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sábado, 1 de outubro de 2016

Coaching auxilia no desenvolvimento infantil



Timidez excessiva, ansiedade, teimosia, carência e agressividade são alguns dos comportamentos que podem ser trabalhados pela metodologia


O coaching é uma metodologia de desenvolvimento e capacitação humana que está cada vez mais ganhando adeptos. Este processo auxilia pessoas, profissionais e organizações a conquistarem objetivos tanto pessoais como profissionais de forma assertiva e apresentando uma alta performance.  Apesar de ter surgido no mundo corporativo, esta prática está se expandindo em outros nichos, e, atualmente, é capaz de ajudar crianças a se desenvolverem.

Timidez excessiva, ansiedade, teimosia, carência, apatia, desinteresse, preguiça, agressividade, medo, insegurança, rebeldia e depressão são comportamentos que podem ser trabalhados por meio da metodologia. “Esta nova modalidade do coaching contribui para o desenvolvimento infantil, pois trabalha no fortalecimento das capacidades, talentos, inteligência emocional e do processo de descobertas”, afirma José Roberto Marques, master coach senior e Presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC).

Além destes benefícios, o processo proporciona mudanças comportamentais positivas, desenvolvimento cognitivo, melhorias na comunicação familiar e social, aumento da capacidade de adaptação, estímulo do raciocínio lógico, capacidade de foco e concentração e aumento da organização.

Do ponto de vista neurológico, o coaching para crianças também apresenta vantagens para o desenvolvimento porque permite um aumento da oxigenação das células neuronais, o que facilita o aprendizado. A partir da prática, a área cerebral límbico-emocional é estimulada e consequentemente, os neurotransmissores são produzidos com mais frequência. “A metodologia não ensina apenas a superar uma dificuldade, mas provoca um desafio na criança para que ela possa ter consciência de suas capacidades”, explica Marques.


O primeiro passo do coaching infantil é realizar uma entrevista com os pais. Neste momento, serão identificados traços do comportamento e da personalidade da criança para definir os aspectos a serem trabalhados durante o processo.  Em seguida, começa a aplicação da metodologia por meio de diálogos, dinâmicas e brincadeiras com uma linguagem adequada ao seu público-alvo. “O objetivo é permitir uma conexão lúdica, cativante e divertida do eu interno da criança para que seja possível promover o desenvolvimento e a sociabilidade com saúde e felicidade”, diz o presidente.  



Crianças menores de 5 anos são deixadas sem supervisão com seus dispositivos móveis




A falta de supervisão dos pais é mais preocupante do que o uso dos dispositivos móveis em si. Muito tempo sozinho na Web é prejudicial


Uma pesquisa realizada com pais da Filadélfia, EUA, descobriu que três quartos dos seus filhos tinham ganhado tablets, smartphones ou iPods aos 4 anos de idade e faziam uso desses dispositivos sem supervisão, completamente sozinhos.

Na pesquisa, 350 pais, que eram em grande parte de baixa renda, afro-americanos, preencheram um questionário durante uma visita ao Einstein Medical Center, na Filadélfia.

Um terço dos pais das crianças de 3-4 anos disse que seus filhos gostavam de usar mais de um dispositivo, ao mesmo tempo. 70% dos pais relataram permitir que seus filhos, com idades entre 6 meses a 4 anos, joguem com dispositivos móveis, enquanto os pais fazem trabalhos domésticos e 65% disseram ter feito isso para aplacar o mau comportamento da criança em público.

“Um quarto dos pais disse que eles deixaram as crianças usar os dispositivos digitais na hora de dormir, embora as telas brilhantes interfiram no sono. Na verdade, eles estão colocando o filho para dormir em um ambiente que os impede de ir dormir”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

De acordo com os pais, quase metade das crianças com menos de 1 ano usa um dispositivo móvel diariamente para jogar, ver vídeos ou usar aplicativos. A maioria das crianças de 2 anos usa um tablet ou um smartphone diariamente.

“A pesquisa não é nacionalmente representativa e se baseou em dados relatados pelos pais. Mas especialistas dizem que o resultado surpreendente acrescenta robustez às crescentes evidências de que o uso de dispositivos eletrônicos tornou-se profundamente enraizado na infância”, destaca o médico.

A exposição aos dispositivos móveis entre as crianças em outros lugares não é tão diferente da que foi descrita pelos pais na Filadélfia. "Baseado na observação das famílias com as quais trabalho, eu não ficaria surpreso se estes níveis de propriedade do dispositivo e de utilização fossem semelhantes em muitas delas, em muitos locais do mundo", defende o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Mais dados...

De acordo com uma pesquisa nacional americana, realizada pelo Common Sense Media, 72% das crianças de 8 anos ou mais jovens utilizaram um dispositivo móvel, em 2013, por exemplo, em comparação com 38%, em 2011.

Para Chencinski, os dados das duas pesquisas são preocupantes. “Se as crianças estão se sentando sozinhas, por horas a fio, apenas acompanhadas dos dispositivos digitais, nós simplesmente não sabemos quais são as consequências para o desenvolvimento social delas. A Academia Americana de Pediatria recomendou a abstinência  total para crianças menores de 2 anos, mas ultimamente tem suavizado sua posição. Agora aconselha fixar prazos, priorizando o que chama de não usar os  dispositivos como chupeta para acalmar as crianças. A falta de supervisão dos pais é mais preocupante do que o uso dos dispositivos móveis em si. Muito tempo sozinho na Web definitivamente é prejudicial”, explica o pediatra.

O outro lado...

Os apps, as aplicações interativas, no entanto, podem ensinar as crianças. Um estudo publicado na revista Science descobriu que alunos da primeira série que usaram um aplicativo chamado Bedtime Math com um dos pais melhoraram suas habilidades matemáticas em poucos meses.

Os pais da nova pesquisa, no entanto, relataram que seus filhos às vezes usam ​​os dispositivos para assistir vídeos e outros tipos de entretenimento passivo.

“Com fins educacionais ou não, devemos ficar atentos. As crianças estão profundamente envolvidas com a mídia eletrônica. Os cientistas devem se comprometer a fazer pesquisas para entender como somos transformados pelos meios de comunicação que usamos. E, enquanto isso, os pais ainda são os melhores intermediadores dessa relação entre homem e máquina", diz o pediatra.



 

Moises Chencinski

Site: http://www.drmoises.com.br

 
 

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