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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Água com Limão Emagrece? Descubra a Verdade Por Trás do Hábito Que Ganhou Fama nas Dietas

Nos últimos anos, a água com limão se tornou praticamente uma celebridade entre as bebidas "milagrosas" para emagrecer. É comum encontrar influenciadores e até mesmo pessoas próximas dizendo que beber água com limão em jejum faz maravilhas: acelera o metabolismo, ajuda a queimar gordura, elimina toxinas e, claro, emagrece. Mas será que isso é verdade? Ou estamos diante de mais um mito de dieta? O nutrólogo referência em emagrecimento, Dr. Ronan Araujo, esclarece de uma vez por todas o que esse hábito realmente pode fazer pelo seu corpo e, quem sabe, colocar um ponto final nas dúvidas.

 

A origem da fama: o que tem no limão?

O limão é uma fruta rica em vitamina C e antioxidantes, e também possui compostos que ajudam a combater inflamações no corpo. Seu sabor ácido e refrescante pode tornar a água mais interessante, ajudando muitas pessoas a se manterem hidratadas, o que já é um grande benefício para a saúde. A hidratação adequada, por si só, já ajuda a regular o metabolismo e melhora o funcionamento do corpo como um todo. Mas a fama de “emagrecedor” vem de onde? 

Tudo começou com a ideia de que beber água com limão pela manhã, de preferência em jejum, traria efeitos “detox” para o corpo, ajudando a eliminar toxinas e acelerando o emagrecimento. Mas o que poucas pessoas sabem é que o corpo já possui seus próprios mecanismos de desintoxicação — fígado e rins fazem esse trabalho de forma natural, sem precisar de uma ajudinha extra de limão. Então, será que realmente emagrece? A verdade é um pouco mais complexa.
 

A realidade: água com limão sozinha não faz milagres


Embora o limão tenha muitos benefícios para a saúde, como fortalecer a imunidade e melhorar a digestão, não há evidências científicas que provem que ele atue diretamente na queima de gordura. Em outras palavras, beber água com limão não vai, de repente, derreter os quilinhos extras. A sensação de leveza que muitas pessoas relatam ao adotar esse hábito se deve, na maioria das vezes, a uma combinação de fatores: 

  1. Hidratação: Quando você começa o dia com um copo de água (com ou sem limão), já está ajudando o corpo a funcionar melhor, especialmente após várias horas de jejum durante a noite. A água, por si só, ajuda a evitar a retenção de líquidos e melhora o funcionamento do intestino.
     
  2. Controle de apetite: A água com limão pode ajudar a reduzir a fome em algumas pessoas, mas esse efeito é mais psicológico do que fisiológico. O sabor cítrico e refrescante pode dar a sensação de saciedade, e começar o dia com um ritual de hidratação ajuda a definir um tom saudável para o restante do dia.
     
  3. Substituição de bebidas calóricas: Se você está trocando o refrigerante, o suco industrializado ou outras bebidas calóricas por água com limão, já há um benefício direto para o emagrecimento. Menos calorias ingeridas é igual a maior chance de perder peso. Mas, novamente, é a troca e não o limão em si que faz a diferença.
     

Então, por que tantas pessoas acreditam que a água com limão emagrece? Isso pode ser explicado pelo efeito placebo. Se você adota a água com limão como parte de um conjunto de mudanças em sua rotina — como comer melhor, se exercitar e dormir bem —, naturalmente vai perder peso. A questão é que muitas vezes o limão acaba ganhando o crédito, mas é todo o novo estilo de vida que faz o trabalho pesado.

Mas isso quer dizer que a água com limão não serve para nada? De forma alguma! Ela pode ser uma aliada poderosa para:

  • Hidratar com um toque a mais: Muitas pessoas têm dificuldade de beber água pura. Adicionar um pouco de limão torna a bebida mais saborosa e ajuda a aumentar o consumo diário.
     
  • Melhorar a digestão: O limão tem compostos que estimulam a produção de bile no fígado, facilitando a digestão de gorduras e proteínas. Por isso, muitas pessoas sentem menos inchaço ao consumir a bebida.
     
  • Fornecer antioxidantes e vitamina C: Que ajudam a combater os radicais livres, promovem uma pele saudável e dão um impulso ao sistema imunológico.
     

Mitos populares que você deve conhecer

Há também muitos mitos que cercam a água com limão e podem causar confusão:

  • “Água com limão acelera o metabolismo”: Não há comprovação científica de que o limão tenha algum efeito significativo no metabolismo. O que realmente pode acelerar o metabolismo é a combinação de uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios.
     
  • “Limão em jejum emagrece mais”: Beber água com limão em jejum não traz nenhum benefício adicional para a perda de peso em comparação com beber em qualquer outro momento do dia. A vantagem, se é que existe, vem do hábito de começar o dia com hidratação.
     
  • “O limão alcaliniza o corpo”: Esse é um dos mitos mais difundidos. A ideia é que o limão, mesmo sendo ácido, teria um efeito alcalinizante no organismo, ajudando a “equilibrar” o pH do sangue. No entanto, o corpo humano já mantém o pH do sangue sob controle rigoroso e nenhum alimento tem poder de alterá-lo.
     

Quem deve ter cuidado com a água com limão?

Embora a água com limão seja segura para a maioria das pessoas, há algumas considerações importantes:

  • Dentes sensíveis: O ácido cítrico pode corroer o esmalte dos dentes com o tempo. Se você gosta de beber água com limão diariamente, tente usar um canudo para evitar o contato direto com os dentes.
     
  • Problemas gástricos: Pessoas com gastrite, úlceras ou refluxo gastroesofágico podem sentir desconforto com o consumo frequente de água com limão, especialmente em jejum.
     

Vale a pena?

No final das contas, a água com limão não é o milagre que muitos acreditam, mas também não é apenas uma moda passageira. Se você gosta de começar o dia com um copo de água com limão, vá em frente! “Só não espere que essa bebida, sozinha, vá transformar seu corpo. Para quem busca emagrecer, o foco deve estar em um plano alimentar equilibrado e em hábitos de vida saudáveis.

O segredo é simples: água com limão pode ser um ótimo complemento, mas nunca a estrela principal da sua rotina de emagrecimento.”, conclui o Dr. Ronan Araujo.



Dr. Ronan Araujo: CRM – 197142 - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

 

Outubro: Mês da Ressuscitação Cardiopulmonar - InCor reforça a importância de técnica para salvar vidas em casos de parada cardiorrespiratórias

Nos últimos dez anos, mais de 50 mil pessoas já foram capacitadas pela instituição, e são preparadas para salvar vidas

 

Em outubro, é celebrado o mês da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em toda a América Latina, Caribe, Espanha e Portugal. O Instituto do Coração – InCor HCFMUSP, referência em cardiologia, destaca a importância de saber realizar a manobra de RCP (ressuscitação cardiopulmonar; popularmente conhecida como massagem cardíaca) para aumentar as chances de sobrevivência em casos de parada cardiorrespiratória (PCR). Segundo a American Heart Association (AHA), a parada cardiorrespiratória é uma das principais causas de morte no mundo, matando mais pessoas do que várias doenças combinadas, como câncer e acidentes automobilísticos. 

De acordo com a AHA, aproximadamente 75% das paradas cardíacas fora do ambiente hospitalar ocorrem em casa, e a chance de sobrevivência aumenta significativamente quando o processo de ressuscitação é aplicado imediatamente. “A ressuscitação cardiopulmonar pode duplicar ou triplicar a chance de sobrevivência de uma pessoa. Por isso, saber como agir nesses momentos pode ser a diferença entre a vida e a morte”, esclarece o Dr. Sérgio Timerman, Cardiologista e Emergencista, Diretor do Centro de Parada Cardíaca e Ciência da Ressuscitação do InCor. “Todos devem aprender a fazer a técnica de ressuscitação”, complementa. 

A RCP consiste em aplicar compressões torácicas rápidas no centro do tórax, ajudando a manter a circulação sanguínea até que os serviços médicos de emergência cheguem. 

A técnica, segundo a AHA, é simples e pode ser aprendida por qualquer pessoa, sem a necessidade de um treinamento formal de longa duração. "Quando você é chamado para realizar a ressuscitação cardiopulmonar, há grandes chances de que seja para ajudar alguém que esteja sofrendo um mal súbito", destaca Dr. Timerman.

 

Diferenças entre parada cardíaca e ataque cardíaco 

Ainda que muitas vezes confundidas, a parada cardiorrespiratória e o ataque cardíaco são condições distintas. O ataque cardíaco ocorre quando o fluxo de sangue para o coração é interrompido, geralmente por uma artéria obstruída. Se não tratado rapidamente, pode causar danos ao músculo cardíaco, mas o coração geralmente não para de bater. Embora ambos os eventos sejam graves, eles requerem respostas diferentes. O reconhecimento rápido dos sintomas, como dor no peito, falta de ar e náuseas, é fundamental para acionar o serviço médico de emergência. 

Já a parada cardiorrespiratória é provocada por uma falha elétrica que faz o coração parar de bombear sangue, levando a uma perda imediata de consciência e respiração. “Em casos de parada cardíaca, o tempo é fundamental. A cada minuto sem RCP, as chances de sobrevivência caem cerca de 10%”, explica Dr. Timerman.

 

Ressuscitação cardiorrespiratória (RCP) com as mãos: simples e eficaz 

A American Heart Association recomenda a técnica de RCP "somente com as mãos", que envolve duas etapas simples: ligar para o serviço de emergência e comprimir o centro do tórax de forma rápida e firme, em um ritmo de 100 a 120 compressões por minuto. Essa abordagem tem se mostrado eficaz, especialmente para quem não tem treinamento avançado. 

“Por meio de treinamentos simples e acessíveis, como a RCP somente com as mãos, podemos preparar mais pessoas para salvar vidas. É uma técnica que qualquer pessoa pode aprender, e que faz toda a diferença em momentos críticos”, completa Dr. Timerman. 

Neste mês de conscientização, o InCor reforça o compromisso com a saúde cardiovascular e a capacitação da população para agir em emergências. Capacitar-se para realizar RCP pode salvar a vida de alguém que você ama.


Desvendando a incontinência urinária durante a gestação

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Descubra por que a incontinência urinária é frequente durante a gravidez e como enfrentá-la de forma eficaz 

 

A incontinência urinária durante a gestação é uma condição comum que afeta cerca de 40% das mulheres grávidas, de acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Embora essa situação seja desconfortável, é importante ressaltar que, na maioria dos casos, é um fenômeno temporário, gerado por mudanças naturais no corpo da mulher ao longo da gravidez. 

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por grandes mudanças em seu organismo, especialmente nas regiões abdominal e pélvica. O aumento do útero para acomodar o bebê acaba fazendo pressão sobre a bexiga, o que pode dificultar o controle urinário. Além disso, os músculos do assoalho pélvico, responsáveis por sustentar os órgãos dessa região, podem enfraquecer ao longo da gravidez, aumentando o risco de incontinência urinária. 

As mudanças hormonais também desempenham um papel relevante no desenvolvimento da incontinência urinária. O aumento da produção de progesterona, um hormônio essencial para manter a gravidez, pode relaxar os músculos do corpo, incluindo os músculos da bexiga, o que dificulta o controle da urina. 

Esse relaxamento muscular é necessário para permitir o crescimento do útero e o desenvolvimento do bebê, porém pode trazer efeitos colaterais, como a perda involuntária de urina. Segundo Aline Penido, professora de Fisioterapia do Centro Universitário Newton Paiva, “Apesar de ser muito comum as gestantes desenvolverem essa condição de saúde, não é normal perder urina em nenhuma fase da vida da mulher, incluindo o período gestacional”. 

Outro fator que pode ocasionar essa situação é o ganho de peso natural durante a gestação. À medida que a gestante ganha peso, a pressão sobre a bexiga e sobre os músculos pélvicos aumenta, o que pode intensificar as chances de incontinência. Mulheres que ganham mais peso durante a gravidez podem ter um risco maior de desenvolver o problema, especialmente se já possuírem predisposição ou histórico de fraqueza do assoalho pélvico. 

Para prevenir ou minimizar os sintomas durante a gestação, exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico são essenciais. “Esses exercícios ajudam a fortalecer os músculos responsáveis pelo controle urinário e podem ser realizados muitas vezes em casa”, destaca a especialista. Além disso, manter uma postura adequada e evitar o excesso de peso podem aliviar a pressão sobre a bexiga e diminuir os episódios de incontinência. 

Em casos em que a incontinência urinária se torna mais intensa ou persistente, o acompanhamento de um fisioterapeuta especializado em saúde pélvica pode ser uma boa opção, já que ele oferece técnicas específicas para melhorar o controle urinário, fortalecer os músculos do assoalho pélvico e ensinar a gestante a lidar com os sintomas de forma mais confortável. 

“É importante lembrar que, para a maioria das mulheres, a incontinência urinária associada à gestação desaparece após o parto, quando os níveis hormonais voltam ao normal e a pressão sobre a bexiga diminui”, finaliza Aline.

 

Centro Universitário Newton Paiva


Seconci-SP: mamografia é fundamental para prevenir câncer de mama

Conheça também alguns mitos e verdades sobre este exame

 

Pacientes com câncer de mama podem ter uma sobrevida em 95% dos casos, quando a doença é detectada em seu início. Daí a importância da prevenção, principalmente por meio de mamografia. O alerta é da dra. Nathalia Rodrigues Bettini, mastologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre a doença e de estímulo à realização deste exame.

No Seconci-SP, a mamografia é feita anualmente a partir dos 40 anos de idade, explica a dra. Nathalia. Pacientes de risco, como mulheres com histórico de câncer de mama, e/ou familiar como mãe, irmã ou filha com câncer de mama devem ter seu rastreamento individualizado. As pacientes têm boa aderência ao acompanhamento e comparecem regularmente às consultas e aos exames. Além da mamografia, o Seconci-SP também dispõe de ultrassom e biópsia (de agulha fina).

A mastologista destaca a importância do autoexame periódico, verificando se há alterações nas mamas ou nas axilas. “O autoexame não substitui a mamografia, é apenas para o autoconhecimento das mamas e um alerta para mudanças físicas nelas”.

Além de nódulos, outros sintomas podem ser percebidos: a pele mais avermelhada e a região endurecida, retração de pele da mama ou do mamilo. “Algumas mulheres resistem à mamografia, talvez por medo de descobrir algo e ter de enfrentar o tratamento, ou por falta de informação a respeito. Entretanto, não há nada a temer, ao contrário, a detecção precoce pela mamografia pode levar a tratamento menos agressivo, com grande chance de cura”, reforça a especialista.


Hábitos saudáveis

A dra. Nathalia chama a atenção para os fatores protetores do câncer de mama: além dos exames periódicos, é fundamental ter alimentação saudável, fazer exercícios físicos, evitar tabagismo e ingestão de álcool, dormir pelo menos 8 horas por dia e também amamentação.

Detectado o câncer, o tratamento será realizado em centro oncológico, incluindo cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia, a depender do tipo de câncer, tamanho, se é local ou espalhado pelo corpo.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), mais de 74 mil novos casos de câncer de mama devem ser registrados em 2024 no país. A doença atinge 64 a cada 100 mil mulheres, é o câncer que mais predomina entre elas.

A maior procura pela mamografia geralmente acontece em outubro, por ocasião da campanha, quando a rede pública de saúde realiza ações de conscientização. Além disso, o SUS dispõe de carretas para a realização da mamografia, mas na rede pública o exame é realizado somente a partir dos 50 anos de idade. A dra. Nathalia defende que a campanha seja ampliada, trabalhando-se mais com os agentes comunitários e médicos de família, para que estimulem as mulheres à realização do exame.

A campanha Outubro Rosa surgiu nos EUA pela Fundação Susan em 1990, com uma corrida para arrecadar recursos aos fundos de pesquisa sobre câncer de mama, e outras nações seguiram esta prática, relata a mastologista. As ganhadoras da corrida recebiam um laço rosa e daí vem o Outubro Rosa. No Brasil, onde a campanha começou em 2002, ela se tornou oficial em 2018, com a Lei 13.733, que traz recomendações como iluminar os edifícios públicos com luz rosa, preparar a enfermagem e estimular a realização dos exames.


Mitos e verdades sobre a mamografia

Algumas informações que circulam sobre a mamografia são falsas, afirma Juliane Barbosa de Freitas, técnica de raio-X da Unidade Central do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Abaixo, ela separa mitos de verdades sobre este exame.

• “Não preciso fazer mamografia porque não tenho casos de câncer na família”. Falso. Mesmo mulheres sem casos da doença na família devem realizar o exame.

• “Tenho prótese, então não posso fazer mamografia”. Falso. O exame não prejudica nem a paciente nem a prótese.

• “Tenho problema na tireoide, então preciso fazer o exame com um protetor”. Falso. Não há necessidade de colocar o protetor de tireoide, que não é aprovado pelo Conselho Brasileiro de Radiologia e pode atrapalhar o exame, obrigando a paciente a se expor a nova mamografia.

• “A mamografia é dolorida”. Verdadeiro, mas hoje o exame não é tão dolorido como antigamente. Além disso, a dor depende da sensibilidade da paciente, e não do tamanho da mama. A dor da doença é muito maior que a da mamografia, que evita tratamento agressivo da doença se esta for detectada em seu início.

• “A radiação da mamografia provoca câncer”. Falso. A dose de radiação é baixa, em comparação a outros aparelhos de raio-X.

• “Não se deve fazer a mamografia estando menstruada”. Falso. Se necessário, a paciente pode fazer o exame estando menstruada e pode ser que a mama esteja mais sensível.

• “No autoexame não percebi nada, então não preciso fazer mamografia”. Falso. A mamografia detecta microcalcificações que não são perceptíveis no autoexame, principalmente quando a mama é muito densa.

• “Se a mamografia detectar um nódulo, isso significa câncer”. Falso. A maioria dos nódulos detectados são benignos.

• “Homens devem fazer mamografia caso percebam a existência de nódulo”. Verdadeiro. Homens também podem ter esse tipo de câncer, embora isso seja mais raro.

• “Não se pode fazer mamografia com marcapasso ou port-a-cath (cateter totalmente implantado)”. Falso. Pode fazer o exame sim.

• “Paciente amamentando não deve fazer mamografia”. Falso. Pode fazer e continuar amamentando normalmente.

Segundo Juliane, a boa notícia é que a Unidade Central do Seconci-SP vai abrir mais vagas para a realização desse exame, diante da grande demanda.

 

Alimentação tem papel fundamental para recuperação pós-cirúrgica

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Um paciente que passa por uma cirurgia, qualquer que seja, recebe muitas instruções do médico:  medicamentos, repouso, restrições a atividades físicas, tipos de roupas que devem ser utilizadas e a alimentação. Esta última costuma ser, reconhecidamente, um dos deveres de casa mais difíceis. Um doce ou um alimento mais tentador acaba virando sinal de alerta diante do desejo de degustá-lo.

No entanto, a obediência às restrições médicas deve ser seguida à risca. Simplesmente porque o tipo de alimento que uma pessoa consome interfere diretamente no tempo de recuperação. “Uma dieta equilibrada, mas com restrições de açúcar e gordura saturada, representa um caminho seguro no processo de cicatrização. Além disso, também pode evitar eventuais inflamações”, orienta o médico Felipe Villaça, cirurgião-plástico que possui uma clínica em Belo Horizonte.

Após passar por uma cirurgia estética, especificamente, o paciente deve recorrer a alimentos ricos em proteínas, vitaminas e minerais. Ele explica que o principal papel desses nutrientes é acelerar a regeneração dos tecidos e produzir colágeno suficiente para cicatrizar e manter a elasticidade da pele. Para isso, é preciso diversificar a alimentação, e não concentrar apenas em um único alimento.

“O paciente deve ingerir carnes magras, ovos, peixes, leguminosas e leite e derivados. No que se refere às vitaminas, explorar bastante o consumo de frutas, principalmente aquelas ricas em Vitaminas A, C e E, já que são essenciais para a cicatrização e regeneração da pele”, afirma o cirurgião-plástico.

Via de regra, as gorduras tendem a ser liberadas para o consumo, desde que sejam de origem saudável. É o caso do azeite de oliva, do abacate, das nozes e de peixes ricos em ômega-3, como sardinha e atum. As frutas vermelhas, esclarece Felipe Villaça, são essenciais para uma ação anti-inflamatória no organismo. Outro tipo de produto cujo consumo é recomendável no pós-cirúrgico são aqueles ricos em fibras, como grãos integrais, frutas, vegetais e sementes.

“Tudo isso, aliado a uma hidratação constante, é essencial para uma recuperação mais rápida. E, claro, jamais ingerir bebidas alcoólicas e de comida excessivamente salgada. Por isso, o melhor é manter distância de bares e de restaurantes fast-food, onde as opções ficam mais direcionadas para produtos de baixa qualidade nutricional”, pontua Felipe Villaça.

 

Acompanhamento nutricional

Ele conta que, em sua clínica, é comum deparar com pacientes que se submetem a um procedimento estético e, com vistas a uma recuperação mais rápida e saudável, buscar acompanhamento com um nutricionista ou um nutrólogo, exatamente para fazer recomendações mais severas no que diz respeito à dieta no pós-operatório.

“A alimentação assume mesmo um papel de protagonismo após a cirurgia, então os pacientes recorrem a um profissional que indique o que deve ser valorizado na dieta e o que deve ser evitado ao extremo. Isso é positivo, mas exigirá uma disciplina muito forte da parte do paciente. O bom é que rapidamente se nota que a recuperação vale o preço”, finaliza.

 

Outubro rosa: Médico esclarece mitos entre próteses de silicone e câncer de mama e explica detalhes sobre cirurgia reconstrutora

 

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Dr. Luiz Haroldo Pereira, membro e ex-presidente da SBCP, afirma que o percentual de pacientes com próteses que desenvolvem câncer de mama está abaixo da média geral. Além disso, o cirurgião diz que cirurgia reconstrutora já pode ser feita junto à mastectomia na maioria dos casos

 

Outubro Rosa, o mês da conscientização sobre o câncer de mama chegou e com ele, muitas dúvidas surgem sobre a doença que vem mostrando um crescimento alarmante no Brasil, segundo o INCA. Acometendo majoritariamente mulheres, uma das preocupações além da saúde, é que o diagnóstico também mexe com a autoestima mesmo após o tratamento. 

No entanto, de acordo com o Dr. Luiz Haroldo Pereira, cirurgião plástico membro e ex-presidente da SBCP com mais de 40 anos de experiência, com a evolução da tecnologia e das cirurgias estéticas, não precisa mais ser assim, já que hoje consegue-se detectar o câncer em estágio inicial e em alguns casos, a cirurgia reparadora pode ser feita de imediato, junto com a mastectomia.

“Quando falamos sobre reconstrução, precisamos avaliar primeiro o câncer de mama. Hoje a doença pode ser descoberta na fase mais precoce possível, com meio centímetro. E quanto menor o câncer, mais opções de reconstrução nós temos”, explica o médico.

Na maioria dos casos, a retirada completa da mama, o que muitas mulheres temem, não é mais necessária. “Cerca de 95% dos pacientes podem fazer a quadrantectomia, que retira somente a região comprometida, fazendo um quadrante. A mastectomia radical, que retirava toda a mama, ficou no século passado”.

Após a retirada e a avaliação para certificar que o câncer foi retirado em sua totalidade, a reconstrução já pode ser feita. “De modo geral, as reconstruções são feitas ao mesmo tempo. Você tira a lesão e já reconstroi. Se a mama foi muito retirada, colocamos um expansor para manter a pele e muitas vezes já podemos colocar uma prótese embaixo do músculo, em casos mais brandos”. 

O médico também é categórico ao afirmar que os implantes não têm qualquer ligação com o aumento da probabilidade de desenvolver câncer de mama. “O percentual é bem pequeno. Porque são pacientes que passaram pelo pré-operatório, em que estudamos radiologicamente as mamas. Então muitas vezes conseguimos detectar algo precoce antes dos implantes. Existem estudos que alegam que a proporção é inclusive menor em pacientes com próteses, mas de modo geral, não tem ligação comprovada”.

Caso a paciente tenha próteses e seja diagnosticada com câncer de mama, de fato a retirada do implante será necessária. “Será feita a retirada, o quadrante e a avaliação da reconstrução que pode ser feita. Só em casos muito específicos e radicais que a reconstrução não será feita no mesmo momento, mas é raro. E pouco tempo depois, a paciente já poderá colocar o silicone novamente, se quiser”.

 

E como o principal é sempre manter os exames em dia, o médico tranquiliza pacientes com próteses sobre a mamografia: “Com os implantes modernos, o risco de haver um rompimento é mínimo. Até porque, hoje existe a mamografia digital e a ressonância magnética, que não fazem nenhum trauma na região mamária. O importante é não deixar de fazer os exames regularmente”, conclui.

 



Dr. Luiz Haroldo Pereira - referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.
www.drluizharoldo.com.br/ 


Menopausa: ginecologista destaca os desafios da saúde e o impacto na qualidade de vida das mulheres

Estudos indicam que as brasileiras iniciam a menopausa aos 48 anos e a fase pode aumentar o risco de doenças cardíacas 

 

No próximo dia (18), celebra-se o Dia Mundial da Menopausa, data idealizada  pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conscientizar sobre o bem-estar feminino. A menopausa é definida como o último ciclo menstrual das mulheres e, no Brasil, a idade média em que as brasileiras entram nesta fase é aos 48 anos, conclui estudo colaborativo realizado por pesquisadores das Faculdades de Medicina de Jundiaí (FMJ), do ABC (FMABC), de São Paulo (USP) e da Universidade de Pavia, na Itália. Apesar de ser uma fase natural, segundo a Amercian College Of Cardiology, a saúde cardíaca feminina se complica após o ciclo. 

A menopausa pode causar sintomas como incontinência urinária, calor excessivo, ganho ou perda de peso repentinos, ressecamento vaginal, dores durante as relações sexuais, quedas de cabelo, alterações estéticas íntimas e até o aumento da pressão arterial, desencadeando problemas cardiovasculares impactando diretamente o bem-estar e a autoestima feminina. 

Para a Dra. Fernanda Nassar, ginecologista e obstetra, apesar da menopausa ser desafiadora para algumas mulheres, cada organismo responde à chegada do ciclo de maneiras diferentes. 

“Embora seja uma fase inevitável na vida de todas as mulheres, os sintomas que a acompanham não são vivenciados da mesma forma por todas. Algumas passam pela menopausa de forma mais tranquila, com poucos ou nenhum sintoma significativo, enquanto outras enfrentam desafios maiores” Explica a Dra. Fernanda. 

A ginecologista destaca os principais tratamentos que podem ser realizados a fim de amenizar os desconfortos. 

“Além da Terapia deesposição Hormonal (TRH), tratamento comum entre as mulheres, existem outras opções que diminuem os desconfortos, afinal nem todas as mulheres podem aderir a esta técnica. Por isso, alternativas como laser íntimo, suplementação e a utilização de fitoterápicos, são maneiras válidas de aliviar os desconfortos. Além disso, é importante aliar os tratamentos a hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas e a alimentação equilibrada. Entendo que cada paciente tem necessidades únicas, por isso, faço questão de ouvir atentamente todas as queixas para propor um tratamento individualizado que promova bem-estar e qualidade de vida", conclui a Dra. Fernanda. 

 


Fernanda Nassar - Formada em medicina pelo Centro Universitário Lusíada (UNILUS) há 16 anos, a Dra. Fernanda Nassar é ginecologista especialista em cirurgia íntima a laser, e possui outras duas especializações em medicina estética e ortomolecular. Ela é fundadora da La Femme, a primeira clínica dedicada exclusivamente a procedimentos íntimos do Brasil. Combinando seus conhecimentos avançados com tecnologia de ponta, oferece tratamentos que promovem a saúde, a qualidade de vida, a autoestima e o bem-estar das mulheres. Inaugurada em 2021, a Clínica La Femme é uma referência em estética íntima e atende pacientes em Santos, São Paulo e em todo o Brasil.


Medicina integrativa potencializa Terapia de Reposição Hormonal


À medida em que as mulheres se aproximam da menopausa, seus níveis de estrogênio variam e diminuem e muitas optam pela Terapia de Reposição Hormonal para elevar esse hormônio que tem muitas funções. Além de regular os ciclos menstruais, o estrogênio contribui para a resistência óssea e influencia na nossa temperatura, entre outros efeitos. Por isso, quando seus níveis ficam alterados, as mulheres podem ter vários sintomas.

Antes de iniciar a TRH é possível optar por tratamentos integrativos para potencializar o máximo possível a reposição hormonal por meio da mudança de comportamento aliada a fisiologia metabólica individual, criando um terreno biológico positivo para maior efetividade da TRH.

Logicamente, o uso de hormônio é para quem merece, não para quem quer pois é necessário avaliar as condições bioquímicas do paciente por meio de exames, seu histórico, sinais e sintomas. Neste caso, é importante avaliar o terreno biológico do paciente positivo, ou seja, se o paciente tem inflamação de baixo grau, intestino com disbiose, obesidade e outras doenças metabólicas, pois ele precisa ter o rigor de dose e resposta individual em um trabalho multidisciplinar.

Com mudança de estilo de vida que engloba a melhora do Sono, redução do Estresse, melhora do Intestino, Reeducação Alimentar e prática de Exercícios Físicos, a dosagem do hormônio é menor e capaz de trazer mais benefícios para esta nova fase da mulher, desde que ela mude seus hábitos de vida.

Já, em relação às formas de aplicação dos hormônios, deve se evitar a via oral e intramuscular. As melhores vias são através de adesivos, gel e dos famosos implantes, também denominados de chips. É importante ressaltar que dentro de uma medicina integrativa multidisciplinar, quanto melhor o terreno biológico menor é a dose resposta efetiva.

Sobre as opções de hormônios para o tratamento, muito médicos ainda insistem em usar famoso premarin, obtido da urina da égua prenha. É verdade que é um hormônio natural, mas, como é de uma espécie não humana, pode provocar vários efeitos colaterais.

Hoje, o hormônio mais indicado é estradiol bioidêntico ou isomolecular que, apesar de ser sintetizado em laboratório, tem a mesma estrutura molecular do estradiol que o ovário da mulher produz. É como se o seu ovário voltasse a produzir o hormônio, restaurando sua função e proporcionando uma melhora na qualidade de vida, desde o climatério até a menopausa e pós menopausa.

Existem muitas dúvidas sobre os riscos do uso dos hormônios. Uma delas é se ele pode aumentar o risco de câncer do endométrio. Na realidade, pode acontecer, mas isso pode ser evitado usando progesterona natural ou implantando um Diu medicado de progesterona no útero, pois a progesterona protege o endométrio do efeito proliferativo do estradiol.

A possibilidade de o hormônio aumentar o risco de câncer de mama é outro tema que divide os especialistas. Estudos mais recentes indicam que o uso isolado de estradiol reduz a incidência do câncer de mama, assim como o uso de testosterona. Para ser assertivo no uso da TRH, recomenda-se avaliação da mama antes de indicar os hormônios, além do Mapeamento Genético e avaliação do histórico familiar para se ter a dose adequada.

Já, sobre a influência do hormônio na prevenção de doenças cardiovasculares é importante ressaltar que as mulheres raramente infartam antes da menopausa, e esta proteção é dada pelo hormônio estradiol. Na realidade, a TRH em mulheres menopausadas reduz o risco cardiovascular em até 50%. Mesmo que a genética da pessoa seja favorável às doenças cardiovasculares, o que realmente impacta é seu estilo de vida.

Outro receio é se os hormônios podem engordar. Na verdade, um indivíduo obeso tem uma enzima chamada aromataze em suas células de gordura que pode transformar testosterona em estradiol, o que para mulher menopausada pode causar função estrogênica aumentada, impossibilitando a famosa perda de peso em gordura, por isso, é importante uma dose de resposta e um terreno biológico favorável.

Esse cuidado deve ser tomado quando se utiliza testosterona em homens, que pode ser aromatizado em estradiol, pois pode causar aumento das mamas e ganho de peso em gordura e diminuição da libido. Já, o hormônio testosterona para a mulher têm uma função primordial, a melhora da libido, além do aumento da massa muscular isenta de gorduras, sendo, junto com o estrogênio, um ótimo aliado contra a sarcopenia e osteoporose.

Outro benefício é o estradiol reduz risco de Alzheimer, especialmente quando ministrado antes dos 55 anos. Seus efeitos são potencializados quando a reposição é iniciada perto da época da menopausa, ou seja, quando a mulher estiver entrando no climatério. Os estudos mostram que 90% dos casos da doença estão atrelados a microbiota e intestino, devendo unir a modulação intestinal individualizada junto ao TRH.

É importante ressaltar que com uma medicina integrativa, com a mudança metabólica de comportamento, é possível realizar um tratamento multidisciplinar efetivo com impactos bastante positivos nesta nova etapa da mulher. 



Leonardo Pimenta - Doutor em Fisiologia Humana Metabólica pela Faculdade de Medicina ABC, Mestre em Fisiologia Humana Metabólica pela USJT/USP, com Pós-Graduações em Fisiologia do Exercício e Treinamento Desportivo pela FMU e Graduação em Educação Física pela FEFISA. O especialista também tem Extensão em Fisiologia Cardíaca e Exercício pela USP e Imersão a Avançada em Medicina Funcional Integrativa pela Academia Brasileira de Medicina Funcional Integrativa. Membro da Clínica do Dr. José Bento, é fundador e proprietário do CENFE- Centro Metabólico e Docente das Pós Graduações: Hi-Nutrition, Instituto Valorize e Coordenador das Pós Graduações Inspirar SP/Campinas e UNIABC - Grupos Especiais/Obesidade Clínica, Metabolismo e Intervenções.
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Puericultura: por que o acompanhamento médico é fundamental para o crescimento saudável das crianças?

Pediatra da Unimed Araxá explica a frequência ideal das consultas médicas e destaca que o acompanhamento deve começar ainda na gestação

 

A puericultura é uma das práticas mais importantes dentro da pediatria, com um papel fundamental na promoção da saúde infantil e no desenvolvimento físico, mental e emocional das crianças. Segundo o médico pediatra da Unimed Araxá, Wilton Amorim de Matos Neto, a puericultura é a pedra angular da pediatria. “É o pilar, responsável pela promoção da saúde, pelo bom crescimento e desenvolvimento das crianças”, destaca.

 

O acompanhamento começa ainda na gestação, com a primeira consulta ocorrendo no terceiro trimestre. Esse momento é essencial para orientar as gestantes sobre a importância de um estilo de vida saudável, impactando diretamente o bem-estar do bebê. “A ciência já reconhece a relação entre o estilo de vida materno e a saúde da criança, seja na alimentação, atividade física, sono ou controle do estresse", ressalta o pediatra.

 

Após o nascimento, as consultas de puericultura seguem um cronograma rigoroso, com visitas mensais até os seis meses, bimestrais até o primeiro ano de vida, e depois, gradualmente, se espaçando. Esses encontros abordam questões cruciais, como ganho de peso, crescimento, desenvolvimento neuropsicomotor, suplementações vitamínicas e o calendário de vacinação. Além disso, o pediatra avalia fatores como a qualidade do sono, hábitos alimentares, atividade física e o tempo de exposição a telas, garantindo um desenvolvimento pleno e saudável.


Dr. Wilton Amorim destaca ainda a importância da puericultura no monitoramento do desenvolvimento infantil, utilizando métricas padronizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria, como curvas de crescimento e recomendações de suplementação de vitamina D e ferro. "A puericultura protege o paciente contra qualquer agravo que possa interferir no seu desenvolvimento físico e mental", afirma o pediatra, enfatizando a necessidade desse acompanhamento contínuo para a saúde integral da criança.



Dia Nacional e Mundial da Osteoporose: saiba quais exames laboratoriais fazer e como se prevenir da doença

Doença silenciosa pode atingir 200 milhões de pessoas no mundo todo

 

Todo ano, no dia 20 de outubro, o Dia Nacional e Mundial da Osteoporose é celebrado. Esse dia é dedicado à conscientização de todo o mundo para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. De acordo com a International Osteoporosis Foundation (IOF), estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas ao redor do mundo estejam afetadas pela condição. A osteoporose é uma enfermidade que se caracteriza pela perda de massa óssea e alteração na microarquitetura dos ossos. Isso leva a um aumento do risco de fraturas no corpo humano. E por ser silenciosa, muitas pessoas podem descobrir tardiamente esse diagnóstico. No entanto, existem maneiras de prevenir os efeitos e exames laboratoriais que podem auxiliar na detecção da osteoporose. 

Segundo Dr. Pedro Saddi, médico endocrinologista, patologista clínico e diretor regional de São Paulo capital da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), os humanos têm a massa óssea construída desde o nascimento, atingindo o pico por volta dos 30 anos. A partir dessa idade, começa a ocorrer perda de massa óssea lentamente ao longo dos anos. “É importante destacar que estamos constantemente formando e reabsorvendo osso, um processo que chamamos de remodelação óssea. A diminuição da densidade mineral óssea ocorre quando a formação é menor que a reabsorção”, explica. 

As mulheres costumam ser mais afetadas, por conta da aceleração dessa perda durante o período ao redor da menopausa. A estimativa, segundo a IOF, é que uma a cada três mulheres, mundialmente, com idade maior que 50 anos apresentará uma fratura por fragilidade óssea. Isso seria aproximadamente 9 milhões de casos ao ano. Saddi explica que elas são mais suscetíveis à osteoporose, devido à queda acentuada de estrogênio, um hormônio que ajuda na formação óssea, especialmente após a menopausa. “Além disso, as mulheres geralmente têm um pico de massa óssea menor que os homens, o que as torna mais vulneráveis à perda óssea relacionada à idade”, acrescenta o patologista clínico.

 

Fatores de risco para a osteoporose

De acordo com o endocrinologista, os fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose são:

  • Idade avançada – o envelhecimento é um fator importante já que há perda progressiva de densidade mineral óssea;
  • Sexo feminino – esse grupo tem maior risco, principalmente após a menopausa;
  • Histórico familiar – pessoas com histórico familiar de osteoporose têm maior chance de desenvolver a doença;
  • Baixo peso corporal – o Índice de Massa Corporal (IMC) baixo está associado a menor densidade óssea;
  • Deficiência hormonal – redução dos níveis de estrogênio nas pessoas do sexo feminino (menopausa) e testosterona nas pessoas do sexo masculino, pode contribuir para a condição;
  • Uso prolongado de corticosteroides – esses medicamentos, geralmente usados para tratar problemas de saúde como asma, eczema, lesões articulares e artrite reumatoide, podem levar à perda óssea;
  • Baixa ingestão de cálcio e baixa vitamina D – essas deficiências nutricionais impactam negativamente a saúde óssea;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
  • Condições crônicas como diabetes mellitus e artrite reumatoide.

 

Sinais de alerta e detecção da osteoporose

Apesar de ser uma doença que evolui de forma silenciosa, sem apresentar muitos sintomas, existem alguns sinais que quando presente devem despertar a hipótese de osteoporose. O diretor regional da SBPC/ML esclarece que uma fratura após uma queda simples, por exemplo, é o maior sinal de alerta para a doença. Além disso, a diminuição de estatura ou postura progressivamente curvada com o avançar da idade podem indicar fraturas vertebrais, condição que define a presença de osteoporose. Dor nas costas também pode ser sinal de fratura vertebral. 

Para o diagnóstico da osteoporose, Dr. Pedro explica que o exame padrão para avaliação da densidade mineral óssea é a densitometria óssea (DXA). “O diagnóstico de osteoporose deve levar em conta as características clínicas do paciente e o resultado da densitometria. No entanto, alguns exames laboratoriais podem ser usados para avaliar fatores relacionados à saúde óssea”, explicita. 

Os exames laboratoriais para avaliar a saúde óssea são:

  • Cálcio sérico – essa substância ajuda a monitorar a função paratireoide e a saúde óssea. Níveis anormais podem indicar distúrbios de metabolismo ósseo;
  • Calcio na urina - pode indicar perda desse mineral.
  • 25-hidroxivitamina D – quando apresenta baixos níveis, indica deficiência de vitamina D, que associada à fragilidade óssea;
  • PTH – níveis elevados desse indicador podem sinalizar hiperparatireoidismo, condição que leva à desmineralização óssea;
  • Fosfatase alcalina – altos níveis podem indicar aumento da remodelação óssea, que pode estar associada a outras doenças do metabolismo ósseo;
  • Marcadores de reabsorção óssea como telopeptídeo C-terminal (CTX) – eles ficam elevados em processos de perda óssea aumentada, como osteoporose. 

O patologista clínico ainda diz que, para as pessoas do sexo feminino, é recomendado que a densitometria óssea seja realizada a partir dos 65 anos, ou mais cedo naquelas com fatores de risco. Nos indivíduos do sexo masculino, geralmente a avaliação é indicada a partir dos 70 anos, ou antes, dependendo de condições de risco. “Já os exames laboratoriais podem ser realizados a qualquer idade se houver suspeita clínica de deficiência nutricional ou hormonal ou ainda, a presença de outra doença que afete a saúde óssea”, complementa.

 

Prevenção da osteoporose

A prevenção da osteoporose se dá por diversas formas. Uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, ou seja, consumo de laticínios, peixes gordurosos e exposição equilibrada ao sol ajudam a manter os níveis adequados dessas substâncias, segundo Dr. Pedro Saddi. Ele afirma também que ações como atividade física regular e caminhada, por exemplo, fortalece os ossos; parar de fumar e evitar o consumo excessivo de álcool, são formas de se ressalvar da doença. 

Além disso, o monitoramento de saúde hormonal é fundamental para se evitar a osteoporose. “Mulheres na pós-menopausa devem discutir com seus médicos sobre a terapia de reposição hormonal, quando apropriado. Suplementação de cálcio e vitamina D também são importantes, se indicadas por um médico”, finaliza o diretor regional da SBPC/ML.

 

SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial

 

Outubro Rosa: a nutrição tem um papel fundamental para contribuir no combate ao câncer de mama


Outubro é o mês de conscientização sobre o câncer de mama e a prevenção sempre é uma das melhores formas de reduzir os riscos dessa doença. Porém, além dos exames de rotina, como a mamografia, exercícios, evitar uma vida sedentária incluindo uma alimentação equilibrada pode ser uma grande aliada para tentar combater. 

De acordo com a nutricionista, Thainara Gottardi, uma dieta rica em nutrientes adequados não só fortalece o sistema imunológico, como também pode contribuir para a diminuição da inflamação e o controle do peso — fatores diretamente ligados à redução dos riscos de desenvolvimento do câncer. A especialista ressalta que, ao incorporar alimentos específicos na rotina, é possível atuar na prevenção e melhorar a qualidade de vida durante o tratamento. 

“Estudos indicam que alguns grupos alimentares possuem compostos bioativos que auxiliam na proteção do organismo contra o câncer. Entre eles estão as frutas vermelhas, ricas em antioxidantes, e os vegetais crucíferos, como brócolis, couve e repolho, que possuem compostos como o sulforafano, que ajudam a eliminar substâncias tóxicas do corpo”, explica Thainara. 

A especialista ainda recomenda a ingestão de gorduras saudáveis. “Quem puder incorporar na sua rotina alguns alimentos ricos em ômega-3, que está presente em peixes como o salmão, é uma ótima opção. Além disso, o consumo de oleaginosas, como nozes e castanhas, também são indicados porque essas gorduras auxiliam na modulação da inflamação no corpo, contribuindo para um ambiente menos propício ao desenvolvimento de tumores”, comenta. 

Outro ponto a ser destacado é o equilíbrio da alimentação. “É essencial focar em uma dieta variada e rica em alimentos naturais, evitando o consumo de ultraprocessados e açúcares refinados, que podem favorecer o ambiente inflamatório no corpo. Alimentos como grãos integrais, frutas, vegetais e fontes de proteína magra devem ser a base de uma dieta preventiva e, inclusive, durante o tratamento”, afirma Thainara Gottardi.
 

Apoio nutricional durante o tratamento 

Durante o tratamento do câncer de mama, a alimentação pode ser adaptada para amenizar os efeitos colaterais das terapias, como quimioterapia e radioterapia. A nutricionista Thainara Gottardi explica que o suporte nutricional é fundamental nessa fase, pois uma dieta balanceada pode ajudar na recuperação mais rápida, na manutenção da massa muscular e no fortalecimento do sistema imunológico, que pode ficar comprometido durante o tratamento. 

Outro ponto crucial é a hidratação. O consumo adequado de água ajuda o organismo a eliminar toxinas, melhora a digestão e pode até aliviar alguns sintomas relacionados ao tratamento do câncer, como a constipação. 

Neste sentido, a nutrição desempenha um papel vital na saúde de forma geral, e no contexto do câncer de mama, ela ganha ainda mais relevância. “Alimentos adequados, aliados a um estilo de vida saudável, podem atuar na prevenção e no suporte ao tratamento, trazendo mais qualidade de vida para quem enfrenta a doença”, finaliza Thainara Gottardi.

Por fim, a especialista também recomenda sempre consultar um nutricionista para que a dieta seja personalizada e atenda às necessidades individuais de cada paciente, pois, com ações informadas e bem orientadas, a nutrição se torna uma ferramenta poderosa na luta contra o câncer de mama.


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