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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Pesquisa mostra que jovens brasileiros estão empreendendo mais

 

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Independência financeira e flexibilidade são atrativos; especialista fala sobre erros comuns e dá dicas para cuidar do próprio negócio

 

Os jovens brasileiros estão empreendendo cada vez mais. Em 2012 havia cerca de 3,9 milhões de pessoas com idade entre 18 e 29 anos que eram donos de negócios. No fim de 2024, eles chegaram a 4,9 milhões. As informações são de um estudo do Sebrae que desde 2012 analisa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc). 

Números semelhantes foram encontrados na análise da Hibou Pesquisas e Insights onde 33% dos brasileiros entre 16 e 34 anos também almejam o empreendedorismo. As pesquisas revelam uma mudança de mentalidade e sinalizam os desejos das novas gerações.

 

Motivações

Entre os principais motivos que levam o público mais novo a ter seu próprio negócio estão a busca por independência financeira, autonomia, flexibilidade, vontade de trabalhar com algo que gosta, a oportunidade de inovar e a influência de um ambiente empreendedor.

Mas para que o sonho se torne realidade e não vire um pesadelo, é preciso buscar qualificação profissional, fazer planejamento e adquirir conhecimentos em diferentes áreas de trabalho.

 

Educação empreendedora

Para Marcelo Cordeiro, coordenador e professor dos cursos de Gestão do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), o perfil empreendedor dos jovens é movido por inquietude e vontade de fazer diferente.

“Muitos estudantes chegam com o forte desejo de empreender, mas sem uma ideia clara do que pretendem. São pessoas determinadas, que buscam oportunidades, têm conhecimento técnico, mas ainda carecem de noções de gestão. Por isso, a formação acadêmica é essencial para estruturar esse sonho”, explica.

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Erros comuns

Segundo o coordenador dos cursos de Gestão do Integrado, essa preparação acadêmica é fundamental para evitar os principais erros que comprometem a jornada empreendedora dos jovens. 

“Muitos iniciam por necessidade ou paixão, sem avaliar o mercado. Esquecem que toda ideia precisa de planejamento, estudo e conhecimento. Grande parte das empresas não sobrevivem aos dois primeiros anos, justamente por falhas de gestão”, relata Marcelo Cordeiro.

 

Exemplo de sucesso

A motivação em ter a própria empresa levou João Pedro Garcia a investir nos estudos. Vindo de uma família de comerciantes, com apenas 20 anos de idade ele abriu seu primeiro negócio (uma loja de carros), incentivado pela experiência em ter trabalhado em uma concessionária. 

Mas a guinada como empreendedor veio alguns anos depois, quando mudou para o ramo de alimentação. “Há 12 anos inaugurei minha primeira franquia especializada em vendas de sanduíches e saladas. Esse começo foi uma virada de chave para mim, um divisor de águas. Hoje, com 38 anos, administro mais outras duas franquias do ramo alimentício em Campo Mourão”, relata. 

Parte do sucesso no empreendedorismo, João Pedro Garcia credita à sua formação acadêmica em Administração, que uniu conhecimento teórico e prático. 

“A faculdade tem um leque gigante de assuntos. Aprendi o essencial de cada matéria e consegui ter uma noção mais clara do que é empreender. Usei conhecimentos de contabilidade, matemática, direito empresarial, recursos humanos e isso me ajudou a ser mais preciso nas escolhas e na concretização dos negócios”, complementa.

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Dicas para empreender com sucesso

Para quem deseja ter sua empresa e obter sucesso no mundo dos negócios, o coordenador e professor dos cursos de Gestão do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR) lembra que o empreendedor precisa resolver muitos problemas reais no dia a dia e ainda deve oferecer valor ao cliente. 

Para ajudar nesta jornada, Marcelo Cordeiro elaborou dez dicas preciosas. Confira: 

1.       Mantenha o sonho: Mas sem abrir mão da razão. Evite agir por impulso,

2.       Busque capacitação: Participe de cursos, graduações e workshops para aprimorar seus conhecimentos e habilidades,

3.       Plano de negócios: Elabore um plano detalhado que inclua objetivos, estrutura, estratégias, análise de mercado, concorrentes, meios de divulgação, projeções financeiras em cada etapa,

4.       Conhecimento do mercado: Pesquise o mercado, público-alvo, concorrentes e tendências para identificar oportunidades e necessidades não atendidas,

5.       Foco no cliente: Entenda as necessidades e desejos do seu público-alvo para oferecer produtos e serviços que atendam as expectativas do cliente,

6.       Inovação: Busque soluções criativas e inovadoras para se destacar da concorrência e atrair clientes,

7.       Resiliência: Esteja preparado para lidar com os desafios e obstáculos que surgirão ao longo da jornada empreendedora,

8.       Administre o tempo: Faça listas de tarefas, estabeleça prioridades, evite a procrastinação,

9.       Networking: Conecte-se com outros empreendedores, participe de eventos, compartilhe experiência, aprenda com os “mais velhos do ramo” e ouça o que eles têm a dizer,

10.   Estude sempre: Quem acha que já sabe tudo corre sérios riscos de ficar ultrapassado e nem perceber.


Setores afetados pelo tarifaço falam em quebra de empresas, paralisação e cortes

IMAGEM: DC (criada com IA Gemini)


No setor calçadista, há empresas que dependem exclusivamente do mercado norte-americano. Na indústria nacional de pescados, 70% das vendas externas são destinadas aos Estados Unidos. Fabricantes de máquinas e equipamentos dizem ser impossível redirecionar as vendas para outras economias

 

O ‘tarifaço’ do governo dos Estados Unidos, oficializado em decreto assinado na tarde de quarta-feira, 30, por Donald Trump, foi recebido com alívio por setores da economia brasileira que entraram na lista de exceções que liberou da taxação mais de 700 itens, entre eles o suco de laranja, celulose e aviões. Porém, quem ficou de fora da lista fala em quebra de empresas, paralisação de linhas e em demissões. O início da vigência das tarifas foi prorrogado de 1º para 6 de agosto.

A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) avalia que a imposição de uma tarifa adicional de 40%, que se soma à de 10% anunciada anteriormente, vai "inviabilizar a venda para o mercado americano". Os EUA são o principal destino internacional do setor calçadista brasileiro, respondendo por mais de 20% do valor total gerado pelas exportações do setor. No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou aos norte-americanos US$ 111,8 milhões, equivalentes a 5,8 milhões de pares de calçados.

"Temos empresas cuja produção é integralmente enviada ao mercado externo, a maior parte para os Estados Unidos", afirmou a entidade em nota. Essas empresas, ainda de acordo com a entidade, "terão produtos muito mais caros do que os importados da China, por exemplo, que pagam uma sobretaxa de 30%".

No comunicado, a Abicalçados diz que a sobretaxa pode resultar na perda de 8 mil empregos diretos.

Máquinas e equipamentos - José Velloso, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que representa um setor que exportou US$ 3,6 bilhões aos Estados Unidos no ano passado, também ficou de fora da lista de exceções. Ele fala que o setor dificilmente conseguirá redirecionar para outros mercados os produtos destinados à economia norte-americana.

Segundo Velloso, há especificações técnicas e normas específicas, como medidas em polegadas e peso em libras, diferentemente do sistema métrico utilizado em outros países. Essa particularidade dificulta a adaptação rápida para novos destinos, diz.

A sobretaxa para máquinas e equipamentos acontece mesmo com o Brasil sendo deficitário na balança comercial do setor. Em 2024, enquanto o Brasil exportou os US$ 3,6 bilhões aos americanos, o Brasil importou US$ 4,7 bilhões em máquinas, um déficit de US$ 1,1 bilhão para o lado brasileiro.

Café – Em comunicado, a associação da indústria de café, a Abic, informa que, com a postergação da vigência da tarifação para 6 de agosto, as negociações do setor para entrar na lista de exceções continuam. “Sabemos da importância do mercado norte-americano para o Brasil, mas também temos plena consciência da relevância do café para a economia dos EUA.”

Cerca de 99% do café consumido nos Estados Unidos é importado, sendo que o café brasileiro representa, aproximadamente, 34% do mercado norte-americano, diz a Abic, que reforça que 76% dos americanos são consumidores de café.

Além do Brasil, Colômbia, Vietnã e Honduras exportam café aos Estados Unidos, mas o tipo de café mais aceito pelo consumidor americano é o arábica, mais suave. Dos principais exportadores, apenas a Colômbia se destaca na produção desse tipo de café, mas em volume muito menor que o Brasil.

Tendo esses dados a favor, os produtores brasileiros dizem que “tanto atores nacionais – ministros, senadores, Itamaraty, setor produtivo – e, também, contrapartes americanas, seguirão negociando firmemente.”

Carne - A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estimou que o Brasil pode perder US$1 bilhão em vendas para os EUA com a sobretaxa de 50%.

A representante do setor destacou que nenhum mercado pode substituir imediatamente os EUA por causa do grande volume demandado pelos importadores e do preço que eles estão em condições de pagar. Os EUA ficam atrás da China em volume de compras neste setor.

Para este ano, as empresas brasileiras de carne bovina esperavam vender cerca de 400 mil toneladas ao mercado norte-americano, algo que agora parece inviável. "As fábricas já pararam de produzir as carnes especificamente para os EUA", afirmou o presidente da Abiec, Roberto Perosa.

Pescados – Também entre os setores taxados, a indústria brasileira de pescados, representada pela Abipesca, diz, em nota, que "o impacto será severo e imediato, com repercussões sociais e econômicas profundas, especialmente em regiões onde a atividade pesqueira é a principal fonte de emprego e renda."

Os pescados brasileiros têm o mercado norte-americano como destino de cerca de 70% das exportações. "Não há alternativas viáveis de mercado", diz a Abipesca. "Mais de um milhão de pescadores profissionais, além de milhares de famílias, serão diretamente afetados", informa a nota.


Posição do governo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu uma nota oficial, na noite de quarta-feira, em que defende a democracia e a soberania do país frente às iniciativas dos Estados Unidos contra a economia e a Justiça brasileiras. O comunicado destaca as iniciativas norte-americanas contra as instituições brasileiras e reforça que é injustificável o uso de argumentos políticos para validar as medidas comerciais anunciadas contra as exportações brasileiras.

"O Brasil tem acumulado nas últimas décadas um significativo déficit comercial em bens e serviços com os Estados Unidos. A motivação política das medidas contra o Brasil atenta contra a soberania nacional e a própria relação histórica entre os dois países", diz a nota assinada por Lula.

No comunicado, o presidente brasileiro aponta disposição para negociar apenas aspectos comerciais da relação com os Estados Unidos, sem abrir mão dos instrumentos de defesa do país previstos em sua legislação, como é o caso da Lei de Reciprocidade Comercial, além de um plano de contingência para minorar os impactos econômicos das tarifas.

"Nossa economia está cada vez mais integrada aos principais mercados e parceiros internacionais. Já iniciamos a avaliação dos impactos das medidas e a elaboração das ações para apoiar e proteger os trabalhadores, as empresas e as famílias brasileiras", conclui a nota oficial de Lula.

 

Redação DC
https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/setores-afetados-pelo-tarifaco-falam-em-quebra-de-empresas-paralisacao-e-cortes

*com agências


HackTown 2025

                    IA muda o jogo no WhatsApp

 

A Inteligência Artificial generativa está mudando a forma como as pessoas interagem com o digital. Se antes era preciso baixar uma série de aplicativos para resolver tarefas do dia a dia — como marcar uma consulta, fazer uma transferência ou entender um exame médico — agora, tudo pode ser feito pela interface mais popular do país: o WhatsApp.

 

Startups brasileiras estão na linha de frente dessa transformação, apostando em experiências conversacionais para escalar soluções e aumentar o engajamento. É o caso da Evah Saúde, healthtech voltada à saúde da mulher que oferece atendimento completo via mensagens. A usuária agenda consultas, envia exames, tira dúvidas com um time de especialistas e recebe orientações personalizadas — tudo sem sair da conversa.

 

“O grande diferencial está no uso da IA generativa validada por profissionais da saúde, com base em evidências científicas e dados clínicos desagregados por sexo. Isso garante que cada orientação seja precisa, segura e livre de vieses — algo essencial quando falamos de saúde da mulher”, afirma Ana Cabral, CTO da Evah Saúde.

 

A Evah ainda permite que a usuária envie áudios, mantenha o histórico de saúde salvo no celular e acesse conteúdos confiáveis de forma contínua e integrada. “Nosso objetivo é oferecer uma experiência humana e fluida. A mulher conversa com a Evah como conversa com uma amiga que entende do assunto — e que está disponível 24/7”, diz Ana.

 

A CTO da startup participa da 9ª edição do HackTown, de 31 de julho a 3 de agosto em Santa Rita do Sapucaí (MG), para falar sobre o impacto da IA generativa na saúde digital e os desafios de desenvolver soluções tecnológicas inclusivas e baseadas em ciência. Ana será uma das palestrantes do evento, que reúne lideranças, empreendedores e criadores de todo o país para discutir o futuro da inovação, da cultura e da tecnologia.

 

Outras startups seguem a mesma tendência: automatizam rotinas financeiras de empresas do setor imobiliário diretamente por mensagem; oferecem assistência em saúde mental com suporte emocional 24/7; integram contas bancárias e permitem pagamentos via Pix sem sair do WhatsApp. Esses são alguns exemplos.

 

Ao substituir interfaces fragmentadas por uma única conversa, a IA generativa aproxima os serviços da vida real e cotidiana das pessoas. O futuro digital não é feito de telas: é feito de diálogos.

 



HackTown
https://hacktown.com.br/


 

Saúde mental e endividamento: uso consciente do crédito pode quebrar e evitar o ciclo de dívidas

Concentrar os débitos dispersos em uma cobrança única facilita seu gerenciamento e dá mais controle, promovendo bem-estar emocional

 

O crédito pessoal, no Brasil, ainda é associado a endividamento e inadimplência. Contudo, o problema não está na contratação de linhas de crédito em si: o que pesa é a falta de políticas para seu uso consciente e o acesso limitado a informações que ajudem os cidadãos a tomar decisões equilibradas.

 Como consequência, o endividamento das famílias atingiu 77,6% em abril de 2025, o maior nível desde agosto do ano anterior, enquanto a inadimplência chegou a 29,1%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Mais de 12% das famílias afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas em atraso. 

Essa realidade econômica gera impactos além do dinheiro. A preocupação com as contas, o sentimento de culpa, a constante cobrança e a sensação de descontrole geram estresse, ansiedade, insônia e, em muitos casos, depressão. A saúde mental está cada vez mais ligada à organização das finanças pessoais.

 

O papel do crédito

Em um cenário aparentemente desolador, o crédito pode ser uma ferramenta positiva quando usado com o devido planejamento e responsabilidade, permitindo o fôlego necessário para reorganizar as finanças, resolver imprevistos e realizar sonhos. O que falta, muitas vezes, é orientação e conhecimento para um uso prudente. 

“O crédito é uma ferramenta poderosa quando usada com consciência. Pode abrir portas e trazer segurança financeira. O problema não está na iniciativa de acessar o crédito, mas em não entender os limites e responsabilidades que vêm com ele”, afirma Willian Conzatti, sócio-fundador da ConCredito, fintech especializada em soluções financeiras acessíveis. 

A pesquisa da CNC também mostra que o comprometimento médio da renda familiar com dívidas subiu para 30%, e mais da metade das famílias (55,4%) destina entre 11% e 50% do rendimento mensal ao pagamento de dívidas. Ou seja, mesmo quem mantém os pagamentos em dia sente o peso no orçamento, impactando também a saúde emocional do indivíduo e do seu núcleo familiar. 

Por isso, promover a educação financeira e oferecer crédito com critérios humanizados é essencial. “As instituições financeiras precisam avaliar a real capacidade de pagamento dos clientes, adaptar às condições ao perfil de cada um e estimular o uso consciente do crédito. É quando ele deixa de ser um vilão para virar grande aliado”, ressalta Conzatti.

 

ConCrédito


Bolsa Estágio: Educação de SP abre nova etapa de inscrições para estudantes do ensino técnico

Quem não se inscreveu no BEEM no início do ano letivo pode concorrer às vagas de estágio no segundo semestre; 6.426 estudantes já foram contratados

 

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) abriu uma nova etapa de inscrições para estudantes do Ensino Técnico que querem concorrer a uma das vagas do BEEM (Bolsa Estágio Ensino Médio). Essa nova fase é voltada a alunos que não fizeram o cadastro no primeiro semestre deste ano e estão matriculados na 2ª e 3ª séries do itinerário de formação técnico profissional do Ensino Médio. As inscrições seguem abertas até o dia 22 de setembro. 

Os estudantes inscritos no BEEM concorrem a vagas de estágio em empresas parceiras da Educação, com bolsas mensais que variam de R$422,03 a R$851,46, conforme o curso e a carga horária. Em todo o estado, 6.426 alunos já foram contratados como estagiários até o início desta semana, e a expectativa da Secretaria é alcançar 10 mil estudantes até o fim de 2025. 

Para participar do BEEM, é preciso que o estudante:

·         Esteja matriculado na 2ª ou 3ª série do Ensino Médio no itinerário formativo de Educação Técnica Profissional em um dos nove cursos oferecidos pela Educação nas escolas estaduais ou ainda dos cursos oferecidos no Senai ou Senac, em parceria com a Seduc-SP;

·         Ter completado 16 anos de idade;

·         Ter frequência escolar de 85% ou mais no semestre anterior;

·         Ter feito, no ano de 2024, o Provão Paulista Seriado; e

·         Possuir CPF (Cadastro de Pessoa Física).

 

“O BEEM é destinado a todos os alunos da Educação Técnica Profissional da rede estadual de ensino. O estágio tem duração de seis meses e, ao final desse período, empresa e estudante podem decidir pela continuidade do vínculo, que pode se manter como estágio ou evoluir para uma vaga de jovem aprendiz ou emprego formal”, explica o secretário da Educação, Renato Feder.

 

Os estudantes que passaram por todas as etapas de inscrição do edital anterior e mantiveram frequência igual ou superior a 85% no último semestre não precisam se cadastrar novamente e estão com seus dados registrados no banco de talentos do BEEM. Para aqueles que ainda não se inscreveram, o caminho é a página oficial do programa, em https://lp-beem.ciee.org.br/estudante/lancamento

 

O pagamento das bolsas é realizado pela Seduc-SP, que também garante o  seguro contra acidentes pessoais para os estudantes. 


 

Inscrições para empresas


A Secretaria da Educação também abriu uma nova etapa para inscrições de empresas. Aquelas que desejam aderir ao programa devem preencher o formulário de adesão até o dia 15 de setembro, em https://lp-beem.ciee.org.br/empresa

 

As empresas interessadas em participar do programa precisam atender a alguns critérios:

·         Ter, ao menos, seis funcionários;

·         CNPJ ativo há, no mínimo, seis meses;

·         Estar localizada no estado de São Paulo;

·         Cumprir obrigações de Seguridade Social e Justiça do Trabalho;

·         Disponibilizar um ambiente seguro para o aprendizado;

·         Ter um supervisor qualificado para acompanhar os estagiários; e

·         Conceder auxílio-transporte suficiente para todo o percurso do estudante. 

“As empresas podem recrutar estudantes para atuarem em áreas como logística, vendas, administração, tecnologia, saúde, turismo e agronegócio. Em todos esses segmentos, temos alunos aptos a assumir vagas de estágio”, finaliza Feder.


9 orientações para ter um Dia dos Pais sem endividamento

 

Com a proximidade do Dia dos Pais, comemorado em 10 de agosto, é fundamental planejar as finanças para presentear essa figura tão importante. Contudo, muitos cometem erros nas compras de presentes, o que pode gerar estresse, gastos desnecessários e até mesmo descontrole financeiro e inadimplência. A organização financeira com planejamento a longo prazo pode ajudar a evitar esses problemas. 

Para quem acha interessante essa ideia, afirmo que não é nada muito complexo, um método simples para planejar as finanças pode ser utilizar um caderno, onde cada página representa um mês. Liste todas as datas comemorativas e eventos importantes em cada página. Por exemplo, comece com agosto, que inclui o Dia dos Pais e possíveis aniversários de amigos ou parentes. Em seguida, pense em outras datas significativas, como o Dia das Crianças em outubro e a Black Friday em novembro, que oferece uma oportunidade para comprar presentes de Natal com descontos. 

O planejamento não deve se limitar às datas comemorativas. É importante lembrar das despesas do dia a dia: contas de energia, água, alimentação, educação, vestuário e lazer. Também é fundamental prever eventos imprevistos, como a quebra de um eletrodoméstico. Ter uma reserva financeira para emergências é essencial. 

O controle financeiro pode ser feito no papel ou em uma planilha digital. O importante é criar o hábito de controlar as finanças com 12 meses de antecedência. Isso ajuda a evitar surpresas desagradáveis e promove uma educação financeira constante.

 

Orientações para o Dia dos Pais

Agora, a realidade é que a maioria das pessoas não se planejou para essa data e agora tem que correr atrás do prejuízo, assim, a primeira orientação que passo é não ter pressa nem entrar em pânico. Além disso, para celebrar o Dia dos Pais sem comprometer o orçamento financeiro, considere as seguintes orientações: 

  1. - Busque um presente diferente, com pouquíssimo investimento é possível impressionar muitas vezes mais do que gastando muito.
  2. - Certifique-se do que o pai está precisando e busque unir o útil ao agradável. Pesquise em vários lugares antes de decidir onde irá comprar.
  3. - Respeite sua situação financeira para comprar um presente que caiba no seu bolso. Nessa época, o comércio faz muitas promoções, basta analisar e ver se vale a pena.
  4. - Junte-se com os irmãos e mãe (de forma online, de preferência) para dividir o valor do presente.
  5. - Caso não tenha guardado dinheiro, procure saber quanto de prestação cabe realmente em seu orçamento mensal.
  6. - Se seu pai estiver endividado, ajude-o a sanar esse problema, mas dê a ele também um livro ou curso de educação financeira, para que isso não ocorra novamente.
  7. - Cuidado com presentes que possam ter custos agregados, como celular ou cachorro.
  8. - Uma boa alternativa pode ser um evento. Você pode preparar ou pedir algo especial para um almoço ou jantar, ou realizar um passeio que ele goste.
  9. - Caso não dê para comprar nenhum dos presentes que você tinha em mente, converse com o seu pai e planeje-se para poder presenteá-lo em outra ocasião. 

Como uma forma de perpetuar o aprendizado financeiro, recomenda-se o livro "Terapia Financeira". É um ótimo presente para o Dia dos Pais, ajudando-os a buscar conhecimento e trilhar o caminho de uma gestão financeira mais consciente. 

O planejamento financeiro é essencial para evitar imprevistos e garantir que todas as comemorações sejam celebradas de forma tranquila e organizada. Com organização e antecedência, é possível assumir o controle da vida financeira e desfrutar de todas as datas importantes ao longo do ano sem estresse.

 

Reinaldo Domingos - PhD em Educação Financeira, está à frente do canal Dinheiro à Vista presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira - ABEFIN) e da DSOP Educação Financeira. Autor de mais de 150 livros sobre o tema educação financeira, como o best-seller Terapia Financeira.



Japão em alta: reservas na Civitatis crescem mais de 4x no 1º semestre e país entra na lista de desejo dos brasileiros

Explosão cultural, isenção do visto e popularização nas redes explicam o novo boom no turismo japonês, aponta a Civitatis




Tóquio é o país com mais reservas na Civitatis  

O Japão vive um dos seus melhores momentos como destino turístico entre brasileiros. De acordo com dados da plataforma de experiências turísticas Civitatis, as reservas para o país cresceram mais de 4 vezes no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado - um salto impulsionado por facilidades burocráticas de visitar o país e pelo crescente fascínio cultural dos brasileiros pelo destino asiático.
 

"A combinação entre o fim da exigência de visto, o apelo cultural crescente e a visibilidade do Japão nas redes sociais criou um cenário ideal para que o país disparasse nas preferências dos brasileiros em 2025", afirma Alexandre Oliveira, Country Manager da Civitatis no Brasil.
 

No primeiro semestre do ano, Tóquio, Kyoto e Osaka lideraram as reservas feitas por brasileiros na Civitatis no Japão. Já entre os passeios pagos, os três favoritos do público do país são o tour privado por Tóquio, a excursão ao Monte Fuji e ao lago Ashi, ambos com guia em português, e o ingresso para o Universal Studios Japan. "Temos investido fortemente na oferta de passeios em português em destinos do mundo todo para facilitar ainda mais a jornada dos nossos viajantes."


         Monte Fuji é o segundo passeio mais buscados por brasileiros no país


 

Cultura pop, redes sociais e fim do visto 

Para Alexandre Oliveira, três fatores explicam o fenômeno: a retirada da exigência de visto para brasileiros para viagens de até 90 dias, a ascensão da cultura asiática no Brasil (especialmente entre os jovens) e a presença constante do Japão nas redes sociais. 

A política de isenção de vistos, implementada pelo governo japonês em 2023 para estadias de curta duração (até 90 dias), reduziu burocracias e custos e facilitou a entrada de turistas brasileiros, medida que teve impacto imediato nas reservas, segundo dados da Civitatis. 

Ao mesmo tempo, o interesse pela cultura japonesa ganhou força no Brasil, especialmente entre o público jovem. De acordo com levantamento da Winnin de 2025, plataforma de inteligência artificial que identifica dados e tendências a partir do consumo de vídeos, nos últimos 12 meses foram produzidos cerca de 50.000 vídeos relacionados à cultura oriental nas redes sociais no Brasil, somando quase 12 milhões de visualizações e 185 mil interações. 

Esse fenômeno se reflete no crescimento de eventos e locais ligados à cultura nipônica no Brasil, como é o caso do Bairro da Liberdade, em São Paulo, que segundo a APECC, recebe cerca de 20 mil visitantes por fim de semana. Este número se multiplica durante eventos como o Tanabata Matsuri, que reuniu 120 mil pessoas em 2024. 

O festival Anime Friends, realizado em São Paulo, também confirma esse cenário, com mais de 150 mil visitantes em três dias de evento na edição de junho de 2025.
 


Japão nas redes e a influência das celebridades
 

Para Alexandre, a popularização do Japão entre celebridades brasileiras também contribuiu para ampliar o interesse pelo destino. Em 2025, nomes como a influenciadora Virgínia Fonseca e seu ex-marido, o cantor Zé Felipe, que juntos reúnem mais de 84 milhões de seguidores no Instagram, visitaram o país e compartilharam momentos em Tóquio e no Monte Fuji, que conta com visitas guiadas em conjunto com Kamakura e o lago Ashi. 

Já Fábio Porchat esteve no Castelo de Osaka, que oferece visita com audioguia em inglês. Eles se somam a nomes que visitaram o destino em 2024, como Manu Gavassi, Marina Ruy Barbosa, Sabrina Sato e Sasha Meneghel.

 


            O Castelo de Osaka recebeu a visita do Fábio Porchat em 2025



“Esse ‘efeito celebridade’ ajudou a consolidar a imagem do Japão como um destino completo: tecnológico e cultural, urbano e de natureza, com atrações que vão de parques temáticos a trilhas nas montanhas japonesas", explicou o Country Manager da Civitatis.


 

Experiências práticas e acessíveis atraem brasileiros 

De acordo com a Civitatis, uma das principais apostas da empresa para o Japão em 2025 são os tours guiados em português, que seguem em alta demanda entre os brasileiros. A plataforma já oferece esse serviço em cidades como Tóquio, Kyoto e Osaka, além de estar presente em destinos como Nara e Hiroshima. A proposta é abranger a diversidade de experiências disponíveis no Japão, com roteiros que vão de passeios na natureza, como a visita ao Monte Fuji, a passeios culturais por bairros históricos, vivências gastronômicas e ingressos para parques temáticos. A possibilidade de parcelamento também vem contribuindo para a boa aceitação entre os viajantes, conta Alexandre.

“Combinando tradição milenar, cultura pop, presença massiva nas redes sociais e agora menos barreiras de entrada, o Japão se consolida em 2025 como um dos destinos mais desejados dos brasileiros”, finaliza o Country Manager da Civitatis.


Franquias de Restaurantes: O que é preciso saber antes de investir


O setor de alimentação continua sendo um dos mais procurados por quem deseja empreender no Brasil. As franquias de restaurantes aparecem como uma alternativa atrativa, oferecendo uma combinação de marca consolidada, processos testados e suporte da franqueadora. Porém, apesar da estrutura oferecida é preciso cuidado, já que o sucesso de uma unidade franqueada vai muito além do nome na fachada.

Para Marcelo Politi, especialista em negócios gastronômicos e mentor de donos de restaurantes, o modelo de franquia pode ser um ótimo ponto de partida, mas exige preparo. "Entrar em uma franquia não significa que o jogo está ganho. É um modelo que entrega ferramentas, mas quem transforma essas ferramentas em resultado é o franqueado. Sem gestão, não há marca que salve”, afirma.


 Onde está o potencial e os riscos?

As franquias oferecem vantagens importantes como acesso a fornecedores homologados, cardápio validado, campanhas de marketing estruturadas e treinamentos contínuos, mas junto com esses benefícios, vem a exigência de seguir padrões rígidos, o que pode limitar a autonomia do operador.

Segundo Politi, muitos problemas enfrentados por franqueados nascem dentro da operação. "A maior parte dos insucessos não vem do modelo da franquia, mas da má gestão. Controle de CMV (custo das mercadorias vendidas) mal feito, liderança fraca e falta de processos claros impactam diretamente no lucro e na qualidade de vida do dono”, explica.


Aspectos fundamentais antes de investir

    1. Perfil do investidor

Cada franquia exige um nível diferente de dedicação e habilidade. Há modelos mais operacionais e outros mais gerenciais e, para isso, entender o próprio perfil é essencial. "Se você não gosta de rotina pesada e lidar com equipe, pense duas vezes antes de entrar em uma franquia de alimentação”, recomenda Politi.

  1. Escolha da marca

Nem sempre a marca mais famosa é a mais rentável ou adequada. Avaliar a reputação da franqueadora, ler a Circular de Oferta de Franquia (COF) com atenção e conversar com franqueados da rede são passos fundamentais. "Não se deixe levar só pelo apelo comercial. Faça uma análise fria: quanto custa entrar, quanto custa operar e quanto sobra no fim do mês”, orienta o especialista.

  1. Compreensão Financeira

Ter domínio dos números é obrigatório. Entender CMV, ticket médio, ponto de equilíbrio e lucratividade por operação são conhecimentos que fazem a diferença. "Você não precisa ser contador, mas precisa saber ler os números e tomar decisões com base nos mesmos. Franquia não é um emprego com salário fixo, e sim um negócio, e precisa ser tratado como tal”, reforça.

  1. Gestão de Pessoas e Processos

O dia a dia da operação exige equipe treinada, supervisão constante e padrão de atendimento. Processos bem definidos evitam erros, perdas e retrabalho. “Não existe mágica, existe método que vem da gestão. A operação precisa funcionar mesmo quando o dono não está presente”, conclui Politi. 

 


Marcelo Politi - formado em hotelaria e gastronomia pela Ecole des Roches (Association Suisse d’Hôtellerie), na Suiça e pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Aos 29 anos, foi o primeiro executivo contratado como diretor de Marketing pela rede de hotéis francesa Sofitel no Brasil. Foi responsável pela implantação e gestão das operações do Hard Rock Café no Brasil e gerenciou mais de 500 funcionários. O empresário é fundador da Politi Academy, uma empresa focada em trazer lucro, controle e crescimento para donos de negócios de alimentação, por meio de cursos de gestão, administração, marketing, planejamento, treinamento de equipe, entre outros que envolvam um negócio que tenha comida como serviço.


Politi Academy
https://politiacademy.com.br/

 

Adoecimento mental na enfermagem explode e chega à Justiça do Trabalho

Altas jornadas, assédio e sobrecarga emocional disparam afastamentos e ações judiciais em todo o país; Advogado Mateus Gonçalves afirma que profissionais estão exaustos e desamparados

 

O mês de julho acendeu um alerta sobre a saúde mental dos profissionais da enfermagem no Brasil. Com jornadas exaustivas, sobrecarga emocional e casos recorrentes de assédio moral, enfermeiros e técnicos têm enfrentado uma escalada de adoecimento psicológico no ambiente de trabalho. O impacto já é mensurável: o número de afastamentos por transtornos mentais e emocionais cresceu de forma expressiva no primeiro semestre de 2025, segundo dados do INSS e dos próprios sindicatos da categoria.

Em paralelo, o que se vê é um aumento silencioso, porém consistente, de ações trabalhistas movidas por profissionais da enfermagem contra hospitais, clínicas e unidades públicas. “São processos por danos morais, assédio institucionalizado e negligência com as condições mínimas de trabalho. Em muitos casos, os empregadores sequer oferecem acompanhamento psicológico ou períodos adequados de descanso”, afirma o advogado trabalhista Mateus Gonçalves, que atua exclusivamente na defesa da enfermagem.

Gonçalves explica que, diferentemente do passado, os profissionais estão mais conscientes de seus direitos e buscam reparação judicial com respaldo legal. “Existe um desgaste emocional profundo e estrutural, que se agravou com a pandemia e não foi resolvido desde então. Muitos já entram com quadros de estafa severa, diagnosticados por laudos médicos. A Justiça do Trabalho tem sido o único canal possível de escuta para muitos desses trabalhadores.”

A discussão ganha ainda mais relevância diante da falta de políticas institucionais voltadas à saúde mental nas unidades de saúde. Em meio ao esgotamento coletivo de quem cuida de vidas, o risco é de um colapso silencioso dentro dos hospitais — com impactos diretos na qualidade da assistência e na permanência dos profissionais nos postos de trabalho.

 

Fonte: Mateus Gonçalves – Advogado Trabalhista - Especialista na defesa dos direitos da enfermagem | Instagram: @advogandoparaenfermagem

 

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