Anglo Alante incentiva a discussão e aborda o impacto do uso de smartphones e outras tecnologias digitais na saúde mental dos alunos dentro da sala de aula
Reconhecer a importância do equilíbrio saudável entre o mundo digital e o físico e conscientizar pais, estudantes e educadores sobre os riscos da hiperconexão é um desafio no tempo moderno. Em uma era em que os smartphones são quase extensões das nossas mãos, é importante refletir se estamos usando o nosso tempo de maneira saudável.
Segundo pesquisa relizada pela Electronics
Hub, o Brasil é um dos países em que a
população passa o maior tempo utilizando telas, smartphones e celulares com
acesso à internet com cerca de 9 horas diárias. Na mesma pesquisa, foi
levantado que o Brasil também ocupa o 2º lugar quando o assunto é tempo gasto
usando as redes sociais.
E especificamente tratando do uso de
telas para crianças e para jovens, a Sociedade Brasileira de Pediatria
recomenda que crianças menores de 2 anos de idade não devam ser expostas a
telas e crianças entre 2 e 5 anos devem ter o tempo de tela limitado a, no
máximo, uma hora por dia; crianças entre seis e dez anos por até uma a duas
horas diárias, e crianças maiores e adolescentes, entre onze dezoito anos, não
devem ultrapassar o tempo limite de três horas de tela por dia, incluindo o uso
de videogames.
Para Maria Carolina Araujo, diretora de
ensino da Rede Anglo Alante, esse tema merece uma atenção urgente.
“De fato, hoje o uso do celular é uma questão que vai além do social, das
interações, já virou uma questão de saúde mental. Na internet e nas redes
sociais, os alunos acabam se sentindo muito próximos de pessoas que estão
distantes da sua realidade, afastando-se de quem está realmente ao seu lado. É
comum ver uma roda de amigos em que todos estão no celular, falando com pessoas
que não estão presentes e nem fazem parte do seu ambiente. Isso gera uma grande
frustração, pois os alunos acabam se comparando com influenciadores que vivem
realidades muito diferentes. Precisamos mostrar que a vida vai além do mundo
virtual”, explica.
Superestimulação
No ambiente escolar e familiar, o
excesso de telas pode levar a problemas como sedentarismo, déficit de atenção e
dependência digital. Por isso, é fundamental aprender a valorizar momentos de
tranquilidade, diminuir o ritmo e encontrar espaços de paz, ajudando na saúde
mental. A solução não está em eliminar a tecnologia, mas em encontrar maneiras
de utilizá-la de forma saudável e, para isso, educadores e familiares precisam
trabalhar em conjunto para estabelecer limites adequados e incentivar
atividades fora do mundo virtual, como brincadeiras ao ar livre, prática de
esportes, leitura de livros, interações pessoais e até momentos para estimular
a criatividade: “Precisamos ajudá-los a criar um equilíbrio entre o mundo
digital e o mundo real e mostrar para eles como é legal também viver off-line”,
reflete Maria Carolina.
“Devemos mostrar que a vida off-line é
realmente mais interessante, mas podemos utilizar o recurso das telas para
ajudar a desenvolver nossos filhos’, explica Maria Carolina. Algumas dicas da
educadora para pais e responsáveis que desejam utilizar esse recurso de forma
positiva: “Desenhos de animação, com cores e formas, podem estimular e ensinar
crianças; jogo da memória trabalha o raciocínio lógico e a concentração;
músicas em outros idiomas podem estimulá-los a aprenderem um novo idioma;
contos e histórias desenvolvem o imaginário e as pesquisas on-line estimulam a
curiosidade. Mas, claro, o uso de telas deve acontecer sempre sob a supervisão
de um adulto responsável”, sinaliza.
Muito além da sala de aula
Para enfrentar esses desafios, o Anglo Alante reforçou sua parceria com o Laboratório de Inteligência de Vida (LIV), que promove debates sobre educação socioemocional, saúde mental e acolhimento da equipe escolar para juntos, propor uma série de reflexões sobre o tema para a sua comunidade escolar. O LIV cria grupos de discussão adaptados a cada faixa etária, ajudando os alunos a expressar as emoções, a aprimorar a comunicação e a desenvolver a tolerância e a diversidade. “Nós estamos comprometidos em promover um uso equilibrado das tecnologias, garantindo o bem-estar mental e emocional dos nossos alunos”, finaliza Maria Carolina.
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