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quinta-feira, 6 de março de 2025

GSK promove a 4ª edição da Herpes Zoster Week, campanha global de conscientização sobre a doença

Dados apontam que, aproximadamente, 1 em cada 3 pessoas pode manifestar o herpes zoster em algum momento da vida1


Entre os dias 10 e 15 de março acontece a quarta edição da Herpes Zoster Week. A ação é uma campanha anual promovida pela biofarmacêutica GSK em parceria com a International Federation on Ageing (IFA), que visa aumentar a conscientização da população sobre a doença, seus riscos e gravidade ao redor do mundo e incentivar o público, especialmente pessoas com 50 anos ou mais, a buscar mais informações sobre o tema e consultar um médico. 

O herpes zoster é uma doença causada pelo vírus varicela zoster, o mesmo que provoca a catapora.2 Pesquisas apontam que, aproximadamente, 1 em cada 3 pessoas pode manifestar o herpes zoster em algum momento da vida.1 A doença tem como principal característica a dor provocada pelas lesões cutâneas, que podem surgir em qualquer lugar do corpo, mas são mais frequentes no tórax, na região cervical e na face, seguindo os trajetos dos nervos.1,2,8 

Somente no ano de 2024, 2.609 pessoas com 50 anos ou mais foram hospitalizadas no Serviço Único de Saúde (SUS) devido a complicações causadas pelo vírus varicela zoster no Brasil.6 Mais de 90% dos adultos brasileiros podem estar infectados com esse vírus, que tem a possibilidade de ser reativado com o avanço da idade, causando o herpes zoster.1,3,4 

“Apesar do maior registro de casos de herpes zoster nos últimos anos9, a percepção de risco sobre a doença no Brasil ainda é baixa e há muitas lacunas de conhecimento sobre sua gravidade. Grande parte das pessoas ignora o fato de que a idade é um fator de risco para o herpes zoster, assim como outras questões que enfrentamos no dia a dia, e várias comorbidades comuns nesta fase da vida, como doenças cardiovasculares, diabetes, pneumopatias, doença renal crônica e outras.1,10 É preciso lembrar que se sentir jovem e saudável não é a mesma coisa que ter uma boa imunidade e o herpes zoster pode se manifestar quando menos esperamos e ter um impacto severo na saúde e na qualidade de vida1,11”, afirma o infectologista Jessé Reis Alves (CRM 71991/SP), gerente médico de vacinas da GSK.

 

Mais sobre o herpes zoster 

Também conhecido como “cobreiro”, o herpes zoster é uma doença causada pelo vírus varicela zoster, o mesmo que causa a catapora. Uma vez adquirido, esse vírus pode permanecer adormecido no organismo durante toda a vida do indivíduo e vir a ser reativado em um momento de comprometimento do sistema imunológico.1,2 A doença geralmente se manifesta como uma erupção cutânea unilateral, que segue o trajeto de um nervo provocando muita dor e pode ter complicações sérias e duradouras. Adultos com 50 anos ou mais estão em maior risco de desenvolver esse quadro devido à diminuição da imunidade relacionada à idade.1,2,5 

Dentre as sequelas duradouras que o herpes zoster pode deixar, a mais frequente delas é a neuralgia pós-herpética, que pode afetar até 30% dos pacientes.1,5 A complicação é diagnosticada quando a dor persiste por mais de 90 dias na área onde a erupção cutânea ocorreu e pode durar anos.1,5 Além disso, pessoas que manifestaram a doença apresentam um risco 40% maior de eventos cerebrovasculares, como o AVC, ao longo de períodos que variam de 3 meses a mais de um ano após o quadro do herpes zoster.7
 

Material destinado ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

  


GSK
 

Referências:

  1. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, v. 57, RR-5, p. 1-30, 2008.
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Herpes (Cobreiro). Disponível em: Acesso em: 22 de janeiro de 2024;
  3. CLEMENS, S. Et al. Soroepidemiologia da varicela no Brasil – resultados de um estudo prospectivo transversal. Jornal da Pediatria, v. 75, n. 433-441, 1999;
  4. REIS, ALEXANDA DIAS, CLAUDIO SÉRGIO PANNUTI, and VANDA AKICO UEDA FICK DE SOUZA. "Prevalência de anticorpos para o vírus da varicela-zoster em adultos jovens de diferentes regiões climáticas brasileiras." Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36 (2003): 317-320.
  5. KAWAI, K.; GEBREMESKEL, B. G.; ACOSTA, C. J. Systematic review of incidence and complications of herpes zoster: Towards a global perspective. BMJ Open, v. 4, n. 6, 2014;
  6. BRASIL. Ministério da Saúde. Morbidade hospitalar do SUS - por local de internação - Brasil: Lista Morb CID-10: varicela e herpes zoster. Faixa etária 1: 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e mais. Faixa etária 2: 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, 70 a 74 anos, 75 a 79 anos, 80 anos e mais. Período: 2024. Brasília, DF: DATASUS, 2024. Disponível em: Acesso em: 25.fev.2025.
  7. ERSKINE, N. et al. A systematic review and meta-analysis on herpes zoster and the risk of cardiac and cerebrovascular events. PLoS ONE, v. 12, n. 7, 2017.
  8. YAWN, Barbara P.; GILDEN, Don. The global epidemiology of herpes zoster. Neurology, v. 81, n. 10, p. 928-930, 2013.
  9. BRASIL. Ministério da Saúde. Morbidade hospitalar do SUS - por local de internação - Brasil: Lista Morb CID-10: varicela e herpes zoster. Faixa etária 1: 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e mais. Faixa etária 2: 50 a 54 anos, 55 a 59 anos, 60 a 64 anos, 65 a 69 anos, 70 a 74 anos, 75 a 79 anos, 80 anos e mais. Período: 2020-2024. Brasília, DF: DATASUS, 2024. Disponível em: Acesso em: 25.fev.2025.
  10. MARRA, F. et al. Risk Factors for Herpes Zoster Infection: A Meta-Analysis. Open Forum Infectious Diseases, v. 7, n. 1, 1 jan. 2020.
  11. LUKAS, K. et al. The impact of herpes zoster and post-herpetic neuralgia on quality of life: patient-reported outcomes in six European countries. J Public Health, 20:441-451, 2012.


Rouquidão pós-festas: otorrino ensina como recuperar a voz após o excesso de uso


Depois do Carnaval, muitas pessoas sofrem com a rouquidão e até mesmo com a perda temporária da voz. O excesso de fala, gritos e até consumo de bebidas alcoólicas podem irritar as pregas vocais, resultando em desconforto e dificuldades para se comunicar nos dias seguintes. Segundo o otorrinolaringologista Dr. Bruno Borges de Carvalho Barros, o abuso vocal pode levar a uma inflamação temporária das pregas vocais, conhecida como laringite aguda, que provoca rouquidão, cansaço ao falar e até dor na garganta. Em casos mais graves, o esforço repetitivo pode causar lesões como nódulos ou pólipos, exigindo acompanhamento médico. 

As dicas do médico para recuperar a voz após festas é abusar da hidratação já que o consumo adequado de água mantém a mucosa das pregas vocais lubrificada, facilitando a recuperação da voz. “Ainda vale dar uns dias de descanso à voz já que o silêncio é um dos melhores remédios para recuperar a saúde vocal e evitar o uso de cafeína e álcool pois essas substâncias podem ressecar as pregas vocais e gerar refluxo de ácido do estômago, prolongando a rouquidão”, avisa o médico. 

Dr. Bruno ainda indica fazer inalação com soro fisiológico ajuda a hidratar a garganta e a aliviar a inflamação e não cair em ciladas do uso de pastilhas, uma vez que nem todas ajudam na recuperação da voz. Algumas possuem substâncias que mascaram a irritação, incentivando o abuso vocal. 

Caso a rouquidão persista por mais de 10 dias, o Dr. Bruno Barros alerta que é fundamental buscar um otorrinolaringologista. “Se a voz não melhorar espontaneamente, é preciso investigar se há algum problema subjacente, como refluxo, infecções ou até lesões nas pregas vocais”, reforça o médico.
 

 

FONTE:

Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFESP Professor Medcel Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.


Fitoterapia e Menopausa: como plantas medicinais podem melhorar a qualidade de vida

No Dia Internacional da Mulher, a discussão sobre saúde feminina se torna ainda mais relevante. Um dos temas que merecem atenção é a menopausa, período que afeta milhões de mulheres no Brasil e no mundo. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 29 milhões de brasileiras estão na fase do climatério, que inclui a transição para a menopausa. Ondas de calor, insônia, alterações de humor e perda de massa óssea estão entre os sintomas mais comuns, impactando diretamente a qualidade de vida.

Jeane Nogueira reforça que a menopausa deve ser tratada de maneira holística, combinando fitoterapia com mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e manejo do estresse. "O conhecimento sobre as propriedades terapêuticas das plantas e sua aplicação baseada em evidências permite um cuidado mais completo e individualizado para as mulheres. A fitoterapia pode ser uma excelente aliada na promoção da saúde feminina, sempre com responsabilidade e respaldo científico", explica a especialista.

A fitoterapia surge como uma opção natural e segura para amenizar esses sintomas. O uso de plantas medicinais pode ser uma estratégia eficaz para equilibrar os hormônios e promover bem-estar sem os efeitos colaterais associados a alguns tratamentos hormonais.

Com um crescente interesse por tratamentos naturais e individualizados, a fitoterapia representa um caminho promissor para os desafios da menopausa. No Dia da Mulher, a proposta é ampliar o conhecimento sobre essas opções e empoderar mulheres para escolhas mais saudáveis e alinhadas ao seu bem-estar.

Saiba quais plantas medicinais auxiliam no tratamento de sintomas da menopausa

Farmacêutica especialista em fitoterapia, Jeane Nogueira destaca as plantas mais estudadas e utilizadas:

  • Cimicifuga racemosa (Black Cohosh) – Reduz ondas de calor, melhora o humor e alivia sintomas vasomotores sem afetar os níveis hormonais.
  • Trifolium pratense (Trevo Vermelho) – Rico em isoflavonas, auxilia na regulação dos hormônios e melhora a densidade óssea.
  • Glycine max (Soja) – Fonte natural de fitoestrógenos, benéfica para regular sintomas como suores noturnos e osteoporose.
  • Vitex agnus-castus (Árvore-da-castidade) – Ajuda no equilíbrio hormonal e alivia sintomas emocionais como ansiedade e irritabilidade.
  • Passiflora incarnata (Maracujá) – Atua como ansiolítico natural, promovendo relaxamento e melhorando o sono.
  • Melissa officinalis (Erva-cidreira) – Calmante natural que auxilia na redução do estresse e na qualidade do sono.
  • Valeriana officinalis – Reduz ansiedade, melhora a qualidade do sono e ajuda no controle emocional.
  • Angelica sinensis (Dong Quai) – Usada na Medicina Chinesa para equilíbrio hormonal e melhoria da circulação sanguínea.
  • Salvia officinalis (Sálvia) – Eficaz na redução de ondas de calor e suores noturnos.
  • Linum usitatissimum (Linhaça) – Contém lignanas, que possuem ação semelhante ao estrogênio, auxiliando no equilíbrio hormonal.

 

Proteja-se do calor extremo: InCor dá dicas para reduzir riscos ao coração

Onda de calor pode impactar saúde cardiovascular

 

A capital paulista e outras regiões do Brasil estão enfrentando uma forte onda de calor, com temperaturas que podem ultrapassar os 35°C nos próximos dias. O calor elevado pode trazer vários riscos para a saúde da população. Além do desconforto, a exaustão térmica, desidratação o agravamento de doenças cardiovasculares.
 

Os efeitos do calor no corpo

Reações do corpo às altas temperaturas elevadas pode levar a um aumento do calor corporal, causando sintomas como pele vermelha, quente e seca, dor de cabeça, tontura, náusea, confusão mental e, em casos extremos, perda de consciência. O calor também pode impactar gravemente diversos órgãos, incluindo cérebro, coração, intestinos, fígado, rins, pulmões e pâncreas. Crianças, idosos e portadores de doenças crônicas devem ter atenção redobrada. 

As pessoas com doenças cardiovasculares estão entre as mais vulneráveis. A alta temperatura provoca vasodilatação e queda intensa da pressão arterial, exigindo maior esforço do coração para bombear sangue. Isso pode resultar em complicações graves, como infarto e, em situações críticas, colapso cardíaco. 

O Dr. Sérgio Timerman, diretor do Centro de Parada Cardíaca do InCor, alerta sobre os riscos: "Durante uma onda de calor, todo o corpo é impactado, e o coração precisa trabalhar com mais intensidade para regular a temperatura, o que pode aumentar o risco de complicações graves. Isso é especialmente preocupante para idosos e pessoas com histórico de doenças cardiovasculares. Para reduzir esses riscos, é fundamental manter-se bem hidratado e evitar a exposição prolongada ao calor”. 

Em períodos de altas temperaturas, é essencial adotar medidas para minimizar os impactos do calor. A hidratação deve ser reforçada com água e sucos naturais, e a alimentação deve privilegiar opções leves, como frutas e saladas. 

A prática de atividades físicas deve ser realizada com cautela, evitando horários de maior calor, entre 10h e 16h. Optar por espaços arejados, roupas leves e manter a hidratação constante são cuidados essenciais para evitar o superaquecimento corporal.
 

Para se proteger do calor as dicas são:

Hidrate-se constantemente: mesmo sem sentir sede, beba água regularmente.

Mantenha a casa fresca: abra as janelas à noite e bloqueie a entrada direta do sol durante o dia.

Alimente-se de forma leve: prefira frutas, saladas e alimentos naturais.

Evite exposição ao sol: especialmente nos horários de pico.

Atenção aos sintomas de estresse térmico: sede extrema, tontura e cansaço podem indicar desidratação grave.

 

Previsão de mais calor nos próximos dias 

O Brasil está novamente em alerta para onda de calor, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. As temperaturas devem ficar acima da média em quase todo o país. Em alguns municípios, os termômetros devem registrar mais de 35°C. Há ainda uma associação com baixos índices de umidade relativa do ar, especialmente na região central do Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde, as altas temperaturas podem impactar a saúde de toda a população, em especial os mais vulneráveis como idosos, crianças, pessoas com problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação, diabéticos, gestantes e população em situação de rua. “Em caso de sintomas graves ou mal-estar, procure imediatamente uma unidade de saúde”, explica Dr. Timerman. O calor extremo pode ser perigoso, e a prevenção é a melhor aliada para manter a saúde em segurança.

 

InCor


Desidratação no calor extremo: Riscos e como se proteger

Beber bastante líquido, se manter protegido do sol e estar atento aos sinais do corpo são as principais formas de prevenção


Com as constantes temperaturas elevadas, os riscos à saúde se intensificam, especialmente devido à desidratação e aos impactos do calor excessivo. A exposição prolongada pode provocar tontura, fadiga, dor de cabeça, aumento da frequência cardíaca e até insolação, um quadro grave que exige atendimento médico imediato. Por isso, adotar medidas preventivas e conhecer formas eficazes de proteção são essenciais para enfrentar esse período com mais segurança.

Segundo o enfermeiro e coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, Antonio Ribeiro, este problema pode trazer sérios riscos ao organismo, especialmente nos dias mais quentes. “A desidratação favorece a diminuição dos rendimentos físico e fisiológico, além de trazer a possibilidade de desmaios, convulsões, perda da consciência e sofrimento, também afetando alguns órgãos, como pele e rins”, ressalta. Para prevenir esses efeitos, é fundamental ingerir líquidos regularmente, sem esperar a sensação de sede, que já é um sinal de alerta do corpo.

A alimentação pode auxiliar na hidratação por meio do consumo de frutas ricas em água, como melancia e laranja, além de sucos naturais e água de coco. Além disso, o profissional destaca a necessidade de cuidados redobrados ao sair ao ar livre. “Roupas leves e de cores claras ajudam a manter o corpo mais fresco. E a aplicação de filtro solar é indispensável para proteger a pele, mesmo que a exposição ao sol não seja direta”, afirma. Evitar horários de maior incidência solar, entre 10h e 16h, também é uma recomendação essencial para reduzir os riscos do superaquecimento.

Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas estão entre os grupos mais vulneráveis ao calor intenso e precisam de atenção especial. Caso alguém apresente sinais mais graves, como pele muito seca, confusão mental ou desmaios, é essencial procurar atendimento médico imediatamente. Com cuidados simples e hábitos preventivos, é possível enfrentar as altas temperaturas sem comprometer a saúde.

 

Saúde da mulher: cinco exames essenciais para todas as fases da vida

Apesar de serem mais preocupadas com a saúde, 40% das brasileiras não cumprem a recomendação de atividade física, o que torna os exames preventivos ainda mais importantes. Especialistas listam os testes que não podem faltar no check-up feminino

 

Dados do Programa Nacional de Saúde mostram que 82% das mulheres cuidam mais da saúde, contra 69% dos homens e de acordo com o Fórum Econômico Mundial, elas passam, em média, 25% mais tempo lidando com problemas de saúde do que eles. Ainda assim, muitas enfrentam dificuldades para manter uma rotina saudável. O estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil, feito ano passado, apontou que 40% das brasileiras de todas as faixas etárias e grupos socioeconômicos não atingem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 150 minutos semanais de exercícios físicos intensos ou moderados.  

Uma das razões levantadas pelo estudo para o baixo engajamento em atividades físicas é o pouco tempo de lazer disponível. A consequência disso é o aumento de peso corporal observado em mulheres que trabalham mais do que 40 horas semanais.

“A sobrecarga de trabalho, o estresse e as responsabilidades familiares podem dificultar a adoção de hábitos saudáveis, tornando os exames preventivos ainda mais essenciais para a detecção precoce de doenças e para a promoção da saúde da mulher em todas as fases da vida.” – Dra. Dalva Gomes, endocrinologista do laboratório Sérgio Franco, da Dasa.

Para garantir um cuidado contínuo e eficaz, especialistas recomendam cinco exames fundamentais para a saúde da mulher. Entre eles:

 

1.   Papanicolau e colposcopia

Indicado anualmente para todas as mulheres que já iniciaram a vida sexual, e estão na faixa etária de 25 aos 64 anos. Esses exames detectam lesões com possibilidade de câncer de colo, processos infamatórios e infecciosos, incluindo o HPV (Papiloma Vírus Humano) que causar a doença.  

 

2.   Mamografia e ultrassonografia mamária

Segundo a dra. Letícia Gonçalves, radiologista e especialista em exames de mama na CDPI, clínica de diagnóstico por imagem da Dasa no Rio de Janeiro, o rastreamento do câncer de mama é essencial, especialmente para mulheres acima dos 40 anos ou com histórico familiar da doença. A mamografia deve ser feita anualmente, enquanto a ultrassonografia mamária é recomendada para complementar a avaliação.

“A mamografia é um exame fundamental no rastreio do câncer de mama, mas também é eficaz para visualizar outras alterações que podem ocorrer nessa área, como cistos, abcessos e fibroadenoma. Por isso, todas as mulheres devem incluí-lo em sua rotina de cuidados com a saúde, que deve começar aos 40 anos para quem não tem casos da doença na família e aos 35 ou 30 para aquelas que com esse histórico, principalmente em parentes diretos, como a mãe”, detalha a dra. Letícia. Cada caso deve ser individualizado pelo médico que acompanha a paciente.


           3. Exames hormonais e avaliação da tireoide

As alterações hormonais da tireoide são comuns e podem impactar diretamente a qualidade de vida das mulheres, causando sintomas como fadiga, ganho de peso, oscilações de humor e dificuldades para engravidar.

A Dra. Dalva Gomes, explica que a tireoide, glândula responsável pela produção dos hormônios tireoidianos, pode apresentar disfunções como hipotireoidismo (produção insuficiente de hormônios) ou hipertireoidismo (produção excessiva). O hipotireoidismo tem maior prevalência em mulheres, especialmente após os 40 anos.

“Além do fator feminino e da idade acima de 40 anos, algumas condições aumentam o risco de doenças da tireoide, como histórico familiar, outras doenças autoimunes e o uso de medicamentos à base de iodo. O hipotireoidismo pode ser silencioso. Ele se desenvolve de forma gradual e discreta, o que pode dificultar o reconhecimento dos sintomas no dia a dia. Por isso, a dosagem de TSH e T4 Livre deve fazer parte do check-up feminino, principalmente para mulheres no com os fatores de risco”, destaca a Dra. Dalva Gomes que finaliza ressaltando que outras alterações comuns como resistência à insulina e diabetes mellitus tipo 2 também devem ser avaliadas.

 

           4. Densitometria óssea

Fundamental para a detecção da osteoporose e da osteopenia, a avaliação da saúde óssea deve acontecer em mulheres na menopausa, a partir dos 50 anos mesmo sem menopausa e naquelas que possuem fator de risco, sendo estes: baixa exposição solar, tabagismo, sedentarismo e consumo excessivo de álcool.

Com esse exame simples, é possível saber se os ossos estão na melhor forma ou se existe alguma perda de massa, o que pode aumentar o risco de fraturas. O importante é prevenir, pois existe tratamento eficaz para a perda de densidade.

 

          5. Check-up cardiovascular

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil, superando até mesmo o câncer, segundo dados do Ministério da Saúde. De acordo com a Dra. Fernanda Erthal, cardiologista da CDPI, as mulheres apresentam fatores de risco específicos que aumentam a chance de desenvolver doenças cardíacas, e entre eles estão a menopausa e a queda hormonal e doenças autoimunes, assim como algumas complicações na gravidez e que podem aumentar o risco no futuro. Há também fatores comportamentais, como o uso de anticoncepcionais combinados ao tabagismo que também podem ter impacto.

“O check-up cardiológico é recomendado para mulheres sem fatores de risco a partir dos 40 anos. Aquelas que têm diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade, são tabagistas ou possuem histórico familiar de doenças cardiológicas devem conversar com um especialista para definir a frequência ideal dos exames”, explica a Dra. Fernanda.

Além dos exames laboratoriais básicos, como colesterol e glicemia, a especialista destaca a importância dos exames de imagem na prevenção e diagnóstico das doenças cardiovasculares. Entre eles, temos o ecocardiograma, que avalia a estrutura e a função do coração; a tomografia de coronárias, utilizada para identificar precocemente a aterosclerose coronariana; e o teste ergométrico, que analisa a resposta do coração ao esforço físico.


Região Metropolitana de São Paulo registra 147 ocorrências diárias de roubo e furto de veículos em 2024

Levantamento da Ituran Brasil mostra que furtos representam 80,43% dos casos; mas total de ocorrências cai 16,88% no comparativo com 2023

 

A Região Metropolitana de São Paulo registrou, em média, 147 ocorrências diárias de roubo e furto de veículos em 2024. Desse total, 80,43% foram furtos, um aumento de 5,8% na proporção em relação a 2023, quando os furtos representavam 75,99% dos casos. Os dados são do levantamento da Ituran Brasil, líder em tecnologia e telemetria veicular, com base em informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

 

Apesar do crescimento dos casos de furtos, o número total de ocorrências apresentou uma queda de 16,88%, passando de 64.663 registros em 2023 para 53.742 em 2024. A cidade de São Paulo segue liderando o ranking de ocorrências, com 34.308 registros, o que representa uma redução de 13% em comparação ao ano anterior. Outras cidades com índices elevados incluem Santo André, que contabilizou 3.862 casos, Guarulhos, com 2.998, São Bernardo do Campo, com 1.924 registros, e Osasco, com 1.735.

 

Entre os bairros com maior incidência de furtos e roubos, destacam-se Tatuapé, com 972 casos e uma queda de 4%, Vila Matilde, com 801 registros e redução de 1,9%, e Itaquera, que apresentou uma diminuição de 14%. Já o Ipiranga, com 876 ocorrências, teve uma queda de 18%.

 

"O levantamento nessas áreas aponta que a alta proporção de furtos, que corresponde a 91,54% dos casos, está diretamente ligada à demanda do mercado ilegal de peças automotivas e desmanches clandestinos, que continuam impulsionando esse tipo de crime. O foco dos criminosos são, principalmente, veículos com mais de cinco anos de fabricação, que representam cerca de 75% das ocorrências", explica Fernando Correia, gerente de operações da Ituran Brasil.

 

Entre os modelos mais visados, o Hyundai HB20, que ocupava a quinta posição em 2023, tornou-se o carro mais roubado e furtado em 2024, mesmo com uma redução no número absoluto de ocorrências. Na sequência, aparecem o Volkswagen Gol, o Chevrolet Corsa e o Chevrolet Onix.

 

Veja o ranking dos veículos mais visados:

 

“A maioria dos furtos ocorre entre terças e quintas-feiras, especialmente no período noturno, entre 18h e 0h. Sempre reforçamos a importância da adoção de medidas preventivas por parte dos motoristas, como o uso de rastreadores ou estacionamento seguro para prevenir uma eventual perda”, finaliza Correia.

 

Ituran Brasil


Empresários e pessoas físicas devem estar atentos ao Imposto de Renda 2025

Microempreendedores individuais (MEI) devem ficar atentos para entregar as declarações de pessoa física e jurídica

 

Empresários devem prestar atenção para o prazo de entrega do Imposto de Renda, que tem início previsto para 17 de março e término em 31 de maio. As novas regras e datas oficiais serão anunciadas ainda este mês.

“As pessoas obrigadas a declarar o Imposto de Renda 2025 devem seguir a mesma regra do ano anterior, que isenta quem recebe abaixo de dois salários-mínimos", explica Layla Caldas, analista de Políticas Públicas do Sebrae Nacional.

O microempreendedor individual (MEI) deve estar atento não somente à possivel obrigatoriedade de entrega da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), mas também ao envio de informações do seu negócio. Isso porque o profissional, independentemente do valor recebido no ano anterior, tem o dever de repassar as informações de faturamento da empresa em 2024 por meio da Declaração Anual (DASN-SIMEI).

“É fundamental que o MEI envie a DASN SIMEI, pois o não preenchimento da informação gera multa e problemas com a Receita. No caso do CNPJ, pode chegar até a situação de suspensão e o profissional ficar sem poder emitir notas fiscais”, esclarece Caldas. “A Declaração de Imposto de Renda só será obrigatória se ele ultrapassar o valor mínimo estipulado pela Receita Federal”, completa.


Saiba como fazer

Para entregar a Declaração Anual do MEI referente ao ano de 2024, é simples: após acessar a página gov.br/mei e selecionar a aba “Já sou MEI”, escolha a opção “Declaração Anual de Faturamento” e clique em entregar a declaração. Na sequência, o CNPJ do MEI será solicitado. Depois, o empreendedor deve escolher o ano que deseja declarar e preencher os dados com as receitas obtidas.

Em seguida, ele será apresentado a um resumo dos valores dos impostos pagos naquele ano. Por último, é só clicar em transmitir. Nos casos de não movimentação ou não faturamento, os campos de Receitas Brutas, Vendas e/ou Serviços devem ser preenchidos com o valor de R$ 0,00 – indicando que, de fato, não houve rendimentos.

O limite de faturamento anual do MEI em 2024 foi de R$ 81 mil. Caso tenha ultrapassado esse valor, o empreendedor deverá pagar tributos sobre o excedente. É necessário preencher o valor total da Receita Bruta obtida no ano anterior com a venda de mercadorias ou prestação de serviços e indicar se houve ou não o registro de empregado.

A média de faturamento do MEI é de R$ 6.750 ao mês e deve ser proporcional ao período entre o mês de abertura e o fim do ano. Por exemplo, se você formalizou a sua empresa em maio de 2024, o seu limite de faturamento até o final do ano a ser declarado é de R$ 54 mil. 

Confira o passo a passo em: https://www.youtube.com/watch?v=X39AXf83fXA&t=21s


Quanto menor a renda familiar, mais a mulher assume sozinha a responsabilidade pelas finanças do lar, revela pesquisa da Serasa

 

  • 43% das mulheres das classes D e E são as únicas responsáveis pelas finanças dos lares; número que cai para 18% nas classes A e B.
  • Pesquisa mostra que 93% das mulheres participam financeiramente das despesas familiares no Brasil e em 33% dos lares elas são as únicas responsáveis.
  • Segundo o estudo, 90% das mulheres são obrigadas a equilibrar o desafio profissional sem se descuidar das responsabilidades domésticas.
  • Pelo menos 40% das mulheres priorizam a preocupação com as dívidas no momento de organizar o orçamento familiar.
  • Mulheres fecham 25% a mais de acordos do que os homens no Feirão Serasa Limpa Nome.
  • Adquirir um imóvel e quitar as dívidas são os principais objetivos financeiros das mulheres.
     

Cada vez mais protagonistas da realidade brasileira em todas as circunstâncias, as mulheres assumiram de vez a liderança no controle financeiro das famílias, em especial as de menor renda, como revela pesquisa inédita produzida para marcar o Dia Internacional da força feminina. De acordo com o levantamento, 93% das mulheres contribuem financeiramente para o sustento do lar, sendo que, em 33% das famílias, elas são as únicas responsáveis pela geração de renda. Em 2023, o índice de mulheres que participavam das finanças das casas era de 88%. 

O desafio é maior para as mulheres das classes D e E, que são as únicas responsáveis financeiras em 43% dos lares. Há uma grande diferença social ao comparar com as classes A e B, quando a responsabilidade feminina pelo sustento familiar cai para 18%. O destaque delas se reforça em relação ao planejamento econômico: 64% das entrevistadas pelo Instituto Opinion Box afirmam liderar a organização financeira da família.

 

Dupla jornada

O protagonismo, porém, traz impactos preocupantes, como revelam 90% das entrevistadas: além do trabalho profissional de gerar renda fora de casa, as mulheres não têm a opção de renunciar às responsabilidades domésticas, tendo de equilibrar as duas frentes ao mesmo tempo. Mesmo assim, 85% delas celebram o fato de conquistarem espaços no mundo das finanças, um terreno predominantemente masculino por décadas. 

Chama a atenção, negativamente, o fato de que somente 66% das entrevistadas percebem que o trabalho externo de geração de renda é valorizado dentro da própria casa, um percentual que melhora conforme a renda.


“Felizmente percebemos o crescimento do papel das mulheres na gestão financeira dos lares, tomando esse papel de garantia de um orçamento familiar sob controle”, afirma Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Acostumadas a gerenciar a rotina e até situações de escassez, elas conseguem equilibrar as reais necessidades à renda disponível e se mostram mais preocupadas em evitar o endividamento familiar”, confirma a especialista em educação financeira.
 

Imóvel e dívida quitada

A pesquisa ainda reforça a responsabilidade feminina destacada pela especialista da Serasa. Quando estimuladas a revelar os planos financeiros para o futuro, 36% das mulheres colocam a compra de imóvel e a quitação das dívidas já contraídas como prioridade, um indicador que reflete as negociações registradas no Feirão Serasa Limpa Nome: as mulheres fecharam 25% mais acordos do que os homens, demonstrando maior compromisso com a regularização das finanças.
 

Outros insights da pesquisa

  • A dificuldade de obter crédito (47%) e o endividamento (31%) são os principais desafios enfrentados pelas mulheres.
  • Quanto mais jovens, mais dificuldades as mulheres têm de conseguir crédito: são 62% das mulheres da Geração Z, 48% entre Millennials, 40% entre a Geração X e 16% entre as Baby Boomers.
  • 8 em cada 10 mulheres pediram crédito nos últimos 12 meses: pagar uma despesa inesperada (26%), pagar dívidas de cartão (22%) e limpar o nome (21%) são os principais motivos da solicitação.
  • 85% das mulheres entrevistadas já tiveram algum pedido de crédito negado.
  • As redes sociais são a maior fonte de aprendizado sobre finanças entre as mulheres (33%), seguido pelas informações em site/app de banco (28%) e buscadores na internet (26%).
  • 3 em cada 4 mulheres se sentem representadas e mais confiantes quando escutam mulheres falando sobre economia.


Metodologia

Pesquisa realizada pelo Instituto Opinion Box entre 14 e 24 de fevereiro de 2025, com 1.383 entrevistas realizadas com mulheres de todo o país. Margem de erro: 1,6pp

 

Serasa
www.serasa.com.br
@serasa



Empatia, inovação e resultados: os efeitos da liderança feminina nas empresas

Presidente da ABRH-SP destaca como a presença feminina em posições estratégicas transforma resultados e culturas organizacionais 

 

Nos últimos anos, o avanço das mulheres em cargos de liderança tem sido comemorado com números que mostram crescimento constante - mesmo que a passos curtos. No entanto, mais do que a presença feminina em posições estratégicas, o que realmente importa é entender como essa mudança impacta a gestão, os resultados e a cultura das organizações. Para Eliane Aere, presidente da ABRH-SP, o Dia Internacional da Mulher é o momento ideal para reforçar a discussão sobre o efeito prático e transformador da liderança feminina no mercado de trabalho.

“O aumento da presença feminina no comando traz novas perspectivas para a tomada de decisões, especialmente no que diz respeito à empatia, inclusão e gestão de pessoas. As mulheres costumam ter uma escuta ativa e um olhar mais colaborativo, o que favorece ambientes mais inovadores e sustentáveis a longo prazo”, destaca a presidente.

Segundo Eliane, o impacto da liderança feminina vai além dos números e é percebido no dia a dia das organizações:

  • Mais diálogo e escuta ativa: gestoras priorizam conversas abertas e feedbacks constantes, criando times mais engajados.
  • Gestão orientada ao cuidado e ao coletivo: decisões que consideram o bem-estar dos colaboradores e a sustentabilidade do negócio.
  • Diversidade como estratégia: mulheres no comando tendem a promover mais ações inclusivas e a valorizar talentos plurais.

Apesar dos avanços, o cenário ainda exige atenção. Dados da B3 mostram que, em 2024, apenas 19% dos cargos de alta liderança em empresas listadas na Bolsa são ocupados por mulheres. “Ainda temos um longo caminho para a equidade real, mas, quando olhamos para as empresas que já investem nisso, vemos mudanças concretas tanto nos resultados quanto na cultura organizacional. Por isso, a defesa da presença feminina em cargos estratégicos não é só uma pauta social, mas também econômica e de gestão”, reforça.

Neste Dia Internacional da Mulher, a ABRH-SP reforça seu compromisso com a promoção da diversidade e da equidade nas organizações, estimulando práticas que ampliem a presença e o protagonismo feminino em todos os níveis por meio do movimento Life.




Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional São Paulo (ABRH-SP)
https://abrhsp.org.br/

 

PDAC 2025: Brasil apresenta novos dados para a região do nordeste mineiro com foco na descoberta de novos alvos de líti

Foto: Igo Estrela/SGB
Estudo, realizado em tempo recorde, foi compartilhado durante seção técnica para o mercado internacional

 

Toronto, Canadá - O Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresentou novos dados geoquímicos referentes à Região do Araçuaí, nordeste de Minas Gerais, durante apresentação técnica para investidores e representantes de empresas internacionais de exploração mineral no Prospectors & Developers Association of Canada (PDAC 2025), um dos maiores eventos mundiais do setor, realizado em Toronto, no Canadá. 

O pesquisador e chefe da Divisão de Geologia Econômica do SGB, Guilherme Ferreira, detalhou o levantamento geoquímico que integra o projeto Província Pegmatítica Oriental do Brasil (PPOB). O trabalho tem como objetivo aumentar o conhecimento sobre as características geoquímicas da área mineira, além de evidenciar o potencial da região para o lítio. 

A crescente demanda mundial por lítio, essencial na produção de baterias para veículos elétricos e dispositivos eletrônicos, reforça a relevância do levantamento. “Além de identificar novos alvos para exploração, os dados geoquímicos gerados também indicam a presença de outros elementos químicos considerados estratégicos para a transição energética, tais como tântalo e elementos terras raras”, destacou Ferreira. 

O estudo engloba as áreas nordeste, cobrindo o Distrito Pegmatítico de Araçuaí, importante para exploração de minerais de lítio, especialmente o espodumênio. Recentemente, a intensa atividade prospectiva na região já resultou na descoberta de depósitos econômicos e na operação de uma importante mina de lítio no médio Jequitinhonha desde os anos 90. 

O pesquisador também fez uma retrospectiva da evolução do conhecimento sobre depósitos de lítio em pegmatitos no Brasil, abordando o panorama das principais províncias minerais do país — Borborema, no Nordeste, Solonópole, no Ceará, e Médio Jequitinhonha, em Minas Gerais.

 

 Foto: Luiz Carlos Murauskas/Folha Press

Estudo 

Na pesquisa foram utilizadas amostras de sedimentos de corrente e concentrados de minerais pesados, método consagrado mundialmente em projetos de prospecção mineral e geoquímica ambiental. 

O levantamento geoquímico cobriu 9 folhas cartográficas na escala 1:100.000, correspondentes a 27 mil km², área que abrange 42 municípios do nordeste de MG. Também foram coletadas 5.086 amostras, sendo 2.570 de sedimento de corrente e 2.516 de concentrado de minerais pesados. Há previsão do levantamento de solos que abrangerá a mesma área para os próximos meses, com aproximadamente 1.340 estações de coleta. 

Acesse aqui o hotsite do PDAC 2025.
 



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Como a Economia Circular está redefinindo o Saneamento no Brasil

A transição para uma economia circular é considerada um dos principais eixos para enfrentarmos os desafios ambientais e sociais da atualidade. Esse modelo coloca o setor de saneamento em posição de protagonismo, não apenas pela capacidade de tratar e gerenciar adequadamente os resíduos gerados, mas também por transformar esses resíduos em recursos valiosos para a sociedade. 

A economia circular propõe um modelo em que os resíduos deixam de ser vistos como problemas e passam a ser reaproveitados como insumos para novos processos. No saneamento, isso se reflete em ações como a recuperação de nutrientes do lodo e o reaproveitamento de águas residuais para usos industriais, agrícolas e urbanos. Iniciativas que colaboram para a redução da pressão sobre os recursos naturais, e que geram ganhos econômicos e sociais. 

Um conceito ampliado que abrange soluções como o reuso de água e a implementação de tecnologias de circuito fechado, que permitem a reciclagem contínua dos recursos hídricos. Por meio de sistemas avançados, como membranas e ultrafiltração, é possível tratar e reutilizar águas residuais, minimizando a dependência de fontes externas e otimizando o uso da água. 

Em regiões costeiras ou áreas com pouca disponibilidade de água doce, por exemplo, a dessalinização se destaca como uma solução imprescindível para viabilizar a circularidade no uso da água. Com tecnologias de ponta, como a osmose reversa, é possível converter água do mar em água potável e utilizável para fins diversos. Uma alternativa que garante segurança hídrica para áreas severamente afetadas pela escassez. 

Os benefícios da economia circular no saneamento vão além da preservação ambiental. Ela também fomenta o desenvolvimento da economia local, com a criação de empregos verdes, no estímulo à inovação tecnológica e reduz custos para municípios e empresas. Ao valorizar cada recurso, promovemos e reforçamos a conscientização sobre o uso responsável da água, um bem cada vez mais escasso, e que é fundamental para a vida. 

No entanto, vale a ressalva, para que essa transformação aconteça em rápida e maior escala, é indispensável fortalecer as parcerias público-privadas, investir em tecnologias disruptivas e implementar políticas públicas que incentivem a adoção de práticas sustentáveis no setor de saneamento. 

Embora estejamos apenas no início dessa jornada, as possibilidades são imensas. O Brasil, um país com uma rica biodiversidade e recursos hídricos vastos, está em uma posição privilegiada para liderar essa transição. Com o Marco Legal do Saneamento, já surgem oportunidades de curto, médio e longo prazo para acelerar o desenvolvimento sustentável nesse setor. 

Cada gota tratada, cada resíduo reutilizado, é um passo em direção a esse futuro mais sustentável. 

Por isso, convido empresas, governos e a sociedade como um todo a unir esforços para construirmos um modelo de saneamento que beneficie o meio ambiente, fortaleça a economia e melhore a qualidade de vida da população. Comprometidos com essa visão, continuaremos liderando esse movimento com inovação, responsabilidade e a certeza de que juntos podemos transformar desafios em oportunidades concretas.  



André Ricardo Telles - CEO da Ecosan, empresa de soluções sustentáveis para o tratamento de água e recuperação de efluentes. Pós-Graduado em Inovação na Universidade CUOA na Itália, com MBA pela FGV, Telles já publicou livros no Vale do Silício pela IBM-USA e está à frente de inovações que transformam desafios ambientais em soluções de engenharia eficientes e sustentáveis.


ECOSAN
https://ecosan.com/


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