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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Histerectomia e endometriose: Ginecologista esclarece mitos, verdades e a relação entre as duas

Procedimento é a cura para endometriose? O Dr. Patrick Bellelis tira as principais dúvidas sobre a cirurgia de remoção do útero

 

Apesar de ser uma intervenção comum — são cerca de 300 mil cirurgias do tipo anualmente no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) —, a histerectomia ainda é um procedimento cercado de dúvidas, especialmente sobre seu efeito no tratamento da endometriose. 

A operação envolve a remoção total ou parcial do útero, visando tratar diversas condições ginecológicas, incluindo cânceres, fibromas uterinos, endometriose grave e outras patologias. 

Para esclarecer as incertezas sobre o procedimento e como ele pode ajudar no controle da endometriose, o Dr. Patrick Bellelis, médico ginecologista colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, aborda os principais mitos e verdades relacionados ao tema. Confira, a seguir:

 

A histerectomia é a solução para a endometriose — Mito!

Este é um dos erros mais comuns em torno da histerectomia. Segundo o Dr. Patrick, a ideia de que este procedimento cirúrgico seja a única alternativa para endometriose, ou até mesmo a cura para a doença, é equivocada. A endometriose, por definição, se situa fora do útero; então, a cirurgia isolada, sem remoção dos demais focos e lesões, geralmente não é eficaz no tratamento da dor pélvica causada pela condição. 

“Existem diversos outros tratamentos, como terapias hormonais, medicamentos e intervenções minimamente invasivas que podem ser eficazes dependendo do quadro clínico da paciente,” comenta o especialista. 

A histerectomia é considerada apenas em casos específicos e após avaliação cuidadosa das necessidades de cada mulher por seu médico especialista. “Existem, porém, sintomas e outras condições decorrentes do quadro de endometriose que podem se desenvolver, culminando na necessidade da intervenção cirúrgica de retirada do útero. Mas a histerectomia por si só não é cura para endometriose”, complementa.


A recuperação da histerectomia leva tempo — Verdade!

A recuperação da cirurgia não costuma ser rápida, e sua duração varia de pessoa para pessoa, exigindo muita atenção e cuidado. O processo deve ser acompanhado de perto por um profissional para garantir que evolua de forma segura e para ajudar a paciente a lidar com todas as mudanças físicas e emocionais que podem ocorrer no pós-operatório. 

“Existem casos de recuperação rápida, mas geralmente ela costuma ser mais demorada do que se imagina. É preciso respeitar os limites do corpo, seguir as orientações médicas, evitar atividades físicas intensas e dar tempo para a cicatrização ocorrer adequadamente. O retorno às atividades normais pode levar de semanas a meses, dependendo de fatores como a extensão da cirurgia, o estado de saúde geral da paciente e os cuidados pós-operatórios”, explica.

 

Após a retirada do útero, é obrigatório fazer reposição hormonal — Mito!

Muitas mulheres acreditam que a histerectomia implica automaticamente na reposição hormonal. No entanto, de acordo com o ginecologista, essa ideia é falsa em princípio, mas deve-se observar cada caso individualmente. 

“A necessidade de reposição hormonal após a retirada do útero depende da idade da paciente, do motivo da cirurgia e, principalmente, se os ovários foram preservados ou não”, explica. “Quando os ovários são mantidos, a produção de hormônios continua normalmente, e a reposição hormonal pode não ser necessária.” 

Por fim, é importante enfatizar sempre que cada caso é único, e que um diagnóstico preciso e acompanhamento adequado são essenciais para a escolha do melhor tratamento. “A mulher deve buscar a orientação de um especialista que possa avaliar sua situação clínica e discutir as alternativas terapêuticas. Não se deve partir da ideia de que a histerectomia é a única solução ou a cura para condições ginecológicas como a endometriose. Deve-se sempre avaliar junto ao médico a existência de tratamentos menos invasivos sempre que possível, visando o bem-estar e a qualidade de vida”, reforça o médico.

 



Clínica Bellelis – Ginecologia


Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.


Verdades Audíveis: desmistificando mitos comuns sobre aparelhos auditivos

Philips Aparelhos Auditivos esclarece dúvidas e combate preconceitos sobre o uso de aparelhos auditivos

 

Com o avanço da tecnologia e uma maior consciência sobre saúde auditiva, os aparelhos auditivos tornaram-se aliados essenciais para quem deseja manter uma audição saudável e participar plenamente de suas atividades cotidianas. Entretanto, apesar de sua importância, muitos mitos e desinformações ainda cercam o uso desses dispositivos, criando preconceitos e barreiras ao acesso aos cuidados auditivos. 

Pensando nisso, a Philips Aparelhos Auditivos vem se dedicando a esclarecer os principais mitos que envolvem o uso de aparelhos auditivos, destacando como esses dispositivos modernos oferecem conforto, discrição e benefícios comprovados à saúde auditiva. 

Entre as ideias equivocadas que a Philips Aparelhos Auditivos busca esclarecer, estão os seguintes mitos:
 

1) Aparelhos auditivos são incômodos e chamativos: Ao contrário da percepção de que os aparelhos auditivos são grandes e desconfortáveis, a tecnologia atual possibilita dispositivos discretos e confortáveis, adaptados à rotina de cada usuário.
 

2) Somente pessoas com idade avançada precisam de aparelhos auditivos: Embora a perda auditiva seja mais comum em pessoas acima de 60 anos, cada vez mais jovens precisam da reabilitação auditiva devido a fatores como exposição prolongada a sons altos principalmente por meio dos fones de ouvido.
 

3) Usar aparelhos auditivos acelera a perda auditiva: Esse é um mito sem qualquer base científica. Pelo contrário, o uso de aparelhos auditivos auxilia no gerenciamento da capacidade auditiva ao estimular a área no cérebro responsável pela interpretação dos sons.
 

Aparelhos auditivos Philips: tecnologia de ponta e inovação em favor da saúde auditiva

A Philips Aparelhos Auditivos utiliza a inteligência artificial nos seus aparelhos auditivos, que não apenas amplificam os sons, mas oferecem uma experiência auditiva mais natural e personalizada. Com funcionalidades avançadas de cancelamento de ruído e conectividade com outros dispositivos, os aparelhos auditivos Philips se adaptam ao ambiente e ao estilo de vida do usuário, oferecendo uma experiência auditiva completa e simplificada. 

“A saúde auditiva é fundamental para a qualidade de vida e o bem-estar. Esclarecer os mitos sobre os aparelhos auditivos é uma forma de mostrar como esses dispositivos podem ser ferramentas de transformação, contribuindo para a inclusão e proporcionando autonomia e confiança aos usuários”, destaca Marcella Vidal, gerente de audiologia e produtos Demant Brasil. 

 

Philips Aparelhos Auditivos

 

Metade dos diabéticos pode perder a visão, caso não trate a doença corretamente

De acordo com o oftalmologista do Hospital CEMA, o controle adequado da enfermidade é um dos principais meios de evitar a cegueira

 

Atualmente, estima-se que cerca de 10% dos brasileiros tenham diabetes, de acordo com a pesquisa Vigitel Brasil 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico). Entre as possíveis complicações da diabetes estão as alterações oculares. “Glaucoma, catarata, retinopatia diabética, edema macular diabético (EMD) e cegueira são as principais doenças oculares desencadeadas pela diabetes”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Omar Assae.

Segundo o médico, estudos indicam que cerca de 50% dos pacientes com diabetes que não recebem tratamento podem evoluir para a cegueira, em até 5 anos. Isso por que a doença - que faz o organismo ter dificuldades na produção de insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) – provoca danos aos vasos sanguíneos da retina.

Entre os sintomas de que há um dano na visão causado pela diabetes estão o embaçamento visual, dor nos olhos, visão dupla e presença de manchas escuras ou pontos cegos na visão. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 40% dos diabéticos podem apresentar alterações oculares por causa da enfermidade.

No entanto, o especialista do CEMA afirma que é possível com alguns cuidados simples evitar problemas oculares causados pela diabetes. “Os diabéticos precisam ter cuidados específicos com os olhos para impedir as complicações da doença. Entre essas medidas é necessário fazer um controle adequado da doença e visitar regularmente, não somente o oftalmologista, como também o endocrinologista”, detalha.

  


Hospital CEMA


Efeito rebote: 5 causas de reganho de peso pós-bariátrica

Pixabay
Indisciplina com as recomendações médicas pode trazer de volta os quilos perdidos 

 

A cirurgia bariátrica é um dos procedimentos que mais crescem no Brasil. Em 2023 foram realizadas 80.441 cirurgias, de acordo com dados da ANS e DATASUS. Além de ser eficaz para o tratamento da obesidade, os resultados conquistados combatem doenças associadas como diabetes tipo 2, câncer e problemas cardiovasculares. No entanto, algo que vem preocupando especialistas no assunto é o efeito rebote, que é quando a pessoa volta a ganhar peso.

De acordo com o Dr. Marcelo Carneiro, cirurgião bariátrico na Obesicenter e médico do reality Quilos Mortais Brasil, o rebote pode ter causa metabólica, em que o próprio organismo não tolera o emagrecimento. “Nesse caso, o paciente tem o efeito inverso e em vez de comer menos, passa a comer mais”, destaca.

A condição metabólica pode ser um fator, mas são os hábitos de vida pós-cirurgia que mais favorecem o reganho de peso. Para saber como ter sucesso no tratamento e o que se deve evitar no processo, acompanhe a lista das principais causas de rebote elencadas pelo médico:

1 - Sedentarismo: a cirurgia facilita a perda de peso, mas é o exercício físico que traz os resultados e fortalece o corpo. A prática regular ajuda a equilibrar o gasto calórico e a manter a massa magra, sendo essencial para o sucesso a longo prazo.

2 - Consumo de alimentos calóricos e ultraprocessados: se voltar a consumir  comidas ultraprocessadas, o paciente aumentará a ingestão de calorias vazias, dificultando a manutenção do peso. Alimentos com alto teor de açúcar e gordura também promoverão o ganho de números na balança.

3 - Ausência de suporte psicológico: a pessoa que passou pela bariátrica precisa mudar a mentalidade. A relação com a comida é complexa e, frequentemente, envolve fatores emocionais. É por isso que o acompanhamento psicológico é tão importante, pois ajuda a entender os gatilhos emocionais e a evitar recaídas. 

4 -  Ingestão de pouca proteína: após a cirurgia, o organismo necessita de mais proteína para manter a massa magra. A carência desse nutriente pode gerar descontrole na saciedade, levando ao consumo excessivo de outros alimentos. 

5 - Falta de consciência sobre o processo: quando atingem o peso desejado, muitos pacientes se distanciam das orientações médicas, esquecendo que a obesidade é uma doença crônica e que a cirurgia exige um comprometimento vitalício. O acompanhamento com o médico especialista no tratamento da obesidade e com o nutricionista deve ser regular.

"A cirurgia é uma ferramenta extremamente eficaz para a perda de peso e melhoria da qualidade de vida, mas para sustentar os resultados é preciso um conjunto de ações que vão além do procedimento", finaliza Dr. Marcelo. 

 

Dr. Marcelo Carneiro - É cirurgião bariátrico e do aparelho digestivo, especialista no tratamento da obesidade, nutrólogo e diretor da clínica Obesicenter. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), da IFSO – International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders e também médico do reality Quilos Mortais Brasil.



Menopausa no verão: Como aliviar sintomas no calor intenso

Médica ginecologista Loreta Canivilo explica como amenizar os efeitos da menopausa na estação mais quente do ano


A menopausa é um marco natural na vida das mulheres a partir dos 45 anos, gerando um desequilíbrio hormonal e o fim da vida reprodutiva, mas essa fase não precisa ser desconfortável, basta cuidados específicos.

Os meses mais quentes podem intensificar sintomas como ondas de calor, sudorese noturna e alterações de humor, comuns durante a menopausa. “Entender as necessidades do corpo nesse período é essencial para enfrentar o calor de forma mais confortável e saudável”, diz Loreta Canivilo, ginecologista.

“Não existe um único caminho para todas as mulheres”, explica Loreta que ressalta, “A reposição hormonal pode ser uma solução eficiente para equilibrar os sintomas, pois é uma terapia que busca repor os hormônios que antes da menopausa eram naturalmente produzidos pelo organismo. Os principais hormônios utilizados na reposição são o estrogênio e a progesterona, mas em alguns casos a testosterona também é utilizada e existem versões modernas do tratamento com a gestrinona, mas cada caso deve ser avaliado”, explica Loreta. Consultas regulares com um ginecologista são fundamentais para ajustar tratamentos e identificar os melhores procedimentos.

Para lidar com os desafios da menopausa no verão, Loreta Canivilo sugere pequenas mudanças na rotina diária.

Vista-se de forma inteligente: Roupas leves feitas de tecidos como algodão e linho ajudam a regular a temperatura corporal.

Invista em hidratação: Consumir água regularmente é essencial. “Hidratar-se é uma medida simples, mas poderosa, para aliviar o desconforto térmico”, reforça a especialista.

Adote uma alimentação equilibrada: Evitar cafeína, álcool e alimentos picantes pode reduzir o impacto das ondas de calor. Priorize frutas frescas, saladas e alimentos ricos em água.

A mulher não deve se acostumar com incômodos diários. “Ao pensar em tratamentos para minimizar os sintomas no verão, as mulheres podem viver essa fase com mais energia, confiança e bem-estar”, afirma Loreta Canivilo.

 

Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Nas redes sociais, Loreta já possui mais de 50 mil seguidores - @draloreta, e oferece conteúdo explicativo sobre assuntos relacionados à saúde da mulher, gestação, reposição hormonal e implantes. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.



Cinco cuidados com a mastigação para aproveitar as ceias de final de ano com saúde bucal em dia

 

Não exagere nas carnes, castanhas e sobremesas açucaradas, vinhos e refrigerantes, que podem afetar o esmalte dos dentes 

 

As festas de final de ano são marcadas por fartas refeições e confraternizações repletas de pratos típicos, mas, para evitar problemas bucais é essencial adotar cuidados com a mastigação e a saúde oral. De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Odontologia, realizada em 2024, 35% dos brasileiros adiam tratamentos dentários, o que aumenta os riscos de complicações. 

Além de carnes, castanhas e sobremesas açucaradas, bebidas como vinhos e refrigerantes também podem afetar o esmalte dos dentes. Para auxiliar neste momento, a dentista Fernanda Oliani Marur, coordenadora técnica da Oral Sin, maior rede de implantes dentários do Brasil, traz cinco orientações práticas para aproveitar as comemorações sem comprometer o sorriso.
 

1. Cuidado redobrado com alimentos duros

Carnes fibrosas, castanhas e doces mais consistentes, comuns nas ceias de Natal e Ano Novo, exigem mastigação cuidadosa, especialmente para quem usa próteses ou está em tratamento odontológico. Esses alimentos podem causar fraturas dentais ou danos em próteses. Recomenda-se cortá-los em pedaços menores e mastigá-los lentamente para evitar acidentes.
 

2. Moderação com alimentos açucarados

Panetones, sobremesas e outros doces típicos podem aumentar os riscos de cáries, principalmente quando consumidos em excesso. O equilíbrio é a chave. Consumir água regularmente e realizar uma higiene bucal correta após as refeições é essencial para minimizar os danos do açúcar.
 

3. Atenção aos sinais de alerta

Desconforto ou dor ao mastigar, sangramento gengival e mau hálito podem indicar problemas bucais que exigem atenção profissional. Não ignore esses sinais, procure um dentista o quanto antes.
 

4. Escolhas inteligentes de bebidas

Refrigerantes e vinhos, muito consumidos nas festas, têm alto teor de acidez, o que pode desgastar o esmalte dental. Uma boa prática é esperar pelo menos 30 minutos após o consumo para escovar os dentes, permitindo que o pH bucal se normalize.
 

5. Prevenção antes e depois das festas

Aproveite o final de ano para realizar revisões odontológicas e, quem sabe, fazer um clareamento dental para um sorriso ainda mais brilhante nas fotos de celebração. Um planejamento preventivo reduz desconfortos e garante que você aproveite as festas com saúde e confiança.

  

Oral Sin


Quase metade dos adultos brasileiros estará obeso até 2044, diz estudo

Cirurgia bariátrica é aliada para controle de obesidade, mas preconceito ainda impede que milhares sejam beneficiados, segundo especialista do Hospital Marcos Moraes 

 

Manter o controle do peso, não é uma questão de estética, mas de saúde. Pesquisa apresentada no Congresso Internacional sobre Obesidade deste ano (ICO 2024) sugere que, com base nas tendências atuais, quase metade dos adultos brasileiros (48%) estará obeso até 2044, e mais 27% atingirão sobrepeso. O número preocupa e, para quem não consegue manter a dieta equilibrada e entra na estatística, a alternativa pode ser a cirurgia bariátrica. 

Dados de 2023, consolidados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), mostram que ocorreram 80.441 operações dessa natureza no país, sendo que mais de oito milhões de pessoas teriam indicação para a técnica, disponibilizada a apenas 0,097% de indivíduos com graus de obesidade 1, 2 e 3 e para a população elegível. 

“Ainda há muito preconceito em relação a esse serviço, que é mais uma ferramenta para tratar a obesidade. Muitas pessoas optam por usar medicação, mas o melhor remédio disponível hoje faz o paciente perder apenas 20% do peso total. Quem opera elimina de 35% a 40%. As técnicas mais modernas são minimamente invasivas, feitas por videolaparoscopia e com baixo índice de complicação, não precisam de terapia intensiva”, destaca o cirurgião geral e bariátrico Luiz Gustavo de Oliveira e Silva, coordenador do Programa de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital Marcos Moraes. 

O procedimento, popularizado no país nas décadas de 1980 e 1990, passou por muitas atualizações e, atualmente, é feito por meio de técnicas pouco invasivas e que permitem rápida recuperação, levando à melhoria da autoestima de quem é submetido ao tratamento. No entanto, apesar dos avanços da medicina, houve a redução na procura nos últimos anos e, mesmo quem poderia ser beneficiado por esse cuidado, tem resistido à intervenção. 

Criado há três anos, o serviço do Hospital Marcos Moraes, localizado no Méier, Zona Norte do Rio, tem capacidade para operar de 30 a 40 pacientes por mês. 

“Pessoas com Índice de Massa Corporal acima de 40 e pacientes com IMC entre 35 e 40 e alguma doença associada, como artropatia, refluxo e diabetes, por exemplo, têm indicação para o procedimento. É importante que passem por consulta médica e recebam a orientação correta. Durante o tratamento, o acompanhamento envolve uma equipe multidisciplinar, com médico clínico, equipe cirúrgica, nutricionista, psicólogo, endocrinologista e cardiologista. Tem todo um cuidado envolvido para uma recuperação plena”, enfatiza Luiz Gustavo.

 

“Hoje estou saudável, sem comorbidades”, diz paciente 

Optar por cirurgia para controlar a obesidade nem sempre é uma decisão fácil. A dentista carioca Stephanie Ferraz, de 30 anos, conta que tomou essa decisão após perceber que “não tinha mais forças para lutar”. Com a balança marcando 128,6 quilos e os resultados dos exames alertando para comorbidades como resistência à insulina, pressão alta, refluxo e esteatose hepática (gordura no fígado), a jovem que desejava ser mãe sabia que sozinha não teria condições de realizar o sonho. 

Em setembro do ano passado, após consultas médicas, pesquisar sobre procedimentos e buscar informações com quem já tinha vivido história parecida, Stephanie decidiu pela bariátrica. Paciente de Luiz Gustavo de Oliveira e Silva, ela seguiu à risca todo o tratamento e, menos de um ano após o procedimento, já havia atingido o peso que considerava ideal: 74 quilos. 

“Minha saúde só estava piorando. Queria ser mãe, engravidar, mas a obesidade oferecia riscos a mim e ao bebê. Eu tinha medo de operar, é natural, mas entendi que sozinha não conseguiria alcançar meus objetivos. Não é fácil seguir as recomendações, mas meu único arrependimento foi não ter feito antes. A alimentação ficou muito restrita, preciso acompanhar minha saúde de perto, mas hoje estou saudável, sem comorbidades”, conta Stephanie, que está no sexto mês de gestação. “Não esperava engravidar tão rápido, mas está tudo sob controle. Não ganhei peso extra e a gravidez está indo bem. 

Nas redes sociais, a dentista costuma fazer publicações do tipo “antes e depois”, atraindo a curiosidade até de amigos.

“Antes de operar, eu não estava publicando fotos minhas. Muitas pessoas não sabiam que eu havia engordado tanto. Teve gente que se surpreendeu com o resultado. E meu perfil acabou atraindo desconhecidos, eles pedem informações no privado, querem saber da minha experiência. Também recebo comentários de apoio e isso é muito importante”, ressalta Stephanie.

 

Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com

 

PrEP e PEP: estratégias efetivas na prevenção contra o HIV

Especialista explica a prevenção combinada e os medicamentos como formas de combater a doença


A campanha Dezembro Vermelho é dedicada à conscientização e ao combate do HIV/AIDS, tendo como foco ampliar o conhecimento sobre a importância dos cuidados e tratamentos disponíveis. Com avanços na medicina, a prevenção combinada se consolidou como uma estratégia eficaz para a proteção contra o vírus, reunindo diferentes métodos que visam reduzir os riscos de contágio.

Esse procedimento utiliza uma abordagem integrada e envolve o uso de preservativos, testagem regular, tratamento de ISTs e adesão a medicamentos, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). “A prevenção combinada associa diferentes estratégias para garantir uma proteção mais eficaz contra o HIV. Ao oferecer opções variadas, as pessoas podem adotar as medidas que melhor se encaixam em sua rotina e seu contexto, maximizando a eficácia”, explica Antonio Ribeiro, coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro.

A PrEP é um comprimido que, quando tomado diariamente, cria uma barreira contra o HIV, impedindo sua replicação no organismo em caso de exposição. Ela é recomendada para pessoas em situação de vulnerabilidade ao HIV, como indivíduos com múltiplos parceiros(as), pessoas em relacionamentos sorodiferentes e trabalhadores(as) do sexo.

De acordo com Antonio, a funcionalidade do medicamento depende do uso correto. “Qualquer pessoa com práticas sexuais pode fazer uso desse medicamento, desde que siga as orientações médicas. Entretanto, a PrEP não é indicada para quem já vive com HIV ou apresenta disfunções hepáticas ou renais”, ressalta.

Já a PEP é uma medida de emergência indicada para situações em que a pessoa foi exposta ao HIV, como relações desprotegidas ou acidentes com material biológico. Deve ser iniciada até 72 horas após a exposição e tomada durante 28 dias consecutivos para garantir eficácia. Enquanto a PrEP é usada de forma preventiva e contínua, a PEP é uma solução imediata e temporária para evitar a infecção. Ambas fazem parte do arsenal de prevenção combinado, mas com finalidades distintas.

Embora ambas sejam eficazes contra o HIV, o uso de preservativos continua sendo indispensável para prevenir outras ISTs. Testagem regular e acompanhamento médico também são pilares fundamentais para uma prevenção completa.

A PrEP e a PEP estão disponíveis gratuitamente em postos de saúde, clínicas da família e outras unidades básicas de saúde. “Todos os profissionais de saúde devem estar aptos a orientar sobre prevenção combinada, garantindo que o acesso seja universal e a população tenha suporte adequado”, destaca o especialista.

A campanha Dezembro Vermelho não só reforça a importância da prevenção, mas também busca combater o estigma que ainda cerca o HIV/AIDS. O acesso à informação e ao tratamento é um direito de todos e promover o conhecimento é um ato de autocuidado e responsabilidade coletiva.

 

DEZEMBRO LARANJA

Desvendando mitos e verdades sobre o câncer de pele

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforçam a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce

 

O câncer de pele é o mais comum no Brasil, com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontando mais de 220 mil novos casos anuais de câncer de pele não melanoma no Brasil entre 2024 e 2025. Apesar de ser altamente tratável quando diagnosticado precocemente, ainda há muitos mitos sobre a doença. 

Durante o Dezembro Laranja, especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz reforçam a importância da conscientização e trazem esclarecimentos sobre a prevenção, diagnóstico e tratamento. 

“Existem três principais tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Esse último, embora menos frequente, é o mais agressivo devido à sua alta capacidade de metástase (quando as células cancerígenas se espalham para outras regiões do organismo além do local de origem do tumor) e crescimento rápido”, explica o Dr. Waldec Jorge, head do Núcleo de Tumores de Pele e Sarcomas do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

“A boa notícia é que, com os avanços em imunoterapia e terapias direcionadas, estamos aumentando significativamente as taxas de sobrevivência, mesmo em estágios avançados”, complementa.

 

Dicas de prevenção 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, quando descoberto no início, tanto os carcinomas como os melanomas têm mais de 90% de chance de cura. Por isso, o diagnóstico precoce, medidas protetivas e avaliação dermatológica anual são fundamentais para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. 

Dra. Larissa Montanheiro, dermatologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, orienta que evitar a exposição ao sol nos horários de pico, entre 10h e 16h que têm grande incidência de raios ultravioleta B, usar protetor solar diariamente e reaplicá-lo a cada duas horas são práticas indispensáveis. “O uso de roupas com proteção UV, chapéus e óculos escuros também ajudam, mas é importante lembrar que nenhuma medida isolada substitui o cuidado regular com a pele”, conta. 

Uma das principais estratégias de prevenção ao subtipo melanoma pode ser o autoexame. Para isso, a Dra. Larissa recomenda a adoção da regra ABCDE, para analisar as pintas do corpo, que auxilia na identificação de lesões suspeitas: 

  • A (Assimetria): pintas com formas desiguais.
  • B (Bordas): pintas com bordas irregulares ou mal definidas.
  • C (Cor): alterações ou múltiplas cores em uma mesma pinta.
  • D (Diâmetro): lesões maiores que 5mm.
  • E (Evolução): mudanças no tamanho, forma ou cor das pintas 

“Se houver qualquer dúvida sobre uma pinta ou mancha, o ideal é procurar um dermatologista. Esse tipo de avaliação pode fazer toda a diferença”, alerta.

 

Mitos e Verdades: 

  1. O câncer de pele só ocorre em áreas expostas ao sol.
    • Mito: embora as áreas expostas sejam mais propensas, o câncer de pele pode surgir em regiões menos visíveis, como couro cabeludo, mucosas e plantas dos pés. Essas áreas muitas vezes são negligenciadas em exames regulares, atrasando o diagnóstico.
       
  2. Pessoas jovens não desenvolvem câncer de pele.
    • Mito: apesar de mais comum em pessoas acima dos 40 anos, casos de melanoma podem ocorrer em crianças e jovens, especialmente devido a fatores genéticos ou exposição solar intensa e desprotegida.
       
  3. Protetor solar previne o câncer de pele.
    • Verdade: o uso regular de protetor solar com FPS adequado reduz significativamente os danos causados pelos raios UV, prevenindo alterações celulares que podem levar ao câncer. No entanto, ele deve ser combinado com outras medidas, como uso de roupas protetoras e evitar o sol nos horários de pico.
       
  4. O câncer de pele sempre apresenta sintomas visíveis.
    • Mito: em estágios iniciais, o câncer de pele pode ser silencioso, sem coceira, dor ou mudanças perceptíveis. A consulta regular ao dermatologista é essencial para identificar alterações antes de se tornarem graves.
       
  5. Todas as pintas são cancerígenas.
    • Mito: a maioria das pintas é benigna. Contudo, pintas que apresentam alterações no tamanho, cor, bordas ou textura devem ser monitoradas, pois podem indicar câncer de pele, especialmente melanoma.
       
  6. Pessoas negras não desenvolvem câncer de pele.
    • Mito: embora a melanina ofereça proteção adicional contra raios UV, pessoas negras também estão suscetíveis, especialmente em áreas menos expostas ao sol, como as palmas das mãos e plantas dos pés.
       
  7. Queimaduras solares na infância aumentam o risco de câncer de pele na vida adulta.
    • Verdade: os danos causados pelos raios UV são cumulativos e queimaduras solares intensas na infância ou adolescência aumentam significativamente o risco de desenvolver câncer de pele ao longo da vida.
       
  8. Melanoma é sempre uma pinta preta.
    • Mito: existem subtipos de melanoma, como o amelanótico, que não apresentam pigmentação escura. Essas lesões podem ser confundidas com outras condições benignas, dificultando o diagnóstico precoce.
       
  9. Manchas vermelhas na pele podem ser câncer.
    • Verdade: lesões vermelhas que coçam, descamam ou sangram podem ser sinais de carcinoma espinocelular ou outros tipos de câncer de pele. É importante procurar um dermatologista para avaliação.
       
  10. A exposição solar é o único fator de risco.
    • Mito: embora a exposição aos raios UV seja a principal causa, fatores como predisposição genética, histórico familiar e uso de câmaras de bronzeamento também aumentam o risco de desenvolver câncer de pele. 

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com uma equipe multidisciplinar que atua em todas as etapas do cuidado ao câncer de pele, desde a prevenção até o tratamento clínico, cirúrgico e radioterápico. 

O Dr. Waldec Jorge ainda ressalta o uso de tecnologia de ponta no Hospital, como o Fotofinder. “Com este equipamento, conseguimos mapear digitalmente toda a pele e realizar dermatoscopia das pintas, um recurso fundamental para pacientes com alto risco de melanoma.”




Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Férias com crianças? Previna-se contra afogamentos

Pediatra alerta como prevenir e o que fazer em caso de afogamento com criança.

Silencioso e abrupto, esse tipo de acidente não perdoa a desatenção. Pediatra orienta sobre como manter as crianças seguras em ambientes com piscina, mar e banheiras 

 

Afogamentos são a principal causa de morte em crianças abaixo de 4 anos e seu número se distribui ao longo do ano todo, mas tem um pico importante nesta época do ano", dispara a Dra. Anna Bohn, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, ao completar: "Como crianças nessa faixa etária ainda não entendem o conceito de perigo e proibido, a soma de curiosidade, com imaginação e ambientes com piscina/mar pode trazer resultados perigosos", avalia a especialista. 

É senso comum que os acidentes envolvendo afogamentos parecem repentinos, costumam envolver ambientes com muitas pessoas e geram pouca brecha para um socorro de qualidade. A Dra. Anna aponta um estudo norte-americano que revela que em 70% dos afogamentos, os adultos não sabiam que a criança estava na piscina e em 46% dos casos, o último local em que teriam sido vistas foi dentro da casa. "Afogamentos costumam ser silenciosos. Dificilmente a criança conseguirá gritar por ajuda e em poucos minutos irá afundar", explica a médica. 

As orientações mais básicas e comuns para cuidar dos pequenos nesses ambientes passam por:

  • Jamais deixar uma criança desacompanhada próximo ao mar;
  • Checar sempre as condições: há correntezas? Há salva-vidas próximos?
  • Se o adulto não souber nadar, não deverá acompanhar uma criança no mar.
  • “Água no umbigo, sinal de perigo” deve sempre ser levada em consideração.
  • Castelos de areia devem ser feitos em local seguro: longe da água, na sombra e sob as vistas de um adulto.

Fora esses cuidados básicos e obrigatórios, a Dra. Anna aprofunda a estratégia com mais 5 cuidados vitais para a lida com crianças perto da água: 

  1. Cercados em piscinas: 58% dos afogamentos ocorrem em ambientes domésticos. Uma cerca segura precisa ter em torno de 1 metro de altura, cercar os 4 lados da piscina, sem estruturas ou objetos próximos que a criança possa escalar, além de uma largura pequena, para que a criança não invada a área se espremendo entre as grades. Um bom cadeado deve trancar essa piscina fora do uso. Além de piscinas, atente também para banheiras e baldes.
  2. Designar um cuidador para olhar quem está na água: festas ou encontros com muitas crianças e adultos especialmente oferecem riscos. Quando muitas pessoas estão “olhando”, o resultado é ninguém olhando de verdade. Troque os cuidadores e certifique-se de que quem for cuidar não está alcoolizado ou fazendo outras atividades, como cuidando do churrasco ou mexendo no celular.
  3. Coletes salva-vidas: muito cuidado com o uso de boias. As de braço podem escorregar ou furar e não são seguras. Utilize coletes ou boias de isopor que envolvam o tórax e abdome, além dos braços.
  4. Aprender a nadar: aulas de natação são liberadas a partir de 6 meses de idade. Se for possível para sua família, coloque seu filho em aulas de natação assim que liberado.
  5. Procure na água primeiro: se der falta de uma criança em qualquer que seja o local, procure imediatamente na água pois, se ela estiver lá, cada segundo é precioso para salvá-la.

 

DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN - CRM SP 150 572 - RQE 106869/ 1068691. Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo. Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto. Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria. 2014 - Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva Pediátrica, Florianópolis. 2015 - Congresso Mundial de terapia intensiva pediátrica, Toronto. 2018 - Curso de especialização em terapia extracorpórea, ELSO São Paulo. 2020 - New England Down Syndrome Symposium, online Boston. 2021 - Congresso American de Pediatria, AAP online. 2023 - International Conference on Nutrition and Growth, online London. 2018-2023 Médica do Instituto do Coração. 2020-2023 coordenadora da unidade de terapia intensiva pediátrica pré-operatória do Instituto do coração – FMUSP. Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês. Membra do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein.



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