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sexta-feira, 23 de julho de 2021

Ensino de arte para crianças e adolescentes traz benefícios intelectuais e estimulam maior crescimento pessoal

Artes e cultura podem ser experimentadas de forma lúdica e favorecem criatividade, conhecimento e até interesse por outros assuntos


A arte como matéria escolar pode até ser um tema novo, mas o lado positivo de ensinar e estimular atividades artísticas em crianças e adolescentes é conhecida há muito tempo por educadores e psicólogos. Ainda que o período de quarentena tenha se mostrado uma barreira para estreitar os laços das ações culturais com os alunos, o momento pode ser aproveitado para conhecer novos formatos de apreciar arte e instigar os pequenos a aprimorar suas habilidades. Especialistas apontam o envolvimento com educação artística como muito benéfico em diversas áreas da formação dos filhos. 

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, por exemplo, foi alterada em 2016 para contemplar a inclusão de artes visuais, dança, música e teatro nos currículos dos ensinos infantil, fundamental e médio. O que foi um importante ato que demonstra a relevância destas temáticas no ensino. A psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva, Ana Regina Caminha Braga, comenta sobre esta relevância: “A arte tem uma grande contribuição na formação da criança por tratar de questões como motricidade, movimentos de controle do corpo, equilíbrio – na questão da pintura, da dança – e na parte do desenho, dos traços finos e dos grossos. Ainda, despertar a curiosidade de visitar museus, exposições, estar perto do teatro, de shows que envolvem dança e música, e de despertar talentos”. 

Segundo a psicóloga e Mestra em Educação Thais Adorno, a arte se relaciona com os estímulos. “Quando a criança é exposta à música, por exemplo, desenvolve suas capacidades musicais. Por meio da arte, a criança também pode aprender a ler o mundo à sua volta, se localizar nele e aprender a se expressar”, explica a especialista. “Do ponto de vista pedagógico, a expressão artística é bastante relevante pois pode ser um meio de expressão de sentimentos e uma maneira de lidar com as emoções. E a noção de criação artística permite ainda que se desenvolva um senso de protagonismo em sua vida, através da expressão de sua singularidade”, complementa. 

A partir do entendimento da arte, pode-se usar ainda a interdisciplinaridade, ganhando benefícios em outras matérias escolares e do desenvolvimento da criança. “Se o acesso for possível a exposições de outros lugares, seja do exterior ou mesmo outra cidade brasileira. Isso é importante para a criança e vai despertar a curiosidade para outros aspectos, como a questão cultural, a questão geográfica e econômica, como é esta cidade ou país diferente. É todo um contexto que está envolvido”, comenta Ana Regina. “Há a criação de um repertório artístico que são as referências que vamos desenvolvendo ao longo da vida e que, de certa forma, compõem nosso senso estético. A expressão artística está relacionada também com a capacidade de representação”, complementa Thais.

 

Acesso 

Um problema que se acentuou durante a pandemia é o acesso à arte e cultura. As visitas a espaços culturais foram reduzidas ou mesmo fechadas por meses, assim como shows e teatros. O entretenimento artístico ficou muito reduzido especialmente para os pequenos, que muitas vezes só acessam pelas aulas este tipo de conteúdo. Para reverter este cenário, a Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba dedica a programação de julho a crianças e adolescentes. A Bienal On-Line, ação de extensão do evento, vem postando em seu Instagram (@bienaldecuritiba), às terças e quintas-feiras, materiais que instigam a curiosidade e produção artística. 

Explicações sobre tipos de arte estão entre os conteúdos disponíveis. Uma sequência de stories, por exemplo, esclarece o que é a videoarte, citando movimentos artísticos e conceito básicos. Na sequência, questionários reforçam o ensino de conteúdo de maneira interativa. Obras e artistas que já foram apresentados na Bienal servem como inspiração para atividades, como por exemplo o argentino León Ferrari e a obra “En el Principio”. No post da Bienal, um vídeo apresenta o trabalho e estimula as crianças a fazerem suas versões deste representante do abstracionismo contemporâneo. “O objetivo é aproximar crianças e adolescentes da arte, especialmente neste período de férias”, afirma Carolina Loch, coordenadora institucional da Bienal.

 

Envolvimento Familiar 

Todo o conteúdo da Bienal pede a participação da família, para ser desenvolvido com a orientação de responsáveis, outro fator destacado pelas especialistas. Ainda que, durante a pandemia, muitos familiares estejam fazendo home office, é preciso criar uma rotina tanto para os pais quanto para os filhos, senão vai haver um distanciamento, aponta Ana Regina. “Os responsáveis devem sempre lembrar do bem estar dos filhos. Podem proporcionar atividades como brincar de bola, fazer uma pintura, jogar jogos de tabuleiro – muitos deles ajudam a ativar o raciocínio lógico, a matemática e a resolução de problemas”, afirma a especialista. “A família é um conjunto e quem mora na casa deve fazer parte das atividades, para que as crianças e adolescentes percebam que o que ele fez é bem-vindo e está bom ou fazer avaliações do que pode melhorar”, comenta Ana Regina. 

Para Thais Adorno, a criação de momentos familiares e o fortalecimento de vínculos familiares é essencial. “Pode ser um momento em que todos conversem como foi o dia, ou pode ser um tempo da semana em que se faça algo artístico juntos. A dica é o diálogo e a criação de momentos que favoreçam essas trocas”, exemplifica. Para uma criança se sentir estimulada a uma ação ou apreciação artística, a família também precisa estar disposta, pois a noção de fruição e referências culturais são construídas. “Quanto mais eu ver determinada obra ou mais estiver familiarizada com ambientes culturais, mais fácil isso se incorporará em minha vida”, detalha a mestra em educação. “Logo, se toda a família se envolve em atividades artísticas, todos os membros daquela família vão desenvolvendo seus repertórios individuais. Então além do benefício do estreitamento dos vínculos, há os benefícios que a arte promove que podem alcançar os membros da família de modo individual ou coletivamente”, complementa Thais.

 

Exposição

“Ao fim da programação de julho, a proposta é direcionar as crianças para a elaboração de uma exposição dentro de casa com os trabalhos que fizeram seguindo o perfil da Bienal”, explica Carolina Loch. E até a apresentação de desenhos e pinturas tem seus benefícios no desenvolvimento dos pequenos. “Quando os pais cultivam este estímulo ao desenho e pintura, com exposições em casa, com a família, isso vai ativar a memória, a criatividade, o desenvolvimento da criança, assim como sua capacidade de solução de problemas, de se posicionar e de ter sua própria atitude”, Ana Regina pontua. 

Em tempos de pandemia, com as crianças longe das escolas por tanto tempo, a socialização, que ficou prejudicada, também pode ser estimulada por esse processo. “O artista expõe sua obra, aquilo que produziu”, destaca Thais Adorno. “Da mesma forma, quando se organiza uma exposição em casa, mesmo com caráter lúdico, estamos promovendo uma reflexão a respeito da produção artística. Estamos estimulando uma socialização do que foi produzido, o que está relacionado ao valor da obra e com a noção de troca, de mostrar o que foi feito e esperar um olhar em relação à obra”, complementa. 

Para Thais Adorno, a criação estimula não apenas a criatividade, mas o desenvolvimento emocional do sujeito, que toma uma postura ativa e protagonista em relação à sua obra. “Expor os trabalhos criativos também é positivo para quem os aprecia: não é apenas o adolescente ou criança que usufruem deste momento compartilhado em grupo, ele acaba se tornando de todos que participam dele. Fortalece os laços entre todos os envolvidos, voltando seus olhares para a importância da arte em suas vidas”, completa a especialista.

 

Atividade física no frio: o Sesi-SP oferece opções ao ar livre

Como se manter aquecido, ativo e com a saúde em dia. Dicas de atividades e receitas Alimente-se Bem.

 

No inverno, é bom aproveitar os momentos de sol e movimentar para aquecer o corpo, como também é preciso cuidados para não exagerar na alimentação. Confira as dicas e recomendações de nossos especialistas e tudo o que o Sesi-SP pode oferecer.

As atividades ao ar livre são as mais recomendadas nesse processo de retomada das academias e clubes, para maior segurança contra a transmissão do coronavírus ou mesmo da gripe. O Sesi-SP disponibiliza estrutura apropriada, seguindo todas as recomendações de liberações municipais para maior tranquilidade dos nossos frequentadores e visitantes.

Em alta entre os paulistanos, o beach tennis e o futevôlei são os queridinhos do momento. Com as quadras de areia em várias unidades do Sesi-SP pelo estado, não é preciso ir até a praia. A preferência vem da diversão que o esporte promove, fácil de aprender, além do gasto de energia que proporciona, o desenvolvimento muscular e de coordenação motora.

No topo das escolhas dos brasileiros, tendo crescido ainda mais nesse momento da pandemia, a caminhada é um dos exercícios mais completos e entre os que mais se adequam a qualquer perfil de pessoa e idade. Para quem passou muito tempo sem praticar exercícios e quer sair do sedentarismo, é a atividade mais recomendada, segundo os especialistas em educação física.

"Os benefícios são o baixo impacto e, portanto, com reduzidíssima possibilidade de lesões, principalmente se a caminhada for praticada em pistas apropriadas, sem oscilações, buracos e longe do trânsito de carros, para a pessoa se preocupar somente com seu ritmo, respiração e aproveitar o seu caminhar", orienta Marcelo Mendes, especialista em Vida Saudável no Sesi-SP.

As pistas nas unidades do Sesi-SP também são atrativos para os amantes da corrida e havendo interesse, é possível fechar uma turma para que os professores da Academia possam fazer a assessoria para a atividade.

As quadras cobertas, descobertas ou campos também são possibilidades para quem quer reunir seu time para uma partida. No Sesi-SP, além da melhor estrutura, a ventilação é máxima, sem paredes nas laterais, os banheiros estão liberados para o banho e dentro da capacidade permitida.

Sem esquecer a criançada que está em férias, os playgrounds estão liberados, com toda segurança necessária, para que toda família possa aproveitar.

"Vale a recomendação que o retorno à atividade física, principalmente para quem estava parado, é que seja gradativo, respeitando o próprio corpo e limites individuais para evitar lesões. Mas é importante não desistir por conta do frio. A atividade física além de contribuir com a imunidade, promove sensação de bem-estar que aquecerá o corpo e o coração", complementa Mendes.

Conforme avançamos com a imunização da população, as restrições vão sendo reduzidas, mas o momento ainda exige que todos mantenham os protocolos de prevenção, com o uso de máscara e distanciamento. No Sesi-SP recomendamos que os alunos tragam sua garrafinha de água, toalha de rosto, não compartilhem objetos e façam uso do álcool em gel espalhados pelas unidades.

As atividades ao ar livre são as mais recomendadas nesse processo de retomada das academias e clubes, para maior segurança contra a transmissão do coronavírus ou mesmo da gripe. O Sesi-SP disponibiliza estrutura apropriada, seguindo todas as recomendações de liberações municipais para maior tranquilidade dos nossos frequentadores e visitantes.


Alimente-se Bem

Quanto à alimentação, todos sabem que é nessa época do ano que todo mundo gosta mesmo é de opções mais calóricas, como cremes de queijo, chocolates, feijoadinha. Em dias frios, nosso corpo precisa se esforçar mais para manter a temperatura corporal, entre 36,5ºC e 36,9ºC, e isso resulta em uma maior sensação de fome. É normal. A dica dos nutricionistas é não exagerar e conseguir equilibrar as refeições.

Para uma boa saúde, a atividade física deve estar associada à ingestão saudável de nutrientes. A especialista em Nutrição do Sesi-SP, Michelle Bedoline, explica que o inverno é o período de safra de vários alimentos nutritivos, como por exemplo: mexerica, jabuticaba, morango, abóbora, cenoura, inhame, gengibre, mandioca, brócolis, espinafre e etc.

"Muitos desses alimentos possuem propriedades que auxiliam na manutenção de um sistema imunológico eficiente e, existem alguns que ainda nos ajudam a melhorar a deliciosa sensação de estarmos quentinhos, que é o caso das sopas e caldos ou dos alimentos termogênicos, como o gengibre, a pimenta e a canela", complementa, conforme notícia publicada no portal.

Confira a receita de sopa de gengibre no site do Alimente-se Bem aqui.


Bem-Estar

E por falar em bem-estar, a especialista em Psicologia do Sesi-SP, Renata Fonseca de Macedo, conclui: "Estivemos muito tempo fechados, não só em nossas casas, mas também para o nosso dia a dia como costumava ser. A retomada gradual das atividades combate o estresse, ajuda a controlar os hormônios que influenciam no prazer e felicidade, melhorando assim a qualidade de vida, tão emergencial nesses tempos de pandemia".



Serviço:
O Sesi-SP é aberto para todas as pessoas.
• A carteirinha dá acesso a todas as áreas, quadras, campos, playgrounds, ginásio, pista de caminhada e até às piscinas, dos Centros de Atividade Sesi.
• Os planos iniciam a partir de R$ 30,00 no individual e R$ 60,00 para família.
• Para uso das quadras, quem não tem carteirinha, é possível agendar e pagar pelo horário de uso.
• Confira todas as condições nos Centros de Atividade Sesi mais próximo. #Sesipravc.


Prevenção da Saúde Mental das Mulheres: por que devemos falar mais sobre isso?

Agentes de mudança social, as mulheres são referências dentro de seus núcleos familiares, representam parte fundamental da força de trabalho na educação e também na atenção básica à saúde. No tocante à sua saúde, as mulheres também são foco de grandes campanhas de prevenção: câncer de mama, câncer de colo de útero, HPV. Mas por que não inserir também neste rol a prevenção à saúde mental?  

Algumas estatísticas refletem a realidade de grande parte das mulheres. De acordo com a Mental Health Foundation, um estudo realizado em 2016 no Reino Unido evidenciou que uma em cada cinco mulheres, entre 16 e 25 anos, apresenta sofrimento psicológico, com relatos de automutilação e prevalência dos casos de suicídio. 

 

No contexto nacional, uma pesquisa realizada entre maio e junho de 2020 - conduzida no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP - mostrou que, durante a pandemia, as mulheres foram as mais afetadas, respondendo por 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse. 

 

Nessa discussão, precisamos adotar um olhar que vai além da perspectiva biológica e considerar as condições de gênero, que sobrecarregam e impactam a saúde mental, implicando diferentes suscetibilidades e exposições a riscos específicos de sofrimento psicológico.

 

Além do perfil multitarefa, a World Health Organization considera que consequências negativas podem se associar a violências domésticas e reprodutivas, desvantagem socioeconômica, educacional e em termos de oportunidades no mercado de trabalho, status social baixo ou subordinado, responsabilidade incessante pelo cuidado de outras pessoas, padrões irreais de estética e outros. Os obstáculos são ainda maiores para mulheres negras e periféricas, submetidas a outros contextos de discriminação.

 

Estes dados evidenciam a necessidade de fortalecermos a conscientização coletiva da sociedade e  individual sobre a importância da prevenção na saúde mental das mulheres. Um primeiro passo para edificar essas iniciativas de informação é o levantamento Caminhos em Saúde Mental, conduzido pelo Instituto Cactus, em parceria com o Instituto Veredas. O levantamento promove um apanhado sobre os principais consensos nacionais e internacionais em saúde mental, bem como um resgate histórico do tema no país. Por meio de um olhar dedicado a grupos negligenciados, como mulheres e adolescentes, o material convida à construção de estratégias e políticas públicas de atuação em esforços conjuntos de governos, academia, setores de saúde e assistência, além da sociedade civil. Vamos amplificar o debate sobre saúde mental e normalizar a conversa sobre o tema, pavimentando o olhar e o investimento na área e atuando preventivamente no cuidado com a saúde mental da mulher? 

 

 

Maria Fernanda Quartiero e Luciana Barrancos do Instituto Cactus, organização que promove ações de advocacy e grant making em Saúde Mental.


Está no período de pós-parto? Saiba quais tipos de chás podem ajudar neste momento

 

O pós-parto é um período muito importante para a mamãe e para o bebê. Além de ser o momento de recuperação de todo o desgaste físico-mental pelo qual os dois passam na hora do nascimento, é também o fortalecimento de um vínculo que se consolida através da amamentação.

Assim como na gravidez, a mãe precisa tomar todos os cuidados com a alimentação, pois parte dos nutrientes vai para o leite materno, e deste para o organismo do bebê. Isso inclui o consumo dos chás.

Existem infusões que são bastante adequadas e até recomendadas para os primeiros meses de vida dos bebês, graças às suas propriedades anti-inflamatórias, digestivas e calmantes. São várias ervas que prestam papéis como este, como os chás de camomila, gengibre, branco e canela.

Por outro lado, é preciso se preservar de bebidas que provoquem irritação, cólicas ou diarréia, como são os casos do chá verde e do chá mate. “O uso do chá adequado durante o pós-parto pode auxiliar bastante a própria adaptação do bebê às dosagens de leite materno. A mãe, por sua vez, deve priorizar alimentos que estimulem a produção de leite e que tenham nutrientes favoráveis à sua saúde e à do recém-nascido”, esclarece Lucas Penchel, médico e speaker da Soulchá, empresa mineira especializada na fabricação de chás.

Por se tratar de um universo tão amplo como os dos chás, o médico recomenda que a mãe converse com o pediatra e com um nutrólogo ou nutricionista para receber indicações precisas sobre o que consumir após o nascimento do bebê. “Como existem diversos chás e infusões disponíveis no mercado, e hábitos de consumo de chás que variam de uma mãe pra outra, vale a pena procurar ajuda profissional e pesquisar sobre os efeitos da cada bebida. E claro: jamais iniciar o consumo de um novo tipo de chá sem conversar com o médico”, avisa Penchel.

 

Cuidados na gestação

Lucas Penchel adverte ainda que o cuidado com o tipo de chá que está sendo usado na dieta deve ter início antes mesmo da gestação. Para mulheres que desejam engravidar, por exemplo, é importante saber que há ervas que têm até mesmo propriedade abortiva.

“Esse cuidado deve prevalecer já no período gestacional. Algumas infusões podem fazer muito bem para a saúde da mãe e do feto. Tudo é uma questão de conhecer profundamente o que se está tomando. Mas o médico precisa estar a par das suas escolhas antes de qualquer consumo”, explica o profissional da Soulchá.


Especialista em nariz fala sobre importância de higiene das máscaras

Pixabay
Doutor Edson Freitas, médico Otorrinolaringologista e professor instrutor de rinoplastia da UFBA explica o passo a passo de uma limpeza correta do equipamento de proteção contra Covid-19



Com a chegada da pandemia da Covid-19 no Brasil, o uso de máscaras foi indicado para alguns grupos específicos que teriam a tendência de sofrer mais com o vírus, mas após um estudo foi constatado que toda a população deveria utilizar o equipamento de proteção contra o novo coronavírus.

Mesmo depois de um ano e meio de circulação da doença, muitas pessoas ainda não sabem a forma correta de higienizar o material. Segundo o
Doutor Edson Freitas, médico Otorrinolaringologista e professor instrutor de rinoplastia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é de extrema importância seguir todas as orientações do Ministério da Saúde ao lavar as máscaras, para estarem realmente higienizadas.



Dicas de como higienizar máscaras de tecido

“Use água corrente e sabão neutro para lavar previamente, depois deixe a máscara de molho em uma mistura de água com água sanitária entre 20 e 30 minutos”, diz o especialista em nariz.

Conforme o Doutor, a mistura deve ser de uma parte de água sanitária para 50% de água, ou seja, duas colheres de sopa de água sanitária para 1 litro de água.

“Após isso, enxágue bem em água corrente e deixe secar, sem torcer para não danificá-la. Quando estiver seca, passe o ferro quente no material e depois guarde-a em um recipiente fechado, como um saco limpo, para quando for utilizar”, complementa o médico.

As máscaras caseiras de tecido surgiram como uma forte aliada na prevenção do novo coronavírus e, conforme o Dr. Edson não é à toa a importância dela, já que diminui as chances de contágio. “No entanto, o manuseio indevido pode transformar a precaução em um foco da doença, pois além dos cuidados básicos como não compartilhar a máscara, trocá-la a cada 2 horas e até mesmo com seu manuseio, também é de igual importância a forma de higienizá-las”, conclui.

 


Dr. Edson Freitas - médico Otorrinolaringologista pela Universidade de São Paulo, atua como professor instrutor de rinoplastia no Departamento de Otorrino da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial. Referência na cirurgia plástica no nariz, o médico é pioneiro em impressão 3D médica e simulação computadorizada cirúrgica, assim como tem seus trabalhos premiados, com destaque nacional e internacional. É autor de três projetos médicos patenteados (M-scope, Otobone e Ed-angle).


De Covid-19 à gripe, confira quais doenças podem ser evitadas com uso de máscaras

Especialista do Hospital São Camilo explica importância do acessório e dá dicas para utilização por pessoas alérgicas

 

Consideradas um símbolo de boa educação e respeito ao próximo nos países asiáticos, as máscaras se tornaram presente no dia a dia da população brasileira e mundial, como meio de frear a propagação do Coronavírus.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acessório fornece uma barreira contra as gotículas infecciosas expelidas através da respiração, espirro e/ou tosse.

“Cada máscara tem o seu grau de proteção, que, dependendo do tipo, pode garantir até 95% de proteção ao usuário”, explica a Dra. Anna Cláudia Turdo, infectologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Além da Covid-19, outras doenças como influenza, H1N1, vírus sincicial respiratório e hanseníase, além de vírus e bactérias que causam resfriados, podem ser barradas pelo acessório.

“Quando espirramos ou tossimos sem proteger a região da boca e nariz, as gotículas expelidas durante o ato ficam suspensas no ar, proporcionando a propagação do vírus entre as pessoas”, ressalta a infectologista.

Para a especialista, é importante que se utilize as máscaras sempre que houver possibilidade de contato direto ou exposição a gotículas que possam atingir olhos, nariz, boca e garganta.



Tipos de máscaras


- Modelo PFF2/N95

Utilizadas por profissionais de saúde, o modelo PFF2/N95 – com ou sem válvulas – filtra até 98% das partículas suspensas no ar.

“Em termos de proteção, o modelo PFF2 é a melhor opção para evitar quaisquer contágios, principalmente pelo Coronavírus. Esse modelo de máscara não deixa folgas no rosto, ajustando-se corretamente”, explica a infectologista.

 

- Máscaras cirúrgicas

Segundo estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), as máscaras cirúrgicas filtram de 87% a 91% das partículas, conforme a quantidade de camadas.

“Apesar de as máscaras cirúrgicas serem eficientes para filtragem, elas acabam deixando folgas no rosto, o que possibilita uma chance de contágio”, esclarece.

Conforme a especialista, para diminuir o problema de vedação deste modelo, é importante que elas tenham clipe nasal para ajustá-las ao nariz e dar nó nos elásticos, deixando-as mais rente ao rosto.

 

- Máscara de pano

De forma geral, as máscaras de pano têm baixa eficiência de filtragem. Porém, em conjunto com a máscara cirúrgica, ela pode filtrar até 96% das partículas.

“Muitas das máscaras de panos são feitas de algodão ou de poliéster por serem feitas com peças de roupa. Logo, por conta das inúmeras lavagens dos tecidos, sua capacidade de filtragem acaba sendo danificada, causando exposição do usuário”, reitera a Dra. Anna Cláudia.



Alergias respiratórias e de contato

Como um acessório indispensável atualmente, as máscaras ajudam pacientes com alergias respiratórias a não terem contato com agentes alérgicos presentes no ar, como poluição, poeira, pólen, entre outros.

“Para pessoas que sofrem de rinite, sinusite, obstrução nasal e coriza, o modelo de máscara que será utilizada é importante, principalmente para não dificultar a respiração e desencadear os sintomas alérgicos” explica a Dra. Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Segundo a especialista, o ideal para aqueles que sofrem com alergias de maneira geral é buscar a orientação de um médico que identificará, caso a caso, qual o tipo de máscara adequada.

Ela explica ainda que algumas pessoas podem desenvolver alergias na região coberta pela máscara. Portanto, é fundamental observar o uso e o material correto e adequado, nestes casos.

“Alguns tecidos utilizados para confeccionar as máscaras, junto a gotículas de saliva seguradas pelo item, podem causar o que chamamos de dermatite de contato, ou seja, uma irritabilidade na pele que pode gerar áreas de vermelhidão ou inchaço”, esclarece.

Para evitar o problema, a orientação da especialista é fazer a troca da máscara a cada duas horas.

A médica também alerta para a importância de observar a forma de condicionamento das máscaras quando não estiverem em uso, a fim de evitar que fiquem expostas ao acúmulo de poeira e ácaros, aumentando o risco de desencadear reações alérgicas quando em contato com as narinas e a pele.

“Observando esses cuidados básicos, o mais importante é nunca deixar de usar a máscara para garantir a proteção de todos”, finaliza.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Pessoas com desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite tendem a apresentar cansaço constante

Segundo especialista do Hospital Paulista, obstruções nasais causam microdespertares imperceptíveis, que diminue m a qualidade de vida e do sono


Você costuma amanhecer cansado, mesmo tendo dormido por horas durante a noite? Se sente mal-humorado e sem energia ao longo dos dias, apesar de ter descansado quando necessário? Estes podem ser alguns sinais de doença nasal obstrutiva.

De acordo com o Dr. Nilson André Maeda, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, o problema ocorre porque desvios de septo, pólipos nasais e crises de rinite e sinusite causam um impacto negativo no sono, impedindo que as pessoas tenham uma boa qualidade de descanso durante a noite.

"Essas patologias dificultam a passagem adequada de ar pelas narinas, podendo acontecer tanto por uma inflamação da mucosa, no caso das rinites, sinusites e pólipos, ou pelo fato de o septo nasal desviado obstruir um ou ambos os lados do nariz", explica.

Conforme o médico, essa dificuldade de respiração nasal pode levar aos chamados microdespertares - pequenas fragmentações durante o sono -, caracterizados na polissonografia, exame que mede as atividades respiratória, muscular e cerebral durante o sono.

Dr. Nilson destaca que os microdespertares não são percebidos pelo paciente durante a noite, mas impedem a chegada e a manutenção de um sono mais profundo e reparador para o corpo e para o cérebro, traduzindo-se em sonolência diurna.


Diagnóstico

Caso sinta a sensação constante de nariz obstruído, o recomendado é consultar um otorrinolaringologista o quanto antes, para identificar a causa do problema.

Para um diagnóstico mais preciso, a videoendoscopia nasal, tomografia da face e outros exames laboratoriais podem ser solicitados pelo médico, além da polissonografia já mencionada.


Prevenção

O inverno e a baixa umidade do ar são grandes inimigos das pessoas que sofrem de obstruções nasais. Neste período, o especialista indica a utilização de umidificadores de ambiente.

O médico recomenda ainda práticas como lavar roupas e cobertores que ficaram guardados, antes de utilizá-los, evitar a exposição às mudanças bruscas de temperatura e retirar do quarto objetos acumuladores de poeira e ácaros, como tapetes, cortinas e bichinhos de pelúcia, que podem ajudar a evitar crises de rinite e sinusite.


Tratamento

Apesar de desconfortáveis, as obstruções nasais são tratáveis. Segundo o Dr. Nilson, é possível ter uma boa qualidade de vida e noites de sono confortáveis, mesmo sofrendo com estes problemas, quando a patologia é acompanhada por um especialista.

"Se tratarmos essas doenças adequadamente, podemos respirar melhor pelo nariz, ter um sono de mais qualidade e isso impacta em um dia a dia melhor. Ter um boa noite de sono faz parte de um dos três pilares para uma vida mais saudável, juntamente com a alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física", finaliza o otorrinolaringologista.

O tratamento das obstruções nasais pode ser feito por meio de medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia nasal pode ser muito benéfica, auxiliando numa respiração e qualidade de sono desejadas.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Ovulação: saiba a importância do período para a gestação

Especialista em reprodução humana da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva detalha a chamada ovulação, como ela ocorre no organismo feminino, sua importância para a gestação e quais os possíveis sintomas do período.

 

A ovulação é um importante evento no ciclo reprodutivo feminino, pois é quando o óvulo é liberado pelo ovário e está pronto para ser fecundado pelo espermatozóide, tornando possível a gravidez. Este processo ocorre, geralmente, uma vez por mês, no meio de cada ciclo menstrual, através do acionamento de alguns hormônios femininos.

Muitas mulheres pensam que ovulam exatamente no 14º dia do ciclo, mas isso é apenas uma média, pois a maioria das mulheres ovula em um dia diferente em cada mês. Sendo assim, da mesma forma que a duração do ciclo menstrual varia de mulher para mulher e de ciclo para ciclo (geralmente de 23 a 35 dias), a ovulação também pode variar. Nesse sentido, o óvulo normalmente é liberado de 12 a 16 dias antes da próxima menstruação.

Vale lembrar também que alguns fatores como estresse e uso de medicamentos podem afetar o processo hormonal de liberação de óvulo, causando no ciclo uma ovulação precoce ou tardia.


Qual a diferença entre período fértil e ovulação?

É importante esclarecer que ovulação e período fértil não são a mesma coisa. A ovulação é o dia em que o óvulo maduro é liberado do ovário, estando pronto para ser fecundado. Já o período fértil engloba os dias que precedem e sucedem a ovulação. Ou seja, marca o período em que a mulher tem maiores chances de engravidar.

"Isso acontece porque, depois de liberado, o óvulo só sobrevive 24 horas no organismo da mulher. Já os espermatozóides podem durar de três a cinco dias no trato genital feminino. Logo, é considerado período fértil o período de três dias antes até três dias depois da ovulação." Explica Dr. Nilo Frantz, especialista em reprodução humana, da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, em São Paulo.


Quais são os sintomas da ovulação?

Como já vimos, a ovulação normalmente acontece uma vez em cada ciclo menstrual, quando as alterações hormonais acionam o ovário para liberar um óvulo. Isso geralmente ocorre 14 dias antes do início da próxima menstruação e pode gerar alguns sintomas característicos nas mulheres, como alteração no muco cervical, tornando-se mais transparente e elástico, aumento da sensibilidade dos seios e da temperatura corporal.

É importante esclarecer que muitos destes sintomas podem passar despercebidos à maior parte das mulheres e por isso, acaba sendo difícil de identificar o momento exato da ovulação. Assim, mesmo de forma imprecisa, a melhor maneira de saber se a mulher está ovulando é fazendo o cálculo de quando será a próxima menstruação.

Além disso, vale lembrar que mulheres que tomam anticoncepcionais orais não têm ovulação. Consequentemente, não apresentam sintomas, nem podem engravidar.


É normal sentir dor no período de ovulação?

Existem mulheres que sentem uma pontada de dor quando ovulam, mas muitas acabam não apresentando esse sintoma. Se a dor for intensa e constante, permanecendo por mais de um dia, os especialistas alertam que pode ser sinal de endometriose, mioma, cistos, entre outros males que acometem a região pélvica. Por isso, é importante a consulta com um ginecologista.


Qual a importância da ovulação para a gravidez?

A ovulação ocorre, normalmente, uma vez por mês e é quando há maiores chances de acontecer uma gravidez, pois o corpo feminino está no ápice de sua fertilidade. Desta forma, mulheres que querem engravidar devem, então, manter relações sexuais desprotegidas durante o "período fértil", que é considerado o conjunto de três dias antes e três dias depois da ovulação.

Sendo assim, se o óvulo for fecundado, pode se implantar com sucesso no revestimento do útero, o que geralmente ocorre cerca de uma semana após a fertilização. A partir daí, o corpo começa a produzir o hormônio da gravidez, Gonadotrofina coriônica humana (hCG), que mantém ativo o folículo esvaziado para continuar produzindo os hormônios estrogênio e progesterona e evitar que o revestimento do útero seja descartado até que a placenta esteja madura o suficiente para manter a gestação.

Entretanto, se o óvulo não for fecundado, os níveis de estrogênio e progesterona diminuirão e o revestimento espesso do útero começa a se decompor. Assim, se dá a menstruação e o início do próximo ciclo menstrual.




Nilo Frantz Medicina Reprodutiva

Endereço: Av. Brasil, 1150 - Jardim América - São Paulo - SP, 01430-001

Telefone: (11) 3060-4750

Instagram: @nilofrantz


Detran.SP: no Dia do Motorista, São Paulo concentra 34,4% dos condutores do País

Número de habilitados no Estado é de 25,85 mi e supera a população total da Austrália


 

De acordo com dados do Detran.SP, neste domingo (25), quando se comemora o Dia do Motorista, o Estado de São Paulo terá 25,85 milhões de condutores habilitados, número que representa 34% dos motoristas registrados no País. O número de condutores paulistas supera ainda a população de um país como a Austrália, que é 25,36 milhões. Deste total, 15,9 milhões são homens (62%) e 9,6 milhões são mulheres (38%).

 

As categorias de condutores estão cada mais diversificadas. As habilitações para conduzir veículos de duas rodas e pesados hoje já são preferência também do sexo feminino. Do total do Estado, 24,3% das CNHs de mulheres são da categoria A/B (motocicleta e carro) e 1,9% são C,D,E (veículos de carga, vans, ônibus, caminhões e carretas).

 

Já no sexo masculino, 33,7% possui carteira de habilitação categoria AB (motociclista e carro), enquanto 13,1% são C,D,E (veículos de carga, vans, ônibus, caminhão e carretas) e 1,1 % possui somente categoria A. “O Detran tem enorme responsabilidade em oferecer o melhor serviço aos mais de 25 milhões de condutores habilitados do Estado, disponibilizando os nossos serviços nos canais digitais para atender e facilitar ainda mais a vida dos motoristas”, enfatiza Neto Mascellani, presidente do Detran.SP.

 

Crescimento

De 2019 a 2021 houve um aumento de 8,8% no número de CNHs na população acima dos 60 anos; já entre 31 e 60 anos o crescimento foi de 2,4%.  É o caso de Alex Busculo, de 31 anos, que trabalha como motorista desde os 18 e que depois de cinco anos renovou sua CNH neste mês de julho, após sofrer um acidente em que perdeu parte de uma das pernas.

“Sempre adorei a estrada, sei dos riscos da profissão mas é uma paixão. Desde criança sonho com isso porque meu pai é caminhoneiro e minha mãe também mudou sua CNH para a categoria E para dividir o volante com meu pai e viajar com ele pelo país”. E nem mesmo o acidente aos 26 anos o impediu de continuar na profissão. Recuperado e com uma perna mecânica, Alex ficou afastado por cinco anos enquanto buscava a renovação da sua CNH. Em julho, ele finalmente fez o exame e exibiu feliz sua aprovação. “Nem os médicos acreditavam que eu poderia voltar a dirigir caminhão mas eu sabia que era possível porque pesquisei a legislação. Após adaptar o caminhão segundo as regras exigidas, fazer três exames médicos e seguir as normas burocráticas, consegui renovar minha CNH e logo mais estarei na estrada”.

“Estamos celebrando com o Poupatempo a boa política em parceria com as prefeituras. Cada um destes postos vai ser instalado graças ao apoio das prefeituras, que vão poder incluir os serviços municipais nesses Poupatempos de última geração”, afirmou Rodrigo Garcia, que também é Secretário de Governo.

O segmento de condutores PCD (Pessoas com Deficiência) também apresentou crescimento. De 2019 a 2021 o aumento foi de 12,5%, com 464.633 motoristas cadastrados na categoria no departamento de trânsito do Estado.

Além de contar com 25,85 milhões de condutores habilitados, número que representa 34% dos motoristas, o Estado de São Paulo também registra uma frota de 31 milhões de veículos (33,7%) contra 109 milhões de todo o país.


Dor no ombro em atividades cotidianas pode ser sinal da síndrome do impacto do ombro

Patologia é considerada a causa de 44% a 65% de todas as queixas de dor no ombro.


A síndrome do impacto do ombro é pouco conhecida da população. Entretanto, responde a maioria dos casos de dor nos ombros. Simples movimentos, como pentear os cabelos, vestir camisetas, escovar os dentes ou pegar um objeto em um móvel mais alto, podem desencadear um quadro doloroso na articulação.
 
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em RPG e Pilates, a articulação dos ombros é uma das mais complexas do corpo humano. Isso porque é a articulação que permite o maior grau de liberdade de movimentos.
 
“Uma das partes mais conhecidas dos ombros é o manguito rotador. Trata-se de um grupo de quatro músculos que se originam na omoplata e se conectam ao tendão do úmero, o osso do braço. Esse grupo muscular é usado em todos os movimentos que exigem rotação e atuam na estabilização da articulação dos ombros”.
 
“Contudo, o manguito rotador fica localizado num espaço pequeno, entre o úmero e a parte superior da omoplata, chamada de acrômio. Por esse motivo, o manguito rotador fica mais suscetível a ser pinçado ou pressionado entre esses dois ossos. Quando isso ocorre, é chamada de síndrome do impacto do ombro”, explica Walkíria.  


 
Outras causas

A síndrome do impacto do ombro também tem ligação com a tendinite e a bursite. A tendinite (inflamação nos tendões) é causada por movimentos repetitivos, como, por exemplo, jogar tênis ou praticar natação.
 
Já a bursite é a inflamação da bursa, estrutura cheia de líquido cujo principal objetivo é evitar o atrito entre os ossos, tendões e músculos.
 
Há ainda uma causa relacionada a alterações de nascimento no acrômio, que deixa o osso menos plano. Por fim, o surgimento de esporões ósseos também pode levar à síndrome do impacto do ombro.

“São lesões que se desenvolvem nas articulaoes que apresentam sinais de degeneração, ou ainda em áreas que sofrem tração por tendões ou ligamentos”, cita Walkíria.


 
Idosos e atletas

A síndrome do impacto do ombro pode atingir qualquer pessoa. “Porém, é mais comum em atletas, praticantes de natação, tênis, volei e em pessoas da terceira idade. O impacto do ombro também pode resultar de uma lesão, como uma queda com o braço estendido ou diretamente no ombro”, comenta a fisioterapeuta.


 
Dor em movimento

A síndrome do impacto do ombro pode se manifestar de várias maneiras. A dor está presente em praticamente todos os movimentos. “Pegar um objeto que esteja acima da altura da cabeça, dor ao abaixar o braço, dor ao mover o ombro para frente e para trás, dor ao deitar-se sobre o ombro afetado”, cita Walkíria.
 
Outros sintomas podem ser dor para lavar ou tocar as costas, fechar um zíper, escovar os cabeços, bem como fraqueza ou rigidez muscular nos ombros. “É importante dizer que as manifestações da síndrome do impacto do ombro se desenvolvem gradualmente. Podem ocorrer ao longo de semanas ou meses”, ressalta a especialista.


 
Como a síndrome do impacto do ombro é tratada?
 
Os objetivos do tratamento para a síndrome do impacto do ombro são reduzir a dor e restaurar a função do ombro.
 
“O tratamento é, na maioria dos casos, conservador. Ou seja, o paciente é encaminhado para a fisioterapia. Além disso, o médico também pode prescrever medicamentos anti-inflamatórios. A cirurgia é reservada para casos mais graves ou ainda quando o paciente não responde ao tratamento conservador”, relata Walkíria.
 
“Normalmente, o paciente chega com um quadro de dor importante. Nesse começo, usamos técnicas para alívio da dor. Quando há controle dos sintomas, iniciamos os exercícios para melhorar a amplitude de movimento e para fortalecer a musculatura dos ombros, especialmente para os músculos do manguito rotador”, explica a fisioterapeuta.
 
O reequilíbrio muscular, com alongamento do trapézio, do peitoral, bem como o fortalecimento dos rotadores externos e uma correção postural são os fundamentos da fisioterapia para tratar a síndrome do impacto do ombro.
 
“Com isso, o paciente pode retomar suas atividades, inclusive as esportivas. Entretanto, quando esse reequilíbrio não é alcançado na fisioterapia, a chance de recorrência é maior”, finaliza Walkíria.


Julho amarelo: 10 curiosidades sobre hepatites virais

Infectologista explica os tipos da doença e os seus tratamentos

 

Estabelecido em 2019, o Julho Amarelo é o mês de combate às hepatites virais. O intuito do mês é conscientizar as pessoas em relação aos diferentes tipos da enfermidade e reforçar ações de vigilância de saneamento como medida profilática contra essas doenças. "As hepatites virais são doenças infecciosas causadas por vírus e afetam o fígado ", explica o médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, Victor Bertollo.

Um problema do sistema de saúde que tem diversas origens. O governo brasileiro se comprometeu em reduzir 90% das contaminações e 65% das mortes por hepatite até 2030, conforme firmado no Plano Estratégico Global das Hepatites Virais, da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Apesar de infectar o fígado, cada tipo de hepatite tem sua peculiaridade", acrescenta Bertollo.

Você sabe quais as diferenças entre os tipos de hepatite? Pensando nisso, como forma de conscientizar, trouxemos algumas informações importantes e curiosidades sobre as hepatites virais.


1- Tipos de Hepatite

Atualmente, existem cinco tipos de hepatites diagnosticadas em humanos: A, B, C, D e E. "No Brasil, os tipos comuns são a A, a B e a C", explica o Dr. Victor. A hepatite D e E são comuns na Ásia e na África, mas também há casos na região Norte do Brasil. Ainda existem outros dois tipos de hepatites, a F e a G, mas que ainda não foram encontradas em pessoas.


2- Julho Amarelo e 28 de julho

Além de ter um mês dedicado à conscientização e sua prevenção, o dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contras a Hepatites Virais. A demanda de se criar uma data mundial para alertar a população partiu da representação brasileira na Assembléia Mundial da Saúde, da OMS, em 2012.


3- Transmissão

As formas de transmissão são diversas. Os vírus da hepatite A e E podem ser transmitidos de forma fecal-oral, ou seja, por meio de alimentos e água contaminados por resíduos fecais que contenham o vírus. "Esses tipos são mais comuns em locais com pouco saneamento básico, como encontrado em alguns locais no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste", ressalta o infectologista.

Enquanto isso, os tipos B, C e D são transmitidos por vias sanguíneas e, também, por secreções. Dessa forma, esses tipos de hepatite podem ser consideradas doenças sexualmente transmissíveis. "O alerta para esses tipos é que o vírus pode ser transmitido de mãe para filho durante a gestação ou no parto", acrescenta o dr. Victor.


4- Sintomas e sinais

A grande preocupação com as hepatites virais é com a sua característica de ser, via de regra, uma doença silenciosa. "Existem pessoas que são portadoras dos vírus da hepatite B e C que não sabem que têm a doença", fala o especialista. Apesar disso, os sintomas, quando manifestados, são: enjoos, febre, perda de apetite, tontura, dor abdominal, mal estar, icterícia, urina escura e fezes claras.


5- Tratamento

O tratamento para tipo de hepatite possui as suas especificidades. A Hepatite A não tem tratamento específico. "O tratamento é de suporte e, nos casos mais graves, pode haver a necessidade de transplante hepático. A maioria das pessoas, no entanto, irá evoluir para cura espontânea, e a pessoa não pega o vírus mais de uma vez", clarifica o dr. Victor.

A hepatite A e B possuem atualmente vacinas. A vacina da hepatite B é administrada nos recém-nascidos 12 horas após o parto, e depois aos três e seis meses de idade. Ao total são 3 doses. Os adultos podem tomar vacina, caso não tenham recebido quando criança. A mesma vacina pode imunizar a pessoa contra a Hepatite D.

Já a Hepatite C não tem vacina, mas existe um tratamento com altas taxas de cura. "Atualmente o tratamento é bem curto e tem baixas taxas de efeitos colaterais", pontua o médico. Ele conclui que o tratamento tem duração média de três meses, apenas utilizando comprimidos, e está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em todos os tipos, os médicos recomendam a suspensão da ingestão de bebidas alcoólicas e o início de uma dieta com pouca gordura.


6- Crianças vs Hepatite

As hepatites virais podem se manifestar diferente em um corpo infantil. No caso da Hepatite A, dificilmente o quadro se agrava, segundo o Dr. Victor. "Geralmente, as crianças que contraem o vírus não apresentam sintomas muito graves, podendo até ser assintomáticas, raramente evoluindo para formas graves", complementa.

No caso da Hepatite B, quando uma pessoa é infectada quando criança, as chances dela desenvolver um quadro crônico são maiores. "Essas pessoas podem desenvolver complicações na vida adulta caso não sejam diagnosticadas e tratadas de maneira oportuna", complementa o infectologista.


7- Hepatite C e HIV

Por conta da sua alta transmissibilidade, o vírus da Hepatite C é mais perigoso que o vírus HIV 5. Isso é explicado graças à capacidade de sobrevida do vírus da hepatite C, que fora do corpo, permanece vivo até 4 dias, e quando colocado em ambientes ou recipientes fechados, como uma seringa, sobrevive até dois meses.


8- Hepatites não virais

As hepatites podem também ser não virais, como a autoimune e a alcoólica. A hepatite autoimune acontece quando o próprio corpo começa a atacar o fígado com anticorpos. Com causa desconhecida, os principais sintomas da hepatite autoimune são dor nas articulações e abdominal, vermelhidão na pele, fadiga, redução da menstruação nas mulheres e aparecimento das veias na pele.

A hepatite alcoólica acontece por causa do consumo excessivo de álcool. Esse consumo pode levar a pessoa a ter cirrose e insuficiência hepática. Assim como na Hepatite A, os principais sintomas da hepatite alcoólica são febre, dores abdominais, falta de apetite, náusea e diarreia. No entanto, em casos mais graves, a pessoa pode ter acúmulo de fluidos no abdômen, convulsões, olhos e peles amarelados e perda de cabelo.


9- Medidas do governo

Em 2019, a Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, publicou um Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais no Brasil, com o objetivo de manter a população atualizada e informada sobre os casos da doença no Brasil. Os dados recolhidos vão de 1998 a 2018, e demonstram que 632.814 casos de hepatites virais foram confirmados. Desses casos, 36,8% deles eram de Hepatite B que, assim como a Hepatite C, está concentrada na região Sudeste. A região Norte concentra quase 75% dos casos de Hepatite D.


10- Prevenção e diagnóstico precoce

A prevenção contra as hepatites virais é de suma importância para diminuir a contaminação, enquanto o diagnóstico precoce diminui a chances de complicações. "O diagnóstico precoce é fundamental. Toda população acima de 40 anos deveria ser testada ao menos uma vez na vida, bem como pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1992, que tenha compartilhado seringas, faça uso de drogas injetáveis e inalatórias, e/ou que tenham práticas sexuais sem proteção", finaliza o infectologista, do Hospital Anchieta de Brasília.



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