ciclismo. A atividade física estimula a circulação sanguínea e fortalece os músculos das pernas, ajudando a prevenir o desenvolvimento de varizes.
  • Mantenha um peso saudável, pois o excesso de peso coloca pressão adicional nas veias e pode contribuir para o surgimento de varizes. É fundamental adotar uma dieta equilibrada.
  • Evite ficar sentada ou em pé por longos períodos pode dificultar a circulação sanguínea adequada. Faça pausas regulares para movimentar-se. O ideal é esticar as pernas para evitar a estagnação do sangue nas veias.
  • O uso das meias de compressão ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo, reduz o risco de varizes e proporciona alívio para os sintomas existentes. Consulte um médico para saber qual o tipo e a pressão adequados.
  • Ao descansar, procure elevar as pernas acima do nível do coração para facilitar o retorno venoso. Isso pode ser feito utilizando travesseiros ou almofadas para elevar as pernas enquanto você está deitada ou sentada.
  • Tenha uma alimentação saudável com uma dieta rica em fibras, frutas, legumes e grãos integrais. Isso contribui para a saúde vascular, mantém as veias saudáveis e previne problemas como a constipação, que pode aumentar a pressão nas veias.

 

“Conhecer as doenças, entender seus sintomas, situações de riscos e seguir algumas dicas com as orientações dos especialistas é a principal ferramenta para a prevenção”, alerta a médica.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular da Regional São Paulo, Dr. Fábio Rossi, ainda alerta sobre as varizes pélvicas, que é uma condição vascular que afeta especialmente as mulheres e podem causar desconforto significativo e impacto na qualidade de vida. Essas veias dilatadas e tortuosas podem se desenvolver no sistema venoso da região pélvica, e resultar em sintomas como dor pélvica crônica, sensação de peso, inchaço e disfunção sexual. “Muitas vezes são confundidas com outras doenças mais comuns, como endometriose, mioma uterino, doença inflamatória pélvica, doença inflamatória intestinal, síndrome do colón irritável, fibromialgia, cistite crônica, bexiga irritável e até mesmo casos de depressão e infertilidade. A recomendação é uma avaliação por equipe multidisciplinar, que deve envolver o médico vascular especialista e o ginecologista. Embora as varizes pélvicas sejam menos identificadas do que as varizes nas pernas, elas representam uma preocupação crucial para a saúde vascular. É fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas e procurem cuidados médicos adequados para diagnóstico e tratamento, visando melhorar seu bem-estar geral. Ao buscar assistência médica especializada, podem receber orientações precisas e opções de tratamento personalizadas, proporcionando alívio dos sintomas e uma melhoria significativa na qualidade de vida”, orienta Dr. Fabio.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Fibras podem ajudar a regular o intestino, controlar a glicemia e até evitar o câncer, mas não devem ser consumidas em excesso

Fibras alimentares podem ser encontradas em muitas frutas, verduras, sementes e grãos. É preciso, porém, controlar a suplementação


As fibras alimentares são elementos essenciais para uma dieta equilibrada e uma vida saudável, uma vez que elas são responsáveis por regular o trânsito intestinal e evitar a constipação, auxiliar no controle da glicemia (sua ausência pode aumentar o risco de Diabetes tipo 2), pressão arterial, colesterol e perfil lipídico.

Segundo a nutricionista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Adriana Zupo Domeneghetti, seus benefícios podem ir além. “Já há estudos que indicam que elas podem contribuir para uma menor incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, especialmente no cólon e a obesidade”, afirma ela.

As fibras podem ser encontradas em frutas, como maçãs, peras, laranjas, bananas, morangos, framboesas, amoras e kiwis; verduras, como espinafre, couve, brócolis, couve-flor, cenoura, abóbora, couve de Bruxelas e aspargos; legumes como feijão, lentilha, grão-de-bico, ervilha, soja e tofu; grãos integrais, como arroz integral, quinoa, aveia, cevada trigo sarraceno, milho e pão integral; e sementes, como de chia, sementes de linhaça, sementes de abóbora, sementes de girassol e sementes de gergelim. Adriana Domeneghetti dá dicas sobre como incorporar esses alimentos na dieta diária.

“É possível adicionar frutas às refeições, como no café na manhã ou na sobremesa após o almoço, adicionar verduras a um sanduíche ou saladas cruas ou cozidas no almoço ou jantar, adicionar legumes aos seus pratos principais, incorporar as sementes de chia ou linhaça em smoothies, saladas ou iogurtes e escolher grãos integrais no lugar de refinados, como é o caso dos pães. Ao aumentar a ingestão de fibras também é recomendado aumentar o consumo de água”, explica a especialista.


Suplementação

A nutricionista esclarece que a suplementação pode ser importante para situações em que o corpo não está fornecendo a quantidade necessária de fibras para o corpo como para pessoas com constipação crônica, síndrome do intestino irritável e diabetes tipo 2. Porém, ela só deve ser realizada der acordo com as necessidades individuais de cada pessoa e sob orientação de um profissional de saúde, especialmente se ela possui algum problema de saúde que possa ser afetado pela suplementação.

“A dosagem e frequência da suplementação de fibras variam dependendo do tipo de suplemento de fibra e das necessidades individuais de cada pessoa. No geral, a dose recomendada de suplementos de fibras é de cerca de 20-30 gramas por dia para adultos, mas pode variar de acordo com a idade, sexo, peso e nível de atividade física de cada pessoa”, destaca Adriana.

Ela ainda fornece outras orientações em relação à suplementação. “É importante começar com uma dose baixa de suplemento de fibra e aumentá-la gradualmente para permitir que o corpo se acostume a essa mudança na dieta. Uma boa recomendação é começar com uma dose de 5 gramas por dia e aumentar a dose em 5 gramas a cada semana, até atingir a dose desejada”, detalha.

Segundo a profissional, também é importante beber bastante água, tomar o suplemento com a comida e não exagerar na dosagem para evitar problemas digestivos, como diarreia, cólicas e flatulência, além de, com excesso, interferir até mesmo na absorção de alguns nutrientes como como cálcio, ferro, zinco e outros minerais. “A suplementação de fibras não é um substituto para uma dieta saudável e equilibrada, que deve incluir uma variedade de fontes de fibras”, resume.

 

Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br


Olho seco e glaucoma podem comprometer cirurgia de catarata

Esta semana, oftalmologista alerta sobre os riscos em palestra no maior congresso da América Latina sobre catarata e refrativa.

 

O maior congresso catarata e cirurgia refrativa da América Latina, BRASCRS 2023, promovido pela ABCCR (Associação Brasileira de Cirurgia de Catarata e Refrativa) acontece em São Paulo no Transamérica Expo Center, de 24 a 29 de maio, com a participação de mais de 500 palestrantes nacionais e internacionais que apresentam as principais atualizações nestas subespecialidades. 

Na quarta (24), das 15 às 17 horas, o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas, apresenta palestra no bloco 4 sobre os riscos do olho seco e do glaucoma para a restauração da visão na cirurgia de catarata. 

Queiroz Neto ressalta que a catarata é uma doença multifatorial que torna opaco nosso cristalino, lente interna do olho. A principal causa da doença, observa é o envelhecimento que avança no Brasil, a uma velocidade 4,5 vezes maior que o crescimento da população. A estimativa populacional do IBEG (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é de que entre 2019 e 2022       o número de brasileiros com 50 anos ou mais, faixa etária em que a catarata surge no País, teve um aumento de 9%. Passou de 51,2 milhões para 56,1 milhões. Já o crescimento populacional em todas as idades no mesmo período foi de 2% - 210,6 milhões para 214,7 milhões.  O oftalmologista afirma que hoje a cirurgia é bastante segura porque conta com um sistema de portabilidade que descarrega ao centro cirúrgico todas as informações sobre nosso olho coletadas antes da cirurgia. Isso evita falhas e explica porque a maioria das pessoas retomam as atividades no dia seguinte. Apesar disso chama a atenção para o controle do olho seco. Sem isso você pode viver no embaço o restante de seus dias.

 

Envelhecimento e olho seco

“A catarata causada pelo envelhecimento pode chegar junto com o olho seco. E acredite não é um mal menor. Diversas alterações no metabolismo e nas estruturas oculares podem levar à diminuição da produção de lágrima e à piora da qualidade do filme lacrimal que é a principal interface de nossa refração e por isso é tão essencial enxergamos”, pontua. Em mulheres os hormônios sempre permeiam o olho seco.  Mas, quando  entram na menopausa a diminuição dos estrogênios que reduz a lubrificação de todas as mucosas, também atinge os olhos”, salienta. Alguns medicamentos como ansiolíticos e anti-histamínicos, o mal funcionamento das glândulas de meibômio que produzem a camada lipídica da lágrima também são causas importantes da instabilidade do filme lacrimal. O tratamento, afirma, varia de acordo com a avaliação de cada paciente. Pode incluir desde uso de lágrima artificial, desobstrução das glândulas de meibômio com luz pulsada e até implante de um plugue no canal lacrimal. “Eliminar o olho seco é determinante para o sucesso da cirurgia de catarata porque a estabilidade do filme lacrimal garante o cálculo correto da lente intraocular a ser implantada” explica.

 

Olho seco decorrente da cirurgia de catarata

Queiroz Neto ressalta que as principais causas do olho seco decorrente da cirurgia de catarata são:

1.    Dano na incisão da córnea que leva à instabilidade do filme lacrimal.

2.    Reação ao uso dos colírios antibiótico e esteroide indicados no pós cirúrgico para ajudar na recuperação do olho e prevenir infecção.

3.    Diminuição da produção de mucina que ajuda hidratar o olho.

4.    Menor produção do filme lacrimal causada pela inflação ocular após à exposição à luz dos microscópios durante a cirurgia.

5.    Alternância frequente de ressecamento e irrigação da córnea durante a cirurgia.

6.    A técnica cirúrgica também pode induzir ao olho seco. No Brasil a facoemulsificação é a mais usada e induz menos ao olho seco.

7.    As lentes multifocais podem induzir mais ao olho seco pela exigência refrativa.

Por isso, o resultado da cirurgia é definido pela experiência do cirurgião e lente implantada, salienta.

 

Sintomas, diagnóstico e tratamento

O oftalmologista alerta que quem passa pela cirurgia e sente ardência, visão embaçada, flutuante ou lacrimejamento frequente deve consultar o oftalmologista. O diagnóstico do olho seco pós cirúrgico é feito com um equipamento que permite a visualização das camadas da lágrima e em qual delas está ocorrendo o desequilíbrio para estabelecer o tratamento mais adequado. O        especialista afirma que quem tem boa lubrificação nos olhos em uma semana já não sente os sintomas do olho seco.   Em muitos casos o desconforto só desaparece entre 1 e 3 meses.

 

 O risco do colírio para glaucoma

No Brasil a maioria dos casos de glaucoma são do tipo primário de ângulo aberto, caracterizado pelo aumento da pressão intraocular que têm como tratamento o uso contínuo de colírio para baixar a pressão interna do olho. Segundo Queiroz Neto o uso de colírios antiglaucomatosos podem ocasionar doenças na superfície dos olhos devido, principalmente, ao conservante.

“O conservante provoca um processo inflamatório da superfície ocular e o desequilíbrio na produção do filme lacrimal” afirma. Resultado: Cria um ciclo que se retroalimenta e potencializa o efeito do olho seco. Por isso, causa alterações biométricas que induzem a complicações após a cirurgia de catarata.

Segundo o especialista, diversos estudos indicam que os pacientes com glaucoma têm alta concentração na superfície do olho de metaloproteinases (MMPs), enzimas responsáveis pelo remodelamento tecidual e cicatrização de feridas.

Entre estas enzimas, Queiroz Neto destaca a MMP9 que desorganiza e afina a camada mais espessa da córnea, o estroma, que corresponde a 90% da espessura total. “O uso crônico de colírios com conservante para o tratamento do glaucoma antes da cirurgia de catarata pode aumentar a atividade da MMP-9 na córnea, Por isso, potencializa o risco de olho seco pós-cirúrgico, edema macular, inflamação intraocular, entre outras complicações.

Para evitar estes riscos que podem induzir à perda da visão consulte seu oftalmologista sobre outros tratamentos como colírio sem conservante para o glaucoma luz pulsada e suplementação com ômega 3 para olho seco.

 

Hipotireoidismo Congênito: como ele afeta o desenvolvimento do bebê

O hipotireoidismo congênito é uma doença rara, mas grave e silenciosa, que acomete 1 em cada 2.500 mil recém-nascidos, segundo o Departamento Científico de Endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ele ocorre quando a tireoide não é capaz de produzir as quantidades adequadas dos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4. 

“Estes hormônios são essenciais para a formação do sistema nervoso central do bebê, desde a fase embrionária até os dois anos de idade. Quando há ausência ou insuficiência deles, o desenvolvimento da criança fica comprometido, podendo causar deficiência intelectual e manifestações neurológicas, incluindo ataxia, incoordenação, estrabismo, movimentos coreiformes e perda auditiva”, explica Claudia Chang. 

“A maioria das crianças com hipotireoidismo congênito nasce sem manifestações clínicas aparentes. Alguns sinais surgem semanas ou meses após o nascimento: icterícia persistente, hipotermia transitória, choro rouco, dificuldade respiratória no momento das mamadas, intestino preso, grande sonolência e hérnia umbilical. Assim que estes sinais forem notados, a avaliação médica deve ser imediata”, complementa Carlos Moraes. 

A maioria dos casos de hipotireoidismo congênito ocorre isoladamente e não há histórico familiar. Há também causas ambientais/externas, como ingestão materna insuficiente ou em excesso de iodo durante a gestação, uso materno de medicamentos antitireoidianos, passagem de anticorpos maternos que bloqueiam o receptor de TSH pela placenta e grandes hemangiomas hepáticos. 

Além disso, cerca de 15-20% dos casos de hipotireoidismo congênito têm causas genéticas.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito pelo Teste do Pezinho, realizado através da coleta de gotas de sangue do calcanhar do bebê, sendo que o momento ideal para a coleta é entre 48h e 72h de vida. Para a confirmação, é necessário realizar a dosagem do hormônio T4 (total e livre) e do TSH em amostra de sangue. 

Segundo Claudia Chang, o hipotireoidismo congênito não tem cura, mas tem tratamento. Um dos principais é o uso do medicamento levotiroxina, que compensa a falta ou a insuficiência dos hormônios, e deve ser utilizado a vida toda. “O diagnóstico rápido e o início imediato do tratamento são fundamentais para prevenir sequelas neurológicas irreversíveis”. 

“Em suma, a tireoide da gestante precisa fazer parte do pré-natal, do início ao fim, com a realização de exames que avaliem as funções tireoidianas ao longo de toda a gravidez. Só assim será possível identificar e tratar qualquer disfunção antes que a doença se instale”, finaliza o ginecologista e obstetra Carlos Moraes.


Menopausa: quais são os efeitos na pele?

Foto: Internet
As alterações hormonais causam o envelhecimento da derme 


A menopausa é um período de muitas alterações no corpo da mulher,  inclusive na pele. Há diversas adaptações ocorrendo no corpo, principalmente nos hormônios.  Nesse período, acontece uma diminuição das fibras elásticas, colágeno e elastina, levando a uma flacidez excessiva da pele. Também é comum a pele ficar mais ressecada e sensível, tornando-se propícia a irritação, rugas e manchas.

Em suma, a menopausa é definida como o momento que marca o fim da fase reprodutiva da vida da mulher, e que pode ocorrer entre os 45 e 55 anos. “O fim da ovulação se dá pela baixa da produção hormonal, onde ocorre a diminuição da produção de estrogênio e progesterona”, destaca a médica dermatologista Fernanda Bonaparte.

Além disso, o desequilíbrio hormonal colabora com a predominância de hormônios androgênicos na circulação. “Ele torna o rosto mais propenso ao ressecamento, devido a diminuição de óleo pelas glândulas sebáceas, tornando a pele mais sensível. Ainda é responsável pelo aparecimento de pelos grossos sob o queixo e nas laterais da face, tão comuns nas mulheres nessa fase da vida”, afirma a dermatologista.

 

Cuidados com a pele durante a menopausa

·       Mantenha sua rotina de visitas ao dermatologista;

·       Proteja-se do sol;

·       Use produtos adequados para a sua pele;

·       Mantenha uma alimentação balanceada;

·       Tenha boas noites de sono e bons hábitos de saúde;

·       Pratique atividade física regularmente;

·       Invista em procedimentos estéticos que estimulem o colágeno.

Os procedimentos estéticos se tornam grandes aliados durante esse período. “Podem ser realizados preenchimentos de rugas com substâncias absorvíveis, toxina botulínica, peelings, equipamentos de laser, procedimentos que estimulam produção de colágeno como, ultrassom microfocado, biostimuladores e criofrequência dentre outros, que auxiliam na recuperação das alterações provocadas na menopausa”, finaliza Fernanda.

 

 

 

Fonte: Fernanda Santos Bonaparte - Médica especialista em dermatologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Dermatologia - @dra.fernandabonaparte



Saúde mental na adolescência: é preciso estar atento aos sinais

Bagagens individuais, bullying e ambientes tóxicos podem contribuir diretamente para o desenvolvimento de conflitos emocionais e psicológicos em jovens, afirma especialista

 

A infância e adolescência são períodos importantíssimos para o desenvolvimento físico e psicológico dos indivíduos. Enquanto na infância as experiências são mais lúdicas e exploratórias, na adolescência ocorrem mudanças significativas na interação social e nas emoções e, com isso, as vivências e sentimentos são mais intensos.

"Durante a adolescência, as mudanças corporais são mais evidentes e há uma necessidade maior de interação social e de pertencimento a grupos. É um período em que os indivíduos estão procurando sua identidade. Logo, alguns sentimentos podem tomar grandes proporções", afirma o Dr. Rodrigo Lancelote Alberto, psiquiatra e diretor técnico no Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental (CAISM) Franco da Rocha, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.

Nesta fase da vida, diversos fatores podem afetar a saúde mental dos jovens e desencadear diferentes reações. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), metade de todas as condições de saúde mental começa aos 14 anos de idade e a maioria dos casos não é detectada ou tratada. Por isso, é importante ficar atento aos sinais.

Com a pandemia, muitas doenças psicológicas tomaram grandes proporções entre adolescentes. Não só isso, as bagagens individuais de cada um também acabaram por potencializar ainda mais alguns sentimentos.

“A exposição a situações de risco, violência e abusos nos diversos ambientes, como em casa ou na escola, deixam os adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade, pois são locais que, em tese, deveriam prover segurança emocional. Um histórico com esses tipos de vivências pode, muitas vezes, trazer consequências negativas, como possíveis comportamentos agressivos por parte do jovem”, explica o médico.

Não só isso, é também nesta fase da vida que algumas práticas influenciam na forma como o jovem se vê na sociedade. O bullying, que tem sido um assunto bastante presente quando se trata deste público, é uma ação que, somada a outros fatores, pode afetar diretamente a saúde psicológica dos que ainda se encontram em fase de amadurecimento.

“Essa vivência também possui impactos e repercussões emocionais com consequências nocivas para a saúde mental, o que pode desencadear conflitos, dificuldades e transtornos mentais que afetarão o desenvolvimento pessoal. Isso inclui ações e reações violentas, excepcionais e extremas por parte daqueles que são vítimas de bullying”, complementa o psiquiatra.

Junto a isso, as redes sociais têm exercido um papel importante na saúde mental dos jovens. Embora ofereçam muitos benefícios, podem também ser um estímulo negativo para aqueles que já sofrem com questões emocionais e psicológicas e não contam com nenhum tipo de ajuda.

"A partir das redes sociais, os jovens podem ter acesso a conteúdos impróprios e violentos, além de grupos que, muitas vezes, não contribuem positivamente para o seu desenvolvimento. Quando utilizadas de forma inadequada, essas mídias podem afetar o bem-estar psicológico de diferentes formas", ressalta o especialista.

Pesquisa realizada em 2022 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização da sociedade civil Viração Educomunicação, com mais de 7,7 mil jovens e adolescentes de diferentes partes do Brasil, indica que metade dos entrevistados já sentiu necessidade de pedir ajuda sobre assuntos relacionados à saúde mental. Ainda de acordo com o levantamento, 50% dos participantes não conheciam os serviços ou profissionais que deveriam buscar para apoiá-los com seus problemas.


Por isso, prover condições para entender e dar suporte aos conflitos internos destes jovens é de extrema importância e uma forma de os acolher, evitando, em alguns casos, consequências mais drásticas.

“É importante que todos que estão em torno do adolescente estejam atentos e tenham um olhar cuidadoso a mudanças de comportamentos, que incluem isolamento e atos agressivos e violentos, que, muitas vezes, são inexplicáveis à primeira vista”, afirma Dr. Rodrigo.

Ainda de acordo com o psiquiatra, é ideal que os ambientes familiares, sociais e escolares permitam que os adolescentes se expressem livremente e exponham suas dificuldades e conflitos, sem julgamento. Ademais, é importante que haja um retorno que os ajude a desenvolver a resiliência e o autoconhecimento necessários para superar as dificuldades enfrentadas.

Entenda os sinais e mostre-se disponível a apoiá-lo:

Normalmente, adolescentes que enfrentam algum tipo de dificuldade psicológica e/ou emocional apresentam sintomas que podem ser observados em seu dia a dia. Se você conhece ou convive com algum jovem, confira abaixo algumas dicas para reconhecer os sinais e poder ajudá-lo:

- Observe as mudanças de comportamento: caso o adolescente comece a se afastar das pessoas ao seu redor, se mostrar mais irritado ou desinteressado em atividades que antes desfrutava, algo pode não estar bem.

- Preste atenção a sintomas físicos: sinais como dificuldade para dormir e alterações no apetite podem servir de alerta para problemas emocionais e precisam ser levados a sério.

- Converse com o adolescente: se tiver a oportunidade, pergunte como ele está se sentindo, como tem sido sua rotina e se está enfrentando alguma dificuldade. Esteja presente e interessado, pois este é um momento valioso em que o adolescente pode encontrar espaço para expressar seus sentimentos e pensamentos.

- Esteja presente: como já dito, é importante estar disponível para ouvir o adolescente, mas sem julgamentos ou pressão para que fale. Nesta troca, é importante que ele se sinta acolhido e compreendido.

- Busque ajuda especializada: caso perceba que o adolescente está passando por problemas emocionais mais sérios, ajude-o a encontrar um profissional, como psicólogo ou psiquiatra. Procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e agende uma consulta de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


O que os pais precisam saber sobre TDAH

 

Especialista esclarece principais dúvidas sobre TDAH

 

Segundo Ministério da saúde 5 e 8% das pessoas no mundo apresentam Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade e De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção - ABDA, o número de casos de TDAH variam entre 5% e 8% a nível mundial. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades. 

Conversamos com o Neuropediatra Rafael Engel especialista em Neurociências Rafael Engel para esclarecer alguns questionamentos sobre o TDAH.

 

O que é o TDAH? 


R: O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento no qual vários sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade, presentes antes dos 12 anos de idade e em dois ou mais ambientes, trazem evidentes prejuízos sociais e acadêmicos/profissionais. 

 

- Quais são os sintomas do TDAH?

 

R: Os sintomas centrais do TDAH são a desatenção e a hiperatividade/impulsividade. A desatenção é vista como divagação frequente, falta de persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização, apesar do indivíduo ter uma boa compreensão do que está sendo solicitado, nem estar sendo desafiado. A hiperatividade refere-se a atividade motora excessiva quando não apropriado (ex., uma criança que corre em qualquer ambiente, ou um adulto extremamente inquieto, que chega a esgotar os outros com sua agitação). A impulsividade refere-se à intromissão social (p. ex., interromper os outros em excesso), ou a ações precipitadas que frequentemente colocam a pessoa em risco ( ex., atravessar uma rua sem olhar), ou a tomada de decisões importantes sem considerações acerca das consequências no longo prazo (p. ex., assumir um emprego sem informações adequadas).

 

- Quais são as causas do TDAH?

 

R: As causas e os fatores de risco para o TDAH são desconhecidos, mas vários estudos têm demonstrado a base neurobiológica (ou seja, fatores genéticos e bioquímicos) do transtorno. Acredita-se que a intensidade das manifestações seja uma combinação principalmente da genética com alguns fatores ambientais, como exposição a toxinas durante a gestação (sobretudo tabaco), prematuridade e baixo peso ao nascer (que, na verdade, são fatores de risco para qualquer transtorno do neurodesenvolvimento).

 

- Como o TDAH é diagnosticado?


R: O diagnóstico do TDAH é clínico, ou seja, não depende de qualquer exame, e é realizado apenas por médicos especializados (neuropediatras e psiquiatras). No Brasil, costumamos utilizar os critérios descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), organizado pela Academia Americana de Psiquiatria, para uma padronização do diagnóstico.



- Existe cura para o TDAH?

 

R: Como em todo transtorno, o TDAH não é uma doença, então, não se trata de uma cura. Não se cura do transtorno. O tratamento visa ajudar o paciente a desenvolver ferramentas e estratégias para lidar com suas características de modo a não mais ser prejudicado por elas e, com isso, melhorar sua qualidade de vida.

 

- Quais são as opções de tratamento para o TDAH?


R: O tratamento a longo prazo é baseado, primordialmente, em intervenções terapêuticas e educacionais (p.ex., com Psicologia, Pedagogia, entre outras), direcionadas ao próprio indivíduo e aos seus familiares. Também é baseado em mudanças e adaptações sociais que atendem à legislação de inclusão vigente. A curto prazo, existem alguns medicamentos disponíveis que ajudam a amenizar os sintomas, mas que precisam ser avaliados e indicados caso a caso. Alguns estudos estão avaliando o benefício de outras intervenções, como práticas manipulativas de energia, mas ainda sem indicação científica precisa.

 

- Quais são os efeitos do TDAH na vida acadêmica?


R: Os critérios para que se pense no diagnóstico de TDAH envolvem um prejuízo acadêmico, que não se dá por um problema de inteligência, mas porque os sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade dificultam a concentração nas aulas, o planejamento, a organização e a execução das tarefas e o cumprimento de prazos escolares (que é o que chamamos de função executiva). Em crianças escolares, adolescentes, e mesmo em adultos jovens, o prejuízo acadêmico pode estar encoberto por um esforço excessivo do ambiente (ou seja, dos cuidadores, dos professores, etc.) em controlar os sintomas e não deixar que os trabalhos e prazos sejam perdidos.

 


- O TDAH afeta apenas crianças ou também adultos?

 

R: O TDAH inicia na infância, mas os prejuízos podem ser notados ainda na vida adulta. Suspeita-se do diagnóstico, por exemplo, em indivíduos que trocam frequentemente de emprego, não conseguem permanecer em relacionamentos ou cometem pequenas infrações no trânsito por descuido ou desatenção.

 

- Quais são as possíveis complicações associadas ao TDAH?


R: Além dos prejuízos evidentes nas relações sociais e no desempenho acadêmico/profissional, notam-se complicações principalmente associadas à falta de diagnóstico e tratamento adequados. Além dos riscos de acidente e do abandono escolar, há uma maior propensão ao desenvolvimento de outros transtornos (como ansiedade, depressão e abuso de drogas e álcool) e um maior risco de suicídio. Por isso é tão importante o conhecimento sobre o transtorno e o encaminhamento, ainda na infância, para avaliação, mas também que os adultos procurem, ou sejam encaminhados por seus familiares, ajuda adequada.

 

Crédito fotos: Depositphotos - Stock Photos


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