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sexta-feira, 7 de março de 2025

Com direção de Clara Carvalho, Escola de Mulheres faz temporada popular no Teatro Itália



A comédia clássica de Molière simboliza uma transgressão ao patriarcado e ao conservadorismo, além de trazer à tona com ironia, leveza e elegância, a sagacidade feminina. Brian Penido Ross interpreta o protagonista em cena

 

Um texto clássico de mais de 360 anos de Molière que evoca a sagacidade feminina em uma trama cheia de humor. Sucesso visto por mais de 12 mil pessoas e permeado por esse universo,  Escola de Mulheres chega com temporada popular no Teatro Itália.  A nova temporada acontece de 8 de março a 20 de abril, com sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.

 

Sob direção de Clara Carvalho, a obra é um gesto de transgressão ao patriarcado e ao conservadorismo, além de trazer à tona com ironia, leveza e elegância, a sagacidade feminina.A montagem é protagonizada por Brian Penido Ross, prêmio Bibi Ferreira, que está em cena ao lado de Ariell Cannal, Felipe Souza, Fulvio Filho, Gabriela Westphal, Nando Barbosa, Leandro Tadeu, Paulo Marcos, e Vera Espuny.

 

“Este é um texto escrito em 1662, quando Molière tinha 40 anos e estava na plenitude de sua potência criativa. Ele também fazia o papel de Arnolfo, personagem que repele frontalmente a ideia de ser traído e, para isso, educa a jovem Inês para que ela se torne sua esposa ideal, criando-a na mais absoluta ignorância. Mas, como em muitas de suas peças, as personagens femininas de Molière são perspicazes, inteligentes e descobrem como se empoderar numa circunstância a princípio desfavorável e o plano de Arnolfo mostra-se muito difícil de implementar. Sente-se no texto a simpatia de Molière pelas mulheres. O machismo patológico é escancarado, ridicularizado e, sentimos um viés francamente feminista. É esse viés que colocamos em cena”, comenta Clara Carvalho.

 

A peça, que foi um sucesso estrondoso na sua estreia em Paris, e gerou infindáveis discussões sobre a polêmica comportamental que trazia, é exemplarmente clássica, com unidade de tempo – tudo se passa em 24hs – espaço e ação e a encenação busca mesclar sugestões do século XVII com traços contemporâneos. Tudo se passa numa praça e, ao fundo, um painel com o sol nos remete a Luís XIV, patrono das artes e da trupe de Molière. Por conta da polêmica que seu texto gerou, Molière escreveu logo, depois da estreia, uma outra peça para responder a seus detratores, A Crítica à Escola de Mulheres.

 

Brian Penido Ross comenta as características de seu personagem e as comparou com outros clássicos do autor: “Arnolfo é um burguês de meia idade e está sujeito às convenções do amor e do casamento, ao contrário do comportamento libertino dos homens e mulheres da corte de Luís XIV. Ele faz toda sorte de intrigas sobre homens que foram traídos e deseja obsessivamente não se tornar um deles. Molière tem uma galeria genial de personagens com comportamentos compulsivos, como Argan, de O Doente Imaginário, ou Harpagão, de O Avarento. Num momento em que o Brasil está lidando com pautas conservadoras e repressivas, rir de Arnolfo e acompanhar a rápida e comovente evolução de Inês em sua compreensão do mundo é muito salutar."

 

Ariell Cannal, um dos idealizadores, ressalta a atualidade do texto clássico: “É incrível que um texto escrito há 360 anos converse tanto com a nossa realidade contemporânea. Numa sociedade onde as mulheres precisam de projeto de lei para conquistarem a igualdade salarial, um autor tão feminista como Molière pode mostrar à plateia que as vontades e desejos femininos têm, sim, força e razão de existir. Molière é um autor necessário”.

 

Durante a preparação da peça a equipe se inspirou em filmes como A Viagem do Capitão Tornado, (1990, de Ettore Scola; Molière, (1976, de Ariane Mnouchkine); O Rei Dança, (2000, Gérard Corbiau); Vatel – Um Banquete para o Rei, (2000, Roland Joffe, além montagens disponibilizadas pela Comédie-Française e pelo Teatro Odéon. 

 

FICHA TÉCNICA – Escola de Mulheres

Idealização: Ariell Cannal, Brian Penido Ross e Clara Carvalho.

Autor: Molière.

Direção / Tradução / Adaptação: Clara Carvalho.

Elenco: Ariell Cannal (Horácio), Brian Penido Ross (Arnolfo), Felipe Souza (Cupido), Fulvio Filho (Crisaldo), Gabriela Westphal (Inês), Leandro Tadeu (Oronte), Nando Barbosa (Alain) , Paulo Marcos (Henrique), Vera Espuny (Georgette).

Direção de Movimento: Guilherme Sant'Anna.  

Músicas / Letras / Direção Musical: Gustavo Kurlat. 

Arranjos / Produção Musical: André Bedurê. 

Violão / Baixo / Instrumentos Virtuais: André Bedurê.

Violino: Naianne Cunha.

Desenho de Luz: Wagner Pinto.

Assistente de Iluminação: Gabriel Greghi. 

Cenógrafo: Chris Aizner.

Design Gráfico do Cenário: Adriana Alves. 

Cenotécnico: Denis Chimanski.

Figurinista: Marichilene Artisevskis.

Costureiras/Modelistas: Judite Geronimo de Lima, Ateliê Bella Modas.

Modelista Casacos: Paula Gaston.

Alfaiate: Pedro Almeida Barre.

Envelhecista: Foquinha Cris.

Design Gráfico da Divulgação: Mau Machado.

Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez. 

Redes Sociais: Renato Fernandes.

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.

Produção Executiva: Nando Medeiros.

Assistentes de Produção: Nando Barbosa e Paula Stricker.

Direção de Produção: Ariell Cannal / Cannal Produções.

 


Serviço: 

ESCOLA DE MULHERES

Teatro Itália (Av. Ipiranga, 344 - República, São Paulo - SP)

Temporada: De 8 de março a 20 de abril de de 2025. Sábados, às 20h; e domingo, às 19h

Ingressos:: R$40 (Inteira) / R$20 (Meia) (Promoção de Carnaval)

A partir de 15/3: R$60 (Inteira) / R$30 (Meia)

Compra Online: https://cannal.link/escolaIngressos

Classificação: 12 Anos. Duração: 85 Minutos



Angela Ribeiro estreia solo Belmira no Sesc Ipiranga no dia 13 de março

Crédito: Brendo Trolesi


Com texto e direção de Carla Zanini, espetáculo propõe reflexão sobre a insegurança e o medo enfrentados diariamente por uma professora sobrevivente de um atentado escolar

 

A violência escolar tem ameaçado a educação no Brasil e comprometido o aprendizado nos últimos anos, o que torna a presença em sala de aula um ato de resistência dos educadores. É justamente essa a reflexão provocada pelo solo Belmira, estrelado por Angela Ribeiro e escrito e dirigido por Carla Zanini, que estreia no dia 13 de março (quinta, 21h30), no projeto Teatro Mínimo, do Sesc Ipiranga. O espetáculo segue em cartaz por lá até 06 de abril, com apresentações de sexta e sexta, às 21h30; e sábados e domingos, às 18h30.

O trabalho, segundo a autora e diretora, nasceu dentro do curso piloto de dramaturgia do Instituto Brasileiro de Teatro (IBT) e foi motivado pela indagação sobre como é possível aprender e ensinar em um ambiente ameaçado pelo recente crescimento de atentatos nas escolas do país. 

“Foi nesse espaço de compartilhamento, conduzido por Angela Ribeiro, Silvia Gomez e Guto Portugal, que criei a primeira semente dessa história que desenvolvemos juntas. Um pensamento segue pulsando em mim: a resistência incansável de artistas e professores, que seguem em frente mesmo diante do descaso e do sucateamento da cultura e da educação. É uma força interna que nos atravessa e nos faz continuar, apesar da precariedade, do burnout, da instabilidade e do medo”, revela Zanini.

A trama acompanha Marta, uma professora paraense que sobreviveu a um atentado escolar e agora divide com o público suas reflexões sobre educação e o seu vínculo com a enigmática professora Belmira. Embaladas por ritmos do Pará, as memórias emergem da relação entre as duas na tentativa de elaboração do trauma vivido.

A protagonista e a própria história têm forte influência da figura da cantora paraense Dona Onete, que, antes de ser reconhecida como a “rainha do carimbó chamegado”, dedicou sua vida à educação. Ela foi professora de História e Estudos Paraenses, secretária de Cultura do município de Igarapé-Miri e atuou ativamente nos movimentos sindicais – inclusive durante a ditadura militar. A cultura paraense e a forma de ensinar e contar histórias que Dona Onete levou para suas salas de aula são os mesmos que ecoam na peça”, explica a diretora.

Já para a atriz Angela Ribeiro, que nasceu em Belém (PA), a peça é um reencontro com suas origens. “É um resgate da minha essência de tudo aquilo que vivi. Tem sido muito emocionante voltar às minhas origens, tocar o chão que mais me compõe, nadar nos rios que mais carrego nas veias. Me lembra que continuar faz parte da minha história. Que podemos mover as estruturas. Já estamos fazendo isso, aqui e agora! Me encoraja a seguir, a acreditar que juntos somos sim capazes de alterar, de inventar um novo cenário. Me renova a esperança de um tempo que eu, você e todos nós, ainda vamos viver juntos”, revela.

E sobre os desafios enfrentados por quem está diariamente na sala de aula, Ribeiro reflete: “Eu tenho pensado muito nesse modo que é ‘ensinar aprendendo’ e vice e versa. Quais são as possibilidades reais dentro de um panorama tão assustador onde, em sua maioria, só quem está nas pequenas bolhas consegue sobreviver e ter algum prazer em aprender. Estar numa sala de aula hoje em dia é um ato de resistência. Requer coragem e coragem significa “bravura de quem tem um coração forte”. Envolve afeto. Ensinar é muito mais sobre jeito do que sobre força”. 

Com produção do Plataforma - Estúdio de Produção Cultural, o espetáculo aposta na força do encontro e do momento presente por meio de uma encenação intimista, na qual o público desvenda, passo a passo, as camadas dessa história. A trilha sonora de Mini Lamers, a luz de Gabi Souza, o cenário de Rager Luan e o figurino de Gui Funari e Andy Lopes integram-se ao jogo cênico entre a atriz e o público, ampliando os imaginários e desdobramentos da narrativa. 

A proximidade entre artistas e público é a marca do projeto Teatro Mínimo, que parte de montagens de pequeno porte com foco em dramaturgia e interpretação

 

Ficha Técnica

Idealização: Carla Zanini e Angela Ribeiro

Elenco: Angela Ribeiro

Direção e Dramaturgia: Carla Zanini

Assistente de direção: Lilian Regina

Produção: Plataforma Estúdio de Produção Cultural

Direção de produção: Fernando Gimenes

Produção executiva: Bruno Ribeiro

Trilha sonora e operação de som: Mini Lamers

Desenho de luz: Gabriele Souza
Operação de luz: Leticia Rocha

Cenografia: Rager Luan

Figurino: Gui Funari e Andy Lopes

Preparação de atuação: Felipe Rocha

Fotografia: Brendo Trolesi
Redes Sociais: Jorge Ferreira

Assessoria de imprensa: Pombo Correio Assessoria de Comunicação - Douglas Picchetti e Helô Cintra


Sinopse

Marta, uma professora paraense sobrevivente de um atentado escolar, compartilha suas reflexões sobre educação e o seu vínculo com a enigmática professora Belmira. Embaladas por ritmos paraenses, as memórias emergem da relação entre as duas na tentativa de elaboração do trauma vivido.


Serviço

Belmira, com atuação de Angela Ribeiro e texto e direção de Carla Zanini

Temporada: 13 de março a 06 de abril. Apresentação na quinta somente dia 13, às 21h30. 

Temporada sexta, às 21h30; e sábados e domingos, às 18h30.
Sesc Ipiranga - Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga
Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena)

Ingressos disponíveis no aplicativo Credencial Sesc SP, site centralrelacionamento.sescsp.org.br e presencialmente nas bilheterias das unidades do Sesc SP.

Classificação: 18 anos
Duração: 80 minutos

Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


Exposição “Por Onde Anda Sua Cabeça” de Zackia Daura celebra os 62 anos de Três Marias



Espaço Cultural João Henrique Ribeiro recebe mostra interativa que convida o público a uma reflexão profunda 

 

Em comemoração aos 62 anos da cidade de Três Marias, o Espaço Cultural João Henrique Ribeiro abriu as portas, no dia 1º de março, para a exposição “Por Onde Anda Sua Cabeça”, da renomada artista plástica, escritora e produtora cultural Zackia Daura. A mostra, aberta à visitação durante todo o mês de março, apresenta uma proposta inovadora e interativa. O visitante é conduzido por um labirinto especialmente projetado, onde cada curva revela uma nova cabeça, levando o público a refletir sobre seus próprios pensamentos e emoções.

A exposição reforça a relação profunda e afetiva da artista com Três Marias. Ao longo dos anos, Zackia tem presenteado a cidade com obras repletas de amor e reverência, sempre exaltando a beleza e a essência do município. “Essa exposição é mais um presente para essa terra que tanto me inspira. Quero proporcionar uma experiência sensorial e de autoconhecimento ao público”, destaca a artista.

Com entrada gratuita, “Por Onde Anda Sua Cabeça” é uma excelente oportunidade para moradores e turistas mergulharem no universo artístico de Zackia Daura e celebrarem o aniversário da cidade de uma maneira única e inspiradora.

  

Serviço:

Exposição: Por Onde Anda Sua Cabeça
Artista: Zackia Daura
Local: Espaço Cultural João Henrique Ribeiro, Três Marias
Visitação: Durante todo o mês de março
Entrada: Gratuita
Realização: Prefeitura Municipal de Três Marias
Mais informações: 38 99740 8054

 

Mostra no Mercadão SP destaca avanços tecnológicos da Marinha e o primeiro submarino nuclear brasileiro



Exposição acontece até o dia 22 de março

 

Entre os dias 5 e 22 de março, o Mercadão de São Paulo apresenta a mostra cultural "Um Mar Chamado Tempo", uma iniciativa que celebra os 200 anos da Esquadra Brasileira e os avanços tecnológicos da Marinha do Brasil. A mostra é organizada pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), com apoio da diretoria-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, em parceria com a Associação Peixe Vivo e Coutinho Eventos, além de diversas instituições e patrocinadores.

"Essa mostra cultural destaca o papel da Marinha na defesa, na pesquisa científica e no desenvolvimento marítimo. Além disso, proporciona aos visitantes uma oportunidade única de conhecer a evolução da navegação e sua influência na cultura brasileira. E o Mercadão SP, um dos pontos turísticos mais icônicos da cidade, torna-se um cenário perfeito para essa experiência educativa", afirma o presidente da Associação Peixe Vivo e diretor da Soamar/SP/Sociedade de Amigos da Marinha, Paulo Marinheiro.

A exposição, sob a curadoria de Maurício Coutinho, tem um papel essencial na educação de crianças e jovens, proporcionando uma imersão no universo naval brasileiro. Com materiais interativos e a exibição de uma série animada educativa da Amazul, o público infantojuvenil poderá aprender sobre a produção de energia e as diferenças entre fontes limpas e renováveis de forma lúdica e acessível.

"Trazer essa exposição para o Mercadão reforça o nosso compromisso de ser um espaço diverso que, além da gastronomia, promove eventos culturais e educativos para os nossos visitantes. Também é uma oportunidade única para o público conhecer a história da Marinha do Brasil e sua importância no desenvolvimento tecnológico do país", afirma o CEO da Mercado SP, Aldo Bonametti.

Para os adultos, a exposição representa uma oportunidade de compreender a importância estratégica da Marinha e suas inovações, com destaque para a maquete do primeiro submarino nuclear brasileiro, um marco histórico para a defesa nacional. Além disso, também são homenageadas as personalidades que contribuíram para o crescimento da força naval.

E no dia 22 de março, sábado, às 13 horas, de forma gratuita para todo público, o Espaço de Eventos do Mercadão SP receberá a apresentação da Banda da Marinha do Brasil, cujo significado vai além da música e representa a disciplina, a história e os valores da instituição, atuando em eventos oficiais, recepções de autoridades, desfiles e até em apresentações no exterior. Como representante do Brasil, ela se consagra como um ícone cultural e militar, e fortalece a identidade e os valores da própria Marinha.

Com entrada gratuita, "Um Mar Chamado Tempo", que promete ser um evento enriquecedor para todas as idades, promove conhecimento e orgulho sobre a história e o futuro da Marinha do Brasil. Tem o patrocínio da Amazul, IPMIL/Instituto Padrão Militar, Brigadista Mirim, Sicredi, Seadoo, Octagonal Engenharia, NForte e Yuny e apoio cultural da Prefeitura de SP, SubPrefeitura da Sé, Mercadão, Mercado SP, SP Regula, Fundação Theatro Municipal SP, TodosPeloCentro, Soamar SP, Buenas Hotéis, Pró-Centro SP, EMEI Armando Arruda Pereira e Casa Castro.

 


Serviço 

Mostra “Um Mar Chamado Tempo”

De 5 a 22 de março

Mercadão de São Paulo

Local: Espaço de Eventos

Rua da Cantareira, 306 - Centro SP

Visitação Gratuita das 10 às 16h

@ummarchamadotempo

 

Exposição A Luz da Pandemia chega a Curitiba, na Soma Galeria



Inspirada na simbologia da garça, as 15 telas da exposição convidam o público a refletir sobre transformação e resiliência após a pandemia. A abertura acontece no dia 13/03

 

A pandemia mudou o mundo e as pessoas e, com o passar do tempo, momentos de dor, superação e reinvenção ganharam forma, luz e ressignificado através da arte da catarinense Marcela Schmidt, que transformou 15 histórias reais em 15 pinturas criadas com acrílica sobre tela, exclusivamente a partir desses relatos. 

Resultado dessa imersão profunda nas superações humanas, a exposição A Luz da Pandemia chega a Curitiba no dia 13 de março, na Soma Galeria. “Esse é um projeto que transforma dores, desafios e descobertas em telas que respiram emoção, reconstrução e esperança”, resume a artista.

A concepção da ideia nasceu ainda no isolamento, quando o mundo parou, e a busca por sentido tornou-se uma necessidade coletiva. Histórias de perda, reinvenção e coragem foram cuidadosamente selecionadas pela artista, por meio de entrevistas profundas e emocionantes, que a conectam com as narrativas que transcendem a dor e convidam a enxergar a luz por trás das cicatrizes.

Cada quadro é um testemunho sensível das transformações que a pandemia impôs. Desde aqueles que precisaram dizer adeus sem despedidas até os que descobriram forças desconhecidas para recomeçar. De forma bela, leve e sensível, a exposição agora convida o público a revisitar esse período com um olhar de acolhimento e contemplação.

Entre os relatos retratados por Marcela estão os das curitibanas Vânia Stallbaum Villar e Carolina Arzua, cujas histórias tocaram profundamente a artista durante o processo de entrevistas. Além delas, estão retratadas histórias de 13 catarinenses que também passaram por momentos extremamente desafiadores durante o confinamento.  

Marcela mergulhou profundamente na escuta dessas trajetórias e descreve a experiência como um processo de cura coletiva. "Não é uma exposição sobre sofrimento, mas sobre o que fazemos com ele. É sobre olhar para o que passou e encontrar beleza e esperança na superação", reflete a artista.

A simbologia da garça, presente como assinatura de sua obra, reforça a transcendência e a resiliência que permeiam cada pincelada. Curitiba se torna, assim, palco para esse encontro entre arte e luz, onde o espectador não apenas observa, mas sente e se reconhece. 

A exposição A Luz da Pandemia fica na capital paranaense até 27 de março, na Soma Galeria. O evento de abertura acontece no dia 13 de março, às 19h (R. Mal Jose B Bormann, 730 - Batel), com entrada é gratuita, classificação é livre, intérprete de libras e monitoria de acompanhamento de PcD. 

A Luz da Pandemia é um projeto viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet) e realizado em parceria com o Ministério da Cultura. Entre seus patrocinadores estão as marcas Weltec, Link Comercial e Zee Rucci. A partir de abril, a mostra seguirá para São Paulo e, depois, Blumenau.


Sobre a artista

Marcela Schmidt é nascida em Blumenau, mas cresceu em Florianópolis e viveu em diversas cidades como Sidney, na Austrália, e Milão, na Itália. Com formação em arquitetura e mestrado em Design de Produto no Istituto Europeo di Design (IED), em Milão, a artista é autora de criações que vão do acrílico sobre tela à aquarela, passando por customização de tecidos e outras técnicas. Suas obras transcendem a visão sobre a estética, buscando conectar almas através da expressão visual. Antes de A Luz da Pandemia, Marcela assinou e expôs a coleção A Dança das Garças. 

Mais informações em https://www.marcelaschmidt.com.br/ e https://aluzdapandemia.com/

  

Serviço: 

Exposição A Luz da Pandemia

Abertura: 13 de março de 2025, às 19h

Local: Soma Galeria (R. Mal Jose B Bormann, 730 - Batel)

Entrada gratuita

Mais informações: 47 9988-2122 e www.instagram.com/marcelaschmidt.art


Gomide&Co inaugura sua programação anual de exposições de 2025 com duo de Julia Isidrez e Maria Lira



Artistas ceramistas paraguaia e brasileira, respectivamente, executam a arte da cerâmica em escultura e pintura, algumas inéditas, apresentadas num diálogo acerca de possíveis paralelos sobre seus contextos de origem
 

 

A Gomide&Co tem o prazer de anunciar a mostra que inaugura seu calendário expositivo de 2025, uma exposição em duo de Julia Isidrez (Paraguai, 1967) e Maria Lira (Brasil, 1945). Com ensaios críticos inéditos de Sofia Gotti e Chus Martínez e expografia de Lucas Jimeno, a abertura será em 20 de março, às 18h, com visitação até 17 de maio de 2025. 

Baseada em projeto apresentado pela galeria em Nova York no ano passado, durante a feira Independent 20th Century, a exposição é uma oportunidade para o público brasileiro ter contato com o diálogo entre as obras dessas duas artistas visuais que têm muito em comum, apesar das particularidades regionais e culturais que demarcam suas produções, apresentando as afinidades que são perceptíveis entre seus contextos distantes. Ambas as artistas trabalham a partir de antigas tradições indígenas ou afro-indígenas, criando, nos dias atuais, obras que escapam do programa tradicional da arte no Ocidente.

Atuam, também, como líderes comunitárias, contribuindo para a realidade sociocultural dos respectivos locais de origem. São, portanto, vozes que se encontram no âmbito de uma perspectiva do pensamento decolonial, no sentido de reconhecer a plena validade de suas práticas no panorama artístico atual e desafiar paradigmas há muito presentes no circuito oficial de arte. 

Reunindo as cerâmicas de Isidrez e as pinturas e algumas cerâmicas de Lira (parte das obras apresentadas são inéditas), a exposição oferece uma abordagem sobre os paralelos possíveis entre seus contextos de origem. 

De um lado, Itá, no Paraguai, um centro de produção ceramista de caráter próprio, com sustentação na experiência indígena, mais especificamente Guarani, povo que cultiva a tradição das artes do barro, inicialmente marcada pela produção de urnas funerárias e vasos votivos. Devido aos processos de invasão e colonização europeia, permeado por séculos de domínio cultural e religioso, a região tornou-se um ambiente propício para a reinvenção da identidade indígena e mestiza, possibilitando o desenvolvimento de uma prática artística comunitária marcada pela autoria individual – caso de Julia Isidrez, entre outras expoentes do trabalho em cerâmica no país. 

De outro, Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, região brasileira marcada pelo processo histórico de exploração de suas riquezas minerais, bem como pelo processo de recuperação cultural promovido entre os anos 1960 e 80 e que resultaram na valorização da cerâmica tradicional afro-indígena praticada ali há séculos pelas populações então escravizadas e de etnias locais, como Xacriabá e Maxacali. A partir dos anos 1980, a região vivencia um processo de valorização cultural que passa também pela música em diálogo com a tradição oral – meio pelo qual Maria Lira despontou no cenário cultural, através do Coral Trovadores do Vale. 

Julia Isidrez aprendeu cerâmica com sua mãe, Juana Marta Rodas (1925-2013), seguindo uma tradição matrilinear da cerâmica Guarani que remonta ao período pré-colombiano. Baseando-se em técnicas de suas antepassadas, as peças esculpidas por Isidrez transcendem sua função com um vocabulário expressivo de figuras de animais fantásticos oriundos do contexto local, a cidade de Itá, próxima a Assunção e ao Lago de Ypacaraí. Expondo junto à sua mãe desde cedo, o trabalho da artista foi apresentado em individuais e coletivas na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia.

No ano passado, obras suas estiveram em exibição junto às de sua mãe na 60ª edição da Bienal de Veneza, curadoria de Adriano Pedrosa. E, a partir do final de março deste ano, também estarão presentes na 14ª edição da Bienal do Mercosul, curadoria geral de Raphael Fonseca.
 

A exposição na galeria é a segunda vez que Julia Isidrez é apresentada no Brasil – em especial, em São Paulo –, após uma exposição junto a Ediltrudes e Carolina Nogueira com curadoria de Aracy Amaral em 2017. “Essa exposição, a primeira em São Paulo desde 2017, nos oferece a oportunidade de aprofundar a reflexão sobre as propriedades estéticas das esculturas em exibição, com um claro conhecimento de seu papel mutável em diferentes contextos", comenta Sofia Gotti. 

Nascida e radicada em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Maria Lira também desenvolveu um interesse precoce pelo trabalho com argila ao observar sua mãe, Odília Borges Nogueira, fazendo presépios. Desde a década de 1980, a artista tem concentrado sua prática na série ‘Meus bichos do sertão’, pinturas com pigmento mineral de animais imaginários que habitam sua mente inventiva.

Maria Lira realizou sua primeira exposição em 1975 no Sesc Pompeia e, desde então, expôs em diversas instituições nacionais e internacionais, na Bélgica, Holanda, Dinamarca, França e Estados Unidos. No começo de 2024, o Instituto Tomie Ohtake apresentou a primeira individual de caráter institucional dedicada à produção da artista: Roda dos bichos, com curadoria de Paulo Miyada e curadoria assistente de Sabrina Fontenele. Ainda no mesmo ano, a artista esteve presente com obras inéditas no 38º Panorama da Arte Brasileira, curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza e curadoria-adjunta de Ariana Nuala.

 

Além disso, a Gomide&Co em parceria com a Act. Editora lançou sua primeira monografia, Maria Lira, com organização de Rodrigo Moura. 

Ambas as artistas também se destacam pela sua atuação no campo do ativismo. Enquanto Maria Lira é conhecida pela fundação do Museu de Araçuaí, criado com o objetivo de abrigar um acervo de objetos e documentos que registram a religiosidade e os usos, costumes e ofícios que constituem a história da cidade, Julia Isidrez se destaca pela Casa Museo Arte en Barro: Julia Isidrez e Juana Marta Rodas, espaço onde leciona para a comunidade local, além de criar suas peças e preservar exemplares da produção de sua mãe.

A exposição a ser apresentada pela Gomide&Co, portanto, procura abordar o que existe de similar ou distinto entre essas duas figuras como meio de difundir um entendimento mais amplo sobre as atuais dinâmicas que demarcam a arte contemporânea na América Latina.

 

 Sobre as artistas 

Maria Lira Marques (Brasil, 1945) nasceu e vive em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha (MG). É ceramista, pintora e pesquisadora autodidata, além de ativista e divulgadora dos artistas e artesãos do Vale do Jequitinhonha. Na década de 1970, conheceu Frei Chico (1942-2023), missionário holandês radicado no Brasil que se tornou seu grande amigo e parceiro profissional. Com ele, esteve à frente do Coral Trovadores do Vale, cujo repertório era formado pelo cancioneiro da região. Também fundaram o Museu de Araçuaí em 2010, criado com o objetivo de abrigar um acervo de objetos e documentos que registram a religiosidade e os usos, costumes e ofícios que constituem a história de Araçuaí. 

Sua obra é caracterizada pela integração de uma linguagem gráfica decorrente dos pigmentos naturais com a paisagem sertaneja. Desde a década de 1990, dedica-se ao corpo de trabalho conhecido como ‘Meus bichos do sertão’, pinturas de animais imaginários que compõem um vasto bestiário formal. Realizou sua primeira exposição em 1975 no Sesc Pompeia, em São Paulo e, desde então, expôs em diversas instituições nacionais e internacionais na Bélgica, Holanda, Dinamarca, França e Estados Unidos. No começo de 2024, o Instituto Tomie Ohtake apresentou a primeira individual de caráter institucional dedicada à produção da artista, Roda dos bichos, com curadoria de Paulo Miyada e curadoria assistente de Sabrina Fontenele. Ainda no mesmo ano, a artista participou do 38º Panorama da Arte Brasileira, curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Souza e curadoria-adjunta de Ariana Nuala, e teve sua primeira monografia, Maria Lira, organização de Rodrigo Moura, publicada pela Gomide&Co em parceria com a Act. Editora.

 

Julia Isidrez (Paraguai, 1967) aprendeu com sua mãe, Juana Marta Rodas (1925-2013), a trabalhar com o barro, ofício ao qual se dedica profissionalmente. Tanto a mãe quanto a filha honram uma tradição centenária, cujas raízes remontam ao período pré-colombiano do Paraguai, seguindo técnicas de seus antepassados Guarani. Sua cidade natal, Itá, é um centro de produção ceramista de caráter próprio, com sustentação na experiência indígena, mais especificamente Guarani, povo que cultiva a tradição das artes do barro, caracterizada inicialmente pela produção de urnas funerárias e vasos votivos. As obras de Isidrez concentram-se numa padronagem de figuras que vão além dos cântaros e vasilhas, incorporando reproduções de animais característicos de sua região. Suas peças transformam e alteram os aspectos típicos dos animais retratados, trazendo todo um vocabulário visual que desvela a história da artista, muito motivada pela sua mãe, e que tanto influencia os ceramistas de sua região. 

Expondo junto à sua mãe desde cedo, o trabalho de Julia Isidrez foi apresentado em individuais e coletivas na América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. Obras suas estiveram em exibição junto às de sua mãe na 60ª edição da Bienal de Veneza (2024), curadoria de Adriano Pedrosa, e também estarão presentes na 14ª edição da Bienal do Mercosul (2025), curadoria geral de Raphael Fonseca.

 

Serviço 

Julia Isidrez e Maria Lira

Local: Avenida Paulista, 2644 - São Paulo-SP

Abertura: 20 de março de 2025 – 18h

Período expositivo: De 21 de março a 17 de maio de 2025
Horários de visitação: segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, sábado das 11h às 17h
Entrada gratuita

http://gomide.co/
https://www.instagram.com/gomide.co/

 

 

Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp apresenta exposição inédita com acervo do MAM São Paulo

Leda Catunda, MAM, 1998. Coleção MAM São Paulo.
 Foto: Romulo Fialdini


Com curadoria de Cauê Alves e Gabriela Gotoda, a exposição parte de uma proposta de diálogos entre obras de arte moderna e arte contemporânea na coleção do MAM
 


O Museu de Arte Moderna de São Paulo, em parceria com o SESI-SP, apresentará uma exposição inédita com obras do acervo do MAM na Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp, a partir de 26 de março. A mostra MAM São Paulo: encontros entre o moderno e o contemporâneo tem curadoria de Cauê Alves e Gabriela Gotoda e reúne mais de 100 obras da coleção do museu. 

Entre os destaques, estão obras já conhecidas do público, como Paisagem (1948), de Tarsila do Amaral; Peixe na praia (1933), de Di Cavalcanti, e Onça (1930), de Victor Brecheret, ao lado de outros modernistas - Alfredo Volpi, Ismael Nery e Cândido Portinari. Grandes nomes da arte contemporânea também terão trabalhos em exibição, é o caso de artistas como Mira Schendel, Leonilson, Carmela Gross, Tunga, Leda Catunda e Cildo Meireles - este último, com escultura doada recentemente ao acervo do museu. Além disso, a mostra conta com obras de artistas internacionais, como León Ferrari e Raoul Dufy. 

“Para o MAM São Paulo, essa parceria com o SESI-SP tem um significado especial, pois reforça a importância de unir forças com outras instituições culturais. Essas colaborações são uma oportunidade valiosa para ampliar a visibilidade do nosso acervo e levar as obras do museu a públicos diversos, fortalecendo o diálogo com a sociedade e reafirmando nosso compromisso com a democratização da arte”, afirma Elizabeth Machado, presidente do MAM. 

A Gerente Executiva de Cultura do SESI-SP, Débora Viana, destaca a importância para o SESI-SP na realização dessa exposição. “O SESI-SP tem como um de seus compromissos contribuir com a sociedade civil, promovendo educação e cultura. Essa parceria com o MAM é uma das formas de reforçar esse compromisso, com o fomento do cenário cultural e artístico, a formação de novos públicos em artes, a difusão e o acesso à cultura de forma gratuita. É uma oportunidade de realizar na Galeria de Arte do Centro Cultural Fiesp uma exposição que suscitará reflexões e proporcionará para o público visitante acesso a um acervo de suma importância para a história da arte brasileira e internacional”. 

A exposição trará outras obras recém incorporadas pelo museu, a maior parte vinda de uma doação recebida em 2024. “Trata-se de um conjunto muito relevante, com obras contemporâneas e modernistas que complementam o acervo do museu e são fundamentais na exposição atual. Há inclusive trabalhos de artistas do modernismo europeu de que o MAM ainda não tinha nenhuma obra, como Yves Klein e Henry Moore”, explica Cauê Alves, curador-chefe do museu, responsável pela exposição ao lado de Gabriela Gotoda. 

Um dos destaques nas doações recentes é a aquarela Vaso de Anêmona, do francês Raoul Dufy, datada de 1937. Recebida a doação via legado, o museu contratou uma perícia profissional para conduzir um processo técnico-científico de confirmação de autoria. O trabalho foi conduzido pelos peritos Gustavo Raul Perino, da Givoa Art Consulting, e Anauene Dias Soares, da Anauene Art Law. 

A obra foi identificada por uma historiadora francesa contratada pela consultoria, que fez checagens na versão original física do catálogo raisonné de Dufy, já que a versão online não continha a aquarela. O único outro exemplar da obra de Dufy em coleções institucionais no Brasil está no Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC USP). 

A exposição também traz um esforço em parceria com o setor Educativo do MAM para elucidar os conceitos de arte moderna e arte contemporânea. “São conceitos que muitas vezes parecem sinônimos, e que podem ser difíceis de distinguir. Muitas vezes se chega a um museu de arte contemporânea e ele tem obras de arte moderna. Retomamos as questões mais comuns identificadas pela equipe do MAM Educativo e vamos usar a oportunidade de trabalhá-las para dar ao público mais autonomia na compreensão da história da arte”, diz Gabriela Gotoda, co-curadora.

  

Encontros entre o moderno e contemporâneo 

O partido curatorial buscou explorar as diferenças e semelhanças entre a arte moderna e a contemporânea, criando aproximações e diálogos entre essas duas noções e os seus momentos na história da arte brasileira.

A exposição pretende levar o público à reflexão sobre como as sobreposições de assuntos, linguagens ou processos nas obras tipicamente caracterizadas como modernas ou contemporâneas demonstram as semelhanças e diferenças entre elas, tensionando a distância entre os dois termos — moderno e contemporâneo — de modo a questionar definições precisas na história e nos dias atuais. 

A convergência e mistura existentes entre esses dois momentos históricos da produção artística são notórias tanto em seus desdobramentos no tempo quanto na produção crítica a respeito delas, e também estão refletidas no acervo do MAM. No Brasil, em especial, a produção dita contemporânea pode ser considerada um desdobramento de uma das últimas vanguardas modernistas, o construtivismo pós-Guerra, característica que dificulta o estabelecimento de uma divisão ou sequência cronológica entre as duas definições. 

Se o início da arte moderna supostamente se deu com as vanguardas europeias na virada do século 20, a produção dos modernistas brasileiros se estendeu pela maior parte daquele século, muitas vezes simultaneamente ao desenvolvimento de novas linguagens e técnicas exploradas na produção mais contemporânea. 

A narrativa histórica sobre a arte moderna no Brasil por muito tempo ignorou a produção de artistas hoje denominados populares, como José Antonio da Silva, Iracema Arditi e Heitor dos Prazeres. Contemporâneos de grandes nomes do modernismo brasileiro, esses artistas não são amplamente vinculados à arte moderna justamente porque não são acomodados com facilidade nos partidos estéticos e conceituais das vanguardas.

Partindo desse reconhecimento, a exposição busca contribuir com a discussão sobre as narrativas históricas da arte moderna da arte contemporânea, assim como a percepção sobre a passagem do tempo entre elas. 

Certamente há diferenças históricas e teóricas que merecem ampla discussão, mas, afinal, é possível traçar com precisão a fronteira visual e temporal entre a arte moderna e a arte contemporânea? De que modo isso se relaciona com a percepção do tempo histórico, e do tempo vivido? A exposição aponta para essas questões, não para respondê-las definitivamente, mas sim para contribuir com outras formas de abordagem, oferecendo ao público autonomia para se surpreender com as reflexões despertadas pela arte, seja de qual tempo ela for.

  

Lista de artistas 

A exposição reúne obras de Alberto da Veiga Guignard, Aldo Bonadei, Alex Cerveny, Alfredo Volpi, Anna Maria Maiolino, Ana Maria Tavares, André Komatsu, Antonio Henrique Amaral, Antonio Manuel, Antonio Dias, Arthur Luiz Piza, Artur Barrio, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Carlos Fajardo, Carlos Vergara, Carmela Gross, Cildo Meireles, Claudio Tozzi, Eduardo Berliner, Emiliano Di Cavalcanti, Ernesto de Fiori, Evandro Carlos Jardim, Farnese de Andrade, Ferreira Gullar, Flávio de Carvalho, Flávio Shiró, Francisco Rebolo, Franklin Cassaro, Geraldo de Barros, Haruka Kojin, Heitor dos Prazeres, Hélio Oiticica, Henry Moore, Hércules Barsotti, Iberê Camargo, Ione Saldanha, Iracema Arditi, Ismael Nery, John Graz, José Antonio da Silva, José Pancetti, Leda Catunda, León Ferrari, Leonilson, Letícia Parente, Lívio Abramo, Luiz Sacilotto, Marcello Grassmann, Marco Paulo Rolla, Mary Vieira, Mira Schendel, Oswaldo Goeldi, Raoul Dufy, Rodrigo Matheus, Rogério Canella, Rubens Gerchman, Samson Flexor, Sandra Cinto, Sérgio Camargo, Shirley Paes Leme, Siron Franco, Tadeu Jungle, Tarsila do Amaral, Thiago Rocha Pitta, Tunga, Victor Brecheret, Willys de Castro e Yves Klein.

  

Serviço:


MAM São Paulo: encontros entre o moderno e o contemporâneo
Abertura para convidados: 25 de março de 2025, terça-feira, às 19h
Período expositivo: 26 de março a 08 de junho de 2025
Local: Centro Cultural Fiesp | Galeria de Arte
Endereço: Av. Paulista, 1313 - Bela Vista, São Paulo
Horários: de terça a domingo, das 10h às 20h
Entrada gratuita
 

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