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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Expectativa de vida em alta: Um convite para redefinir o envelhecimento no Brasil

Em 2023, a expectativa de vida no Brasil atingiu 76,4 anos, superando os níveis pré-pandemia, segundo dados recentes do IBGE. Essa conquista reflete avanços em saúde pública, tecnologia médica e acesso a tratamentos. No entanto, ao celebrar este marco, também precisamos repensar como o envelhecimento é vivenciado no país.

Embora viver mais seja um objetivo histórico da humanidade, é igualmente crucial garantir que esses anos a mais sejam vividos com qualidade. A longevidade não deve ser vista apenas como uma extensão do tempo, mas como uma oportunidade de transformar o papel social dos idosos e promover um envelhecimento ativo, saudável e pleno.


Desafios da Longevidade

Com a maior longevidade, surgem desafios significativos:

  1. Saúde Física e Mental: Doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, tornam-se mais prevalentes com o envelhecimento, demandando uma abordagem mais preventiva e integrada. Além disso, a saúde mental merece destaque, pois a solidão e o isolamento social afetam um número crescente de idosos, prejudicando seu bem-estar.
  2. Inclusão Social: Em uma sociedade que muitas vezes marginaliza os mais velhos, é urgente criar políticas e práticas que reconheçam o valor dessa parcela da população.
  3. Sustentabilidade Econômica: O envelhecimento populacional pressiona sistemas de saúde e previdência. É essencial repensar modelos que incentivem a participação ativa dos idosos na economia e no tecido social.


Oportunidades para um envelhecimento ativo

Com os avanços da medicina e da ciência, viver mais anos saudáveis é possível, mas isso requer esforço coletivo e planejamento. Entre as estratégias necessárias estão:

  • Políticas Públicas Focadas em Envelhecimento: Projetos que integrem saúde, educação e tecnologia para idosos podem criar um ambiente mais inclusivo.
  • Promoção da Convivência Intergeracional: Iniciativas que conectam jovens e idosos promovem aprendizado mútuo e ajudam a combater o isolamento social.
  • Cultura do Envelhecimento Positivo: É necessário romper com estereótipos de velhice como sinônimo de inatividade ou declínio. O envelhecimento é, na verdade, uma fase de potencial renovado para contribuições significativas à sociedade.


Uma nova perspectiva

A expectativa de vida de 76,4 anos nos convida a olhar para o futuro com um senso de responsabilidade. Este marco não deve ser apenas um número, mas um reflexo da nossa capacidade de cuidar melhor das pessoas, promovendo dignidade e oportunidades em todas as idades.

Ao reimaginar o envelhecimento, estamos não apenas honrando a vida que se estende, mas também construindo uma sociedade mais justa, inclusiva e preparada para as demandas e riquezas da longevidade.

 

Dr. Raphael Kaeriyama - médico especializado em Medicina Preventiva e Social pela USP. Cofundador do espaço Nandarê. Médico formado pela Universidade de São Paulo. Residência em Medicina Preventiva e Social no Hospital das clínicas da USP. Fellow na Universidade de Groningen (Holanda) em doenças cardiometabólicas. Possui MBA em Gestão em Saúde pela FGV e MBA em Inteligência artificial na saúde pela FIA

 

Dicas para começar o ano com tranquilidade financeira

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 Especialista indica planejamento seguro e eficiente para aplicar ao longo de 2025 

 

Com a chegada de 2025, muitos brasileiros buscam maneiras de iniciar o ano com tranquilidade financeira, mas como fazer uma organização eficiente e que se mantenha ao longo do ano todo. A especialista em planejamento financeiro da Me Poupe! Marina Farias compartilha orientações valiosas para organizar o orçamento e alcançar estabilidade econômica.

A primeira dica é revisar os gastos realizados no ano anterior para identificar hábitos de consumo e oportunidades de redução de despesas. "Antes de pensar no futuro, é importante entender como você gastou no passado. Saber para onde está indo o dinheiro, conhecer seus hábitos financeiros e ter o valor total das entradas e saídas de dinheiro no dia a dia contribuem com esse controle maior durante todo o ano. Ferramentas como planilhas e aplicativos podem ajudar a mapear esses padrões", orienta.

Definir metas financeiras claras é outro passo essencial. Marina sugere o uso do método SMART, técnica que orienta na criação de objetivos para que possam ser facilmente visualizados e, com isso, mais fáceis de serem alcançados. "O método SMART ajuda a identificar as metas e o que será preciso para atingir cada uma delas. Essa palavrinha em inglês serve para o português também, significa criar metas: eSpecíficas, Mensuráveis, Atingíveis, Relevantes e Temporais, ou seja, com um prazo específico", explica.

A construção de uma reserva, que alguns chamam ‘de emergência’, mas que também pode ser chamada de reserva ‘da tranquilidade’, também é fundamental para lidar com imprevistos financeiros. Marina aconselha poupar o equivalente a, pelo menos, seis meses dos gastos mensais, aplicando esse valor em investimentos de liquidez diária. "Com ela é possível estar preparado para enfrentar situações inesperadas, como períodos de baixo movimento. Dessa forma a pessoa pode ter mais tranquilidade para tomar decisões", afirma.

Um ponto de muita atenção em um planejamento assim é evitar o endividamento, e para isso é essencial controlar o uso do cartão de crédito. Marina sugere pensar sempre no número três. “Estabelecer um limite pessoal que não exceda três vezes a renda mensal, dividir em no máximo três vezes e acompanhar os gastos em tempo real. Proteja-se de você mesmo definindo um limite pessoal. Além disso, se a compra não cabe no seu orçamento dividida em no máximo três vezes então provavelmente é de um valor muito alto e o melhor é planejar direitinho em quantas vezes dividir para garantir que não pese", orienta.

Por fim, Marina enfatiza a importância de continuar estudando sobre finanças para tomar decisões mais informadas e eficazes. "Quem para de adquirir conhecimentos novos fica parado no tempo. A educação é o grande fermento da sua vida financeira", conclui.

  



Marina Farias @ricasprasempre - Especialista em planejamento financeiro da Me Poupe!, graduada em administração e pós graduada em Neurociência e comportamento pela PUC. Marina atuou 10 anos como gerente em bancos multinacionais e assessoria de investimentos, sendo vencedora do Prêmio Nacional de Educação Financeira XP Transforma 2023. Hoje, como especialista em comportamento financeiro, ensina organização das finanças pessoais e ajuda pessoas a conquistarem autonomia financeira.


Boletim das Rodovias


ANO NOVO

                                    3 DE JANEIRO - 17h

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo às 17h desta sexta-feira (3). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - O motorista encontra tráfego congestionado nos dois sentidos da Rodovia dos Imigrantes (SP-160). No sentido capital, do km 70 ao km 55, para o litoral do km 27 ao km 53, igualmente causados pelo excesso de veículos. Na Rodovia Anchieta (SP-150), sentido litoral, o tráfego está lento do km 31 ao km 40. Para a capital, o motorista encontra tráfego lento do km 60 ao km 52, devido ao excesso de veículos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta tráfego lento no sentido capital, do km 62 ao km 61, no sentido oposto o fluxo é normal.  Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348)  a lentidão é do km 15 ao km 13+360, no sentido capital. Para o interior o fluxo é normal. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal, sem congestionamentos. 

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O motorista que utiliza o corredor trafega normalmente no sentido interior. Para a capital, o tráfego está lento do km 20 ao km 16. 


Rodovia dos Tamoios

A Tamoios tem trânsito normal, sem congestionamentos.


Brain Rot: um sintoma da falência social na educação moderna

O termo “brain rot”, eleito pelo Dicionário de Oxford como a palavra do ano de 2024, reflete uma preocupação social que deve ser tratada como um problema de saúde pública. As implicações são vastas: o futuro da aprendizagem, a capacidade de pensar criticamente e a formação de cidadãos inteiros e engajados estão em jogo. 

As escolas, que deveriam ser santuários de aprendizado, frequentemente se transformam em ambientes sobrecarregados de informações superficiais e estímulos incessantes. Essa realidade resulta em uma geração que, mais do que nunca, se sente incapaz de se concentrar em tarefas significativas. A educação deve cultivar uma mentalidade crítica que permita reflexão e interpretação, formando indivíduos integralmente preparados para a vida. 

Se considerarmos o brain rot como um reflexo da fraqueza da estrutura social, a questão se amplifica: estamos dando o exemplo? Se adultos e educadores sucumbem às mesmas distrações digitais, como esperamos que as crianças e jovens desenvolvam resistência? A solução não está apenas nas iniciativas escolares, mas na responsabilidade coletiva em criar um ambiente que valorize a atenção plena e a aprendizagem significativa. 

Iniciativas como projetos de mindfulness ou áreas livres de tecnologia, embora necessárias, não são suficientes sem uma mudança cultural mais ampla. Precisamos repensar o consumo de informação e valorizar o tempo e a atenção. Campanhas efetivas que incentivem o uso responsável da tecnologia e promovam a saúde mental devem ser prioridade em todas as esferas da sociedade.  O desafio é imenso e a responsabilidade é coletiva. 

Formar cidadãos conscientes e proativos não é apenas a função da escola, mas de todos. A reflexão crítica é crucial: estaremos fazendo o suficiente para dar o exemplo? Somente assim poderemos iniciar a transformação necessária e evitar uma geração submissa ao consumismo acelerado e refém da tecnologia.




Celso Hartmann - diretor executivo dos colégios da Rede Positivo

 

Feriado de Ano Novo registra 3,14 milhões de veículos nas rodovias concedidas

 O tráfego foi intenso no sábado (28), com 755.271 veículos em circulação


O feriado de Ano Novo registrou o movimento de 3,14 milhões de veículos nas rodovias concedidas, sendo 1,11 milhão somente rumo à capital paulista e 928 mil ao interior, segundo levantamento do Centro de Controle de Informações (CCI) da ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo.  

No Sistema Castello Branco-Raposo Tavares, operado pela ViaOeste, o fluxo foi de, aproximadamente, 724 mil veículos entre 28 de dezembro até as 15h de 1º de janeiro. Mais de 627 mil veículos circularam pelo Sistema Anhanguera-Bandeirantes no mesmo período.  

No Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), 723 mil veículos desceram a serra em direção às praias da Baixada Santista pelas rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160). No Corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto (SP-070), 411 mil veículos passaram pelas quatro praças de pedágio das rodovias nos dois sentidos. Na Rodovia dos Tamoios (SP-099), que liga ao Litoral Norte, foram mais de 354 mil. 

Cerca de 300 mil veículos trafegaram pelas rodovias Pedro Eroles (SP-088), entre Arujá e Mogi das Cruzes; Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-098), entre Mogi das Cruzes e Bertioga; Doutor Manuel Hipólito Rego (SP-055), entre Bertioga e Santos; e Padre Manuel da Nóbrega (SP-055), entre Praia Grande e Miracatu, que conectam os municípios do Alto Tietê à Baixada Santista e ao Vale do Ribeira.  

Para garantir segurança e tranquilidade aos usuários, o Centro de Controle de Informações da ARTESP, junto aos Centros de Controles Operacionais das concessionárias, monitorou, ininterruptamente, mais de 11 mil quilômetros de rodovias concedidas durante todo o feriado. Além disso, os usuários tiveram à disposição mais de 230 ambulâncias, 300 guinchos e 219 postos e bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).


IR: Profissionais da saúde agora só podem emitir recibo em app da Receita

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Medida é obrigatória para profissionais liberais da área, como médicos, dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas

 

Agora é obrigatório: os profissionais de saúde pessoas físicas deverão emitir recibos apenas por meio do aplicativo Receita Saúde. A ferramenta, que promete reduzir a sonegação e o número de declarações do Imposto de Renda na malha fina, começou a valer em 1º de janeiro.

Utilizado por médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, o aplicativo está disponível desde abril do ano passado, mas o uso era facultativo. Segundo a Receita Federal, mais de 380 mil recibos tinham sido emitidos até o início de dezembro, totalizando mais de R$ 215 milhões em valores de serviços de saúde.

O aplicativo carregará automaticamente os recibos emitidos em 2024 como receita na declaração do profissional de saúde, e como despesas a serem deduzidas na declaração pré-preenchida do Imposto de Renda Pessoa Física em 2025. Os recibos emitidos em 2025 serão automaticamente incorporados à declaração de 2026.

Apenas médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais com registro ativo em seus conselhos profissionais podem emitir recibos por meio do Receita Saúde. O Fisco esclarece que a ferramenta não se aplica aos prestadores de saúde pessoas jurídicas, que informam pela Declaração de Serviços Médicos de Saúde (Dmed).


MENOS MALHA FINA

De acordo com a Receita Federal, a obrigatoriedade do aplicativo deve reduzir significativamente o número de declarações do Imposto de Renda em malha fina.

Em 2024, os problemas relativos a gastos médicos foram responsáveis por 51,6% do total de motivos para a retenção de 1,47 milhão de declarações.

Disponível nas lojas de aplicativos dos sistemas iOS (da Apple) e Android, o Receita Saúde deve ser baixado pelas pessoas físicas que exercem atividades ligadas à saúde registradas nos respectivos conselhos profissionais

O recibo deve ser emitido no momento do pagamento da prestação do serviço. Caso haja mais de um pagamento relativo a uma mesma prestação de serviços, deverá ser emitido um recibo para cada pagamento realizado. Em caso de erro no recibo, o documento digital pode ser cancelado até dez dias após a data da emissão.

A Receita Federal elaborou um manual com as principais perguntas e respostas relativas à utilização do aplicativo. Confira aqui.  


E OS PACIENTES? 

Nesse caso, segundo a Receita Federal, será possível ver o recibo logo após sua emissão, também no app.  O recibo fica armazenado na base de dados da Receita, e serça carregado automaticamente como despesa dedutível na declaração pré-preenchida do IRPF. 

Em geral o recibo deve ser emitido na data do pagamento da prestação de serviços, mas é possível fazer emissão retroativa. Se o pagamento for parcelado, deverá ser emitido um recibo por parcela. Os recibos referentes a 2024 podem ser emitidos até o último dia do prazo para entrega da declaração do IRPF de 2025. Como não será mais preciso guardar os recibos emp papel, a obrigatoriedade de usar o app para a declaração de IR só valerá para as que são feitas em 2026, sobre o ano fiscal de 2025. Mas o uso opcional já vale para a declaração de 2024. 

 


Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/ir-profissionais-da-saude-agora-so-podem-emitir-recibo-em-app-da-receita

Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo


Empreendedores têm até dia 31 de janeiro para aderir ao Simples Nacional

Prazo vale também para os contribuintes que foram excluídos em 2024 e querem reingressar no sistema. Para aqueles que não tiveram pendências com o Fisco, a renovação é automática

 

Contribuintes que desejam aderir ao Simples Nacional têm até o dia 31 de janeiro para fazer o seu pedido de opção. A medida vale também para os empreendedores que foram excluídos e desejam retornar ao regime de tributação, dentre eles os que não regularizaram seus débitos vinculados aos Termos de Exclusão enviados pelo Fisco entre os dias 30/09/2024 e 04/10/2024. Os contribuintes que estão no Simples Nacional e não foram excluídos seguem automaticamente no sistema.

A Receita Federal informa que dos 1.876.334 contribuintes que receberam o citado Termo, aproximadamente 1,5 milhão não regularizaram sua situação e foram excluídos a partir de 1º de janeiro deste ano. Os contribuintes que regularizaram seus débitos no prazo previsto na legislação continuarão no regime do Simples de forma automática.

Para que os empreendedores excluídos possam reingressar no regime são oferecidas diversas opções de regularização, incluindo parcelamento e transação. O contribuinte poderá acessar a "Consulta Optantes" para saber se foi excluído ou não do Simples Nacional. É imprescindível observar que o CNPJ, para ingressar ou reingressar no Simples, está em regularidade com as administrações tributárias da União, Estados, DF e Municípios.

Segundo a Receita, atualmente, o Simples Nacional abrange 23,4 milhões de CNPJs, sendo 16 milhões microempreendedores individuais (MEI). A projeção do órgão é receber um número de pedidos formulados compatível com os anos anteriores, em torno de 1,2 milhão de contribuintes, até o fim do mês.


Autorregulação para o Consignado, após 5 anos, fecha 2024 com 1.382 sanções a correspondentes e queda de 40% nas reclamações de consumidores

   Do total de 80 sanções aplicadas pelos bancos em 2024, cinco resultaram em suspensões definitivas. Pedidos de bloqueios na plataforma Não Me Perturbe ultrapassam 4,9 milhões

 

As medidas de Autorregulação lançadas em 2020 pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e ABBC (Associação Brasileira de Bancos) para aprimorar a oferta do crédito consignado aos consumidores completam 5 anos com 1.382 medidas administrativas a correspondentes. 

No período, foram aplicadas 646 advertências, 736 suspensões temporárias e 53 suspensões definitivas, proibindo os correspondentes de concederem crédito em nome dos bancos participantes da Autorregulação.

 


“As regras de Autorregulação têm por foco combater práticas abusivas contra aquele que precisa tomar um crédito consignado e o esforço contínuo dos bancos em resolver os problemas dos consumidores, com a consequente queda dos índices de reclamação, reflete o empenho dos bancos e o êxito das medidas punitivas. Continuaremos monitorando o trabalho dos correspondentes e agentes de crédito para que o consumidor tenha acesso ao consignado de maneira correta”, afirma Isaac Sidney, presidente da Febraban. 

“Ao comemorarmos os cinco anos de vigência da Autorregulação para o Consignado, destacamos resultados expressivos, como a redução nas reclamações. Este instrumento consolidou-se como um marco essencial no enfrentamento do assédio neste mercado. Os dados apurados reforçam o compromisso contínuo com a identificação de irregularidades e a aplicação de sanções aos responsáveis", avalia Sílvia Scorsato, presidente da ABBC. 

Somente em 2024, 80 medidas administrativas foram aplicadas pelos bancos a correspondentes, entre advertências (46), suspensões temporárias (34) e definitivas (5).  


 Cinquenta e três empresas estão impedidas de atuar em nome dos bancos. São elas:

 


Pela Autorregulação, é considerada falta grave qualquer forma de captação ou tratamento inadequado ou ilícito dos dados pessoais dos consumidores sem sua autorização, e todos os bancos que participam da autorregulação assumem o compromisso de adotar as melhores práticas relativas à proteção e ao tratamento de dados pessoais dos clientes. 

Aqueles que não aplicarem as sanções aos seus correspondentes poderão ser multados pelo Sistema de Autorregulação por conduta omissiva, cujos valores variam de R$ 45 mil até R$ 1 milhão. As multas arrecadadas serão destinadas a projetos de educação financeira.
 

Queda nas reclamações 

Na comparação aos anos anteriores, os resultados de 2024 apontam para queda no volume de medidas administrativas aplicadas pela Autorregulação, reflexo direto da diminuição das reclamações registradas no sistema de monisoramento da qualidade de correspondentes - MCB, que reflete as reclamações de consumidores recebidas nos canais internos das Instituições e na plataforma ConsumidorGovBr, da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), e no Banco Central. 

Em 2024, o total de medidas administrativas (80) foi 61,3% menor do que em 2023, quando foram registradas 207 medidas administrativas. O volume também é 71,5% menor que o de 2022, quando foram aplicadas 281 medidas administrativas a correspondentes. 


O volume de reclamações registradas na plataforma ConsumidorGovBr também caiu no último ano: passou de de 56.832, em 2023 (jan-nov), para 34.040, em 2024 (jan- nov), uma redução de 40%. 

O “ConsumidorGovBr” é um um serviço público criado pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e pelos órgãos de defesa do consumidor, que permite a interlocução direta (acordos) entre consumidores e empresas para a solução de conflitos de consumo pela internet.
 

Monitoramento a agentes de crédito 

Considerando a relevância da atuação dos agentes de crédito (PF), que atuam para os correspondentes bancários (PJ) as medidas de autorregulação foram ampliadas a estes profissionais, que passaram a ter sua atuação avaliada pelos bancos. 

Desde o início do monitoramento, em julho de 2023, 11 agentes atingiram 15 pontos, 31 agentes atingiram 10 pontos e 198 agentes, 5 pontos. 

Até dezembro de 2024, 6 profissionais atingiram a pontuação máxima, de 20 pontos, e estão impedidos de atuar em nome dos bancos por 12 meses. 

Mensalmente as instituições financeiras reúnem os registros de apontamentos, reclamações e ações judiciais motivados pelos agentes de crédito e lhe atribuem um índice de qualidade. Havendo acúmulo de 20 pontos em 12 meses, as instituições financeiras participantes da autorregulação deixam de operar com o agente de crédito por 1 ano. Ao fim do período a pontuação é zerada, mas caso o agente reincida a pontuação, ele deixa de operar definitivamente com os bancos. 

Participam da Autorregulação 77 instituições financeiras que representam cerca de 99% do volume total da carteira de crédito consignado no país. Todos os bancos que participam da autorregulação assumem o compromisso de adotar as melhores práticas relativas à proteção e ao tratamento de dados pessoais dos clientes. 

“A Autorregulação e o diálogo com os reguladores e órgãos de defesa do consumidor têm sido fundamentais para o aprimoramento da oferta do consignado. O produto é uma importante linha de crédito para o consumidor, mas é preciso combater as más práticas e o assédio comercial para que os consumidores possam tomar sua decisão sobre o crédito de maneira ponderada e consciente, evitando o superendividamento”, afirma Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira e Autorregulação da Febraban. 

O acompanhamento e a aferição das ações irregulares são feitos mensalmente por várias fontes de informação. O consumidor também pode verificar se o correspondente bancário é certificado e está apto a oferecer crédito consignado em nome dos bancos. A consulta é realizada por meio do CPF do profissional na base de dados da Central de Registros de Certificados Profissionais.

 

Monitoramento por consultoria independente 

Os correspondentes também são avaliados por uma consultoria idependente sobre o atendimento a leis e regras complementares de governança na oferta de crédito, a exemplo de da LGPD (Lei 13.709/18), Normas de PLDFT, CDC (proteção do consumidor), Determinações infralegais (Senacon, Anatel) e Instruções INSS. 

Também pesam nessa avaliação a Resolução CMN 4.935, que determina os parâmetros a serem observados pelas IFs na contratação e atuação dos Correspondentes. 

Em 2023, 436 medidas administrativas foram aplicadas a correspondentes por irregularidades, entre advertências (293), suspensões temporárias de 10 dias (102) e definitivas (41). Os correspondentes impedidos de atuar estão listados abaixo.

 

 


  

Pedidos de bloqueios ao ‘Não me Perturbe’
 

Entre 2 de janeiro de 2020 e 31 de outubro de 2024, foram feitas na plataforma Não Me Perturbe 4.961.098 solicitações de bloqueios de telefone para o recebimento de ligações de ofertas indesejadas sobre crédito consignado. Por meio da plataforma, os consumidores podem proibir que instituições financeiras e correspondentes bancários façam contato proativamente para oferecer crédito consignado. Já os pedidos feitos a todas as instituições financeiras somaram 4.959.894.


A maioria dos pedidos de bloqueio de telefone partiu de consumidores de cidades da região Sudeste (53,35%), com 2.646.901 pedidos. A região Sul responde por 18,70% do total de pedidos (927.537), seguida pelo Nordeste (14,63%), com 725.807 pedidos. Centro-Oeste e Norte respondem por 9,68% (480.021) e 3,64% dos pedidos (180.832), respectivamente. O estado de São Paulo, com 1.485.456 pedidos de bloqueio, lidera as queixas no país, seguido por Minas Gerais (556.983) e Rio de Janeiro (504.221).

 


Combate ao assédio comercial a consumidores 

Os compromissos voluntários dos bancos são constantemente atualizados e aperfeiçoados para prever novas medidas que buscam o fortalecimento da Autorregulação e a proteção do consumidor. 

Para coibir as ligações telefônicas indesejadas e o assédio comercial, os bancos não remuneram correspondentes que encaminham novas operações em nome de consumidores que estão cadastrados no Não me Perturbe ou que desbloquearam seu número de telefone há menos de 180 dias. 

Mais informações sobre a Autorregulação do Consignado podem ser encontradas no portal da Febraban em Autorregulação.


Bolões da Mega da Virada: uma outra visão

As poucas chances de ganhar o prêmio e o lado social das apostas 

 

A probabilidade de ser o grande vencedor da Mega-Sena, realizando uma aposta simples de seis números por R$ 5, é de 1 em 50.063.860. Essas estatísticas estão disponíveis no próprio site da Loterias CAIXA, mas nem isso afasta a maioria dos apostadores. De acordo com o relatório ‘A sorte em números’, elaborado pela Caixa Econômica Federal, o ano de 2023 atingiu um recorde histórico de arrecadação, alcançando R$ 23,4 bilhões em apostas - o maior resultado de todos os tempos.

Esse dado reforça a percepção de que, de modo geral, ‘a casa sempre sai ganhando’. “Quanto mais pessoas apostam, maior o volume total que entra para o sistema, ao passo que somente uma parcela minúscula - muitas vezes apenas um grupo limitado ou até mesmo uma única pessoa - de fato recebe o prêmio máximo. Todo esse cenário explica porque, do ponto de vista financeiro, as loterias dificilmente são consideradas um bom negócio”, comenta o educador financeiro João Victorino.

João explica que participar de apostas populares, como a Mega-Sena, implica arcar com uma despesa que, na maior parte dos casos, não retorna ao bolso do apostador. Os jogos de azar são organizados para que a maioria dos participantes não recupere o que gastou. Em termos estatísticos, a chance de conquistar o grande prêmio é extremamente baixa. Em alguns casos, se alguém quiser ‘garantir’ vitória, teria que gastar muito mais do que o valor a ser ganho e, ainda assim, correria o risco de dividir o montante com outros ganhadores.

Este ponto evidencia como a loteria não compensa, pois se existir mais de um vencedor na mesma categoria, o prêmio será fracionado. Isso reduz a quantia final e torna o custo-benefício ainda menos atraente. Na prática, se o objetivo é gerar rentabilidade ao longo do tempo, as apostas não se encaixam como uma estratégia viável.



Os benefícios sociais promovidos pelas loterias da Caixa

Embora as loterias sejam criticadas como um mau negócio para o apostador, há um lado positivo no destino de parte da arrecadação. Conforme informações oficiais divulgadas pela Caixa Econômica Federal, uma fração significativa dos valores obtidos com as apostas (48% do total arrecadado) é direcionada a projetos sociais, educacionais e esportivos, ultrapassando o total de R$ 11 bilhões em 2023. Esse repasse inclui incentivo ao esporte, manutenção de programas sociais e investimentos em áreas como saúde e cultura.

Esses benefícios ajudam a contrabalancear, em parte, o caráter especulativo das loterias. Ao mesmo tempo em que a maioria dos apostadores perde dinheiro, há um retorno para a sociedade em geral, graças ao repasse compulsório de verbas para fundos específicos. “Portanto, mesmo não sendo uma boa estratégia de rentabilidade individual, as loterias promovem melhorias coletivas, que acabam beneficiando a população, diferentemente dos sites de apostas esportivas e cassinos online, onde a maior parte do lucro sai do Brasil, mesmo com a nova legislação”, afirma João.



O que muda nos bolões da Mega da Virada?

O especialista destaca que os bolões da Mega da Virada podem oferecer uma percepção ligeiramente diferente sobre a aposta, embora, na essência, ainda sejam loterias. A probabilidade de acerto pode ser maior ao somar vários jogos em grupo, mas, mesmo assim, nada garante lucro. O aspecto que costuma pesar nessa decisão está mais ligado ao fator social: muitas pessoas entram em bolões para não se sentirem excluídas, caso o grupo em que estão envolvidas seja contemplado.

Um exemplo marcante é o caso de um restaurante onde apenas um funcionário não aderiu ao bolão e acabou ficando de fora quando o restante ganhou um prêmio milionário. Esse receio de ‘ser o único a continuar trabalhando’ é o que leva muitas pessoas a participarem, mesmo reconhecendo que as chances de ganhar são minúsculas.


Vale a pena participar dos bolões da Mega da Virada?

“Considerando somente a perspectiva financeira, a resposta permanece negativa. O risco de perda permanece alto, pois a loteria não muda sua natureza só porque houve a formação de um bolão. Ainda assim, existe o fator emocional e social, já que entrar em um bolão é frequentemente encarado como uma forma relativamente barata de não ficar arrependido se o improvável acontecer e todos ao seu redor ganharem”, pontua João.

Na prática, participar de um bolão envolve pagar por uma tranquilidade psicológica de não ser o único a ficar de fora em uma eventual vitória. Apesar disso, se a intenção for realmente ‘investir’, o educador financeiro ressalta que há inúmeras alternativas no mercado financeiro que oferecem tanto segurança quanto potencial de ganhos mais consistentes ao longo do tempo.


Experiência pessoal: a tranquilidade de participar do bolão e fugir do ‘FOMO’

Muitas pessoas enfrentam o ‘FOMO’ (Fear Of Missing Out), que é o medo de perder ou ficar de fora de algo importante. É justamente esse receio que leva muitos a se juntarem a bolões da Mega da Virada, mesmo sabendo que a chance de ganhar é ínfima.

“Eu, João, tenho uma experiência particular: na última empresa em que trabalhei por 15 anos, havia um bolão anual organizado pela esposa do dono de uma lotérica. Em todo esse tempo, nunca chegamos perto do prêmio principal, no máximo, acertamos uma quadra que não cobriu nem as despesas das apostas. Nos últimos dois anos, decidi não participar. Porém, passei as duas semanas que separavam a organização do bolão e o sorteio com uma ‘pulga atrás da orelha’, sentindo muita ansiedade e medo de que eles ganhassem e eu ficasse de fora. Então, se você se conhece bem e sabe que esse receio pode prejudicar seu bem-estar, entrar no bolão pode valer a pena, já que o valor pago é geralmente pequeno em comparação à tranquilidade que você terá”.



O especialista João Victorino indica o que fazer com o prêmio

  • Caso você seja agraciado com um prêmio expressivo, a primeira recomendação é manter discrição. Viver em um país onde a criminalidade é elevada exige cautela. Evite declarar abertamente que ficou milionário e não divulgue essa informação em redes sociais ou em locais onde não tenha controle de quem está ouvindo.
  • Em seguida, é aconselhável ser conservador na aplicação do valor. Uma quantia desse porte possibilita receber rendimentos satisfatórios mesmo em produtos de risco baixíssimo. É preciso ter prudência ao utilizar esses rendimentos, pois exaurir o valor principal fará com que a fortuna encolha ao longo do tempo. A melhor prática é sempre viver com menos do que o montante efetivamente rende, garantindo uma vida financeira saudável no longo prazo.


Conte com profissionais especializados

João reforça que para quem não tem familiaridade em administrar grandes somas, a orientação de profissionais capacitados é indispensável. Planejadores financeiros e consultores de investimentos podem indicar onde alocar o dinheiro de forma segura e alinhada às suas metas de vida, ajudando a evitar armadilhas comuns que podem levar a prejuízos elevados.

“Também é prudente procurar auxílio jurídico para questões tributárias, de doações e de planejamento sucessório. Seguir as recomendações desses especialistas aumenta a probabilidade de preservar e multiplicar o patrimônio de maneira sustentável. Afinal, receber uma quantia tão elevada pode mudar completamente sua rotina, mas exige um nível de responsabilidade que não deve jamais ser subestimado”, finaliza.




João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec e educador financeiro, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

O papel do advogado familiarista na proteção das crianças

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Como o sentimento de saudade pode ser o resultado de uma criança negligenciada 

 

O Dia da Saudade, celebrado em 30 de janeiro, convida à reflexão sobre as relações humanas e o impacto que elas deixam em nossas vidas. Para as crianças, esse impacto é especialmente profundo em situações de divórcio e reestruturação familiar. É nesse contexto que o trabalho do advogado familiarista se torna indispensável, não apenas como mediador de conflitos, mas como um protetor dos direitos e do bem-estar dos menores envolvidos.

Henrique Hollanda, advogado especializado em Direito de Família, ressalta que o processo de divórcio, embora doloroso para os pais, pode ser ainda mais difícil para as crianças. “Elas não estão apenas lidando com a separação dos pais, mas com a reestruturação de toda a dinâmica familiar. Nosso papel é assegurar que essa transição seja conduzida com o máximo de cuidado e respeito às necessidades emocionais e práticas das crianças”, afirma.

A mediação desempenha um papel crucial na definição de guarda, convivência e divisão de responsabilidades. “A guarda compartilhada, por exemplo, é muitas vezes o melhor caminho para garantir que a criança continue a se sentir amada e protegida por ambos os pais, desde que exista maturidade e cooperação entre as partes. Nessas situações, trabalhamos para construir um acordo que priorize o equilíbrio e a estabilidade na vida da criança”, explica Hollanda.

Os desafios, no entanto, vão além da guarda. Disputas financeiras, como pensão alimentícia, podem acirrar os ânimos e comprometer o foco no bem-estar infantil. “A criança nunca deve ser tratada como um instrumento de barganha ou moeda de troca. Ela é a principal afetada por decisões mal pensadas ou pela falta de consenso entre os pais. Por isso, é essencial contar com um advogado que entenda essa sensibilidade e priorize o diálogo”, completa.

Henrique lembra que, em muitos casos, a figura do advogado familiarista também atua como um facilitador emocional. “Colaboramos com outros profissionais, como psicólogos, para criar um ambiente em que a criança se sinta ouvida e acolhida. Essa abordagem integrada é fundamental para minimizar os danos emocionais que o processo pode causar”, diz.

Assim, o advogado familiarista não apenas representa os interesses de seus clientes no tribunal, mas também zela pela reconstrução de vínculos e pela criação de um ambiente seguro e saudável para as crianças. “O divórcio pode ser o fim de uma relação conjugal, mas não deve significar a fragmentação emocional de uma criança. Nosso papel é assegurar que ela seja protagonista de uma história de superação e não de sofrimento”, conclui Hollanda.

No Dia da Saudade, essa reflexão sobre o papel do advogado familiarista reforça a importância de tratar o divórcio como um processo de recomeço, onde o cuidado e o amor pelas crianças devem estar sempre em primeiro lugar.

 


Dr. Henrique Hollanda
Advogado especialista em Direito da Família e Sucessões
Hollanda e Sinhori Advogados Associados
Ajudo pessoas a protegerem seus bens através de planejamento sucessório e inventário.
@henriquehollandaadvogado
+55 41 98468-8650
contato@hollandaesinhori.adv.br
https://www.hollandaesinhori.adv.br/
Rua Ébano Pereira, 11, conjunto 1.802. Curitiba/PR.


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