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sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Especialistas alertam para impactos do açúcar na saúde

Estudos revelam como o açúcar afeta a saúde e destacam alternativas para uma alimentação equilibrada 

 

No Dia da Saúde, celebrado em 5 de agosto, é crucial discutir os impactos negativos do consumo excessivo de açúcar na saúde e reforçar a importância de uma alimentação equilibrada. Diversos estudos indicam que a ingestão elevada de açúcar está associada a problemas como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A OMS recomenda que que, no máximo, 10% das calorias diárias sejam provenientes do consumo de açúcar, o que equivale a cerca de 50 gramas ou 12 colheres de chá. De acordo com a agência internacional de promoção à saúde, o ideal é reduzir essa porcentagem para 5%, mais ou menos 25 gramas ou 5 colheres de chá de açúcar. “O consumo excessivo de açúcar pode levar a um aumento significativo de peso e aumentar o risco de desenvolver doenças crônicas”, alerta a nutricionista Gisele Rocha. A substituição de alimentos ricos em açúcar por opções mais saudáveis é essencial para manter um peso adequado e prevenir doenças.

 

Além dos impactos no peso e no risco de doenças crônicas, o açúcar causa picos de glicemia, levando a um aumento rápido da energia seguido de uma queda brusca, causando fadiga e irritabilidade. A nutricionista Gisele Rocha explica: “Esses picos glicêmicos não só afetam a energia diária, mas também contribuem para a resistência à insulina, um precursor do diabetes tipo 2”. Assim, a moderação no consumo de açúcar é vital para a saúde geral e o bem-estar.

 

Para aqueles que buscam alternativas saudáveis e desejam reduzir o consumo de açúcar sem renunciar ao sabor, a empresa Lowçucar oferece um portfólio diversificado de produtos sem açúcar. A marca é uma das pioneiras no desenvolvimento de produtos zero açúcar, e se dedica a proporcionar opções saudáveis e saborosas, atendendo às necessidades de consumidores preocupados com a saúde.

 

Fundada com a missão de oferecer alternativas alimentares mais saudáveis, a Lowçucar disponibiliza desde a linha de adoçantes e misturas para bolos até sobremesas prontas e chocolates. “Nosso objetivo é mostrar que é possível ter uma alimentação saudável e prazerosa ao mesmo tempo”, afirma Cezar Couto, diretor executivo da empresa.

 

Com a crescente demanda por produtos saudáveis, a Lowçucar tem expandido sua linha de produtos, atendendo tanto pessoas com restrições alimentares quanto aquelas que buscam um estilo de vida mais saudável, oferecendo alternativas que ajudam a reduzir o consumo de açúcar e promovendo uma vida mais equilibrada.

 

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Dia 5 de agosto: Dia Nacional da Saúde


Como está a segurança da saúde do paciente no Brasil?

 

No dia 5 de agosto, celebra-se o Dia Nacional da Saúde no Brasil. A data, escolhida em homenagem ao nascimento do médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz em 1872, tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da educação sanitária e da adoção de um estilo de vida mais saudável.


E como está a saúde e a segurança do paciente no Brasil? As infecções hospitalares representam um desafio significativo para a saúde pública no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 14% dos pacientes hospitalizados no país adquirem infecções durante sua estadia nos hospitais. A gravidade dessa situação é destacada pela Organização Mundial da Saúde, que estima a morte de aproximadamente 100 mil brasileiros anualmente devido a infecções hospitalares. Além disso, um em cada dez pacientes afetados morre em decorrência dessas infecções.


Para dr. Fábio Gastal, CEO da ONA - Organização Nacional de Acreditação, “essas infecções podem ser causadas por vários fatores, principalmente, pela falta de higiene adequada. As práticas inadequadas de controle de infecção, como a esterilização insuficiente de equipamentos médicos e a ausência de treinamento dos profissionais de saúde, também contribuem para a disseminação dessas infecções.”


Para combater estes problemas, são necessárias várias ações:


·        Melhoria da Higiene Hospitalar: Implementação de protocolos rigorosos de limpeza e desinfecção em todos os ambientes hospitalares, principalmente, da higienização das mãos.


·        Educação e Treinamento: Capacitação contínua dos profissionais de saúde sobre práticas de controle de infecção e uso adequado de antibióticos.


·        Vigilância e Monitoramento: Estabelecimento de sistemas eficazes de vigilância para monitorar e reportar infecções hospitalares, permitindo intervenções rápidas.


·        Infraestrutura Adequada: Investimento em infraestrutura hospitalar para reduzir a superlotação e melhorar as condições de atendimento.


De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são uma das ocorrências adversas mais frequentes associadas aos cuidados médicos e representam um grave problema de saúde pública. Essas infecções não apenas aumentam a mortalidade e os custos associados, mas também comprometem a segurança do paciente e a qualidade dos serviços de saúde.


Segundo informações do Centers for Disease Control and Prevention (CDC/EUA), os custos médicos diretos das IRAS para hospitais, apenas nos Estados Unidos, variam de US$ 35,7 a 45 bilhões anuais, enquanto o impacto econômico anual na Europa está entre 13 a 24 bilhões de euros/ano.


Em um estudo hipotético realizado no Brasil, observou-se que o impacto dos custos diretos associados às infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) se torna significativo a partir de uma prevalência de 10%. Para cada aumento de 1% na prevalência, há um acréscimo de US$ 2.824.817 nos custos diretos.


Como melhorar a segurança do paciente e as infecções? A Organização Nacional de Acreditação (ONA) promove a segurança do paciente e a redução de infecções hospitalares por meio de uma série de práticas e metodologias estruturadas. Veja abaixo:


·        Certificação ONA - A certificação assegura que a instituição cumpre padrões rigorosos de qualidade e segurança. No entanto, para manter essa segurança, são necessárias auditorias e avaliações regulares para garantir a conformidade contínua com os padrões de acreditação da ONA.


·        Adoção de protocolos e diretrizes – São fundamentais para controle de infecções e segurança do paciente, além de manter os protocolos atualizados de acordo com as melhores práticas e diretrizes da ONA.


·        Capacitação de equipe – Treinamentos contínuos com as equipes são extremamente importantes para o controle de infecção e segurança do paciente.


·        Gestão de riscos – Mitigar riscos é necessário, principalmente, para detectar possíveis fontes de infecções e eventos adversos.


·        Melhoria da infraestrutura – Sem um ambiente limpo e seguro não é possível controlar os índices de infecção. É importante também que a instituição garanta a manutenção e a limpeza adequadas de instalações e equipamentos.


Cenário de acreditação no Brasil - Das mais de 380 mil organizações de saúde instaladas no País, segundo CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde), 1935 são acreditadas. Deste total, a ONA é responsável por 72,7% no mercado de acreditação, o que corresponde a aproximadamente 1.500 organizações de saúde acreditadas, dos quais em torno de 420 são hospitais. Deste montante, 0,51% das instituições de saúde estão certificadas no Brasil.


Concentração de instituições acreditadas pela ONA: Atualmente, 61% das instituições acreditadas pela ONA estão concentradas na região Sudeste. O Sul é responsável por 12,7%; Nordeste 12,1%; Centro-Oeste, 11,4% e Norte por 2,8%.

 


Organização Nacional de Acreditação- ONA
www.ona.org.br


Coqueluche: altamente contagiosa, doença atinge principalmente bebês e crianças e gera alerta após aumento de casos 1,4

O crescimento das notificações no Brasil, especialmente no Sudeste, segue tendência mundial, devido a quedas nas coberturas vacinais. A incidência dos casos tem sido maior em menores de um ano de idade 1-4

Segundo estudos, a transmissão das mães para os bebês é uma das formas mais comuns de infecção, sendo responsáveis por, aproximadamente, 39% dos casos. A imunização das gestantes com a dTpa é uma das medidas de prevenção recomendadas 6,9,15

 

Somente no primeiro semestre de 2024, o Brasil já teve mais de cem casos confirmados de coqueluche, número que aponta um aumento nos registros da doença.1 No Estado de São Paulo, por exemplo, foram 78 casos em apenas seis meses comparados aos 54 casos no ano de 2023 inteiro.1 O Rio de Janeiro registrou aumento de mais de 300%, com 34 confirmações da doença até julho contra oito registros no ano anterior.2 Minas Gerais também aponta crescimento, com 15 confirmações este ano ante às 13 do ano passado.3 Os casos têm sido notificados em diversos grupos etários, com maior incidência nos menores de um ano de idade.3,4 De acordo com uma nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, estes dados ainda não refletem um pico epidêmico, porém, mostram que o país está acompanhando a tendência de aumento de relatos da doença, que já vem sendo registrado na Europa, Ásia, Oceania e Américas, principalmente, em razão de quedas nas coberturas vacinais.4 

A coqueluche, conhecida popularmente como “tosse comprida”, é uma doença infecciosa aguda de transmissão por gotículas, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que ocorre, principalmente, em bebês menores de um ano de idade e crianças e que pode evoluir para formas graves especialmente nos lactentes menores, que ainda não completaram o esquema de vacinação primário de rotina, que começa aos 2 meses de idade e finaliza aos 6 meses.5,6 “Quanto mais novo é o bebê, mais grave pode se tornar a doença, que é uma importante causa de morbi-mortalidade em crianças. Devido justamente à gravidade acentuada em recém-nascidos, a vacina dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, integra o calendário de vacinação da gestante como forma de prevenção da coqueluche nos primeiros meses de vida do bebê, para preencher esta lacuna de proteção”, comenta Dr. Marcelo Freitas, gerente médico de vacinas da GSK.

 

Vacinação contra coqueluche

Com a imunização durante a gravidez, as mães podem proteger seus bebês contra diversas doenças infecciosas, como a coqueluche.10,14,15 “As gestantes devem se imunizar com a dTpa a partir da 20ª semana de gravidez. Estudos demonstram que os anticorpos da gestante exercem uma importante ação protetora sobre o bebê, até os 3 meses de idade. Já numa futura gravidez, os níveis de anticorpos podem não permanecer altos o suficiente para fornecer um nível adequado de proteção, mesmo se as gestações forem próximas. Por isso, é importante que a mãe se vacine com a dTpa a cada gestação”, explica Dr. Marcelo. 

O Ministério da Saúde, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomendam a vacinação com dTpa a partir da 20ª semana de gestação, a cada gestação. Já para gestantes nunca vacinadas ou com histórico vacinal desconhecido, recomenda-se uma dose de dTpa e o restante de doses faltantes para completar o esquema que deve ser feito com a dT.15-17 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, o esquema vacinal contra coqueluche para crianças menores de um ano pode ser realizado com três doses da vacina pentavalente ou hexavalente, que imuniza contra difteria, tétano, coqueluche, haemophilus influenzae do tipo b, hepatite B e poliomielite, administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. Dos 15 aos 18 meses e dos quatro aos seis anos de idade, são realizados os reforços contra a doença. O reforço entre 4 e 6 anos pode ser realizado com DTPa-VIP, dTpa-VIP, DTPa ou DTPw. O próximo reforço deve ser feito com a vacina tríplice acelular do tipo adulto (dTpa) cinco anos depois, preferencialmente entre 9 e 11 anos.7 Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacina acelular (dTpa) é preferível à de células inteiras (dTpw) devido à menor frequência e intensidade dos eventos adversos associados à sua administração.7 No SUS, está disponível a vacina pentavalente para o esquema primário e o reforço deve ser realizado com DTP aos 15 meses e 4 anos de idade.7 

A Sociedade Brasileira de Imunizações preconiza o reforço com dTpa a cada dez anos, para aqueles com esquema de vacinação básico completo. Já para aqueles com esquema básico incompleto, é recomendada uma dose de dTpa e o uso de dT, dupla bacteriana do tipo adulto, de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico. Não vacinados e/ou pessoas com histórico vacinal desconhecido devem tomar uma dose de dTpa e duas doses de dT no esquema 0-2-4 a 8 meses.8

 

Estratégia Cocoon

É importante alertar que os familiares próximos são os principais transmissores da bactéria que causa a coqueluche para os bebês. Como as mães costumam ser a pessoa que convive mais de perto durante os primeiros meses de vida do recém-nascido, elas são a fonte mais comum de infecção, sendo responsáveis pela transmissão, em aproximadamente 39% dos casos. Cerca de 16% das contaminações acontecem através dos pais, entre 16% e 43% dos irmãos e 5% através dos avós.6 Por isso, os contactantes mais próximos do recém-nascido, como pais, irmãos, avós e cuidadores, também devem estar com a imunização em dia para proteger os lactentes contra a coqueluche, formando assim uma rede de proteção conhecida como “estratégia cocoon” ou “estratégia casulo”.6,10 

Para os contactantes de lactentes, é recomendado o reforço da dTpa, em substituição à dT, cinco anos após a última dose da vacina, para que, além da proteção individual, reduza a transmissão da Bordetella pertussis para os mais suscetíveis a complicações, como os recém-nascidos. A imunização deve ser feita antes do nascimento do bebê para que todos já estejam protegidos no momento do nascimento. Mesmo quem já teve coqueluche também deve se vacinar, já que a proteção conferida pela infecção não é permanente.8 Manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos com regularidade e cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar, também podem ajudar a prevenir e conter a disseminação da doença.11

 

Vacinas são seguras para as gestantes

A imunização de gestantes é uma prática consolidada no Brasil e foi responsável pela eliminação de doenças infecciosas, como o tétano materno e neonatal, e pela redução de hospitalizações e óbitos por outras doenças, como a influenza e a coqueluche. As vacinas recomendadas durante a gestação são inativadas, ou seja, são compostas por microrganismos sem capacidade de gerar a doença.9,12,13 

Por isso, é importante reforçar a importância das vacinas recomendadas durante o período da gravidez: influenza, contra gripe; dTpa, que protege contra difteria, tétano e coqueluche; dT, que imuniza contra difteria e tétano; a vacina contra hepatite B; e a vacina contra COVID-19. Todas estão disponíveis na rede pública de saúde de todo o país, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, além das unidades privadas de vacinação.14,15 “As vacinas recomendadas durante a gestação têm como objetivo fortalecer o sistema imunológico da gestante e proteger a saúde do bebê. Com a imunização, os anticorpos da mulher são transferidos para a criança pela placenta e, após o nascimento, por meio da amamentação”, finaliza Dr. Marcelo Freitas.

 



Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.



GSK



Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde de A a Z. Coqueluche. Tabela de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Secretaria de Estado de Saúde alerta para aumento no número de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS. Vacinação é a principal forma de prevenção à coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica. Alerta sobre o aumento global de casos de coqueluche. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

PORTAL FAMÍLIA SBIM. Doenças. Coqueluche (pertussis). Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine,31(4): 618-25, 2013;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm criança 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm adulto 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA. Vacinação de gestante: proteção em via dupla. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Vaccines and Pregnancy Home. Vaccines & Pregnancy: Top 8 Things You Need to Know. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <Link>. Acesso em 15 de julho de 2024;

BRASIL. Ministério da Saúde. Tétano Neonatal. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Documento técnico. Imunização na gestação, concepção e puerpério. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

BRASIL. Ministério da Saúde. Saiba quais vacinas devem ser administradas durante a gestação. Disponível em <Link> Acesso em: 15 de julho de 2024;

SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante 2024/2025. Disponível em <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024;

BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: <Link>. Acesso em 15 de julho de 2024;

FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2021. Disponível em: <Link>. Acesso em: 15 de julho de 2024.


Saúde feminina: Infecções ginecológicas incomodam cerca de 75% das mulheres, pelo menos uma vez ao longo da vida

 

Divulgação

Ginecologista Loreta Canivilo explica causas, prevenções, tratamentos e sintomas de candidíase, vaginose bacteriana e infecções urinárias

 

 

Assim como é importante cuidar da saúde do corpo e mente, a saúde íntima é uma parte fundamental de ser tratada. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cerca de 75% das mulheres ao longo de suas vidas são afetadas por candidíase, que é uma infecção ginecológica.

Alguns dos sintomas das infecções na vagina são coceira, corrimento, irritação e ardor. Muitos desses sinais podem ocorrer devido à má higienização íntima, o uso contínuo de protetor diário abafando a vagina, entre outras causas. Fatores como uso de antibióticos, diabetes, sistema imunológico enfraquecido e outras condições podem predispor à candidíase.

“A forma correta de realizar a higiene íntima envolve usar água morna e um sabonete suave, sem fragrâncias fortes ou ingredientes irritantes. Lavar delicadamente a área externa da região genital, evitando inserir sabonete no canal vaginal. É recomendado enxaguar bem e secar a área com uma toalha limpa e macia. A região íntima possui um pH delicado e é importante preservar o ambiente saudável da região”, explica a ginecologista Loreta Canivilo.

É necessário que ao notar esses sintomas, a busca por um médico seja feita rapidamente, pois ele tratará o caso de maneira correta para que não haja complicações. Algumas doenças podem ser transmitidas sexualmente, sendo geradas por fungos, protozoários, bactérias e vírus.

Doenças como candidíase, vaginose bacteriana e infecção urinária são as mais comuns. “Corrimento amarelado, com cheiro forte, grosso, porém sem ardor ou dor, aponta para vaginose bacteriana, que é causada por meio de um desequilíbrio na microbiota da região. Mas se o corrimento for branco, com coceira, vermelhidão, ardor e irritação, indica que seja candidíase, pois ocorre a proliferação de fungos cândida. Já urina muito escura com cheiro forte, dor e queimação ao urinar, urinar em pouca quantidade, assinala uma infecção urinária”, diz Loreta.

Para a descoberta da doença é realizado exame físico e coleta de material para amostra no microscópio. Ao descobrir de fato a condição, o médico prescreverá o medicamento adequado, sendo ele em creme, pomada, cápsulas ou comprimidos.  



Dra. Loreta Canivilo - Médica ginecologista, obstetra e ginecoindócrino Loreta Canivilo, é especialista em reposição hormonal feminina, estética íntima feminina e tratamentos de doenças do útero e endométrio. A profissional possui diversas pós-graduações em instituições de referência como: Reprodução, Ginecologia Endócrina no Hospital Sírio Libanês e Medicina em Estado da Arte no Hospital Albert Einstein. É especialista em Nutrologia e Endocrinologia pela Faculdade Primum, referência em educação em medicina. Loreta Canivilo também é idealizadora de projeto social, em parceria com o Instituto Primum – onde também ministra aulas -, que promove atendimento de saúde feminina gratuito a mulheres em situação de vulnerabilidade.
@draloreta


Dia Nacional da Saúde: 7 dicas para monitorar sua saúde em casa

Em 5 de agosto é comemorado o Dia Nacional da Saúde, uma data dedicada a conscientizar a população sobre a importância de adotar hábitos e um estilo de vida saudável para garantir bem-físico e mental. Em um mundo cada vez mais dinâmico e desafiador, cuidar da saúde mais de perto se torna essencial. Assim como avança para uma era mais digital e a integração da tecnologia se torna crucial para otimizar a vitalidade e longevidade.

A inovação tecnológica pode transformar pequenas ações diárias em grandes avanços na prevenção e gestão de doenças. Desde lembretes de medicamentos, acesso ao prontuário eletrônico até o acompanhamento do progresso das atividades físicas e da alimentação.

“Manter um estilo de vida saudável deve ser uma prioridade constante, e a tecnologia está aqui para facilitar isso”, explica Andrey Abreu, Diretor Corporativo de Tecnologia da MV, multinacional líder em soluções digitais para gestão de saúde na América Latina. “Ferramentas digitais não apenas monitoram a saúde, mas também fornecem insights personalizados que podem fazer uma diferença significativa para alcançar uma vida plena, fortalecer o bem-estar emocional e mental e prevenir doenças”, complementa.

Pensando nisso, o especialista da MV compartilha algumas dicas simples que você pode adotar para monitorar sua saúde em casa e alcançar seus objetivos de saúde e bem-estar: 

·         Entenda a importância do monitoramento da saúde pessoal: A saúde é um dos pilares fundamentais para uma vida feliz e produtiva, e entender isso é fundamental para assumir o controle efetivo de nosso bem-estar.  

·         Implemente uma jornada de autocuidado eficaz e preventiva: Quando estamos atentos ao nosso estado de saúde, podemos identificar de forma precoce possíveis problemas assim que surgirem e agir de forma proativa para preveni-los ou tratá-los. Sempre visando uma vida mais longa, saudável e gratificante.  

·         Cuide da saúde (e isso não se resume apenas a visitas regulares ao médico): O acompanhamento da saúde pessoal envolve o cuidado diário e a adoção de hábitos saudáveis. É importante lembrar que pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença no longo prazo. 

·         Tenha consciência sobre o seu estado de saúde: Assim é possível tomar decisões informadas sobre qual estilo de vida se adequar, qual dieta seguir, quais exercícios escolher e outros aspectos que impactam diretamente a qualidade de vida. 

·         Integre a tecnologia ao seu cotidiano de autocuidado: tenha acesso a recursos que simplificam e aprimoram o monitoramento da sua saúde. Utilize plataformas que façam a integração com dispositivos wearable, como smartwatches e pulseiras fitness, que facilitam a coleta automática de dados, permitindo que você acompanhe seu progresso sem esforço adicional.   

·         Use ferramentas para apoiar os hábitos saudáveis de maneira gradual e eficaz: lembretes regulares de atividade física ajudam a motivar para que se movimente mais ao longo do dia, mesmo nos momentos mais agitados. Além disso, ao monitorar sua alimentação e receber sugestões personalizadas de dietas balanceadas, é possível fazer escolhas mais conscientes e nutritivas em relação à sua dieta. 

·         Acompanhe seu progresso ao longo do tempo: com a ferramenta adequada, você consegue ver de forma clara e objetiva como suas escolhas de estilo de vida estão impactando sua saúde. Isso pode ser incrivelmente motivador e capacitador, incentivando-o a continuar no caminho de hábitos saudáveis.

“O Personal Health, ferramenta da MV, é um exemplo de plataforma centralizada que registra e analisa diversos aspectos da saúde permitindo análises de tendências e insights personalizados ajudando a transformar a maneira como você se envolve com seu bem-estar e promovendo uma abordagem proativa para uma vida mais saudável”, finaliza Andrey.


MV - multinacional que impulsiona a transformação digital no setor


Agosto Dourado: saiba como garantir uma amamentação tranquila

Especialista do Hospital IGESP dá dicas importantes para auxiliar as mães no período e evitar os problemas mais comuns
 

A Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam aleitamento materno exclusivo por 6 meses e complementado por pelo menos 2 anos. O alimento é extremamente importante para o bebê, pois diminui os riscos de infecções respiratórias, alergias, diarreias, de obesidade e contribui para o desenvolvimento mais rápido – e pode ser fundamental também para a mãe, já que colabora com a redução do sangramento, do peso no período pós-parto e até das chances de desenvolvimento de câncer de mama, ovário, útero e endométrio. 

“A partir do contato do bebê com o peito, o corpo da mãe já o prepara para as necessidades. Por exemplo, se estiver doente, a saliva, ao entrar em contato com o bico do peito, faz com que ele produza mais anticorpos. Se for prematuro, o leite acaba sendo mais gordo, para atender a essa necessidade”, afirma a pediatra e neonatologista do Grupo Trasmontano, Patrícia Terrivel. 

Mas o que deveria ser natural pode ser muito difícil nos casos em que as crianças se recusam ou têm problemas na amamentação. “Uma das hipóteses é o uso de chupeta ou mamadeira, o que pode causar confusão de bicos e de fluxo. Quando o leite está na mamadeira, a criança abre a boca, e o líquido vem muito rápido. Isso pode fazer com que ela não queira fazer esforço para extrair o leito do peito”, explica. “Com a chupeta, é a mesma coisa. O movimento que o bebê faz é diferente do peito, que exige que ele abra toda a boca. Não existe leite fraco ou leite forte. O que existe é pouca ou muita produção. Quanto mais a criança mamar, mais leite será produzido”. 

Outros problemas registrados são o freio lingual, que não permite à criança fazer todo o movimento da língua, e a presença do torcicolo congênito. “No caso do freio lingual, é preciso que o bebê seja avaliado pelo pediatra, consultor de amamentação e, se necessário, pelo fonoaudiólogo. Quando há torcicolo congênito, ele acaba ficando travado e não consegue fazer o movimento para mamar”, explica Patricia.

 

Mamadeira com fórmula? Conheça as alternativas

A pediatra ressalta que, nos casos em que existe recusa do bebê ao peito, primeiramente deve-se esgotar todas as alternativas antes de partir para o uso de mamadeira com fórmulas. “Ele precisa passar por um pediatra que seja pró-amamentação, por um consultor de amamentação e um fonoaudiólogo. Descartados problemas como refluxo, de ‘pega’ ou do freio lingual e constatada por profissionais a necessidade da fórmula, existem ainda a colher dosadora e o copinho antes de passar direto para uma madeira”. 

Segundo Patricia, porém, a fórmula não deve ser demonizada. “É uma opção de extrema importância nos momentos em que a amamentação natural não se faz possível. As mães também não devem se culpar quando houver essa necessidade”, finaliza.

 

Hospital IGESP unidade Paulista
www.hospitaligesp.com.br


Para o Dia Nacional da Saúde, diretor do One Day Hospital destaca importância do check-up anual

Dr. Marcelo Jerez fala da importância da data como lembrete de que a medicina preventiva é o melhor caminho para uma vida mais longa e saudável

 

Em celebração ao Dia Nacional da Saúde, comemorado em 5 de agosto, o Dr. Marcelo Jerez, oftalmologista e diretor do One Day Hospital em Alphaville, reforça a importância da realização de check-ups anuais para a manutenção da saúde e bem-estar da população.

 

"A prevenção é o melhor caminho para uma vida saudável. Realizar um check-up anual permite a detecção precoce de possíveis problemas de saúde, aumentando significativamente as chances de sucesso no tratamento e, muitas vezes, evitando complicações mais graves," afirma o Dr. Marcelo Jerez.

 

Além disso, o médico reforça que o procedimento anual possibilita o monitoramento contínuo de indicadores de saúde, como níveis de colesterol, pressão arterial e glicemia. "Acompanhando esses parâmetros regularmente, podemos ajustar tratamentos e intervenções de forma personalizada, melhorando a eficácia e prevenindo o desenvolvimento de doenças crônicas," explica o Dr. Jerez.

 

Outra vantagem importante é a atualização das vacinas e a revisão do histórico médico e familiar, o que permite identificar fatores de risco e tomar medidas preventivas apropriadas. "A avaliação médica anual é um momento crucial para atualizar o calendário vacinal e discutir hábitos de vida saudáveis, contribuindo para a prevenção de doenças infecciosas e promoção da saúde integral," acrescenta.

 

O One Day Hospital se destaca pelo conforto e segurança que proporciona aos pacientes. Ao optar por realizar exames periódicos no One Day, os pacientes contam com a entrega do laudo no mesmo dia, o que proporciona mais tranquilidade, evitando intervenções precoces, se necessárias.

 

Em linha com os valores fundamentais do Dia Nacional da Saúde, o One Day Hospital reitera seu compromisso em fornecer serviços de saúde de excelência à comunidade de Alphaville e região. A instituição investe em tecnologia de ponta e possui uma equipe altamente qualificada, garantindo precisão diagnóstica e excelência nos cuidados prestados. Além disso, oferece todo o suporte necessário para os pacientes, desde o preparo para os procedimentos até a assistência na obtenção de reembolso junto aos planos de saúde.

 

Até mesmo exames endoscópicos são realizados no One Day Hospital, que é credenciado junto à operadora Care Plus. Pacientes com outras operadoras podem realizar os exames na modalidade particular e solicitar o reembolso. O One Day Hospital oferece auxílio financeiro para a transação, garantindo uma experiência tranquila e sem complicações para o paciente.


Eles procuram o médico pela falta de libido, mas ela é apenas um dos sinais...

    Diagnóstico de hipogonadismo vai além da dosagem de testosterona

   Endócrino alerta para a obesidade como uma das causas

 

“A falta de libido é um dos principais sintomas que faz os homens procurarem o médico, porém, o hipogonadismo, que é a falta da testosterona, pode vir acompanhado de outros sintomas como perda de cabelo, diminuição da barba, falta de energia, de disposição, o homem fica deprimido e desanimado. Pode haver uma mudança corporal, com maior acúmulo de gordura na barriga e perda de massa muscular. As alterações do sono e as metabólicas, como hipertensão e colesterol, também podem estar entre os sinais da deficiência hormonal”, alerta Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, endocrinologista presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

Ele explica ainda que a obesidade pode provocar uma série de alterações hormonais e inflamatórias que podem acabar produção do testosterona, portanto, o hipogonadismo acaba sendo uma situação muito comum, dada a alta prevalência da obesidade (basta ver estatísticas do Atlas Mundial de Obesidade 2023, clique aqui). 

 

A dosagem do nível de testosterona do sangue é o exame principal para que se possa avaliar se, de fato, os sintomas estão relacionados a baixa deste hormônio, mas há observações importantes. “Não é tão simples assim avaliar o nível da testosterona. Temos que analisar em conjunto com os valores da proteína SHBG. Esta proteína carrega a testosterona no sangue, portanto alterações no seu valor vão impactar na dosagem da testosterona total. Obesidade e diabetes descontrolado, por exemplo, podem alterar os níveis de SHBG. Além disto, é necessário avaliar outros hormônios, pois alterações nestes também podem levar a redução dos valores de testosterona”, explica Dr. Felipe.

 

Os sintomas da falta de hormônio masculino são muito parecidos com os sintomas relacionados ao estresse do cotidiano, por isso a necessidade dos exames para diagnóstico completo.


 

Como dosar a testosterona?


“É importante seguir algumas recomendações, pois a testosterona sofre influência até de alimentos e do horário do dia em que ela é coletada. A dosagem deve ser realizada entre as 6 e 9 horas da manhã, em razão do ritmo circadiano. O paciente deve estar em jejum, pois a ingesta de carboidratos e gorduras pode reduzir os níveis deste hormônio. Também deve-se lembrar de orientar o paciente para suspender biotina (caso ele use), cerca 3 dias antes do exame, pois a biotina, que tem sido usada com frequência para crescimento de unhas e cabelo, interfere na análise laboratorial”, complementa Dr. Leonardo Parr, endocrinologista da SBEM-SP.

 



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Febre Oropouche atinge mais de 7 mil pessoas pelo Brasil e alerta especialistas

Dra. Carolina Brites detalha sintomas e precauções com doença que se espalha além da Amazônia 

 

O Ministério da Saúde anunciou que o Brasil registrou 7.236 casos de febre Oropouche em 2024, um aumento significativo em relação aos 832 casos confirmados em 2023. A doença, endêmica da região amazônica, está se espalhando para outras partes do país, com destaque para os estados do Amazonas, Rondônia, Bahia, Espírito Santo e Acre.

Os números mais recentes indicam que Amazonas lidera com 3.224 casos, seguido por Rondônia com 1.709, Bahia com 830, Espírito Santo com 412 e Acre com 265. Recentemente, o Ministério confirmou o falecimento de duas mulheres na Bahia devido à febre Oropouche, embora ambas apresentassem sintomas similares aos da dengue grave. Ambas tinham menos de 30 anos e não possuíam comorbidades.

Além disso, o Ministério da Saúde está investigando seis casos de transmissão da febre Oropouche de mãe para filho, que resultaram em morte fetal, aborto espontâneo e três casos de microcefalia, localizados em Pernambuco, Bahia e Acre.

A febre Oropouche é uma arbovirose, assim como a dengue, chikungunya e zika, identificada pela primeira vez no Brasil na década de 60. Ela é transmitida principalmente por mosquitos, que podem passar o vírus para outras pessoas após picar um indivíduo ou animal infectado”, explica a Dra. Carolina Brites, Infectologista Pediátrica.

Ela apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, febre, náuseas e vômitos. “Profissionais de saúde devem estar atentos, pois os sintomas são similares e pertencem à mesma cadeia de vírus. O diagnóstico envolve métodos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, e a notificação dos casos é essencial para o monitoramento”, alerta a especialista.

Em relação ao tratamento e prevenção, ela afirma: “Não há tratamento específico para a febre Oropouche. O manejo inclui repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico. As medidas de prevenção são semelhantes às da dengue e chikungunya: evitar áreas com muitos mosquitos, usar roupas protetoras, aplicar repelente e eliminar criadouros de mosquitos, como água parada”.

A Dra. Brites ainda acrescenta: “Embora a febre Oropouche seja mais conhecida na região amazônica, casos recentes em áreas não endêmicas ressaltam a importância da vigilância contínua e da disseminação de informações sobre a doença”. 

 

Carolina Brites - CRM-SP: 115624 | RQE: 122965 - concluiu sua graduação em Medicina na Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) em 2004. Especializou-se em Pediatria pela Santa Casa de Santos entre 2005 e 2007, onde obteve o Título de Pediatria conferido pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Posteriormente, especializou-se em Infectologia infantil pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e completou uma pós-graduação em Neonatologia pelo IBCMED em 2020. Em 2021, concluiu o mestrado em Ciências Interdisciplinares em Saúde pela UNIFESP.Atualmente, é professora de Pediatria na UNAERP em Guarujá e na Universidade São Judas em Cubatão. Trabalha em serviço público de saúde na CCDI – SAE Santos e no Hospital Regional de Itanhaém. Além disso, mantém um consultório particular e assiste em sala de parto na Santa Casa de Misericórdia de Santos. Ministra aulas nas instituições de ensino onde é professora.



Derivadas da planta Artemísia podem ajudar a combater Ovários Policísticos, aponta estud

Prima da camomila, a Artemisia vulgaris possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, podendo regular a síntese de testosterona nos ovários 

 

Já ouviu falar em Artemísia? Estudo recente conduzido por cientistas chineses sugere que as artemisininas, compostos naturais derivados da planta, podem ser eficazes no tratamento da Síndrome dos Ovários Policístico. De acordo com a pesquisa, o uso de artemisininas pode inibir a síntese de testosterona nos ovários, melhorar a morfologia ovariana e aumentar a fertilidade. Danilo Avelar, professor de Biomedicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e doutor em farmacologia, explica como a substância auxilia na redução do impacto do distúrbio hormonal. 

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é responsável pela desregulação menstrual e aumento dos hormônios masculinos. No Brasil, a condição afeta entre 5% e 21% das mulheres em idade reprodutiva, aponta relatório do Ministério da Saúde. Segundo Avelar, a artemisinina é uma proteína extraída da planta Artemisia vulgaris, conhecida por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. "Além da artemisinina, a planta produz cardamonina, ambas estudadas por seus efeitos benéficos no combate a inflamações e desordens hormonais", destaca. 

O especialista detalha que a inflamação é um processo comum em diversas doenças hormonais, incluindo a SOP. Esta condição sobrecarrega os ovários, afetando a produção de hormônios como os estrogênios. Nesse sentido, a artemisinina pode ajudar a reduzir a inflamação sistêmica, que impacta diretamente os ovários. "Com a inflamação reduzida, as células ovarianas ficam menos irritadas e estimuladas, diminuindo a produção excessiva de hormônios e a formação de cistos ovarianos". 

Embora as pesquisas sejam promissoras, o docente do CEUB adverte que as artemisininas não são tradicionalmente utilizadas para tratar a SOP e ainda não são reconhecidas para esse fim. Segundo ele, o uso indevido desse composto pode trazer efeitos adversos. “Para alguns pacientes, a substância pode gerar a estimulação excessiva do sistema nervoso central e vasodilatação, que pode causar arritmias, problemas hepáticos, alterações na pressão arterial e comprometimentos neurológicos”, ressalta. 

Os critérios para considerar um paciente como candidato ao tratamento com artemisininas incluem um diagnóstico preciso de SOP, com alterações nos ciclos menstruais e manifestações de hiperandrogenismo, como acne severa e hirsutismo.

 

Avanço da ciência e novas abordagens

A pesquisa sobre tratamentos alternativos para a SOP está em constante expansão, com foco em substâncias naturais e fitoterápicos que apresentam menos efeitos adversos em comparação aos tratamentos hormonais tradicionais. "Estamos investigando compostos com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que possam reduzir a atividade excessiva das células ovarianas", explica o docente. 

Para obter sucesso no manejo da SOP, o professor do CEUB recomenda que as pacientes tenham atenção ao estilo de vida, como a prática regular de exercícios, a redução do consumo de álcool e a adoção de uma alimentação balanceada. Embora os fitoterápicos sejam muitas vezes vistos como inofensivos, é essencial que seu uso seja monitorado por profissionais de saúde. "A dosagem adequada é fundamental para evitar efeitos adversos, garantindo um tratamento seguro e eficaz para a SOP", acrescenta Avelar.


Pesquisa busca avançar no tratamento de crianças e adolescentes com fissura labiopalatina com alinhadores transparentes

 Ortodontia é crucial para trazer estética e conforto mastigatório aos pacientes; estudo será conduzido ao longo de 18 meses em centro de atendimento vinculado ao SUS no Paraná 

 

No Brasil, a fissura labiopalatina afeta aproximadamente um a cada 650 bebês nascidos, exigindo um tratamento multidisciplinar para pacientes e suas famílias. Essa estatística do Ministério da Saúde (2010) coloca o país acima das médias globais, que estimam que um em cada 1,7 mil recém-nascidos no mundo tenham essa má-formação, segundo estudo realizado no Reino Unido. São famílias que lutam por acolhimento, mas que veem, ao longo dos anos, avanços nos tratamentos que trazem novas esperanças. 

“A fissura ocorre ainda no ventre da mãe, no primeiro trimestre da gestação, entre a 4ª e a 12ª semana, devido a uma falha na fusão de algumas estruturas que posteriormente vão dar origem à face, ao lábio e ao palato do bebê”, explica a ortodontista especializada no atendimento a pacientes fissurados, Talita Miksza. A especialista esclarece ainda que, na maioria dos casos, essa má-formação acontece de forma isolada, mas pode estar associada a alguma síndrome. Estudos indicam que a condição é multifatorial, ou seja, não possui uma causa específica e vários fatores podem contribuir para essa predisposição, como fatores genéticos ou ambientais, incluindo o consumo de álcool, tabagismo e o uso de certos medicamentos durante a gestação.

As fissuras labiopalatinas não apenas afetam a estética, mas também causam problemas maiores, como má nutrição, distúrbios respiratórios, dificuldades na fala e audição, infecções crônicas e alterações na dentição. Esses impactos também podem ocasionar problemas emocionais, sociais e de autoestima para os pacientes. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública, a má-formação conta com um projeto de lei em tramitação para obrigar o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer serviços gratuitos de cirurgia plástica reconstrutiva, além de tratamento pós-operatório. “O tratamento após a cirurgia é tão importante quanto o procedimento cirúrgico, que requer uma abordagem multidisciplinar envolvendo especialistas em cirurgia plástica, otorrinolaringologia, odontologia, fonoaudiologia, entre outros”, explica Talita. 


Inovação no tratamento

Tendo a odontologia como uma etapa crucial do tratamento, o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (CAIF), em Curitiba-PR, atualmente administrado pelo Complexo Hospitalar do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), está conduzindo uma pesquisa com o apoio da ClearCorrect, fabricante de alinhadores ortodônticos transparentes. Neste levantamento, os alinhadores serão usados juntamente com o scanner intraoral Virtuo Vivo, que auxilia na captação de imagens em 3D dos pacientes.

“Estamos apoiando esse projeto de pesquisa, oferecendo tratamento ortodôntico a um grupo de 24 jovens com idades entre 13 a 24 anos. Esses pacientes passam por múltiplas cirurgias ao longo do crescimento, e a fase de tratamento ortodôntico corretivo, na adolescência, é essencial para trazer estética e conforto mastigatório. Todas as condições ortodônticas apresentadas por eles podem ser tratadas eficientemente com alinhadores transparentes, tornando o tratamento mais confortável, prático e facilitando a higienização e alimentação desses pacientes”, avalia a diretora de Pesquisa Clínica da ClearCorrect e especialista, mestre e doutora em Ortodontia, Waleska Furquim.

O trabalho iniciou em junho e a expectativa é que dure 18 meses, podendo se estender, visto que os casos são geralmente complexos. 

“Temos o prazer de apoiar essa pesquisa inovadora, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida desses jovens. Nosso compromisso vai além de fornecer produtos de alta tecnologia. Buscamos colaborar com iniciativas que promovam avanços significativos na saúde e bem-estar da comunidade”, complementa o vice-presidente da ClearCorrect, Pablo Prado. 

  


ClearCorrect - segunda maior marca de alinhadores transparentes para tratamentos ortodônticos do mundo.
www.clearcorrect.com.br



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