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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Provão Paulista: Educação divulga segunda chamada para matrículas no ensino superior nesta sexta-feira (2)

 

Divulgação dos resultados está prevista para as 18 horas; estudantes aprovados têm até terça-feira (6) para efetivar inscrição


A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) divulga nesta sexta-feira (2) a segunda chamada para matrículas do Provão Paulista Seriado. As vagas são destinadas à Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatecs), nos cursos que terão início no primeiro semestre.  

Essa é a segunda de três chamadas do Provão Paulista. A divulgação está prevista para as 18 horas. Os estudantes convocados precisam, obrigatoriamente, efetivar suas matrículas de forma online até a próxima terça-feira (6), sob risco de perder a vaga. 

Individualmente, cada estudante pode consultar suas notas na avaliação e se foi chamado para a primeira etapa de matrícula no portal https://provaopaulistaseriado.vunesp.com.br/. Os alunos que concluíram a 3ª série nas redes estaduais e municipais de SP devem acessar o portal com nome e RA (registro do aluno). Alunos de outras redes devem fornecer nome e CPF.  

É preciso que cada estudante atente-se a todas as regras de cada universidade e das Fatecs publicadas na Instrução Normativa para Matrículas de cada instituição, publicadas no portal do Provão. Outra recomendação é que os estudantes acessem o portal de matrículas de cada universidade munido de todas as documentações imprescindíveis para a inscrição.

 

Veja o prazo para as matrículas: 

·         USP: de 5 de fevereiro, às 8h, a 6 de fevereiro, às 16h;

·         Unesp: de 2 de fevereiro, às 18h, a 6 de fevereiro, às 23h59;

·         Unicamp: de 5 de fevereiro, às 8h, a 6 de fevereiro, às 17h;

·         Fatecs: de 5 de fevereiro, às 8h a 6 de fevereiro, às 23h59.

 

A Secretaria orientou que todas as 3.600 escolas estaduais estejam abertas e disponíveis para apoiar os alunos aprovados no processo de matrícula online da USP, Unesp, Unicamp e Fatecs.

 

A próxima e última chamada unificada está prevista para o dia 9 de fevereiro. Neste primeiro semestre haverá, ainda, a convocação de estudantes para todos os cursos da Univesp, uma vez que os cursos terão início no segundo semestre, e parte dos aprovados nas Fatecs, nos cursos que são ofertados a partir do mesmo período.

 

Bolsa auxílio

Calouros da USP, Unesp e Unicamp podem se beneficiar com bolsas de alimentação, auxílio moradia e outras iniciativas que colaboram para a permanência do estudante no ensino superior. As solicitações devem ser feitas no ato da matrícula, ou de acordo com calendário das universidades.


Testes de saúde e sessões de massoterapia: ViaMobilidade oferece serviço gratuito de cuidados com o passageiro


Programa Caminhos para a Saúde oferece atendimento profissional especializado para clientes das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda durante o mês de fevereiro
 


Assumindo um compromisso contínuo com o bem-estar dos passageiros, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, retoma ações gratuitas de saúde durante o mês de fevereiro. Entre as 10h e 16h, clientes terão uma experiência de cuidado integral por meio do serviço de aferição de pressão arterial, testes de glicemia e colesterol, realizado por equipes de saúde.

 

Em parceria com o Instituto CCR, o programa itinerante Caminhos para a Saúde tem como objetivo levar ações de saúde e bem-estar a diferentes pontos da região metropolitana de São Paulo. A iniciativa é uma oportunidade de proporcionar atendimento profissional especializado para o público que depende do transporte coletivo para a locomoção.

 

As estações das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda também serão contempladas com o serviço de um massoterapeuta especializado na técnica de quick massage (massagem rápida). Essa opção é uma oportunidade para que clientes desfrutem um momento relaxante durante o trajeto. 

 

Por fim, os profissionais de saúde estarão à postos para identificar possíveis alterações nos resultados dos exames e orientar o paciente a buscar pela unidade de saúde mais próxima do local. Confira as datas disponíveis:

 

Serviço: Caminhos para Saúde

Data: 2 de fevereiro

Horário: 10h às 16h

Local: Estação Jandira (Linha 8-Diamante)

Serviço: Equipe de saúde e Massoterapeuta 

 

Data: 9 de fevereiro

Horário: 10h às 16h

Local: Estação Itapevi (Linha 8-Diamante)

Serviço: Equipe de saúde e Massoterapeuta 

 

Data: 16 de fevereiro

Horário: 10h às 16h

Local: Estação Pinheiros (Linha 9-Esmeralda)

Serviço: Equipe de saúde e Massoterapeuta 

 

Data: 22 de fevereiro

Horário: 10h às 16h

Local: Estação Bruno Covas/Mendes-Vila Natal (Linha 9-Esmeralda)

Serviço: Equipe de saúde e Massoterapeuta

 

Data: 23 de fevereiro

Horário: 10h às 16h

Local: Estação Grajaú (Linha 9-Esmeralda)

Serviço: Equipe de saúde e Massoterapeuta




quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

1º de fevereiro é o DIA DO TOMATE

 A Tomate BR, associação criada em prol do desenvolvimento sustentável da cadeia tomateira, traz informações sobre produção, cenário e expectativas para 2024 

 

O Brasil ocupa variavelmente a 6ª ou 7ª posição no ranking global de produção de tomate destinado ao processamento, com os três primeiros lugares sendo ocupados pelos Estados Unidos, China e Itália.

O produto a base de tomate está presente em praticamente todos os lares brasileiros e constitui um mercado amplamente diversificado que abrange todas as classes de consumo, oferecendo desde produtos premium até os mais populares. Ou seja, de molhos para macarrão saudáveis ​​a condimentos saborosos, os produtos a base de tomate são deliciosos e saborosos e estão repletos de nutrição incrível, sendo uma boa fonte de vitamina C, fibras, potássio, ferro, licopeno e outros antioxidantes. Melhor ainda, quando os tomates frescos são rapidamente cozidos para se tornarem produtos de tomate, o licopeno torna-se ainda mais fácil de ser absorvido pelo corpo.

E hoje, 1º de fevereiro, data em que se comemora do Dia do Tomate, a Tomate BR, Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial, traça um panorama do setor e da cadeia produtiva e ainda faz um alerta sobre os desafios quanto à sua sustentabilidade.

Como explica Vlamir Breternitz, Diretor Secretário da TOMATE BR, A Safra de Tomate para processamento no Brasil em 2023 foi, sem dúvidas, uma das mais desafiadoras já enfrentadas pela cadeia produtiva. Quebras na produtividade, decorrentes de condições climáticas e produtivas adversas, resultaram em um volume cerca de 22% inferior ao inicialmente programado pelas indústrias. “Este cenário impactou significativamente nos planejamentos industriais e, igualmente, na rentabilidade dos produtores, que se viu praticamente nula diante dos custos de produção”, diz. “No ano de 2023, cultivamos uma área superior com tomate no Brasil; contudo, a quantidade produzida foi inferior à registrada em 2022”.

Atualmente, há uma restrição global na oferta de matéria-prima, o que exerce pressão adicional sobre os custos de produção. “O Brasil, não sendo autossuficiente em matéria-prima de atomatados, se vê obrigado a importar uma parte significativa de sua demanda, gerando pressão no mercado interno. Além dos desafios relacionados à oferta, o mercado de atomatados é altamente sensível à situação econômica do país, condição que pode influenciar significativamente o consumo e, por conseguinte, impactar as operações industriais e produtivas”, complementa Breternitz. 

 

Produtividade no Brasil nas Principais Regiões Produtoras: 

  • Nos últimos anos, observou-se um crescimento consistente na produtividade brasileira.
  • Entretanto, em 2023, retornamos aos níveis produtivos da década passada, encerrando a safra com uma produção de aproximadamente 77 toneladas de frutos por hectare colhido.
  • Esta situação, atípica segundo as expectativas de toda a cadeia produtiva, gera a esperança de que em 2024 os números retornem a patamares próximos aos registrados em 2022.

 

Regiões Produtoras:

A produção de molhos e derivados de tomate está ativa em grande parte do país. Contudo, a produção dos frutos concentra-se, em ordem de quantidade produzida, nos estados de:

  • Goiás (responsável por quase 70% do total produzido)
  • Minas Gerais
  • São Paulo.


Crescimento

Comparativamente a 2022, a área cultivada de tomate para processamento cresceu 6%, no entanto, devido a fatores climáticos e produtivos, observou-se uma redução de 7% na quantidade de frutos produzidos no mesmo período.

Para 2024, é esperado um aumento na área plantada, embora essa condição ainda não esteja totalmente consolidada, uma vez que as situações climáticas e operacionais continuam em definição.


Área Plantada e Sazonalidade da Cultura:

O Brasil se destaca como um dos poucos países que cultivam tomate para processamento industrial durante o inverno, diferentemente dos demais que possuem condições climáticas favoráveis apenas no verão. Assim, todas as regiões produtivas do país realizam o cultivo do tomate entre fevereiro e outubro, com o período de transplantio ocorrendo de fevereiro a junho e a colheita de junho a outubro de cada ano.

 

Custo de Produção:

O cultivo de tomate para processamento envolve tecnologia agrícola avançada e mobiliza uma extensa cadeia produtiva. Em comparação com 2023, a tendência para 2024 indica estabilidade nos custos de produção, com uma redução nos valores de aquisição de insumos, mas aumentos expressivos nos custos relacionados à mão-de-obra e logística.


Rentabilidade:

A cadeia produtiva do tomate enfrenta margens estreitas em todos os cenários, tanto na indústria quanto entre os produtores de tomate. Os custos de produção variam entre 80 e 90 toneladas por hectare, dependendo do nível de tecnologia empregado no cultivo.

Essa pressão representa um desafio significativo para toda a cadeia, uma vez que qualquer descontrole pode resultar em prejuízos consideráveis.


Balanço Geral da Cultura em 2023 e Tendência para 2024

Apesar dos desafios identificados em 2023, a expectativa para a safra de 2024 é positiva.

Gargalos produtivos e operacionais identificados no ano anterior estão sendo corrigidos pela cadeia, e prevê-se uma situação climática mais estável, com menos ocorrências de chuvas, especialmente no primeiro semestre do ano, favorecendo as lavouras que operam sob sistemas de irrigação. 

A TOMATE BR acredita que apesar dos grandes desafios que estão por vir, um trabalho conjunto de fabricantes e varejo se faz cada vez mais necessário para que a cadeia estabeleça um desenvolvimento sustentável e viável economicamente, dirimindo impactos e buscando soluções benéficas a todos os envolvidos. 

 

Tomate BR - Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial

 

Queda de 15% nos exames de mamografia liga sinal de alerta no Brasil

Especialista do Hospital Japonês Santa Cruz enfatiza que diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura para os pacientes

 

Dados do Ministério da Saúde mostram que nos últimos cinco anos o número de exames de mamografia na rede pública diminuiu 15%, passando de 4.208.520 procedimentos em 2019 para 3.575.668 em 2023.

À medida que nos aproximamos do Dia Mundial de Combate ao Câncer, em 4 de fevereiro, e do Dia da Mamografia, em 5 de fevereiro, as atenções se voltam para a importância da prevenção e conscientização sobre o câncer, particularmente o câncer de mama. Ambas as datas visam transmitir a mensagem sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. O câncer de mama é o tipo mais prevalente entre as mulheres, sendo a mamografia o principal procedimento para identificar a doença.

 

"A realização do exame é de extrema importância, pois apenas a mamografia é capaz de identificar lesões muito pequenas antes de se tornarem câncer. A detecção precoce pode possibilitar uma intervenção mais eficaz e dar à paciente até 98% de chance de cura", explica a mastologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Daniela Martins.

 

Em junho de 2022, o Hospital Japonês Santa Cruz inaugurou o seu mamógrafo. De acordo com informações da instituição, foram realizados 455 exames de mamografia no primeiro ano de funcionamento. Esse número aumentou 77%, passando para 809 atendimentos.

O equipamento totalmente digital é do modelo da FUJI Amulet, sendo projetado para oferecer conforto à paciente, pois conta com a pá de compressão e um design ergonômico que se ajusta ao formato da mama, garantindo que o tecido mamário seja adequadamente distribuído, reduzindo assim, o desconforto do exame.

 

O procedimento é um tipo específico de radiografia que possibilita a identificação precoce de alterações nas mamas, como calcificações, nódulos e tumores, que podem ser malignos ou benignos. Estima-se que, uma a cada oito mulheres vão desenvolver o câncer de mama em algum momento da vida.

"Esse tipo de exame deve ser realizado anualmente por mulheres a partir dos 40 anos ou menos, de acordo com antecedente familiar de câncer ou para complementar algum diagnóstico médico", orienta a mastologista.

 

O sintoma mais comum de câncer de mama percebido pelas mulheres é a presença de um caroço no seio, que pode ou não estar acompanhado de dor. Vale ressaltar que a dor não é um sintoma indicativo de câncer. Além disso, outras manifestações incluem a pele da mama adquirindo uma textura semelhante à casca de laranja, eventual secreção dos mamilos, coceira e possível presença de pequenos caroços sob o braço. Recomenda-se que a paciente busque orientação médica imediatamente ao identificar qualquer indício desses sintomas.

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequadas podem reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. "Os hábitos saudáveis podem contribuir como medidas para a prevenção primária da doença. As indicações são: praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, adotar uma alimentação mais saudável e evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcóolicas. Amamentar também pode ser um fator protetor", conclui a mastologista.

 

Hospital Japonês Santa Cruz


Alzheimer: entenda a doença que afeta cerca de 100 mil novas pessoas todos os anos


No mês da campanha de conscientização "Fevereiro Roxo", especialistas do CEJAM explicam o problema, suas formas de prevenção e como o ambiente profissional pode desencadeá-lo


A doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa, caracterizada pela perda progressiva de neurônios em áreas associadas a funções cognitivas, tais como memórias de curta duração e linguagem. Hoje, é considerada uma das demências mais frequentes entre a população.

Normalmente, apresenta maior incidência após os 60 anos, embora seja possível manifestar-se em faixas etárias mais jovens. Idosos, a partir dessa idade, constituem o grupo mais suscetível, sendo observada uma prevalência maior em mulheres, com um risco estatístico aproximadamente duas vezes superior ao registrado em homens.

Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas já convivem com alguma forma de demência, incluindo o Alzheimer, sendo esperado 100 mil novos casos por ano. Globalmente, esse número chega a atingir a marca de 50 milhões de pessoas.

“A sua origem é associada a diversos fatores de risco, configurando-a como uma doença multifatorial. Esses fatores incluem baixa escolaridade, perda auditiva, diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo, alcoolismo, cardiopatias, depressão, entre outros”, explica o Dr. Maurício Lobato, neurologista do AME Itu, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

De acordo com o médico, há ainda os casos genéticos, em que o Alzheimer pode ser desencadeado por mutações que aumentam o risco da doença, como é o caso de modificações no gene APOE4.

“Essas mutações estão associadas a um aumento significativo na probabilidade de desenvolver a condição, e, atualmente, ainda não existe terapia genética disponível para interferir nesse processo”, afirma.

De toda forma, independentemente dos fatores envolvidos para o seu aparecimento, é essencial permanecer atento aos primeiros sinais, que, mesmo sutis e comuns, podem indicar a presença da doença.

"Esquecimentos recorrentes para eventos recentes, períodos de desorientação, perda de linguagem, sintomas depressivos e alterações do sono são sinais precoces que requerem atenção, por mais que não pareçam", enfatiza o especialista.

Em situações como essas, o médico recomenda, acima de tudo, a busca por orientações médicas, além de uma avaliação neurológica para confirmar o diagnóstico e iniciar estratégias clínicas que visem minimizar o risco de uma progressão acelerada do quadro clínico.



Alzheimer x trabalho

Um outro espaço que pode impactar a condição é o ambiente profissional, onde a doença de Alzheimer e outras demências podem encontrar um terreno propício para se desenvolverem, caso o indivíduo já tenha predisposições genéticas ou outros fatores de risco. Isso porque o estresse crônico, a pressão constante no trabalho e a falta de suporte emocional podem desencadear e agravar os sintomas da doença.

Nesse contexto, Chris Hemsworth, 40, intérprete do famoso personagem da Marvel Thor é um exemplo. O ator descobriu, em novembro do ano passado, predisposição para a doença. Com isso, fez uma série de ajustes em sua rotina, incluindo a diminuição em sua jornada de trabalho, a fim de priorizar a saúde do seu cérebro.

“O ambiente de trabalho também pode influenciar no desenvolvimento de fatores de risco associados às demências. O Alzheimer, por exemplo, sendo uma patologia degenerativa, torna-se crucial evitar situações de estresse e sobrecarga física e mental, o que nem sempre é possível nesses espaços”, complementa o Dr. Gustavo Marcelo Vinent, médico e supervisor corporativo de Medicina Ocupacional do CEJAM.

Além dos lapsos de memória comuns em pessoas com o diagnóstico, problemas para completar tarefas que antes eram fáceis, dificuldades para a resolução de problemas, mudanças no humor ou personalidade e o afastamento de colegas e amigos podem indicar algo no mundo corporativo. Por isso, é importante estar atento.

“Observando esses sintomas, é importante que o profissional busque ajuda médica para entender como anda sua saúde. Com acompanhamento e tratamento precoces, incluindo medicamentos, terapia ocupacional e consultas preventivas, o quadro pode estacionar por tempo indeterminado”, ressalta.

O médico reforça que é totalmente possível ter uma vida normal com Alzheimer, tanto no mercado de trabalho como na vida pessoal, desde que se tenha cuidados e hábitos preventivos.



Como evitar as demências?

Sem dúvida, manter a saúde do cérebro é essencial para garantir uma boa qualidade de vida ao longo dos anos. Embora o envelhecimento natural do corpo possa trazer consigo desafios, adotar um estilo de vida saudável desempenha um papel crucial na prevenção e na redução do risco de demências.

A prática regular de atividades físicas, melhoria da qualidade do sono e controle do peso, de dietas inflamatórias e de alimentos ultraprocessados são passos fundamentais nesse processo. Além disso, buscar aprendizado contínuo, por meio de novas experiências cognitivas e a preservação do bem-estar psíquico, podem ser formas adicionais de prevenir o aparecimento dessas condições ao longo da vida. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
site da instituição


Conheça detalhes do maior projeto nacional de conscientização do autismo


Após grande sucesso em Curitiba (PR), no ano de 2022, a segunda temporada da Casa dos Sentidos começou sua viagem pelo Brasil, que teve início em Campinas (SP) e passará ainda Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Paulo (SP)

 

Projeto artístico e arquitetônico de conscientização sobre autismo de grande sucesso em 2022, a Casa dos Sentidos retomou sua programação com novidades em sua primeira turnê nacional. Expressando os sentimentos e vivências de crianças e adolescentes com autismo em um ambiente que reproduz uma casa, a experiência imersiva ganhou novos tons, com a participação de novos artistas e ainda maior alcance, passando por diversas cidades brasileiras. Em 2023, o projeto circulou, com uma versão pocket, pelas cidades de Monte Mor (SP), Catalão (GO) e Ponta Grossa. Agora, iniciou sua turnê oficial, com a versão completa, que está exposta em Campinas (SP), desde o dia 30 de janeiro, e passará ainda por Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Paulo (SP).

A instalação, produzida pela Guanabara Produções Culturais com apoio da Montenegro Produções Culturais, por meio de Lei de Incentivo à Cultura, surgiu como uma forma de traduzir em expressões artísticas os sentimentos e vivências das crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), usando como símbolo o espaço de uma casa para representar essas impressões. “Cada um vê o mundo à sua maneira e as pessoas com TEA enxergam e interpretam a realidade de uma forma ainda mais individual. A proposta da curadoria é oferecer uma experiência inédita que fala sobre inclusão social por meio da arte. Tudo de forma sensorial e lúdica”, conta Giuzy de Luca, curadora do projeto.

Assim, a arte promove a inclusão, aceitação e conhecimento desta condição, que teve um aumento de 15% nos casos diagnosticados nos últimos dois anos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. “Como mais uma parte desse conjunto e projeto, a arte é o elo de ligação no campo expressivo que aproxima os sentidos e a inclusão”, comenta a pesquisadora Jocian Machado Bueno. Para desenvolver a Casa, a Guanabara Produções realizou um extenso processo de pesquisa, a partir de vivências com crianças autistas.

Essa etapa foi toda acompanhada por profissionais formados em psicologia, pedagogia, psicomotricidade, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Houve ainda apoio da Tismoo, primeira startup de medicina e testes genéticos para autismo, e do The Muotri Lab (da Universidade de San Diego, Estados Unidos), que investiga os mecanismos fundamentais para o desenvolvimento do cérebro e de transtornos como o autismo.

Na sequência, entraram as parcerias entre artistas e arquitetos no desenvolvimento da experiência imersiva. A equipe ainda continua desenvolvendo uma linha de pesquisa paralelamente ao projeto artístico, que será levada à Universidade de San Diego (EUA) com embasamento técnico. A construção da exposição trouxe ainda a consultoria do artista visual e quadrinista Fulvio Pacheco, coordenador da Gibiteca de Curitiba e da Linguagem de Ilustração (GEEK) na Fundação Cultural de Curitiba. Na Casa dos Sentidos, Fulvio auxiliou os artistas convidados na adaptação das linguagens e estéticas das obras apresentadas nos cômodos.

 

Artistas e espaços

O conceito da casa para criar os cenários artísticos simboliza um lugar seguro e receptivo. “É o espaço do acolhimento e do afeto e, assim sendo, pode continuar essencialmente simples. A Casa dos Sentidos tem essa medida exata, toda alicerçada na arte para provocar diversas sensações a cada cômodo”, explica Carolina Montenegro, diretora da Guanabara Produções Culturais e da  Montenegro Produções Culturais.

A imersão da Casa dos Sentidos engloba toda uma vivência sensorial, em ambientes desenvolvidos por artistas, arquitetos e designers renomados. Inovando o projeto, uma nova artista entra em cena: Aline Provensi, que também é psicóloga e autista, assina o espaço do Banheiro. “Esse cômodo, para mim, sempre foi motivo de desconforto sensorial, apesar de ter todo o potencial de ser um local de conforto e lúdico. Tenho muita dificuldade com tomar banho, escovar os dentes e tudo o que envolve essas tarefas básicas. Mas eu amo água e então decidi focar nesse elemento”, explica Aline. 

Outra grande novidade da segunda edição do projeto é o Cérebro. O espaço é assinado pela artista convidada Daniélle Carazzai e pelo arquiteto Givago Ferentz, que criaram uma estrutura com dados de pesquisa e referenciais sobre diagnóstico autista. Assim, surge um novo ambiente acolhedor e educativo na Casa dos Sentidos, que será a “porta de entrada” para que as pessoas compreendam parte do universo autista de forma lúdico-didática, por meio de uma interação única que vai mesclar dados científicos e brincadeiras. A artista Bruna Alcantara assina a Sala de Jantar, trabalhando conceitos como memória afetiva. Bruno Romã foi o responsável pela Cozinha, que propões uma interação sensorial. O Quarto foi trabalhado por Marcella Callado, que resgata o universo infantil dos sonhos. 

 

Turnê nacional e internacional

Com dois projetos, um oficial e outro com uma versão pocket, a Casa dos Sentidos tem uma agenda extensa, que começou no mês de outubro de 2023, com a versão adaptada, e segue durante 2024. A mostra passou por em Monte Mor (SP) e Catalão (GO), nos últimos meses de outubro e novembro, e por Ponta Grossa (PR), nos últimos meses de novembro e dezembro.

Já a mostra oficial, com a casa completa, começou a circular pelo Brasil no último dia 30 janeiro, em Campinas (SP), com exposição no Campinas Shopping, podendo ser visitada gratuitamente até o dia 23 de fevereiro. Na sequência, as cidades de Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Paulo (SP) recebem a Casa dos Sentidos. Para completar, no segundo semestre de 2024, o projeto romperá fronteiras, indo para os Estados Unidos e Portugal.

  • Campinas (SP): de 30 de janeiro a 23 de fevereiro de 2024 – Local: Campinas Shopping
  • Curitiba (PR): de 29 de março a 21 de abril de 2024 – Local: Shopping Mueller
  • Brasília (DF): de 10 a 30 de maio de 2024 – Local: Biblioteca Nacional
  • São Paulo (SP): data e local serão confirmados nos próximos dias

A Casa dos Sentidos é uma produção e idealização da Guanabara Produções Culturais com apoio da Montenegro Produções Culturais por meio de Lei de Incentivo à Cultura, com Patrocínio Master John Deere. Realização do Ministério da Cultura e Governo Federal. O projeto conta ainda com patrocínio da TetraPak, Sideral Linhas Aéreas, Da Magrinha, On Petro Combustíveis, S&C, Grupo Barigui, Aker Solutions, Metalus, Magnetron e Ravato; e apoio da Revista Autismo, Tismoo e Água & Vida. Para mais informações sobre a 2ª Casa dos Sentidos, acesse o site www.acasadossentidos.com.br.


Leveza e delicadeza, as chaves para a cura

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Como a microfisioterapia pode curar cicatrizes profundas com nada mais que um toque suave


A Microfisioterapia, uma técnica de origem francesa, surgiu na década de 1980 pelas mãos de Daniel Grosjean e Patrice Benini. Essa técnica terapêutica, baseada em toques sutis ao longo do corpo, busca encontrar e tratar possíveis cicatrizes, sejam físicas ou emocionais, que se manifestam e podem estar relacionadas a diversos problemas.

A peculiaridade da Microfisioterapia está na sua resposta quase imediata, uma vez identificada a origem do problema, o corpo é estimulado a iniciar o processo de autocura. "Esse diálogo direto com a memória corporal promove a autocorreção, não só em adultos, mas também em bebês e crianças." Diz a fisioterapeuta especializada Pércya Bacilla Nery.

O tratamento não exige que o paciente fique despido, já que as roupas não interferem no procedimento. No entanto, roupas leves são sugeridas para maior comodidade durante as sessões.

Cada atendimento é individual, após o primeiro contato o corpo irá definir a necessidade de um retorno, o tempo e o número de consultas são definidas pelas características únicas do paciente, mas o número de atendimentos não deve ser maior que 3 por lesão.

A Microfisioterapia se apresenta como uma abordagem precisa e leve, ativando os recursos de cura que já temos em nós mesmos, oferecendo um novo olhar para a saúde e o bem-estar do indivíduo.

 


Dra Pércya Bacilla Nery - Fisioterapeuta
@percya.fisio
bacillanery@yahoo.com.br
https://percyafisio.com.br
Rua Lamenha Lins, 266 , Cj. 56 – Centro
CEP 80250-020 – Curitiba – PR

 

Falta de conhecimento sobre métodos anticoncepcionais: estudo aponta que 20% das adolescentes não sabem como evitar filhos

 

Especialista da FEBRASGO destaca a necessidade de políticas governamentais de saúde, acesso gratuito a métodos contraceptivos e informação para combater a gravidez na adolescência
 

O Projeto Adolescentes Mães, liderado pelo Hospital Moinhos de Vento, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, coletou dados de 1.177 mulheres provenientes de cinco regiões do país e concluiu que 20% dessas mulheres adolescentes afirmaram não ter conhecimento sobre métodos para evitar a gravidez. A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, regulamentada pela Lei 13.798/2019, acontece a partir de 1° de fevereiro e tem como propósito fortalecer iniciativas que visam contribuir para a diminuição da incidência de gravidez entre os adolescentes. 

Para o Dr. Carlos Alberto Politano, membro da Comissão de Anticoncepção da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a educação sexual deve abranger vários setores, como campanhas, escolas, famílias e os sistemas de saúde público e privado. “ Estudos escolares indicam um déficit de conhecimento entre adolescentes sobre temas, especialmente a anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutores. Durante práticas educativas, os métodos mais abordados foram a camisinha masculina e a pílula anticoncepcional. Jogos educativos, como memória, dominó e quiz, devem integrar programas de educação sexual regulares nas escolas”, enfatiza. 

Ao perceber a entrada dos filhos na puberdade, é essencial que os pais busquem entendê-los, facilitando o vínculo afetivo. Criar um ambiente de confiança nesta fase favorece a proximidade entre pais e filhos ao iniciar a adolescência. Muitas vezes, os pais têm dificuldade em lidar com a sexualidade dos filhos, exigindo a revisão de preconceitos e estereótipos, bem como a compreensão das diferenças de ideias. O crescimento dos filhos pode gerar conflitos e tensões familiares, e os médicos no setor público e privado devem estar qualificados para compreender a jovem e a família. 

É importante salientar que a Constituição brasileira, no artigo 226, assegura o direito ao planejamento familiar. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069, de 13-07-90) aborda questões relevantes relacionadas ao atendimento de adolescentes que buscam métodos contraceptivos, com base nos direitos à privacidade e à confidencialidade. 

"Omitir-se a conversar com o adolescente sobre anticoncepção ou oferecê-la nas situações necessárias pode ser considerado uma violação do direito da adolescente, pois ela deve sempre ser informada sobre os cuidados disponíveis para sua segurança. A adolescente tem direito à privacidade, ou seja, de ser atendida sozinha, em um espaço privado de consulta. Dessa forma, o médico poderá discutir qual método é ideal para aquela adolescente, sempre informando que todos os métodos, quando não utilizados corretamente, têm uma eficácia reduzida”, alerta o médico. 

A Sociedade de Pediatria Brasileira (SBP), em parceria com a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), elaborou um documento que destaca que a prescrição de métodos anticoncepcionais deve levar em conta a solicitação dos adolescentes, respeitando os critérios médicos de elegibilidade, independentemente da idade. A orientação contraceptiva envolvendo métodos de curta duração, como contraceptivos orais, geralmente é realizada sem problemas seguindo esses preceitos. 

Quando o método escolhido são os métodos de longa ação (dispositivos intrauterinos e implantes), que requerem procedimento médico para a inserção, sugere-se considerar o termo de consentimento esclarecido da adolescente e do responsável. 

“A recomendação para prevenção requer políticas de saúde governamentais, acesso a métodos contraceptivos, com fornecimento gratuito e capacitar médicos para o atendimento a adolescentes. Não podemos pensar apenas na semana e sim dedicar todos os dias no atendimento qualificado a adolescentes, com ferramentas efetivas que contribuam para redução da taxa de gravidez”, destaca o médico.
 

Idade para iniciar a conversa sobre métodos contraceptivos com os adolescentes 

Definida como o período etário compreendido entre 10 e 19 anos completos, a adolescência representa uma fase do desenvolvimento que assinala a transição da infância para a vida adulta. Caracterizada por transformações biopsicossociais influenciadas por fatores genéticos e ambientais, essa etapa é também marcada por especificidades emocionais e comportamentais que refletem na saúde sexual e reprodutiva, tornando os adolescentes mais vulneráveis aos mesmos riscos aos quais muitos adultos estão expostos. 

No contexto dessas mudanças de vida, a transição do pediatra para o ginecologista é uma análise individual. A conscientização da família sobre essa realidade é fundamental, pois ainda persiste a associação entre o início das visitas periódicas ao ginecologista e o início da atividade sexual, entendimento que vai contra a prevenção da gravidez na adolescência. É sempre importante informar sobre a maior ocorrência de complicações, como abortamento, diabetes gestacional, parto prematuro e depressão pós-parto, que podem impactar na formação educacional, com um alto índice de abandono ou interrupção dos estudos. 

Esses riscos estão relacionados à idade da adolescente (maior risco em adolescentes com menos de 15 anos), ao nível socioeconômico da adolescente (maior risco em contextos mais desfavorecidos e com menor rede de suporte), ao acesso aos serviços de saúde e à condição de saúde da adolescente (podendo haver doenças que impossibilitem o uso de alguns métodos).
 

Benefícios e efeitos colaterais do uso de contraceptivos 

A contracepção hormonal tem ações tanto contraceptivas quanto não contraceptivas, sendo este último representado pelo método anticoncepcional mais utilizado em todo o mundo. Estima-se que 100 milhões de mulheres utilizem esse método, caracterizado por sua elevada eficácia. Desde sua introdução no mercado em 1960, os contraceptivos hormonais passaram por uma rápida evolução farmacológica, abordando especialmente a redução da dose, novas formulações com estrogênios naturais e a síntese de novos progestagênios, resultando em aumento dos benefícios e diminuição dos efeitos colaterais. 

A redução da gravidez não programada e não desejada, que no Brasil apresenta taxas superiores a 60%, está entre os principais benefícios dos contraceptivos hormonais. Eventos adversos podem ser observados, representando o principal motivo para o abandono do método e podendo ser até duas vezes mais frequentes do que em não usuárias. Os principais efeitos, em ordem de importância, incluem náuseas, sangramento inesperado, mastalgia, cefaléia, ganho de peso e acne. Quanto aos efeitos benéficos não contraceptivos, dependendo do tipo de contracepção hormonal, destacam-se o controle de sintomas nos casos de Síndrome dos Ovários Policísticos, redução dos sintomas de TPM, controle clínico da dismenorreia, tratamento de endometriose, redução do fluxo menstrual e regularização do ciclo menstrual.

 

Importância do uso de preservativos na prevenção Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) 

O especialista da FEBRASGO, enfatiza que para abordar esse tema, devemos lembrar que a construção da sexualidade se inicia desde o nascimento e é condicionada pelos caracteres biológicos e psíquicos da pessoa. A relação da criança no ambiente familiar desempenha um papel fundamental nesse processo, pois a vivência em diferentes contextos culturais e econômicos influencia a construção da sexualidade. 

No passado, quando se tratava de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a discussão era centrada em sexo vaginal e oral. Posteriormente, passamos a lidar mais frequentemente com a realidade do sexo anal e, mais recentemente, não podemos deixar de abordar o tema dos "brinquedos sexuais", que, quando usados inadequadamente, representam um meio de adquirir ISTs. Este assunto é de extrema importância na cadeia de transmissão, porém é frequentemente negligenciado por adolescentes que não acreditam nessa forma de contaminação.


Volta às aulas com ar-condicionado: temperaturas extremas podem causar incômodo e déficit de atenção

 

Crédito: Vidhyarthi Darpan para Pixabay

Especialista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), orienta sobre os cuidados para se ter um ambiente agradável para o aprendizado e evitar doenças e alergias

 

Este verão promete ser um dos mais quentes dos últimos anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e, com a volta às aulas, o ar-condicionado entra em cena. Afinal, para manter o ambiente confortável e estimular o foco no aprendizado, o clima precisa estar agradável. Segundo Andressa Peixoto, pneumologista pediátrica do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), a temperatura ideal para se manter o ar-condicionado é entre 23 e 24 graus, ou seja, nem tão gelado, para evitar o choque térmico, e nem tão quente quanto o ambiente externo. 

A médica ressalta os benefícios que uma sensação térmica agradável pode propiciar. “Diante deste cenário de altas temperaturas, o uso adequado da ferramenta permite que a criança regule melhor a temperatura corporal e, com isso, alcance melhores resultados cognitivos e melhora da atenção”, diz. “O bem-estar dos alunos e professores precisa ser levado em consideração, pois estamos enfrentando um calor excessivo, que aumenta a chance de desidratação, e estabilizar a temperatura ambiente e controlar a exposição ambiental traz conforto”, completa.

 

Temperatura e manutenção

Para estarem adequadas, as escolas devem passar por uma avaliação do espaço da sala de aula e da quantidade de alunos na classe, além de manter a higienização e manutenção periódica trimestral do equipamento. O controle da temperatura deve ser verificado de periodicamente, a fim de não se tornar um problema para a saúde dos alunos e professores. 

“Não é recomendado que as crianças permaneçam em temperaturas muito baixas. A exposição constante a ambientes frios pode causar queimaduras na pele – e este é um dos riscos mais leves dessa exposição. As áreas afetadas geralmente ficam avermelhadas e dormentes e o tratamento é feito por reaquecimento”, explica a especialista. 

Outro ponto de atenção é o choque térmico. “A oscilação abrupta de temperatura pode ser um fator desencadeante para hiper-responsividade da via aérea para crianças com problemas respiratórios que não estejam controlados”, diz. 

Ter o cuidado em manter o aparelho de ar-condicionado com a manutenção em dia é primordial. Caso contrário, isso pode desencadear sérios problemas de saúde. “Pode ser uma fonte de contaminação, aumentando o risco de pneumonia por germes atípicos, como a Legionella, por exemplo. A infecção é adquirida ao inalar gotículas de água contaminada, geradas pelo ar-condicionado não-higienizado. Aqueles que já possuem alguma alergia são os que mais sofrem, uma vez que a falta de manutenção pode proliferar no ar os aeroalérgenos – como ácaros, poeira, fungos, bolores entre outros – que aumentam as chances de crise de asma, exacerbação de rinite alérgica e crises de tosse.” 

Aos pais, a médica recomenda algumas ações que garantirão o conforto do aluno durante as aulas. “Manter a hidratação da criança; caso ela se queixe de ressecamento ocular, é indicado o uso de lubrificantes; higienização nasal; ter sempre um agasalho leve na mochila, uma vez que existe também a percepção e sensibilidade individual de cada criança.” 

Com os cuidados citados e a temperatura adequada, não há problemas de um aluno, por exemplo, com problemas alérgicos, permanecer no ambiente. No entanto, se o tempo for prolongado, pode ser aconselhável aumentar a umidade relativa do ar com o uso de umidificadores, devido ao ressecamento das vias aéreas provocado pela exposição prolongada.

 

Ambiente fechado

Quem tem filhos na idade escolar sabe que, devido ao convívio, sempre há a possibilidade de gripes, viroses e outras doenças do gênero acometer diversas crianças ao mesmo tempo. A médica explica que em ambientes fechados, como aqueles com ar-condicionado ligado, o contágio por vírus de transmissão respiratória é bem maior. “Permanência em espaços fechados e com pouca ventilação pode facilitar a circulação de microrganismos, principalmente vírus respiratórios”, afirma. 

Em resumo, o ar-condicionado tem seus prós e contras, e deve ser usado com os devidos cuidados em dias realmente quentes. Quando for possível, não abrir mão da ventilação natural, com janelas e portas abertas. Esses cuidados tornarão o equipamento um bom aliado do conforto para o aprendizado.

 

Vera Cruz Hospital


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