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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Primeiras canetas de liraglutida da EMS chegam às farmácias na próxima segunda-feira 04/08

OLIRE® e LIRUX®, produzidas na única fábrica de peptídeos do Brasil, estarão disponíveis em grandes redes com preços a partir de R$ 307,26; com previsão de produção de 500 mil unidades em um ano
 

A partir do dia 4 de agosto, próxima segunda-feira, a EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, inicia as vendas das primeiras canetas de liraglutida produzidas integralmente no país. OLIRE®, indicada para o tratamento da obesidade, e LIRUX®, para o controle do diabetes tipo 2, chegam inicialmente às redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco. Os produtos já estão nos centros de distribuição dessas redes e estarão disponíveis para venda nos sites e em parte das lojas físicas do Sul e Sudeste do país, com expansão gradual para as demais clientes das regiões ao longo das próximas semanas.

Um total de 100 mil canetas de OLIRE® (embalagens com 1 ou 3 unidades) e 50 mil canetas de LIRUX® (embalagens com 1 ou 2 unidades) estarão disponíveis nas quatro redes farmacêuticas. OLIRE® e LIRUX® terão preços sugeridos a partir de R$ 307,26 (embalagem com 1 caneta), R$ 507,07 (LIRUX® com 2 canetas) e R$ 760,61 (OLIRE® com 3 canetas). Os consumidores que fizerem parte do programa EMS Saúde (Vida + Leve), uma iniciativa da EMS que visa oferecer descontos em medicamentos e suporte para pacientes durante o tratamento de diversas condições de saúde, terão direito a 10% de desconto nos itens. Até o final deste ano, 250 mil unidades deverão estar disponíveis no varejo, chegando a 500 mil canetas até o mês de agosto de 2026.

Produção 100% nacional - A EMS investiu mais de R$ 1 bilhão para viabilizar a produção das canetas com a inauguração, em 2024, da primeira e única fábrica de peptídeos do país. Localizada em Hortolândia (SP), a planta é equipada com tecnologia de ponta e alto grau de automação, com capacidade inicial para produzir 20 milhões de canetas injetáveis por ano, e possibilidade de dobrar a produção para 40 milhões.

Para Carlos Sanchez, presidente da EMS, o lançamento de OLIRE® e LIRUX® inaugura uma nova etapa para a companhia e para o setor farmacêutico brasileiro. “Estamos consolidando a capacidade do país de desenvolver e fabricar medicamentos de alta complexidade, com tecnologia própria e competitividade global. Este movimento fortalece nossa liderança e amplia o acesso a terapias modernas. Em até oito anos, projetamos gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil, consolidando a EMS em mercados estratégicos.”

A liraglutida foi uma das primeiras moléculas da classe dos análogos de GLP-1 a demonstrar benefícios consistentes no controle do peso, da glicemia e da saúde cardiovascular. “A EMS tem como compromisso ampliar o acesso da população brasileira a tratamentos modernos e eficazes. Com a produção nacional de OLIRE® e LIRUX®, oferecemos alternativas seguras e de alta qualidade para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, desenvolvidas com tecnologia de ponta e em conformidade com os mais altos padrões internacionais”, afirma Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS.

O diretor médico acrescenta que essa inovação é estratégica para a indústria nacional. “Nosso investimento na primeira fábrica de peptídeos do país é também um legado. Com a rota produtiva via síntese química, garantimos pureza, consistência e escala para atender a crescente demanda por terapias inovadoras que impactam diretamente a saúde pública”, completa.

Com OLIRE® e LIRUX®, a EMS acelera sua expansão em um dos setores mais estratégicos da saúde, assumindo protagonismo em um mercado que já movimenta mais de R$ 6 bilhões por ano. A companhia também se prepara para lançar a semaglutida em 2026, após o vencimento da patente no país, ampliando sua atuação no mercado de tratamentos para obesidade e diabetes tipo 2 — dentro e fora do Brasil.


Da molécula ao medicamento: tecnologia em cada etapa

O diferencial tecnológico de OLIRE® e LIRUX® está na utilização da rota produtiva por síntese química de peptídeos — uma técnica avançada em que aminoácidos, pequenos blocos estruturais das proteínas, são ligados um a um, de forma controlada e na ordem exata, até formar a molécula final da liraglutida. Esse processo de alta precisão garante elevado grau de pureza, rendimento e segurança, além de permitir um controle rigoroso de qualidade em todas as etapas, desde a seleção da matéria-prima até a entrega do produto acabado. Toda a produção segue os padrões internacionais definidos pela FDA (Food and Drug Administration) para medicamentos inovadores, assegurando excelência técnica e confiabilidade.

 

EMS


Análise técnica evita frustração judicial e fortalece ações na área da saúde

Cresce o uso de pareceres técnicos para avaliar a viabilidade de processos antes mesmo de serem iniciados. Medida ajuda a evitar ações frágeis e garante mais segurança jurídica a pacientes e advogados 

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Quase metade das ações judiciais na área da saúde no Brasil são encerradas sem julgamento. O dado, revelado pelo relatório Justiça em Números 2024, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra que 41% dos processos abertos em 2023 foram extintos sem qualquer resolução de mérito — ou seja, sequer chegaram a uma sentença.

Muitas dessas ações não passaram da fase inicial por falta de embasamento técnico, gerando frustração em pacientes e desperdício de tempo e recursos para advogados e para o próprio sistema de Justiça.

Diante desse cenário, cresce a adoção de uma ferramenta que tem ganhado destaque por ajudar a evitar esse tipo de situação: a análise de viabilidade técnica.


Avaliação prévia com base técnica

A análise de viabilidade consiste em um parecer elaborado por especialistas da área médica ou pericial, com o objetivo de identificar se há elementos técnicos suficientes para sustentar uma ação judicial.

“A análise de viabilidade é uma etapa essencial para entender se o caso tem respaldo técnico. É um parecer que antecipa as reais chances de sucesso jurídico”, afirma o cardiologista Dr. Amauri Giovelli, que atua como assistente técnico em ações envolvendo suposto erro médico, previdência e área trabalhista.

Segundo ele, o papel do perito não é convencer o juiz, mas sim apontar se existem provas médicas robustas. “Quando não há, demonstramos para os advogados e seus clientes que o melhor é nem seguir adiante com o processo”, explica.

Na cardiologia, por exemplo, não é o fato da pessoa ter sofrido um infarto, que lhe dará direito à isenção do Imposto de Renda. E a análise de viabilidade vai apontar claramente esse entendimento jurídico, do ponto de vista médico -legal.

Além de evitar frustrações e ações sem fundamento, o parecer técnico fortalece os processos que realmente têm base jurídica, permitindo a elaboração de petições iniciais mais sólidas. Com isso, os quesitos direcionados à perícia — muitas vezes realizada anos após o início do processo — se tornam mais assertivos.


Judicialização da saúde em alta

Dados do Anuário da Justiça Brasil 2024 apontam que os processos judiciais na saúde cresceram 12,4% apenas no último ano. O aumento está relacionado a três principais fatores:

- negativas de cobertura de tratamentos por planos de saúde;

- dificuldade de acesso a medicamentos de alto custo e;

-  contestações sobre perícias médicas mal conduzidas.

Diante desse crescimento, especialistas defendem a necessidade de profissionalizar o início das ações com o suporte técnico adequado.

“A análise de viabilidade evita a judicialização de casos frágeis e contribui para decisões mais eficazes. Não é função do perito convencer o juiz, mas sim verificar se há elementos técnicos robustos. Quando não há, o melhor é nem seguir para o processo”, reforça o Dr. Amauri Giovelli.


Evitar o erro antes que ele aconteça

A análise técnica é especialmente relevante em áreas sensíveis como a saúde, onde as decisões judiciais impactam diretamente a vida e o bem-estar das pessoas. O uso do parecer de viabilidade permite uma avaliação mais criteriosa antes de qualquer petição ser protocolada.

Mais do que um filtro, trata-se de uma medida de responsabilidade. Evitar uma ação judicial sem base sólida não é abrir mão da Justiça, mas sim escolher lutar por causas que realmente têm chance de êxito técnico e jurídico.

Antes de iniciar um processo, a recomendação dos especialistas é clara: avaliar se o caso possui respaldo técnico suficiente. Quando há dúvidas, a análise de um assistente técnico pode representar o primeiro passo de uma estratégia bem planejada — ou o alerta necessário para evitar um erro ainda maior. 



Dr. Amauri Giovelli - CRM 28757/PR - Cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (RQE 24.407), com residência em Medicina de Família e Comunidade (RQE 1.315), Dr. Amauri Giovelli possui pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas pelo Instituto IFH e Faculdade Unimed.


Incompatibilidade genética entre casais? Saiba por que isso não significa que você não pode ter filhos

Especialistas explicam como testes genéticos e a fertilização in vitro ajudam a prevenir doenças hereditárias mesmo em casais saudáveis

 

A atriz Mariana Rios revelou recentemente que decidiu recorrer à fertilização in vitro (FIV) após descobrir uma incompatibilidade genética com o parceiro. A declaração reacendeu o debate sobre doenças hereditárias e planejamento familiar, especialmente entre casais sem diagnóstico de infertilidade. Mas afinal, o que é essa tal “incompatibilidade genética”? O termo, apesar de popular, pode dar a entender que o casal é incapaz de ter filhos juntos — o que não é verdade. 

“Na prática, o que existe é um risco aumentado de que o casal transmita uma condição genética ao bebê, quando ambos carregam a mesma alteração em um gene. Isso pode ser identificado por exames genéticos antes da gravidez”, explica o Dr. Alvaro Ceschin, presidente da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA). 

Essas alterações não afetam a saúde da pessoa que as carrega, mas se os dois parceiros forem portadores da mesma mutação, há 25% de chance de o filho herdar as duas cópias alteradas e desenvolver a doença. Entre os exemplos mais conhecidos estão fibrose cística, anemia falciforme e atrofia muscular espinhal (AME).
 

Triagem genética e PGT-M: uma estratégia de prevenção

Os exames genéticos, hoje acessíveis no Brasil, analisam se o casal compartilha variantes genéticas que possam representar risco à próxima geração. Caso isso se confirme, uma das estratégias mais indicadas é a realização da FIV com o teste genético pré-implantacional para doenças monogênicas (PGT-M). 

“O PGT-M permite analisar os embriões ainda no laboratório e identificar se herdaram ou não a mutação genética do casal. Dessa forma, é possível selecionar os embriões saudáveis para a transferência ao útero”, explica o Dr. Ceschin.
 

Uma jornada em três etapas

Segundo a embriologista Ianae Ichikawa Ceschin, especialista em aconselhamento genético, o termo “incompatibilidade genética” tem sido usado de forma ambígua e precisa ser melhor compreendido: 

“O que ocorre, nesses casos, é que ambos os membros do casal são portadores da mesma alteração genética. Embora eles não desenvolvam a doença, o bebê pode manifestá-la se herdar as duas cópias alteradas. Por isso, é fundamental fazer a triagem genética antes da gestação.”

Ianae explica que o processo geralmente envolve três etapas:

  1. Comprovação molecular: testes genéticos no casal confirmam a mutação e o padrão de herança.
     
  2. Estudo pré-PGT: feito com amostras biológicas do casal, permite a construção da sonda genética.
     
  3. FIV com PGT-M: após a obtenção dos embriões e a biópsia, as amostras são analisadas para verificar se carregam ou não a mutação.

“Todos nós carregamos alguma alteração genética. A questão é saber se o casal compartilha a mesma, o que só pode ser descoberto com exame. Quando isso acontece, é possível agir com planejamento e responsabilidade”, reforça a embriologista.
 

Outras opções além da FIV

Se o PGT-M não for viável, o casal pode considerar outras alternativas, como o uso de gametas doados (óvulos ou espermatozoides) ou até a adoção. A decisão deve sempre levar em conta o histórico pessoal e o desejo reprodutivo do casal. 

“A visibilidade de figuras públicas ajuda a trazer o tema à tona, mas é fundamental que as pessoas busquem informação de qualidade e orientação especializada”, conclui o Dr. Ceschin.


Bruxismo tem solução? Conheça as causas, sintomas e opções de tratamento eficazes

Estudos recentes da World Sleep Society revelam que cerca de 30% da população mundial sofre com o bruxismo em 2024. Este hábito de encostar, apertar ou ranger os dentes pode impactar não apenas a saúde bucal, mas também a qualidade de vida dos pacientes, devido a sua relação com problemas do sono e dores musculares. 

A condição é classificada em dois tipos principais: o bruxismo do sono (BS) e o bruxismo em vigília (BV). "O bruxismo do sono é considerado um distúrbio de movimento relacionado ao sono, enquanto o bruxismo em vigília ocorre mais frequentemente em momentos de tensão ou concentração, como ao estudar ou usar o computador", explica a Dra. Fernanda Oliani Marur, coordenadora técnica da Oral Sin. 

O bruxismo, especialmente quando não controlado, pode causar fraturas nos dentes devido à força excessiva aplicada durante o apertar ou ranger. Esse desgaste constante enfraquece a estrutura dentária, tornando os dentes mais suscetíveis a trincas e até mesmo quebras completas. Em casos mais graves, essas fraturas podem exigir tratamentos odontológicos mais invasivos, como coroas, restaurações extensas ou até mesmo a necessidade de implantes dentários para substituir dentes irrecuperáveis.

Apesar de não possuir uma única causa definida, o bruxismo está associado a fatores como distúrbios do sono, uso de determinados medicamentos e estresse. No BS, o ranger de dentes geralmente ocorre em crises durante as fases leves do sono, enquanto no BV, os pacientes costumam apertar os dentes em períodos prolongados. 

Os sinais mais comuns incluem: desgaste dentário, dores ou cansaço na musculatura facial ao acordar e sensação de cansaço na região da mandíbula. "A falta de controle pode resultar em perdas severas de estrutura dentária, além de impactar a qualidade de vida devido a noites mal dormidas", reforça Dra. Marur.

Embora o bruxismo não tenha cura, o controle é possível e depende de um diagnóstico preciso e acompanhamento especializado. Entre as principais estratégias estão:

  • Placas estabilizadoras: Dispositivos intraorais rígidos e ajustáveis, indicados especialmente para o bruxismo do sono, que ajudam a proteger os dentes contra o desgaste.
  • Mudanças de hábito: Melhorar o padrão de sono com ambientes tranquilos, evitar cafeína e criar uma rotina de relaxamento noturno.
  • Abordagem interdisciplinar: Investigações adicionais podem ser necessárias para tratar fatores associados, como distúrbios respiratórios do sono e estresse.

No caso do bruxismo em vigília, a conscientização sobre o hábito é fundamental para quebrar o ciclo. A prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento também pode ser recomendada. 

"A identificação precoce e o correto diagnóstico são essenciais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida. Com acompanhamento profissional, é possível minimizar os danos e restaurar a saúde bucal do paciente", finaliza a doutora.

 

Oral Sin


Identificados genes que podem prever resposta de pacientes com melanoma à imunoterapi

Entre os diferentes tipos de imunoterapia, o bloqueio da proteína PD-1
se tornou a abordagem padrão para casos avançados de melanoma. No entanto,
entre 40% e 60% dos pacientes não respondem bem a essa abordagem e o
 tratamento pode custar entre R$ 30 mil e R$ 40 mil por mês
 (
imagem: Freepik)
Pesquisa conduzida no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Amor, em Barretos (SP), desenvolve ferramenta de precisão que antecipa falha no tratamento imunoterápico, com potencial para personalizar terapias e reduzir custos do sistema de saúde

 

Pesquisadores brasileiros deram um importante passo rumo à medicina de precisão ao identificar quatro genes capazes de predizer quais pacientes com melanoma não vão responder à imunoterapia. Esse tipo de tratamento revolucionou o combate ao melanoma, o câncer de pele mais agressivo e letal, mas ainda apresenta eficácia variável e um custo elevado que limita seu uso, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir desse achado, a ideia é criar maneiras de identificar pacientes elegíveis ao tratamento e, dessa forma, reduzir os custos na rede pública.

O melanoma representa cerca de 4% dos tumores de pele, mas é o mais perigoso por causa de sua alta capacidade de se espalhar para outros órgãos. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são registrados cerca de 9 mil casos e quase 2 mil mortes por ano em decorrência da doença. Já se sabe há algum tempo que o melanoma é altamente imunogênico, ou seja, responde bem à imunoterapia – um tratamento que estimula o sistema imunológico a reconhecer e atacar as células cancerígenas.

Entre os diferentes tipos de imunoterapia, o bloqueio da proteína PD-1 se tornou o tratamento padrão para casos avançados de melanoma. No entanto, entre 40% e 60% dos pacientes não respondem bem a essa abordagem e ainda podem sofrer efeitos colaterais relevantes. Isso traz desafios clínicos e econômicos, principalmente em países como o Brasil, onde o acesso à imunoterapia no SUS é restrito. Embora a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) já tenha recomendado sua inclusão na rede pública, o alto custo ainda impede a adoção rotineira do tratamento.


Marcadores genéticos

Foi diante desse cenário que a engenheira biotecnológica Bruna Pereira Sorroche decidiu investigar se seria possível identificar marcadores genéticos que indicassem previamente a eficácia da imunoterapia em indivíduos com melanoma. O estudo, financiado pela FAPESP por meio de dois projetos (19/07111-9 e 19/03570-9), foi conduzido no Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular do Hospital de Amor (antigo Hospital de Câncer de Barretos), com orientação da professora Lídia Maria Rebolho Batista Arantes. Os resultados foram publicados no Journal of Molecular Medicine.

A pesquisa analisou amostras de tumor de 35 pacientes com melanoma avançado tratados com imunoterapia anti-PD-1 entre 2016 e 2021 no Hospital de Amor. A cientista cruzou essas amostras com dados de um painel de 579 genes relacionados ao sistema imunológico. Com isso, identificou quatro genes – CD24NFIL3FN1 e KLRK1 – cuja expressão aumentada se mostrou fortemente associada à resistência ao tratamento.

Segundo o estudo, pacientes com alta expressão desses genes apresentavam um risco 230 vezes maior de não responder à imunoterapia em comparação com os que tinham baixa expressão. Além disso, a sobrevida global também foi menor nesses casos: após cinco anos, 48,1% dos pacientes com baixa expressão dos genes ainda estavam vivos, contra apenas 5,9% entre os com alta expressão.

A análise aprofundada mostrou que esses genes estão ligados a mecanismos de evasão do sistema imune e supressão da resposta inflamatória. Por exemplo, o gene CD24 atua como um “ponto de checagem” (checkpoint) imunológico, ajudando o tumor a escapar da ação do sistema de defesa do corpo. O FN1 está relacionado à progressão tumoral e à formação de estruturas que favorecem o crescimento do câncer. Já o KLRK1, normalmente envolvido na ativação de células imunes, pode ter sua função comprometida quando desregulado, enfraquecendo a resposta do organismo contra o tumor. O gene NFIL3 também tem papel relevante na resposta imunológica, podendo contribuir para o escape tumoral.

“O aumento da expressão desses quatro genes está relacionado a mecanismos já conhecidos de desenvolvimento de tumores e escape imunológico – ou seja, formas pelas quais o câncer consegue ‘se esconder’ do sistema de defesa do corpo. Isso explicaria por que alguns pacientes não se beneficiam da imunoterapia, mesmo quando o tratamento é tecnicamente indicado”, diz Sorroche.


Validação das descobertas

Para validar os achados, a equipe comparou os resultados com dados de duas coortes internacionais independentes. A assinatura genética se manteve eficaz na previsão da resposta ao tratamento e dos desfechos clínicos, mesmo com variações esperadas entre os grupos analisados. Um dos diferenciais do estudo foi o uso da tecnologia NanoString, uma plataforma de análise genética mais acessível e custo-efetiva que o sequenciamento tradicional de RNA, o que facilita sua aplicação na prática clínica, inclusive em hospitais com menos recursos.

Outro aspecto promissor é que essa assinatura genética também se mostrou preditiva em pacientes diagnosticados ainda nas fases iniciais da doença. Isso indica que o perfil genético do tumor pode ser útil desde o início do tratamento para orientar decisões terapêuticas de forma mais eficaz.

A equipe está em fase de patenteamento da tecnologia. A ideia é criar um painel utilizando estes e outros genes como uma ferramenta comercial que permita avaliar, antes da indicação do tratamento, se o paciente tem ou não chances reais de se beneficiar da imunoterapia. “Isso pode ajudar médicos e gestores de saúde a decidir sobre o melhor caminho terapêutico, evitando gastos desnecessários com um tratamento que pode custar entre R$ 30 mil e R$ 40 mil por mês, valor impraticável para a maioria dos pacientes e também para o SUS, principalmente se o tratamento durar anos”, comenta Arantes, orientadora do estudo.

Apesar de a pesquisa ter sido realizada com um número reduzido de pacientes e dados retrospectivos, Sorroche e Arantes acreditam que os achados abrem um caminho promissor para personalizar o tratamento do melanoma. Isso pode poupar pacientes dos efeitos colaterais de terapias ineficazes e ajudar a direcionar os recursos públicos com mais eficiência. “Nosso achado é inédito porque a pesquisa foi feita com base no perfil genético da população atendida pelo SUS, o que garante uma maior aderência às realidades da saúde pública no Brasil”, afirma Arantes.

O próximo passo é ampliar os estudos com um número maior de pacientes para validar os resultados e definir um valor de corte – ou seja, um nível mínimo de expressão dos genes acima do qual a resposta ao tratamento se tornaria improvável. Esse painel poderá então ser usado como uma ferramenta de predição para que médicos consigam decidir, de forma mais informada, qual abordagem terapêutica oferecer a cada paciente. A iniciativa pode representar um divisor de águas para a oncologia personalizada no Brasil.

O artigo CD24, NFIL3, FN1, and KLRK1 signature predicts melanoma immunotherapy response and survival pode ser acessado em: https://link.springer.com/article/10.1007/s00109-025-02550-z.
 

 

Fernanda Bassette
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/identificados-genes-que-podem-prever-resposta-de-pacientes-com-melanoma-a-imunoterapia/55428


Banho Solidário Sampa promove ações na Praça Marechal Deodoro e no Largo do Paissandú em agosto

Com patrocínio da Lorenzetti, o projeto leva cuidado e acolhimento a pessoas em situação de rua no centro de São Paulo


O projeto Banho Solidário Sampa, patrocinado pela Lorenzetti, continua levando cuidado e dignidade às pessoas em situação de rua da capital paulista. Em agosto, as ações acontecerão em dois pontos emblemáticos da região central: no dia 03, na Praça Marechal Deodoro, e no dia 17, no Largo do Paissandú. As atividades têm início às 10h e oferecem banhos quentes, cuidados com a higiene e acolhimento.

Desde a sua criação, em novembro de 2019, a ONG já proporcionou mais de 5 mil banhos e atendeu mais de 6,2 mil pessoas. Também distribuiu mais de 37 mil lanches, 51 mil peças de roupas e calçados, 3,5 mil cobertores e 4 mil livros, além de realizar mais de 4 mil cortes de cabelo.

A iniciativa conta com um Veículo Urbano de Carga (VUC) adaptado com sistema autossustentável movido a energia solar, água limpa, box de banho acessível e descarte adequado de resíduos. O cuidado se estende também aos animais de estimação, que recebem atendimento no local.

Patrocinadora do projeto, a Lorenzetti contribui com a doação de duchas, torneiras, aquecedores de água e pressurizadores. “Acreditamos que apoiar iniciativas como o Banho Solidário é uma forma concreta de promover inclusão e bem-estar. É gratificante ver nossos produtos contribuindo diretamente no cuidado e acolhimento das pessoas”, afirma Paulo Galina, gerente de marketing da Lorenzetti.

O Banho Solidário Sampa é mantido por doações de pessoas físicas e empresas. É possível contribuir com itens de higiene, roupas íntimas novas ou participar da campanha “Adote um Banho”, em que doações a partir de R$ 40 garantem cuidados completos para, pelo menos, quatro pessoas.

Para saber mais ou apoiar o projeto, acesse: https://linktr.ee/banhosolidariosampa


Agenda de Agosto | Banho Solidário Sampa


03/08 – Praça Marechal Deodoro – a partir das 10h
17/08 – Largo do Paissandú – a partir das 10hSobre a Lorenzetti

Com trajetória marcada por inovação e pioneirismo, a Lorenzetti é uma empresa brasileira com mais de 100 anos de história. É líder no segmento de duchas, chuveiros, torneiras elétricas e aquecedores de água a gás e se destaca nos mercados de louças, assentos, metais e plásticos sanitários, purificadores de água, bombas e pressurizadores. Com cinco fábricas no Brasil, sendo quatro unidades em São Paulo e uma em Minas Gerais, a Lorenzetti tem distribuição nacional e internacional. Com mais de 4 mil funcionários, é reconhecida junto a consumidores, clientes e fornecedores pela solidez financeira e por oferecer produtos de qualidade e com design inovador, tecnologia e consciência ambiental.

Para mais informações, acesse: 
www.lorenzetti.com.br/  
www.instagram.com/lorenzettioficial/
www.youtube.com/user/lorenzettisa


Passaportes escaneados e contas de milhas são vendidos na dark web por até US$ 5.000, revela estudo da NordVPN

NordVPN e Saily alertam para o crescimento do mercado ilegal de dados de viagem e reforçam medidas de proteção para turistas

Passaportes escaneados e contas de milhas são vendidos na dark web por até US$ 5.000, revela estudo da NordVPN 

NordVPN e Saily alertam para o crescimento do mercado ilegal de dados de viagem e reforçam medidas de proteção para turistas

 

Um novo estudo conjunto da NordVPN, líder global em privacidade digital, e da Saily, um aplicativo de viagem eSIM, revela uma preocupante expansão no comércio de documentos de viagem e dados pessoais na dark web.

De acordo com a pesquisa, passaportes globais escaneados estão sendo vendidos por valores entre US$ 10 e US$ 200, enquanto documentos verificados da União Europeia chegam a custar até US$ 5.000. Já extratos bancários falsos, selos de visto forjados e contas de fidelidade hackeadas, algumas com milhões de milhas acumuladas, são comercializados por centenas de dólares. Reservas em plataformas como Booking.com também aparecem à venda, frequentemente com grandes descontos, a partir de US$ 250.

“Os preços impressionantes observados na dark web evidenciam o quanto os dados dos viajantes se tornaram vulneráveis — e extremamente valiosos”, afirma Marijus Briedis, CTO da NordVPN.

O relatório aponta que os dados de viagem costumam ser obtidos por meio de ataques relativamente simples. Entre os métodos mais comuns estão malwares que escaneiam dispositivos e nuvens, vazamentos de dados em companhias aéreas e agências de viagem, além da exploração de pastas compartilhadas sem proteção adequada. Falsos sites de visto ou check-in, que imitam plataformas oficiais, também continuam enganando usuários desatentos.

Documentos físicos, como cartões de embarque descartados em aeroportos, frequentemente acabam capturados por criminosos e revendidos. Muitos desses golpes agora contam com o uso de inteligência artificial, que facilita a criação de páginas falsas altamente convincentes.

“Temos relatos de viajantes vítimas de golpes com IA, desde solicitações falsas de selfies com documentos de identidade até páginas fictícias de Wi-Fi gratuito em aeroportos”, explica Vykintas Maknickas, CEO da Saily. “O acesso facilitado a ferramentas de IA tornou o phishing mais sofisticado, difícil de detectar — e mais perigoso do que nunca.”

O estudo serve como alerta para turistas, empresas do setor e autoridades, destacando a necessidade urgente de reforçar medidas de cibersegurança e conscientização digital em todas as etapas da jornada de viagem.


Documentos de viagem viram alvo prioritário de cibercriminosos

Plataformas online frequentemente aceitam apenas um passaporte escaneado e uma selfie para confirmar a identidade de usuários. Essa prática, embora prática para o consumidor, abriu espaço para golpes envolvendo deepfakes e documentos falsificados. Os registros de passageiros expostos geralmente incluem nome completo, data de nascimento, número do passaporte, endereço de e-mail, telefone e até contatos de emergência — um pacote completo para fraudes direcionadas.

“Documentos de viagem são uma mina de ouro para hackers porque oferecem acesso direto à identidade com o mínimo de barreiras”, afirma Marijus Briedis, CTO da NordVPN.  “Essas informações permitem desde roubo de identidade até abertura de contas falsas e empréstimos fraudulentos.”

Além disso, dados roubados são usados em campanhas de phishing e engenharia social, nas quais criminosos criam abordagens personalizadas para enganar vítimas ou seus contatos próximos.


Recomendações da NordVPN para proteger viajantes

A NordVPN e o Saily recomendam que viajantes adotem medidas preventivas imediatas:

  • Armazenar documentos sensíveis em cofres digitais criptografados, e não em pastas abertas na nuvem;
  • Evitar clicar em links de e-mails suspeitos e sempre verificar a URL antes de compartilhar informações;
  • Atualizar dispositivos regularmente e manter softwares de segurança instalados;
  • Utilizar VPNs confiáveis ao se conectar a redes Wi-Fi públicas para proteger dados em trânsito.

Para Vykintas Maknickas, do Saily, a principal defesa contra golpes modernos está na atitude. “A melhor proteção contra engenharia social é o ceticismo digital. Golpistas usam táticas altamente personalizadas. Um momento de reflexão crítica pode ser o escudo mais eficaz.”

Briedis reforça a importância da vigilância ativa: “Ao viajar, é fundamental monitorar suas contas financeiras e de fidelidade com frequência. Em caso de perda ou roubo de documentos, o reporte imediato às autoridades pode reduzir consideravelmente os danos. 


Metodologia

A pesquisa foi realizada por pesquisadores da NordVPN e do Saily entre 10 e 20 de junho de 2025, usando dados analisados pela NordStellar, uma plataforma de gestão de exposição a ameaças. As informações dissecadas vieram de marketplaces na dark web e fóruns de hackers, onde documentos de viagem roubados e dados relacionados são anunciados para venda. Os dados examinados incluem listas de passaportes, vistos, contas de fidelidade e dados de reserva, além dos preços. A análise focou na disponibilidade, preços e riscos do tráfico de documentos de viagem, para conscientizar e orientar a proteção dos viajantes.

 

NordVPN
https://nordvpn.com


Estágio na escola: SP abre mais 2.433 vagas para monitores de língua portuguesa e matemática na capital e RMSP

No programa ‘Aluno Monitor do BEEM’, estudantes do Ensino Médio apoiam colegas da própria unidade e recebem bolsa entre R$ 296,16 e R$ 555,30

 

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) abre a partir da próxima segunda-feira (4) uma nova seleção de estudantes para o programa Aluno Monitor do BEEM (Bolsa Estágio Ensino Médio). Para o segundo semestre, são 2.433 vagas para monitores de língua portuguesa e matemática em escolas da capital e região metropolitana de São Paulo. O prazo para inscrição segue até dia 11 de agosto. Desde o início do ano letivo, 3.033 alunos participam da iniciativa na região. 

Podem concorrer às vagas alunos matriculados em classes da 3ª série do Ensino Médio com frequência geral igual ou superior a 85% no último ano letivo. Para a classificação geral serão consideradas as notas do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) e o desempenho dos candidatos na entrevista com a banca examinadora da escola.  

Os aprovados receberão bolsas de R$ 296,16 para oito horas semanais e R$ 555,30 para 16 horas semanais de atuação. O início da monitoria está agendado para 18 de agosto.

 

Passo a passo para a inscrição dos alunos interessados

A inscrição no programa Aluno Monitor do BEEM deve ser feita no site da Secretaria Escolar Digital (SED). 

1. Acessar a SED;

2. Clicar em "Aluno" no menu lateral esquerdo;

3. Clicar em "Inscrição do Aluno Monitor";

4. Selecionar "Edital - Aluno Monitor do BEEM 2025"; e

5. Confirmar a inscrição.

 

Como é a atuação do Aluno Monitor do BEEM

Os alunos monitores do BEEM atuam em apoio aos professores no componente de orientação de estudos de língua portuguesa e matemática. O componente foi incluído no currículo da rede em 2025 para turmas do 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. O objetivo é apoiar alunos com dificuldades no conteúdo dessas áreas de conhecimento. 

A principal atividade dos monitores é acompanhar grupos de 10 ou 20 alunos no engajamento e aprendizagem dos conteúdos daquele ano ou série e de alguma defasagem anterior. O estudante deve optar entre o apoio em matemática ou em língua portuguesa. Além das aulas de orientação de estudos, as escolas podem organizar grupos de estudos e plantão de dúvidas para completar a carga horária. 

 

Avaliação do Aluno Monitor do BEEM

A atuação dos monitores é orientada e acompanhada de perto pelo coordenador da escola e pelo professor de orientação de estudos. Indicadores de aprendizagem e de evolução na plataforma Tarefa SP, na Prova Paulista e no simulado Saeb apoiarão o gerenciamento das atividades. 

Como parte das exigências para o recebimento da bolsa, os monitores devem enviar um relatório mensal, no qual descrevem as atividades desenvolvidas com seus monitorados ao longo dos meses, sujeitos à aprovação da unidade escolar.


Por que cada vez mais brasileiros estão investindo no exterior?

Apesar das tensões geopolíticas, sistema regulatório dos EUA oferece segurança a brasileiros que investem no exterior


A crescente instabilidade geopolítica, especialmente envolvendo os Estados Unidos, tem gerado dúvidas entre investidores brasileiros sobre os riscos de aplicar recursos no exterior. No entanto, especialistas apontam que o sistema regulatório norte-americano continua sendo um dos mais sólidos e transparentes do mundo, oferecendo alto nível de proteção mesmo diante de possíveis mudanças. Para muitos brasileiros, esse cenário representa não uma ameaça, mas uma oportunidade estratégica de diversificação com segurança jurídica. 

A principal motivação? Proteção patrimonial, diversificação real e exposição a moedas fortes como o dólar, em um momento em que o cenário fiscal brasileiro é instável, o real se desvaloriza e o custo de enviar recursos ao exterior aumentou com o reajuste do IOF. "Hoje, internacionalizar a carteira é mais do que uma oportunidade: é uma necessidade. Já é possível investir em ativos globais com eficiência e amplo acesso a mercados que, até pouco tempo, eram inacessíveis. É o verdadeiro passaporte para o mundo", afirma Mariana Gonzalez, CFP® e Private Banker da Monte Bravo Corretora.

Segundo o Banco Mundial e o Trading Economics, o Brasil representa apenas cerca de 2% da economia global. Ou seja, quem investe exclusivamente no mercado local deixa 98% das oportunidades mundiais de fora. Além disso, o real é uma das moedas que mais sofrem com volatilidade e desvalorização frente ao dólar, o que aumenta os riscos para quem concentra seus investimentos aqui.

 

Como o brasileiro pode investir fora do país? 

Existem dois caminhos principais e acessíveis: Via B3, utilizando ETFs (fundos de índice) ou BDRs (recibos de ações estrangeiras); e por meio de corretoras internacionais, especialmente americanas. Embora ambos sejam válidos, Mariana destaca que o segundo é mais eficiente: “Investir por corretoras internacionais oferece acesso direto ao dólar e a uma gama maior de ativos globais, com mais liquidez e menos interferência do ambiente local”. 

Para quem quer começar, os ETFs são a forma mais prática e diversificada. Eles replicam carteiras de ações ou títulos e já vêm prontos com diversificação embutida. O brasileiro pode, por exemplo, investir no IVVB11 (na B3) ou no SPY (nos EUA), ambos ligados ao S&P 500, índice que reúne as 500 maiores empresas americanas. Também há ETFs de renda fixa, que replicam os Treasuries ou bonds corporativos dos Estados Unidos, especialmente atrativos com os juros americanos ainda em patamares elevados. 

Mesmo com o recente aumento do IOF sobre remessas internacionais para investimentos – que passou de 0,38% para 1,1% –, a diversificação global continua sendo uma estratégia relevante e recomendada. “O imposto gerou um desconforto inicial, mas não altera a lógica de alocação internacional de recursos, principalmente quando se considera o potencial de longo prazo dessas aplicações”, afirma Mariana Gonzalez. 

Por fim, Mariana orienta que, ao investir por meio de uma corretora nos Estados Unidos, é fundamental verificar se a instituição é membro da SIPC (www.sipc.org), entidade que oferece uma camada de proteção ao investidor semelhante ao FGC no Brasil.

 

Pix Automático completa um mês e meio no ar: aprenda a usá-lo sem vacilar nas autorizações

 Modalidade facilita pagamentos recorrentes, mas, exige atenção dobrada do consumidor


Apesar das facilidades oferecidas pelo Pix Automático, a novidade exige cautela dos usuários. O professor da Faculdade Milton Campos e especialista em Direito Civil e Direito do Consumidor, Daniel Rennó, explica que, por se tratar de um pagamento recorrente, é fundamental conferir o valor, a frequência e as informações do prestador antes de autorizar a cobrança. 


“Além disso, com a cobrança automática, o usuário pode se esquecer de cancelar um serviço não mais utilizado e aí ter uma dor de cabeça. Por isso é importante manter o controle das autorizações no aplicativo do banco e da fintech e revisar com frequência os débitos. Segurança digital também conta. Só autorize cobranças de fontes confiáveis”, alerta Rennó.
 

O Pix Automático começou a valer em junho de 2025. É uma nova funcionalidade do Banco Central para facilitar os pagamentos recorrentes. O professor da Milton Campos - faculdade integrante do Ecossistema Ânima de ensino, em Minas Gerais - traz outras quatro orientações sobre como utilizá-lo:
 

1 – Pix Automático na prática

Nele, o usuário autoriza uma cobrança, por exemplo, da conta de luz, da mensalidade da escola, da academia e, a partir daí, o valor é debitado automaticamente todo mês na data combinada, diretamente da conta dele. Sem precisar, como de costume, acessar o aplicativo ou escanear um QR Code. É como um débito automático, só que muito mais prático e com mais opções de uso.
 

2 - Pix Automático versus débito automático

A principal vantagem deste Pix é que ele funciona entre diferentes bancos e instituições, sem depender de convênios. “Isso facilita muito a vida de quem paga e de também quem recebe. Além disso, os pagamentos são instantâneos, muito mais agilidade para nós consumidores e para quem está prestando o serviço também, porque vai receber ali de forma imediata. É tudo feito pelo aplicativo do banco, sem muitas burocracias, convênios ou necessidades de adesão”, explica o especialista em Direito do Consumidor.
 

3 - Autorizar, gerenciar ou cancelar a modalidade

Tudo é feito pelo aplicativo do banco a que você está vinculado. “Você vai ver os detalhes, o valor, a frequência, quem está cobrando e confirmar, se quiser. Depois disso, você pode acompanhar, editar ou cancelar tudo ali via aplicativo, a qualquer momento. É muito rápido e transparente”.
 

4 – Impacto há quase dois meses do lançamento

Para o professor, o Pix Automático pode reduzir a inadimplência e, principalmente, eliminar custo com os boletos. “Até os pequenos prestadores de serviço podem oferecer essa opção com facilidade”, inclui. Para o consumidor, acrescenta o docente da Milton Campos, é uma forma de facilitar os pagamentos e trazer mais previsibilidade financeira mês a mês com menos custo no sentido de trabalho de ter que entrar e de ter que ficar dependendo de débito automático. 

 

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