- Estudo inédito realizado com a população conectada aponta que 90% dos brasileiros acreditam que os adolescentes não recebem o apoio emocional e social necessário.
- 7 em cada 10 acreditam que a presença de psicólogos nas
escolas poderia transformar essa realidade.
- Bullying e violência escolar são um dos principais desafios
de saúde mental apontados por 57% da população.
O Porto Digital — maior distrito de inovação da América Latina —
apresenta os resultados de uma pesquisa nacional realizada em parceria com a
Offerwise, especializada em estudos de mercado na América Latina e no universo
hispânico. O levantamento ouviu uma amostra de brasileiros conectados de todas
as regiões e classes sociais, com 18 anos ou mais, para entender suas
percepções sobre os dilemas enfrentados por crianças e adolescentes,
especialmente no ambiente digital. Os dados revelam um alerta claro: 9 em cada
10 brasileiros acreditam que os jovens não recebem apoio emocional e social
suficiente, enquanto 70% defendem a presença de psicólogos nas escolas como
caminho essencial para mudar esse cenário.
Os dados reforçam a urgência de ações coordenadas que promovam
ambientes mais seguros e saudáveis para o desenvolvimento das novas gerações.
Segundo o estudo, 4 em cada 10 pais utilizam regularmente ferramentas específicas
de controle parental – como aplicativos ou configurações no celular – sendo 65%
dos pais de crianças até 12 anos os que mais utilizam esse tipo de ferramenta,
enquanto 20% dos respondentes têm a intenção de adotar esse tipo de recurso no
futuro. Outro dado de destaque é sobre o monitoramento parental da vida digital
dos filhos: cerca de 93% dos pais dizem acompanhar o que os filhos fazem
online, mas isso tende a diminuir conforme eles envelhecem.
A percepção de risco com o uso da internet é generalizada, mas não
se restringe ao ambiente digital. Bullying e violência escolar (57%), ansiedade
e depressão (48%), e pressão estética (32%) são os três principais desafios
enfrentados pelos jovens hoje, segundo o levantamento. As mulheres demonstram
maior sensibilidade em relação às questões emocionais (54%), enquanto os homens
manifestam mais preocupação com aspectos financeiros e desemprego (40%) e de
perspectiva de futuro (27%).
“O cuidado com a juventude deve ser um compromisso compartilhado,
que envolve escolas, famílias, empresas e governos. Essa pesquisa evidencia que
não basta apenas discutir inovação tecnológica – é preciso humanizá-la e
colocá-la a serviço da sociedade”, afirma Pierre Lucena, presidente do Porto
Digital.
Ainda de acordo com o levantamento do Porto Digital e da
Offerwise, os pais têm buscado alternativas para proteger os filhos no ambiente
digital, com destaque para o controle do tempo de navegação e uso de
ferramentas de monitoramento. Entre crianças de até 12 anos, o controle tende a
ser mais rígido e constante. No entanto, apenas 20% dos pais pretende utilizar
futuramente alguma ferramenta de controle. A supervisão também tende a diminuir
com a idade dos filhos. Entre os adolescentes de 13 a 17 anos, os pais ainda
acompanham, mas de forma mais flexível, permitindo maior autonomia – o que
aumenta a necessidade de espaços de acolhimento e orientação.
O uso da internet por crianças e adolescentes preocupa a
população, levando muitos pais a monitorarem o acesso dos filhos diante de um
ambiente amplo e repleto de riscos. Apesar de ainda ser um tema relativamente
novo no cotidiano familiar, ele já é central nas discussões sobre a criação e
proteção das novas gerações.
“Os resultados da pesquisa nos mostram que a população enxerga a necessidade de um esforço conjunto para criar espaços mais seguros e de apoio nas escolas, especialmente diante do uso precoce e intenso das redes sociais. A parceria da Offerwise com o Porto Digital, nos dá essa visibilidade a esses desafios e traz um campo de análise para orientar ações mais eficazes, que conectem inovação tecnológica à promoção do bem-estar das novas gerações”, explica Julio Calil, General Manager da Offerwise.
"O futuro da inovação está diretamente ligado à forma como cuidamos dos nossos jovens. Não basta apenas impulsionar avanços tecnológicos — é fundamental criar pontes entre a tecnologia e a transformação social real. A pesquisa conduzida em parceria com a Offerwise reforça que a construção de um ecossistema inovador passa, obrigatoriamente, pela promoção da saúde emocional e do desenvolvimento humano desde cedo", conclui Lucena.







