Levantamento encomendado pela Gilead Oncology mostra
que mulheres vivendo com a doença tem perfil jovem, sofrem impacto sociais e
enfrentam dificuldades no acesso ao tratamento; estudo visa gerar empoderamento
e protagonismo no tratamento oncológico
O letramento em
saúde – habilidade que proporciona a capacidade da paciente compreender,
avaliar e aplicar informações sobre sua condição – impacta diretamente o
tratamento e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama avançado.
Pensando nisso, a Gilead Sciences Brasil realizou o Mapa da Jornada da
Paciente, estudo com pessoas vivendo com câncer de mama triplo-negativo
metastático.
O levantamento, conduzido pela Patient Centricity
Consulting, aponta que a maioria das mulheres com esse subtipo de câncer tem
perfil mais jovem, sofrem impactos sociais e enfrentam dificuldades no acesso
aos medicamentos e aos procedimentos necessários para um melhor prognóstico da
doença.
A análise traz um olhar sobre os aspectos físicos,
emocionais e sociais de pacientes do sistema público e privado de saúde
brasileiro, contemplando mulheres de 36 a 58 anos. Entre os pontos em comum, a
maioria das pacientes relata demora no diagnóstico, fator que atrasa o início
do tratamento e reduz as chances de sucesso.
Empoderamento e protagonismo da paciente
Para superar esses desafios, o levantamento revelou que
muitas pacientes têm suporte na família e apoio na espiritualidade, nutrição e
atividade física. “O cuidado humanizado é essencial para garantir maior
qualidade de vida e tratamento alinhado às expectativas e valores individuais
da paciente. A pessoa vivendo com a doença deve ser protagonista em sua jornada
de tratamento, com acesso à informação clara, apoio emocional e escuta ativa da
equipe médica”, explica Flávia Andreghetto, Diretora Associada de Oncologia na
Gilead Sciences.
Segundo a executiva, o empoderamento da paciente
impacta de forma direta o acesso ao diagnóstico precoce, a adesão ao tratamento
e a qualidade de vida das mulheres com câncer de mama avançado, especialmente o
triplo negativo metastático. “Por conta dos desafios vividos por essas
mulheres, que enfrentam uma doença altamente agressiva em estágio avançado, o
levantamento visa alertar para a necessidade de acesso rápido a exames e
terapias eficazes, coordenação integrada do cuidado, apoio psicológico e
nutricional, além da demanda por menos burocracia e pelo acesso administrativo
ao tratamento”, diz Flávia.
De acordo ainda com a pesquisa, o acesso ao
tratamento no sistema público é lento, enfrenta longas filas para cirurgia e
não cobre terapias mais modernas. Já na saúde suplementar, embora haja mais
recursos, a cobertura das terapias inovadoras é também um desafio.
A Patient Centricity Consulting analisou a jornada de
pacientes entrevistadas dentro de uma abordagem qualitativa, exploratória e
descritiva, além de ouvir profissionais de saúde, cuidadores e auditores do
sistema de saúde, em um levantamento realizado entre novembro de 2024 e
fevereiro de 2025.
Câncer de mama triplo negativo
Abordar a conscientização sobre o câncer de mama
requer ter conhecimento sobre os subtipos mais agressivos, como o câncer de
mama triplo-negativo. Uma outra pesquisa do Datafolha mostra que apenas 0,08%
das brasileiras estão cientes da existência desse subtipo agressivo¹.
O câncer de mama triplo negativo é considerado um
tumor agressivo porque tem crescimento rápido, maior probabilidade de se
disseminar no momento do diagnóstico e maior chance de retorno após o
tratamento do que outros tipos de câncer de mama. Isso ocorre porque as células
cancerígenas não têm receptores de estrogênio ou progesterona ou quantidade
suficiente da proteína HER2 para que a hormonioterapia ou a terapia alvo
respondam. Por essa razão, a quimioterapia é frequentemente usada no tratamento
do câncer de mama triplo negativo².
Mais prevalente em mulheres jovens, latinas, negras
ou com mutação BRCA1, a doença apresenta sobrevida relativa de cinco anos – em
seu estágio metastático – de 34%³ .
Gilead Sciences Brasil





