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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

5 mitos sobre a Geração Z no mercado de trabalho

Especialista explica por que a sociedade faz uma leitura equivocada dos jovens no ambiente profissional 

 

A Geração Z, que contempla os nascidos entre 1995 e 2009, está cada vez mais presente no mercado de trabalho, com um perfil que vem desafiando os modelos tradicionais de gestão de pessoas. Entre as críticas atribuídas à geração, estão comportamentos e preferências que fogem do padrão da maioria das empresas. Mas será que ter maneiras de pensar e objetivos diferentes das gerações anteriores é errado?

Segundo o escritor e palestrante Dado Schneider, especialista em Geração Z e cooperação entre gerações, além de os jovens serem “feitos de outro material” e crescerem com a internet, eles têm o desejo de viver experiências e não de acumular bens. “Por essas e outras acabam tendo uma relação diferente com o trabalho, mas longe de serem maus profissionais”, enfatiza.

Para desmistificar as principais afirmações em torno da Geração Z no trabalho, Dado elencou 5 mitos sobre a vida profissional dos jovens e explicou por que são compartilhados de maneira equivocada. Confira:


1. A Geração Z não tem comprometimento

Embora seja comum ouvir que a Geração Z é pouco disposta a trabalhar e não aceita regras, é uma inverdade dizer que não tem comprometimento. Os jovens, que normalmente contam com o apoio dos pais para se manterem, não veem o trabalho apenas como uma fonte de renda, mas como uma oportunidade de fazer a diferença na sociedade. Além disso, muitos buscam equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o que pode ser confundido com falta de dedicação, mas, na verdade, reflete uma nova maneira de enxergar produtividade e saúde mental.


2. Eles não ficam em uma única empresa

Outro mito é de que os jovens não querem permanecer por muito tempo em uma mesma empresa. Ainda que eles valorizem mais flexibilidade do que estabilidade e procurem experimentar lugares novos, não se pode generalizar. Se encontrarem empresas que ofereçam uma cultura alinhada com os seus valores, que falem de maneira clara e compreendam suas prioridades no ambiente de trabalho, eles podem sim fazer carreira em uma única empresa e ainda contribuir muito com as gerações anteriores.


3. Preferem trabalhar sozinhos

A ideia de que a Geração Z prefere trabalhar isolada também é equivocada. Apesar de serem nativos digitais e dominarem tecnologias, eles valorizam o trabalho colaborativo. A verdade é que as tecnologias acabam otimizando o trabalho em equipe, diminuindo a necessidade da mesma interação da década passada, por exemplo. A questão é que o mundo mudou e isso não é um problema da Geração Z. 


4. Geração Z não está interessada em cargos de liderança

Há quem diga que a Geração Z não se importa com cargos de liderança. No entanto, dados mostram o contrário. De acordo com um levantamento recente do Instituto da Oportunidade Social (IOS), 64% da GenZ têm o desejo de ocupar cargos de liderança. O que acontece é que eles querem ser líderes, mas de empresas saudáveis, comprometidas com diversidade, bem-estar, sustentabilidade, entre outras causas. 


5. Eles não têm paciência para aprender com os mais experientes

Muitos acreditam que a Geração Z não tem paciência para aprender com profissionais mais experientes e preferem fazer tudo do seu jeito, mas será que os mais velhos estão dispostos a ensinar? Aqui está uma grande lacuna nas empresas: promover a cooperação entre as gerações. Somente escutando e se esforçando para aprender a linguagem e a maneira de pensar da outra geração é que teremos um ambiente de trabalho mais colaborativo, produtivo e atrativo para a geração Z.

  

Dado Schneider - Palestrante, Doutor em Comunicação pela PUC/RS, pesquisador e especialista nas Gerações Z e Alpha, em Cooperação Intergeracional e Futuro do Trabalho. Autor dos livros "O Mundo Mudou... bem na Minha Vez!" (2013) e o recém-lançado "Desacomodado: Choque de Gerações, Adaptação a Mudanças e Futuro do Trabalho”, Dado Schneider é conhecido por ser o criador da marca Claro, além de “Evangelizador Digital” do Magazine Luiza em sua reestruturação de 2015. Para mais informações www.instagram.com/dado_schneider


De olho em 2025 e em novos negócios: fundadores de startup dão dicas para empreendedores em estágio inicial


Segundo um levantamento feito pelo Sebrae, somente em 2024, foram criadas no Brasil cerca de 3,3 milhões de novas empresas. Desse universo, aproximadamente 3,2 milhões eram MEI, micro e pequenas empresas (96% do total de abertura de empresas). Em relação às startups, estima-se que o Brasil acumule mais de 12 mil empresas nesse perfil e a expectativa é que esse número continue crescendo nos próximos anos. 

Pensando em estratégias para apoiar aqueles que estão iniciando sua jornada empreendedora e de olho em 2025, os sócios da Mandu, a primeira friendtech brasileira, compartilharam seus aprendizados e dicas para empresas e startups em estágio inicial.

Fundada em 2024 por Rogério Cunha, Thiago Vigliar e Carlos Manga, a Mandu utiliza tecnologia baseada em inteligência artificial generativa e visa proporcionar companhia e apoio emocional, atuando como um amigo que está disponível para melhorar o bem-estar diário de seus usuários. Confira abaixo:

 

1-) Perseverança ajuda a tirar a idea do papel 

Rogério Cunha, um dos sócios da Mandu, destaca a importância de perseverança, paciência e envolvimento ativo no negócio. Ele também vê o medo como um recurso valioso: “Acredito que o medo pode ser um grande aliado, pois quanto maior o medo, maior é a sua causa, e mais força você terá para fazer com que ela seja bem-sucedida. Use seu medo como combustível para sua dedicação e resiliência”, aconselha Cunha.
 

2-) Objetivo claro e Resiliência 

Já para Carlos Manga, executivo que acumula uma vasta experiência no gerenciamento de equipes, sócio e co-fundador da Mandu, três conselhos são essenciais para empreendedores que estão começando ou que buscam iniciar um negócio: “Primeiro, é fundamental ter um objetivo claro no qual você realmente acredite. Isso é a chave para manter uma boa relação com o seu dia a dia. Segundo, é preciso resiliência e garra, pois você será testado muitas vezes e pode sentir vontade de desistir. Por fim, embora a jornada de empreender nunca seja fácil, ela pode ser transformada em algo muito prazeroso”.
 

3-) Apaixone-se pelo problema 

Thiago Vigliar, outro sócio, enfatiza dois métodos cruciais para o início do processo: “Seja genuinamente curioso e apaixone-se pelo problema, não pela solução. Isso permite que você teste e valide se sua solução realmente resolve um problema do mercado ou das pessoas. Caso contrário, esteja pronto para pivotar e explorar outras abordagens”. 

Os cofundadores da Mandu também identificam os principais desafios dessa fase inicial, e enfatizam a falta de recursos e referências acessíveis, a dificuldade de criar um produto que atenda às necessidades do mercado no momento certo e operar em um mercado ainda novo. Superar esses desafios é crucial para o sucesso e o crescimento de novos negócios. 

Para enfrentar essas dificuldades, os empreendedores sugerem algumas estratégias práticas, como adotar uma postura 100% "hands-on". Rogério Cunha explica: “A jornada inicial de um novo negócio exige muita colaboração. Ideias são bem-vindas, mas o essencial é ajudar na execução. Quanto mais você se envolve na prática, maior e mais rápida é a sua percepção do que pode ou não funcionar”. Além disso, Carlos Manga ressalta a importância da simplicidade: “Comece com um produto simples, de fácil manutenção, com objetivos claros e, principalmente, que seja fácil de usar e integre-se naturalmente ao dia a dia das pessoas”. 

O sócio Thiago Vigliar destaca a importância de escolher os canais de comunicação certos e parceiros estratégicos: “Optamos pelo WhatsApp, pois é um canal que nosso público conhece bem e usa frequentemente, o que facilita o início e a manutenção de conversas. Além disso, escolher parceiros estratégicos foi uma decisão que tem funcionado muito bem e que pretendemos manter por muitos anos”. 

Por mais que ainda estejam no início de uma longa jornada dentro do mundo do empreendedorismo, os fundadores da Mandu destacam conselhos que gostariam de ter recebido quando estavam dando os primeiros passos: “Todos os conselhos são bem-vindos e válidos! Não existe um ou mais conselhos específicos, até porque o mesmo conselho não se enquadra para diferentes pessoas, situações e empresas. Acredito que quando estamos cercados de pessoas que genuinamente possuem interesse em contribuir com sua jornada empreendedora, todos os conselhos são válidos e, com certeza, em algum momento da sua trajetória, eles serão utilizados ou pelo menos recordados.”, explica Cunha. 

Relembrando o começo da friendtech, Carlos Manga aconselha: “O início de uma operação/concepção de um novo produto, inclui alguns desafios enormes como: quais ferramentas utilizar, como precificar isso, onde teremos o retorno necessário para manter a operação, como divulgar, onde gastar mais energia e etc. Creio que esses são os pontos mais complexos de qualquer início, mas que são fundamentais para o aprendizado e fazem parte do processo de empreender”. 

Por fim, Thiago reflete sobre estratégias de aprendizado: “Empreender é um aprendizado contínuo e com infinitos desafios. Entendo que mesmo grandes nomes do mercado ainda dedicam boa parte do tempo aprendendo, seja mentorando alguma nova empresa ou alguém e até mesmo realizando algum determinado curso/especialização. Sendo assim o conselho que fica é: Seja um eterno aprendiz. Ter pessoas ao seu lado que queiram genuinamente te ajudar sempre será um grande presente. Busque por essas pessoas, peça conselhos de outros empreendedores, converse com empresas, com clientes, com colaboradores e esteja sempre aberto ao novo e a opiniões contrárias às suas. Quanto mais aberto você estiver, mais facilmente irá lidar com todos os desafios que irá enfrentar ao longo da sua jornada”.


MEIs têm até 31 de janeiro para evitar exclusão do Simples Nacional

Pixabay

Mais de 1,1 milhão de empreendedores podem perder benefícios fiscais em 2025 

 

Os microempreendedores individuais (MEIs), as micro empresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs), têm até 31 de janeiro para regularizar dívidas com a Receita Federal e evitar a exclusão do Simples Nacional, regime que oferece menor carga tributária e burocracia simplificada. O prazo seria encerrado neste ano (em 31 de dezembro), porém, o Governo Federal anunciou mais 30 dias limite. Desde setembro, mais de 1,1 milhão de empreendedores foram notificados sobre débitos. Quem não quitar as pendências será desligado do programa em 2025.

A exclusão implica perda de benefícios fiscais, dificuldades para emitir notas fiscais e manter contratos, além do possível cancelamento de alvarás de funcionamento. Também há impacto previdenciário: benefícios como aposentadoria e auxílio-doença podem ser suspensos, já que dependem de contribuições regulares ao INSS.

Cassius Leal, fundador e CEO da Advys Contabilidade, alerta para a necessidade de acompanhar a situação fiscal pelo Portal do Simples Nacional. “É importante verificar os débitos e emitir as guias DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Além disso, quem não entregou a Declaração Anual (DASN-SIMEI) precisa resolver isso para evitar mais problemas”, afirma Leal. Para quem não puder pagar a dívida de uma vez, há a opção de parcelamento.

Mesmo após o desligamento, o empreendedor ainda pode recorrer. O prazo para contestar a exclusão é de 30 dias, mas o retorno ao Simples só poderá ser solicitado em 2025, após a quitação das pendências.

O número de MEIs cresceu 11,4% em 2022, segundo o IBGE, somando 14,6 milhões de empreendedores no país. Para Leal, o aumento evidencia a importância de um planejamento contábil rigoroso. “Sem organização fiscal, os riscos de inadimplência aumentam. Regularizar os débitos agora é essencial para manter os benefícios e garantir a continuidade dos negócios”, conclui.

 

Depois do ENEM, estudantes chegam à reta final na preparação para vestibulares de alta performance

Agora, o foco está na segunda fase da UNESP, dias 08 e 09, da Fuvest, dias 15 e 16, e da Unifesp, dias 19 e 20 de dezembro. 

 

Com o encerramento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), os estudantes ainda têm um longo caminho a percorrer em suas jornadas acadêmicas. A IntegralMind, reconhecida por sua excelência na preparação para vestibulares, continua a fornecer suporte especializado para aqueles que se preparam para os exames mais desafiadores do país, como Fuvest, Unesp, ITA e outros vestibulares de alto nível. A preparação proposta pela IntegralMind integra tanto elementos técnicos e de conteúdo quanto emocionais, hoje, um quesito relevante na preparação dos estudantes.

A personalização para as provas de alto rendimento foca em cada estudantes e nos seus objetivos. “A IntegralMind entende que cada aluno possui objetivos distintos, seja ingressar em um curso de Medicina, Engenharia ou outro curso de alta demanda. Com uma abordagem personalizada, os estudantes recebem o suporte necessário para alcançar suas metas, por meio de planejamento estratégico e acompanhamento contínuo”, explica Marcel Costa, engenheiro formado pela POLI-USP e pesquisador, que foi por muitos anos professor de escolas e cursinhos de São Paulo. 

Com uma taxa de aprovação de 87,3% nos vestibulares de 2023, a IntegralMind se consolidou como uma das mais inovadoras instituições de ensino no Brasil. O segredo? A Engenharia Educacional, um método criado por Marcel Costa, que desenvolveu essa metodologia exclusiva para integrar a preparação acadêmica ao desenvolvimento emocional, algo que nenhuma outra instituição oferece. 

O diferencial da Engenharia Educacional está no foco nas habilidades emocionais dos alunos. A "Resiliência Emocional" e a "Tenacidade Emocional" são trabalhadas ao longo do processo, e que permite que os estudantes não apenas aprendam os conteúdos, mas também desenvolvam a capacidade de lidar com o estresse, a pressão das provas e a ansiedade. 

Para Costa, o conteúdo é um ingrediente importante e exigido por todas as instituições, como parte importante da formação educacional dos estudantes. “A preparação psicológica, o bem-estar, a saúde mental e a potencialização das habilidades socioemocionais e comportamentais, as chamadas soft skills, são determinantes em muitos exames. O PISA [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - Programme for International Student Assessment - coordenado pela OCDE] já requer habilidades em suas avaliações e, no Brasil, um bom exemplo, são as entrevistas na segunda fase de diversos vestibulares, como o do Albert Einstein”, pontua o CEO da IntegralMind. 

A estratégia da Engenharia Educacional são as aulas individualizadas com acompanhamento terapêutico, acadêmico e emocional, integrados com o conteúdo escolar ou vestibular. Esse suporte tem se mostrado crucial para preparar os alunos para os desafios não só do Enem, mas também de vestibulares como Fuvest e Unesp, por exemplo. 

A abordagem sistêmica, que inclui a coordenação com a família e a escola, garante que o estudante desenvolva tanto o conhecimento quanto a confiança necessária.

Embora o ENEM seja uma das bancas mais populares e reconhecidas nacionalmente, é apenas uma das muitas provas para as quais a IntegralMind prepara seus alunos. 

Provas como a Fuvest, Unesp, ITA, Unifesp (Medicina) e outros vestibulares de destaque exigem um nível de preparação ainda mais rigoroso. São Universidade concorridas, que aplicam provas de alto nível de dificuldade, exigem interdisciplinaridade e avaliam cuidadosamente as redações.

 

Muito além do conteúdo

Para implementar a Engenharia Educacional, Marcel Costa destaca que foi imprescindível formar um corpo docente com professores e psicólogos altamente qualificados, como base essencial para que cada aluno receba o apoio necessário para seu desenvolvimento pleno. 

“Fuvest, Unesp, Unifesp e ITA, por exemplo, são conhecidos por suas questões complexas e exigentes, que testam a capacidade de análise, interpretação e aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Nesse cenário, todo aluno precisa se desenvolver tanto intelectual quanto emocionalmente, de forma completa e preparado de forma abrangente”, explica o CEO da IntegralMind.

 

IntegralMind
https://integralmind.com.br


Seis destinos imperdíveis para colocar na lista de viagens em 2025


O novo ano já está logo aí e nada melhor do que programar o roteiro internacional para hotéis incríveis, na América do Sul, EUA, Europa e Oceania

 

Nada melhor que começar o ano com uma “bucket list” repleta de belas viagens em destinos novos para conhecer. Como há diversas possibilidades, elegemos aqui alguns dos melhores hotéis do mundo, reconhecidos com prêmios internacionais, para já colocar na programação de 2025. 

 

Alta Mare by Andronis - verão dos sonhos na Grécia para renovar as energias

Considerado um dos melhores hotéis de luxo pelo Tripadvisor Travelers’ Choice Awards 2024, o Alta Mare by Andronis (uma das propriedades do grupo familiar Andronis) está localizado em Oia, uma das cidades mais atraentes de Santorini, ao norte da ilha. Entre os atrativos, está a arquitetura tradicional, a vista deslumbrante para o mar Egeu e a super exclusividade – afinal, são apenas 9 suítes, todas com piscina privativa e banheiras de hidromassagem.

Seu spa, o Mare Sanus, apresenta um menu wellness completo e cheio de surpresas. O tratamento Energy, por exemplo, é uma massagem revigorante e poderosa, que mistura aromas e especiarias para limpar o corpo e impulsionar a energia. Já o Rest & Calm é um convite para uma jornada meditativa que transporta para um relaxamento profundo.

Outra vantagem é a localização na Caldeira que facilita programar um giro pela ilha. Uma boa dica é o passeio no barco Andronis Ferretti com duração de quatro horas, com passagens por Imerovigli, Skaros, Fira, Akrotiri e o Indian Rock

 

Casa de Uco Vineyards & Wine Resort - imperdível “asado” em meio aos vinhedos

 


Reconhecido novamente como o melhor resort da Argentina e um dos melhores da América do Sul pelo prestigiado prêmio Readers Choice Awards 2024 da Condé Nast Traveler (USA), o Casa de Uco Vineyards & Wine Resort está localizado no Vale do Uco, em uma propriedade belíssima de 320 hectares, com uma vista de tirar o fôlego para a Cordilheira dos Andes.

Com um menu 100% inspirado no Vale do Uco, a experiência gastronômica é um dos pontos altos e utiliza apenas ingredientes sazonais e orgânicos cultivados por fazendeiros locais. O típico churrasco argentino, o “asado” é imperdível e não apenas pelo sabor, mas por ser servido em meio aos vinhedos. O contato com a natureza e o carinho com o paladar são fatores decisivos para considerar esta viagem em 2025. 

 

Termas Chillan - refúgio com um dos maiores spas da América Latina e a maior pista de esqui da América do Sul

 


Chillán, no Chile, possui um cenário especial, com formações vulcânicas e lindos bosques. O local onde está localizado o hotel Termas Chillan é o refúgio perfeito para quem deseja praticar esportes de verão (outdoor) ou de inverno. Inclusive, possui a maior pista de esqui da América do Sul - Las Tres Marías, com mais de 13 quilômetros de extensão. Além disso, é também uma excelente opção para quem gosta de relaxar. O Alunco Spa & Wellness, o maior spa do Chile e um dos maiores e mais completos da América Latina, localizado no hotel, traz uma variedade enorme de massagens: relaxante com aromaterapia, energizante, com pedras quentes, regenerativa, terapia de reiki, shiatsu, entre tantas outras opções. O spa oferece ainda rituais de renovação corporal, com drenagem linfática, esfoliação facial e corporal. Os banhos de vapor na jacuzzi, as saunas seca e úmida e as piscinas aquecidas de diferentes tamanhos, completam a experiência inesquecível.

 

 

Vila Foz Hotel & Spa - estadia diante do infinito Oceano Atlântico, na cidade do Porto

 


Localizado em Foz, no litoral de Portugal, o Vila Foz Hotel & Spa oferece uma vista privilegiada para o mar e está a apenas 20 minutos da região central. A arquitetura foi toda pensada por Miguel Cardoso e Nini Andrade Silva, que fizeram questão de manter a essência do edifício palaciano do final do século XIX, mas sem perder a oportunidade de dar um toque de contemporaneidade à construção. 

Por lá, os amantes da gastronomia têm opções deliciosas para aproveitar o melhor da culinária portuguesa. O Bar Vila Foz, é voltado para o mar, e as refeições são acompanhadas de champagne e ostras; no Restaurante Flor de Lis é possível degustar uma variedade de menus locais e sazonais, harmonizado com uma seleção dos melhores vinhos portugueses; e claro, o renomado Restaurante Vila Foz - ganhador de uma estrela Michelin - é ideal para quem busca um lugar com uma gastronomia diferenciada de peixes e mariscos, pelas mãos talentosas e criativas do Chef Arnaldo Azevedo, já que os pratos proporcionam uma aventura surpreendente de texturas e sabores. 

 

EAST Miami - uma imersão nos agitos do hotel e arte à vista dos hóspedes


O EAST Miami por si só já traz experiências exclusivas e modernas ali mesmo. Localizado no Brickell City Centre, região tradicionalmente caracterizada por ser o centro financeiro de Miami e um dos maiores dos EUA, o bairro passou a ser um dos mais vibrantes da Flórida nos últimos anos e isso se deve graças à sua atmosfera urbana, com restaurantes, bares, lojas, cafés e clubes noturnos. 

Abraçando o conceito de Alt Luxury, o EAST atrai pessoas em seus bares e restaurantes e a abordagem é contemporânea para os cardápios e bebidas. Há os sabores especiais do Quinto, os coquetéis com inspiração asiática do Tea Room e o vibrante rooftop do Sugar. Sem contar que a arte está sempre presente no lobby do hotel com obras de diversos artistas da atualidade. É o local perfeito para quem quer ver e ser visto e aproveitar o melhor que o lado moderno da cidade tem a oferecer.

 

The Brando - sustentabilidade e turismo responsável na Polinésia Francesa 

 


Ao trabalhar em conjunto com seu parceiro de administração sem fins lucrativos, o Tetiaroa Society, o The Brando liderou o desenvolvimento de inúmeras tecnologias e iniciativas que causaram um importante impacto não apenas ali, mas que servem de inspiração para projetos no mundo todo quando falamos de turismo sustentável. Um deles é o ar-condicionado em alto mar, que traz o primeiro sistema SWAC (Sea Water Air Conditioning) na Polinésia Francesa, no qual retira a água quase 3 mil pés abaixo do nível do mar para resfriar todos os ambientes. Ainda possui mais de 4000 painéis solares ao longo da pista de pouso, responsáveis por 60% do consumo de eletricidade. Os aquecedores solares, inclusive, proporcionam toda a água quente do hotel. 

O resort também encanta pela estrutura pois são 36 espaços privativos e cada um deles é isolado dos demais. São projetos modernos, pensados também para evitar desperdício de recursos e primar pelo isolamento acústico e ventilação nos espaços. Possui também o Teremoana Residence, uma casa de 279m2 aninhada entre a vegetação para hospedar seis adultos com crianças ou famílias grandes com equipe de apoio. Com tantas qualidades é imprescindível incluir o The Brando em seu roteiro de viagem para o próximo ano!


O que é o come-cotas e como ele impacta seus investimentos?

Entenda como a cobrança semestral pode afetar a rentabilidade de seus investimentos e influenciar suas estratégias financeiras 

 

A cobrança semestral impacta diretamente os rendimentos dos fundos de investimento, retirando uma parte dos ganhos antes do resgate. Esse procedimento ocorre nos meses de maio e novembro, com alíquotas de 15% para fundos de longo prazo e 20% para fundos de curto prazo, o que resulta na diminuição do valor aplicado no fundo e, consequentemente, nos rendimentos ao longo do tempo. A diminuição da base de investimento compromete o potencial de crescimento do patrimônio, especialmente para quem investe com foco no longo prazo. 

Segundo Maria Levorin, Diretora de Distribuição e Suitability da Multiplica Crédito & Investimentos, o objetivo da cobrança é proporcionar previsibilidade tributária, evitando um impacto maior no momento do resgate final. No entanto, essa medida reduz o efeito dos juros compostos, que são fundamentais para o crescimento contínuo do investimento. A cada cobrança, o valor disponível para reinvestir diminui, afetando o rendimento acumulado. 

O sistema afeta principalmente fundos de renda fixa e multimercado, tanto abertos quanto fechados, além de fundos estruturados. A extensão das regras para incluir fundos fechados trouxe maior complexidade, já que antes a tributação se aplicava apenas aos fundos abertos. Com isso, o investidor precisa considerar cuidadosamente as implicações tributárias ao escolher seus investimentos, principalmente quando se trata de fundos de maior prazo e rentabilidade. 

Investir em fundos de ações, ETFs, FIAGROs, FIDCs, FIIs e Fundos de debêntures incentivadas, classificados como entidades de investimento, pode ser uma alternativa para evitar a tributação antecipada. Nesses casos, o imposto só incide no momento da venda das cotas, proporcionando mais controle sobre o pagamento de tributos e ajudando a preservar a rentabilidade ao longo do tempo. 

Planos de previdência privada também podem ser vantajosos, já que a tributação ocorre apenas no momento do resgate, permitindo que o investidor aproveite ao máximo o crescimento do seu patrimônio ao longo dos anos. Essa estratégia é especialmente interessante para aqueles que têm como objetivo a aposentadoria e buscam otimizar a rentabilidade sem interrupções tributárias. 

Outra possibilidade são os títulos de crédito privado isentos de Imposto de Renda, como CRAs, CRIs, LCAs, LCIs e Debêntures de Infraestrutura. Esses investimentos oferecem maior flexibilidade, pois não sofrem a cobrança semestral, permitindo que o investidor controle melhor os rendimentos e potencialize a rentabilidade de seus investimentos. A diversificação para esses ativos pode ajudar a maximizar os resultados financeiros e reduzir o impacto das cobranças semestrais, garantindo mais liberdade de escolha ao investidor.

 

 

Pix é o segundo meio de pagamento mais aceito pelo comércio

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Levantamento do Banco Central mostra que o sistema é aceito em 98,7% dos estabelecimentos, atrás apenas do dinheiro (99,1%)

 

O Pix se tornou o meio de pagamento usado com maior frequência no Brasil, segundo a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", publicada nesta quarta-feira, 4/12, pelo Banco Central. A razão dos que disseram que o meio é usado com maior frequência saltou de 16,7% em 2021 para 46,1% este ano, superando o dinheiro (41,7% para 22,0%).

O cartão de débito foi citado por 17,4%, uma redução frente aos 26,4% de 2021. Em contrapartida, as citações do cartão de crédito aumentaram de 9,9% para 11,5%. Débito automático, outras transferências eletrônicas, vale-refeição ou vale-alimentação e outros meios somaram 3%.

A pesquisa entrevistou 2 mil pessoas, sendo mil pessoas da população geral e mil do comércio, entre 28 de maio e 1º de julho deste ano, em todas as capitais do país e em uma amostra das cidades com mais de 100 mil habitantes, exceto pelo Rio Grande do Sul. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro, de 3,1 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, o recebimento de salário em espécie caiu de 26,4% em 2021 para 15,5% em 2024. A proporção dos que recebem o pagamento em conta bancária aumentou quase 20 pontos porcentuais no período, de 53,0% para 72,0%. A razão dos que disseram não ter renda caiu de 18,1% para 12,3%.

O Pix foi considerado o meio de pagamento mais vantajoso em quase todas as categorias: segurança (32,1%), obtenção de descontos (31,9%), facilidade de uso (34,1%), custos (32,9%), controle de gastos (26,6%), aceitação pelos estabelecimentos (34,0%), gastos emergenciais (25,9%) e comodidade (34,0%). Apenas na categoria parcelamento de despesas o cartão de crédito ganhou, com 36,7%.

Segundo a pesquisa, a razão das pessoas que acham que não vão usar dinheiro daqui a cinco anos saltou de 39,6% em 2021 para 53,4% em 2024. Para 31,6%, o dinheiro ainda vai ser usado, mas com menor frequência. Para 8,7%, com a mesma frequência e, para 3,4%, com maior frequência.


COMÉRCIO

Conforme a pesquisa, o Pix se tornou em 2024 o segundo meio de pagamento mais aceito pelo comércio. O sistema é aceito em 98,7% dos estabelecimentos, um salto de quase 10 pontos porcentuais frente aos 89,2% de 2021. O dinheiro ainda é o campeão de aceitação (99,1%).

Nas estatísticas de aceitação, o cartão de débito aparece em terceiro lugar, com 98%, e o cartão de crédito, em quarto, com 97,4%. Vale-refeição ou vale-alimentação têm 13%, seguidos por cheque (7,3%) e outros meios (7,0%).

Os estabelecimentos são pagos com mais frequência via cartão de crédito (41,9%), seguido pelo Pix (25,7%) e cartão de débito (24,0%). O dinheiro, que representava 51,9% da frequência em 2018, caiu para 7,2% este ano.

 

Estadão Conteúdo

https://dcomercio.com.br/publicacao/s/pix-e-o-segundo-meio-de-pagamento-mais-aceito-pelo-comercio


Faculdade no exterior: saiba como ingressar nas principais universidades dos Estados Unidos

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A especialista em internacionalização e CEO da Efígie Educacional, Lara Crivelaro, reúne informações e dicas práticas para quem sonha em cursar o ensino superior fora do país  

 

Segundo dados do OpenDoors, grupo de pesquisa do Institute of International Education (IIE), o número de brasileiros que migraram para os EUA com o objetivo de estudar alcançou, pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19, a marca de 16 mil. Atualmente, o Brasil ocupa a nona posição em relação a países com mais universitários em instituições estadunidenses e lidera entre os países da América Latina.   

De acordo com o QS World University Ranking, quatro das dez melhores faculdades do mundo estão nos Estados Unidos: Massachusetts Institute of Technology (MIT); Harvard University; Stanford University e California Institute of Technology (Caltech). Além das clássicas Ivy League — liga de oito faculdades mais prestigiadas dos EUA —, o país é referência para aqueles que buscam aprofundar em formações menos convencionais como música, artes plásticas e atuação.   

Para Lara Crivelaro, especialista em internacionalização e CEO da Efígie Educacional, a graduação estrangeira é extremamente vantajosa não só pela infraestrutura e diversidade nos currículos oferecidos, mas também pelo enriquecimento do repertório cultural desses estudantes: “A vivência universitária nos Estados Unidos possibilita a construção de uma rede global. Ao entrar em contato com jovens de todo o mundo, os brasileiros têm a chance de formar conexões com colegas e profissionais que podem abrir portas para oportunidades internacionais futuras”.  

O reconhecimento internacional dessas instituições atrai cada vez mais estudantes para o hemisfério norte. Contudo, é preciso estar atento ao calendário de ingresso dessas faculdades. Diferentemente do processo seletivo brasileiro, as universidades estadunidenses apresentam três períodos de admissão, sendo eles: Early Decision, Regular Decision e Rolling Admission. Cada um desses segue um processo específico, com prazos de candidaturas e exigências diferentes.  

 

Como aplicar?  

Para tornar-se apto à aplicação, é preciso, primeiramente, compreender as exigências de ingresso para o padrão estadunidense. Para além de um bom desempenho acadêmico e boas notas nos testes padronizados como SAT (Scholastic Assessment Test) ou o ACT (American College Testing), a maioria das universidades prioriza estudantes que se dedicam a atividades extracurriculares como projetos sociais, participação em clubes escolares, competições, esportes ou trabalhos voluntários. Também é essencial que esses candidatos dominem a escrita de redações (ou essays, como são popularmente conhecidas) personalizadas e autênticas, defendendo seus diferenciais.   

Antes da chegada os prazos, Crivelaro recomenda que os candidatos tenham as documentações exigidas devidamente separadas e organizadas com pelo menos um ano de antecedência. Esses documentos incluem históricos escolares traduzidos e autenticados, certificados de proficiência em inglês (como TOEFL ou IELTS), resultados de testes como SAT ou ACT (quando exigidos), e cartas de recomendação de professores ou orientadores que conheçam bem o perfil do estudante. Além disso, algumas instituições podem exigir documentos financeiros, principalmente para a emissão do visto de estudante. 

 

Bolsas de estudo  

Para quem deseja se candidatar às bolsas de estudo, é importante pesquisar caso a caso. As universidades dos Estados Unidos geralmente oferecem dois tipos principais: need-based e merit-based. Além disso, os estudantes brasileiros podem explorar oportunidades externas às universidades, como programas governamentais e fundações que oferecem apoio financeiro.  

As bolsas need-based são destinadas a estudantes que demonstram necessidade financeira. Nesse caso, devem apresentar documentação, como o CSS Profile ou formulários específicos de cada universidade, detalhando a situação econômica. Já as bolsas merit-based são concedidas com base no mérito acadêmico, esportivo, artístico ou em outras áreas de destaque do candidato”, explica a CEO da Efígie. 

 

Efígie Educacional
https://efigie.com.br/

 

Justiça derruba regulamentação de prescrição farmacêutica após 10 anos

Uma recente decisão judicial proferida pela 17ª Vara da Justiça Federal de Brasília derrubou uma resolução de mais de 10 anos e agora pode impedir que farmacêuticos continuem a prescrever medicamentos. A ação civil pública, proposta pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), contra o Conselho Federal de Farmácia (CFF), teve decisão favorável aos médicos, reacendendo debates sobre os limites de atuação de profissionais da saúde no Brasil. Sob a perspectiva regulatória, é imprescindível analisar os fundamentos jurídicos e práticos dessa determinação, especialmente ao considerar a regulamentação da prescrição farmacêutica vigente desde 2013. 

A Resolução nº 586/2013, do CFF, conferiu aos farmacêuticos a prerrogativa de prescrever medicamentos, dentro de parâmetros bem delimitados. Essa prática está alinhada com a promoção da atenção primária à saúde, onde o farmacêutico desempenha um papel central na orientação do uso racional de medicamentos, especialmente os isentos de prescrição médica (MIPs), além de suplementos, cosméticos, fitoterápicos e outros produtos de menor potencial de risco. 

Como fundamento da decisão da Justiça do Distrito Federal, o juiz Alaor Picacin destacou que a Lei nº 12.842/2013, conhecida como Lei do Ato Médico, estabelece que o diagnóstico é ato privativo do médico, o que tem sido interpretado por alguns como um impeditivo para a prescrição farmacêutica. Esse entendimento, no entanto, merece críticas. O farmacêutico não realiza diagnóstico médico, mas utiliza seu conhecimento técnico para identificar condições autolimitadas ou orientar o paciente já diagnosticado no manejo de doenças crônicas, apoiando-o em seus cuidados permanentes em saúde, o que pode contribuir para a redução de riscos à saúde pública. 

A recente decisão suscita a seguinte questão: afinal, entre o diagnóstico, a prescrição e o manejo de tratamentos, as profissões devem atuar com exclusividade ou complementaridade? 

A argumentação de que a prescrição seria exclusividade médica por derivar naturalmente do diagnóstico ignora a natureza da atenção farmacêutica. O papel do farmacêutico não é diagnosticar doenças complexas, mas atuar em condições que não demandam avaliação médica aprofundada. Por exemplo, a prescrição de analgésicos para dores leves ou antitérmicos para febres moderadas não configura um ato médico, mas uma intervenção preventiva. 

Além disso, os farmacêuticos têm expertise reconhecida em produtos que não são medicamentos tradicionais, como suplementos alimentares e cosméticos. Estes, quando utilizados de forma inadequada, podem também causar efeitos adversos. Restringir essa prática pode levar à automedicação desinformada, aumentando riscos à saúde da população. Até mesmo porque esses mesmos MIP’s podem ser adquiridos diretamente pelos pacientes, sem qualquer orientação médica ou farmacêutica, de modo que a possibilidade de ser orientado por um profissional de saúde aumenta a segurança para a população. 

O Conselho Federal de Farmácia já anunciou que recorrerá dessa decisão, sustentando que ela representa um retrocesso na ampliação do acesso à saúde no Brasil. 

Conforme argumenta o atual Presidente do Conselho. Dr. Walter da Silva Jorge João, “A Justiça já julgou favoravelmente ao CFF em outras 43 ações também movidas por entidades médicas contra essa mesma resolução. Há espaço para todas as profissões da Saúde atuarem em defesa do bem-estar e da qualidade”, completa. 

Compõe esse cenário um dado curioso: na época em que a ação civil pública foi iniciada, em 2013, o Conselho Federal de Medicina não obteve liminar ou antecipação da tutela. Como estratégia predatória, ingressou com o mesmo processo em todos os estados da Federação, através dos conselhos regionais, o que originou uma multiplicidade de ações idênticas, e quase todas favoráveis aos farmacêuticos, confirmavam que não houve qualquer invasão de competência na edição da CFF 586.

 

Vale destacar que muitos farmacêuticos atuam hoje em atividade clínica, possuem consultórios, podem solicitar exames, realizam anamneses, e acompanham pacientes com tremendo sucesso clínico. Com muito esforço, a categoria obteve um CNAE específico para consultório farmacêutico. Tudo isso para, depois de 10 anos, vira a perder o direito numa sentença judicial bastante controversa. 

O Judiciário pode, nesse contexto, avaliar os limites e a interseção entre os atos de diagnóstico e prescrição, garantindo que cada profissão mantenha sua autonomia e contribua de forma integrada ao sistema de saúde. A questão não demanda exclusões, mas complementos, união de conhecimento e de esforços. A decisão conflita com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), que preconiza a integralidade e a descentralização do cuidado. O farmacêutico, ao atuar na atenção primária, não substitui o médico, mas complementa a rede de saúde, ampliando o acesso e promovendo um cuidado mais eficiente e seguro. 

O debate sobre a prescrição farmacêutica vai além da interpretação literal da Lei do Ato Médico. Ele demanda uma visão sistêmica, que valorize a atuação de todos os profissionais da saúde em suas competências específicas. A decisão judicial que restringe a prescrição farmacêutica ignora avanços regulatórios e coloca em risco a promoção da saúde pública, reforçando a necessidade de defesa de uma abordagem integrada e interdisciplinar no cuidado ao paciente. 

O futuro desse tema dependerá da habilidade do sistema jurídico de harmonizar as competências profissionais com os princípios do SUS, garantindo que a população continue a ter acesso a cuidados de saúde abrangentes e qualificados. Não existe conflito de interesses. Há, sim, um objetivo em comum, qual seja a saúde de cada cidadão brasileiro.

 

Claudia de Lucca Mano - advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann



Brasil tem 208 pedidos por dia de proteção à criança e ao adolescente

TV Brasil
Ao todo, Justiça brasileira recebeu 63 mil novas ações judiciais de janeiro a outubro sobre o assunto; tendência é de alta e São Paulo lidera o volume 

 

O Brasil registrou 63.443 novas ações judiciais relacionadas à aplicação de medidas de proteção à criança e ao adolescente entre janeiro e outubro de 2024. Esse número representa uma média de 208 processos por dia. É o que aponta levantamento inédito com base no BI (Business Intelligence) do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por meio da consolidação dos dados e da verificação dos assuntos presentes nas tabelas de gestão processual do órgão. Em todo o ano de 2023, a média registrada foi de 192 casos diários e a tendência é de alta.

Os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais estão entre os principais responsáveis por esse aumento. Em São Paulo, foram contabilizados 13.734 processos no período, com uma média de 45 novas ações por dia. Já no Rio Grande do Sul, foram 7.597 ações, uma média de 25 processos diários. Em terceiro lugar, Minas Gerais aparece em terceiro lugar, com 4.656 casos e uma média de 15 ações por dia.

As medidas de proteção previstas no artigo 101 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), como o encaminhamento da criança para a família substituta ou acolhimento institucional, continuam sendo essenciais para garantir a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes em situação de risco.

Luiz Vasconcelos Jr, especialista em Direito da Família do VLV Advogados, explica que "quando a gente fala em matéria de medidas de proteção para criança ou adolescente, analisando o artigo 101 do Estatuto da Criança ou Adolescente, a gente vai ter uma série de atitudes que podem ser tomadas pelo poder público para poder auxiliar uma criança ou adolescente que se encontre em situação de vulnerabilidade".

Valter Campanato
Essas atitudes incluem desde o encaminhamento dos pais ou responsáveis, passando por orientações e apoio para a família, até programas de apoio e promoção da família, e até mesmo o acolhimento institucional ou a colocação em uma família substituta, quando necessário.

"Podemos citar também o encaminhamento do pai ou do responsável em uma legião de termos de responsabilidade, além de orientação e apoio para a família, matrícula e frequência em estabelecimento de ensino fundamental, envio para programas de apoio e promoção da família, requisição de tratamento médico ou psicológico, inclusão em programas sociais, ou até mesmo em um acolhimento institucional, um acolhimento familiar e, em medidas mais graves, até mesmo a colocação em família substituta", ressalta o especialista.

Já de acordo com a Mayra Sampaio, advogada de família do Mayra Sampaio Advocacia e Consultoria Jurídica, as medidas são aplicáveis nos casos em que os direitos da criança ou adolescente forem ameaçados ou violados devido à ação ou omissão da sociedade, do Estado ou dos pais ou responsáveis. Ela explica que a escolha das medidas se baseia na necessidade pedagógica e deve ser sempre voltada para o melhor interesse da criança. “E a reintegração familiar, que por exemplo, só ocorre quando os familiares conseguem reverter as circunstâncias que levaram à aplicação das medidas de proteção”, acrescenta.

A advogada também destaca os desafios na implementação eficaz dessas medidas. "Há uma precariedade no investimento de políticas públicas para evitar que a criança ou o adolescente tenham sua dignidade, saúde e segurança atingidas. Não fosse só isso, até mesmo o judiciário falha na implementação dessas medidas. Muitas vezes, a criança não deve ficar com os pais, há todo um histórico de abuso, mas ainda assim, há muita resistência na destituição do poder familiar", explica.


Caminho pela frente

Os especialistas apontam que o ECA traz garantias à criança e ao adolescente, mas ainda há o desafio de que elas realmente sejam efetivadas na maior parte dos casos. O principal desafio no Brasil é a falta de aparato estatal em meio à realidade das regiões mais periféricas e as dificuldades em alcançar as crianças que mais precisam. “Então, imagina que no Brasil já tem catalogado ali cerca de 100 mil crianças que vivem em situação de rua, que é uma situação de vulnerabilidade extrema”, aponta o advogado Luiz Vasconcelos Jr. “Só que além disso, a gente tem uma linha de pobreza muito grande. Então, em regiões mais periféricas, de grandes centros, ou mesmo em cidades pequenas, a gente vai ter muitas crianças que não vão ter acesso ao básico”, afirma.

Outro ponto ainda é que o Estado enfrenta desafios não só em termos de recursos, mas também em termos de visibilidade da situação de vulnerabilidade das crianças. "E muitas vezes o vizinho não denuncia, o tio não denuncia, as pessoas sabem da situação, mas preferem não se envolver. Em alguns casos, se tornam bastante graves. Mas a partir do momento que é cientificado, que se verifica a existência dessa situação, então a gente vai ter ali um conselho tutelar, por exemplo, que pode ser acionado”, finaliza.

 

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