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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

TNE: o câncer raro e silencioso que pode demorar até sete anos para ser diagnosticado1

 

Mês de conscientização dos Tumores Neuroendócrinos alerta para os sintomas da doença e a importância da descoberta precoce

 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta menos de 65 indivíduos para cada 100 mil habitantes.2 Quando falamos de câncer raro, essa estatística pode impactar um universo ainda mais restrito, cenário que gera desconhecimento por parte do médico e do público em geral, aumentando a jornada do paciente rumo ao diagnóstico. Essa realidade é aplicada aos Tumores Neuroendócrinos (TNEs), que têm origem no sistema endócrino e podem aparecer em vários órgãos como pulmão, pâncreas, estômago, intestino e útero3. Com um comportamento heterogêneo, a agressividade da doença está associada a alguns fatores como o local onde ela aparece, à presença de metástase e ao ritmo de replicação das células malignas3

Por ser um câncer raro, saber quais são os sintomas é determinante para um possível diagnóstico adequado e precoce. Alguns sinais são parecidos com os de várias outras doenças conhecidas, o que pode aumentar a jornada até a descoberta do tumor neuroendócrino, que pode durar entre cinco e sete anos. Dor abdominal, perda de peso e apetite, náuseas, coceira, diarreia, vermelhidão no tronco ou na cabeça, queimação na região do estômago, inchaço, urina escura, fezes esbranquiçadas, amarelão pelo corpo e até chiado no peito são algumas situações de atenção e que precisam de uma investigação junto a um especialista3. Diferente do carcinoma neuroendócrino, tipo mais agressivo, o tumor neuroendócrino de intestino delgado, mesmo em estágio avançado de progressão, pode apresentar sobrevida prolongada e até chance de cura.

Apesar de esporádicos e motivados por causas inespecíficas, a maioria dos casos de TNEs estão relacionados a práticas conhecidas, e algumas reconhecidas pelo grande público, presentes nos hábitos e comportamentos das pessoas no dia a dia. São elas: histórico familiar de câncer, índice de massa corporal (IMC) elevado, diabetes, tabagismo e o consumo de álcool. Vale ressaltar ainda que existem algumas síndromes que predispõem o desenvolvimento do TNE3. “Precisamos falar dos tumores neuroendócrinos o ano inteiro, muito além do período de conscientização da doença. Diferente do câncer, a pauta TNE não pode ser rara. Ela precisa estar no radar de conhecimento dos médicos e da sociedade. Estamos falando de um paciente que pode demorar até sete anos para descobrir que tem a doença. Mesmo assim, depois do diagnóstico, a jornada continua e o próximo desafio é a busca pelo tratamento, seja ele via convênio médico ou pelo SUS. Nesse contexto, é essencial que as duas esferas - privada e pública - acompanhem a evolução dos tratamentos e incorporem essas terapias, avaliando sempre os padrões e critérios técnicos estabelecidos e o impacto de mudança de desfecho para que o acesso seja ampliado”, explica a Dra. Rachel Riechelmann (CRM 98131), Diretora do Departamento de Oncologia Clínica, Líder do Centro de Referência de Tumores Neuroendócrinos no A.C. Camargo Cancer Center.


Vivendo com TNE

Com o intuito de aumentar a conscientização sobre os Tumores Neuroendócrinos, a Ipsen - referência global em biotecnologia nas áreas de neurociência, oncologia e doenças raras - idealizou a campanha Vivendo com TNE (
Link). “Nossa plataforma conta com informações úteis, e muito práticas, para o dia a dia dos pacientes familiares e cuidadores. A ideia é que a campanha seja uma ferramenta complementar para a vida real de quem lida com esse câncer raro. Temos conteúdos específicos com orientações que vão desde dietas, impacto dos TNEs no trabalho, até depoimentos de pessoas que tiveram que se adaptar a uma nova rotina, a partir do impacto negativo do diagnóstico. O nosso objetivo com essa iniciativa é prestar um serviço e levar informação para inspirar e auxiliar no cuidado dos pacientes durante essa jornada desafiadora”, explica Vanessa de Carvalho Fabricio, Diretora Médica da Ipsen.


O diagnóstico dos TNEs 

O diagnóstico dos TNEs depende da localização dos tumores. Se for no pâncreas ou pulmão, que são órgãos sólidos, o processo começa por meio de exames radiológicos – tomografia computadorizada ou ressonância magnética – que também auxiliam no diagnóstico dos tumores neuroendócrinos no intestino delgado. Entretanto, há outros métodos complementares que são utilizados para a descoberta da doença, como endoscopia, colonoscopia ou cápsula endoscópica2.
 

O tratamento dos Tumores Neuroendócrinos (TNEs) 

Multidisciplinar, o tratamento envolve médicos de diferentes especialidades que trabalham para a elaboração de um plano personalizado para cada perfil de paciente. As opções terapêuticas dependem do tipo, tamanho e da extensão do tumor, além de outros fatores como idade e avaliação das alterações moleculares do paciente. A jornada de tratamento ainda pode incluir: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, terapia-alvo, imunoterapia, ensaios clínicos e cuidado paliativo. Essas opções, juntas ou isoladas, buscam os seguintes desfechos: cirurgia para a retirada do câncer, eliminação do tumor sem a necessidade de cirurgia, redução do crescimento do câncer e da disseminação para outras partes do corpo, diminuição do tumor para melhorar o manejo no processo cirúrgico, gerenciamento dos efeitos colaterais e alívio dos sintomas3.



Ipsen
ipsen.com/brazil/.



Referências:
Link (Levantar o link com a fonte primária sobre a informação do tempo de diagnóstico(cinco a sete anos)
Link
Link3/acc_cartilha_tne_2020_v3online.pdf

O Paradoxo do Autodidatismo e a Luta por Inclusão Acadêmica dos Superdotados

Em um mundo que busca incessantemente pela inclusão e diversidade, ainda existe um grupo subestimado e frequentemente ignorado: os superdotados com personalidade autodidata. Essa é uma das principais preocupações do Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e presidente de sociedades de alto QI, que tem se dedicado a projetos como o “Teacher Coach para Autodidatas” e o “Gifted”, visando promover a pesquisa e o debate sobre as necessidades únicas dos superdotados.


O Cérebro Autodidata: Uma Estrutura Singular

Estudos recentes, compilados e analisados pelo Dr. Fabiano de Abreu, indicam que o comportamento autodidata não é uma simples preferência ou escolha, mas uma expressão enraizada em fatores genéticos e neurobiológicos. O córtex pré-frontal (PFC), região responsável pelo planejamento e controle executivo, é fundamental no processamento das informações complexas e na busca por aprendizado independente. Superdotados frequentemente apresentam uma densidade sináptica mais elevada e uma conectividade funcional aprimorada nessas áreas, o que os torna propensos ao aprendizado autodirigido. Essa característica é intensificada pela atividade no hipocampo, que facilita a consolidação de memórias e a associação de novas informações ao conhecimento pré-existente.

O Dr. Fabiano ressalta que a dopamina, um neurotransmissor-chave, desempenha um papel central na motivação e na busca por desafios intelectuais. “Os superdotados com perfil autodidata possuem um sistema dopaminérgico altamente sensível que sustenta a motivação intrínseca e a recompensa associada à exploração do conhecimento”, explica. Essa propensão, muitas vezes associada ao polimorfismo Val66Met do gene BDNF e variantes do gene COMT, reflete a complexidade do aprendizado autodirigido e a sua ligação com predisposições genéticas.


A Frustração e as Consequências para a Saúde

Infelizmente, os ambientes acadêmicos padronizados, com regras rígidas e currículos inflexíveis, representam um desafio substancial para superdotados com essas características. De acordo com as análises conduzidas pelo Dr. Fabiano de Abreu, essa inadequação pode levar à frustração crônica, que se manifesta em um ciclo de ansiedade, estresse e, em casos mais graves, comprometimento da saúde mental. “O impacto não é apenas psicológico; há uma correlação entre a frustração contínua e sintomas físicos, como distúrbios do sono, dores de cabeça e aumento nos níveis de cortisol”, comenta o Dr. Fabiano.

A necessidade de se adaptar a um sistema que não reconhece suas especificidades empurra esses indivíduos para o isolamento e a introversão guiada, um mecanismo de autopreservação que os distancia ainda mais das interações sociais e do desenvolvimento acadêmico pleno. “O isolamento não é uma escolha, mas uma resposta à falta de estímulo e compreensão por parte dos sistemas que deveriam nutrir suas capacidades”, afirma o neurocientista.


A Inclusão dos Superdotados: Uma Questão de Justiça Cognitiva

Como defensor da causa superdotada, Dr. Fabiano de Abreu Agrela argumenta que é imperativo repensar as práticas educacionais e reconhecer a diversidade cognitiva como um direito fundamental. O projeto “Teacher Coach para Autodidatas” visa capacitar educadores e profissionais para entender e acolher as necessidades de superdotados, permitindo que esses indivíduos se desenvolvam de forma saudável e produtiva.

“A inclusão de superdotados com personalidade autodidata não é apenas uma questão de justiça educacional; é um investimento no potencial transformador dessas mentes que podem contribuir significativamente para a sociedade”, conclui Dr. Fabiano. Para ele, respeitar e valorizar essas diferenças é um passo essencial para criar um ambiente onde a diversidade cognitiva seja celebrada, e não reprimida.


Uma Nova Perspectiva

O trabalho do Dr. Fabiano de Abreu Agrela é uma chamada urgente para que escolas, universidades e políticas públicas reconheçam as complexidades do aprendizado autodidata. Em um tempo em que a inclusão é uma bandeira levantada, não se pode mais ignorar as necessidades dos superdotados, sob pena de perpetuar um sistema educacional que priva a sociedade do talento e da inovação que esses indivíduos podem oferecer.

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Neurocientista, Presidente das Sociedades ISI e ePiq, Diretor do IIS e Coordenador do Intertel Brasil

 

Novembro Azul: câncer de próstata pode ser hereditário? Entenda

Oncologistas reforçam relevância da campanha e comentam sobre mutações genéticas e importância do rastreamento precoce da neoplasia

 

Novembro marca o início de uma das campanhas mais importantes no cenário da saúde pública mundial, movimento dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata. Para cada ano do triênio 2023-2025 são esperados 71.730 diagnósticos da doença, sendo que 75% dos casos ocorrem a partir dos 65 anos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). 

Considerado o tipo mais comum de câncer nos homens, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma, a doença ainda é repleta de dúvidas que merecem atenção. Uma delas, é o fator da hereditariedade como risco de desenvolvimento da neoplasia. 

De acordo com Denis Jardim, líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas, o câncer de próstata, na maioria dos casos, pode ocorrer esporadicamente. "Contudo, existe um número representativo de tumores de próstata que estão associados a fatores genéticos hereditários. A presença de outros casos na família aumenta esse risco, mas a hereditariedade pode ocorrer mesmo na ausência destes casos ", explica. 

Além disso, algumas mutações genéticas específicas, como nos genes BRCA1 e BRCA2, comumente associadas a tumores com alta incidência em mulheres, também podem aumentar o risco de câncer de próstata. "A hereditariedade desempenha um papel importante em uma pequena porcentagem dos casos, mas o conhecimento desse fator permite uma vigilância mais ativa e estratégias de rastreamento mais adequadas", reforça Jardim.
 

Câncer de mama na família pode ser sinal alerta

Famosa por ter levado a atriz Angelina Jolie a realizar uma dupla mastectomia preventiva, a mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 é um indicativo de risco para câncer de mama e ovário, mas também pode predispor ao câncer de próstata nos homens. Em famílias com histórico desse tipo de mutação, é fundamental que homens também realizem testes e se atentem à necessidade de rastreamento. 

“O histórico familiar com essas mutações deve acender um alerta especial para os homens, refletindo em uma vigilância personalizada e acompanhamento próximo”, explica Breno Jeha Araujo, oncologista especializado em genômica clínica da Oncoclínicas. Segundo ele, os painéis genéticos disponíveis atualmente possibilitam identificar essa predisposição e facilitam a definição de estratégias de rastreamento mais direcionadas e eficazes. 

Contudo, de forma simples, os exames para detecção precoce incluem ainda o antígeno prostático específico (PSA) e o toque retal, indicados geralmente a partir dos 50 anos, mas recomendados mais cedo em casos de histórico familiar ou presença de mutações. Segundo Araujo, a combinação de testes e exames tradicionais permite estratégias precisas, oferecendo ao paciente a oportunidade de intervir em estágios iniciais da doença, onde o tratamento é mais eficaz e menos invasivo. 

Denis Jardim ressalta que o rastreamento precoce é essencial em casos como este, pois o conjunto de exames, aliado a uma rotina de check-ups regulares, são um importante recurso de prevenção para aqueles com histórico familiar de mutações. “Esse conhecimento promove um acompanhamento mais assertivo, incentivando os homens a aderirem a uma postura preventiva ao longo de toda a vida, sempre baseada em informações de qualidade”.
 

Síndrome de Lynch e câncer de próstata: existe relação?

A Síndrome de Lynch, uma condição hereditária causada por mutações nos genes responsáveis pela reparação de DNA, é conhecida por aumentar o risco de vários tipos de câncer, como o colorretal, endométrio e ovário. Contudo, segundo artigos publicados no Urology Times e Facing Hereditary Cancer, mostram que homens com mutações associadas à Síndrome de Lynch, particularmente nos genes MLH1, MSH2 e MSH6, apresentam um risco aumentado de desenvolver câncer de próstata em comparação com a população geral. 

A ligação entre a síndrome e o câncer de próstata reforça a importância da vigilância genética em famílias com histórico dessa mutação, uma vez que a detecção precoce pode melhorar significativamente o prognóstico. 

"Compreender a relação entre a Síndrome de Lynch e o câncer de próstata é fundamental é um ponto importante não só para a identificação precoce de mutações, mas também para intervenções que podem salvar vidas. Homens com histórico familiar dessa síndrome devem ser incentivados a realizar acompanhamentos regulares, uma vez que a detecção antecipada do câncer de próstata pode levar a melhores desfechos clínicos", explica Denis Jardim.
 

Entenda o câncer de próstata

É um tipo de neoplasia maligna (tumor) com uma perspectiva de cura otimista caso seja identificado rapidamente. "De maneira didática, podemos dizer que durante toda a vida, nossas células se multiplicam e as antigas são substituídas pelas novas. Contudo, quando há um crescimento descontrolado, são formados tumores tanto benignos, quanto malignos - como é o caso do câncer de próstata", diz Jardim. 

O especialista explica que a próstata é uma glândula do tamanho de uma noz, que tem a função de produzir o chamado líquido seminal, responsável por nutrir e transportar os espermatozóides. Presente apenas em pessoas do gênero masculino, está localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, e envolve a parte superior da uretra, canal por onde passa a urina. 

Por ser um tumor silencioso, a principal ferramenta para diagnóstico em fases iniciais da doença é o exame de PSA. No Brasil, segundo o Inca, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. 

No começo, pelo fato dos sintomas serem silenciosos, a doença comumente é detectada a partir da avaliação clínica e/ou exame de PSA. Quando aparentes, os sinais mais comuns são: dificuldade para urinar, presença de sangue na urina, parada de funcionamento dos rins - indicam estágio avançado -, além de problemas decorrentes da disseminação para outros órgãos, tal como dor, nos casos de metástases ósseas.

Por isso, a conscientização sobre a rotina de acompanhamento médico e o rastreamento ativo é sempre a melhor opção. Homens que se encontram no grupo de risco, composto por quem tem mais de 50 anos ou com histórico familiar, devem estar atentos aos exames necessários para rastreamento do câncer de próstata. 

“Por apresentar sintomas mais evidentes quando a doença já apresenta evolução, é recomendável que homens a partir de 50 anos façam anualmente o exame clínico (toque retal) e a medição do antígeno prostático específico (PSA) - feita em unidades de nanogramas por mililitro (ng/ml) por meio de um exame simples de sangue - para rastrear possíveis alterações que indiquem aparecimento da doença. Quando há suspeita da neoplasia, é indicada uma biópsia através de ultrassonografia transretal para a confirmação do diagnóstico, precedida muitas vezes de uma ressonância”, destaca. 

Para a definição do tratamento, é necessário analisar o estágio e agressividade do tumor e, com isso, o oncologista irá projetar individualmente alternativas terapêuticas. Já nos casos da doença localizada, a cirurgia, radioterapia associadas ou não ao bloqueio hormonal e a braquiterapia podem ser uma opção. “Em estágio inicial e de baixa agressividade, devemos manter um acompanhamento contínuo de consultas e exames, além do tratamento. Quanto aos pacientes que apresentam metástases, temos uma série de abordagens que podem ser realizadas, como quimioterapia, bloqueio hormonal, medicamentos para controle da ação da testosterona e ainda os chamados radioisótopos, que são uma nova classe de medicamentos com partículas que se ligam ao osso e passam a emitir doses de radioterapia local”, orienta Denis Jardim.

 

Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


Médica explica o que é candidíase de repetição e como tratar esse problem

Estudos indicam que cerca de 5% das mulheres que já tiveram candidíase vulvovaginal podem desenvolver a infecção de forma crônica

 

Nos últimos dias um assunto tem sido bastante procurado nas redes sociais e nas trends do Google, por conta de uma participante de um reality show, que apresenta possíveis sinais de candidíase, os sintomas podem ser diversos e é importante procurar ajuda de um médico ginecologista caso tenha algo de estranho na vagina. 

Muitas mulheres já enfrentaram os incômodos da candidíase, uma infecção fúngica causada pelo fungo Candida, que faz parte da flora vaginal saudável. Porém, para algumas, essa condição se torna ainda mais recorrente, levando ao que chamamos de candidíase de repetição. 

A candidíase de repetição é caracterizada por três ou mais episódios da infecção em um único ano. O desequilíbrio na flora vaginal, que resulta em um aumento do pH e, consequentemente, na multiplicação do fungo, é o principal responsável por essa infecção. 

De acordo com a Dra. Rebeca Gerhardt, ginecologista, quatro fatores podem contribuir para o surgimento da candidíase de repetição:

  1. Descuidos locais: o uso de calcinhas que abafam a região íntima, o acúmulo de suor e longos períodos com biquínis úmidos.
  2. Eventos emocionais: estresse, ansiedade e depressão podem afetar o equilíbrio da flora vaginal.
  3. Questões alimentares: o consumo excessivo de carboidratos pode favorecer o crescimento do fungo.
  4. Tratamentos incompletos: a falta de um tratamento adequado em casos anteriores pode levar à recorrência da infecção.

É importante destacar que a candidíase não é uma infecção sexualmente transmissível (IST); trata-se de um fungo que já habita a vagina e se multiplica de forma irregular. Embora a infecção possa ser auto-resolutiva, ou seja, em alguns casos desapareça sem tratamento, isso não significa que a cura tenha ocorrido.


Sintomas da candidíase de repetição 

Os sintomas da candidíase de repetição podem ser bastante incômodos e incluem:

  • Ardência na região íntima
  • Coceira vaginal
  • Desconforto ao urinar
  • Dores durante as relações sexuais
  • Corrimento esbranquiçado, grumoso e sem odor

É fundamental que, ao perceber qualquer um desses sintomas, a mulher busque uma consulta com um ginecologista. O diagnóstico pode ser realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais.
 

Tratamento Adequado 

O tratamento da candidíase de repetição geralmente envolve o uso de pomadas antifúngicas e cremes vaginais por, pelo menos, uma semana. Em casos de recorrência mesmo após o tratamento correto, pode ser necessário o uso de medicamentos orais por um período de até seis meses. Importante: automedicação deve ser evitada, pois o diagnóstico adequado é essencial para um tratamento eficaz.
 

Como Prevenir a Candidíase de Repetição 

Algumas mudanças nos hábitos diários podem ajudar a prevenir a candidíase de repetição:

  • Evitar roupas justas e sintéticas que abafem a região íntima.
  • Não permanecer com roupas molhadas por longos períodos.
  • Trocar absorventes a cada quatro horas.
  • Realizar a higiene íntima de forma adequada, evitando levar micro-organismos da região anal para a vaginal.
  • Evitar duchas vaginais que possam alterar a flora.

Aumento dos casos de candidíase de repetição 

Estudos indicam que cerca de 5% das mulheres que já tiveram candidíase vulvovaginal podem desenvolver a infecção de forma crônica. Além disso, a incidência tende a aumentar no verão, quando o uso de roupas molhadas é mais comum. 

Se você está enfrentando sintomas de candidíase de repetição, não hesite em buscar ajuda médica. Manter a saúde íntima em dia é fundamental para o bem-estar da mulher.
 

Intimus®


XEC: conheça exames que detectam nova variante da Covid

Metodologia de detecção do vírus a partir de amostra coletada em swab foi desenvolvida pelo Sabin Diagnóstico e Saúde

 

Pelo menos seis brasileiros já testaram positivo para a nova variante do vírus da Covid, denominada XEC, que está sob monitoramento da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estudos preliminares indicam se tratar de combinação de duas outras variantes, uma das quais a Ômicron. Os sintomas são os clássicos da infecção. Nos países em que a variante é mais expressiva, ela tem se mostrado mais transmissível do que as anteriores. Embora a XEC tenha grande potencial de infecção, Marcelo Cordeiro, infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, afirma que não há razões para entrar em pânico. 

A XEC despertou o interesse da comunidade científica em junho, devido ao aumento de casos na Alemanha. Em três meses, se espalhou pelo mundo e, hoje, está em mais de 35 países. Reforçando a recomendação do Ministério da Saúde, quem retornou de viagem de países afetados pela variante com sintomas de Covid deve realizar a testagem “Indicados pela OMS, os exames PCR ajudam a diagnosticar precocemente a doença, pois positivam já no início dos sintomas”, explica Marcelo Cordeiro, acrescentando que a identificação rápida do vírus direciona o tratamento e auxilia na adoção de medidas de proteção e distanciamento social, evitando a contaminação de mais pessoas.

  

Sintomas e contaminação | Segundo a OMS, a XEC pode apresentar:

  • Febre
  • Fadiga
  • Dores pelo corpo
  • Dor de cabeça
  • Dor de garganta
  • Tosse

 

O Sabin Diagnóstico e Saúde disponibiliza os exames para diagnóstico de Covid19 em diversas unidades, distribuídas em 14 estados e no Distrito Federal. Também está disponível para agendamento da coleta, uma vez que o paciente com covid deve ser manter em isolamento. Para obter informações adicionais, bem como o endereço da unidade, basta acessar www.sabin.com.br.

 

Pesquisa e Saúde | O investimento do Sabin em pesquisa e desenvolvimento já rendeu outros exames próprios para o diagnóstico de doenças que impactam a saúde no Brasil. Antes do primeiro caso de Covid-19 ser confirmado no país, em 2020, a empresa lançou um teste no formato RT-PCR, que se tornou importante aliado do ecossistema nacional de saúde. Em 2016, o laboratório foi pioneiro ao implementar exame pelo método RT-PCR para dengue, zika e chikungunya com uma única amostra de sangue e, neste ano, desenvolveu um painel molecular de arboviroses que identifica contágio pelas febres Oropouche, do Mayaro e amarela, além de dengue, zika e chikungunya. 

Entenda a diferença entre os exames disponíveis:

 

1. RT-PCR

  • Detecta o material genético (RNA) do vírus SARS-CoV-2 pelo método convencional, por meio de coleta de secreção nasal com swab.
  • Melhor período para detecção: primeiro ao sétimo dia de infecção.

    2.
    PCR Express
  • Identifica o RNA por meio da amplificação isotérmica, com tecnologia capaz de detectar o vírus em poucos minutos, considerado um Point of Care (teste rápido)
  • É uma tecnologia registrada pelo FDA e ANVISA. Usa coleta de secreção nasal com swab.
  • Melhor período para detecção: primeiro ao sétimo dia de infecção.
  • Se o resultado for inconclusivo, deve-se realizar o RT-PCR convencional.

    3.
    PCR Saliva
  • Segue o mesmo princípio do RT-PCR, porém utiliza a secreção oral (saliva) coletada em um copo.
  • Melhor período para detecção: primeiro ao sétimo dia de infecção

    4.
    Pesquisa de antígeno
  • Identifica as proteínas produzidas na fase de replicação do SARS-COV-19.
  • Como o processamento não é imediato, leva algumas horas para ser emitido o resultado. O material usado é secreção nasal coletada com swab.
  • Melhor período para detecção: do segundo ao sétimo dia de infecção.

  

Grupo Sabin
acesse o site da companhia



Covid-19 nos Bastidores da Globo: Funcionários são Testados Após Diagnóstico de Ana Maria Braga; Especialista Alerta para a Prevenção


Ana Maria Braga, apresentadora do programa "Mais Você", testou positivo para Covid-19 pela quinta vez. A notícia foi rapidamente acompanhada de uma série de medidas preventivas nos bastidores da Globo. Funcionários da equipe foram orientados a realizar testes para avaliar a possibilidade de transmissão do vírus, refletindo a postura da emissora em priorizar a segurança de sua equipe. 

Para entender melhor a importância das medidas adotadas e o papel da testagem em ambientes de trabalho, a Dra. Marcela Rodrigues, Diretora da Salus Imunizações, compartilhou sua perspectiva sobre o cenário da Covid-19 e os cuidados essenciais para prevenir a propagação do vírus.

 

Ana Maria Braga e o retorno da Covid-19 

O diagnóstico positivo de Ana Maria Braga para Covid-19 traz à tona a realidade de que, mesmo com a redução dos casos graves, o vírus ainda circula e impacta o cotidiano. A apresentadora, que já enfrentou o vírus em ocasiões anteriores, está isolada e em recuperação, enquanto a produção do programa segue tomando as devidas precauções para garantir a segurança dos demais envolvidos.

 

Testagem em massa: Segurança para todos 

Assim que o diagnóstico de Ana Maria foi confirmado, a Globo implementou protocolos de testagem em massa para os funcionários da produção. Esse processo de testagem é fundamental, segundo a Dra. Marcela Rodrigues, para "garantir que não haja uma cadeia de contágio no ambiente de trabalho." Ela explica que "a realização de testes periódicos, especialmente após um diagnóstico positivo, é uma das melhores maneiras de identificar precocemente possíveis casos e isolar aqueles que estão infectados, reduzindo a transmissão."

 

A prevenção como ferramenta essencial

Dra. Marcela enfatiza que o cenário atual exige uma abordagem responsável quanto à prevenção. Embora a gravidade da Covid-19 tenha reduzido, a transmissibilidade continua alta, especialmente em ambientes fechados. A especialista também salienta a importância da vacinação para reduzir o impacto do vírus, "garantindo que, mesmo se infectadas, as pessoas enfrentem sintomas mais leves e com menos complicações graves."

A vacinação, aliada ao uso de máscaras em casos de surtos e à testagem, ajuda a reduzir as chances de transmissão e protege os indivíduos mais vulneráveis. "É fundamental que os profissionais da saúde e da mídia continuem conscientizando a população sobre esses cuidados. A testagem é uma etapa essencial para a detecção precoce, mas a vacinação e as práticas de prevenção ainda são as melhores ferramentas para enfrentar o vírus", afirma Dra. Marcela.

 

Ações da Globo como exemplo de responsabilidade

A postura da Globo, que prontamente realizou a testagem de seus funcionários e adotou medidas de segurança nos bastidores, serve como exemplo de responsabilidade empresarial. A resposta ágil demonstra a importância de estabelecer protocolos preventivos robustos para enfrentar surtos de doenças infecciosas no ambiente de trabalho. "Empresas que priorizam a saúde de seus colaboradores através de medidas preventivas não só protegem sua equipe como contribuem para o controle da Covid-19 no país", reforça Dra. Marcela Rodrigues.

 

O que o público pode fazer?

A pandemia ensinou lições valiosas sobre a importância da higiene, do distanciamento em situações de risco e, principalmente, da empatia. Ana Maria Braga, ao informar o diagnóstico, reforçou a necessidade de responsabilidade e prevenção, tanto para o público quanto para os colegas de trabalho.  

 


Para se manter seguro, Dra. Marcela recomenda:

 

1. Atualizar a Vacinação – As vacinas são o maior aliado na prevenção de casos graves.

 

2. Realizar Testes ao Primeiro Sintoma – Testar-se rapidamente ao sentir sintomas ajuda a proteger outras pessoas.

 

3. Evitar aglomerações e utilizar máscaras quando necessário – Principalmente em casos de surtos ou locais fechados.

 

Conclusão 

O diagnóstico de Covid-19 de Ana Maria Braga e as ações subsequentes nos bastidores da Globo reforçam que a prevenção ainda é crucial no enfrentamento da Covid-19. A ação rápida da emissora em realizar testes nos funcionários é um exemplo de responsabilidade que todas as empresas deveriam adotar. 

Com o apoio de especialistas, como a Dra. Marcela Rodrigues, a sociedade se mantém informada sobre os cuidados necessários, reiterando que a prevenção e a testagem permanecem fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar de todos.

 

Salus Imunizações



Câncer colorretal: hábitos simples e exames de rotina podem evitar a doença, alerta especialista

Terceiro câncer mais incidente no Brasil tem bons níveis de cura se identificado precocemente; gastroenterologista do Hospital IGESP destaca alimentação e estilo de vida saudáveis como forma de prevenção

 

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino grosso, é o terceiro tipo mais frequente no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registra aproximadamente 44 mil casos anuais da doença, o que corresponde a uma incidência de 21,10 casos por 100 mil habitantes - 70% dos diagnósticos estão concentrados nas regiões Sul e Sudeste. 

Esse tipo de neoplasia surge a partir da multiplicação desordenada das células do cólon e do reto, o que gera o surgimento de pólipos (pequenas massas que crescem na parede do intestino) que, por sua vez, podem evoluir para o câncer. 

“Na maioria dos casos, o câncer de intestino grosso apresenta um prognóstico positivo e pode ser tratado quando diagnosticado nos estágios iniciais. Mas, para isso, é importante conhecer os fatores de risco e estar atento aos sintomas para que as medidas de prevenção sejam efetivas. Alteração do hábito intestinal, sangue nas fezes e emagrecimento sem explicação, são sinais de alerta e devem ser relatados ao médico”, explica Ricardo Guilherme Viebig, diretor técnico do Núcleo de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia (MoDiNe) do hospital IGESP. 

Assim como grande parte dos cânceres, o colorretal não tem uma causa definida, e os fatores genéticos são indicadores - ou seja, caso o indivíduo tenha histórico familiar, deve ficar atento às chances de desenvolver a doença. Também há relação com outros problemas intestinais que o paciente pode ter apresentado, como pólipos e lesões na parede do intestino, ou doenças inflamatórias intestinais. Pessoas com esse histórico clínico têm mais chances de desenvolver esse câncer. 

Segundo Viebig, a alimentação saudável é uma excelente maneira de prevenção. “O consumo de alimentos ricos em fibras ajuda a cuidar da saúde intestinal e auxilia na manutenção da flora. Logo, uma dieta pobre em fibras, associada ao consumo excessivo de industrializados e carne vermelha, especialmente gordurosas, é considerada propulsora desse tipo de câncer”, ressalta. 

Além da alimentação, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a falta de atividades físicas, a obesidade e a falta de cuidado com a saúde bucal são fatores de risco que devem ser considerados. 

Em grande parte dos casos, o câncer colorretal se desenvolve de forma silenciosa, sem que o paciente apresente quaisquer sinais no estágio inicial. Porém, quando surgem, os sintomas podem variar conforme o tamanho e a região afetada, alterando o funcionamento do intestino. Alguns deles são: sangue e alteração da aparência das fezes, anemia, fadiga e cansaço, diarreia ou constipação, inchaço ou presença de massa no abdômen, cólica, dor ou desconforto abdominal, perda de peso e sensação de que as fezes não foram eliminadas mesmo após a evacuação.

 

Diagnóstico e tratamento

A maneira mais eficaz apontada como método de diagnóstico do câncer colorretal é a pesquisa de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. O médico do Hospital IGESP pontua que esses exames são capazes de identificar e remover os pólipos antes mesmo de se tornarem cancerígenos. “A colonoscopia é muito eficaz no combate e na prevenção, isso porque é capaz de identificar precocemente a incidência do câncer, o que é de extrema importância para a cura. Ela detecta e remove os pólipos sem precisar de cirurgia e, se houver tumores pequenos, também são removidos, muitas vezes, sem complicações”, explica. 

O especialista ressalta que, quando realizada regularmente, a colonoscopia contribui significativamente para a redução da mortalidade. “Costumava-se indicar que a primeira colonoscopia fosse realizada assim que a pessoa completasse 55 anos. Mas, nos últimos anos, a incidência da doença em pessoas com idades de 20 a 39 vem crescendo entre 1 e 2,4%. Portanto, o ideal é que o exame seja realizado já a partir dos 45 anos”, alerta. “Quando o câncer é detectado em estágio inicial, tem grande chance de ser tratado com sucesso, confirmando a importância do rastreamento e detecção precoce”, completa. 

O tratamento para o câncer colorretal depende de inúmeros fatores, como localização, tamanho, extensão, se há metástase, se é indicada a retirada dos pólipos, radioterapia, quimioterapia ou intervenção cirúrgica. O câncer de cólon avançado não tratado pode ser fatal. Mesmo quando tratada, pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente devido aos efeitos colaterais do tratamento ou da cirurgia.

  

Hospital IGESP


Novembro Azul: sete mitos sobre exames e tratamento do câncer de próstata

O especialista em urologia, Dr. Samuel Juncal, explica os erros presentes nessas crenças e a importância de procurar auxílio médico regular.

 

Tema central do Novembro Azul, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete os homens no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mesmo com alta incidência, a doença ainda não recebe a devida atenção por parte dos homens, principalmente devido a estigmas e mitos associados aos exames e tratamento. 

Um mito bastante difundido entre os homens é “o exame de próstata é destinado apenas a homens mais velhos”. Tal crença, contudo, além de perigosa, está desconectada com a realidade, uma vez que, apesar de aumentar com a idade, homens jovens podem sim desenvolver a doença. Então, a prática de exames regulares não deve ser descartada, principalmente a partir dos 45 anos. 

Outra crença infundada muito comum é “apenas homens com sintomas precisam de exames de próstata”. De acordo com o médico urologista, Dr. Samuel Juncal, esse é um mito que precisa ser quebrado, uma vez que o câncer de próstata pode ser assintomático na fase inicial. “O cuidado regular por parte da população masculina é essencial. Quando falamos de câncer de próstata, é necessário considerar que a doença pode apresentar estágio assintomático, tornando mais difícil a detecção. Por isso a recomendação por exames regulares”. 

Em relação ao exame de toque retal em si, ainda há muito preconceito, levando ao senso comum ideias como “o exame de próstata é doloroso”, “o exame de toque retal é o único método para detectar o câncer de próstata” e “o exame de próstata afeta a masculinidade”. Essas crenças afetam a procura dos homens por cuidados médicos, principalmente devido ao machismo ainda presente na sociedade. Em 2023, por exemplo, menos de 40% dos homens com mais de 50 anos realizaram exames de próstata, de acordo com estudo da farmacêutica Apsen em parceria com as seccionais da Sociedade Brasileira de Urologia no Rio de Janeiro e em São Paulo. 

“É importante quebrarmos algumas crenças. Primeiro, o exame de toque retal dura apenas alguns segundos e pode haver um pequeno desconforto, mas não causa dor intensa. Outro ponto é que existe outro exame para detecção da doença como o teste de PSA, Antígeno Prostático Específico, que aumenta as chances de detecção precoce. Já em relação a ‘afetar a masculinidade’, é uma ideia absurda. O exame é essencial para a saúde masculina e isso deve estar acima de preconceitos. Cuidar de si não faz de uma pessoa menos homem, muito pelo contrário”, explica Juncal.

Devido ao histórico familiar, também é comum acreditar que a doença não pode ser prevenida. Contudo, por mais que o histórico aumente os riscos de desenvolver um câncer de próstata, exames regulares e um estilo de vida saudável podem ajudar na detecção precoce e redução de riscos. “Embora não eliminem o risco, manter uma alimentação equilibrada e praticar exercícios regularmente pode ajudar na manutenção da saúde da próstata”, explica o urologista.

Em casos de confirmação da doença, os sentimentos podem ser conflitantes, sendo comum o desespero inicial. A partir daí, surge a ideia de que esse câncer é sempre fatal e não há mais resolução, contudo, tal ideia não condiz com a realidade. “Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem altas taxas de tratamento bem-sucedido. É possível viver uma vida com qualidade e dignidade após a detecção. Lógico que é necessário um acompanhamento médico regular, mas é totalmente possível realizar um tratamento eficaz e ter qualidade de vida. Muitos homens vivem por muitos anos após o diagnóstico”, conclui o médico.


Deep learning: uma revolução para as imagens médicas


A área da saúde testemunha uma revolução tecnológica sem precedentes, com o aprendizado profundo emergindo como um divisor de águas nas imagens médicas. Essa tecnologia inovadora, capaz de ensinar máquinas a aprenderem com o cérebro humano, está transformando a maneira como diagnosticamos e tratamos doenças. 

A tecnologia de Inteligência Artificial por deep learning está otimizando a qualidade das imagens médicas, tornando-as mais nítidas, detalhadas e precisas. Essa evolução representa um avanço comparável à invenção da tomografia computadorizada em 1979 e tem contribuído com a GE HealthCare no desenvolvimento de diversas tecnologias pioneiras em todas as modalidades de diagnóstico por imagem: do ultrassom, imagem molecular, tomografia computadorizada até a ressonância magnética. Não sem motivo, atualmente somos o player de Healthcare com mais patentes de IA deep learning em todo mundo. 

O impacto do aprendizado profundo se manifesta em três frentes principais: planejamento, digitalização e diagnóstico. Essa tecnologia inteligente enfrenta os desafios relacionados à qualidade da imagem, como ruídos e movimentos do paciente durante os exames – e, além disso, otimiza o fluxo de trabalho, reduzindo atrasos, amenizando os impactos da falta de pessoal e da escassez de conhecimento clínico. 

Em um cenário de custos crescentes na saúde e desafios de sustentabilidade, o aprendizado profundo surge como uma solução poderosa para otimizar recursos e melhorar a eficiência. Como exemplo disso, mundialmente estamos nos aproximando dos 30 milhões de scans feitos com uma das nossas soluções, a AIR Recon DL, o que permite uma redução de, aproximadamente, 50% no tempo de aquisição de imagens, acelerando a rotina operacional de técnicos e radiologistas. Outros benefícios podem ser medidos como a obtenção de imagens mais nítidas e fidedignas, e o conforto para o paciente pelo tempo reduzido de exame como, por exemplo, a ressonância magnética. 

As redes neurais artificiais, inspiradas na estrutura do cérebro humano, permitem que os computadores processem grandes volumes de dados de forma similar à nossa capacidade de aprendizado. Essa abordagem em camadas possibilita a criação de um panorama completo e detalhado a partir de diversas imagens, preenchendo lacunas e reconstruindo áreas afetadas por movimentos do paciente, respiração ou tosse. A análise apurada permite a detecção de anomalias sutis, imperceptíveis ao olho humano, abrindo um novo horizonte para o diagnóstico precoce e preciso.

 

Impacto multimodal

A influência do aprendizado profundo se estende por todas as modalidades de imagem médica, incluindo ressonância magnética, tomografia computadorizada e imagem molecular. A experiência do paciente é significativamente aprimorada com exames mais rápidos, confortáveis e com menor margem de erro. A automatização de tarefas repetitivas, como segmentação e medição de imagens, libera os radiologistas para o essencial: o cuidado e a interação com o paciente. 

É importante destacar, porém, que a inteligência artificial não substitui o profissional de saúde - isso não é uma possibilidade cogitada. Em vez disso, a tecnologia atua como um "assistente inteligente", minimizando a carga de trabalho, reduzindo o risco de esgotamento profissional e aumentando a confiança no diagnóstico.

 

Aprimorando a Precisão e a Acessibilidade

Na ressonância magnética, o aprendizado profundo mitiga as limitações tradicionais, como os longos tempos de exame e a baixa resolução espacial. A tecnologia permite a aquisição de imagens em alta velocidade, corrigindo artefatos de movimento e tornando os exames mais rápidos e confortáveis, especialmente para pacientes com dificuldades de respiração.

A redução do tempo de exame impacta positivamente a produtividade, otimizando o fluxo de trabalho e aumentando a disponibilidade do equipamento para novos exames e consultas. A sustentabilidade também é beneficiada, com a redução do consumo de energia e das emissões de CO2.

 

Planejamento, Diagnóstico e Novas Fronteiras

As aplicações do deep learning transcendem as imagens médicas, expandindo-se para o planejamento e o diagnóstico. A automação no agendamento de pacientes, a configuração do equipamento e a experiência do paciente durante o exame são alguns exemplos.

A inteligência artificial generativa surge como uma ferramenta poderosa para auxiliar os médicos no diagnóstico, especialmente em casos complexos: a notificação automatizada de resultados agiliza o processo, enquanto a pesquisa avança na identificação de biomarcadores e na padronização de protocolos clínicos.

Na neurociência, o aprendizado profundo permite investigar o cérebro humano com uma profundidade sem precedentes, abrindo caminhos para o diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas complexas, como a doença de Alzheimer.

 

Um futuro promissor

Estamos presenciando o começo de uma nova era. As possibilidades do uso da IA estão se expandindo em escala exponencial a cada dia e dando novos passos na jornada do paciente. Seja no prontuário digital, no histórico genético, no diagnóstico por imagem, até mesmo no auxílio cirúrgico. O Brasil tem aderido muito bem à chegada dessa tecnologia pois grande parte das instituições de renome nas 5 regiões do país já operam com nossos equipamentos e com inteligência artificial no fluxo de exames, o que possibilita o acesso à tecnologia de ponta de cidades de pequeno e médio porte presente nos grandes centros médicos mundiais. Nós, como empresa focada em criar um mundo onde os cuidados com a saúde não têm limites, estamos explorando cada vez mais como usar essas tecnologias em favor da vida, por meio do diagnóstico por imagem, com o compromisso de oferecer cada vez mais novidades da IA para a saúde.

 

Leonardo Packer - Diretor da Modalidade de Ressonância Magnética da GE HealthCare América Latina.



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