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sábado, 7 de setembro de 2024

VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO



 Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio: Se precisar, peça ajuda!

Especialistas explicam que o suicídio é a vontade de interromper uma grande dor, não a vida. É preciso quebrar o tabu, falar abertamente e ajudar sem julgar

 

O mês de setembro é marcado por uma das campanhas mais importantes de conscientização em saúde mental: o Setembro Amarelo, voltado para a prevenção ao suicídio. Com o lema de 2024, “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha busca romper o silêncio em torno desse tema, promovendo a informação como uma aliada para salvar vidas. 

De acordo com o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), feito em 2019, mais de 700 mil suicídios são registrados globalmente a cada ano, com uma estimativa de mais de um milhão de casos ao incluir os subnotificados. No Brasil, o cenário também é alarmante: cerca de 38 pessoas tiram a própria vida diariamente. Esses números reforçam a necessidade de conscientização e ação, especialmente entre os jovens de 15 a 29 anos, grupo no qual o suicídio é a quarta principal causa de morte, depois de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. 

O suicídio, mostra ainda a OMS, mata mais que HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios no mundo. É um fenômeno complexo, que afeta pessoas independente de origem, sexo, cultura, classe social e idade. 

Mas como podemos identificar os sinais e, principalmente, como ajudar quem está passando por um sofrimento tão intenso?

 

Sinais e como ajudar

Para Juliana Gonzalez, psiquiatra do Eco Medical Center, o diálogo aberto é fundamental: “O mais interessante é perguntar diretamente. Não ter medo de questionar se a pessoa tem pensado em morrer ou qual a motivação dela para viver. Precisamos vencer esse tabu”. 

Depois de identificar que a pessoa pensa em interromper a vida, explica a psiquiatra, nunca pergunte o motivo. “Os pacientes têm muito medo de julgamento. Isso os inibe de falar, de se abrir. Procurar razões só gera mais culpa. É essencial entender que a situação é uma questão médica e precisa de intervenção psiquiátrica emergencial”, alerta a profissional.

 

As razões por trás do sofrimento

Muitas vezes, a pessoa que pensa em suicídio não deseja, de fato, tirar a vida, mas sim acabar com uma grande dor. “Em geral, a pessoa não quer mais estar no grau de sofrimento que está. O suicídio é, para muitos, uma tentativa de fugir da dor, não da vida. São pessoas em elevado grau de depressão, que sentem-se culpados e se veem como um peso para a família, ou por não conseguirem executar as atividades rotineiras como antes”, explica a psiquiatra, mostrando porque é importante ressaltar que a dor pode ser superada com ajuda de profissionais. 

Condições como depressão grave são frequentemente associadas a esses pensamentos, mas qualquer motivo pode ser gatilho para essa dor insuportável.

 

O papel da família e dos amigos

A psiquiatra enfatiza que, ao identificar alguém com a vontade de tirar a vida, apenas diga que entende, ofereça ajuda sem julgar e garanta que a pessoa esteja segura até receber tratamento médico adequado. 

Ela também destaca que, em casos graves, como ideação suicida ativa, no qual a pessoa planeja o ato, é necessário o internamento hospitalar, onde uma equipe multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional) estará disponível para intervir. Se for o caso de um internamento domiciliar, uma rede de apoio familiar deve se formar para monitorar o paciente até a melhora clínica. 

O tratamento, além da internação, pode exigir medicamentos e terapia com psicólogos, que vão ajudar o paciente a desconstruir determinadas crenças, principalmente o sentimento de culpa e dor. “Não é normal conviver com sofrimento e vontade de tirar a vida. Existem soluções, é possível melhorar”, estimula a psiquiatra.


Setembro Amarelo: 12 passos para controlar a ansiedade nas redes sociais

O Setembro Amarelo é um período dedicado à conscientização sobre a prevenção ao suicídio e à promoção da saúde mental. Em um mundo onde a conexão constante pode amplificar problemas como ansiedade e depressão, é essencial adotar práticas que promovam o bem-estar digital.

Rafael Terra, renomado especialista em tendências digitais e autor do livro Bem-Estar Digital, lançamento da DVS Editora, compartilha 12 princípios fundamentais para viver melhor no mundo hiperconectado e reduzir os impactos negativos das redes sociais.


1. Monitore seu tempo e comportamento online

Autoconsciência digital começa com a compreensão de quanto tempo você passa conectado e como isso impacta sua vida. Monitore seu uso de dispositivos e redes sociais, e questione se esse tempo está alinhado com seus valores e prioridades. Apps que registram o tempo de tela podem ser ferramentas valiosas para perceber quanto do seu dia é consumido online. Pergunte-se: estou vivendo ou apenas existindo online? Reconhecer e ajustar seu comportamento digital pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada.


2. Seja intencional com sua presença online

Autenticidade digital não significa apenas evitar filtros; é sobre garantir que sua presença nas redes sociais reflete quem você realmente é. Cada post, cada comentário é um pedaço de você que fica na memória dos outros. Pergunte-se: estou sendo lembrado por algo que verdadeiramente importa? Ou estou apenas preenchendo o espaço digital sem propósito? Seja intencional com o conteúdo que compartilha, para que sua presença online tenha valor e propósito.


3. Combata o vício em dopamina digital

Rolagens infinitas em vídeos de Reels ou TikTok podem parecer inofensivas, mas geram picos de dopamina que condicionam seu cérebro a buscar gratificação instantânea. Este hábito pode se transformar em vício, dificultando a capacidade de focar em tarefas que exigem mais tempo e concentração. Para combater isso, pratique a gratificação adiada: estabeleça metas e recompense-se ao completá-las, em vez de se perder em distrações digitais. Essa prática não só melhora a produtividade, mas também traz uma satisfação mais duradoura.


4. Escolha com cuidado quem você segue

Você é a média das cinco pessoas que mais segue. O conteúdo que você consome molda seus pensamentos, emoções e, eventualmente, suas ações. Faça uma revisão regular de quem você segue nas redes sociais e pergunte-se se essas influências estão alinhadas com o tipo de pessoa que você deseja se tornar. Seguir perfis que inspiram, educam e elevam pode transformar sua experiência online e fortalecer sua saúde mental.


5. Fortaleça-se contra as adversidades do ambiente digital

Resiliência digital envolve a capacidade de enfrentar críticas, negatividade e a pressão das redes sociais sem deixar que isso abale seu bem-estar. Desenvolva uma mentalidade forte ao aprender a diferenciar críticas construtivas de ataques pessoais. Lembre-se de que a maioria dos comentários negativos reflete mais sobre quem os faz do que sobre você. Praticar a resiliência digital é crucial para navegar pelas adversidades do mundo online sem perder o equilíbrio.


6. Cultive compreensão e gentileza nas interações online

A empatia é fundamental, especialmente em um ambiente onde as palavras são facilmente mal interpretadas. Antes de postar ou comentar, considere o impacto de suas palavras. Pergunte-se: isso contribui positivamente para a conversa? Pratique a gentileza e a compreensão em suas interações online, ajudando a criar um ambiente digital mais acolhedor e menos propenso a gerar ansiedade.


7. O Poder de se desligar para recarregar

A desconexão planejada é mais que uma pausa; é uma necessidade vital para recarregar suas energias. Defina momentos específicos do dia para se desconectar das telas e reconectar-se consigo mesmo ou com o mundo ao seu redor. Seja uma caminhada ao ar livre, uma leitura ou uma conversa cara a cara, essas pausas são essenciais para manter um equilíbrio saudável entre o digital e o real.


8. Construa relações digitais saudáveis e conexões reais

As redes sociais podem ser ferramentas poderosas para construir conexões, mas é importante garantir que essas relações sejam saudáveis. Invista em relacionamentos que oferecem apoio mútuo e crescimento, e evite interações que te drenam emocionalmente. Relacionamentos digitais saudáveis devem ser uma extensão dos seus valores e objetivos na vida real, não uma fonte de estresse.


9. Pratique o Mindfulness Tecnológico

No ambiente digital, a desordem pode ser tão debilitante quanto no físico. Ninguém encontrará nada valioso em meio a uma tela cheia de distrações e aplicativos desnecessários. Pratique o essencialismo digital, concentrando-se apenas nas ferramentas e plataformas que agregam valor à sua vida. Combine isso com o mindfulness tecnológico, usando a tecnologia de maneira intencional e consciente. Mantenha sua área de trabalho digital organizada e livre de excesso para facilitar o foco e a produtividade.


10. Use a tecnologia para fortalecer, não para subjugar

A tecnologia deve ser uma ferramenta para o seu crescimento pessoal e profissional, não um fardo que te subjuga. Use-a para aprender novas habilidades, alcançar metas e expandir seu conhecimento. Evite que a tecnologia controle sua vida; em vez disso, faça dela um instrumento que amplifique suas capacidades e potencial.


11. Harmonize sua vida online e offline

O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal se tornou ainda mais desafiador no ambiente digital, onde as fronteiras são facilmente borradas. Estabeleça horários claros para desconectar do trabalho e se dedicar a atividades pessoais. Respeitar esses limites é fundamental para manter sua saúde mental e garantir que sua vida online e offline estejam em harmonia.


12. Proteja sua identidade e dados pessoais

Por fim, garantir sua privacidade e segurança online é essencial para preservar sua paz de espírito. Utilize senhas fortes, ative a autenticação em dois fatores e seja cauteloso com as informações que compartilha. Proteger sua identidade e dados pessoais não é apenas uma medida de segurança, mas também uma forma de reduzir a ansiedade associada a potenciais ameaças digitais.

 

Rafael Terra - autor de Bem-estar Digital (DVS Editora). Com 20 anos no Mercado Digital, já realizou consultorias e gestão de projetos para mais de 600 grandes marcas nacionais e internacionais. Atua como professor de MBA de Marketing Digital e Redes Sociais em instituições de ensino como USP, ESPM e PUC.


Você já se sentiu por um triz de explodir? 5 dicas para entender os limites das suas emoções

A psicóloga Alana Anijar ensina como domar os seus sentimentos


Cada pessoa tem uma maneira diferente de lidar com as emoções. E isso pode causar uma série de problemas se os cuidados necessários não forem tomados. Pensando nisso, a psicóloga Alana Anijar explica, em 5 dicas, como entender os limites de uma experiência saudável com os sentimentos:
 

1. Reconhecimento e aceitação
Emoções, sejam elas positivas ou negativas, são uma parte natural da experiência humana. Um nível emocional saudável começa com o reconhecimento e a aceitação das próprias emoções quando elas surgem, de acordo com Alana. Isso significa se permitir senti-las e validá-las, em vez de reprimi-las ou negá-las.
 

2. Variação emocional
A experiência emocional saudável envolve uma ampla variedade de emoções, desde alegria e contentamento até tristeza, raiva e medo. “Ter a capacidade de vivenciar várias emoções é uma parte importante da experiência humana e não deve ser visto como algo negativo”, explica Alana.
 

3. Equilíbrio e autonomia
Emoções saudáveis envolvem equilíbrio e autonomia emocional. Isso significa ser capaz de gerenciar suas emoções sem ser excessivamente influenciado por elas, ou seja, sem permitir que elas controlem suas ações de maneira prejudicial. Essa seria uma intensidade emocional indesejada, como citamos anteriormente.
 

4. Comunicação e expressão
Uma parte fundamental do processamento emocional é a comunicação e a expressão saudável de sentimentos. “Isso envolve a capacidade de expressar suas emoções de maneira apropriada, seja por meio da comunicação verbal ou de outras formas criativas”, comenta.
 

5. Resiliência
Ter emoções saudáveis não significa nunca enfrentar desafios emocionais. É importante ser resiliente e capaz de lidar com o estresse e situações emocionalmente desafiadoras de maneira eficaz. A resiliência envolve a capacidade de se recuperar de experiências difíceis, de acordo com a psicóloga.
 



Alana Anijar - psicóloga formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especializada em Terapia Cognitivo Comportamental e mestranda. Fundou junto com o marido, em março de 2020, o Psi do Futuro, especialistas em empreendedorismo digital para psicólogos, ajudando milhares de estudantes e profissionais a conquistar a tão sonhada agenda lotada e viver bem da profissão. Hoje, já alcançou mais de 3 milhões de pessoas direta e indiretamente para mostrar que a Psicologia pode ser moderna, dinâmica e acessível para todos.


Dia de luta contra a gordofobia, especialista dá 4 dicas para ajudar quem precisa


O Dia de Luta Contra a Gordofobia (10/09), abre questionarmos sobre as normas sociais e culturais que perpetuam o preconceito contra pessoas acima do peso. É um chamado à ação para a inclusão, o respeito e a aceitação em todos os aspectos da vida. A psicóloga Valeska Bassan, especialista em transtornos alimentares de São Paulo, reforça que a mudança começa com pequenas atitudes no dia a dia: "Ao tratarmos todos com dignidade e respeito, independentemente do peso, estamos contribuindo para um mundo mais justo e compassivo já que a gordofobia é uma forma de discriminação que afeta a saúde mental e emocional de milhões de indivíduos, contribuindo para o aumento de transtornos alimentares, ansiedade e depressão”, alerta a especialista. 

A psicóloga destaca a importância dessa data como um momento de reflexão e ação. "A gordofobia não se limita a palavras ou atitudes explícitas. Ela está presente nas microagressões diárias, nas expectativas irreais impostas pela mídia e até mesmo nas piadas aparentemente inofensivas. Esses comportamentos não apenas prejudicam a autoestima, mas também podem desencadear sérios transtornos alimentares, como a bulimia e a compulsão alimentar", afirma. 

De acordo com Valeska, as vítimas da gordofobia frequentemente enfrentam uma pressão constante para se conformar a padrões corporais inatingíveis, o que pode resultar em comportamentos alimentares prejudiciais e na internalização de sentimentos de inadequação e vergonha. "Muitas vezes, as pessoas acima do peso se sentem isoladas e culpadas por não se encaixarem no ideal de beleza dominante. Isso pode levar a um ciclo vicioso de dietas restritivas, episódios de compulsão alimentar e, consequentemente, ao aumento de peso, reforçando o estigma que já enfrentam", explica.

Para lidar de maneira respeitosa e empática com pessoas que estão acima do peso, Valeska deixa importantes dicas:

  1. Não comente sobre o corpo de uma pessoa: Mesmo que a intenção seja positiva, comentários sobre perda ou ganho de peso podem ser prejudiciais. Concentre-se em elogiar qualidades não relacionadas à aparência física.
  2. Incentive a aceitação: Independentemente do tamanho ou forma do corpo, a saúde não se resume ao peso na balança.
  3. Seja um aliado: Combata a gordofobia ao se posicionar contra comentários preconceituosos ou estereótipos. Promova um ambiente inclusivo e acolhedor para todos.
  4. Reconheça que a saúde mental é tão importante quanto a física: Ofereça apoio emocional e encoraje a busca por ajuda profissional quando necessário. 


Valeska Bassan - Psicóloga aprimorada em Transtornos Alimentares pelo Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP) e pós graduanda em Medicina e Estilo de Vida e coaching de saúde no Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenou o Curso de Aprimoramento em Transtornos Alimentares Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP) e a equipe de psicólogos do Grupo de Estudos do Comer compulsivo em mulheres portadoras de obesidade (GRECCO) também do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP). Professora de pós graduação das disciplinas de Transtornos Alimentares Pós Cirurgia Bariátrica e dos Aspectos Psicológicos dos Transtornos Alimentares na Faculdade iGPs.
@psicologavaleskabassan


"Quero ler e não sei por onde começar"

Recebo essa mensagem com frequência nas minhas redes. E posso ser sincera? Adoro receber essas mensagens, pedido ajuda, querendo adquirir o hábito de leitura.

Como começar? LENDO!

Se você quer jogar tênis, jogue, se quiser aprender a cozinhar, cozinhe, se quer escrever, escreva e se quer ler, leia.

Como?

Descubra seus interesses, assuntos que mais atraem você. É muito importante esse auto conhecimento.

Relembre suas leituras, mesmo que sejam na escolaridade, algum livro que marcou você de alguma forma positiva. Reler um texto que já trouxe prazer em algum momento sempre reativa o desejo pela atividade.

Pense por que parou de ler, pois em algum momento, mesmo que tenha sido por obrigação, leituras aconteceram na sua vida.

Parou apenas por falta de tempo, um período onde o trabalho era tão intenso que afastou você dos livros? Perdeu o interesse?

Enfim, tendo refletido sobre sua caminhada literária, mãos à obra, vamos nos preparar para ler todos os dias e receber todos os benefícios que a leitura nos traz.

Escolha um livro com o assunto de seu interesse, mas que seja breve, livro de contos e crônicas são sempre bem vindos nesse começo. Fábulas ou livros curtos também contribuem para o sucesso de uma leitura finalizada. Não queremos nenhuma leitura abandonada nesse momento.

Arranje um lugar confortável, iluminado e silencioso. Descarte qualquer estímulo que tire sua atenção do livro.

Se quiser um bom incentivo, procure um clube de leitura e você terá um livro por mês lido. Leituras compartilhadas exigem empenho e fortalecem o compromisso com a leitura. 

Deixo aqui algumas indicações de livros breves para sua iniciação: 

- A mercadoria mais preciosa/ Jean-Claude Grumberg

- Simples Paixão/ Annie Ernaux

- O silêncio da chuva/ Luiz Alfredo Garcia- Roza

 

Mais indicações e dicas, me siga @daisygouveiaoficial

 



Daisy Gouveia - apresentadora, escritora, influenciadora digital e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura. Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.

 

7 DICAS E AS ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVER A PACIÊNCIA EM UM MUNDO TÃO ACELERADO

Paciência é a chave silenciosa para uma vida equilibrada e saudável


Quem não quer um pouco mais de paciência, que atire a primeira pedra! Em uma era marcada por avanços tecnológicos rápidos e gratificação instantânea, a paciência pode parecer uma virtude antiquada. No entanto, pesquisas recentes e insights de especialistas como a psicóloga Dra. Cristiane Pertusi ressaltam a importância crescente desta habilidade, não apenas como um traço de caráter, mas como um componente crucial para a saúde e o bem-estar pessoal.

Estudos têm vinculado a impaciência e a hostilidade a um risco aumentado de hipertensão e doenças cardiovasculares. Um estudo significativo publicado no Journal of the American Medical Association encontrou uma forte correlação entre jovens adultos que exibem altos níveis de impaciência e o desenvolvimento subsequente de hipertensão. De fato, aqueles com as maiores pontuações em urgência temporal tiveram um risco 84% maior de desenvolver alta pressão arterial ao longo de 15 anos, comparado àqueles com os menores níveis.

Outras pesquisas indicam que a impaciência pode desencadear respostas fisiológicas que exacerbam condições como a síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e até mesmo afetam a saúde mental, levando a estados aumentados de ansiedade e depressão.

A psicóloga Dra. Cristiane Pertusi enfatiza que a paciência não é apenas uma habilidade passiva, mas ativamente envolvida na regulação emocional e na manutenção da saúde. "A paciência é fundamental para o desenvolvimento da regulação emocional. Técnicas de respiração, mindfulness e práticas meditativas são essenciais para treinar o cérebro a reagir de maneira mais calma e medida diante das adversidades", explica Dra. Pertusi.


7 Dicas Práticas para Cultivar a Paciência

  1. Mindfulness e Meditação: Engajar-se regularmente em práticas de mindfulness e meditação pode ajudar a acalmar a mente e a aumentar a tolerância a situações estressantes.
  2. Técnicas de Respiração: Aprender e praticar técnicas de respiração profunda pode ser um método rápido e eficaz para controlar impulsos imediatos e cultivar uma resposta mais paciente.
  3. Estabelecer Pausas Deliberadas: Incorporar pausas intencionais durante o dia pode ajudar a desacelerar o ritmo frenético da vida cotidiana e a refletir antes de responder automaticamente.
  4. Exercício Regular: A atividade física não só melhora a saúde física, mas também ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo uma maior paciência.
  5. Gerenciamento do Tempo: Reavaliar e ajustar como você gerencia seu tempo pode aliviar a pressão desnecessária e permitir que você aborde as tarefas com uma mente mais calma.
  6. Educação Continuada: Aprender constantemente sobre novas técnicas de gerenciamento de estresse e participar de workshops ou terapias pode fornecer ferramentas adicionais para lidar com a impaciência.
  7. Criação de Ambientes Suportivos: Estruturar um ambiente de trabalho e pessoal que promova a calma e minimize o estresse pode ajudar a reduzir a incidência de respostas impacientes.

A capacidade de ser paciente influencia profundamente a qualidade de vida, as relações interpessoais e a saúde geral. Além de reduzir o risco de condições médicas sérias, a paciência fortalece as habilidades de comunicação e melhora a resiliência emocional.

Em um mundo que valoriza a rapidez, a capacidade de pausar, refletir e proceder com consideração não é apenas uma virtude, mas uma necessidade. Incorporar práticas diárias para desenvolver a paciência pode levar a uma vida mais satisfatória e saudável, demonstrando que, às vezes, a melhor resposta à constante pressão do tempo é simplesmente respirar fundo e permitir que a vida se desdobre em seu próprio ritmo.

 

Conversas escondidas já são traições? Especialista explica!

Manter uma postura honesta e transparente é vital para a saúde de qualquer relacionamento, diz especialista

 

Quando se fala em traição, muitos imaginam um ato físico, um beijo, um abraço, ou algo mais íntimo. No entanto, a traição emocional pode ser igualmente devastadora. Conversas escondidas, quando motivadas pela necessidade de esconder algo do parceiro, abalam a confiança e a transparência na relação. Estas interações secretas podem ser o início de um caminho perigoso, que leva à traição física e à destruição do vínculo entre o casal. 

"A traição começa no momento em que algo é deliberadamente escondido do parceiro. Esse é o primeiro passo para a quebra da confiança e, consequentemente, da relação, pois foge do que foi acordado entre as partes, até porque se não fosse algo errado não precisaria ser escondido. A falta de comunicação e honestidade pode criar um ambiente onde a suspeita e a insegurança florescem”, diz Roberson Dariel, Médium especialista em relacionamentos e fundador e presidente do Instituto Unieb, associação que une diferentes religiões para ajudar as pessoas a superarem problemas pessoais, profissionais e amorosos. 

É preciso entender que a pessoa que não está ciente dessas conversas acaba, de forma indireta, sendo exposta a uma vulnerabilidade emocional. A descoberta dessas interações secretas pode ser tão dolorosa quanto a descoberta de uma traição física, pois a sensação de ser enganado e a perda da confiança são igualmente traumáticas. “É fundamental que toda pessoa siga os acordos estabelecidos em suas relações. Seja uma regra implícita ou um acordo verbal, a lealdade e o respeito mútuo são fundamentais para manter a integridade do relacionamento”, finaliza Dariel. 

A transparência deve ser uma prioridade, e as conversas francas sobre limites e expectativas ajudam a evitar mal-entendidos e a fortalecer o vínculo afetivo. Então, quando motivadas pelo desejo de ocultar algo do parceiro, já são um passo em direção à traição. Manter uma postura honesta e transparente é vital para a saúde de qualquer relacionamento, garantindo que ambos os parceiros se sintam seguros e valorizados. Afinal, a confiança é um tesouro que, uma vez perdido, é difícil de recuperar.

 

Instituto Unieb
Saiba mais aqui!


A importância de colocar limites entre vida pessoal e profissional para o bem-estar dos empreendedores e equipe

Unsplash

Segundo uma pesquisa realizada pela Gallup, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal aumenta em 21% a produtividade dos funcionários e líderes empresariais, e está diretamente ligado a uma melhor saúde mental

 

No mundo dinâmico do empreendedorismo, a linha entre a vida pessoal e profissional pode facilmente se tornar tênue. No entanto, a prática de estabelecer limites claros é fundamental para garantir não apenas o sucesso dos negócios, mas também a saúde e o bem-estar do empreendedor e de sua equipe. 

Um exemplo inspirador dessa abordagem é a trajetória de Luzia Costa, empreendedora de sucesso e exemplo de profissional que equilibra as demandas de sua empresa com sua vida pessoal. Segundo uma pesquisa realizada pela Gallup, o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal aumenta em 21% a produtividade dos funcionários e líderes empresariais, e está diretamente ligado a uma melhor saúde mental. 

Luzia Costa, conhecida por ser a fundadora da maior rede de estética facial da América Latina, a Sóbrancelhas, compreendeu, desde cedo na sua jornada, a necessidade de separar o pessoal do profissional. Esse equilíbrio é o pilar de sua vida, permitindo que ela gerencie suas responsabilidades empresariais sem sacrificar sua saúde mental e física. “Embora o negócio seja familiar, evitamos trazer assuntos do escritório para casa, justamente para não misturar as coisas. Dessa forma, priorizamos o bem-estar, o que resulta em uma vida com mais qualidade e em um negócio mais eficaz, como podemos observar na Sóbrancelhas”, ressalta a empreendedora. 

Um estudo da Harvard Business Review apontou que 25% dos empreendedores relatam sentir sintomas de burnout, como exaustão emocional e esgotamento físico, devido à dificuldade de separar o trabalho da vida pessoal. Muitos empreendedores, ao entenderem isso, já estão adotando práticas em suas empresas em busca de uma rotina mais saudável. Empresas que promovem esse equilíbrio têm visto aumentos significativos na produtividade e engajamento dos funcionários, além de uma redução nas taxas de burnout e estresse. 

Esse cuidado reverbera em todos os aspectos do negócio, melhorando o clima organizacional, a satisfação do cliente e, consequentemente, os resultados financeiros.
 

Saiba mais sobre Sóbrancelhas, aqui.
 


O avesso da insegurança


Uma das histórias sobre o Buda conta que, um famoso matador profissional de sua época começou a seguí-lo. O Buda não desviou o seu olhar e continuou seu caminho. O bandido, que se chamava Agulimalia, começou a gritar para o Buda parar, mas ele não detinha seu passo. O cara foi ficando irritado e apertou o passo, até finalmente alcançar o Iluminado. Furioso, perguntou por que não tinha parado. O Buda respondeu: “Eu já parei há muito tempo, Agulimalia: parei de fazer coisas que causam o sofrimento das pessoas e outros seres. Parei de causar a morte e trato de cuidar muito bem de tudo e de todos que me cercam. Todos querem viver. Todos temem a morte”. Reza a lenda que o malfeitor ficou tão impressionado que prometeu nunca mais matar nenhum ser vivo e se tornou um monge.

A animação da Pixar, “Divertidamente 2”, acompanha a menina do primeiro filme, Riley, se tornando uma adolescente. Na sala de controle de sua cabeça, as Emoções fundamentais que estavam no primeiro filme, Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojo recebem novos convidados, não muito desejáveis: Ansiedade, Inveja, Tédio e Vergonha. Mas ficou faltando um personagem oculto, o mais importante, o afeto primordial que faz tudo se movimentar na cabeça de Riley, e na nossa cabeça: a Insegurança.

Estudos de Neurociência apontam que, desde a vida fetal, existe uma espécie de ressonância entre o Feto e as emoções da mãe. Como um primeiro reconhecimento. A ideia freudiana que ficar dentro do líquido amniótico, boiando nove meses sem nenhuma tarefa, nenhuma responsabilidade, só a sensação oceânica de prazer e proteção, na verdade não é bem assim. Os medos, a insegurança, as dúvidas, são transmitidas para o bebê em formação. Uma vez eu fiz um relaxamento para pessoas que estavam num workshop e fomos voltando no tempo, numa regressão até o tal período fetal, onde tudo era paz? Para muita gente, não. Uma moça descreveu uma sensação de um lugar gelado, o que pode ter sido uma depressão que sua mãe estava passando na gestação.

O fato é que, como disse o Buda, queremos viver, queremos cuidar e receber cuidado, e a vida já começa, desde o início, com a percepção da insegurança. A Insegurança é evolutiva e preserva, ou tenta preservar, a nossa sobrevivência. Existe um parasita, o Toxoplasma, que infecta ratos, mas tem como hospedeiro principal os gatos. Por um mecanismo desconhecido, ele desliga o medo no Cérebro dos ratos, que vão brincar com os gatos e acham os caras interessantes. Não é difícil prever o que acontece com esses ratos. Portanto, precisamos da Insegurança para viver. No caso do nosso Cérebro, que é uma máquina preditiva, fazemos cálculos baseados em nossa Insegurança o tempo todo. Não acabamos na pança de nenhum predador, geralmente, mas passamos a vida com Medo do que possa acontecer.

No filme, a menina Riley descobre que suas “best friends” não vão continuar na sua escola. Ela vai para um acampamento de Hockey e passa a fazer de tudo para se entrosar com as garotas mais velhas. Para isso, ela dá as costas para suas amigas, mente, maltrata e trapaceia porque na Sala de Comando está a Ansiedade. Mas quem está comandando a ansiedade é a Insegurança. O medo de ficar de fora, o famoso Fear of Missing Out, o medo da exclusão que está transformando a Adolescência numa jornada perigosa e cheia de medicamentos antidepressivos.

Quem está lendo aí do outro lado da tela deve concordar comigo que nosso mundo se transformou numa Adolescência coletiva, e todo mundo vive acossado pela sensação meio constante de Insegurança e Medo. Medo do futuro, da doença, da velhice, de ficar de fora, não do time de Hockey, mas fora do mercado, fora da Rede Social, cancelado de alguma forma do Mundo. Não temos medo do predador, temos medo de deixar de existir num cancelamento social, afetivo, econômico. Por isso, nossa velha dama Insegurança hoje está bem acompanhada por outro afeto novo, o Burnout, o Esgotamento. Já começamos o dia esgotados.

Procuramos o avesso da Insegurança na falsa sensação da Segurança e sua pior doença, que é o Controle. Vamos atingir a Segurança quando tudo for controlado, e a vida ficar protegida dentro de um cofre. Ou seja, a tentativa de controle se opõe à própria vida. Riley vai descobrir isso no seu acampamento. E nós, nem sempre vamos aprender. Nem vamos desistir de tentar controlar o que não tem controle.

Se não controlamos nada, e a vida é um surfar em uma constante Incerteza, qual é o avesso da Incerteza?

Esse texto já tinha essa resposta: parar de causar sofrimento às pessoas e os seres que nos cercam, e cuidar da Insegurança de todos é um bom jeito de começar. O avesso da Insegurança é o Cuidado.




Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiano e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


4 rotinas de autocuidado para colocar em prática e investir em si mesma

Especialista sugere hábitos que podem ser adotados em casa e são capazes de elevar a autoestima, promover a saúde e o bem-estar

 

Ter um tempo de qualidade consigo mesmo e praticar o autocuidado afeta de forma positiva a saúde física, mental e emocional. Não à toa, fala-se cada vez mais em “self care”, que é esse processo de cuidar de si mesmo com comportamentos e escolhas que promovam qualidade de vida e bem-estar. 

Thainara Porto, consultora comercial da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos, autocuidado é tudo o que uma pessoa faz para se sentir bem, desde descansar, se exercitar, ler um livro e dançar, até manter rotinas de cuidados específicos para o corpo. 

“O importante é que seja algo feito com carinho, de você para você. E manter uma rotina de self care pode ser mais simples do que muitas pessoas imaginam. Existem cuidados que podem ser adotados até mesmo em casa e que fazem bastante diferença para a autoestima e o bem-estar”, garante a especialista. 

Para ajudar quem busca construir esse hábito, Thainara sugere quatro rotinas de autocuidado para colocar em prática e investir em si mesma:

 

1. Alimentação saudável e exercício físico

Uma alimentação saudável, com inclusão de frutas, legumes e verduras, contribui para o bom funcionamento do organismo, melhora o rendimento físico, a memória e a concentração, além de fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças. Junto à alimentação saudável, é importante inserir exercícios físicos na rotina, ainda que seja uma simples caminhada, dança ou modalidade de luta. Isso vai melhorar a qualidade do sono e aumentar a flexibilidade e a força muscular.


2. Qualidade de sono

A quantidade de horas dormidas não traduz necessariamente a qualidade do sono. Ela é percebida quando, ao acordar no dia seguinte, tem-se a certeza de realmente ter descansado. Para isso, crie uma rotina saudável para dormir, com um ambiente em meia luz, música tranquila do seu gosto, além daquela roupa de cama macia e cheirosa. O uso de óleos essenciais é super bem vindo nesse momento. Tente também se afastar das telas luminosas, como celular, tablet, computador ou TV, ao menos meia hora antes de ir para a cama. É importante ainda ter travesseiro e colchão que atendam às suas necessidades, de acordo com seu corpo.


3. Rotina de skincare e bodycare

Cuidados específicos para a pele também são parte do autocuidado. Pode-se começar pelo rosto. O primeiro passo do skincare é retirar toda a maquiagem e limpar qualquer resíduo de produto, poluição e outras impurezas que atingem a pele ao longo do dia. Esse acúmulo de sujidades atrapalha a regeneração da pele e impede a absorção dos produtos. Com o rosto limpo, esse é o momento ideal para uma hidratação facial, usando produtos de acordo com o seu tipo de pele, orientados por um profissional. 

Depois, é a vez do resto do corpo. O bodycare pode incluir cremes hidratantes, clareadores, esfoliação e outros produtos que atendam aos seus objetivos. Além dos benefícios para a saúde da pele, essa rotina, junto com o cheirinho dos produtos, traz a sensação de conforto e influencia a autoestima e o bem-estar.

 

4 . Home care após tratamentos estéticos

Os tratamentos estéticos profissionais sempre tem seus resultados potencializados e prolongados adotando-se um home care em casa. Os produtos certos complementam os tratamentos feitos em clínicas, como o peeling de diamantes e ultrassônico, que estimula a renovação das células da pele, e a vacuoterapia, que melhora a circulação sanguínea e linfática, amenizando o quadro de celulite, mobilizando a gordura localizada e atenuando a flacidez da pele. 

Os profissionais responsáveis por esses procedimentos indicam esses cuidados e o importante aqui é ter disciplina para realizar o que foi sugerido em casa e assim aproveitar ao máximo os benefícios dos tratamentos.

 


HTM Eletrônica


Setembro Amarelo: A Luta pela Vida na Perspectiva da Psicologia

Como a ideação suicida pode destruir vidas e famílias


O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, que busca conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção ao suicídio. "Como psicólogo, venho observando em meu consultório casos que ilustram a profundidade e a complexidade desse fenômeno", explica Luti Christóforo psicólogo especialista nas análises junguianas. "Ideação suicida, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é um chamado de socorro que deve ser atendido com sensibilidade e compreensão". 

As causas da ideação suicida são variadas e multifacetadas, mas algumas se destacam pela frequência com que surgem em relatos clínicos: 

1.Depressão Profunda: A depressão é uma das principais causas de ideação suicida. Um paciente, que chamarei de L*, chegou ao meu consultório em um estado de desesperança total. Ele havia perdido o prazer em todas as atividades que antes o traziam alegria e sentia-se incapaz de imaginar um futuro melhor. A depressão de L* era como um nevoeiro denso que obscurecia qualquer vislumbre de luz. 

2.Traumas não Resolvidos: A*, outra paciente, foi vítima de abuso na infância, e o trauma não tratado a acompanhou por toda a vida adulta. Ela desenvolveu uma visão de si mesma marcada pela culpa e vergonha, acreditando que sua existência era um fardo para os outros. A ideação suicida em A* era uma tentativa de escapar da dor insuportável que carregava em silêncio. 

3.Isolamento Social e Sentimento de Inadequação: C*, um jovem adulto, sentia-se completamente deslocado em seu ambiente de trabalho e na vida social. Ele descrevia uma sensação constante de inadequação e solidão, acreditando que nunca seria capaz de se encaixar. O isolamento exacerbava sua angústia, levando-o a considerar o suicídio como a única saída para o sofrimento. 

Abordar a ideação suicida requer uma intervenção multidisciplinar e personalizada. "Abaixo, detalho algumas estratégias que podem ser aplicadas, tanto no contexto clínico quanto no apoio familiar e social", diz Luti Christóforo. 

1.Psicoterapia: No caso de L*, a Terapia Psicológica foi crucial para ajudar a desmantelar os padrões de pensamento negativo que alimentavam sua depressão. Trabalhamos juntos para identificar e desafiar as crenças disfuncionais que ele mantinha sobre si mesmo e o mundo. Gradualmente, L* começou a construir uma narrativa mais positiva e realista sobre sua vida. 

2.Terapia Focada em Traumas: Com A*, o trabalho foi voltado para a terapia focada em traumas. Conseguimos acessar e reprocessar memórias traumáticas que estavam presas em sua mente. Esse processo foi essencial para que A* pudesse reconstruir sua identidade e se libertar da culpa e vergonha que a aprisionavam. 

3.Para C*, o foco foi melhorar suas habilidades de comunicação e fortalecer os relacionamentos. Ao explorar e entender as dinâmicas que contribuíam para seu isolamento, C* foi capaz de desenvolver conexões mais significativas e construir uma rede de apoio que lhe proporcionava um senso renovado de pertencimento. 

4.Construção de Resiliência e Propósito: A construção de resiliência é uma estratégia fundamental na prevenção do suicídio. Todos os pacientes mencionados passaram por um processo de reconexão com suas forças internas e seus valores. Identificar um propósito de vida, mesmo que pequeno, ajudou-os a encontrar uma razão para continuar, dia após dia. 

5.Rede de Suporte Social: A presença de uma rede de apoio – formada por amigos, familiares, colegas de trabalho ou grupos de apoio – é vital. Incentivar os pacientes a se conectarem e se abrirem com pessoas de confiança pode proporcionar o suporte emocional necessário nos momentos mais difíceis. 

6.Tratamento Psiquiátrico: Em muitos casos, a intervenção medicamentosa se faz necessária. A combinação de psicoterapia com tratamento psiquiátrico foi essencial para estabilizar os estados emocionais de Lucas e Ana, oferecendo-lhes o equilíbrio necessário para enfrentar as dificuldades com maior clareza. 

O Setembro Amarelo é um convite para refletirmos sobre a importância de cuidar da saúde mental e oferecer apoio àqueles que estão em sofrimento. "A ideação suicida é um fenômeno complexo que exige um olhar atento e compassivo. Em meu trabalho como psicólogo, vejo diariamente a importância de abordagens personalizadas e integradas, que considerem as especificidades de cada indivíduo", comenta Luti Christóforo. 

Lutar contra os pensamentos suicidas é uma jornada difícil, mas possível. Com o suporte certo, é possível transformar a dor em crescimento e encontrar novos motivos para viver. A vida, mesmo com todos os seus desafios, é uma oportunidade única que vale a pena ser defendida.

 


Luti Christóforo - Psicólogo clínico
WhatsApp: (41) 99809-8887
Instagram: @luti_psicologo
e-mail: lutipsicologo@gmail.com

 

Especialista apresenta quatro dicas para aumentar a interação dos pais no desenvolvimento dos alunos

 Estudos comprovam que o engajamento dos pais no dia a dia escolar trazem efeitos diretos nos resultados acadêmicos

 

Durante o período de estudo na vida de adolescentes e crianças, a rotina se baseia em transitar entre suas casas e a escola, os ambientes onde passam a maior parte do tempo. Por isso, a parceria entre família e escola é um fator fundamental no processo de aprendizagem dos estudantes. Segundo um estudo de 2022 do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o engajamento dos pais e responsáveis tem efeitos diretos nos resultados acadêmicos dos alunos. Alunos de alto desempenho relataram que suas famílias regularmente fazem sua alimentação principal juntas, passam tempo conversando com eles ou perguntam o que fizeram na escola naquele dia. Eles também relatam melhor senso de pertencimento e satisfação com a vida. 

“A interação entre os dois é de extrema importância para o desenvolvimento do aluno. É importante que os pais observem e se interessem pelo aprendizado de seus filhos, entendendo as dificuldades e prioridades no estudo. Ao praticar essa vistoria, a comunicação com os gestores é necessária, sugerindo sugestões e feedbacks para que as escolas possam melhorar seus processos, decidindo junto com os professores as melhores atividades e planejamentos, para construção de uma educação melhor.”, explica Felipe Ferreira, CEO e cofundador da Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções de gestão escolar.

Pensando nisso, Felipe traz dicas para os gestores desenvolverem um bom relacionamento com a família dos estudantes. Veja!

  1. Priorize encontros para passar informações aos responsáveis
    Sempre facilite o acesso dos pais e responsáveis aos cronogramas, planos de aula e comunicados da escola. Invista nas reuniões para apresentar projetos, discutir temas relevantes e ouvir as demandas das famílias. Assim, a relação com o gestor ganha a confiança dos pais e intensifica a relação entre os dois.
     
  2. Invista em uma comunicação online eficaz
    Utilize os canais de comunicação, como aplicativos, redes sociais e e-mails para manter os pais, mães e responsáveis informados sobre o dia a dia escolar. Outro fator importante é desenvolver uma boa estratégia de marketing, com posts e interações com os pais, isso vai diferenciar sua gestão das outras.
     
  3. Convide as famílias a participarem de atividades culturais
    A realização de atividades culturais também é uma maneira para atrair os pais para a escola, envolvendo e desenvolvendo proximidade e parceria com a instituição. Eventos culturais, exposições, datas sazonais e apresentações são atividades que possibilitam que os responsáveis façam o networking com gestores, professores e outros pais, entendendo os valores importantes na rotina dos estudantes.
     
  4. Estimule o engajamento no dia a dia
    Desenvolva atividades de casa que estimulem a participação dos pais e responsáveis, assim eles ajudam no desenvolvimento de seus filhos e aumentam a participação na trajetória educacional das crianças.
     

“Fortalecer a parceria entre família e escola é essencial para o sucesso acadêmico dos alunos. Quando os pais se envolvem ativamente na educação de seus filhos, não apenas apoiam suas dificuldades, mas também se tornam coautores de seu aprendizado. Essa colaboração é um pilar fundamental na construção de uma educação de qualidade, onde todos têm voz e participação", finaliza Felipe.

 

Proesc.com
Para saber mais, acesse o site da empresa.


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