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quinta-feira, 22 de julho de 2021

Herpes sem crise, mas com prevenção e tratamento

Herpes. Muita gente, só de ler essa palavra, já sairia correndo e nem leria esse texto. Uma palavrinha que carrega muito estigma, tabu e preconceito, mas que representa uma condição que muitos sabem tratar, porém desconhecem a possibilidade de prevenção. Há muita desinformação a cerca da doença, que tem dois tipos diferentes, é contagiosa e ligada a partes do corpo que envolvem contato íntimo e pessoal. ¹ E aí, como prevenir? 

Segundo o Dr. Alexandre Fabris, médico membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, tanto o tipo HSV-1, labial, quanto tipo HSV-2, genital, são da família do herpesvírus. “Embora ambos possam causar lesões em qualquer uma dessas áreas, as associadas ao herpes vírus tipo 1 normalmente ocorrem em região labial ou ao redor dos lábios enquanto que lesões relacionadas ao herpes vírus tipo 2 ocorrem normalmente em região genital”, explica o dermatologista. 

O herpes vírus tipo 1 é o mais prevalente, atingindo mais de 90% da população adulta.² O contágio se dá através de contato direto ou através de gotículas de saliva em superfícies ou objetos compartilhados, muitas vezes durante a infância. ¹ Já a infecção pelo HSV-2 é menos prevalente que pelo HSV-1 e sua transmissão se dá principalmente através de contato sexual. Portanto, é mais frequente a partir da adolescência.  

De acordo com Dr. Alexandre Fabris, a maioria das infecções pelo vírus do herpes é assintomática. “Quando existem sintomas, a primeira apresentação é comumente mais severa que as subsequentes, levando a erupções vesiculares (feridas) mais extensas, que podem ser acompanhadas de dor importante e febre. Quando há recorrência, ela surge em vesículas ao redor da boca, sobre a base avermelhada que cicatrizam em cerca de 10 dias. Alguns pacientes relatam sintomas com a sensação de queimação ou "pinicação" na área de aparecimento das lesões imediatamente antes do surgimento das vesículas”, explica o dermatologista, que acrescenta que, no caso do HSV-2, as lesões na área íntima são as mais frequentes, mas também podem ocorrer em outras áreas como nádegas e coxas. 

Embora possa haver infecção sintomática simultaneamente por ambos os tipos de vírus do herpes, Dr. Alexandre diz que pessoas que apresentam lesões causadas por um subtipo parecem apresentar resistência ao surgimento de lesões pelo outro: “ou seja, pessoas com lesões no rosto normalmente não apresentam lesões genitais e vice-versa”. 

Mas há como evitar a doença! ³ “A prevenção da infecção pelo vírus do herpes tipo 1, por ser de muito fácil contágio, é bastante difícil, sendo que a grande maioria das pessoas na idade adulta apresentam sorologia positiva para este vírus. A infecção pelo herpes vírus tipo 2 pode ser prevenida através de medidas como uso de preservativos e redução do número de parceiros sexuais”, ressalta o dermatologista. “Uma vez infectado, o indivíduo deve procurar evitar situações que levam ao desencadeamento das crises como exposição solar, estresse intenso, privação de sono e também alguns alimentos ricos em arginina, como, por exemplo, pipoca, gelatina, chocolate e nozes”, completa. 

Não existe cura definitiva para o herpes, mas é possível prevenir. Uma dica é a suplementação de lisina. O vírus do herpes utiliza o aminoácido arginina intracelular para se replicar. ³ “Quando aumentamos a ingestão do aminoácido lisina, há redução da quantidade de arginina intracelular e, portanto, menor substrato para a replicação do vírus. Alguns estudos demonstraram que, em indivíduos que apresentam crises de repetição, a suplementação de lisina reduz significativamente o número de crises de herpes, além de acelerar a cicatrização das feridas, reduzindo o tempo de cura das lesões. Essa suplementação pode ser associada ao tratamento com medicações antivirais durante as crises de recorrência”, explica.

 

 

Referências consultadas:

1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Herpes simplex virus. <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/herpes-simplex-virus> Acesso: junho 2021.

2. GELLER, M. et al. Herpes simples: Atualização clínica, epidemiológica e terapêutica. J bras Doenças Sex Transm, v. 24, n. 4, 2012.

3. THIEN, D. J. et al. Lysine as a prophylactic agent in the treatment of recurrent herpes simplex labialis. Oral Surg, v. 58, p. 659-666, 1984.

 

Incontinência urinária em mulheres pode ser tratada e é importante que o diagnóstico aconteça o quanto antes

 Esta condição pode afetar o dia a dia e principalmente a qualidade de vida das mulheres. Procurar por tratamento aos primeiros sinais é essencial


Incontinência urinária é a perda de urina involuntária, que pode ocorrer em qualquer fase da vida. As causas são inúmeras, desde infecção urinária, alterações da bexiga e assoalho pélvico, além de causas neurológicas. A doença é mais comum em mulheres, principalmente na pós-menopausa, porém também acomete homens.

No caso da mulher, existem fatores de risco que precisam receber a devida atenção: “a idade das pacientes também aumenta o risco, pois a incidência é maior na acima dos 50 anos, a menopausa, o sobrepeso, sedentarismo, diabetes e o número de gestações implicam neste fator”, explica a médica ginecologista e obstetra do Hospital Santa Cruz, Drª. Mariana Romanowski (CRM 31155 PR RQE 3050).

Existem diferentes tipos de incontinência urinária e dentre os principais destacam-se: urgeincontinência, em que a mulher, ao sentir vontade de urinar, não consegue chegar ao banheiro sem perder urina; e a perda urinaria de esforço, quando a perda de urina ocorre ao aumento da pressão do abdome, como ao tossir ou espirrar. “Em qualquer situação, a incontinência urinária deve ser sempre tratada, pois prejudica a qualidade de vida, o lado psicológico e aumenta a chance de dermatites e infecções. Se logo que a mulher perceber qualquer um dos sintomas citados procurar um especialista, a chance de sucesso no tratamento é bastante grande”, afirma a especialista.

 Uma causa comum e frequente da incontinência urinária é o pós-parto. Esta, deve-se a falta de estrogênio, hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos, controle do ciclo menstrual e desenvolvimento do útero, que é transitória nesta fase. “A incontinência no pós-parto costuma resolver-se espontaneamente, porém a fisioterapia pélvica pode ser de grande auxílio, a fim de promover uma recuperação mais rápida e eficaz”, completa a Drª.


Tratamento

 Ainda que o tratamento com fisioterapia seja fundamental em praticamente todos casos de incontinência urinária, o tratamento cirúrgico também pode ser indicado. O mais usual e minimamente invasivo é o implante de sling na uretra: “Várias técnicas são possíveis, mas o mais comum é utilizar telas especiais que sustentam os músculos do assoalho pélvico, que tem por objetivo aumentar a resistência uretral e diminuir a perda da urina”, explica Romanowski.


 Prevenção

Algumas dicas podem ser levadas em consideração na prevenção da incontinência urinária:

- A incontinência urinária não é incomum na vida das mulheres, principalmente depois dos 50 e 60 anos, porém há tratamento, que podem melhorar a autoestima e qualidade de vida da paciente;

- Faça exercícios regularmente;

- Controle o ganho de peso na gestação, praticar exercícios para fortalecer o assoalho pélvico também pode ser útil na prevenção da incontinência urinária;

- Procure o médico assim que apresentar sintomas, para o diagnóstico correto da causa e tratamento.

 


Hospital Santa Cruz

www.hospitalsantacruz.com


Atrofia vaginal: pesquisa aponta que 45%[1] das mulheres na pós-menopausa sofrem com a doença no mundo todo, mas só 25%[2] tratam

Foto por: piksuperstar - Disponível em br.freepik.com
- Sintomas são pouco discutidos e a condição ainda é subdiagnosticada;

- Desconforto afeta a autoestima e impacta a qualidade de vida;


Questões culturais, constrangimento e receio estão entre os principais tabus na hora de falar sobre a saúde íntima da mulher. Com o passar dos anos, durante o climatério, essa situação pode ficar ainda mais complexa. A atrofia vaginal, também conhecida como vaginite atrófica, ocorre quando há o afinamento e a inflamação das paredes vaginais devido ao declínio do hormônio estrogênio, que deixa de ser produzido pelos ovários.

"A atrofia vaginal é um dos sintomas da pós-menopausa que, geralmente, acomete as mulheres a partir dos 50 anos de idade. Entre os sinais mais comuns estão a secura, queimação, irritação, coceira e dor durante a relação sexual. É preciso ter consciência sobre essa doença e saber que existe tratamento", destaca o ginecologista, Luciano Pompei.

O diagnóstico da atrofia vaginal é feito por meio da avaliação dos sinais e sintomas e exame ginecológico. "Uma das questões que dificultam o diagnóstico assertivo da atrofia vaginal é o fato de muitas mulheres acreditarem que os sintomas são parte natural do envelhecimento, e isso não é verdade. A vergonha de falar sobre o assunto, também costuma ser uma barreira para o tratamento. Sentir dor durante a relação sexual, por exemplo, não é normal. Todo e qualquer sintoma relacionado à saúde da vagina deve ser relatado aos profissionais de saúde", afirma o especialista.

Tratamento

No Brasil existem diversos tratamentos disponíveis para esta condição. Entre eles, lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos, hormônios na forma de creme vaginal ou óvulos e comprimido de estradiol, lançado recentemente. "Trata-se de um comprimido, intravaginal, que proporciona uma liberação gradual e controlada do estradiol (um tipo de estrogênio que o corpo produz) nas células da mucosa vaginal. É um tratamento seguro e eficaz de longo prazo. Quanto mais cedo for iniciado, melhor para a paciente", explica o especialista.

O medicamento deve ser administrado, com orientação médica, em três etapas: na primeira e segunda semana de uso é necessária uma aplicação diária do comprimido, já no período de manutenção, a aplicação é mais espaçada, duas vezes por semana.

"A fácil administração do comprimido e eficácia comprovada gera uma grande aderência ao tratamento. Os incômodos causados pela atrofia vaginal têm um impacto significativo não apenas no bem-estar físico, mas também no emocional e psicológico da mulher", ressalta Luiz Steffen, diretor médico da Besins Healthcare, laboratório responsável pela terapia.

 


Referências:


[1]Nappi RE, Kokot-Kierepa M. Vaginal Health: Insights, Views and Attitudes (VIVA) - results from na international survey.Climacteric.2021;15(1):36-44

[2]Cardozo L, Bachmann G, McClish D, Fonda D, Birgerson L. Meta analysis of strogen therapy in the mnagement of urogenital atrophy in postmenopausal women: second reporto f the Hormones and Urogenital Therapy Committee. Obstet Gynecol. 1998 Oct; 92(4 Pt 2):722-7.


ESTATÍSTICAS APONTAM QUE O NÚMERO DE CRIANÇAS OBESAS TENDE A SER 4 VEZES MAIOR ATÉ 2030

Edivana Poltronieri, especialista em emagrecimento saudável, afirma que a solução para o problema passa pela mudança de hábitos entre os pais e comenta 5 dicas que podem facilitar a introdução a uma vida saudável

 

Foi-se o tempo em que comida industrializada e sedentarismo eram preocupações de adulto. As estatísticas apontam que, até 2030, o Brasil poderá ter quatro vezes mais casos de obesidade infantil. O cenário atual já é preocupante. Pesquisa publicada em junho deste ano pelo Ministério da Saúde indica que 3,1 milhões de crianças com menos de 10 anos estão obesas, enquanto 6,4 milhões sofrem com o excesso de peso. Para a especialista em emagrecimento saudável, Edivana Poltronieri, para combater esses números e vencer a obesidade infantil é necessário transformar o estilo de vida dos pais ou educadores. Entenda!

Educação alimentar se aprende em casa!

Após acompanhar o processo de reeducação alimentar de crianças acima do peso e obesas, Edivana Poltronieri afirma que o segredo para ajudar os pequenos está em entender a rotina dos pais. “A primeira coisa é fazer os responsáveis da criança entenderem que qualquer mudança de hábito só acontecerá quando os adultos da casa forem exemplos. A criança precisa ter um ponto central de inspiração. Não adianta querer que a criança coma verdura, fruta ou legume se os pais comem pizza, hamburguer e industrializados”, explica a especialista, que ainda elogia a postura dos pequenos quando o assunto é mudança de hábito. “A criança é muito mais acessível. Ela entende, é aberta e acessível. Quem sabota os filhos, na maioria dos casos, são os pais. Por isso, eles devem ser o principal foco na reeducação alimentar da criança”.

5 dicas facilitadoras para os pais

Para ajudar os pais a introduzirem a alimentação saudável no lar, mudando a rotina para um estilo de vida equilibrado, Edivana lista 5 dicas.

Adote uma rotina de horários para as refeições. “É normal os pais cumprirem horários quando a criança é bebê. Depois, alguns deixam para ela se alimentar quando ela quiser. Mas esse tipo de pensamento não considera que existe a influência da tecnologia e fatores emocionais, como estresse e ansiedade, e isso prejudica muito os hábitos da criança”, relata Poltronieri.



Seja sincero ao apresentar a refeição à criança. “Por exemplo, as vezes a criança adora batata. Daí, os pais bem intencionados fazem uma receita de inhame e dizem que é batata só para a criança comer. Quando a criança experimenta, ela vai na expectativa da batata. Se, ao comer, ela percebe que é inhame, naturalmente ela vai criar um bloqueio com o inhame,” explica a especialista, que indica, nesses casos, que os pais apelem para as propriedades terapêuticas dos alimentos. “É normal as crianças serem competitivas, ou seja, querer ser a mais inteligente, forte ou rápida da turma. Então, os pais podem sugerir que tal legumes, fruta ou verdura vai potencializar a energia, a força ou a inteligência da criança pelas suas vitaminas e nutrientes”.

Seja lúdico e criativo. Nesse sentido, Edivana criou um método exclusivo, que aplica com seus pacientes: a Trilha da Saúde. Similar a um jogo de tabuleiro, que pode ser colado na geladeira, a criança entra em um game alimentar. “Esse jogo pode ser usado de duas formas. A primeira é: a cada alimento diferente que a criança experimentar, ela avança uma casa. Ao chegar no final, ela pode escolher o seu prêmio: um brinquedo, passear no parque etc. O segundo é: a cada 100g eliminados, ela avança uma casa. Então, se ela perder 500g, irá avançar cinco casas, e assim sucessivamente. Entre as casas, incluímos práticas saudáveis como beber água, fazer uma atividade física ao ar livre e outras recomendações”.

Seja persistente e respeite o paladar da criança. “Pode ser que ela não goste de um legume feito de um determinado jeito. Então, tente outras formas para entender se o problema é a receita ou o ingrediente. Se a criança realmente não gostar de determinada fruta, legume ou vegetal, não insista e nem faça chantagem emocional”, alerta Poltronieri.

Não tenha plano B na dispensa. “Se, ao abrir a geladeira, a criança ver só opções saudáveis, ela será obrigada a escolher uma para se alimentar. Mas, se houver alimento industrializado, logicamente ela vai recorrer ao que agrada o seu paladar infantil. Então, eu sempre peço para os pais não comprarem itens industrializados e açucarados. Assim, nem o responsável e nem a criança terão opções pouco nutritivas ao alcance”, finaliza.


Cinco pontos que você precisa pensar mesmo após a vacinação e/ou a contaminação com o Covid-19

 

O aumento da vacinação deve ser comemorado, mas é preciso se conscientizar de como devemos agir daqui para frente, até que tenhamos mais segurança. Vale também para os que já tiveram a doença e não devem se considerar “imunes”. O médico pneumologista Felipe Marques da Costa, que é especialista em Terapia Intensiva e Coordenador de Pós-Graduação de Medicina da Sanar, alerta para alguns pontos importantes.

 

1. Nenhuma forma de testar a sua produção de anticorpos contra o novo Coronavírus é capaz de garantir que você estará protegido contra uma eventual infecção ao longo do tempo. Portanto, não dá para você fazer um teste e sair por aí tranquilo, porque sua imunidade está alta”. Essa tranquilidade só pode vir com a maioria da população imune ao vírus. Por isso, avalie se realmente o resultado desse exame será capaz de modificar o seu comportamento. Na opinião do especialista, não MUDA NADA.

 

2. A vacinação, independente de qual for a vacina, é o melhor caminho, é a solução mais importante do momento, Mas cuidado com os alardes de que “fulano se vacinou e pegou mesmo assim”. A cadeia de transmissão não necessariamente será interrompida com a vacina, afinal de contas o maior compromisso dos imunizantes é reduzir a gravidade das formas de COVID19 e não necessariamente bloquear a transmissão entre pessoas. Portanto, os vacinados podem continuar tendo Covid, mas sua ampla maioria na forma leve ou moderada e sem "estressar" a capacidade de absorção hospitalar. 

 

3. O mundo mudou, não tem jeito. Depois de uma pandemia nesta dimensão, novos hábitos devem substituir antigos costumes. Nos tornaremos menos "latinos" e mais "asiáticos". A etiqueta oriental está muito mais adaptada aos cuidados individuais, como o uso de máscaras em determinados ambientes, o cuidado na higienização das mãos e no uso do álcool após tocar em superfícies como corrimões e maçanetas. Vamos ter que nos adequar mais a essa rotina, e nos reorganizarmos em relação aos contatos físicos e multidões.

 

4. A nossa cultura de vacinação precisa ser fortalecida neste momento, e não só para Covid, mas também para doenças como a Influenza e Pneumococo, importantes agentes relacionados a questões respiratórias. Essas vacinas devem ganhar importância ao longo dos próximos anos. O Brasil, por exemplo, ainda não atingiu a meta de vacinação de influenza em 2021. Você já tomou a sua?

 

5. Temos que ser mais responsáveis pelo nosso entorno e nos ambiente que convivemos. Sintomas respiratórios, independente de quais sejam, serão o nosso sistema de alerta social para evitar sair de casa, optando pelo trabalho remoto e o cuidado com aglomerações durante um período.  Este tipo de preocupação é fundamental para evitar que surtos de covid19 ou outras doenças aconteçam no futuro. Essa preocupação é real, não é catastrófica. 

 

Um terço dos atendimentos de lesões traumáticas nos hospitais é de idosos

 Maioria das fraturas acontece dentro de casa. Saiba como prevenir

 

No dia 26 de julho é comemorado o Dia dos Avós. Mais do que parabenizar essas pessoas, é fundamental cuidar da sua segurança mesmo dentro de casa. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, um terço dos atendimentos por lesões traumáticas nos hospitais é de pessoas com mais de 60 anos, sendo que 75% das lesões ocorrem justamente dentro de suas residências. 

Durante a pandemia, essas lesões ficaram ainda mais comuns. O médico ortopedista e traumatologista Dr. Mário Armani, coordenador do Pronto Atendimento Ortopédico do Hospital São Vicente Curitiba, revela que foi observado um aumento nos atendimentos de fraturas e lesões em idosos por permaneceram mais em isolamento. No Paraná, dados do SAMU confirmam que em 2020 houve um aumento de 26,5% no número de atendimentos a idosos devido a quedas que sofreram em seus domicílios.

 “A casa é um ambiente onde há muitos obstáculos, muitos objetos pelo caminho e isso acaba causando acidentes. Somado a isso, os idosos têm perda de reflexos,” aponta o médico. Com o envelhecimento, ocorre um aumento da fraqueza muscular, levando a dificuldades de controle de equilíbrio, além de ocorrer um aumento do déficit visual e auditivo. “Há um comprometimento de todas as funções, diminui toda a atividade reparativa do organismo, além da osteoporose. Isso faz com que pequenos esbarroes, tropeços causem uma queda com potencial fratura”, alerta. 

A osteoporose é comum na terceira idade. Em todo o mundo, de acordo com informações do Ministério da Saúde, as fraturas pela doença afetam uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos. 

A doença leva a um enfraquecimento dos ossos, que ficam mais porosos, dificultando ou até impossibilitando a cicatrização. “O tratamento somente com mobilização é menos frequente em pessoas com mais idade, já que os ossos têm menos resistência”, alerta o Dr. Mário Armani. Com isso, a maioria dos casos de fraturas em idosos acaba necessitando de cirurgia e, consequentemente, internações e maior tempo para a reabilitação.

 

Como prevenir as quedas?

O médico salienta que atitudes simples podem ajudar a evitar os acidentes domésticos, mas nem sempre são adotadas pelas pessoas. Confira o que deve ser feito para prevenir as quedas: 

- Evite tapetes em casa, principalmente aqueles que não são antiderrapantes. “Alguns idosos reclamam de pisar no chão frio quando acordam. Nesse caso, procure um tapete bem fino, que não tenha aquelas pontas soltas e sempre antiderrapante”, observa o médico. Mas, o ideal é não ter tapetes; 

- No banheiro, é fundamental colocar tapetes emborrachados ou outros tipos de proteção antiderrapante. Para aqueles que tem maiores dificuldades de mobilidade também é recomendado colocar barras de apoio perto do vaso sanitário e no box; 

- Evite também andar em pisos molhados ou encerar a casa; 

- É recomendado o uso de sapatos fechados e que não tenham solas escorregadias. Usar somente meias ou sapatos de lã e pano para ficar em casa deve ser evitado também, exceto aqueles que têm proteção antiderrapante; 

- Caso tenha escadas em casa, sempre coloque corrimão; 

- Se possível, deixe o interruptor de luz próximo da cama, de forma que possa ser alcançado sem levantar ou fazer esforço. Ainda nunca levante da cama rapidamente, sempre procure sentar antes;

 - Nunca ande pela casa no escuro, acenda as luzes para ver onde está indo; 

- Procure deixar espaços maiores para circulação e evite deixar fios e outros objetos pelo caminho; 

- Medicamentos e outros itens de uso diário devem ser colocados em locais de fácil acesso. Evite guardar objetos em lugares complicados de alcançar. 


Diagnóstico da Síndrome X Frágil alcança regiões distantes do Brasil após parceria entre laboratório e instituto

 Programa Eu Digo X, do Instituto Buko Kaesemodel, em parceria com o DB Diagnósticos, conseguiu aumentar em 40% o número de exames realizados pela instituição


22 de julho, Dia da Conscientização sobre a Síndrome do X Frágil, é um alerta à sociedade voltado para a dificuldade enfrentada por muitos brasileiros que convivem com a condição genética sem sequer ter conhecimento de sua existência. Classificada como rara, a síndrome é comumente confundida com sintomas do espectro do autismo, o que dificulta a precisão no diagnóstico. Como forma de achatar a subnotificação para que haja o tratamento adequado, o Instituto Buko Kaesemodel criou a campanha “Eu Digo X” que, em parceria com o laboratório DB Diagnósticos, conseguiu ampliar o acesso ao exame às regiões mais afastadas e carentes do país, como Norte e Nordeste, gerando um aumento de 40% no número de testes realizados pela instituição. A partir da ampliação da testagem, é possível identificar com mais exatidão o cenário no país e assim desenvolver políticas públicas junto ao Ministério da Saúde.

A Síndrome do X Frágil é uma condição hereditária, ou seja, a descoberta de um caso pode significar que haverá outros na família. Sua detecção impacta diretamente na prevenção da transmissão para futuros membros e na difusão dos cuidados necessários, como o acompanhamento neurológico adequado. Com mapeamento da linha de transmissão é possível aconselhar a família sobre a possibilidade da inseminação artificial, com a utilização de embriões com cromossomo saudável. O Instituto Buko Kaesemodel aponta que as chances são de 50% da portadora transmitir a condição ao bebê em uma gravidez natural.

A partir da solicitação do Instituto Buko Kaesemodel, o DB indica a unidade mais próxima do assistido. “A facilidade de realizarmos o teste em um lugar mais adequado à família assistida foi um divisor de águas.  Hoje não é mais necessário que haja grande deslocamento para que o diagnóstico seja feito. Podemos testar alguém em Tauá, no Ceará, por exemplo, sem muito esforço”, comenta o doutor em biologia molecular, Nelson Gaburo, gerente geral do DB Molecular, unidade do DB Diagnósticos, que realiza o exame. Anteriormente, a zona de atuação era restrita à região Sul do país, onde o instituto é sediado.

A colaboração já dura três anos e proporcionou ao instituto a possibilidade de realizar exames na população de baixa renda. De acordo com Luz Maria Romero, gestora do Instituto Buko Kaesemodel, antes o alcance era restrito. “O exame de detecção é caro e muitas famílias não têm como pagá-lo. Atualmente, com as condições oferecidas pela parceria com o DB, nos é permitido alcançar pessoas de todas as classes sociais”, explicou.

Para Tobias Martins, diretor comercial do DB Diagnósticos, é essencial que empresas rompam com as fronteiras comerciais e voltem seu olhar também para a sociedade. “Nós temos a clareza de que a saúde no Brasil enfrenta diversos obstáculos, como o acesso a um exame, por exemplo. É nosso dever enquanto corporação ligada área laboratorial estar atento a essas questões e contribuir na promoção de uma melhor qualidade de vida para os brasileiros. Principalmente para os residentes em lugares distantes onde o acesso à saúde é precário”, disse Martins, que defende a saúde como um direito de todos.

O aumento da notificação é o ponto chave para a criação de ações eficazes em prol dos portadores da síndrome. Mas, segundo Luz Maria, o fato da Síndrome do X Frágil ser raro dificulta o processo. “Temos casos registrados em todo o Brasil, mas não existe uma estimativa precisa, por não haver uma clareza no diagnóstico. É comum que os portadores sejam classificados no espectro do autismo, já que os comportamentos são semelhantes, como o déficit de atenção e o atraso na fala”, afirma. 

Segundo Nelson Gaburo, nas meninas, os sintomas costumam ser menos aparentes em comparação aos meninos. “Por ser uma alteração no braço do cromossomo X, e a formação genética feminina é XX, um cromossomo não será atingido e os sintomas serão mais leves”, argumenta.

 


DB Diagnósticos


Algoritmo identifica risco de infartos em tomografia comum de tórax

Estudo publicado na revista Nature, com pesquisadores da Dasa e feito com Inteligência Artificial, chegou a um algoritmo que aponta a quantidade de cálcio nas artérias coronárias sem a necessidade de exames mais complexos

 

Pesquisadores de um estudo publicado na revista Nature desenvolveram e validaram um algoritmo que usa modelos de aprendizagem profunda e inteligência artificial para automatizar a pontuação do score de cálcio nas artérias coronárias e atuar na predição de potenciais complicações cardíacas na população, sem a necessidade de exames mais complexos.

O estudo (aqui, em inglês) reúne pesquisadores de Stanford, da Universidade de Duke, da Universidade da Califórnia, da Mayo Clinic e da Dasa – maior rede de saúde integrada do Brasil. Os dois autores brasileiros pela Dasa – e os únicos da América Latina – são os radiologistas Marcelo Straus Takahashi e Felipe Kitamura, head do laboratório de Inteligência Artificial da empresa.

Milhões de pacientes se submetem hoje a exames de tomografia computadorizada de tórax de rotina todo ano, em especial em meio à pandemia de Covid-19. Embora não seja realizado para essa finalidade, o exame demonstra calcificação da artéria, mas essa informação – que prediz risco de doença arterial coronariana (CAC), que por sua vez é a maior causa de doença cardiovascular – era desprezada no laudo.

As doenças cardiovasculares (DCVs) são a principal causa de morte em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 17,9 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2019, representando 32% de todas as mortes globais. Dessas mortes, 85% foram causadas por ataque cardíaco e derrame. A doença arterial coronariana é a manifestação mais comum de doença cardiovascular e causa mais comum de mortalidade. A doença arterial coronariana ocorre por conta da obstrução dos vasos, evento que pode ser – como estratégia de prevenção primária – antecipado por meio de status de cálcio da artéria coronária (CAC).

O estudo multicêntrico internacional foi publicado na Nature, com dados retrospectivos de 79 pacientes. Os autores concluem que a adoção deste modelo pode permitir que mais pacientes sejam beneficiados pelo rastreamento com pontuação de calcificação de cálcio nas artérias, permitindo assim intervenções preventivas de forma precoce e que sejam capazes de prevenir o estreitamento das artérias coronárias, que é o causa a limitação do fluxo sanguíneo para o coração.

Dentre as medidas preventivas estão mudanças no estilo de vida (parar de fumar e praticar atividade física são as mais efetivas) e, em alguns casos, pode ser indicado o tratamento com medicamentos (estatinas e anticoagulantes), angioplastia e cirurgia. A definição de um score de cálcio atua como um importante preditor de potenciais complicações coronárias em população de risco, que poderá se beneficiar de um manejo clínico adequado, baseado nestas informações.

Detalhes do estudo: A tomografia computadorizada de coronária com CAC mostrou concordância quase perfeita quando comparada com a pontuação manual convencional feita atualmente. Descobriu-se também que a ela realiza a tarefa mais rapidamente (o tempo médio para pontuação CAC automatizada usando uma unidade de processamento gráfico (GPU) foi 3,5 ± 2,1 s vs. 261 s com a pontuação manual), conforme mostra um ensaio prospectivo de 55 pacientes. O passo seguinte foi usar os escores de CAC obtidos das tomografias computadorizadas da coronária com comporta pareada como um padrão de referência. Os autores realizaram um treinamento de modelo de aprendizagem profunda com dados internos e uma coorte, de 341 pacientes, do Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis (MESA) para realizar a pontuação do CAC em exames de TC de tórax não bloqueadas de rotina.

Resultados: Na identificação de pacientes com qualquer CAC (ou seja, CAC ≥ 1), a sensibilidade e o valor preditivo positivo foram altos em todos os conjuntos de dados (intervalos: 80-100% e 87-100%, respectivamente). Para CAC ≥ 100 em TCs de tórax não bloqueadas de rotina, que é o limite recomendado mais recente para iniciar a terapia com estatinas, o modelo mostrou sensibilidades de 71-94% e valores preditivos positivos na faixa de 88-100% em todos os sites.

 

Dia Internacional de Autocuidado: as indicações e os cuidados na escolha de analgésicos x anti-inflamatórios para promover um estilo de vida mais saudável

Na data em que o bem-estar e estilo de vida saudável são celebrados, é importante entender os mecanismos de ação e possíveis efeitos colaterais de cada medicamento

 

O Dia Internacional do Autocuidado, comemorado anualmente em 24 de julho, foi criado para promover o bem-estar e estilo de vida saudável em todo o mundo e simboliza que os benefícios do autocuidado são vividos 24 horas por dia, sete dias por semana. O uso de medicamentos que aliviam dores sem a necessidade de prescrição médica - como os analgésicos e anti-inflamatórios - pode ser um aliado na promoção do bem-estar e qualidade de vida quando utilizados de acordo com a posologia correta. Entretanto, existem diferenças entre os dois tipos de medicamentos que precisam ser consideradas no momento em que a dor aparece.

Analgésicos e anti-inflamatórios estão entre as classes de medicamentos mais utilizados no Brasil. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, estudos brasileiros relatam que o consumo de analgésicos e anti-inflamatórios por automedicação costuma ocupar efetivamente um lugar de destaque para o alívio da dor entre os idosos, sintoma comum nessa fase da vida. Porém, além das duas classes de medicamentos possuírem mecanismos de ação diferentes, eles também podem causar eventos adversos distintos e apresentam interações medicamentosas divergentes, o que pode impactar na saúde da população mais envelhecida.

Para fazer a escolha correta do medicamento, é necessário conhecê-lo e entender como eles atuam na dor e no corpo. Em linhas gerais, existem três classes de analgésicos: os comuns, como paracetamol e dipirona; os opioides, como morfina, codeína e tramadol; e os anti-inflamatórios não esteoidais, como aspirina, ibuprofeno e diclofenaco. Há, ainda, os anti-inflamatórios esteroides, como os corticóides, indicados para doenças como asma e as inflamatórias autoimunes.

Os analgésicos, como o paracetamol, por exemplo, circulam na corrente sanguínea e identificam o local onde estão sendo produzidas as prostaglandinas - substâncias sintetizadas pelas células lesionadas. Essa substância é a responsável por sinalizar a dor para o cérebro. O princípio ativo do analgésico bloqueia os receptores sensoriais, fazendo com que o cérebro deixe de reconhecer o incômodo, seja uma dor de cabeça ou uma dor nas costas. O medicamento reduz a febre atuando no centro regulador da temperatura no Sistema Nervoso Central (SNC) e diminui a sensibilidade para a dor. Seu efeito tem início 15 a 30 minutos após a administração oral e permanece por um período de 4 a 6 horas. Já os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), como o ibuprofeno e o ácido acetilsalicílico, agem através da inibição da síntese de prostaglandinas, atuando na redução da dor inflamatória e da febre.

Para a médica Fania Cristina Santos, geriatra e coordenadora do Comitê de Dor no Idoso da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), os anti-inflamatórios não esteroidais podem apresentar riscos para a saúde de pacientes idosos, ainda que eles estejam acostumados a usá-los. "Eu sempre indico os analgésicos simples como primeira opção, por segurança gastrointestinal e renal. Para os idosos acima de 80 anos, que é uma população diferenciada e de maior risco, o uso de um AINE é ainda mais preocupante", afirma.

Dentre as características clínicas mais importantes dos idosos, destaca-se o fato desta população apresentar respostas a medicamentos diferentes daquelas apresentadas por pacientes mais jovens. As conseqüências de tais alterações no idoso são mais pronunciadas e mais severas em relação a determinados medicamentos, principalmente os que apresentam alto risco de eventos adversos e muitas interações medicamentosas.

"Os pacientes procuram o cardiologista por conta de doenças crônicas associadas, como hipertensão ou doenças cardiovasculares. Meu papel é desmistificar o uso do AINE como analgésico, muitas vezes induzido por indicação incorreta. Minhas principais preocupações com o uso são a disfunção renal e o agravo da hipertensão", explica Jaqueline Scholz, cardiologista e especialista em tratamento de tabagismo, dislipidemia e prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo ela, os pacientes confundem o uso do anti-inflamatório com o analgésico, o que pode ser prejudicial à saúde.

Na opinião da geriatra Fania Santos, o único impedimento para não usar analgésico simples como primeiro degrau da analgesia são em dores agudas de moderada e forte intensidade. "Em geral, tanto para dores crônicas quanto para dores agudas de primeiro degrau, é recomendado analgésico simples", complementa.

Paracetamol é um analgésico simples e uma opção segura para tratamento de dor e febre em pessoas que já fazem algum tratamento medicamentoso contínuo para as doenças mais prevalentes nos brasileiros com mais de 50 anos, como diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares ou gastrointestinais, por ser a molécula de analgesia que apresenta baixos eventos adversos associados e poucas interações medicamentosas.

Apesar dos medicamentos isentos de prescrição serem vendidos sob orientação do farmacêutico, é sempre importante consultar um médico em caso de sintomas dolorosos, principalmente aqueles que se prolongam e que são intensos, já que podem ser sinal de uma condição de saúde mais grave. Já os medicamentos indicados para a dor crônica, dor pós-operatória ou outros casos de dor mais severos, devem ser exclusivamente prescritos pelo médico.

 


Johnson & Johnson Consumer Health

 

Referências: 1. Bula do Produto. 2. Melo LA, Lima KC. Factors associated with the most frequent multimorbidities in Brazilian older adults. Cien Saude Colet. 2020 Oct;25(10):3879-3888. Portuguese, English. doi: 10.1590/1413-812320202510.35632018. Epub 2019 Jan 6. PMID: 32997020.


Por que se vacinar contra a gripe?

Alergista, membro da Doctoralia, explica a importância da imunização na pandemia


Em meio a pandemia do coronavírus, no começo deste mês, o Governo decidiu ampliar a vacinação contra a gripe para toda a população brasileira e reforçar a importância da imunização em massa. E por que isso? Bom, o principal motivo é a possibilidade da coinfecção.

De acordo com a médica alergista Manoela de Magalhães Hoff , membro da Doctoralia , "é possível contrair ao mesmo tempo tanto o vírus da gripe quanto o da Covid-19 e, estando com o sistema imunológico já comprometido, o paciente pode ter complicações graves, por isso, a vacinação, principalmente contra doenças respiratórias, é tão importante neste momento."

Além disso, da mesma maneira que estão surgindo mutações do coronavírus, a gripe é uma doença que sofre diversas alterações ao longo do ano e a tendência é que o vírus se torne resistente às vacinas com o tempo. Com isso em mente, anualmente são produzidas novas vacinas que buscam ampliar a cobertura contra essas novas cepas mais resistentes do vírus.


Gripe ou Covid: o que fazer?

As duas doenças são bastante similares, pois acometem o sistema respiratório e os sintomas de mal-estar, febre, tosse e congestão nasal podem confundir, mas, de acordo com a alergista, é possível ficar atento a algumas diferenças.

"Quando se tem gripe, geralmente, são sintomas agudos, ou seja, que já começam de forte intensidade, diferente da Covid, que também pode ter os mesmos sintomas, mas com uma evolução mais lenta. Ou seja, o paciente começa com sintomas leves e, lá para o final da primeira semana, começam a se agravar, além, é claro, do diferencial que é a falta de olfato e paladar, bastante comum, mas nem sempre presente", explica a médica.

Por isso, se estiver suspeitando de gripe ou resfriado, o paciente deve prestar atenção a alguns cuidados. "As principais medidas para cuidar de uma gripe são: repouso, ingestão de bastante líquido, uma dieta balanceada e os medicamentos para tratamento dos sintomas, que incluem os antigripais, analgésicos, antitérmicos e expectorantes", pontua Dra. Manoela.

Se a gripe for insistente ou o paciente tiver tido contato com alguém sabidamente com coronavírus, talvez seja necessário se testar para a doença ou o uso de medicações mais específicas como antibióticos, sempre com prescrição e indicação médica. Mas, se for algo mais leve, como o resfriado, em que a congestão nasal e a coriza são os sintomas que mais incomodam, é indicado apenas o uso de medicações para aliviar estes sintomas.

 

Doctoralia


Disfunção erétil e covid-19: urologista explica relação e tratamentos disponíveis

Estudo da Universidade de Roma aponta condição como uma das sequelas de curto a longo prazo da doença


Após mais um ano de pandemia, os especialistas entendem a covid-19 como uma doença sistêmica, que pode desencadear outros sintomas e problemas para os pacientes acometidos pelo vírus. Um estudo realizado este ano pela Universidade de Roma aponta que a disfunção erétil pode ser uma das possíveis sequelas de curto a longo prazo do coronavírus. Dos homens que tiveram a doença, 28% apresentaram problemas no desempenho sexual em seguida.

O estudo aponta que a disfunção endotelial (problemas na camada que reveste os vasos sanguíneos) pode ser um dos fatores que favorecem a forma grave da covid-19. De acordo com o Dr. Carlos Bautzer, urologista que atua no núcleo de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês e é médico-assistente da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), o comprometimento vascular pode ser uma das causas dessa sequela, já que a disfunção erétil também pode ocorrer por problemas ligados à circulação.

“Para que a ereção ocorra, é necessário que o sangue chegue a estruturas penianas denominadas ‘corpos cavernosos’, que, com o aumento do fluxo sanguíneo, dilata os vasos dos corpos cavernosos,  e represa o sangue lá dentro. Para que aconteça a dilatação dos vasos, chamados artérias cavernosas, a liberação de uma substância chamada ‘óxido nítrico’, produzida no endotélio dos vasos dentro dos corpos cavernosos, se faz necessária”, explica o especialista. “Com a disfunção endotelial causada pelo coronavírus, a produção do óxido nítrico fica prejudicada e pode resultar na dificuldade de atingir e manter a ereção”, conclui Bautzer.

 

Tratamentos disponíveis

A indicação medicamentosa utiliza inibidores da fosfodiesterase-5 que devem ser tomados antes da relação sexual e/ou diariamente, a depender da indicação médica. Porém, esses medicamentos são contraindicados para pacientes com problemas cardíacos e de pressão arterial, entre outras condições. 

“Quando o medicamento não funciona ou o paciente tem contraindicação, pode-se usar vasodilatadores injetados diretos no pênis”, explica o urologista. O principal risco do tratamento é usar uma dose grande que cause ereção prolongada demais – quando o pênis fica ereto por mais de quatro horas, situação chamada de priapismo, o sangue rico em oxigênio deixa de entrar e há formação de fibroses, o que, com o passar do tempo, pode agravar ainda mais a disfunção erétil.

 

Próteses penianas

Quando essas formas de terapia não obtêm resultado, os implantes penianos são considerados. Isso porque se trata de um método definitivo: as próteses podem ser substituídas, mas não removidas. As próteses penianas são estruturas implantadas para preencher os espaços que deveriam ser ocupados pelo sangue nos corpos cavernosos. Elas garantem a ereção e permitem que o usuário tenha relações sexuais sempre que desejar. 


Prótese maleávelcomposta por duas hastes de silicone que são inseridas nos corpos cavernosos do pênis. Desta forma, o pênis se mantém ereto. Esta prótese apresenta como diferencial a sensação tátil muito semelhante à de um pênis ereto, e garante mais conforto ao paciente, pois sugere maior naturalidade. Além disso, a maleabilidade permite que o paciente dobre e guarde o pênis após a relação sexual, sem nenhum incômodo. Por ser mais simples, é mais fácil de ser inserida cirurgicamente, o que garante uma recuperação mais rápida, de acordo com o médico. Outras vantagens são o preço (custa de R$7 mil a 10 mil); a cobertura por planos de saúde e SUS (Sistema Único de Saúde). e a durabilidade (essa prótese tem mais de 15 anos de funcionamento).


Prótese inflável – composta por dois cilindros infláveis que simulam a função peniana a partir de um mecanismo chamado de “pump”, inserido na bolsa escrotal que deve ser acionado para inflar o pênis antes da relação sexual e desinflar, após seu uso. Segundo o urologista, ela é a preferida dos homens por trazer maior descrição, porém, por ser mais complexa, ela custa quase o dobro do preço da prótese maleável, chegando a R$20 mil e não tem cobertura pelos planos de saúde e nem pelo SUS. Sua duração gira em torno de 10 a 15 anos.


Direitos das pessoas com epilepsia: preconceito compete com necessidade de políticas públicas

Estigma dificulta acesso até às questões básicas garantidas na constituição e forçam quem vive com a doença à uma luta constante por suporte e melhor qualidade de vida


Entre cada cem pessoas, uma a duas tem epilepsia. Estima-se que ao redor do mundo 50 milhões de pessoas têm epilepsia ativa, ou seja, estão em tratamento ou tiveram crises no último ano. No Brasil, elas enfrentam dificuldade em obter tratamento, diagnóstico e fármacos. No aspecto social, ainda não são vistas, compreendidas ou reconhecidas, portanto não possuem os direitos necessários para enfrentar, tanto dificuldades impostas pela doença, quanto as grandes barreiras de atitude como o preconceito, que constituem a desigualdade, a exclusão social e a falsa impressão de pessoas que têm crises epiléticas são incapazes.

E quais são os direitos dessas pessoas? De acordo com Regina Silva Alves de Lima, Assistente Social do Departamento de Neurologia da UNIFESP e Terapeuta Familiar, os mesmos garantidos a todos os cidadãos do país pela Constituição Federal de 1988 e outras leis nacionais. No entanto, há necessidade de políticas públicas direcionadas para maior inclusão social, no que tange ao ambiente escolar, mercado de trabalho e, acesso a atendimento especializado e medicamentos específicos de quem vive com a doença: “É preciso muito trabalho para o desenvolvimento de Leis que garantam os direitos das pessoas com epilepsia, uma vez que existem dificuldades para a concessão de benefícios diante da complexidade da legislação brasileira”, comenta.

O preconceito e estigma diante da doença são universais. As crises não são permanentes, o que dificulta a legislar. Se a pessoa for considerada incapacitada, devido a limitação de qualquer atividade básica, como andar, falar, aprender, trabalhar, entre outros, poderá solicitar um benefício assistencial ou um benefício previdenciário (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou aposentadoria da pessoa com deficiência). Porém, a concessão pelo INSS depende da avaliação dos sintomas pela perícia médica.

Conforme a Assistente Social, por ser um problema de saúde intermitente, que não é constante e nem visível, muitos profissionais da área médica, responsáveis pela perícia, não compreendem a epilepsia, desconhecem as questões psicossociais e as dificuldades vividas pelos pacientes. Há falta de informação sobre os direitos existentes, a maneira de acessá-los, como e quando a pessoa recorre a esses direitos: “Os benefícios da previdência social não atendem a necessidade das pessoas com epilepsia, muito embora é dito que todos os cidadãos têm direito a previdência social. Elas têm dificuldades na sua aposentaria por invalidez, assim como ao benefício de prestação continuada, o BPC, uma vez que elas não conseguem justificar a sua incapacidade, que é decorrente do tipo de crise e dos riscos que ela traz”, comenta.


SUS – Sistema único de Saúde e a pessoa com epilepsia

A pessoa com epilepsia que necessita de medicamentos que estão listados no protocolo clínico que contém as diretrizes adotadas pelo SUS e divulgado pelo Ministério da Saúde tem o direito a receber o tratamento de forma gratuita. Se a medicação não for encontrada no posto de saúde, o paciente poderá fazer um pedido por escrito que será direcionado para a Secretaria de Saúde do município, incluindo todas as informações que estão no relatório médico, e explicando a necessidade e o que está ocorrendo.

Em último caso, poderá ser feito um pedido judicial, com defensor público ou com um advogado, e apresentar os documentos médicos e uma cópia da solicitação para a Secretária da Saúde. Ressaltando que essa situação deve ocorrer depois da tentativa extrajudicial, que é mais rápida e eficaz.

Outro ponto importante a destacar é sobre o tratamento médico. Se o município de origem do paciente não fornecer o tratamento, a pessoa com epilepsia poderá solicitar o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que consiste em uma ajuda de custo ao paciente e, em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica à unidade de saúde de outro município ou Estado da Federação, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência do paciente. O TFD, fornecido pelo SUS, destina-se a pacientes que necessitem de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva.


Não existe conquista sem demanda social

As pessoas com epilepsia não estão na lista que a legislação considera com deficiência física ou mental. Quem trabalha, estuda e busca uma vida comum, se expõe a crises e sofre com preconceitos. No âmbito profissional, podem ser demitidas com frequência ou ter dificuldade na contratação. Os principais fatores que sustentam a resistência do empregador são, medo de absenteísmo, medo de problemas legais decorrentes de acidentes de trabalho, bem como receio que a imagem pública da empresa seja afetada.

Para Regina, em todas as instâncias está o preconceito. Ela defende que é preciso união e empoderamento por parte das pessoas com epilepsia: “Devido ao preconceito, as pessoas com epilepsia aprendem a ficar dentro de casa, escondidas da exposição porque ter crises em público podem implicar em muitas perdas: do trabalho; dos amigos, do seu ambiente social [..] se necessário é preciso ir às ruas, nas assembleias e chamar a atenção de políticos. Na medida que eles não enxergam essa demanda social tão explícita, eles não investem em melhores condições para assistência de quem tem epilepsia. Sem demanda social, não há ganhos de direitos, finaliza.


Sobre Associação Brasileira de Epilepsia

A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional, lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar, incansavelmente, pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais.


Como enfrentar os desafios do seu negócio

Pior do que ter um problema é não saber que se tem um. Não ter consciência das informações relevantes da própria empresa, como as realidades financeira e comercial, é uma receita certeira para o fracasso nos negócios.

Winston Churchil foi o primeiro-ministro da Inglaterra na época da Segunda Guerra Mundial. Acontece que, por ter uma personalidade forte, forma gentil de chamar alguém totalmente disfuncional, ele tinha receio de que seus oficiais não passassem a realidade da guerra de maneira clara. Churchill percebeu que eles tinham a tendência de maquiar as informações, com medo de serem reprimidos, o que realmente acontecia. De toda forma, isso motivou Churchill  a criar o Central Statistical Office, que tinha o único objetivo de fornecer informações confiáveis. Essa ação ajudou os aliados a ganhar a Segunda Guerra Mundial.

Essa mesma mentalidade se aplica perfeitamente ao mundo dos negócios.  Entretanto, diferente de Churchill, vários donos de negócio fogem de dados relevantes por medo de enfrentar desafios do seu negócio. Eles evitam enfrentar desafios como:


Realidade financeira

Por ter receio de enxergar os números dos seus negócios, não sabem ao certo quanto faturaram, qual seu custo e, ultimamente, seu lucro ou prejuízo.

 

Realidade comercial

Muitos negócios são reféns de um único canal de vendas, ou de um número limitado de clientes. Enxergar isso pode ser o primeiro passo para promover a expansão.

 

Realidade dos Recursos Humanos

Pessoas são outro fato extremamente relevante. Entender quais são as incompetências e falhas de caráter da equipe é crucial.

Novamente, pior do que ter um problema é não saber que se tem um. Agora pergunto: que fatos brutais você precisa enfrentar em seu negócio?

Ter consciência das nossas próprias debilidades empresariais é o primeiro passo para desenvolver estratégias para remediá-las.

Ao fazer isso, é possível não somente vencer a estagnação, mas promover o crescimento, lucratividade e evolução de sua própria empresa.

 


Valdez Monterazo - associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. Saiba mais em: https://valdezmonterazo.com.br

 

Pesquisa da Ticket revela que 70% dos trabalhadores aumentaram os gastos com alimentação na pandemia

Quase 27% dos respondentes revelaram um acréscimo de mais de 50% no gasto mensal com a compra de mantimentos


Uma pesquisa realizada pela Ticket, marca de benefícios de refeição e alimentação da Edenred, com mil respondentes, revelou mudanças nos hábitos alimentares dos trabalhadores brasileiros após um ano do início da pandemia. Uma das principais alterações, mencionada por 70% dos participantes, foi o aumento dos gastos mensais com a alimentação. 

Quase vinte e sete por cento (26.56%) revelaram um acréscimo de mais de 50% no gasto mensal com a compra de mantimentos, enquanto 28% disseram que sentiram um aumento de 10 a 30%, e 25% observaram uma alta de 30 a 50%. Cerca de 10% dos participantes disseram que o gasto continua igual e apenas 3% revelaram que ele diminuiu. “O trabalho remoto ainda é privilégio de uma pequena parcela dos trabalhadores brasileiros, mas não podemos ignorar as novas necessidades dos que tiveram sua rotina modificada. O aumento de gastos com compras de mantimentos é uma delas”, comenta Felipe Gomes, Diretor-Geral da Ticket.

Sobre a frequência com que realizam compras no mercado (ou quitandas, açougues, peixarias, supermercados, sacolão, entre outros), 39% responderam que vão pelo menos uma vez por semana ao estabelecimento, 22% duas vezes ao mês e 19% frequentam três ou mais vezes por semana. O uso do cartão alimentação se destaca entre as formas de pagamento nesses estabelecimentos, com 69% de utilização em pagamentos presenciais ou pagamentos online. Os cartões de crédito e débito são usados em 27% e 26% das vezes, respectivamente. Já o dinheiro é a preferência em 11% das compras feitas pelos entrevistados. 

Segundo a Ticket, entre os estabelecimentos em que o Ticket Alimentação mais foi utilizado estão os atacadistas (24%), hortifrutis (20%), minimercados (14%), supermercados/hipermercados (13%) e açougues (12%). 

Já os pedidos de comida em restaurantes seguem na rotina de parte dos trabalhadores: 62% dos participantes da pesquisa continuaram realizando pedidos durante a pandemia, mesmo que não diariamente. Quando pedem as refeições em restaurantes, a forma de pagamento mais utilizada, segundo 40% das pessoas, é o cartão refeição para pagamento manual. Já 30% preferem utilizar o cartão de crédito, 21% o cartão refeição para pagamento online, 29% recorrem ao cartão de débito e 14% utilizam dinheiro em espécie.

 “A pandemia mudou os hábitos de refeição dos trabalhadores brasileiros, mas os benefícios de alimentação e refeição continuam sendo fundamentais para 70% dos respondentes, que afirmaram que os benefícios oferecidos pela empresa neste cenário contribuem para o aumento de seu poder de compra durante a pandemia”, finaliza Gomes.


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