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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Condomínio em SC tenta proibir relações sexuais após 22h; advogado explica por que a regra é ilegal

Especialista em Direito Condominial e do Consumidor, Daniel Romano Hajaj afirma que a medida adequada seria regulamentar o barulho de forma ampla 

 

Um condomínio em São José, na Grande Florianópolis, gerou polêmica ao aprovar uma regra inusitada: proibir relações sexuais após as 22h. A decisão foi tomada em assembleia condominial após 18 reclamações formais de vizinhos incomodados por gemidos, batidas de móveis e conversas em tom elevado durante a madrugada. 

O caso rapidamente viralizou nas redes sociais, sendo apelidado de “toque de recolher do amor”. Segundo relatos de moradores, além da norma, o regulamento prevê advertências por escrito, multas de R$ 237 para reincidências e, em casos mais extremos, a possibilidade de apresentação de áudios gravados como prova em futuras assembleias. Também foi cogitada a instalação de sensores de ruído nos corredores do prédio. 

Segundo o advogado, especialista em Direito Condominial e do Consumidor, Daniel Romano Hajaj, a medida não tem validade legal. Ele explica que a decisão não tem respaldo jurídico.

“Um condomínio pode e deve estabelecer regras para garantir o bem-estar coletivo, mas não pode interferir em questões que envolvam a intimidade e a vida privada das pessoas dentro de suas unidades, como relações sexuais. A legislação brasileira protege a privacidade domiciliar, e uma norma desse tipo não se sustenta juridicamente”, afirma o advogado Daniel Romano Hajaj. 

De acordo com o advogado Daniel Romano Hajaj, a medida adequada seria regulamentar o barulho de forma ampla, aplicando regras que valham para qualquer atividade que gere perturbação, como festas, instrumentos musicais ou obras, independentemente de sua origem. 

“O que a lei realmente proíbe é o excesso de ruído, especialmente no período noturno. Isso já está previsto na chamada Lei do Silêncio, que estabelece que, após as 22h, não se pode perturbar a tranquilidade dos vizinhos. Mas direcionar uma regra especificamente para relações sexuais extrapola completamente a função do condomínio e pode gerar ações judiciais por violação de direitos fundamentais”, esclarece Daniel Romano Hajaj.

 

Direito à intimidade e à liberdade 

O advogado pontua que, segundo a Constituição Federal, a intimidade e a vida privada são direitos fundamentais, protegidos pelo artigo 5º. Para o especialista, qualquer tentativa de controle sobre a vida íntima dos moradores representa abuso de poder por parte da administração condominial. 

“Mesmo que a norma tenha sido aprovada em assembleia, ela não pode violar a Constituição. Não existe votação que permita abrir mão de direitos fundamentais. O que o condomínio pode fazer é atuar no âmbito do barulho excessivo, que deve ser combatido por meio de advertências, multas e, em casos extremos, até ação judicial — mas sempre de forma genérica e sem invadir a intimidade dos condôminos”, esclarece o advogado Daniel Romano Hajaj.

 

Alternativas para resolver o problema

O advogado Daniel Romano Hajaj recomenda que condomínios enfrentem situações semelhantes por meio de medidas mais equilibradas, como:

• Campanhas educativas sobre convivência e respeito aos horários de silêncio;

• Regras claras sobre níveis de ruído permitidos, aplicáveis a todas as situações;

• Mediação entre as partes envolvidas antes da aplicação de multas ou medidas mais severas;

• Em casos graves, registro de boletim de ocorrência por perturbação do sossego. 

Embora compreensível a insatisfação dos vizinhos com barulhos durante a madrugada, a tentativa de proibir relações sexuais é ilegal e ineficaz. O foco deve ser na gestão do ruído, sem interferir na esfera privada dos moradores, de acordo com Hajaj. 

“Condomínios são comunidades que precisam encontrar um equilíbrio entre os direitos individuais e coletivos. Quando se tenta resolver um problema legítimo — como o barulho — com soluções que invadem a privacidade, o resultado é sempre conflito e judicialização. O caminho é a mediação e o respeito à lei”, conclui o advogado Daniel Romano Hajaj.


Desmatamento reduz 74% das chuvas e aumenta em 16% a temperatura na Amazônia em época de seca


Área de desmatamento de floresta próxima ao rio Negro (2016): cientistas alertam que,
se o desmatamento continuar sem controle, a extrapolação dos resultados sugere um
declínio adicional na precipitação total durante a estação seca e maior elevação da temperatura
 (foto: Léo Ramos Chaves/Pesquisa FAPESP)

Pesquisa liderada por cientistas da USP quantifica, pela primeira vez, impactos da perda da floresta e das mudanças climáticas globais no bioma


 O desmatamento da Amazônia brasileira é responsável por cerca de 74,5% da redução de chuvas e por 16,5% do aumento da temperatura do bioma nos meses de seca. Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram quantificar os impactos da perda de vegetação e das mudanças climáticas globais sobre a floresta.

Liderado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), o estudo traz resultados fundamentais para orientar estratégias eficazes de mitigação e adaptação, temas-alvo da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP30, marcada para novembro em Belém (PA). Os resultados do trabalho estão publicados na última edição da Nature Communications e são destaque da capa da revista.

Os cientistas analisaram dados ambientais, de mudanças atmosféricas e de cobertura da terra de aproximadamente 2,6 milhões de quilômetros quadrados (km2) – 29 blocos com área de cerca de 300 km por 300 km cada um – na Amazônia Legal brasileira em um período de 35 anos (1985 a 2020). Utilizando modelos estatísticos paramétricos, destrincharam os efeitos da perda florestal e das alterações na temperatura, na precipitação e nas taxas de mistura de gases de efeito estufa.

As chuvas apresentaram uma redução de cerca de 21 milímetros (mm) na estação seca por ano, com o desmatamento contribuindo para uma diminuição de 15,8 mm. Já a temperatura máxima aumentou cerca de 2 °C, sendo 16,5% atribuídos ao efeito da perda florestal e o restante às mudanças climáticas globais.

“Vários artigos científicos sobre a Amazônia já vêm mostrando que a temperatura está mais alta, que a chuva tem diminuído e a estação seca aumentou, mas ainda não havia a separação do efeito das mudanças climáticas, causadas principalmente pela poluição de países do hemisfério Norte, e do desmatamento provocado pelo próprio Brasil. Por meio desse estudo, conseguimos separar e dar peso para cada um desses componentes, praticamente mostrando uma espécie de ‘conta a pagar’”, resume o professor Luiz Augusto Toledo Machado.

Pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e colaborador do Departamento de Química do Instituto Max Planck, na Alemanha, Machado diz à Agência FAPESP que os resultados reforçam a importância da conservação da floresta em pé para manter a resiliência climática.

Isso porque a pesquisa mostrou que o impacto do desmatamento é mais intenso nos estágios iniciais. As maiores mudanças no clima local ocorrem já nos primeiros 10% a 40% de perda da cobertura florestal.

“Os efeitos das transformações, principalmente na temperatura e precipitação, são muito mais importantes nas primeiras porcentagens de desmatamento. Ou seja, temos que preservar a floresta, isso fica muito claro. Não podemos transformá-la em outra coisa, como áreas de pastagem. Se houver algum tipo de exploração, precisa ser de forma sustentável”, complementa o professor Marco Aurélio Franco, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.

Franco é primeiro autor do artigo e recebeu bolsa de pós-doutorado da FAPESP, que também apoiou o trabalho por meio de outra bolsa, do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e de um projeto vinculado ao Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais.

O programa é desenvolvido em parceria com a Academia Chinesa de Ciências e tem a pesquisadora Xiyan Xu como uma das responsáveis no exterior e autora do trabalho.


Sensível equilíbrio do ecossistema

A Amazônia, como a maior e mais biodiversa floresta tropical do mundo, tem um importante papel na regulação do clima global. É responsável, por exemplo, pelos chamados “rios voadores” – cursos de água invisíveis que circulam pela atmosfera e abastecem outros biomas, como o Cerrado. As árvores retiram água do solo por meio das raízes, transportam até as folhas e a liberam para a atmosfera em forma de vapor.

No final do ano passado, um grupo internacional de pesquisadores, com a participação de Machado e do professor Paulo Artaxo, também do IF-USP, publicou um estudo na Nature mostrando, pela primeira vez, o mecanismo físico-químico que explica o complexo sistema de formação de chuvas no bioma. Envolve a produção de nanopartículas de aerossóis, descargas elétricas e reações químicas em altitudes elevadas, ocorridas entre a noite e o dia, resultando em uma espécie de “máquina” de aerossóis que vão produzir nuvens (leia mais em: agencia.fapesp.br/53490).

No entanto, o desmatamento e os processos de degradação da floresta contribuem com a alteração desse ciclo de chuvas, provocando a intensificação da estação seca em escala local e aumentando os períodos de incêndios florestais. A Amazônia brasileira perdeu 14% da vegetação nativa entre 1985 e 2023, de acordo com dados do MapBiomas, atingindo uma área de 553 mil km2, o equivalente ao território da França. A pastagem foi a principal causa no período. Mesmo chegando ao segundo menor nível de desmate entre agosto de 2024 e julho de 2025 – uma área de 4.495 km² –, o desafio tem sido conter a degradação, especialmente provocada pelo fogo.

A estação seca – entre junho e novembro – é o período em que os impactos do desmatamento são mais pronunciados, principalmente sobre a chuva. Os efeitos cumulativos intensificam mais a sazonalidade.

Destrinchando os dados

Para chegar aos resultados, os cientistas trabalharam com equações paramétricas de superfície considerando tanto as variações anuais quanto do desmatamento. Elas permitiram separar as contribuições específicas das mudanças climáticas globais e da perda de vegetação. Usaram ainda conjuntos de dados de sensoriamento remoto e de reanálises de longo prazo, incluindo as classificações de uso da terra produzidas pelo MapBiomas.

Além dos achados relacionados à chuva e à temperatura, o grupo analisou dados de gases de efeito estufa. Concluiu que, ao longo do período de 35 anos, o aumento nas taxas de dióxido de carbono (CO) e de metano (CH) foi impulsionado praticamente pelas emissões globais (mais de 99%). Foi observada uma alta de cerca de 87 partes por milhão (ppm) para CO e cerca de 167 partes por bilhão (ppb) para CH.

Foram analisados dados ambientais, de mudanças atmosféricas e de cobertura da terra de  aproximadamente
2,6 milhões de km2 na Amazônia Legal brasileira em um período de 35 anos (1985 a 2020)
(gráfico: Marco Aurélio Franco et al./Nature Comm., versão)

 

“Em um primeiro momento, esse resultado parecia antagônico com outros artigos que mostram o impacto do desmatamento na redução da capacidade de a floresta retirar CO2 da atmosfera. Mas não é porque a concentração de CO2 é algo em grande escala. Naqueles eram medições locais de fluxo de CO2. Quando se trata de concentração, o aumento é predominantemente devido às emissões globais”, explica Machado.

No artigo, os pesquisadores alertam que, se o desmatamento continuar sem controle, a extrapolação dos resultados sugere um declínio adicional na precipitação total durante a estação seca e maior elevação da temperatura.

Estudos recentes indicam que o desmatamento na Amazônia já está alterando os padrões da monção sul-americana (fenômeno climático que leva chuvas abundantes para o centro e Sudeste do Brasil durante o verão), resultando em condições mais secas que podem comprometer a resiliência de longo prazo da floresta. Eventos extremos, como as secas de 2023 e 2024, só agravam a situação.

O artigo How climate change and deforestation interact in the transformation of the Amazon rainforest pode ser lido em www.nature.com/articles/s41467-025-63156-0.

 


Luciana Constantino

Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/desmatamento-reduz-74-das-chuvas-e-aumenta-em-16-a-temperatura-na-amazonia-em-epoca-de-seca/55759


Mais do que o software: por que investir na experiência do cliente é estratégico para a empresa?

Diante de um mercado repleto de soluções tecnológicas, a ideia de que o “melhor software vence a concorrência” se tornou um mito. Atualmente, a competição pelos clientes não é travada com base nos recursos que uma solução possui, mas na jornada que a empresa oferece. É nesse contexto que a experiência do cliente, mais conhecida como Customer Experience (CX), e Customer Engagement (CE), uma nomenclatura nova, surgem como importantes atrativo para o negócio.

Quando falamos sobre esses conceitos, é importante destacar que essas abordagens não se tratam apenas de ter um bom atendimento, mas de consolidar parcerias duradouras, garantindo que, no longo prazo, o consumidor chegue à conclusão de que permanecer com o produto é tão estratégico quanto a decisão de adquiri-lo.

Como prova do protagonismo da experiência do cliente no dia a dia das organizações, um levantamento da Genesys revelou que, para 93% dos participantes, “uma empresa só é tão boa quanto seu atendimento”. A pesquisa ainda mostrou que 34% abandonaram a organização após alguma experiência negativa e 75% estão dispostos a pagar mais por um serviço que ofereça um atendimento de qualidade.

O estudo corrobora o atual cenário, marcado pela mudança de comportamento dos usuários. Ou seja, não é mais apenas a qualidade de um produto que determina a fidelização do cliente, mas sim as interações humanizadas e voltadas a assegurar a melhor experiência para o usuário.

Em se tratando de softwares, falar em migração de sistemas causa arrepios em boa parte do empresariado. Isso porque situações anteriores ou, até mesmo, relatos de dificuldades enfrentadas, desafios, mau atendimento, entre outros fatores, acaba criando uma impressão errada sobre a execução do projeto e gerando resistência para investir na adoção.

Todavia, é importante ressaltar que a experiência do cliente não deve ser uma preocupação apenas antes e durante o projeto. Também é preciso dar atenção ao pós-atendimento. Em projetos de implementação de ERP, é comum que, com o tempo, alguns usuários passem a subutilizar a ferramenta, por razões que variam desde a rotatividade de colaboradores até dificuldades na adoção de novos recursos.

Sendo assim, é crucial que, mesmo com a finalização de um projeto, o time continue engajado em garantir ao usuário todo o respaldo necessário. É essa ação que irá assegurar a fidelização, bem como permitir que o cliente, quando satisfeito, faça indicações, contribuindo para o aumento da cartela de usuários.

Dessa forma, mais do que investir em diversas soluções, é essencial que as organizações tenham um olhar estratégico para o CX e CE, a fim de promover ao cliente um atendimento humanizado que coloque sua satisfação no centro das operações.

Por outro lado, para o consumidor, na hora de escolher um produto ou serviço, principalmente um software de gestão, é essencial optar por uma consultoria que tenha o engajamento do usuário entre as prioridades. É primordial escolher a equipe que, além de ofertar, garanta a satisfação da base por meio de ações de monitoramento e aplicação de melhorias indicadas pelo próprio usuário.

Cada vez mais, a experiência do cliente tem se tornado um elemento estratégico indispensável para as organizações que querem se sobressair diante do cenário de alta concorrência. É esse olhar humanizado que irá determinar o sucesso das operações e, consequentemente, o maior nível de satisfação dos clientes. Afinal, mais do que tecnologia, é importante investir no bem-estar das pessoas.

 


Tânia Alves - CEE da Okser.

Okser


Quer mais visibilidade no Google? Agora é só acessar o App Sebrae

Nova funcionalidade facilita a presença digital dos pequenos negócios na maior plataforma de buscas do mundo

 

Os pequenos negócios agora têm um caminho mais simples para alcançar visibilidade na internet. Os usuários do App Sebrae vão poder gerenciar e compartilhar o perfil da empresa no Google diretamente pelo aplicativo. A nova funcionalidade foi desenvolvida para facilitar a presença digital dos empreendedores, especialmente microempreendedores individuais (MEI) e microempresas, que muitas vezes ainda não possuem perfil atualizado no Google. 

Marcio Brito, líder do projeto e aplicativo na Unidade de Gestão de Soluções do Sebrae, reforça que o perfil da Empresa no Google é uma das principais formas de os pequenos negócios serem localizados no ambiente digital. 

“A partir de agora, o empreendedor vai poder gerenciar esse perfil pelo aplicativo do Sebrae. Por meio de uma parceria com a NerdMonster o usuário da plataforma poderá também iniciar o processo de criação do Google Meu Negócio direto pelo app”, esclarece. 

Ao acessar o App Sebrae, os clientes com CNPJ vinculado encontram a opção para criar um novo perfil, atualizar informações já existentes e, após a validação pelo Google, compartilhar os dados de forma rápida. Dessa forma, não é necessário acessar sites externos ou buscar a própria empresa na internet para divulgar o perfil. 

“Quando logar no app, o usuário deve verificar se o seu negócio e CNPJ estão vinculados a ele. Caso não esteja, basta realizar o vínculo. A partir daí o aplicativo apresenta a informação relacionada ao perfil da empresa no Google automaticamente”, explica Marcio. 

A iniciativa integra um conjunto de ações voltadas a ampliar a digitalização e a competitividade das micro e pequenas empresas brasileiras. Com essa integração, o Sebrae reforça seu papel de facilitar o acesso às ferramentas que colocam os empreendedores em evidência no mercado digital.

 

Por que o novo recurso é importante para os pequenos negócios? 

Estar presente no Google significa ser encontrado com mais facilidade por clientes em potencial. Além das buscas tradicionais, os negócios passam a aparecer no Google Maps e no Google Earth, ampliando o alcance para além da clientela local. 

Segundo o Sebrae, os benefícios para os empreendedores incluem: 

• Maior visibilidade: empresas cadastradas no Google aparecem melhor em pesquisas relacionadas a seus produtos ou serviços. 

• Acesso a novos clientes: presença digital aumenta as chances de conquistar consumidores fora da área imediata. 

• Credibilidade: informações verificadas e avaliações fortalecem a confiança na marca. 

• Facilidade de contato: clientes encontram telefone, endereço, horário de funcionamento e até a opção de mensagens. 

• Interação com consumidores: é possível publicar novidades e responder avaliações. 

• Diferencial competitivo: muitos pequenos negócios ainda não utilizam esse recurso, o que pode ser uma vantagem para quem adere. 

Para utilizar a nova funcionalidade, basta acessar o App Sebrae e seguir as orientações disponíveis.

 

De onde vem o carisma? Para a maioria dos brasileiros, trata-se de algo "de nascença" — mas há quem tente aprimorá-lo

iStock
Dom natural para alguns, habilidade treinável para outros, tema é o foco do novo curso da Conquer, referência no desenvolvimento de habilidades profissionais 

 

Afinal de contas, de onde vem o carisma — esse diferencial que, seja na vida ou no trabalho, abre portas, conquista as pessoas e costuma mudar o clima de qualquer ambiente? 

Para 85% dos brasileiros ouvidos pela Conquer, a resposta é simples: trata-se de algo que vem de nascença, restrito a certas pessoas… mesmo que a característica em questão possa ser lapidada ao longo da vida.  

A constatação é do novo estudo da escola de negócios, que, às vésperas de seu curso gratuito de carisma, com pré-inscrições abertas, analisou a relação de profissionais de diferentes áreas com tal competência, entre o modo como se autoavaliam, os impactos dos perfis que cativam no dia a dia corporativo e, ainda, as vantagens obtidas pelos carismáticos, dentro ou fora das empresas.  

Entre aqueles que acreditam se tratar de algo treinável, o próprio carisma poderia ser melhorado via escuta ativa, empatia e atenção à própria linguagem corporal, algo defendido pela Conquer. “Buscaremos desmistificar certas ideias ao longo do novo curso, mostrando que, enquanto uma habilidade, todo profissional é capaz de aprimorá-lo com técnica, observação e prática”, comenta Juliana Alencar, Diretora de Marketing da empresa. 

 

Principais conclusões:  

·         Na opinião dos respondentes, os carismáticos teriam mais oportunidades de emprego ou promoções; 

·         77% dos brasileiros se avaliam enquanto pessoas carismáticas no trabalho; 

·         Por outro lado, 50% dos profissionais sentem que falta carisma em suas lideranças.  

 


O que define uma pessoa carismática… e por que isso importa no trabalho? 

 

Mesmo sendo comumente associado à simpatia ou extroversão — atributos que uniriam celebridades como Neymar, Celso Portiolli, Taís Araújo e Ivete Sangalo, eleitas as mais carismáticas para os entrevistados —, o estudo da Conquer descobriu que, entre os brasileiros, falar de carisma no trabalho é ir muito além disso.

 

Segundo os entrevistados, o termo está, antes de tudo, ligado a saber cativar e envolver as pessoas (66%), se comunicando com naturalidade e confiança (66%). Demonstrar empatia e praticar a escuta ativa também aparecem como seus pilares, citados por 62% dos entrevistados. 

 

Mas afinal, ser alguém carismático é um privilégio de poucos ou algo que pode ser desenvolvido? A pesquisa mostra que a maioria acredita no equilíbrio entre talento e prática: 55,6% veem o carisma como predominantemente inato, mas possível de ser lapidado ao longo da vida. Já 29,6% defendem que a pessoa simplesmente nasce com ele, enquanto apenas 14,8% acreditam que qualquer um pode aprender a ser carismático com treino e dedicação. 

 

Quando olham para si mesmos, vale dizer que 77% dos profissionais se enxergam como carismáticos ou muito carismáticos no ambiente de trabalho — percepção que, segundo o estudo, não é mero detalhe. Para os respondentes, perfis capazes de inspirar e engajar têm mais chances de conseguir emprego ou promoções (43%), são mais lembrados por colegas e líderes (52%) e conseguem se comunicar melhor em reuniões (51%). 


Além disso, o carisma parece ter um papel relevante na resolução de conflitos: 4 em cada 10 entrevistados afirmam que pessoas carismáticas encontram soluções mais rapidamente e com menos atrito. No dia a dia corporativo, essa habilidade pode se traduzir em equipes mais alinhadas, relacionamentos mais saudáveis e, consequentemente, resultados mais consistentes.



Formas de desenvolver o carisma no trabalho 

 

Embora muitos ainda acreditem que o carisma seja algo inato, a pesquisa da Conquer revela não só que alguns profissionais enxergam essa característica como uma habilidade, mas que de fato tentam cultivá-la diariamente no ambiente corporativo.

 

Entre as estratégias mais adotadas, focar em ouvir mais e praticar a empatia lidera com 69% das respostas, mostrando como a conexão genuína com colegas é valorizada para conquistar e manter o carisma. Além disso, 55% dos profissionais apontam a atenção à linguagem corporal e ao tom de voz como um diferencial importante para causar boa impressão e transmitir confiança. 

 

Buscar feedback direto de colegas e gestores é outra prática valorizada (46%), enquanto 41% investem em treinamentos, cursos ou workshops para aprimorar suas habilidades sociais. Por sua vez, observar e imitar pessoas consideradas carismáticas aparece como estratégia para 30%, mostrando que o aprendizado por exemplo também faz parte da jornada. 


 

Muito além da simpatia: como líderes carismáticos impactam o time? 


Para 36% dos profissionais ouvidos pela Conquer, o carisma é uma competência essencial para quem ocupa cargos de liderança. No entanto, a avaliação sobre seus líderes atuais é menos animadora: somando os que consideram seus gestores pouco carismáticos (11%), nada carismáticos (8%) e até mesmo neutros (29%), a maioria dos entrevistados apontam que seus superiores falham quando o assunto é engajar e motivar equipes. 

 


Apesar dessa lacuna, o impacto positivo de líderes carismáticos é amplamente reconhecido pelos respondentes. 7 em cada 10, por exemplo, afirmam que eles tornam o ambiente mais leve e acolhedor, enquanto 57% se sentem mais confortáveis para opinar e sugerir ideias com esse tipo de liderança. A motivação e o entusiasmo nas entregas também ganham fôlego (mencionados por 50%), assim como o tratamento mais empático e respeitoso dos conflitos (51%).

 

Além disso, a presença de um líder carismático pode trazer mais alinhamento e clareza sobre os objetivos do time (37%) e aumentar a frequência do reconhecimento pelo bom trabalho (34%) — o que, por sua vez, geraria efeitos a longo prazo na cultura organizacional e comunicação entre equipes. 

 

Metodologia 

 

Para compreender como os brasileiros compreendem o papel do carisma no trabalho, nas últimas semanas, foram entrevistados 500 adultos (maiores de 18 anos) residentes em todas as regiões e conectados à internet. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.


Ao todo, os respondentes tiveram acesso a 8 questões, que exploraram os diversos conceitos de carisma, sua importância entre as lideranças e o impacto no dia a dia de trabalho. A organização das respostas possibilitou a criação de diferentes rankings, nos quais você confere o percentual de cada alternativa apontada pelos entrevistados.

 

 

Conquer Business School
https://blog.escolac*onquer.com.br/
criativid*ade-no-trabalho/
https://blog.escolaconquer.com.br/criatividade-no-trabalho/

 

Segurança em condomínios: 6 passos para blindar seu prédio contra invasões

 

Nos últimos anos, o número de invasões a condomínios vem se multiplicando, principalmente na cidade de São Paulo. Essa realidade preocupa moradores, síndicos e administradoras, que precisam se adaptar rapidamente para não entrarem nas estatísticas. 

Paralelamente ao aumento da criminalidade, as estratégias de proteção também estão evoluindo. Soluções tecnológicas, protocolos mais rígidos e treinamentos específicos vêm se tornando parte da rotina de quem administra ou vive em condomínios. 

Para Gabriel Borba, CEO da GB Serviços e especialista em segurança condominial, a base para evitar invasões continua sendo a mesma: gestão profissional, processos bem definidos e uso inteligente da tecnologia. 

“O que percebemos é que, quando a segurança é tratada como custo, a tendência é cortar investimento. E isso fragiliza todo o processo. Ela precisa ser vista como prioridade absoluta na gestão condominial”, afirma.

 

Segurança como pilar, não como gasto

Borba é enfático ao dizer que segurança deve estar no mesmo nível de importância que manutenção e gestão financeira. “O condomínio precisa ter um corpo diretivo ou um síndico profissional, alguém que já tenha atuado na gestão. Só assim é possível entender a real importância da segurança e colocá-la como prioridade”, defende. 

Ele resume o tripé de uma boa gestão da segurança:

  • Pessoas: profissionais treinados e capacitados;
  • Tecnologia: sistemas e equipamentos modernos;
  • Processos claros: protocolos definidos e seguidos à risca.

 

O bom e velho processo — com um toque de tecnologia

Mesmo com o avanço de recursos digitais, Borba garante que o verdadeiro diferencial continua sendo o processo bem desenhado. “Equipamentos como câmeras, leitores faciais e softwares ajudam, mas sem um processo claro — da identificação à escolta, das barreiras físicas às ações em caso de incidentes — nada funciona plenamente. É o bom e velho processo que salva.” 

Esse protocolo deve contemplar todas as etapas: identificação e cadastramento de visitantes, autorização prévia, definição de percurso dentro do condomínio, escolta quando necessário e procedimentos de contingência.

 

6 passos para reforçar a segurança do seu condomínio

  1. Profissionalizar a gestão e a sindicância: Síndicos profissionais ou gestores experientes garantem uma visão estratégica da segurança e capacidade de investimento.
  2. Criar um processo de segurança bem desenhado: Documentar todas as etapas e atribuir responsabilidades claras para cada colaborador.
  3. Combinar tecnologia e presença física: “Portaria virtual sozinha não reage, não inibe. A tecnologia ajuda, mas sem gente qualificada para agir, ela perde boa parte da eficácia”, lembra Borba.
  4. Implantar barreiras físicas: Clausuras, portões duplos e bloqueios de acesso aumentam a resistência contra invasores.
  5. Criar cultura de segurança entre os moradores: Combater o “efeito carona” e incentivar que todos respeitem e sigam os protocolos.
  6. Tratar entregas com atenção especial: Sempre que possível, impedir que entregadores acessem as unidades sem acompanhamento. 

Além disso é importante ficar atento a pontos que enfraquecem a segurança de um condomínio. Gabriel Borba destaca alguns: portaria mal treinada ou terceirizada sem supervisão; cortes de investimentos em sistemas e equipe; falta de comunicação com os moradores; ausência de protocolos formais; e tolerância com tentativas de acesso não autorizadas.

 

O retorno é para todos

“Para ter um local mais seguro, é inevitável investir. Esse retorno é para todos — valorização do imóvel, tranquilidade e proteção. Segurança é atitude, planejamento e compromisso coletivo”, conclui Borba. 

Com gestão profissional, protocolos sólidos e uso estratégico da tecnologia, condomínios podem se tornar verdadeiras fortalezas — prevenindo incidentes antes que eles aconteçam e garantindo a qualidade de vida de todos os moradores. 

Gabriel Borba ainda dá uma dica final sobre o tema: “Não espere o crime acontecer para agir. Segurança eficiente se constrói antes da crise, não depois.”

 

Solicitar retorno após uma entrevista de emprego é uma boa prática? Especialista do Infojobs explica como e quando adotar a estratégia

Reforçar interesse após a entrevista pode abrir portas, mas especialista em RH alerta: é preciso saber o que dizer, quando e como fazer o contato


Por muito tempo, profissionais se questionaram se o contato com o recrutador após uma entrevista poderia soar como insistência ou, ao contrário, como uma demonstração genuína de interesse pela vaga. No atual mercado de trabalho — competitivo e cada vez mais digital, a prática do follow-up, como é chamada essa estratégia, ganhou novas camadas. 

Para Patrícia Suzuki, CHRO do Redarbor Brasil, grupo detentor do Infojobs, o follow — ou seja, a mensagem enviada após o processo seletivo — pode ser uma ferramenta valiosa, desde que utilizada da forma correta. “Entrar em contato é uma boa estratégia para reforçar seu interesse e manter seu nome presente na cabeça do recrutador, mas precisa ser feita no tom e no momento certos”, pondera. 

Segundo Patrícia, o primeiro cuidado é evitar que o contato tenha conotação de pressão para que haja uma resposta imediata. “O objetivo não é cobrar, mas sim criar um ponto de conexão. Muitas vezes, apenas uma mensagem de agradecimento pela oportunidade ou um lembrete de que você continua interessado na vaga é suficiente”, explica. A executiva reforça que, em processos longos ou com várias etapas, é natural que o retorno leve mais tempo. Em alguns casos, o profissional candidato pode perguntar sobre o tempo médio esperado para o fechamento da vaga. “Assim, é possível mencionar essa conversa de forma natural na hora do contato posterior.” 

O momento ideal, de acordo com a executiva do Infojobs, é entre dois e cinco dias úteis após a entrevista — isso, é claro, se não houver um prazo indicado anteriormente pelo recrutador. Em processos muito disputados, uma mensagem enviada cedo demais pode transmitir ansiedade; tarde demais, por outro lado, perde parte do impacto necessário ou a decisão da seleção já pode ter sido tomada. 

Na condução de processos realizados por grandes empresas ou consultorias de recrutamento, muitas vezes há um prazo interno de aprovações que vai além do recrutador com quem você teve contato. “Nesses casos, o retorno pode depender de áreas distintas e até de lideranças de outras empresas. Por isso, o follow-up deve ser breve, educado e sem criar pressão”, pontua Suzuki. 

Ela também alerta, que não é apropriado enviar várias mensagens em sequência ou procurar o recrutador em redes pessoais. “A busca pelo feedback deve ocorrer nos canais indicados pela empresa, como e-mail, plataformas de recrutamento ou no máximo uma rede profissional”. Patrícia ainda recomenda que o profissional revise o conteúdo antes de enviá-lo, já que erros de português ou uma mensagem excessivamente longa pode gerar impacto negativo. “O contato direto com as empresas faz parte do processo seletivo, e tudo o que você envia compõe a imagem profissional que o recrutador terá de você.” 

Embora não haja garantias ou um padrão de mensagem, a executiva acredita que esse contato pode fazer diferença em casos de “empate”. “Em uma seleção acirrada, na qual profissionais diferentes possuem as mesmas atribuições necessárias à vaga, o candidato que demonstra interesse genuíno, cuidado na comunicação e respeito ao processo pode se destacar.” Mais do que uma ação de persuasão para uma resposta rápida, o contato com o recrutador pode potencializar a construção de relações de curto e longo prazo. “Mesmo que não seja aprovado na vaga, no futuro o recrutador ainda pode se lembrar de você e retomar um contato para outra oportunidade. Manter essa conexão de forma profissional é investir nessa possibilidade”, finaliza.


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