Wagner Sancovich: nobre protetor dos animais precisa de ajuda

Um dos grandes lemas em minha trajetória, tanto pessoal quanto no trabalho, é uma célebre frase da Madre Teresa de Calcutá: "Não deixe jamais que alguém que se achegou de ti vá embora sem sentir-se melhor ou mais feliz". Ou seja, devemos ser atenciosos, manifestar genuíno compromisso com o bem estar e felicidade das pessoas.

Conheci a nobre história de um senhor que também pauta sua vida na benevolência, aplicada ao universo canino. Formado em economia pela PUC-SP, Wagner Sancovich tem 55 anos e desde os sete anos, quando ganhou seu primeiro cãozinho, tem um amor especial pelo melhor amigo do homem. Atualmente, toda sua rotina acontece em função de seus cachorros, que já somam mais de 200 animais.

Wagner despertou para sua missão como protetor de cães abandonados quando trabalhava em departamentos comerciais de empresas como Yamaha e Editora Abril, época na qual mantinha ações voluntárias em diversas instituições com este fim, como a União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), organização sem fins lucrativos localizada em São Paulo.

 

Conciliou sua vocação com seu emprego por um longo período porém, quando atuava como piloto da companhia aérea TAM, decidiu largar tudo em sua vida e fundar um abrigo para cães abandonados. Tornou-se piloto autônomo de viagens executivas para ter mais tempo para os cães. Um exemplo de amor e solidariedade.

 

A partir daí, Wagner começou a cuidar de cachorros de rua e levá-los para sua casa, chegando a resgatar 40 animais. Como o espaço dentro de sua residência era pequeno para esta quantidade de cães, ele decidiu vender sua casa e comprar um terreno em Ibiúna, município próximo a Sorocaba, no interior do Estado. O novo espaço foi recebendo cada vez mais animais e passou a ser conhecido como Abrigo de Cães Wagner Sancovich.

 

O espaço de 1400m² conta com uma casa pequena de três cômodos, um canil coletivo com mais de 100 animais e outro canil com 20 cães, que estão muito machucados ou com problemas de saúde. O local fica há 20 minutos do centro da cidade e ele não pode sair de lá, pois o Abrigo não conta com funcionários e os cachorros não podem ficar sozinhos. Há seis anos, ele não deixa os animais nem para ir ao mercado. Tudo que ele recebe é destinado aos cães, restando a ele precária infraestrutura para moradia, poucos mantimentos e vestimenta.  

Dedicando-se de corpo e alma, Wagner desempenha todas as atividades necessárias para a sobrevivência e qualidade de vida dos animais, como banho, alimentação, limpeza e cuidados básicos de saúde. Por ter que se cuidar sozinho de todos os detalhes, Wagner dorme duas horas por noite – quando dorme. Cerca de 50% dos cachorros são idosos, desta forma, precisam de atenção constante em relação a problemas de ouvido, pele ou unha. Apesar disso, cães são muito bem tratados e o local sempre está impecável, graças aos incansáveis esforços do cuidador.

Ser o “pai” de tantos cães não é fácil e a saúde acaba ficando em segundo plano. Wagner sofre de depressão, tem pressão alta e outros problemas de saúde. Além disso, precisa de ajuda para pagamentos de contas, mão de obra, doações, voluntários e todo o auxílio possível para que o abrigo prospere. Atualmente, seus gastos giram em torno de R$ 6 mil por mês com ração; R$ 1 mil com medicamentos e consultas e exames veterinários; R$ 300 com conta de luz e R$ 200 com material de limpeza e produtos do dia a dia.

Para conseguir ajuda voluntária, Wagner criou uma página no Facebook intitulada “Abrigo de Cães Wagner Sancovich”, com mais de cinco mil curtidas, seu único canal de comunicação com o mundo e a para pedir ajuda. Apesar de contar com alto número de seguidores, ele só recebe doações de cerca de 40 pessoas e, muitas vezes, não é o bastante. Eu e a diretoria da Blue Tree ficamos bastante tocados com a situação de Wagner e impressionados com seu envolvimento e dedicação. Então, decidimos ajuda-lo.

Alguns de nossos colaboradores, acompanhados de suas famílias, estão fazendo visitas regulares ao local, para levar suprimentos para os cães e também para ajudarmos o mantenedor a melhorar sua qualidade de vida. Mas somos poucos e acreditamos que precisamos de uma força extra, de uma exposição efetiva e impactante para que a vida de Wagner mude e não apenas os animais tenham melhores condições mas também para que ele tenha mais saúde, tranquilidade e suporte da comunidade.

As necessidades são muitas e estamos entrando em contato para pedir apoio, desde reformas até questões de infraestrutura. O local passa por sérias dificuldades, como falta de veículo para levar os animais ao médico e falta de tratamento de saúde para Wagner. Alguns dos principais materiais necessários para o Abrigo Wagner Sancovich são: produtos de limpeza e ração, papelões e jornais, dinheiro para pagamento de despesas como água e luz, atendimento médico para Wagner, visitas periódicas de veterinário, presença constante de voluntários para ajudarem nos cuidados.

Acreditamos que Wagner pode ser orientado, treinado e seu local adequado para se torne um empreendedor social. Obtendo renda, ajuda de parceiros, voluntários e contribuindo para que a cultura do amor e cuidado com os animais seja disseminada na sociedade. Pessoas como ele são grandes exemplos de abnegação, determinação, renúncia e amor.

Agradeço a atenção dispensada e espero que juntem-se a nós no esforço de fazer do Abrigo Wagner Sancovich um local mais confortável e tranquilo tanto para os cães quanto para seu idealizador.

Com carinho,

Chieko Aoki

Procon de São Paulo aumenta rigor na cobrança de multas

Começou a valer a portaria 45 do Procon de São Paulo que agiliza a emissão e cobranças de multas para empresas que infringirem o Código de Defesa do Consumidor

 

Um dos principais setores afetados serão as operadoras de telefonia, multadas em R$ 22,6 milhões por bloqueio da internet móvel nos planos de celular vendidos como ilimitados.

Com as novas regras, a empresa que não efetuar o pagamento da multa, após o fim do processo administrativo sancionatório, sofrerá punição severa. O Procon vai fazer a inscrição do débito na dívida ativa, o protesto e o envio de ofício à Comissão de Valores Mobiliários e à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Os infratores também terão mais facilidade para quitar as dívidas, pois poderão receber descontos de até 30% no pagamento à vista ou parcelamento em até seis vezes. Será possível gerar o boleto pela internet ou fazendo a solicitação por telefone, para recebimento do boleto por correspondência. Os pequenos e médios empresários podem negociar a diminuição dos valores de cada parcela, com ampliação do prazo do parcelamento.

De acordo com o Procon, existem, atualmente, 9.243 processos de multas em andamento, sendo 80% deles de pequenas e médias empresas, com punições de até R$ 5 mil. Dessas, 60% são do interior do estado. As multas são por motivos diversos, como venda de produtos vencidos, adulterados, publicidade enganosa, descumprimento de ofertas e contratos, não entrega de produtos e falta de informações em rótulos e etiquetas.

Os valores arrecadados com as multas serão revertidos em ações de educação para o consumo, realização de estudos avançados, pesquisas, palestras, cursos, capacitações e treinamentos aos funcionários do Procon.

Fernanda Cruz / edição: Valéria Aguiar
Fonte: Agência Brasil

Clamídia: a grande inimiga da fertilidade

A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum entre homens e mulheres. Aliás, muita gente tem clamídia e não sabe. Por se tratar de uma doença silenciosa, cujos sintomas vão aparecer bem depois, é fundamental usar preservativo durante as relações sexuais. Esta é a opinião de Suely Resende, especialista em Medicina Reprodutiva e diretora do Fertility Medical Group – unidade Campo Grande. “O maior problema é que, quando não tratada, a clamídia pode causar infecção nas trompas de falópio, levar à doença inflamatória pélvica e à infertilidade”, diz a médica.

É frequente, desde as primeiras relações sexuais, a jovem notar algum corrimento e deixar o consultório do ginecologista com prescrição de antibióticos tanto para ela, como para o parceiro. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se 2,8 milhões de novos casos de clamídia todos os anos, embora somente metade disso seja devidamente reportado às autoridades de Saúde. Em segundo lugar vem a gonorreia, com mais de 800 mil novos casos. “Vale ressaltar que a contaminação por clamídia não acontece somente no sexo vaginal, mas também no anal e oral. Por isso é tão importante que, pelo menos uma vez ao ano, as pessoas consultem seus médicos e façam exames para descartar essa possibilidade. Isso sem mencionar a importância, novamente, do sexo seguro”, diz a médica.

Suely afirma que ardência ao urinar e desconforto durante as relações sexuais, além da presença de um tipo de corrimento, são os sintomas mais comuns da doença. Nos homens, também pode haver dor na região da abertura do pênis. “Na maioria das vezes, quem procura o médico primeiro é a mulher, porque apresenta mais sintomas. Porém, o tratamento diz respeito ao casal”. Mesmo nos casos de sexo casual, então, vale a pena avisar o parceiro sobre a importância do tratamento. Além dos antibióticos, o ideal é evitar relações sexuais por no mínimo sete dias.

 “O tratamento é tão importante que poderá definir se a paciente enfrentará problemas, no futuro, quando quiser engravidar”, diz a médica. “Quando não tratada ou quando a paciente não completa devidamente o tratamento, a clamídia pode se espalhar pelo útero e pelas tubas uterinas e causar a doença inflamatória pélvica (DIP), que é uma infecção tão séria e comprometedora para o sistema reprodutor, que pode levar à infertilidade permanente ou a episódios de gravidez ectópica – que se desenvolve fora do útero. Casos como esse oferecem risco elevado à vida da paciente, já que pode ocorrer hemorragia interna, resultando em cirurgia de urgência”.

Suely faz um último alerta a respeito das mulheres que contraem clamídia durante a gravidez. “Se a paciente está grávida e descobre que tem clamídia, é importante conhecer os riscos de transmitir a doença para o bebê durante o parto. Inclusive, a criança poderá, já ao nascer, sofrer de pneumonia ou apresentar infecção ocular grave, podendo levar à cegueira. Daí a importância de fazer exames já na primeira visita de pré-natal e seguir o tratamento prescrito na íntegra. Afinal, uma vez curada, a paciente poderá levar vida normal – sempre se prevenindo contra novas contaminações de DSTs”.

Suely Resende - médica ginecologista, especialista em Medicina Reprodutiva e Fertilização Assistida, diretora do Fertility Medical Group – unidade Campo Grande (MS) – www.fertility.com.br // blog.fertility.com.br