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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

O poder geral de cautela dos Tribunais de Contas e a sustação de contratos

      Tradicionalmente, cabe ao constituinte a missão de conceber e modelar as instituições. Essa tarefa tem essencialmente dois propósitos. O primeiro é conferir racionalidade à organização política do Estado, definindo as competências de cada ente ou organismo e demarcando o seu âmbito de atuação. O segundo, intimamente relacionado ao primeiro, consiste em impedir arbítrios e abusos por meio da divisão de atribuições entre vários polos de autoridade, conforme a noção de equilíbrio e harmonia dos Poderes teorizada por Montesquieu. 

      Particularmente quanto aos Tribunais de Contas, embora o constituinte de 1988 tenha ampliado suas prerrogativas, o exercício da atividade controladora dos recursos e bens públicos só se legitima quando fundamentada no texto constitucional. Assim, com alguma frequência, surgem controvérsias sobre as possibilidades de atuação das Cortes de Contas, sobretudo diante do protagonismo que esses órgãos vêm assumindo. 

      Uma das questões que se apresenta refere-se à competência dos Tribunais de Contas para sustar contratos administrativos. Indaga-se, em outras palavras, se é permitido a essas Cortes ordenar a suspensão do ajuste contratual, uma vez verificadas irregularidades. 

      Tal problemática deriva da leitura do art. 71, parágrafos 1º e 2º da Constituição Federal. Diz a Lei Maior que a sustação de contratos será efetivada somente pelo Poder Legislativo, todavia, se o Parlamento não se manifestar no prazo de 90 dias, caberá ao Tribunal de Contas decidir a respeito. 

      A dúvida interpretativa está, justamente, no trecho final do parágrafo 2º do citado artigo. Ou seja, o constituinte não afirmou, literalmente, que o Tribunal de Contas poderá sustar o contrato se configurada a omissão do Legislativo, mas previu, tão somente, que “o Tribunal decidirá a respeito”. 

      O Supremo Tribunal Federal já superou essa discussão no julgamento dos Mandados de Segurança nºs 23.550/DF e 26.000/DF. Decidiu-se que os Tribunais de Contas não podem sustar os contratos, tendo em vista ser essa uma competência exclusiva do Poder Legislativo. Entretanto, nesses mesmos julgamentos, o STF ressalvou ser possível às Cortes de Contas determinar à autoridade administrativa que tome providências para anular o ajuste. 

      Insere-se, portanto, no rol de competências constitucionais dos Tribunais de Contas a prerrogativa de impor ao gestor a obrigação de extinguir o vínculo contratual, embora não lhe seja permitido impedir, de plano, a sua execução. 

      Mais recentemente, constata-se uma evolução na jurisprudência do STF. Em junho de 2023, transitou em julgado o Acórdão do Plenário do Supremo no Agravo Regimental nos Embargos de Declaração na Suspensão de Segurança 5.306/PI. Após analisar a matéria por sucessivos expedientes, como se nota da extensa ação processual citada, o Supremo deferiu aos Tribunais de Contas a possibilidade de suspender o pagamento de contratos, desde que de maneira cautelar. 

      Com base na chamada teoria dos poderes implícitos, prevaleceu o entendimento segundo o qual as Cortes de Contas possuem poder geral de cautela e, portanto, podem determinar a interrupção da contraprestação financeira aos contratados para evitar lesão ao erário ou à ordem pública. 

      Indiretamente, a jurisdição constitucional reconheceu ao organismo técnico de controle externo a atribuição de sustar contratos, pois os efeitos do não pagamento implicam, de fato, na suspensão dos ajustes com a Administração Pública. 

      Desse modo, tendo a interpretação do Supremo nos concedido essa prerrogativa, as Cortes de Contas não podem renunciar ao exercício dessa aptidão em defesa do interesse público. 

      Essa excepcional atribuição, por outro lado, deve ser exercida com prudência e cautela. Aqueles com competência decisória nos Tribunais de Contas devem, antes, atentar às circunstâncias do caso concreto e às dificuldades reais dos gestores, como preconizam os comandos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. 

      Assim, uma eventual medida cautelar deve considerar os princípios da razoabilidade e proporcionalidade, pois os efeitos de uma paralisação de contrato podem gerar consequências ainda mais negativas, sobretudo no caso de serviços essenciais. Isso, porém, não exime os infratores. Mesmo sem a sustação, os Tribunais podem –e devem– aplicar as devidas sanções contra os responsáveis pelas irregularidades.

 

Dimas Ramalho - conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Secretaria da Saúde realiza ação de conscientização contra a dengue no Shopping Bonsucesso

 

As pessoas poderão se informar sobre o aedes aegypti no dia 18 de fevereiro

 

Desde o começo de 2024, os casos de dengue no estado de São Paulo têm crescido exponencialmente. Até agora, as ocorrências da doença aumentaram 60% em relação ao ano passado, alertando as autoridades. 

Buscando levar conhecimento a população de Guarulhos e conscientizar sobre as formas de prevenir a dengue, a Secretaria da Saúde estará na entrada principal do Shopping Bonsucesso no dia 18 de fevereiro, das 8h às 17h, explicando como se proteger do mosquito aedes aegypti, evitar sua proliferação e identificar os sintomas. 

Guarulhos foi a quarta cidade do estado de São Paulo que teve uma morte relacionado à dengue. Segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde, o estado já confirmou mais de 34 mil casos da doença.

 

Shopping Bonsucesso
Estrada Juscelino Kubitschek de Oliveira, 5308 - Jardim Albertina, Guarulhos – SP
Horário de funcionamento do shopping: de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, domingos e feriados, das 14h às 20h e praça de alimentação, todos os dias, das 10h às 22h.
Contato: (11) 2489-9690



Conheça as principais doenças infecciosas que podem ser transmitidas pelo beijo

 Mononucleose, herpes labial e HPV podem ser adquiridas por meio de contato com a saliva contaminada ou feridas na boca.

 

Além de seguir os blocos de rua, trios elétricos e festejar durante o Carnaval, beijar na boca é uma das atividades que muitas pessoas, especialmente as mais jovens, gostam de praticar e que, infelizmente, pode ser responsável pela transmissão de algumas doenças infecciosas. Além dos vírus causadores de resfriados, o caso mais comum é a da mononucleose, conhecida popularmente como a doença do beijo e causada pelo vírus Epstein-Barr. 

 Segundo o Ministério da Saúde, a doença afeta, principalmente, pessoas com idade média entre 15 a 25 anos. “Essa é uma infecção bastante comum e a maioria das pessoas no Brasil já teve contato com o vírus e a transmissão ocorre pelo contato íntimo com a saliva contaminada”, explica Josias Oliveira Aragão, infectologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), principal unidade do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).  

É possível ter mononucleose de forma assintomática, mas, caso apresente sintomas, eles se assemelham aos de outras doenças infecciosas e incluem febre, mal-estar e dor de garganta. A diferença é que também pode haver a presença de manchas vermelhas pelo corpo e o aumento no tamanho dos gânglios, principalmente no pescoço, além de aumento do fígado e baço nos casos mais graves. “Por isso é importante ter atenção aos sinais do corpo”, afirma o médico. 

O profissional explica que a maior parte dos sintomas deve regredir em alguns dias, mas o cansaço físico pode durar semanas e, nos casos mais graves, meses. De modo geral, o tratamento consiste apenas nos cuidados aos sintomas caso seja necessário. “Poucos casos precisam de hospitalização e, quando isso acontece, geralmente é devido a alterações expressivas em exames de fígado ou quadros neurológicos”, complementa. Sobre a prevenção, Dr. Josias afirma que evitar contato com saliva infectada ainda é a principal forma enquanto não há nenhuma vacina disponível. O Ministério da saúde afirma a mononucleose pode transmitida pela pessoa infectada e sem sintomas até um ano após a infecção.

 

Outras doenças infecciosas

 

Herpes labial

Entre as outras infecções que podem ser transmitidas pelo beijo, destaque para o herpes labial, que se manifesta com pequenas e dolorosas bolhas nos lábios. “Em geral, as lesões duram menos de uma semana e seus sintomas podem ser abreviados com o uso de medicamentos prescritos por um médico”, explica o Dr. Josias.  

“As feridas na boca podem retornar ocasionalmente, pois o vírus causador do herpes não é eliminado do corpo, fica em estado latente. Lesões semelhantes podem aparecer nos órgãos genitais, então também é uma infecção de transmissão sexual.”


Papilomavírus Humano (HPV)

A transmissão do HPV acontece por meio de contato direto. Pelo beijo, pode ser transmitida caso existam feridas na boca que entrem em contato com o vírus, mas o contágio mais comum acontece nos genitais, por meio de relações sexuais. O HPV é o causador das verrugas genitais, também chamadas de condilomas. Muitas pessoas não apresentam esse sintomas relacionados ao vírus, porém, ainda assim, pode ocorrer o contágio. “Além das verrugas, o HPV é responsável por alguns tipos de câncer, sendo o principal o do colo uterino. Por isso, é importante a realização de exames preventivos”, afirma o médico.  

A principal forma de prevenção são as vacinas, que protegem contra os principais subtipos do vírus relacionados ao câncer e às verrugas. Além disso, a prevenção deve ser complementada com o uso de preservativos em caso de contato sexual. O tratamento das verrugas é realizado por dermatologistas, urologistas, ginecologistas ou proctologistas, dependendo da localização das lesões. É importante ressaltar que a PrEP (profilaxia pré-exposição) não previne a transmissão dessas doenças por ser um método de prevenção específico para o HIV.

Caso tenha sintomas relacionados a essas infecções, é fundamental buscar ajuda de um profissional médico. 


Confira 7 principais dúvidas sobre a nova vacina contra a dengue

Infectologista do CEJAM esclarece alguns questionamentos sobre o imunizante conhecido como Qdenga

 

A nova vacina contra a dengue, conhecida como Qdenga, representa um avanço significativo na luta contra uma das doenças mais prevalentes no Brasil. Nas primeiras quatro semanas de janeiro de 2024, foram registrados cerca de 19 mil casos entre brasileiros, representando um aumento de 47% em comparação ao mesmo período do ano de 2023.

Diante desse cenário, a implementação do imunizante se apresenta como uma resposta crucial aos elevados índices em diferentes partes do país. Anunciada recentemente, a sua distribuição terá início neste mês de fevereiro, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

Inicialmente, mais de 500 municípios com mais de 100 mil habitantes e histórico de alta taxa de transmissão de dengue tipo 2 foram selecionados pelo governo federal para receber a imunização.

Apesar de um marco na saúde, a novidade ainda gera dúvidas. Pensando nisso, a infectologista Dra. Rebecca Saad, coordenadora do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, respondeu algumas das principais perguntas sobre o tema.

Confira abaixo:


O Brasil tem poucas vacinas para disponibilizar à população?

R: Inicialmente, serão disponibilizadas cerca de 6 milhões de doses para vacinação neste ano de 2024, esse sendo o número limite da capacidade de produção do laboratório responsável pelo imunizante. É importante ressaltar que são necessárias duas doses por pessoa.

Qual o período entre as duas doses da vacina?

R: A nova vacina consiste em duas doses, que devem ser administradas com um intervalo de 90 dias.


Existem grupos prioritários até o momento?

R: O Ministério da Saúde dará prioridade à vacinação de pessoas entre 10 e 14 anos, considerado o grupo com o maior volume de internações por dengue no país.


Como ficam os bebês, grávidas e idosos?

R: O estudo em torno dessa vacina incluiu pacientes de 4 a 16 anos e se estendeu até pessoas de 60 anos, por uma questão de ponte imunológica. É importante ressaltar que pacientes abaixo de 4 anos e acima de 60 anos não podem tomar a vacina ainda, por falta de estudo nesse sentido.

Gestantes, lactantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido também não poderão se vacinar inicialmente, devido ao fato de a vacina ser de vírus vivo atenuado, o que pode levar a manifestação da doença.


A pessoa que tomar a vacina corre o risco de ter dengue?

R: Não, a pessoa não terá dengue, mas poderá ter sintomas leves como reação à vacina. Geralmente, essa viremia, em que a pessoa pode sentir sintomas semelhantes aos da dengue, ocorre na segunda semana após a vacinação, podendo incluir dor no corpo, muscular, nas articulações e dor de cabeça. Há também a possibilidade de manchinhas na pele, totalmente benignas. Importante destacar que esses sintomas são raros na segunda dose, sendo mais comuns na primeira, devido à fabricação de anticorpos já presentes no organismo da pessoa entre a primeira e a segunda dose.


Qdenga é uma melhor opção, comparada à Dengvaxia?

R: Sim! A Qdenga chega com mais segurança para a população, pois aqueles que nunca tiveram dengue também podem tomá-la. A Dengvaxia mostrou benefício em quem já teve dengue, e aqueles que não tiveram corriam o risco de passar por situações até mais graves com o seu uso.


Existe um tempo de imunidade garantido pela vacina?

R: Estudos acompanharam, durante 51 meses, pacientes que receberam as duas doses da Qdenga, e esses ainda mostraram altos títulos de anticorpos no sangue. Até o momento, 4 anos depois, essas pessoas ainda mantêm a imunidade. No entanto, como é uma vacina nova, é necessário realizar estudos adicionais para compreender realmente o tempo de eficácia da imunização.


Atente-se aos sinais:

Febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, perda de apetite, cansaço e manchas vermelhas pelo corpo são alguns dos principais sintomas da dengue.

Em casos mais graves, a doença pode, ainda, causar dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Por isso, ao apresentar algum desses sinais, é essencial buscar ajuda médica imediatamente na unidade de saúde pública mais próxima de sua região.




CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
site da instituição


A solidão pode ser uma bomba relógio para o seu coração

Álcool, Isolamento social e saúde mental conheça os fatores que afetam a saúde cardíaca que vão além do sedentarismo e a má alimentação 

 

Sabemos que uma boa dieta e a adoção de exercicios físicos regularmente podem influenciar e muito na súde do coração, mas você sabia que existem outros elementos que podem prejudicar a saúde cardíaca, indo além desses mais conhecidos?

A Dra. Gosia Wamil, cardiologista da Mayo Clinic Healthcare em Londres, responde quais  fatores pouco imaginados podem influenciar na saúde do coração e também esclarece outras dúvidas sobre sintomas, prevenção e diagnóstico quando falamos em doenças cardiacas. 

 

  1. A solidão afeta a saúde do coração?

A solidão e o isolamento social têm sido associados a doenças cardíacas, aponta a Dra. Wamil.

"Estudos sugerem que as pessoas que experienciam a solidão crônica podem ter um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares", aponta a Dra. Wamil. "As conexões sociais e as relações de apoio contribuem para o bem-estar geral, e a falta dessas conexões pode levar ao aumento do estresse, inflamação e comportamentos de estilo de vida pouco saudáveis, os quais podem afetar negativamente a saúde do coração."

Socializar é geralmente bom para a saúde do coração, acrescenta Dra. Wamil.

"Interações sociais positivas podem reduzir o estresse, baixar a pressão arterial e melhorar o bem-estar emocional geral", diz ela. "Envolver-se em atividades sociais, passar o tempo com entes queridos e construir uma sólida rede de apoio social pode proteger o coração."


  1. Como o álcool afeta o coração?

"Embora moderado, o consumo de álcool pode gerar alguns benefícios cardiovasculares, o consumo excessivo de álcool pode levar a pressão alta, cardiomiopatia e arritmias", aponta a Dra. Wamil. "É crucial aderir às diretrizes recomendadas para a ingestão de álcool e consultar um profissional de saúde sobre os seus fatores de risco pessoais."


  1. Como alguém pode dizer a diferença entre um ataque de pânico e um ataque cardíaco?

"Sintomas de ataque cardíaco muitas vezes incluem dor irradiada para o braço esquerdo, mandíbula ou costas. Outros sintomas podem ser náuseas e sudorese", diz a Dra. Wamil. "Ataques de pânico podem estar relacionados a uma súbita onda de intenso medo e desconforto, muitas vezes com um sentimento de morte iminente."

A Dra. Wamil desaconselha tentar adivinhar a resposta a essa pergunta.

"Se você não tiver certeza, é crucial procurar um atendimento médico imediato caso você apresente sintomas que indiquem um ataque cardíaco, pois essa condição requer avaliação e tratamento imediatos", diz ela.



4. Quais sinais ou sintomas que você deve observar na sua saúde cardíaca em geral?

Sinais de potenciais problemas cardíacos incluem dor ou desconforto no peito, falta de ar, fadiga, tonturas e batimentos cardíacos irregulares. É importante estar alerta a estes sintomas e procurar atendimento médico caso eles ocorram, especialmente se forem graves ou persistentes.


5. Como você pode proteger a saúde do seu coração durante os períodos festivos, quando a comida é abundante e quando você não se exercita com tanta frequência?

É tudo uma questão de mindfulness, diz a Dra. Wamil.

"Preste atenção ao tamanho das porções e evite o excesso de alimentos com alto teor calórico e alto teor de gordura", explica."A moderação é vital quando se trata de álcool para prevenir potenciais problemas cardíacos. Mantenha seu corpo ativo, incorporando atividades físicas em sua rotina nos períodos festivos, ajudando a neutralizar os efeitos do aumento da ingestão de calorias. Gerencie o estresse com técnicas de mindfulness e respiração profunda, pois o estresse pode afetar a saúde do seu coração."

Evite alimentos altamente processados que contenham açúcares adicionados, sal em excesso e gorduras trans, e limite as gorduras saturadas na carne vermelha, nos laticínios integrais e nas frituras, ela acrescenta.

"Esses passos simples podem contribuir para um período festivo mais saudável e feliz para o seu coração", diz a Dra. Wamil.


6.

Quais são alguns dos alimentos saudáveis para o coração que as pessoas podem acrescentar em suas refeições

Alimentos saudáveis para o coração incluem frutas e vegetais que são ricos em vitaminas, minerais e antioxidantes, aponta a Dra. Wamil.

"Os grãos integrais também são importantes", ela acrescenta. "Aveia, quinoa e arroz integral fornecem fibras e nutrientes."

Quando se trata de proteína, concentre-se em opções magras, como peixe, feijão, legumes e aves sem pele. Considere também adicionar gorduras saudáveis como abacates, nozes, sementes e azeite à sua dieta, diz a Dra. Wamil.

  

Mayo Clinic

 

Vai curtir o Carnaval? Saiba cuidados essenciais com o corpo durante a folia

Nutricionista, dermatologista e fonoaudióloga trazem dicas essenciais para se manter saudável durante os festejos.

 

Com a chegada do Carnaval, é essencial estar atento não apenas à diversão, mas também aos cuidados necessários para se manter saudável durante todos os dias de curtição e também após a folia. A dermatologista Dani Menezes, a nutricionista Nelciene Borges e a fonoaudióloga Valéria Rezende, do corpo clínico da Áurea Dermatologia, trazem algumas dicas importantes para cuidados durante os festejos de verão.

Com o sol intenso e aumento das temperaturas, é indispensável o uso do protetor solar e ingestão de água, artifícios essenciais para evitar prejuízos à pele e desidratação, tanto para quem está nos trios, quanto para quem curte pelas ruas. Segundo a dermatologista Dani Menezes, é muito importante nesses dias de longas horas de exposição ao sol, que seja escolhido um protetor solar resistente à água e suor. 

“Nesse período que vamos pular e dançar bastante, é preciso ter um cuidado ainda maior na escolha dos produtos. Para proteger bem a pele, o ideal é optar por protetores tanto para corpo quanto para o rosto, que sejam resistentes à água e suor, e claro, não esquecer de reaplicar pelo menos a cada 3 horas.  Para o rosto é bacana procurar por protetores que sejam em bastão, porque facilita a reaplicação”, explica.

Dani também ressalta que os cuidados com a pele não devem ser apenas antes de ir para folia, após chegar em casa é imprescindível a remoção da maquiagem e glitter, além da utilização de um hidratante adequado. “Não retirar a maquiagem ou reaproveitar para o outro dia, pode gerar o aparecimento de acnes. Remover a maquiagem de forma eficaz é crucial para a saúde da pele, deste modo, utilize algodão por ser mais suave em conjunto com a água micelar ou cleansing oil. Se após a higienização permanecer com glitter, pode aplicar óleos naturais, como o de coco ou mineral (óleo de bebê) para remoção total com ajuda do cotonete, sem esfregar agressivamente. Após esse processo, remova com o sabonete específico para o seu tipo de pele e aplique um hidratante também de acordo com o seu tipo de pele para mantê-la saudável, hidratada e equilibrada.”

Quanto aos cuidados para evitar o ressecamento da pele durante as festividades, a dermatologista sugere hidratação tópica, ingestão de água, evitar banhos quentes, além do uso constante de protetor solar e roupas leves.

A nutricionista Nelciene Borges enfatiza a importância de prevenir a desidratação e fazer uma dieta específica. “O principal cuidado para evitar níveis de desidratação é beber água. Porém, se tratando de um evento como festas prolongadas como é o caso do Carnaval, esse cuidado deve ser redobrado, visto que estamos falando de uma festividade que envolve vários fatores que podem elevar ou acelerar a perda de líquido corporal rapidamente e com isso trazer vários riscos para a saúde humana. O calor intenso, ritmo acelerado, a aglomeração de pessoas, uso de bebida alcoólica excessiva, alimentação pobre em nutrientes, privação do sono, podem ser muito prejudiciais. O melhor cuidado é evitar a ingestão de álcool em excesso,  lembrando de quando beber associar com água, sucos ou água de coco, pois o álcool aumenta a desidratação celular. Mantenha uma dieta nutritiva antes e durante a folia, evitando comidas gordurosas e açucaradas. Respeite o descanso, o sono em dia ajudará a manter o nível de homeostase corporal e melhora a imunidade”, argumenta.

Nelciene pontua que os foliões devem estar atentos aos sinais do corpo“O ideal é evitar a exposição excessiva ao calor, usar proteção solar e evitar bebidas industrializadas ricas em açúcares e sódio. Sentir muita sede, boca seca, dor de cabeça, tontura, náusea, arrepios, urina escura, são sinais de desidratação, é preciso estar atento a como o corpo se comporta durante esse período para não haver danos maiores”, explica.

Assim como os foliões, os artistas que se apresentam durante o Carnaval também devem ter cuidados especiais. Além de uma dieta nutritiva e ingerir bastante líquidos, é necessário uma atenção especial à saúde da voz.

“Não é uma receita unânime que é igual para todos. Para cada cantor existem variações de acordo com o estilo musical, a demanda, escala de shows, duração daquele show, mas os cuidados têm que acontecer antes mesmo do Carnaval. É imprescindível que ele comece a rotina de exercícios diários para ganho de condicionamento vocal e durante o período de carnaval ele mantém a conduta de exercícios de treino diário somados ao aquecimento vocal antes de cada show, de cada trio, de cada apresentação, e também o desaquecimento vocal logo após finalizar”, acrescenta a fonoaudióloga Valéria Rezende.

Valéria conta que preservar a qualidade da voz envolve também repouso vocal e boas horas de sono. “Evitar conversar em ambientes ruidosos e principalmente, colocar na rotina aquele momento específico de silêncio total. Evitar conversar, evitar mandar áudio no whatsapp, gravar muitos stories. São orientações que a gente transmite para que eles possam poupar mais a voz, descansar a voz para conseguir honrar todos os compromissos durante essa maratona vocal. Mas não é apenas evitar falar, dormir bem também auxilia na manutenção da voz durante esse tempo, somado a uma excelente nutrição e ingestão de líquidos, é um trabalho em conjunto”, finaliza.


Corra atrás do bloco e fuja da desidratação no Carnaval

  Sintomas como cansaço, dor de cabeça e enjoo podem ser sintomas do déficit de água no organismo.

 

Para acompanhar a maratona de blocos e trios elétricos durante o Carnaval sem o risco de encerrar a folia antes da hora, é fundamental prestar atenção aos sinais de hidratação do corpo. “A diminuição do volume da urina, urina mais escura, mal estar e sensação de boca seca podem ser indicativos de desidratação”, afirma a Dra. Andrea Almeida, infectologista do Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual (Iamspe).

 A desidratação acontece quando o corpo recebe menos água do que o necessário para funcionar, causando uma baixa concentração de substâncias importantes, como sais minerais e eletrólitos. “Existe uma espécie de sofrimento celular e um grande trabalho de todo o organismo para equilibrar as funções do corpo com o déficit de água, que também fica com a sua capacidade de regulação da temperatura comprometida”, explica a médica. Com isso, as pessoas ficam mais suscetíveis à vasodilatação, o que pode derrubar a pressão arterial, dificultando a circulação sanguínea, podendo prejudicar o coração e outros órgãos, como os rins.

Pessoas com problemas cardíacos preexistentes, que nem sempre são conhecidos, podem ter um quadro mais grave e que podem evoluir para um infarto ou até mesmo um acidente vascular cerebral. Pacientes diabéticos também devem ter atenção, pois com a desidratação podem ficar gravemente descompensados.

Além do baixo consumo de água, a perda de líquidos do corpo pode ser acelerada devido à transpiração, ao esforço físico da caminhada e da dança, pela alimentação inadequada, uso de roupas quentes e ingestão de bebidas alcoólicas.

Para não passar mal e curtir o Carnaval, a Dra. Andrea afirma que o ideal é fazer a ingestão de líquidos com certa frequência, não apenas quando apresentar algum dos sintomas mencionados. 

A médica ainda alerta que as bebidas alcoólicas inibem a produção do hormônio antidiurético e ajudam na desidratação, por isso, devem ser consumidas com moderação e de forma concomitante com água. “Mesmo que uma cerveja, por exemplo, passe a sensação de frescor por estar gelada, ela não está hidratando seu corpo, é preciso ficar atento”, alerta. Ela ainda relembra que as mulheres têm uma maior sensibilidade ao álcool do que os homens, então recomenda  atenção às quantidades, especialmente quando se está em grupo. 

E a ressaca? “Ela pode ser um sintoma de desidratação, então é importante reforçar a hidratação do corpo após as festas, descansar bastante e fazer refeições leves”, explica. 

Caso apresente forte mal estar ou sintomas de forma mais grave é importante procurar um serviço de saúde para atendimento médico.


Confira as recomendações da Dra. Andrea Almeida para curtir o Carnaval:

  • Hidrate-se antes, durante e depois da folia;
  • Priorize água, água de coco, sucos naturais e isotônicos;
  • Mantenha uma alimentação leve e de forma regular, sem pular refeições;
  • Faça refeições leves, equilibradas e de fácil digestão, incluindo legumes, verduras e frutas como a melancia. Não pule refeições;
  • Use roupas leves, confortáveis e de tecidos respiráveis;
  • Caso consuma bebidas alcoólicas, beba com moderação e faça a ingestão de água;
  • Evite a exposição ao sol nos horários com temperaturas mais altas;
  • Descanse e respeite os limites do seu corpo.

 

Carnaval 2024 - Hora de comer bem e se hidratar para garantir a diversão prolongada

Quem disse que festar também não pode ser sinônimo de beber e alimentar-se bem? Focar em alimentos leves e práticos, como frutas secas ou frescas, sucos naturais, barrinhas de cereais e sanduíches com ingredientes saudáveis irá garantir curtição com saúde e bem-estar duradouro; saiba mais.

 

Fevereiro chegou e com ele o Carnaval já bate à porta.

 

Neste ano, o carnaval deve movimentar R$ 9 bilhões de reais, representando 10% acima do que foi registrado no ano passado. A estimativa foi divulgada no último dia 29, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O Carnaval é sinônimo de festa, alegria e, claro, muita comida e bebida boa. Seja aproveitando o feriado no sambódromo, nos blocos de rua, sozinho ou chamando os amigos para uma festa temática, vale estar preparado na hora de comer e beber. 

Diferentemente do que acontece em outras datas comemorativas, no Carnaval, o momento de comer não segue muitas regras. Em casa pode ser um belo churrasco ou uma preparação mais gourmet, mas quando chega a hora de ir às ruas, a alimentação fica mais comprometida. Com a chegada desta data, o consumo de alimentos calóricos aumenta e é preciso atenção.

Durante os dias de folia, que vão do dia 09 ao dia 14 de fevereiro, é muito importante ter o cuidado redobrado com as bebidas e alimentos vendidos nas ruas – muitos são expostos a temperaturas inadequadas para sua conservação, provocando o aparecimento de bactérias que causam intoxicação alimentar. 

O ideal é pensar nisso antes de sair de casa e ter à mão o necessário para se alimentar de maneira prática, higiênica, nutritiva e saudável. “Sabemos da importância de alimentar-se bem regularmente, mas também sabemos que nesse período, o desgaste físico e o gasto energético são ainda maiores. Para isso é necessário manter o corpo nutrido e forte", afirma Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, rede de lojas especializada em produtos naturais e nutrição esportiva.

O ideal é levar na bolsa ou mochila um lanche saudável para matar a fome, além disso, snacks, frutas secas, chips de banana e mandioca, barrinhas de cereal e proteína. 

As barrinhas de proteína, por exemplo, são ideais para uma alimentação prática e deliciosa a qualquer hora, uma das mais importantes alternativas de lanche saudável nessa época do ano. O ponto positivo é que elas promovem a saciedade, visto que a proteína disponibiliza aminoácidos envolvidos na sensação de estar satisfeito.

Esses produtos são facilmente encontrados em lojas especializadas em produtos naturais e nutrição, com foco em quem busca melhorar a alimentação e potencializar os rendimentos. É o caso da Bio Mundo, uma rede de lojas de produtos naturais e nutrição esportiva referência no setor pela sua diversidade e qualidade dos produtos. Nela é possível encontrar produtos para todas as refeições, aliando produtos práticos, saborosos e saudáveis. Além disso, possui um portfólio que inclui itens diet, light, integrais, veganos, sem glúten, sem lactose, funcionais, vegetarianos, somando uma média de 3.000 produtos em prateleira e mais de 300 opções de produtos à granel, que se tornam uma ótima pedida quando o assunto é praticidade.

Vale lembrar que antes de qualquer coisa, alimentar-se muito bem antes de sair de casa será fundamental e garantirá muito mais horas de diversão.

Além desses incríveis aliados é preciso lembrar da hidratação. Água é fundamental e faz toda a diferença para se manter bem durante todo o dia.

  



Bio Mundo

Crianças exigem cuidado especial na proteção solar durante o verão


Maior exposição solar aumenta o risco de queimaduras e danos à pele a longo prazo, incluindo o desenvolvimento futuro de câncer de pele

 

A temporada de veraneio é de lazer e diversão para as crianças, mas para os pais e responsáveis é sinônimo de atenção, quando o assunto é cuidado com a pele. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) reforça que é fundamental adotar medidas de proteção solar adequadas desde cedo. Recomenda-se evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia, entre 10h e 16h, e utilizar proteção física, como chapéus e roupas com proteção UV, além do uso frequente de protetor solar. 

Segundo a dermatologista da SBD-RS, Valéria Rossato, uma queimadura com bolhas na infância ou adolescência já dobra a chance de desenvolver melanoma no futuro, conforme dados da Academia Americana de Dermatologia. 

“Durante o verão, as crianças tendem a ficar mais expostas ao sol, seja brincando na praia, na piscina ou em atividades ao ar livre. Por isso, é indispensável que os pais fiquem bastante atentos”, disse. 

Para crianças de até seis meses, cuja pele é extremamente sensível, é essencial mantê-las na sombra e protegidas por roupas leves e chapéus de aba larga. Já para crianças de 6 meses a 2 anos, é importante continuar evitando a exposição direta ao sol e utilizar protetor solar resistente à água com FPS 30 ou superior, reaplicando a cada duas horas. Para crianças acima de 2 anos, os cuidados com a proteção solar devem fazer parte da rotina diária, incentivando o uso de chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV, e ensinando a aplicação correta do protetor solar em todas as áreas expostas da pele. 

Os hábitos saudáveis de proteção solar adotados na infância podem ajudar a proteger a pele ao longo da vida. Em caso de suspeita de problemas de pele, procure um médico dermatologista. Os profissionais habilitados podem ser conferidos no site http://www.sbdrs.org.br/.  

 

Fevereiro Roxo: um dos temas da campanha alerta sobre o diagnóstico precoce e promove a conscientização sobre o Lúpus

 Tratamento da doença possibilita melhora na qualidade de vida dos pacientes 

 

O Fevereiro Roxo é uma campanha criada com o intuito de dar visibilidade e aumentar o nível de informação da população sobre três doenças: Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus. No caso do Lúpus Eritematoso Sistêmico - LES ou apenas Lúpus, dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estimam que a doença afeta 65 mil pessoas no Brasil. Apesar de crônica e incurável, a condição é passível de tratamento, que se torna ainda mais assertivo quando o diagnóstico é realizado de maneira precoce. 

O Lúpus é uma doença inflamatória crônica, de origem autoimune, o que significa que o próprio sistema imunológico passa a atacar células e tecidos saudáveis, provocando inflamações. São reconhecidos dois tipos principais, sendo um deles o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

 

Sintomas e identificação da doença 

De acordo com a reumatologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), Dra. Heloisa Loebmann, o Lúpus é uma doença com várias manifestações diferentes. "Cada paciente apresentará um tipo de sintoma, não necessariamente igual ao de outros pacientes que também tenham Lúpus”, esclarece ela. 

Esses sintomas, inclusive, podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva, ou rapidamente, sendo variáveis de acordo com fases de atividade e remissão. “Os sintomas são bastante diversos, passando de lesões que pioram com exposição solar, a machucados dentro da boca, nariz e ouvidos. Também pode causar inflamação nas articulações e, mais raramente, nos rins, pulmões, corações e até no cérebro e nervos periféricos”, explica a reumatologista. 

Algumas alterações nos exames de sangue e urina são muito características de um quadro de Lúpus, sendo habitualmente utilizados para o fechamento do diagnóstico. Fora isso, outros fatores são observados e podem indicar a presença da doença. Os mais comuns são as lesões na pele, mas também há outros, como dor e inchaço nas articulações, perda de peso, queda de cabelo acentuada, úlceras orais, fadiga, entre outros. "O diagnóstico é feito com base nos sintomas que a pessoa apresenta, somados à presença de alterações em exames laboratoriais", afirma a médica.

 

Tratamento promove qualidade de vida aos pacientes 

Embora seja uma doença sem cura, os tratamentos atuais possibilitam uma melhora na qualidade de vida dos pacientes, através do controle dos sintomas. Esse processo é individualizado e depende do tipo de manifestação apresentada pela pessoa acometida. O tratamento inclui remédios para regular as alterações imunológicas do LES - corticóides, antimaláricos e imunossupressores - além de medicamentos gerais para controlar alterações decorrentes da inflamação causada pelo Lúpus, como hipertensão, febre, dor, entre outros. 

Em casos mais graves, o tratamento pode ser por via oral ou por meio da medicação infusional - administração de substâncias, como medicamentos e suplementos, através de acesso endovenoso. “Essa terapia pode ter frequência semanal, mensal ou até semestral, dependendo do quadro do paciente”, enfatiza dra. Heloisa. 

Para finalizar, a médica do HES comentou que ainda existem alguns mitos relacionados ao Lúpus, principalmente sobre o diagnóstico equivocado feito apenas pela solicitação de um exame chamado FAN (Fator Antinuclear). Essencial no diagnóstico de doenças autoimunes, ele ajuda a identificar condições que afetam o sistema imunológico do paciente. “Na realidade, esse é apenas um dos 18 exames a serem solicitados na suspeita do Lúpus. Outro mito é a impossibilidade de gestação nas mulheres que tenham a doença autoimune, o que também não é verdade”, finaliza ela. 

 

Hospital Evangélico de Sorocaba


Sabia que é possível engravidar na menopausa? Quatro fatos que você, provavelmente, não sabe sobre a menopausa

Fim da menstruação, queda de libido, fogachos, mudanças na região íntima e instabilidade emocional: essas são as alterações mais conhecidas da menopausa. Entretanto, esse período não pode ser resumido apenas a isso, uma vez que há modificações em todo o organismo e, consequentemente, há sintomas que, embora menos conhecidos, podem surgir mesmo antes do fim completo do período menstrual. Segundo números divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), até 2030, serão 1 bilhão de mulheres atravessando a menopausa. O Brasil tem, aproximadamente, 29 milhões de mulheres entre climatério e menopausa, o que totaliza 27,9% da população feminina brasileira, em pesquisas do IBGE. Abaixo, seguem quatro fatos que você, provavelmente, não sabia sobre esse período da vida.

 

1) Sim, é possível engravidar na menopausa

Se engana quem pensa que a menopausa é o fim para aquelas mulheres que querem engravidar. Hoje em dia, com o avanço da ciência, é possível ter filhos em idades mais avançadas, seja por meio do congelamento de óvulos ou mesmo da ovodoação. Ou seja, embora as chances de engravidar durante essa fase sejam pequenas, não estão descartadas. “Embora a mulher não produza óvulos de forma natural durante a menopausa, seu útero não envelhece. Por isso, é possível gestar um bebê saudável caso um embrião seja introduzido no útero”, explica a ginecologista Natacha Machado, que também é diretora clínica da Plenapausa, femtech voltada para mulheres na menopausa.

 

2) Dor nas articulações: um sintoma pouco conhecido

Assim como os outros sintomas, as dores articulares na menopausa também são causadas pelas alterações hormonais. Isso acontece pelo seguinte motivo: existem receptores de estrogênio nas articulações. Este hormônio protege os ossos e ajuda a manter baixa a inflamação das articulações. Durante a perimenopausa, que é o primeiro estágio da menopausa, os níveis de estrogênio diminuem e as articulações podem inchar e ficar doloridas.

A diminuição dos níveis de estrogênio também contribui para a perda de densidade óssea. Outro fator que gera dor articular, pois a redução da massa óssea deixa os ossos mais fracos e quebradiços, desenvolvendo então a osteoporose. Outra informação sobre esta questão é que a redução de estrogênio também gera inflamação das articulações, um problema chamado osteoartrite.

 

3) Mudanças na pele e no cabelo

Com a perda do colágeno, por causa da queda do estrogênio, a pele tende a ficar mais flácida e fina, enquanto há diminuição no crescimento dos cabelos, que ficam mais quebradiços, opacos e ressecados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o colágeno é um dos grandes responsáveis por manter a firmeza da cútis e isso acontece porque seus ligamentos atuam como uma espécie de adesivo entre as células, mantendo o tecido cutâneo unido. Diante disso, seus efeitos são primordiais para a saúde e para a beleza, doando firmeza, elasticidade e hidratação à derme, além de contribuir para mantê-la mais protegida e conservada.
 

Considerar suplementos pode ser uma estratégia eficaz para compensar a diminuição natural que ocorre durante a menopausa. “Esses suplementos promovem a saúde da pele de dentro para fora. A suplementação com colágeno apresentou efeitos positivos em relação a critérios estéticos da pele, em especial a hidratação, abrangendo também critérios como elasticidade, melhor aparência de linhas de expressão e rugas, bem como a redução no grau de celulite”, diz a CEO da femtech Márcia Cunha.

 

4) Calorão não atinge todo mundo, não!

Comparado a uma labareda que percorre o corpo, o tão famigerado calorão atinge de 60% a 80% das mulheres na menopausa. As ondas de calor, também conhecidas como fogachos, podem mudar em 4ºC a temperatura dos pés à cabeça em questão de segundos. E para quem sofre com esses sintomas, o verão costuma ser ainda mais desafiador.

 

De acordo com estudo do periódico da Sociedade Americana de Menopausa, o qual avaliou mais de 12 mil mulheres com idades entre 40 e 65 anos no Brasil, Canadá, México, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, as ondas de calor durante a menopausa estão ligadas à diminuição do estrogênio, o principal hormônio feminino. As mulheres brasileiras foram as que relataram os fogachos com maior intensidade, representando 36,2%, equivalente a um terço das entrevistadas. O clima foi o fator determinante, visto que o Brasil é um país mais quente.



Natacha Machado - Ginecologista e diretora clínica da femtech Plenapausa. Especialista em saúde feminina, saúde íntima, hormônios femininos, implantes hormonais, colposcopia, sexualidade e rejuvenescimento íntimo.


Márcia Cunha - Fundadora e CEO da Plenapausa, Márcia é empreendedora de segunda viagem, graduada em Economia e MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela FGV. Sempre inserida no universo feminino, formou-se em Psicanálise pelo CEP SP, a fim de compreender ainda mais as mulheres. Ela é Business and Executive Coach formada pelo ICI, possui mais de 18 anos de experiência profissional e atuou em organizações nacionais e multinacionais de grande porte como Alcoa, Delphi, Vivo e Epay Worldwide.


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