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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Compliance: o motor estratégico que protege e fortalece empresa

No universo corporativo atual, muitas empresas ainda enxergam o compliance apenas como burocracia ou obrigação legal. Na prática, ele é uma ferramenta estratégica capaz de prevenir riscos, proteger reputação e criar um ambiente seguro para decisões de alto impacto.


Mas afinal, o que é compliance?

Compliance é o conjunto de políticas, processos e controles que garantem que a empresa cumpra leis, regulamentos e normas internas, abrangendo áreas como trabalhista, fiscal, ambiental, anticorrupção, proteção de dados e governança corporativa.


Funções essenciais do compliance

  • Prevenção de riscos legais e regulatórios: identificação e mitigação de vulnerabilidades antes que se tornem problemas.
  • Proteção da reputação: promove transparência, confiança e credibilidade diante de clientes, parceiros e investidores.
  • Suporte à tomada de decisão: fornece dados confiáveis e auditáveis para decisões estratégicas.
  • Alinhamento global: garante conformidade com padrões internacionais, essencial em fusões, aquisições e operações multinacionais.

 

Benefícios práticos para empresas

Em minha experiência como especialista na área com atuação nacional e internacional, observei que programas robustos de compliance:

Reduzem significativamente a exposição a multas, processos e penalidades.

Fortalecem a cultura organizacional, alinhando colaboradores a valores éticos e estratégicos.

Aumentam a eficiência operacional, pois processos claros e auditáveis reduzem retrabalho e desperdícios.

Oferecem vantagem competitiva, transmitindo segurança e credibilidade a investidores e parceiros.

 

Compliance como motor de crescimento

Mais do que proteção, o compliance se tornou um diferencial estratégico. Empresas que o incorporam de forma consistente conseguem operar de maneira sustentável, segura e alinhada às expectativas do mercado global. Ao investir em governança e conformidade, organizações fortalecem sua resiliência e posicionamento competitivo, garantindo crescimento sólido e reputação intacta.

O mundo corporativo precisa intensificar a ideia de que o compliance é uma estratégia de futuro, que combina segurança jurídica, eficiência operacional e fortalecimento da cultura corporativa. Para empresas que buscam se destacar, ele não é apenas necessário, é essencial.

 


Vivian Marques Braga - especialista em compliance e governança corporativa, com sólida atuação nos setores jurídico e estratégico de empresas multinacionais. Possui experiência internacional em escritórios de advocacia, instituições financeiras e grupos empresariais no Brasil, Estados Unidos e Europa. Ao longo da carreira, liderou projetos de reestruturação jurídica, due diligence, gestão de riscos regulatórios e implementação de políticas internas de conformidade. É membro da American Bar Association e atua como Senior Legal Strategist em operações de M&A e estruturação corporativa. Atua como Compliance Officer / Senior Legal Strategist em operações de M&A e estruturação corporativa.


Engajamento e bem-estar: como transformar ambientes e resultados

Muito se fala sobre performance e resultados dentro das organizações. Mas o que muitas empresas ainda ignoram, ou subestimam, é que não existe alta performance sustentável sem engajamento real e bem-estar das pessoas. Quando falamos de cultura de resultados, falamos, antes de tudo, de pessoas comprometidas com o propósito do negócio e cuidadas em sua jornada profissional. 

Nesse cenário, os OKRs (Objectives and Key Results) surgem não apenas como uma metodologia de metas, mas como uma ferramenta de gestão que coloca clareza, foco e transparência a serviço do engajamento e da saúde organizacional. 

Engajamento não nasce de discursos bonitos nem de metas inalcançáveis impostas de cima para baixo. Ele nasce da conexão entre o que a empresa quer alcançar e o que cada pessoa acredita que pode entregar. E essa conexão só acontece quando há um processo claro, participativo e constante de alinhamento, algo que os OKRs estruturam de forma bastante eficaz. 

Quando uma empresa adota OKRs de maneira consistente, ela está dizendo, na prática, que cada pessoa deve saber para onde estamos indo; cada time deve entender como contribui para esse destino; e que cada ciclo de trabalho deve ser acompanhado por conversas de evolução, não só por cobranças de entrega. 

Esse tipo de gestão gera um efeito direto no clima organizacional. Porque segurança psicológica, clareza de prioridades e autonomia andam juntas. Quando as metas são construídas com base no diálogo e refletidas nos OKRs, elas deixam de ser um peso para se tornar uma bússola. E quando cada colaborador entende seu papel dentro de um objetivo maior, o sentimento de pertencimento se fortalece e com ele, o engajamento. 

Além disso, os OKRs promovem ciclos curtos de reflexão, geralmente trimestrais, que abrem espaço para o aprendizado, para o reconhecimento dos acertos e para o redesenho de rotas sempre que necessário. Isso alivia a pressão do “tudo ou nada” que muitas vezes prejudica a saúde mental dos times. Ao invés de um ano inteiro esperando para ver se algo funcionou, temos ciclos contínuos de avaliação e feedback, o que favorece tanto o bem-estar quanto a evolução constante dos resultados. 

Não por acaso, as empresas que melhor executam seus OKRs são aquelas que têm lideranças presentes, escutam ativamente seus colaboradores e mantém um olhar humano sobre as metas. Porque a gestão por OKRs só funciona de verdade quando está a serviço das pessoas e não o contrário. 

Resultados reais não vêm apenas de números. Eles vêm de ambientes onde as pessoas se sentem motivadas, respeitadas e envolvidas. Os OKRs, quando bem implementados, ajudam a construir esses ambientes. Eles criam pontes entre estratégia e execução, mas também entre pessoas e propósito. E é nesse ponto de conexão que o verdadeiro desempenho floresce. 

Portanto, se sua empresa quer crescer de forma saudável, olhe para os resultados. Mas olhe também para o clima, para o ritmo, para o cansaço, para a clareza, para a motivação. Porque no fim das contas, não existe métrica mais poderosa do que uma equipe engajada e em equilíbrio.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


Como os idosos são enganados: Kaspersky oferece um guia simples para evitar fraudes digitais

 De chamadas falsas de supostos funcionários do banco a vídeos ou áudios criados com inteligência artificial, essas são as cinco fraudes mais comuns direcionadas a terceira idade

 

Cada vez mais idosos estão se integrando ao mundo digital com confiança, curiosidade e entusiasmo. De acordo com um estudo global da Kaspersky, 61% dos idosos participam ativamente das redes sociais, 64% fazem compras online e 68% gerenciam seu dinheiro a partir de plataformas e se comunicam por videochamada. Porém, esse aumento da presença online também os tornou um alvo para cibercriminosos que aproveitam as lacunas de conhecimento para executar golpes cada vez mais sofisticados direcionados a faixa etária. Apenas 52% têm software de segurança instalado e apenas 30% configuram adequadamente sua privacidade online. Para ajudar a geração, a Kaspersky separou as cinco fraudes mais comuns direcionadas aos idosos e um guia digital para se precaverem e não caírem nos golpes digitais. Veja abaixo.
 

A Kaspersky destaca os cinco golpes mais comuns direcionados aos idosos:

  • Chamadas falsas de supostos funcionários do banco: Esse tipo de golpe consiste no criminoso ligando para o telefone fingindo ser um funcionário do banco. Ele afirma que alguém clonou o cartão, e teve uma cobrança muito alta ou atividade suspeita na conta. Em seguida, ele pede dados pessoais, senhas ou códigos de segurança enviados por mensagem. O objetivo é obter acesso a contas bancárias para esvaziá-las.
     
  • Promessas enganosas de prêmios ou bônus nas redes sociais: Por meio de anúncios ou publicações em plataformas como o Facebook, os golpistas oferecem prêmios, ajuda financeira ou recompensas que supostamente são concedidas por instituições reconhecidas. Ao clicar nesses links, a vítima é redirecionada para sites falsos onde informações confidenciais são solicitadas e usadas para cometer fraudes.
     
  • Mensagens falsas de parentes pedindo dinheiro urgente: Trata-se de um golpe em que criminosos enviam mensagens no WhatsApp ou redes sociais, fingindo ser um parente próximo. Eles afirmam estar em uma situação de emergência e solicitam dinheiro com urgência. Geralmente, eles usam desculpas como um acidente, um problema legal ou a perda do telefone original para justificar o uso de um número desconhecido.
     
  • Roubo de informações em redes Wi-Fi públicas: nesse tipo de fraude, os criminosos aproveitam as conexões gratuitas de internet disponíveis em locais públicos. Essas redes, por não possuírem medidas de segurança, permitem a interceptação das informações que os usuários enviam ou recebem, como senhas ou dados bancários. Isso pode facilitar o acesso a contas pessoais.
     
  • Falsificação de identidade por meio de áudios ou vídeos criados com inteligência artificial: usando tecnologias como inteligência artificial, os fraudadores criam áudios (deepvoice) ou vídeos (deepfakes) nos quais imitam a voz ou imagem de uma pessoa famosa ou alguma autoridade promovendo "produtos milagrosos" ou medicamentos. Esses materiais são usados para espalhar informações falsas ou vender mercadorias cujo único objetivo é fraudar os compradores.

"A maior ameaça não é a idade, mas a falta de informação e conhecimento sobre boas práticas tecnológicas. Muitos idosos já fazem parte do mundo digital, mas nem sempre estão preparados para identificar os riscos que existem online. Os cibercriminosos exploram essa lacuna por meio de técnicas de engenharia social, manipulando emoções como medo ou urgência para pressionar as pessoas a agir sem pensar: compartilhar dados pessoais, transferir dinheiro ou clicar em links perigosos. É nessa reação impulsiva que ocorre o golpe", alerta Fabiano Tricarico, diretor geral de produtos de consumo da Kaspersky para Américas. 

Para celebrar os idosos como atores ativos no mundo digital, os especialistas da Kaspersky oferecem este guia para que a terceira idade não caiam em golpes e saibam como se proteger ao realizar atividades online:

  • Não compartilhe seus dados pessoais com estranhos: Se alguém ligar para você, escrever para você no WhatsApp ou por e-mail dizendo que é do banco, de uma empresa ou até mesmo de um parente e pedir senhas, códigos de verificação ou dados de suas contas, não os forneça. Os golpistas se passam por pessoas confiáveis para enganar. Lembre-se de que nenhum banco ou empresa solicitará dados pessoais por telefone ou mensagem. Encerre a ligação e entre em contato diretamente com o banco. Uma ferramenta que pode ajudar é o Kaspersky Who Calls, um aplicativo de segurança para smartphones que ajuda a identificar, bloquear e gerenciar chamadas indesejadas, protegendo o usuário de golpes, spam e contatos suspeitos, inclusive no WhatsApp.
     
  • Preste atenção às mensagens suspeitas: Se você receber uma mensagem que pede dinheiro urgente, promete um prêmio ou tem links para clicar em troca de algum tipo de recompensa, revise-a com calma. Veja se vem de um número ou e-mail desconhecido, se tem erros de ortografia ou se apressa você a agir rapidamente, esses são sinais de que é uma farsa. Se algo lhe parecer estranho, não abra, não responda e consulte alguém de sua confiança.
     
  • Mantenha seus dispositivos atualizados e organizados: Atualizar seu celular, tablet ou computador é essencial para se manter protegido. As atualizações corrigem bugs e fortalecem a segurança. Você também pode organizar seus dispositivos com ícones grandes e atalhos para o que você mais usa. Isso não apenas torna tudo mais confortável, mas ajuda a evitar erros ou confusão na navegação.
     
  • Instale uma solução de segurança e VPN em seus dispositivos: ter uma ferramenta de segurança instalada em seus dispositivos ajuda a evitar golpes, proteger suas informações pessoais e bloquear sites suspeitos. Além disso, é muito útil usar uma VPN, que significa "rede privada virtual". Esta ferramenta cuida dos seus dados quando você se conecta à internet, especialmente se você estiver usando redes públicas, como as de uma cafeteria ou de um aeroporto. A VPN cria uma espécie de "túnel privado" entre seu dispositivo e a página que você está visitando. Assim, ninguém mais pode ver o que você está fazendo ou acessar seus dados pessoais, como senhas, informações da conta ou sua localização. Se você usa uma VPN ao fazer transações, compras ou consultar seu banco pelo celular, tem uma camada extra de proteção para navegar com tranquilidade.
     
  • Se algo te apressar ou assustar, não aja imediatamente: muitos golpes usam pressa ou medo para fazer você tomar decisões sem pensar. Por exemplo, uma mensagem que diz que há um problema com sua conta ou que seu neto precisa de dinheiro com urgência. Se você sentir pressão para agir rápido, faça uma pausa. Pense nisso, revise as informações com calma e, se tiver dúvidas, peça ajuda. Não há pressa que justifique arriscar.

Para obter mais informações sobre como proteger sua segurança digital, visite nosso blog.



Kaspersky
www.kaspersky.com.br

 

Cerca de 100 mil músicas são lançadas por dia: Como um artista pode se destacar no streaming

Em um mundo digital cada vez mais lotado, planejamento e distribuição estratégica se tornaram aliados essenciais para quem quer viver da música, explica Janeth Lujo, cofundadora da Lujo Network 


Todos os dias, cerca de 100 mil novas músicas são lançadas nas plataformas de streaming, segundo estimativas do próprio mercado. Spotify, Apple Music, YouTube e outras gigantes recebem diariamente uma avalanche de faixas em busca de ouvintes.

Nesse cenário hipercompetitivo, a pergunta que não quer calar é: Como se destacar no meio de tantos lançamentos diários?

A resposta, de acordo com especialistas, passa por estratégia, tecnologia e uma visão profissional da carreira artística.

“O talento é o ponto de partida, claro, mas não é suficiente. Hoje, o que define quem chega ao público é a estratégia por trás do lançamento, e isso envolve distribuição inteligente, otimização de metadados, escolha certa de canais e um trabalho consistente de posicionamento”, afirma Janeth Lujo, cofundadora da Lujo Network, empresa referência na distribuição digital de música na América Latina.



A virada digital da indústria da música


A transformação da indústria musical nos últimos anos foi profunda, se antes as gravadoras detinham o monopólio da distribuição e divulgação, hoje o artista tem autonomia para lançar suas músicas diretamente no ambiente digital.

Mas toda essa facilidade trouxe também novos desafios, como a visibilidade, alcance e monetização passaram a depender da forma como o conteúdo chega até o público.

“O artista independente conquistou liberdade, mas também ganhou a responsabilidade de gerir sua própria carreira, quem não estiver atento ao planejamento e à análise de dados, acaba ficando invisível mesmo com músicas de qualidade”, destaca Janeth.



Distribuir não é só publicar


Para quem pensa que distribuir uma música significa apenas colocá-la no ar, o mercado atual mostra o contrário.

O processo envolve um trabalho técnico minucioso, que inclui desde a organização dos metadados, que facilitam o ranqueamento nas plataformas, até o envio personalizado para playlists e curadorias editoriais.

A Lujo Network, por exemplo, atua oferecendo suporte técnico e estratégico para artistas que buscam profissionalizar sua carreira, sem abrir mão da sua independência criativa. Casos como os de artistas que saíram do anonimato para contratos internacionais reforçam como a distribuição correta pode mudar destinos.

“Quem quer construir uma carreira sólida precisa olhar além do streaming e entender a música como negócio. Educação, planejamento e bons profissionais ao seu lado serão cada vez mais essenciais nesse processo”, resume Janeth Lujo.

 

Janeth Lujo - Co-fundadora da Lujo Network, empresa de distribuição digital responsável por oferecer aos artistas independentes uma estrutura profissional com liberdade, transparência e rentabilidade real e ligada a vários nomes de sucesso. Tendo migrado do setor de construção civil à liderança de uma empresa inovadora no mercado musical da América Latina.


Menos de um quarto da população está formando reserva financeira para aposentadoria, revela ANBIMA

Raio X do Investidor Brasileiro mostra aumento no número de pessoas que não pretendem poupar para a velhice, enquanto expectativa de depender da previdência pública segue elevada

- O planejamento para a aposentadoria está distante da realidade da maioria da população, revela a 8ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) em parceria com o Datafolha. Embora quase metade (48%) das pessoas que ainda não se aposentaram esperem contar com uma alternativa ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Nacional) no futuro, apenas 18% já começaram a formar uma reserva financeira com esse objetivo. Outras 55% afirmam ter intenção de poupar para o sustento na aposentadoria, mas ainda não deram o primeiro passo.
 

O estudo também aponta crescimento no número de pessoas que não pretendem guardar dinheiro para a aposentadoria: 27% em 2024, frente a 23% no ano anterior. Entre a fatia de brasileiros que não investem (63% da população), esse índice é ainda mais alto, chegando a 33%.
 

Os dados reforçam a dependência do INSS no Brasil, que, ainda segundo a pesquisa, é a principal fonte de renda de 88% das pessoas aposentadas atualmente. Entre quem não investe, a expectativa de sustento pelo INSS na aposentadoria chega a 54%.
 

“A população brasileira está envelhecendo, o que nos coloca diante de dois fatos preocupantes: a baixa adesão aos investimentos com foco na aposentadoria e o aumento do número de pessoas que sequer pensam em poupar para essa fase da vida. Tornar o debate sobre previdência mais acessível, com informações claras e programas de conscientização sobre dinheiro desde cedo, é essencial para promover uma cultura de planejamento financeiro no país”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade, Inovação e Educação da ANBIMA.
 

Classe D/E é a que menos se prepara financeiramente para a velhice


O Raio X do Investidor Brasileiro mostra ainda que 33% das pessoas não aposentadas da classe A/B já começaram a poupar para a aposentadoria. Na classe D/E esse número cai para 10% — mesmo grupo em que mais pessoas afirmam não ter intenção de se preparar financeiramente para a velhice (34%).
 

Base: entrevistados que não são aposentados (excluindo aposentados PEA)
 – 4.956 entrevistas (1 p.p) | Estimulada e única - Em %

 

Mesmo sem planejamento financeiro, a maioria dos brasileiros tem uma expectativa sobre quando pretende se aposentar: 30% desejam parar de trabalhar até os 59 anos e 45% entre os 60 e 69 anos. Outros 6% afirmam que não pensam em se aposentar e 10% não souberam responder. 

 

Base: entrevistados que não são aposentados (excluindo aposentados PEA)
 – 4.956 entrevistas (1 p.p) | Estimulada e única - Em %

 

Raio X do Investidor Brasileiro


A importância da investigação patrimonial em divórcios litigiosos

Em um divórcio ou separação litigiosa, o momento da partilha de bens pode gerar intensos conflitos e, não raro, fraudes que prejudicam gravemente uma das partes. É comum que um dos cônjuges adote estratégias para ocultar ou desviar ativos, minimizando o valor real do patrimônio a ser dividido. Nesse contexto, a investigação patrimonial surge como um instrumento essencial para evitar perdas financeiras significativas e proteger não apenas os envolvidos, mas também os filhos, que podem ser indiretamente afetados pela instabilidade econômica resultante. 

A verdade é que, em divórcios marcados por disputas acirradas, a investigação patrimonial é indispensável. Esses processos frequentemente envolvem tentativas de ocultação de bens, isto é, quando um cônjuge busca esconder do outro partes do patrimônio acumulado em conjunto. No Brasil, é frequente que apenas um dos parceiros gerencie a maior parte dos bens familiares. Ao chegar o divórcio, esse administrador pode restringir o acesso a contas bancárias, omitir saldos reais ou negar transparência sobre o patrimônio integral do casal. 

Sem uma investigação patrimonial, o divórcio litigioso torna-se desigual e injusto. A investigação ilumina o patrimônio do casal, permitindo que ambas as partes conheçam a totalidade dos ativos partilháveis e as respectivas rendas tanto para o fim de partilhar os bens, a depender do regime patrimonial aplicável, bem como para fins de fixação de pensão alimentícia, quando for o caso. Na ausência dessa providência, a dissolução do casamento ocorre às cegas, deixando a parte que tem menos informação que a outra em posição vulnerável tanto nas negociações quanto no âmbito processual. 

As fraudes em divórcios podem envolver táticas sofisticadas para dissimular bens conquistados em esforço mútuo. Servem como exemplos doações simuladas; vendas fictícias; empréstimos inexistentes; transferências de imóveis, veículos ou empresas para terceiros; criação de empresas de fachada para ocultar participação real e dificultar a rastreabilidade; abertura de contas bancárias em nome de laranjas; armazenamento de dinheiro em espécie; envios para paraísos fiscais ou investimentos não declarados em ações e fundos. 

Quando empresas estão envolvidas, o cônjuge fraudador pode desviar lucros, omitir faturamento ou adiar receitas para declará-las após o divórcio. Outras artimanhas incluem a ocultação de bens móveis, como joias e objetos de valor, que podem ser facilmente escondidos ou desviados. Há ainda a subavaliação intencional de bens, assim como a invenção de dívidas fraudulentas para reduzir o montante partilhável. 

No caso de dívidas alegadas por um cônjuge contra o outro, é crucial exigir comprovação de que elas de fato existam. Um cônjuge pode afirmar que o patrimônio é menor devido a obrigações pendentes, que seriam abatidas na divisão. Nesse cenário, o advogado do interessado deve requerer a intimação dos supostos credores para que confirmem a origem e a documentação da dívida. No caso das subavaliações, uma perícia judicial pode ser solicitada, com a contratação de um avaliador independente para determinar o valor real do bem. 

Da mesma forma, o advogado pode demandar a apresentação de documentos idôneos pelo cônjuge que alega existirem débitos para diminuir o patrimônio a ser partilhado, como comprovantes de serviços prestados. 

De outra ponta, em situações de desvio de rendimentos de ativos geradores de renda, é recomendável pleitear a quebra de sigilo bancário, abrangendo tanto contas pessoais quanto CNPJs relacionados. Isso permite rastrear o fluxo de dinheiro e verificar o destino dos recursos. 

Para bens móveis e joias, a abordagem varia conforme seja o tipo de bem. Joias, por exemplo, podem "desaparecer" com facilidade. Uma medida inicial interessante nesses casos é requerer o sequestro desses bens, viabilizando que um oficial de justiça localize e apreenda objetos valiosos específicos. Outra estratégia é, logo após a separação, ingressar com uma medida cautelar de arrolamento de bens, na qual o oficial visita o domicílio e lista e registra itens como joias, obras de arte, relógios e esculturas que guarnecem a residência. Esse documento oficial, com fé pública, facilita contestações futuras em caso de eventual sumiço de bens que seja perpetrado por quem ficou no domicílio do casal enquanto o outro teve que sair. 

Outro estratagema clássico é o desvio de rendimentos e receitas produzidas por ativos geradores de renda, especialmente quando apenas um do casal esteja controlando esses ativos, facilitando que desvios desse tipo sejam perpetrados.  Nesse tipo de situação é importante requerer no processo a quebra de sigilo bancário, tanto da pessoa envolvida como, se possível e a depender do caso, de eventuais pessoas jurídicas vinculadas ao casal. 

Aliás, são comuns casos em que apenas um dos cônjuges detém a administração integral de todos os bens do casal, assim como é normal situações nas quais cada cônjuge tem administração de seus próprios bens e rendas, mas não tem total visão sobre o patrimônio e rendas do outro. 

Em situações tais, muitas vezes ocorre de o cônjuge administrador não querer abrir as informações completas sobre o patrimônio comum com o outro. Esse cônjuge se recusa a entregar o extrato das contas e outros dados sobre os bens partilháveis que estão sob sua administração e, com isso, tenta forçar o outro a um acordo baseado só nas informações unilaterais transmitidas por esse administrador. Isso gera uma situação de alta vulnerabilidade, pois o cônjuge que não está na administração daqueles bens não tem informação das finanças e do patrimônio do casal e, portanto, um acordo celebrado dessa forma estaria viciado pela assimetria de informações entre os envolvidos.

 

Naturalmente, não é possível aceitar um acordo a cegas desse tipo. 

Exatamente por isso, quando atuamos em casos assim, sempre providenciamos, além de uma atuação processual enérgica, uma investigação patrimonial dedicada. Com essa medida é possível mapear toda a evolução pecuniária que fica documentada de diversas formas como, por exemplo, as transações imobiliárias que dependem de escrituras de compra e venda e ficam arquivadas em cartórios. Outras providências que podem fazer parte da investigação patrimonial incluem identificar as matrículas e comprovar documentalmente a evolução do patrimônio imobiliário; promover a quebra de sigilo fiscal para obter as declarações de imposto de renda; pedir no processo a quebra de sigilo bancário para descobrir o caminho do dinheiro, entre outras medidas. As informações obtidas dessa forma não raro auxiliam a dar subsídio para pedidos poderosos no processo, como uma medida liminar de bloqueio de bens. 

Um case interessante para relatar e que ilustra esse tema foi um no qual havia um casal era abastado que estava se divorciando e que envolvia um cônjuge fazendeiro muito bem-sucedido e o outro cônjuge que era do lar e alheio à administração do patrimônio. O cônjuge administrador ofereceu uma fração muito ínfima do patrimônio ao outro na separação. Após profunda investigação patrimonial em favor do cônjuge alienado foram descobertas as fazendas não declaradas, apartamentos, veículos e algumas empresas, que por sua vez tinham diversos outros bens integralizados nelas. 

Foi possível até mesmo encontrar rebanhos bovinos, cavalos de raça, e outros ativos de valor do tipo semovente. Para ser ter uma ideia da amplitude do patrimônio escondido, até aeronaves foram descobertas na investigação patrimonial. Muitas coisas encontradas na investigação a esposa nem imaginava da existência. Consequentemente, a investigação patrimonial acabou sendo essencial para o desfecho do caso e para que o cônjuge que estava fora da administração daqueles bens tivesse acesso a uma partilha mais justa. 

A investigação patrimonial atua, portanto, como um farol em meio à névoa de incertezas e enganos que costuma pairar sobre os divórcios litigiosos. A investigação transforma a suspeita em prova e a desigualdade em equilíbrio. Ela entrega ao advogado não apenas argumentos, mas a própria matéria-prima da justiça: a verdade dos fatos. Ao juiz, oferece um mapa claro e seguro para navegar pelo complexo território da partilha, viabilizando o desmantelamento das fraudes eventualmente perpetradas. Um trabalho dessa magnitude, que combina a perspicácia investigativa à solidez jurídica, exige profissionais que dominem esse cenário. A contratação de uma equipe especializada nesse tipo de caso não é apenas uma recomendação, mas, sim, o passo decisivo para assegurar a efetividade da Justiça, a utilidade do processo e a prevalência da verdade.  

 

Dr. Rommel Andriotti - advogado e sócio fundador do escritório Rommel Andriotti Advogados Associados. Atua como professor de Direito Civil e Processo Civil na Universidade Presbiteriana Mackenzie e também na Escola Paulista de Direito (EPD). É mestre em Direito (concentração em processo civil) pela PUC/SP (2020). É também mestre em Direito (concentração em Direito Civil) pela FADISP (2020). Possui pós-graduação lato sensu em Direito Civil e Processo Civil pela Escola Paulista de Direito e é bacharel em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU, 2015).



Filosofia no Enem: saiba como a disciplina é cobrada no exame e veja dicas para acertar as questões

Educadores explicam como a matéria é cobrada no Enem, destacam os temas mais recorrentes e compartilham estratégias para ter um bom desempenho

 

A presença da Filosofia no Enem vai muito além de conceitos abstratos e discussões teóricas. A prova costuma trazer questões que relacionam os principais pensadores da tradição filosófica com problemas da sociedade contemporânea, exigindo do candidato a capacidade de interpretar, argumentar e articular ideias. 

Para ajudar os estudantes a entenderem como essa área do conhecimento é abordada na prova, quatro professores de Filosofia compartilham orientações, conteúdos chave e dicas de preparação.
 

O que é preciso dominar: leitura crítica e raciocínio lógico

 

Foto: Reprodução Enem.


O domínio da Filosofia no Enem requer mais do que familiaridade com os grandes nomes da história do pensamento. É fundamental saber identificar argumentos, reconhecer diferentes correntes filosóficas e estabelecer relações entre texto e contexto. A disciplina está inserida na prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias (junto à História, Geografia e Sociologia), e costuma aparecer entre 5 a 6 questões em cada edição do exame. 

Segundo Diego Monsalvo, professor de Filosofia do colégio Progresso Bilíngue, de Santos/SP, a abordagem do Enem privilegia a reflexão crítica e o uso contextualizado do conhecimento: “As questões não cobram memorização de datas ou frases. Elas apresentam situações-problema, nas quais o aluno precisa compreender o pensamento de determinado autor e aplicá-lo a uma situação concreta. É essencial entender o porquê de cada ideia, mais do que simplesmente decorar”. 

“Para responder bem, o aluno precisa desenvolver uma leitura crítica. Isso significa entender o que está sendo dito, como está sendo dito e por que está sendo dito daquela maneira”, afirma Talyta Pondé, da Escola Internacional de Alphaville, de Barueri/SP. “Muitas vezes, o enunciado traz trechos de textos clássicos ou modernos, e a chave está em interpretar bem esse conteúdo para escolher a alternativa correta. Interpretar não basta: tem sido uma vantagem competitiva saber o campo conceitual das principais escolas filosóficas, bem como ter o repertório histórico que ajuda a situá-las quanto ao tempo e suas principais questões”.
 

Temas recorrentes: política, ética e existência


Foto: Reprodução Enem.
 

Ao longo dos últimos anos, temas como Filosofia Política, Ética, Existencialismo e Filosofia Moderna têm sido recorrentes nas provas. Autores como Aristóteles, Maquiavel, Rousseau, Marx, Kant, Nietzsche, Sartre e Hannah Arendt aparecem com frequência, sempre conectados a questões sociais, culturais ou históricas. 

De acordo com José Henrique Santanna Porto, professor da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo/SP, é importante que os candidatos estudem os temas dentro de seus contextos: “A Filosofia no Enem não aparece de forma isolada. A prova quer saber se o aluno compreende como as ideias de um autor dialogam com o mundo em que vivemos. É por isso que temas como liberdade, democracia, poder, moral e responsabilidade são tão recorrentes.”


Dicas para mandar bem nas questões de Filosofia

Foto: Reprodução Enem.

 

Para se destacar nas questões de Filosofia, a recomendação é investir em uma preparação baseada na leitura atenta, na revisão dos principais autores e no treino de interpretação de textos. Também vale a pena praticar com questões anteriores do Enem e buscar materiais que conectem os temas filosóficos à atualidade. 

Caio Leite, professor do Brazilian International School – BIS, de São Paulo/SP, orienta: “A resolução dos exercícios de Filosofia depende, majoritariamente, de uma boa base de interpretação dos textos de apoio e do conhecimento teórico de cada um dos filósofos, pois é com esse instrumental que o estudante terá condições para encontrar a alternativa correta.” 

Outra dica valiosa é integrar os estudos de Filosofia com outras áreas da prova, como Sociologia, História e Redação. “É importante lembrar que o Enem é uma prova baseada em competências e habilidades, por essa razão, o diálogo interdisciplinar, vertical e horizontalmente ajudam na busca por encontrar as soluções para as questões”, complementa Leite.

 
O Enem

A prova foi criada pelo Ministério da Educação em 1998, para avaliar o desempenho dos estudantes brasileiros ao final da educação básica. Com o passar dos anos, o Enem teve sua metodologia aperfeiçoada e atualmente é requisito obrigatório para acesso a programas educacionais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

Este ano, as provas serão aplicadas nos dias 09 e 16 de novembro, dois domingos seguidos. No primeiro dia de prova, os alunos realizarão as questões das áreas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (compreende Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira/Inglês ou Espanhol, Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação) e Redação; e Ciências Humanas e suas Tecnologias (compreende História, Geografia, Filosofia e Sociologia).

No segundo dia, as provas serão de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (compreende Química, Física e Biologia) e Matemática e suas Tecnologias. O certame registrou mais de 5,5 milhões de inscrições, de acordo com o Ministério da Educação – número que supera a edição anterior de 2024, com aumento de 8% no número de inscritos.


Startups estão sendo usadas para lavagem de dinheiro

Para não cair em golpes de lavagem de dinheiro, startups
devem criar programas de compliance e governança
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Facções criminosas usam fintechs para mascarar dinheiro; especialista alerta sobre golpes e mostra o que diferencia o investimento legítimo do ilegal

 

O Brasil tem cerca de 12 mil startups em funcionamento. Um estudo mostrou que somente em 2024 elas captaram R$ 13,9 bilhões em investimentos para financiar o crescimento e desenvolvimento de seus negócios, em diferentes ramos de atividades. 

Mas a expansão acelerada dessas empresas jovens e inovadoras chamou a atenção das autoridades. O Ministério Público identificou que algumas startups estão sendo usadas como instrumento de lavagem de dinheiro; um processo criminoso que busca ocultar a origem ilícita de recursos financeiros, inserindo-os no sistema econômico como se fossem legítimos.

 

Exemplos recentes


Em abril de 2024, a Operação Contenção 27, realizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, apontou a fintech 4TBank como mecanismo de lavagem de cerca de R$ 6 bilhões em apenas um ano para o Comando Vermelho e o PCC. 

Em fevereiro de 2025 a Operação Hydra, do Ministério Público de São Paulo com a Polícia Federal, mostrou que duas fintechs – 2GO Bank e Invbank - receberam cerca de R$ 6 milhões de integrantes do PCC e movimentaram quantias no Brasil, EUA, Paraguai, Argentina, Holanda, Itália, Hong Kong, China, dentre outros países. 

 

Dificuldade de investigação


“Parte dos modelos de negócios das startups são baseados em serviços digitais ou bens intangíveis, o que permite uma mobilização significativa de recursos sem a necessidade de uma infraestrutura física robusta. Assim, é mais fácil ocultar a origem de fundos ilícitos, tornando a detecção extremamente difícil para investigadores e agências reguladoras”, explica o advogado criminalista, Leonardo Fleischfresser.

 

Como age o crime organizado?


Segundo o relatório “Lavagem de Dinheiro e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil” - feito pelo Instituto Esfera de Estudos e Inovação, existem duas principais estratégias usadas pelas organizações criminosas por meio das fintechs: as “contas gráficas” e as “contas bolsões”.

 

As “contas gráficas” são contas correntes usadas como se fossem pessoais, mas que estão vinculadas ao CNPJ da fintech e hospedadas em bancos tradicionais, o que blinda a conta de bloqueios judiciais e investigações.

 

Já as “contas bolsões” são quando a fintech deposita valores de vários clientes em uma única conta bancária, sem separação de titularidade no sistema. Assim, só a fintech sabe quanto é propriedade de cada usuário, tornando mais difícil o rastreio por órgãos estatais.


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Tudo bem planejado

Fleischfresser destaca que a lavagem de dinheiro não ocorre de maneira aleatória e cita mais quatro práticas ilegais; entre elas estão as chamadas “pre-seeds” (sementes prévias: investimentos) ou de “seeds capital” definitivas, ou seja, injeção de capital em empresas em estágio inicial. Outro método comum envolve a injeção de dinheiro ilícito apresentado como investimento legítimo, geralmente, proveniente de investidores-anjo.

 

Também existe a metodologia do faturamento falso ou inflado, em que startups simulam vendas de produtos ou serviços inexistentes. As que atuam com serviços digitais são especialmente suscetíveis a esse tipo de manipulação, pois a dificuldade de rastrear as transações não-físicas facilita a lavagem.

 

“Além disso, utiliza-se frequentemente a complexidade das estruturas societárias e a opacidade das operações, que podem incluir o uso de empresas de fachada em paraísos fiscais. Isso camufla a identidade dos beneficiários finais e dificulta a identificação de práticas ilícitas”, complementa o advogado.

 

Como se proteger de investimentos criminosos?


Na pressa por crescer e atrair investidores, algumas startups não verificam com atenção de onde vem o dinheiro recebido ou quem são seus clientes.

 

“Enquanto o investimento legítimo busca retorno financeiro no sucesso do negócio, a lavagem de dinheiro utiliza a startup apenas como um meio para dissimular a origem ilícita de recursos”, conta Fleischfresser, que é mestre em Ciências Jurídico Criminais pela Universidade de Lisboa (Portugal).

 

O que pode levantar suspeita?


Indicadores como investimentos desproporcionais, fontes de financiamento obscuras, estruturas societárias complexas, uso de intermediários suspeitos, transações financeiras sem propósito econômico claro são alguns indícios que devem levantar suspeitas.

 

Nesse contexto, “uma análise de due diligence [processo de investigação e verificação de uma empresa ou negócio antes de uma transação] aprofundada e feita por especialista é essencial para discernir a verdadeira natureza da operação”, complementa o advogado criminalista.

 

Como se proteger de golpes?


Para empresas já estabelecidas, a cautela na contratação ou parceria com startups é crucial para evitar o envolvimento involuntário em atividades criminosas. Já as startups devem ser proativas na implementação de uma cultura em conformidade com as leis, na criação de programas de compliance e governança, na adoção de práticas de monitoramento e análise que possam identificar quaisquer atividades suspeitas.

 

“Implementar medidas como a verificação reputacional, análise da estrutura societária, avaliação do programa de compliance, checagem financeira das transações, inclusão de cláusulas contratuais de conformidade e monitoramento contínuo da relação comercial ajudam a eliminar os riscos de se envolver em situações ilegais”, conclui o advogado Leonardo Fleischfresser.

 

Punições


Quem comete crime de lavagem de dinheiro fica sujeito a punições. A Lei nº 9.613/98 prevê pena de reclusão de três a dez anos e multa, com possibilidade de aumento em casos de reiteração ou envolvimento de organização criminosa.

 

Para pessoas jurídicas, as sanções administrativas podem incluir multas milionárias e possíveis inabilitações temporárias de seus administradores.

 

Leonardo Fleischfresser - advogado criminalista, professor universitário e mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Portugal). Também é Membro Pesquisador do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais e Membro Relator da Comissão da Advocacia Criminal da OAB/PR.

 

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