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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Chegou a hora da IA nas viagens corporativas?

Nesse artigo, o sócio-diretor da Tour House, Gian Terhoch, traz importantes insights sobre evoluções tecnológicas e sua aplicabilidade no setor, após sua participação no GBTA Conference, em Atlanta (EUA).

 

Passadas algumas semanas desde o GBTA Conference em Atlanta, esta é a principal pergunta que trazemos na bagagem e eu lhe explico o porquê.  

Já há alguns anos observamos a penetração de tecnologias extremamente disruptivas nos mais diversos mercados, transformando drasticamente a experiência de consumo dos usuários, embarcando segurança de dados e armazenamento de informações sensíveis, detectando as rotinas, preferências, perfis e variadas nuances de personalidade do indivíduo, mas para sermos sinceros o mercado do turismo corporativo ainda não foi arrebatado por uma tecnologia de IA que traga aquele “woow moment” na jornada de compra do usuário final, mas nos dedicaremos a falar sobre isso mais adiante.  

Voltando ao GBTA, duas coisas receberam muita luz e atenção neste momento do mercado: A primeira, a relevância do ESG no turismo corporativo, como, por exemplo, os temas relacionados à SAF (Sustainable Air Fuel) e a corrida que nosso mercado enfrenta nos desafios de diminuição severa nos impactos ao planeta, visto que atualmente mais de 2,5% dos gases de efeito estufa já são provenientes da aviação global.  

O segundo traz uma mensagem muito direta. IA é o tema a se discutir, ponto final.  

 Isso ficou nítido pela imensa quantidade de sessões dedicadas ao tema nas plenárias e workshops e pela quantidade de exibitors no expocenter da conferência. Aos que não estão familiarizados com a estrutura do GBTA trago aqui brevemente um resumo.  

O GBTA é dividido em três principais frentes, a primeira ocupa toda a manhã e traz sessões de letramento, workshops, rodas de discussão, palestras e grupos de trabalho sobre os mais variados temas pertinentes ao mercado. A segunda traz o expocenter com os estandes dos expositores e toda a estrutura de “feira” em si, é ali que as novidades, produtos e marcas são apresentadas. A terceira é composta pelas agendas “extrafeira” que se espalham por toda a cidade durante a noite.  

Quando falamos da primeira, a expectativa era sobre quais seriam os campeões de audiência. NDC ainda seria amplamente discutido? ESG teria uma pauta relevante? Ou a IA de fato lideraria a agenda? A quantidade de sessões dedicadas não apenas à inteligência artificial, mas à tecnologia em si era enorme e o calendário estava repleto de exemplos, divido aqui com vocês uma pequena perte deles:  

·         IA for non techies: Cases, Risks and Opportunities in the travel industry. 

·         Good News or Bad news? AI and the |Future of your job in the travel industry. 

·         How AI is Changing Everything, peoples, programs and market. 

Isto já nos dava uma ideia da força que o tema teria na edição deste ano. Mas foi ao adentrar no pavilhão de exposições que pudemos validar a tese. Mais do que nunca a proporção entre “soluções e tecnologias entrantes” era absoluta maioria frente ao “mercado tradicional”. Estamos falando de uma porção de traveltechs, empresas de tecnologia, desenvolvedores, ferramentas de gestão online, IAs e bots frente aos poucos stands das já conhecidas TMCs, companhias aéreas e redes hoteleiras.  

 

Chamou a atenção a força e relevância que o mercado da Oceania vem ganhando quando o assunto é IA para o mercado do turismo corporativo, pudemos nos deparar com empresas que sabem o que estão fazendo e prometem trazer barulho para o mercado muito em breve. Uma delas, da Nova Zelândia está usando IA na essência para transformar a jornada do viajante corporativo. Ela levou para a feira seu BOT de atendimento ao viajante, representada por uma figura humana feminina extremamente simpática e com uma capacidade de entender diversas línguas numa conversa próxima à perfeição (mesmo em meio a um pavilhão lotado e extremamente barulhento). Durante a interação me identifiquei como um viajante que precisava de hospedagem em São Paulo na semana seguinte e numa conversa extremamente leve a IA dos neozelandeses me levou numa experiência extremamente disruptiva de abertura do meu pedido de viagem entre momentos onde discutirmos em que bairro eu deveria ficar, como seria o fluxo de aprovação daquela missão, dentre outros pontos. Ao sentar pra conversar com os desenvolvedores e contar que somos do Brasil veio a resposta rápida: “Brasil? Que legal! Mercado gigante, mas bastante desafiador no acesso ao conteúdo, né?".  

 

Isso traz algumas reflexões do tipo “não adianta mirarmos em temas mais complexos como IA ou tecnologia preditiva se ainda tivermos desafios primários com conteúdo, NDC, etc. Todos concordamos neste ponto, certo?” 

 

Aquela breve interação com a IA desta empresa de tecnologia abre um mar de possibilidades no que diz respeito ao customer experience do mercado corporativo nas mais variadas esferas… será que teremos em breve de fato um concierge de viagem que interaja conosco visceral e integralmente durante nossa jornada desde a concepção dela (realizando uma conversa por voz ou vídeo como a que realizamos no GBTA) ou até mesmo durante nossa viagem?  

 

Seria loucura pensarmos em interações online & realtime como: 

 

“Hey Gian, vi que você optou por se hospedar na região norte da cidade e seu voo de retorno decola na sexta às 19:00. Isso me faz acreditar que você deva pegar trânsito carregado para chegar no aeroporto. Na sexta passada este trajeto levou quase duas horas para acontecer no final da tarde, talvez possamos procurar juntos outra opção de hotel mais próxima ao aeroporto, o que acha?” (Com acesso simultâneo aos mapas, informações de trânsito e minha agenda de voos e hospedagens a IA está indicando trocas na minha logística e missão profissional). 

 

Ou então: 

 

“Hey Gian, pude ver pela nota de consumo de seu almoço de hoje (que eu havia acabado de subir na plataforma de expense) que talvez seu consumo calórico tenha ficado um pouco acima do normal para uma única refeição, que tal um jantar mais leve hoje? Posso procurar por restaurantes naturais perto do seu hotel, tudo bem pra você?” (Com acesso inteligente aos consumos / prestações de contas e conhecendo minha rotina de alimentação e consumo calórico via smartwatches, por exemplo, a IA pode auxiliar em melhores escolhas de alimentação e cuidar da minha saúde). 

 

Ou temais usuais como: 

 

“Olá Gian, tudo bem por aí? Sua viagem para Curitiba que abrimos mais cedo ainda não foi aprovada pelo João da Silva e expirará no final do dia de hoje, mas vi que vocês participarão juntos de uma reunião às 14:00 na Sala Jacarandá, quer que eu coloque um lembrete cerca de 3 minutos antes desta reunião para que você possa falar com ele? Talvez você possa lembrá-lo de aprovar sua viagem.” (Leitura da política de viagens da minha empresa junto com acesso ao calendário de reuniões da minha agenda, trazendo antecipação de soluções para futuros problemas, neste caso uma viagem não aprovada). 

 

São INFINITAS possibilidades que hoje podem parecer distantes da realidade do mercado de viagens corporativas, mas que, na verdade, já estão dobrando a esquina e devem desembarcar muito em breve em nosso dia-a-dia.  

 

Voltando brevemente às plenárias, uma destas sessões ao qual eu pessoalmente participei o tema era “Whats’s next? A pragmatista & A Futurist on Managing Generational Business Travel Expectations” e o VP de Business Development da Spotnana, Johnny Thorsen falava sobre como as tecnologias disruptivas e inovação com IA poderão mudar drasticamente nosso mercado para uma plenária LOTADA e foi aí que através do aplicativo da conferência a seguinte pergunta foi feita aos presentes: 

 

Em quais aspectos/temas o ecossistema do turismo corporativo deve priorizar investimento e atenção para o futuro do mercado? 

 

A) Uso de blockchain para transações mais seguras. 

 

B) Investimento em meios de transporte e hospedagens “eco-friendly”. 

 

C) Investimento em IA para uma melhor experiência do usuário. 

 

D) Investimento em plataformas de viagens para realização de reservas e gestão mais simples e melhores. 

 

Adivinhem qual foi a opção mais votada pelos presentes?  

 

Pois é, você acertou rs.  

 

E foi juntando todas estas peças durante os três dias de conferência no Georgia Conference Center que voltamos para o Brasil com um turbilhão de pensamentos relacionados a IA generativa, preditiva, bots de CX e tudo o que este universo pode trazer para o mercado e é por isso que a pergunta que lhes fiz no início deste artigo se mostra tão pertinente.  

 

Enfim, chegou a hora da IA nas viagens corporativas? 

 

A gente se reúne muito em breve para respondermos juntos! 

 

Gian Terhoch - sócio-diretor da Tour House onde atua há 14 anos. Formado em Turismo, Marketing e Gestão Empresarial contribuiu em áreas de atendimento, operações e relacionamento com clientes. Possui passagens pelo mercado de aviação, hotelaria e grupos & eventos antes de ingressar na TMC. Hoje é responsável por toda a rede de parcerias internacionais do grupo Tour House como Egencia, Frosch e Expedia.



Instituto PROA abre 150 vagas para 2025 do curso gratuito de capacitação em Programação e Desenvolvimento de Sistemas na Grande São Paulo

Oportunidade é para jovens de escola pública interessados em aprender Programação e Desenvolvimento de Sistemas; inscrições vão de agosto a novembro

 

O Brasil precisa formar profissionais de tecnologia e o mercado atual carece de profissionais. A tendência é que, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (BRASSCOM), até 2025 o Brasil terá uma demanda de 797 mil profissionais de TI (Tecnologia da Informação), distribuídas entre tecnologias maduras, emergentes e de nicho.

Para capacitar jovens entre 17 e 22 anos a ocuparem esses cargos e iniciarem a carreira profissional, o Instituto PROA desenvolveu o curso PROPROFISSÃO e as inscrições para a turma de 2024 começam em 12 de agosto de 2024 e vão até 12 de outubro. O início das aulas será em fevereiro de 2025. 

Para o curso do 1º semestre de 2025, estão disponíveis 150 vagas para Programação e Desenvolvimento de Sistemas. As inscrições podem ser feitas no site da organização: www.proa.org.br

Os interessados precisam estar cursando ou terem concluído o 3º ano do Ensino Médio na rede pública e residirem nas cidades da região da Grande São Paulo.


Curso semipresencial

Os jovens selecionados receberão notebook emprestado, uniforme, mochila, vale-transporte e todo suporte necessário para acompanhar as aulas - que acontecerão de segunda a sexta-feira em dois turnos: manhã (9h às 13h) e tarde (14h às 18h). O curso tem duração de seis meses e é semipresencial. Às segundas, quartas e sextas-feiras os alunos podem acompanhar de forma remota, já às terças e quintas-feiras as aulas serão presenciais no Senac Lapa Tito (R. Tito, 54 - Vila Romana, São Paulo - SP).

Alini Dal’Magro, CEO do Instituto PROA, explica que cursos técnicos na área de tecnologia são um bom caminho para quem deseja iniciar a vida profissional e aliados às oportunidades de emprego da iniciativa privada, possibilitam acesso rápido à formação e ingresso de novos talentos no mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2050, o Brasil será o 6º país com a maior população idosa do mundo, na frente de outros países desenvolvidos. Por isso, cuidar dos jovens agora, significa garantir o amanhã funcionando como uma engrenagem, fazendo girar a economia de forma sustentável. Para isso, eles precisam ser vistos e desenvolvidos hoje.

“Queremos impulsionar esses jovens para essas oportunidades, já são mais de 1.200 programadores formados pelo PROA nos últimos anos. A área de programação está muito aquecida e estamos felizes em formar esses futuros profissionais. As turmas anteriores foram um sucesso, com centenas de jovens empregados com excelentes salários e conquistando o tão sonhado êxito profissional, isso nos deixa cheios de orgulho e confiantes que estamos no caminho certo”, afirma Alini.


Curso que muda a vida

A formação técnica de ponta, aliada à excelente capacitação profissional, são os diferenciais do PROPROFISSÃO, de acordo com ex-alunos. Um deles é o Anthony Thomas Mendes Martins, 23 anos, que se formou em 2023 no curso e hoje é Estagiário de Engenharia de Software e Inteligência Artificial no Itaú e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Unyleya.

“Minha jornada com o PROA começou há muitos anos, quando uma amiga me falou sobre a ONG e sua experiência transformadora. Fiquei fascinado com tudo o que ela compartilhou e decidi que queria ter essa oportunidade também. Me inscrevi então no processo seletivo, mas acabei tendo que desistir devido a uma mudança de estado inesperada. Alguns anos se passaram, e voltei para São Paulo, desta vez sozinho e com um sonho: conseguir estudar e trabalhar, algo que não era possível onde eu morava anteriormente. Foi então que lembrei do PROA e resolvi tentar novamente. O processo seletivo era rigoroso e desafiador, mas a cada etapa que eu passava, sentia uma enorme felicidade e satisfação. Quando fui finalmente selecionado, senti que uma nova porta se abria para mim. Durante o curso, conheci pessoas maravilhosas, fiz grandes amigos que levo comigo até hoje, e me dediquei de corpo e alma a aprender tudo o que podia. A experiência foi muito mais rica e intensa do que qualquer outra que já tive na vida. Graças ao PROA, adquiri conhecimentos valiosos e desenvolvi habilidades essenciais que me prepararam para o mercado de trabalho. Hoje, tenho orgulho de dizer que trabalho no Itaú Unibanco, o maior banco da América Latina. Esta conquista não teria sido possível sem o suporte e a formação que recebi no PROA. Sou eternamente grato por essa transformação em minha vida e recomendo o PROA a todos que desejam mudar suas vidas para melhor. Se eu consegui, você também pode!”, concluiu Anthony.

Nicolly Evangelista Hernandes dos Santos, aos 19 anos, é Analista de Operações Júnior no Banco PAN e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Universidade Anhembi Morumbi.

“Meu nome é Nicolly Evangelista Hernandes dos Santos, tenho 19 anos e moro na zona leste de São Paulo. “Conheci o PROA no terceiro ano do ensino médio através da indicação de um colega e me impressionei com a proposta do instituto, o que mais me chamou a atenção foi a rede de apoio e engajamento para os jovens, me deparei com uma nova realidade. Um dos meus sonhos era conseguir ingressar no mercado de trabalho para poder ajudar minha família financeiramente e hoje me sinto realizada alcançando tantas metas profissionais e o PROA foi um dos grandes impulsionadores disso. Atualmente atuo como analista de operações júnior no Banco Pan, onde fui efetivada após um tempo trabalhando como jovem aprendiz. O PROA transformou a minha vida de uma maneira incrível, sinto que consegui aprimorar minhas soft e hard skills, especialmente graças às oportunidades que a ONG oferece. Nunca desistam dos seus sonhos, por mais que a batalha e a correria do dia a dia seja árdua, muitas portas são abertas quando corremos atrás de oportunidades. Os desafios perante o mercado de trabalho são inúmeros, mas sempre procurem a resiliência e nunca deixem de cultivar suas esperanças de viver um dia melhor.”

Tainy Eduardo Leite Souza, aos 21 anos, é NetSuite Functional Consulting na Oracle e faz faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na Estácio.

“Fui um dos selecionados em 2022 para fazer parte dessa iniciativa maravilhosa, o curso PROPROFISSÃO, no qual mudou minha vida e me trouxe uma ampla visão de mercado e aprimorou meus conhecimentos, tanto técnicos, quanto interpessoais. O conhecimento que o PROA me deu me ajudou profundamente a entrar em uma das empresas que sempre almejei estar, inicialmente como estágio e agora como NetSuite Functional Consultant. Para todos os jovens que desejam entrar no PROA e trilhar uma carreira semelhante, tenham determinação e sejam constantes em seus objetivos, com foco, disciplina e muita fé.”

 

Serviço:

PROPROFISSÃO

150 vagas para o curso de Programação e Desenvolvimento de Sistemas

Período de inscrições: 12 de agosto a 12 de outubro de 2024

Início das aulas: Fevereiro de 2025

Curso 100% gratuito

 

Requisitos:

- Ter entre 17 e 22 anos;

- Estar cursando ou ter concluído o 3º ano do Ensino Médio em escola pública;

- Morar na Grande São Paulo.

Link para inscrição: www.proa.org.br/proprofissao/


Com a tecnologia, corretores de imóveis encontram formas de se reinventar na profissão

Profissionais tem apostado em novas ferramentas para difundir informações e crescer na profissão

 

No meio tecnológico, as redes sociais surgem como uma forte ferramenta de comunicação e marketing, conquistando cada vez mais espaço na vida das pessoas. Para os corretores de imóveis, usar a tecnologia a favor das vendas tem gerado valor, impulsionado o fechamento de negócios e, por consequência, se tornado uma ferramenta de reinvenção da profissão. Além disso, a plataforma digital permite que o comprador, de qualquer lugar, acesse informações detalhadas sobre o loteamento, como a vista, a área e as dimensões.

Seja na busca pela casa perfeita, no investimento certo ou na concretização de um contrato, os profissionais estão se reinventando para atrair e buscar um local ideal para o cliente. Celebrar o Dia dos Corretores, nesta terça-feira, dia 27, é recordar a profissão que, somente em março deste ano, atingiu a marca de mais de 630 mil corretores imobiliários e 70 mil imobiliárias, no Brasil. Ou seja, um aumento de cerca de 23% e 6%, respectivamente, em comparação com um ano atrás, segundo dados do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci).

Este é um marco significativo para a história do país, mas também para as incorporadoras que contam com a colaboração desses profissionais. “A maneira de vender e de se comunicar com o público tem evoluído significativamente nos últimos anos. O Corretor de Imóveis está mais conectado com as redes sociais e ao mercado do que nunca. E, é claro, a JS Empreendimentos reconhece a importância deste profissional que faz a diferença na vida dos nossos clientes”, destaca o diretor de Operações da JS Empreendimentos, Fabio Luiz Siedschlag.

 

Vídeos profissionais no Instagram

Nos últimos anos, os corretores têm usufruído das redes sociais, como o Instagram, para divulgar os terrenos, casas e apartamentos com vídeos elaborados. Como é o caso do Gabriel Marcon de Medeiros, de 24 anos, que iniciou na carreira há três anos. De acordo com Gabriel, o gosto por vendas sempre esteve na família, exclusivamente no campo alimentício.

Durante a época de escola, dividia seu tempo entre os estudos e o trabalho em uma loja de materiais de construção. Foi nesse período que ele conquistou a confiança de um comprador, sem imaginar que, em breve, esse cliente se tornaria seu parceiro no ramo imobiliário. “Como ele gostava de mim e sempre comprava comigo, me fez o convite para ir trabalhar com ele na sua imobiliária. Eu não fazia ideia de como funcionava, mas comecei na área com muito foco e determinação”, conta.

Em pouco tempo, Gabriel vendeu lotes, casas e apartamentos e, há oito meses, deu um passo ousado e abriu sua própria empresa, a Gabriel Marcon Imóveis. Hoje, seu forte é o uso das redes sociais como forma de venda. “Algum tempo atrás, era difícil quem produzia um conteúdo para a mídia, porém o mercado imobiliário tem se voltado para o meio digital e agora é diferente. Gosto de fazer uma visita ao loteamento e gravar vídeos com as informações do local e diferencias”, enfatiza.

 

De amigos de infância à fechamento de contrato

Uma das histórias que marcou a profissão do corretor foi a venda de uma casa para seu amigo de infância, Lucas Rosa. Nós nos criamos praticamente juntos, morávamos na mesma rua e sempre jogamos futebol ao lado um do outro. Ao longo desse tempo, desenvolvemos uma conexão de irmãos, e vender o imóvel para ele e sua esposa, reforçou ainda mais a nossa amizade”, descreve.

Esses momentos não apenas evidenciam sua trajetória profissional, mas também dão um propósito a mais à sua carreira. “Não vendo só casas, mas história para outras pessoas. Esta é a maior realização que há para mim. Seja uma mãe solteira ou casal que está em busca da primeira casa, conseguir ajudá-los não tem preço. É gratificante saber que contribuo para a felicidade de alguém que, como o Lucas, faz parte da minha própria história”, frisa.

 

Uma venda inesperada

Por outro lado, para Junior Ferrari, o ingresso na profissão começou com um pedido de ajuda. Embora o mercado imobiliário não fizesse parte de seu ambiente familiar, ele aceitou o convite de um amigo da família para auxiliá-lo na venda de um terreno. Como em todo começo de carreira, surgiram algumas incertezas se estava no caminho certo, mas Ferrari contou com a ajuda de sua esposa, Raquel Luiz, que deu todo apoio necessário para acessar o mercado imobiliário. Ele deu os primeiros passos na profissão e em seguida, sua mulher. Hoje, os dois possuem curso especializado na área de corretagem e comandam a própria empresa.

Aos 33 anos de idade e com três anos de experiência no mercado imobiliário, a negociação que mais marcou sua trajetória foi a venda de um apartamento para uma antiga conhecida. “Era uma cliente que hoje mora fora do Brasil e por nos conhecer, comprou um imóvel por uma ligação de vídeo chamada. Fiquei muito feliz com esta venda, pois ela confiou em nosso trabalho, e conseguimos ver o que o poder de um bom relacionamento, caráter e honestidade ao longo dos anos nos trazem bons frutos”, complementa.

Para Ferrari, o uso das redes sociais não são o foco da estratégia de vendas, por mais que ele use para se posicionar, acredita que a indicação de um atendimento de excelência prestado ao cliente, gera um retorno ainda mais consolidado. “Busco sempre o melhor para minha família, por isso, vendo os imóveis com a máxima qualidade e honestidade para com os nossos clientes”, determina.

 

JS Empreendimentos
JS Empreendimentos


Texto: Monique Amboni


Mês da Primeira Infância: Aldeias Infantis SOS ampara adolescentes grávidas sem rede de apoio

Realizado em parceria com Secretaria de Assistência Social de Campinas, o projeto oferece atenção integral a adolescentes vulneráveis gestantes ou com filhos 

 

Agosto é o Mês da Primeira Infância, período que abarca desde o nascimento de uma criança até os seus seis anos de idade. A efeméride se iniciou por meio de uma campanha governamental e ganhou força com a Lei nº 14.617, cuja proposta é promover ações de conscientização sobre a importância da atenção integral e multiprofissional às gestantes, crianças e suas famílias, bem como para enfatizar iniciativas de promoção dos vínculos afetivos e proteção de direitos básicos para o desenvolvimento infantil.

No Brasil, a primeira infância conta com proteção legal própria desde 2016, quando o Congresso Nacional aprovou a Lei n.º 13.257, instituindo o Marco Legal da Primeira Infância. O documento traça uma série de diretrizes para nortear políticas públicas, incluindo o direito a creches e pré-escolas de qualidade, ao atendimento integral em saúde, direito de brincar e de uma convivência familiar sem violência, além de direitos para gestantes, como proteção às mulheres que colocam filhos para adoção e às grávidas em privação de liberdade.

É precisamente nessa última frente de ação que a Aldeias Infantis SOS, organização global que lidera o maior movimento de cuidado do mundo, soma esforços com o Poder Público para oferecer um serviço de acolhimento realizado em parceria com a Secretaria da Assistência Social de Campinas, no interior de São Paulo. A iniciativa é voltada para adolescentes que engravidaram ou com filhos pequenos que, por algum motivo, tiveram seus vínculos familiares rompidos.

O projeto, voltado para adolescentes grávidas, se insere dentro do Serviço de Acolhimento Institucional na modalidade Casa Lar, promovido pela Aldeias Infantis SOS como parte de sua missão organizacional, focada no acolhimento de crianças e adolescentes, destituídos do poder familiar por decisão judicial e com perspectiva de acolhimento de média e longa permanência.

“Pelo serviço de acolhimento, oferecemos a essas mães e seus filhos um ambiente de relação familiar, mantendo sua integridade e funcionamento e priorizando a convivência no mesmo espaço físico, com a possibilidade de esticar o tempo de permanência até essas adolescentes atingirem a maioridade, caso não disponham de uma rede de apoio fora do acolhimento”, explica Regiane Vassoler, Gestora Territorial da Aldeias Infantis SOS e responsável pelas localidades de Campinas, Limeira e Lorena (SP).

Dessa forma, o trabalho da Organização proporciona proteção integral e atende às necessidades básicas das adolescentes mães e seus filhos, cujos vínculos familiares foram fragilizados ou rompidos devido a situações de risco, tais como negligência, discriminação, violência doméstica, abuso ou exploração sexual.

“A Casa Lar nesta modalidade para adolescentes gestantes e/ou com filhos acomoda até 10 acolhidas. A mãe social, que é uma cuidadora residente, auxilia no projeto de vida de cada jovem mãe e desempenha um papel fundamental nesse ambiente de cuidado e apoio”, afirma Regiane.

A gestora ainda acrescenta que a Organização disponibiliza uma equipe técnica de referência, composta por psicóloga, assistente social e pedagoga, que atua na orientação quanto à elaboração da maternidade, autonomia da adolescente para vida adulta, construção do autocuidado, retirada de documentação civil e encaminhamento para o trabalho. Eles também auxiliam essas pessoas no acesso à Educação e a cursos de desenvolvimento profissional, bem como no usufruto de benefícios sociais e demais políticas públicas.

“Todo esse trabalho conjunto visa à ressignificação do cuidado, que é de suma importância para as adolescentes, proporcionando uma melhor vinculação entre a mãe e a criança, e, sobretudo, buscando cessar o ciclo de violência e a cultura de desproteção a que são submetidos essas meninas e seus filhos”, conclui. 

 

Sobre a Aldeias Infantis SOS

A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. A Organização lidera o maior movimento de cuidado do mundo e atua junto a meninos e meninas que perderam o cuidado parental ou estão em risco de perdê-lo, além de desenvolver ações humanitárias. 

Fundada na Áustria, em 1949, está presente em mais de 130 países. No Brasil, atua há 57 anos e mantém mais de 80 projetos, em cerca de 30 localidades de Norte ao Sul do país. Ao trabalhar junto com famílias em risco de se separar e fornecer cuidados alternativos para crianças e adolescentes que perderam o cuidado parental, a Aldeias Infantis SOS luta para que nenhuma criança cresça sozinha. 

Para mais informações, acesse o site: www.aldeiasinfantis.org.br/


BOLETIM DAS RODOVIAS

Rodovia Anchieta apresenta pontos de interdição nesta manhã

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na manhã desta terça-feira (27). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x3 - A Rodovia Anchieta (SP-150) registra lentidão no sentido capital do km 13 ao km 10, do km 20 ao km 17. A rodovia está interditada do km 45 ao km 39 para atendimento de ocorrência e do km 55 ao km 40 devido a uma operação especial de trânsito. No sentido litoral, o tráfego é normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160), há lentidão no sentido capital entre os km 16 e o km 14, enquanto no sentido litoral o tráfego é normal.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta congestionamento no sentido capital do km 14 ao km 11+360, do km 62 ao km 60 e do km 112 ao km 104 e tráfego lento do km 22 ao km 21, no sentido interior o tráfego é normal. Na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), sentido interior, o tráfego é normal, sem congestionamento. Já no sentido capital, o tráfego é lento do km 20 ao km 13+360. 

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

A Rodovia Raposo Tavares (SP-270) apresenta lentidão no sentido capital do km 38 ao km 34, no sentido interior, tráfego normal. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), sentido capital, há lentidão do km 32 ao km 24 e do 19 ao km 13+700. No sentido interior, a lentidão segue do km 19 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta tráfego lento no sentido capital do km 20 ao km 17. No sentido interior o tráfego é normal.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

O rigor nos processos e nas técnicas das unidades transfusionais é fundamental no processo de doação de sangue

 Como essas instituições atuam para que o sangue doado chegue de maneira segura até o paciente que precisa de transfusão

 

Com cerca de 1,4% da população doando sangue regularmente, o Brasil coleta milhões de litros de sangue ao ano, que só conseguem salvar vidas devido ao rigor e à excelência de bancos de sangue e agências transfusionais, distribuídos por todo o Brasil. 

Essenciais para todo o ciclo da doação de sangue, essas unidades são laboratórios especializados que processam, armazenam e distribuem o sangue e seus componentes após a realização de uma série de testes e procedimentos, com a finalidade de garantir a segurança do material doado para a realização das transfusões. 

Segundo o Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH, há etapas de grande importância que devem ser seguidas no processamento do sangue. “Após a coleta do sangue do doador, realizamos testes minuciosos para pesquisa de doenças infecto-contagiosas, além de pesquisa de anticorpos e análise da presença de hemoglobinas anômalas no sangue”, afirma. 

O diretor-médico do Grupo GSH explica que esse material vai para uma segunda etapa, na qual “são separados os principais componentes do sangue: as hemácias, o plasma e as plaquetas, para que cada elemento possa ser utilizado em diferentes tipos de tratamento”. Dr. Leandro ressalta ainda que a preservação dos componentes até o momento da transfusão depende do armazenamento correto, em condições específicas para cada um. 

Além disso, os bancos de sangue do Grupo GSH também possuem estrutura para realizar transfusões ambulatoriais, com alguns diferenciais. “O paciente não só fará a transfusão em ambiente seguro, acolhedor e confortável, com leitos exclusivos, como poderá agendar o procedimento previamente, com hora marcada e usufruir do alto investimento em tecnologia, rigor em protocolos de segurança, com risco reduzido de contrair infecções, junto a uma equipe médica extremamente qualificada”, completa o médico. 

Essenciais para sustentar o sistema de Saúde no Brasil, os bancos de sangue asseguram que o sangue doado chegue de maneira segura e eficiente até os pacientes de hospitais públicos e particulares. “Não basta o sangue chegar do doador ao receptor se não houver a certeza de que todos os componentes ali presentes são compatíveis e benéficos para o paciente que irá receber esse sangue. É este o motivo de salvarmos tantas vidas com transfusões pelo Brasil afora: o cuidado com o material doado”, argumenta Dr. Leandro Dalmazzo. 

O Grupo GSH está presente em cerca de 60 cidades, de 16 estados brasileiros, operando por meio de suas unidades de Bancos de Sangue, Agências Transfusionais e Laboratórios Avançados. Ao longo de seus 45 anos de atuação, contabiliza mais de 220 mil pacientes atendidos por ano e mais de 210 mil doadores, anualmente. 

A instituição destaca a obtenção da Certificação QMentum International Diamond em 2021 e a recente recertificação, este ano. “Todo esse esforço nos permite alcançar o status de referência em Hemoterapia no Brasil”, conclui Dr. Dalmazzo.

 O Brasil possui mais de 5,7 milhões de doadores de medula óssea, mas há 650 pacientes na fila de espera por uma doação compatível.


Dia Nacional de Combate ao Fumo

Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz explica impacto negativo do tabagismo na saúde da mulher

Data celebrada dia 29 de agosto serve para reconhecer e enfrentar as particularidades do impacto do tabagismo na saúde 

 

Nesta quinta-feira, 29 de agosto, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Fumo, data criada para refletir sobre os danos causados pelo tabagismo. 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano - 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto do produto, enquanto cerca de 1,2 milhão são não-fumantes expostos ao fumo passivo. Dados do Ministério da Saúde, no Brasil 9,3% de adultos com mais de 18 anos são fumantes – eles se dividem entre 10,2% de homens e 7,2% de mulheres. 

Além de números, há também diferenças entre os efeitos do tabagismo em homens e mulheres. O cigarro tem impactos distintos na saúde feminina, acentuando uma série de problemas. 

Dr. Ciro Kirchenchtejn, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica que o tabagismo tem uma história complexa e uma evolução no marketing voltada para esses públicos diferentes. 

“Desde o final do século 19, a indústria do tabaco desenvolveu campanhas publicitárias distintas para homens e mulheres. Para os homens, o marketing associava o cigarro a sucesso e virilidade, enquanto para as mulheres, os cigarros eram promovidos como uma forma de emagrecimento e sofisticação”, lembrou o especialista. 

De acordo com o pneumologista, o tabagismo feminino resulta em uma maior prevalência de certas doenças. 

“Embora homens e mulheres compartilhem doenças comuns associadas ao tabagismo, como câncer de pulmão e doença pulmonar, as mulheres têm uma propensão maior a desenvolver câncer de pulmão, além de doenças específicas do aparelho reprodutivo”, explicou Kirchenchtejn. 

O especialista ressalta que mulheres fumantes enfrentam riscos adicionais durante a gravidez, como parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e complicações que afetam tanto a mãe quanto a criança. 

“Se uma mulher deseja engravidar, o ideal é parar de fumar antes de tentar conceber. Contudo, parar de fumar para melhorar a saúde em geral é uma escolha benéfica a qualquer momento”, afirmou. 

As diferenças biológicas tornam as mulheres mais suscetíveis a certos problemas de saúde relacionados ao tabagismo, segundo o especialista. 

“As mulheres metabolizam a nicotina de forma diferente devido aos efeitos do estrógeno, o que pode resultar em uma maior produção de nitrosaminas, substâncias cancerígenas presentes no cigarro”, disse o médico. 

Questões emocionais e comportamentais também afetam o modo como as mulheres lidam com o ato de fumar. 

O especialista enfatiza a importância de abordar a dependência psicológica, além da física, no processo de cessação do tabagismo. 

“Programas de cessação devem incluir terapia cognitivo-comportamental para ajudar as pessoas a lidarem com os gatilhos emocionais e comportamentais que levam ao tabagismo”. 

Buscar ajuda profissional é de suma importância para ter êxito na tentativa de parar de fumar. 

“Embora seja possível parar de fumar sozinho, a maioria das pessoas precisa de suporte adicional para ter sucesso. Programas estruturados e acompanhamento profissional aumentam significativamente as chances de sucesso”, lembrou o especialista.

 

Neste Dia Nacional de Combate ao Fumo, é preciso reconhecer e enfrentar as particularidades do impacto do tabagismo na saúde e promover estratégias eficazes para acabar com o uso do tabaco.

 

Cigarros eletrônicos

O pneumologista também lembrou que, além do cigarro convencional, os eletrônicos – conhecidos como vapes, pod, pendrive, caneta, entre outros nomes – também fazem mal à saúde. 

“Os cigarros eletrônicos muitas vezes contêm mais nicotina do que os cigarros tradicionais e são frequentemente direcionados a jovens e grupos vulneráveis”, alertou o especialista, que também menciona os riscos ambientais e legais associados ao uso desses produtos, que muitas vezes são adquiridos de forma irregular e contribuem para a poluição com metais pesados. 

As substâncias usadas nesses aparelhos podem causar tanto mal quanto o cigarro comum quando vaporizadas e inaladas. Como contém concentrações altíssimas de nicotina, muitas vezes transformada para se tornar mais rapidamente absorvida, o dispositivo eletrônico torna o ato de fumar altamente viciante.

 



Hospital Alemão Oswaldo 
Cruz Link

Dia do Psicólogo e saúde mental para crianças e adolescentes: Instituto CADES atua com rede de proteção social em escolas e instituições de São Paulo

Com a presença de uma psicóloga em sua equipe de colaboradores, o projeto vai além de sua ideia inicial de levar inclusão esportiva aos alunos e trabalha em prol de ampliar o impacto social nas comunidades que atua 

 

Com o Dia do Psicólogo comemorado neste 27 de agosto e diante de uma preocupação cada vez maior entre o âmbito escolar e a saúde mental das crianças e adolescentes, o Instituto CADES não só leva atividades esportivas para escolas públicas de São Paulo, como também ampliou seu escopo e hoje possui uma Rede de Proteção Social para ampliar o impacto social onde atua.

Atrelado a isso, há uma pesquisa da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo de 2022 que mostra que 70% dos alunos dos estudantes da rede estadual relataram sintomas de depressão e ansiedade, ou seja, dois em cada três jovens passam por esse problema.

Sendo assim, desde a implementação na comunidade de Paraisópolis (São Paulo – SP), há uma psicóloga responsável em identificar alunos que estejam em maior vulnerabilidade social, aproximando suas famílias para discussões e possibilitando encaminhamentos para a rede de referência, profissionais e órgãos assistenciais. “Trata-se de uma rede multisetorial entre o CADES, as Escolas, órgãos/serviços públicos e atores sociais do território”, explica Ana Cristina Amaro, presidente do Instituto CADES. “É uma aliança estratégica de cooperação entre pessoas, organizações e instituições com o objetivo de gerar impacto social”, complementa.


A Rede de Proteção Social do Instituto CADES

Formada por Escola, Psicóloga e 16 Instituições Parceiras, a Rede de Proteção do CADES integra atores sociais, serviços públicos e de garantia de direitos, contribuindo para melhoria da qualidade de vida de famílias vulneráveis e para criação de políticas públicas eficazes.

Conforme conta Audevânia Lopes, o trabalho dela com os atendidos pelo CADES é tanto como psicóloga escolar quanto como psicóloga clínica. “Na escola faço um trabalho preventivo com rodas de conversas de acordo com as demandas dela. Atuo com a coordenação e professores para que todos estejam de acordo com o tema que for abordado”, explica.

Além disso, seu trabalho envolve acolhimento com o aluno e familiares e ainda faz intervenção se algum aluno tem alguma crise. “Um exemplo é crise de ansiedade ou até quando uma criança neurotípica apresenta um comportamento de dificuldade de interação e adaptação escolar. Neste caso também me comprometo a realizar a interação necessária entre os estudantes”.

Conforme explica Joaquim Calmon, coordenador da Rede de Proteção Social, “Ao integrar a psicologia no ambiente escolar, ajuda-se a reduzir o estigma associado aos problemas de saúde mental, encorajando os alunos a buscar ajuda quando necessário.

Promover a saúde mental nas escolas é fundamental para o desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes, garantindo que eles tenham as ferramentas necessárias para enfrentar desafios e prosperar em suas vidas acadêmicas e pessoais”.

Outro exercício feito pela psicóloga é a triagem dos alunos juntamente com os professores, que sinalizam e fazem um breve relato do que está acontecendo. “Neste momento pego as fichas de cada um para avaliar se é algo pedagógico ou comportamental ou emocional. Se é pedagógico, eu retorno e converso com professores e coordenação. Se for comportamental ou emocional, faço um encaminhamento para a Clínica de Psicologia Santa Terezinha - uma das parceiras da Rede de Proteção - e lá ele será atendido por mim ou outro profissional”.

“Acreditamos que com a nossa Rede de Proteção Social cada vez mais ativa e atuante, na qual buscamos sempre estar cada vez mais próximos das comunidades, nosso objetivo de promover a melhoria na qualidade de vida e o fortalecimento de vínculos, integrando atores sociais, serviços públicos e de garantia de direitos, contribuindo para a criação de políticas públicas eficazes tem sido atingido cada vez mais”, conclui Ana Cristina.

Além da atuação psicológica, compõem o trabalho da Rede de Proteção Social do CADES

Rodas de conversa, com discussão de temas relevantes para melhoria da convivência e do ambiente escolar; Atendimento oftalmológico com exames e doação de óculos e auxílio na Higiene bucal com palestra e vídeo-educativo sobre o tema, e entrega de kit com escova e pasta dental. 



Mais informações no site oficial
.https://www.institutocades.org.br/


Atleta com Ataxia de Friedreich se prepara para brilhar em Paris

Recordista em arremesso de club, Giovanna Boscolo é expectativa de medalha nas Paraolimpíadas


  • Ataxia de Friedreich (AF) é uma doença rara, neurodegenerativa, de caráter debilitante que reduz a coordenação motora e muscular progressivamente 
  • Estima-se que o Brasil apresente a segunda maior população de pacientes no mundo 

 

Giovanna Boscolo, jovem atleta brasileira se prepara para representar o Brasil nas Paraolimpíadas de Paris, levando na mala uma trajetória que mistura esporte, arte, superação e uma doença rara neurodegenerativa - a Ataxia de Friedreich. Se para alguns, o nome dela ainda é associado à participação na novela Chiquititas (SBT), em poucas semanas, todos só falarão a respeito de seu aguardado desempenho nas competições da Cidade Luz. 

Incentivada pelos pais, a vida de Giovanna está ligada aos esportes desde pequena. Aos 11 anos, competia em ginástica aeróbica, confederada pelo Palmeiras. No mesmo período, destacou-se nas telas de TV ao emprestar seu talento à novela infantojuvenil febre entre as crianças. 

Aos quinze anos, contudo, foi diagnosticada com Ataxia de Friedreich, uma doença debilitante que reduz a coordenação motora e muscular progressivamente [1].  

A adversidade levou Giovanna a redirecionar sua carreira para a biomedicina, onde, por meio de um estágio, passou a colaborar com o Comitê Paralímpico Brasileiro. Em outubro de 2023, ela começou a treinar atletismo, focando em lançamento de club e peso. Sua dedicação rapidamente deu frutos: em dezembro de 2023, conquistou o ouro em Dubai e estabeleceu um recorde das Américas no lançamento de club com 26,25 metros. 

O sucesso continuou em 2024. No Mundial de Atletismo em Kobe, Japão, Giovanna conquistou a medalha de bronze e, no Grand Prix de Dubai, ganhou outro ouro na mesma modalidade. Ela também brilhou no Open Internacional de Atletismo 2024, onde garantiu prata no lançamento de clava e no arremesso de peso. 

Agora, com uma trajetória marcada por vitórias e resiliência, Giovanna Boscolo está pronta para representar o Brasil nas Paraolimpíadas de Paris, onde buscará mais conquistas e consolidará sua impressionante jornada de superação. 


Ataxia de Friedreich 

Ataxia de Friedreich (AF) é uma doença rara neurodegenerativa, de caráter debilitante que reduz a coordenação motora e muscular progressivamente e diminui a expectativa de vida [1]. Tal como descrito por Giovanna, os primeiros sintomas costumam aparecer entre a infância e a adolescência, embora em casos raros possam aparecer somente na idade adulta. Eles se manifestam por meio de tropeços ou quedas frequentes, falta de equilíbrio e dificuldade para caminhar. Outras manifestações são fraqueza muscular, perda contínua da coordenação e equilíbrio, fadiga, perda auditiva, problemas de fala e deglutição, escoliose [2] e deficiência visual. O uso de andadores e cadeiras de rodas é comum a partir de 10 anos após o início dos sintomas. 

Estima-se que a doença atinja uma em cada 50 mil pessoas. Em todo o mundo, segundo a Friedreich´s Ataxia Research Alliance (FARA), esse número pode chegar a 15.000 pessoas [3]. 

A AF ocorre por uma mutação no funcionamento do gene FXN que resulta em acúmulo de ferro dentro das células e estresse oxidativo, que levam a neurodegeneração[4], gerando danos às células do cérebro, medula espinhal e dos nervos periféricos, bem como do coração e pâncreas[5]. Por esta razão, pessoas que vivem com AF são mais suscetíveis a desenvolver doenças cardíacas e diabetes [4]. Em face das complicações, a idade média de óbito relatada para pacientes com AF é de apenas de 37 anos [2]. 

O diagnóstico da doença é feito por meio de testes genéticos que podem ser acompanhados de eletromiografia, eletrocardiograma, ecocardiograma, exames de sangue e ressonância magnética[2]. Os médicos podem também mensurar a função neurológica e a gravidade dos sintomas por meio de escalas de classificação da doença [2].  

Como a Ataxia de Friedreich pode afetar muitos sistemas no corpo, abordagens multidisciplinares, composta por neurologista, clínico geral, cirurgião ortopédico, cardiologista, endocrinologista, fisioterapeuta e fonoaudiólogo apresentam potencial para melhor acompanhamento de pacientes.  

 


Biogen
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Referências

[1] Friedreich’s Ataxia Research Alliance. “What is FA?” Available at: https://www.curefa.org/what-is-friedreichs-ataxia#. Accessed 19, 2024.

[2] National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Friedreich Ataxia. Available at: https://www.ninds.nih.gov/health-information/disorders/friedreich-ataxia. Accessed 19, 2024.

[3] Friedreich’s Ataxia Research Alliance. “What is FA?” Available at: https://www.curefa.org/what-is-friedreichs-ataxia#. Accessed 19, 2024.

[4] U.S. Food & Drug Administration. FDA approves first treatment for Friedreich’s ataxia. Available at: https://www.fda.gov/drugs/news-events-human-drugs/fda-approves-first-treatment-friedreichs-ataxia. Acesso em 25 mar. 2024.


[5] European Medicines Agency. EU/3/18/2037 - orphan designation for treatment of Friedreich’s ataxia. Disponível em: https://www.ema.europa.eu/en/medicines/human/orphan-designations/eu-3-18-2037. Accessed 19, 2024.



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