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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Cálcio, exercício físico e vitamina D: os ingredientes para prevenir a osteoporose

                           Médica dá dicas práticas para o dia a dia

                     20 de outubro é o Dia Mundial de Combate à Osteoporose 

 

“Investir na saúde óssea é primordial para uma velhice com qualidade”, alerta Dra. Maisa Monseff Rodrigues da Silva, endocrinologista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO)

 

Durante toda a vida, nossos ossos estão em constante mudança. O esqueleto humano passa por um ciclo completo de remodelamento a cada 10 anos. Esse remodelamento ósseo é um processo contínuo em que o tecido ósseo antigo é substituído por tecido novo. “A velocidade de crescimento ósseo varia de pessoa para pessoa e é influenciada por fatores como idade, genética, alimentação adequada, atividade física e hormônios”, explica a médica.

 

A prevenção da osteoporose, por meio dos cuidados com músculos e ossos, faz parte de ação da campanha “Previna a Osteoporose: Mexa-se!”, que acontece no dia 20/10, das 9 às 17 horas na Estação Luz do metrô de São Paulo. Haverá panfletagem, orientações, testes de saúde óssea e oficinas. 


Para prevenir a osteoporose, é preciso investir em: 

Cálcio: É um importante componente de nosso esqueleto, e cerca de 99% desse mineral fica nos ossos, que funcionam como um reservatório para manter os níveis de cálcio no sangue — essencial para a função saudável de nervos e músculos. Alimentos e bebidas à base de leite são as principais fontes de cálcio para saúde dos ossos.

 

Exercício físico regular: Praticado regularmente, o exercício físico ajuda o corpo a manter uma boa massa óssea e os músculos fortalecidos contribuem para uma melhor sustentação dos ossos.

 

Vitamina D: Desempenha papel fundamental no desenvolvimento e manutenção de ossos saudáveis; auxilia a absorção de cálcio do alimento no intestino e assegura a renovação e mineralização correta dos ossos. Dependemos quase exclusivamente da exposição ao sol para obter a vitamina D em quantidades adequadas, já que ela não é muito disponível nos alimentos. Por isso, muitas vezes, a suplementação é necessária.

 

Consumir proteínas e praticar atividade física contribuem para fortalecer os músculos e proteger os ossos. O fortalecimento dos músculos é muito importante, pois eles dão sustentação aos ossos. Para fortalecer os músculos, é preciso fazer os chamados exercícios resistidos, ou seja, movimentá-los contra alguma resistência, usando o peso do corpo ou pesos livres. Conforme o tempo vai passando, os exercícios vão ficando mais fáceis e os músculos mais fortes.

 

Algumas dicas práticas para o dia a dia: 

- Tempo recomendado de exercício físico por dia 30 a 40 minutos

- Quantas vezes na semana: 4 a 5 vezes na semana

- Quais exercícios: levantamento de peso e fortalecimento muscular. Exercícios para melhorar o equilíbrio e a postura também são indicados

- Além dos exercícios, coma alimentos que sejam fontes de proteína, como carne, frango, peixe, ovo, laticínios, feijão, ervilha, soja e grão-de-bico. A proteína proporciona ao corpo uma fonte de aminoácidos essenciais à saúde, contribuindo para a construção da massa óssea — que tem o pico durante a infância e a adolescência — e para um envelhecimento saudável.

 

Refeições pobres em proteína levam à redução da massa óssea e da força muscular nos idosos, aumentando o risco de quedas e fraturas.

 

A ação da campanha “Previna a Osteoporose: Mexa-se!” é gratuita e dirigida para todas as faixas etárias.

 

Dia Mundial de Combate à Osteoporose

Previna a Osteoporose: Mexa-se!

Estação Luz do Metrô de São Paulo

Dia 20/10, das 9 às 17 horas

Orientações gerais, oficinas, teste de calcâneo e FRAX

Gratuito

 



ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
https://www.instagram.com/abrassonacional/
https://www.facebook.com/abrassonacional/
https://www.youtube.com/@ABRASSO
Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc

 

Dor nas costas em crianças e jovens deve ser tratada com atenção

Médico ortopedista Cleber Furlan alerta que pacientes em fase de crescimento não deveriam se queixar de dores tão cedo; Diagnósticos atenciosos podem ser necessários para evitar problemas maiores 

 

A dor nas costas em crianças e adolescentes é rara e deve ser tratada com atenção, já que são um grupo de pacientes ainda em fase de crescimento. Segundo o médico ortopedista e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Cleber Furlan, “quando se trata desse binômio dor-escoliose, associa-se uma à outra, mas a escoliose não deve nunca ser considerada um fator de causa para pacientes em fase de crescimento, como é o caso de jovens e adolescentes”. 

O médico alerta que, nesse grupo etário, a queixa deve ser considerada significativa quando chega ao consultório. Para isso, são fundamentais os exames físicos e neurológicos, aliados a exames subsidiários (como ressonância, por exemplo), para um diagnóstico correto de possíveis traumas, fraturas ou contusões. “Pode haver sintomas e sinais mínimos em que a ocorrência de uma doença grave é escondida por meio dessas dores”, explica o especialista.

No caso de dores ou problemas sistêmicos, por exemplo, o paciente sofre alteração na circulação, apresenta sintomas de febre, tremor e perda de peso - principalmente em esqueletos em crescimento. Quanto aos problemas neurológicos, é possível observar alterações de sensibilidade, de fraqueza, sensitivas e até de perda de controle do esfíncter, ou seja, o paciente perde o controle urinário e fecal. 

O exame físico corresponde a uma análise ortopédica e neurológica para verificar se tem escoliose, que é uma deformidade na coluna. Dentro disso, também se considera a cifose, principalmente a torácica, uma deformidade nas costas comumente associada ao formato de um “C”; além da lordose, curvatura mais acentuada na região lombar e cervical; e possíveis contraturas, musculatura dolorida ou travada, e pontos dolorosos na pele.

O exame neurológico, por sua vez, analisa movimentos de coordenação, a função motora de força e de sensibilidade, além de outros testes específicos. No caso de um paciente em crescimento, com idade abaixo de quatros anos, e que apresenta uma dor contínua ou progressiva nas costas, com sintomas de febre, mal-estar, perda de peso, perda urinária e de sinais neurológicos, e escoliose, o quadro já é preocupante - para estes casos, existem alguns diagnósticos mais determinantes. 

A lesão mecânica, por exemplo, é mais observada em crianças que ficam sentadas de dez a doze horas, ou mais, o que causa uma distensão muscular que pode ser uma fratura oculta ou uma síndrome de excesso de uso - quando a criança participa constantemente de diversos tipos de exercícios de impacto. Para o diagnóstico, Furlan recomenda exames de ressonância ou uma cintilografia para checar possíveis fraturas, um escorregamento das vértebras ou até uma alteração no próprio desenvolvimento do paciente. 

“É preciso ficarmos atentos às pessoas que não têm dor, mas começam a adquiri-la com o crescimento do esqueleto. Uma escoliose, uma cifose, uma lordose, a doença de Scheuermann (cifose  torácica associada a várias alterações musculares e posturais), uma discite, como é conhecida a inflamação do disco vertebral, uma osteomielite - infecção óssea, ou até mesmo uma simples infecção de garganta ou respiratória alta, que desencadeia uma doença inflamatória crônica e ou reumatológica. Doenças endócrinas, doenças genéticas, infecções, inflamações, doenças reumáticas e até tumores, portanto, fazem parte de uma avaliação e estudo de causas, necessitando serem analisadas”, alerta Cleber Furlan. 

 


Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o Dr. Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril. https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/


O que esperar da velhice?

 O que é ser velho? Quando começa a velhice? Qual o marcador biológico que mostra que a pessoa agora é “velha”?

 

Diferente da puberdade, que possui alterações hormonais acentuadas, na velhice não temos um marcador absoluto que traça um limite repentino entre ser moço e ser velho. 

Vamos entender, inicialmente, que envelhecimento é um acontecimento natural que se inicia com o nascimento e caracteriza-se por ser um processo progressivo pelo qual todo ser vivo tem de passar. A velhice, por sua vez, é a última etapa da vida, após a infância, a juventude e a idade adulta, podendo ser uma longa fase, 30 anos ou mais, maior que a infância e juventude juntas.
 

Então, a pergunta: Quando ficamos “velhos”? 

Primeiro, precisamos entender que existe a idade cronológica e a biológica. Pela cronológica, a lei brasileira diz que a pessoa tem uma série de direitos e é considerada idosa após os 60 anos. A idade biológica, por sua vez, é própria da vivência de cada um. Indivíduos de 40 anos podem se considerar “velhos” e cansados, enquanto outros, com 70 anos ou mais, podem se sentir jovens e cheios de saúde e amor pela vida. 

Então, é muito difícil traçarmos um limite correto entre o período adulto e a velhice. O certo é que ninguém gosta de ser chamado de “velho”, pois dá uma ideia de algo descartável e sem valor, podendo ser ofensivo para alguns. 

A velhice é um tema a ser discutido, entendido e valorizado. Enquanto alguns países da Europa foram “envelhecendo” ao longo de aproximadamente 150 anos e se preparando para isso, o Brasil envelheceu muito rapidamente, em menos de 40 anos, sem estar devidamente preparado para essa massa enorme de pessoas que aumenta dia após dia. 

Marcel Proust, escritor francês, dizia que de todas as realidades da vida, a mais abstrata é a velhice, porque o jovem não se imagina envelhecido e com os achaques da velhice, idealizando que sua vida será sempre como no esplendor dos 20 a 30 anos. Ledo engano. Ela virá. E se na juventude ou no período adulto não houver uma preparação física, psicológica, intelectual e financeira, a realidade pode ser nefasta anos depois. 

Mas, ao chegar nessa fase, o que podemos esperar da velhice? Isso vai depender das escolhas de cada um. Pode ser de uma vivência trevosa, repleta de mágoas, ressentimentos, solidão e sem estar preparado para essa etapa da vida. 

Entende-se que, natural e inevitavelmente, a velhice é uma fase de perdas: de familiares e amigos, financeiras, sociais e outras mais. Também pode ser uma fase de arrependimentos de, por exemplo, ter trabalhado muito, não ter aproveitado mais a vida, de ter feito mais para os outros do que para si próprio, não ter se divertido e viajado mais. 

No entanto, é possível que seja uma fase iluminada, de compreensão, de aceitação, de sabedoria com os aprendizados ao longo do caminho, de desfrutar as coisas boas da vida, e, em especial, de ter o sentimento de missão cumprida. 

Tanto a fase iluminada como a trevosa dependerão da maneira com a qual se encara e se prepara para este período da existência. 

A receita para se ter uma velhice iluminada requer alguns cuidados: fazer atividades físicas diárias, não fumar, manter a mente ativa, não se abandonar e se isolar, sair da zona de conforto e integrar-se em atividades filantrópicas, pois “quem é solidário, não é solitário”. É importante também ter um meio ambiente socioeconômico e familiar favoráveis, nutrição adequada, ter planos de vida após a aposentadoria, ser otimista e resiliente, ser grato a tudo que recebeu, saber perdoar, cultivar a generosidade e, acima de tudo, ter um propósito de vida. 

Além disso, é fundamental ressaltar que com o envelhecimento aprimoram-se as qualidades e acentuam-se os defeitos. Por isso, deve-se optar por qualidade de vida e dignidade na velhice, cultivando sempre os bons hábitos, vivendo com paz e saúde junto aos seus.

 

Dr. Luiz Antonio S. Sá - docente da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR), especialista em Clínica Médica, Geriatria e Gerontologia.


A Importância do Diagnóstico Precoce da Ptose Congênita na Infância: Evitando Riscos à Visão

A ptose congênita, ou queda da pálpebra superior, é uma condição ocular que pode afetar crianças desde o nascimento. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar potenciais riscos à visão, uma vez que a ptose congênita não tratada pode levar a complicações graves, incluindo a perda da visão. O Dr. Henrique Kikuta, um dos pioneiros na cirurgia de correção da ptose congênita, com mais de 40 anos de experiência, está lançando um curso a distância destinado a oftalmologistas, pediatras, professores e outros profissionais de saúde e educação que atendem crianças. O objetivo é aumentar a conscientização e a competência no diagnóstico e tratamento dessa condição crítica.

A ptose congênita é uma condição na qual a pálpebra superior de uma criança é anormalmente baixa e pode cobrir parcialmente ou totalmente a pupila. O diagnóstico precoce é essencial, pois a ptose não tratada pode levar a complicações graves, incluindo ambliopia, mais conhecida como "olho preguiçoso", e o risco real de perda de visão permanente. É por essa razão que o Dr. Henrique Kikuta, uma autoridade em cirurgia oftalmológica pediátrica, está lançando um curso abrangente, disponível a distância, para capacitar profissionais de saúde e educação no diagnóstico e tratamento precoces da ptose congênita em crianças.

"A ptose congênita é uma condição que exige atenção imediata, pois o atraso no diagnóstico e tratamento pode ter sérias consequências para a visão da criança", afirma o Dr. Kikuta. "Com mais de quatro décadas de experiência em cirurgia oftalmológica, estou comprometido em compartilhar meu conhecimento e experiência para garantir que os profissionais de saúde e educadores possam identificar, diagnosticar e tratar a ptose congênita de maneira eficaz e segura."

O curso ministrado pelo Dr. Kikuta abordará não apenas o diagnóstico, mas também as opções de tratamento disponíveis para crianças com ptose congênita. Com aulas em vídeo e estudos de caso, o curso oferecerá aos profissionais de saúde e educadores as ferramentas necessárias para fornecer cuidados abrangentes e de alta qualidade a pacientes pediátricos com essa condição.

A ptose congênita é uma condição que não deve ser subestimada. Através do diagnóstico precoce e da intervenção apropriada, o risco de complicações sérias pode ser reduzido significativamente, proporcionando às crianças a melhor chance de desenvolvimento visual saudável. O curso do Dr. Henrique Kikuta visa fazer exatamente isso, capacitando os profissionais a desempenhar um papel fundamental na prevenção dessas complicações.

Para mais informações sobre o curso e inscrições, acesse: https://ptose.com.br

 

Dr. Henrique Kikuta - Oculoplasta Pioneiro em Cirurgia Oftalmológica, Lança Curso a Distância para Profissionais de Saúde e Educadores


“Sem vacinação, o risco não é apenas que as doenças voltem, mas que se tornem epidêmicas”, afirma imunologista

Médica alerta para a sensação enganosa da população de que as doenças desapareceram e defende que campanhas em escolas, parques e ‘Dia D’ de vacinação aumentariam taxas 

 

Recentemente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou relatório mostrando que, entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças no Brasil não tomaram a primeira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (dT/dTpa). Porém, existe uma boa notícia: o Brasil registrou alta na vacinação infantil, com aumento dos índices em 2022, segundo pesquisa do Observa Infância - parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Unifase. 

Somado ao negacionismo e a desinformação que assolaram o país nos últimos anos, especialistas acreditam que a causa do problema é multifatorial. “Os motivos vão da percepção enganosa de parte da população, de que não é preciso vacinar porque as doenças desapareceram, a problemas com o sistema informatizado de registro de vacinação. Percebo também uma falha no calendário vacinal após a pandemia; muitas famílias começaram a questionar se realmente vale a pena atualizar o cartão”, afirma a médica pediatra e imunologista do Espaço Zune, Millena Andrade. 

“Com a baixa adesão às campanhas de vacinação, o risco não é apenas de que as doenças voltem a aparecer, mas que se tornem epidêmicas.  Além de acometerem milhares de pessoas, o sistema de saúde acaba sendo sobrecarregado, o que também prejudica pacientes diagnosticados com outras doenças. Acredito que estratégias como a vacinação em escolas e parques e campanhas como o ‘Dia D’ de vacinação ajudariam a aumentar a taxa de vacinados”, defende a imunologista.

 

Vacinas disponíveis no SUS e sazonalidade das doenças 

Na época de tempo seco, aumenta a circulação de muitos vírus, por isso é importante estar com a vacina da gripe (influenza/23) atualizada. A médica orienta estar com todo o cartão vacinal em dia, uma vez que todas as vacinas são importantes para a prevenção de doenças graves como tuberculose, pneumonia, otite e meningite. 

·      Ao nascimento: BCG E HEPATITE B

·      2 meses: Pentavalente/Dtp (primeira dose), Vip/ Vop (primeira dose), Pneumocócica 10 Valente (primeira dose) e Rotavírus (primeira dose).

·      3 meses: Meningocócica C (primeira dose)

·      4 meses: Pentavalente/Dtp (segunda dose), Vip/ Vop (segunda dose), Pneumocócica 10 Valente (segunda dose) e Rotavírus (segunda dose).

·      5 meses: Meningocócica C (segunda dose)

·      6 meses: Pentavalente/Dtp (terceira dose), Vip/ Vop (terceira dose)

·      9 meses: Febre amarela

·      12 meses: Reforço pneumocócica 10 Valente, Reforço meningocócica C e Tríplice Viral

·      15 meses: DTP/Penta (primeiro reforço), Vop/ Vip (primeiro reforço), Hepatite A (primeiro reforço) e Tetra Viral

·      4 anos: DTP/Penta (segundo reforço), Vop/ Vip (segundo reforço) e Varicela (segunda dose)

·      Influenza e Covid: A partir de 6 meses 

“Sempre oriento as famílias sobre a atualização do cartão vacinal e a conscientização sobre a importância da vacina é um assunto bastante discutido durante as minhas consultas. Não existe nenhuma contraindicação ou risco de vacinar as crianças a partir de seis meses de idade. Uma dica que vale para qualquer vacina: quando a criança está doente e apresenta um quadro febril, é preciso aguardar a melhora para que ela possa ser vacinada. Precisamos cuidar de nossas crianças, pois as vacinas salvam vidas”, finaliza a médica.


Diagnóstico precoce potencializa em 95% as chances de cura para o câncer de mama

Especialistas da Célula Mater, clínica credenciada Omint, explicam que estilo de vida também pode influenciar no aparecimento do câncer de mama

 

O período da pandemia trouxe consequências para o diagnóstico do câncer de mama. Dados do Instituto Nacional de Câncer mostram que 2020 registrou queda de 41% no número de mamografias realizadas. Para Jonathan Yugo Maesaka, mastologista da Célula Mater, clínica credenciada Omint, isso resultará diretamente em diagnósticos tardios e impactará o tratamento e a qualidade de vida da mulher.

“A probabilidade de cura para o câncer de mama está fundamentalmente relacionada ao período do diagnóstico. Quando detectado precocemente, as chances ficam acima de 95%”, afirma Jonathan. Para tanto, é fundamental que as mulheres mantenham acompanhamento ginecológico constante, pois o ideal é que o câncer seja encontrado na paciente ainda assintomática, através de exames de rastreamento.

Para Fernanda Deutsch Plotzky, ginecologista da Célula Mater, clínica credenciada Omint, a principal mensagem do Outubro Rosa é que quanto mais cedo detectar o tumor, maiores serão as chances de sobrevida e qualidade de vida da paciente. “As mulheres são divididas em dois grupos: as de baixo e as de alto risco. Para o grupo de baixo risco, o rastreamento deve começar aos 40 anos com mamografia, podendo ser complementada com outros exames, e deve ser feita anualmente”, comenta Fernanda.

Já para as mulheres no grupo de alto risco, que consiste em pacientes com familiares de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama, o rastreamento deve ser iniciado 10 anos antes da idade cujo familiar recebeu o diagnóstico. “Se o familiar com câncer de mama for homem, isso já classifica a pessoa no grupo de alto risco. Por ser muito raro, indica que há uma história genética que requer mais estudos”, complementa.


Sintomas e o autoexame

O câncer de mama geralmente não dói e costuma ser uma doença silenciosa. “Nas fases iniciais, esse tipo de câncer não demonstra muitos sintomas e a dor não é habitual, a não ser em casos mais raros e quando há comprometimento neural”, explica Fernanda. Quando a doença está mais avançada ou quando é um tipo mais agressivo, alguns sintomas podem ser mais aparentes, como mama avermelhada, com aspecto de casca de laranja e com nódulos detectáveis ao toque.

“O diagnóstico precoce vai definir tanto a evolução quanto o tratamento que será aplicado”, afirma Jonathan. O mastologista explica que por este motivo o autoexame não é o mais indicado como forma de detecção. “Não é possível substituir os exames de rastreamento pelo autoexame. Ele é importante, mas como uma forma de autoconhecimento e não de substituição aos exames periódicos”, enfatiza.


Estilo de vida e hábitos saudáveis

Embora o câncer de mama esteja relacionado com situações que muitas vezes estão fora do que é possível controlar, como a genética, hábitos saudáveis também podem contribuir para prevenção. O Inca reforça que é importante reduzir risco e promover fatores de proteção chamados de “prevenção primária”, como: manter o peso corporal saudável; ser fisicamente ativa; evitar o consumo de bebida alcoólica; e para quem tem filhos, amamentar o maior tempo possível.

“Hábitos saudáveis são relevantes tanto para câncer de mama quanto para outros que atingem a população feminina, como o de endométrio, por exemplo”, reforça a ginecologista. Diante disso e por meio da sua vivência clínica, Fernanda relata que a história do câncer de mama vem mudando muito nos últimos anos. “Antigamente, o câncer era uma sentença de morte, hoje em dia pode ser uma história completamente diferente, sobretudo quando há o diagnóstico precoce. Em grande parte, este tipo de câncer é curável”.

 

Impacto psicológico durante a reprodução assistida pode ser grande sem um acompanhamento

Sentimentos de culpa, ansiedade e pressão social são os principais fatores para o esgotamento mental

 

Alguns casais podem demorar um maior tempo para engravidar do que outros, é comum que isso aconteça. O casal também pode ser infértil, o que não é um problema, já que por meio da medicina reprodutiva e as técnicas de reprodução assistida, o casal ou indivíduo infértil consegue realizar o sonho de ter um bebê. Mas por outro lado, o psicológico do casal pode ficar desgastado por conta da demora ou até mesmo por sentimento de culpa, ocasionado pela infertilidade. 

A medicina reprodutiva é a maior aliada de casais inférteis que têm o sonho de engravidar. “A FIV - Fertilização in vitro e a IIU - Inseminação intrauterina oferecem a esses indivíduos a chance de engravidar, porém muitos pensam que é um processo rápido e certeiro, quando é preciso ter paciência, pois o resultado pode não ser imediato”, comentou o Dr. Renato Fraietta, especialista em Reprodução Humana na CPMR - Clínica Paulista de Medicina Reprodutiva e coordenador do Setor Integrado de Reprodução Humana da Unifesp.

Quando o resultado não vem de forma imediata, quem está passando pelo processo pode ter o seu bem-estar emocional afetado por diversos fatores, como ansiedade, raiva, culpa e a pressão social de ter um filho. É comum que não seja imediato, por exemplo, na FIV o sucesso do procedimento depende muito da qualidade do embrião, da idade da mulher e da causa da infertilidade, variando de 30% até 60% por ciclo. Já na IIU a taxa de gravidez fica entre 20% e 25% por tentativa. Apenas o médico pode decidir o procedimento mais útil para cada caso.

Para Fraietta, cuidar da saúde mental é importante para que ela não tenha impacto direto na gravidez. “Se estressar durante a gravidez é totalmente normal, mas até um certo ponto. Quando esse estresse deixa de ser simples e se transforma em ansiedade, pode gerar problemas no sistema imunológico, alterações hormonais e até mesmo complicações na pressão arterial, todos esses fatores podem acometer a evolução da criança e o progresso saudável da gravidez”, alertou.

O acompanhamento psicológico durante a reprodução assistida é de extrema importância, principalmente para casais e indivíduos inférteis. Os profissionais dessa área fornecem terapia, para que, quem está passando por esse processo não desista, além de entender os motivos que estão levando ao estresse e ansiedade, fazendo com que a gravidez apenas se complique.

“Durante as consultas damos todo o suporte necessário, além de trabalhar de uma forma que os casais e indivíduos possam entender os pontos emocionais que estão prejudicando a sua saúde mental, como ansiedade, estresse, culpa e baixa autoestima. Dessa forma, podemos traçar alguns métodos para superar e lidar com essas questões”, explicou a especialista em psicologia clínica da CPMR, Aline Borges de Araújo. 

 

CPMR
https://www.cpmr.com.br/

  

Intolerância à lactose afeta mais de metade dos brasileiros

 

Produtos que contêm enzima lactase permitem consumo de derivados
do leite para pessoas que convivem com algum
 grau de intolerância 
 
Crédito: Envato

Pesquisa indica que 80% dos negros e 100% dos descendentes de japoneses convivem com o problema; desafio é oferecer alternativas que garantam qualidade de vida a essas pessoas 

 

Embora o leite seja o segundo alimento mais consumido no planeta, ficando atrás apenas do milho, a maior parte da população apresenta algum grau de intolerância ao açúcar do leite. No Brasil, 51% da população tem tendência a desenvolver intolerância à lactose, segundo estudo realizado pelo laboratório de genética Genera. Além disso, uma pesquisa conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) sugere que a raça e a cor influenciam na digestão da lactose: 57% dos brancos e pardos, 80% dos negros e 100% dos descendentes de japoneses no Brasil apresentam algum grau de intolerância.

Esse cenário desafiador acelerou, nos últimos anos, as pesquisas para o desenvolvimento de produtos contendo a enzima lactase, o que permite que essas pessoas consumam produtos com leite sem reações adversas. Atualmente, é possível encontrar no mercado versões mastigáveis, odispersíveis e para serem ingeridas com água. Chegar a esses resultados demanda anos de pesquisas e o envolvimento de centenas de profissionais para testar formulações, explorar novos formatos e até  aprimorar os sabores.


Investimento em pesquisa

A indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi investe 5% do faturamento líquido  em pesquisa, inovação e desenvolvimento de novos produtos, um valor que deve ultrapassar os R$ 80 milhões em 2023. Atualmente, 188 estão em fase de desenvolvimento em diversas áreas e devem ser lançados no mercado nos próximos 10 anos. O Sensilatte, uma das opções  da farmacêutica com a enzima lactase, começou a ser desenvolvido em 2017. O objetivo inicial era criar um produto orodispersível, ou seja, de dissolução rápida em contato com a boca e a saliva. Hoje, ele é o único produto no mercado brasileiro com essa característica.

“Tínhamos a demanda de produzir algo mais prático, que pudesse ser levado na bolsa e, quando uma pessoa estivesse em uma pizzaria, bastasse colocar o comprimido na boca. Em questão de segundos, ele se desintegraria, permitindo que a pessoa comesse a pizza sem nenhum problema”, conta o supervisor de novos produtos da Prati-Donaduzzi, Vanderson Galan. “Realizamos estudos prévios, testamos vários excipientes até chegarmos a um modelo que consideramos ideal. A partir daí, iniciamos a produção em lotes-pilotos para testar o processo”, complementa Galan.

Todo o processo, desde a concepção até chegar ao formato final, que possui um formato  abaulado no meio para que o comprimido se dissolva integralmente, demorou cerca de dois anos e envolveu mais de 100 profissionais. Em 2019, o produto foi lançado no mercado em versões baunilha e natural, e agora novos sabores estão sendo desenvolvidos para exportação.


Atualização constante

A supervisora de produtos nutracêuticos, Larissa Tescaro de Paulo, explica que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) revisa constantemente suas normas, o que leva à atualização contínua dos produtos já disponíveis. “Estamos sempre estudando o produto para cumprir todos os requisitos, conforme novas normas vão sendo atualizadas. Isso dá mais segurança para quem usa e faz com que a indústria invista cada vez mais em inovação”, afirma Larissa.

 

Prati-Donaduzzi,

 

Para 71% dos médicos brasileiros, IA pode ser aliada na tomada de decisão clínica

Estudo da GE HealthCare ouviu médicos e pacientes sobre o futuro da saúde 

 

A GE HealthCare – líder em tecnologia médica, diagnósticos farmacêuticos e soluções digitais inovadoras – lança o “Reimagining Better Health”, estudo que ouviu pacientes e médicos de oito países da América do Norte e do Sul, Europa e região Ásia-Pacífico sobre o futuro da saúde. 

Os resultados revelam que muitos dos desenvolvimentos que estão impulsionando o sistema são também uma fonte de desafios. Embora o estudo tenha encontrado confiança tanto de pacientes como médicos no uso de soluções de tecnologia para melhorar os tratamentos, os profissionais também observam no tema possíveis dificuldades para os médicos do futuro. 

"A tecnologia tem trazido disrupções importantes para diversas áreas do nosso cotidiano, como é o caso do setor da saúde. Entretanto, é inegável que médicos e pacientes precisam estar preparados e informados para lidar com as mudanças que a inovação vai trazer”, comenta Marina Viana, Diretora Executiva da GE HealthCare Brasil.

 

Um objetivo unificado 

Em termos de expectativas sobre o que deve vir pela frente, 100% dos médicos brasileiros concordam com a definição do futuro como aquele em que pacientes e equipes de atendimento estão mais intimamente ligados em uma parceria por meio de soluções tecnológicas; o atendimento e o tratamento médico ocorrerão dentro e fora dos ambientes clínicos tradicionais, como nas casas dos pacientes; e o ecossistema de saúde é expandido para incluir uma gama mais variada de profissionais de saúde, alguns dos quais podem não estar presentes hoje.

 

Futuro da saúde 

Para os médicos do Brasil, as barreiras mais importantes para o futuro se tornar uma realidade são infraestrutura de tecnologia subdesenvolvida, planejamento ineficaz da força de trabalho e falta de habilidades tecnológicas nas equipes de saúde. Além disso, os médicos elencaram os seguintes conjuntos de habilidades como críticos para os profissionais do futuro: grau de instrução em tecnologia (30%), atendimento virtual ao paciente (26%) e soft skills para colaboração com pacientes e equipes (19%). 

Já para os pacientes, os desafios são o acesso a soluções tecnológicas que permitam antecipar a detecção, avaliação e tratamento de suas condições de saúde.

 

Perspectivas sobre a tecnologia na saúde 

Atualmente, as tecnologias de Inteligência Artificial na área de saúde são projetadas para melhorar a experiência e os resultados do paciente, automatizar tarefas e aumentar a produtividade. Para 64% dos pacientes do Brasil, as soluções de tecnologia estão ajudando a tornar o tratamento mais conveniente. 60% também acreditam que os médicos usam ativamente dados de saúde e evidências para fornecer o cuidado certo e 58% acham que os médicos têm acesso à tecnologia certa, que os ajuda a tratar e melhorar a saúde do paciente.

 

Quando questionados sobre o uso de Inteligência Artificial, 71% dos médicos acham que essa tecnologia pode suportá-los na tomada de decisão clínica, 68% acreditam que a IA pode ajudar a reduzir as disparidades de cuidados e 66% entendem que ela permite intervenções de saúde mais rápidas. 

“Diante dos dados deste estudo, quando pensamos no futuro da saúde precisamos definir um objetivo claro – um sistema de saúde tecnológico, eficiente e humano. A GE HealthCare está compartilhando estes dados para incentivar discussões, parcerias e ações com as partes interessadas em todo o setor em prol de um futuro melhor para todos”, finaliza Marina. 

 

Sobre Reimagining Better Health   

O estudo Reimagining Better Health inclui uma pesquisa quantitativa com 2.000 médicos e 5.500 pacientes e defensores dos pacientes, bem como entrevistas qualitativas com 24 especialistas em saúde em oito países da América do Norte e do Sul, Europa e região Ásia-Pacífico. Essa amostragem cruzada considerou a diversidade de maturidade econômica, geografia e representação de uma forma pura ou híbrida dos quatro modelos básicos de atenção à saúde (Beveridge, Bismarck, National Health Insurance e Out-of-Pocket).   

A pesquisa duplo-cega com amostragem aleatória foi realizada entre agosto e outubro de 2022 por uma empresa terceirizada de pesquisa de mercado. Todos os entrevistados foram questionados sobre sua opinião com base em suas experiências pessoais. As perguntas relativas às soluções tecnológicas abordaram a sua percepção geral e experiência com a tecnologia dentro das suas instalações, incluindo todo o espectro da tecnologia médica, e não fizeram qualquer referência a quaisquer soluções ou fornecedores específicos. O estudo completo pode ser visto aqui.  

 

Hiperdontia: descubra como a condição causa o desenvolvimento de dentes extra na boca

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Além de afetar a estrutura e cavidade oral, essa condição também pode estar relacionada a outras síndromes

 

A hiperdontia é uma condição odontológica causada pelo aparecimento excessivo de dentes na boca. Mesmo parecendo inofensiva, essa condição é capaz de trazer problemas para a saúde bucal dependendo da localização dos dentes extranumerários, visto que eles são formados durante o processo de desenvolvimento da dentição normal. 

De acordo com Letícia Rigo, consultora da GUM®, marca especialista em produtos inovadores para cuidados bucais, a condição pode ser diagnosticada por um dentista através de exames radiográficos e clínico. “Em alguns casos, a doença não causa sintomas ou problemas mais graves, mas em outros pode levar a alterações na mordida ou à falta de espaço para os dentes, exigindo procedimentos como extração ou tratamento ortodôntico”, afirma. 

Na maioria das vezes, o paciente não tem conhecimento do problema até fazer um exame mais detalhado. Apesar disso, o número excessivo de dentes pode causar outros problemas de saúde bucal como impacção dentária, alteração na posição dos dentes, problemas na mordida, dentes permanentes impedidos de crescer adequadamente, além de cistos e tumores. 

A especialista explica que existem alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de dentes extras na boca. “O aumento pode acontecer devido a condições genéticas, alterações na lâmina dentária e algumas síndromes”, pontua Letícia. 

O tratamento para hiperdontia varia de pessoa para pessoa, mas pode incluir desde uma abordagem de espera, até extração dentária ou tratamento ortodôntico. “Por isso é tão importante as visitas regulares ao dentista para obter o diagnóstico correto. Somente o profissional poderá identificar e indicar o melhor tratamento para realinhamento e funcionalidade da região”, finaliza.

 

 GUM®

 

Pesquisa do CEUB revela drástico aumento das doenças sexualmente transmissíveis entre adolescentes

Casos de Sífilis subiram mais de 1.000% entre jovens de 15 a 19 anos no período de 2011 e 2021, com predominância do sexo feminino 

 

A falta de efetividade das políticas públicas de educação sexual expõe os adolescentes às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) no Brasil. De 2011 a 2021, os casos de Sífilis aumentaram 800%, conforme notificações do Ministério da Saúde. Na faixa etária de 15 e 19 anos, foi ainda mais alarmante: subiu 1.109%, com predomínio das mulheres, alerta pesquisa de estudantes de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB). O cenário de propagação das ISTs requer uma abordagem educacional e de saúde pública mais abrangente, indica o estudo. 

Embora a pesquisa aponte redução de 6,79% nos casos de HIV na população geral, entre os adolescentes, a doença cresceu cerca de 18%, com alta notável de 111% nos diagnósticos do sexo masculino e diminuição de 44% do sexo feminino. Em relação à hepatite B, os números mostram redução de 53% no número de casos gerais. Na faixa etária entre 15 a 19 anos, houve redução maior, de 88% entre o sexo masculino e cerca de 86% entre o feminino.  

De acordo com o orientador, o professor de Medicina do CEUB Gerson Pereira, o aumento dos casos de ISTs entre jovens é atribuído a fatores interligados: comportamentos de risco (como a falta de uso de preservativos e múltiplas parcerias sexuais), a falta de educação sexual, a falsa sensação de segurança e o uso de drogas. Também preocupa o desconhecimento sobre os sintomas das doenças, que podem levar a práticas sexuais desprotegidas, e o diagnóstico tardio, já que os jovens não costumam buscar testes e tratamento oportunos.  

“É possível observar um acirramento do conflito no que diz respeito ao papel do Estado na garantia de crianças, adolescentes e jovens de seus direitos e no acesso a eles. Portanto faz-se necessário que as ações nas escolas sejam reforçadas, visando a conscientização da população jovem, a redução dos casos de IST e as gravidezes indesejadas na adolescência”, reforça o Gerson Pereira. 

O estudo mostra a falta de efetividade na implementação das políticas de educação sexual nas instituições de ensino. Como ações de educação em sexualidade, as autoras da pesquisa, Jéssica Maggioni e Luana Albuquerque (20), sugerem a promoção de campanhas na mídia, rodas de conversas entre pais e mestres e a capacitação de educadores, garantindo informações adequadas sobre saúde sexual e reprodutiva aos adolescentes. “A falta de educação sexual nas escolas contribui para a vulnerabilidade desses jovens às ISTs, problemas de saúde pública que demandam uma ação imediata e integrada do Estado”, enfatizam Jéssica e Luana.

 

Base de Dados

O estudo utilizou dados epidemiológicos da plataforma "Tab Net", fornecida pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Sistema Único de Saúde (SUS), e boletins do Ministério da Saúde, no período de 2011 a 2021. Na etapa bibliográfica, foram analisadas as principais políticas de educação sexual no Brasil, com destaque para o Programa Saúde na Escola (PSE). Ativo desde 2007, a ação interdisciplinar entre a saúde e educação visa a promoção da saúde e o fornecimento atenção à saúde a estudantes, contribuindo para sua formação integral. A base do PSE é a articulação entre escolas e atenção primária à saúde.


Câncer de mama na mira da medicina nuclear

Embora a mamografia seja o principal método de rastreamento para o câncer de mama, especialmente em mulheres assintomáticas, a medicina nuclear é cada vez mais relevante para examinar essa patologia.
 

E essa importância da medicina nuclear no enfrentamento ao câncer de mama se dá desde a detecção até o monitoramento da enfermidade. Diversas técnicas são usadas em casos específicos, como parte do estadiamento ou na identificação de metástases, quando há suspeita de disseminação do câncer de mama. 

A seguir, apresento algumas delas:
 

1. Cintilografia óssea: Em alguns casos, o câncer de mama pode se espalhar (metastatizar) para os ossos. A cintilografia óssea é um exame que envolve a injeção de um traçador radioativo na corrente sanguínea. Esse traçador é absorvido pelos ossos, permitindo a detecção de áreas de aumento de atividade metabólica e a presença de metástases ósseas;
 

2. Pesquisa de linfonodo sentinela (SN): Esta técnica da medicina nuclear ajuda a determinar a presença do linfonodo sentinela em pacientes com câncer de mama – este é o linfonodo para o qual as células cancerosas da mama têm mais probabilidade de se espalhar primeiro. A pesquisa de linfonodo sentinela envolve a injeção de um traçador radioativo no local do tumor, seguido da identificação e remoção do linfonodo sentinela para análise patológica;
 

3. PET/CT: A tomografia por emissão de pósitrons (PET) combinada com tomografia computadorizada (CT) é uma técnica que utiliza traçadores radioativos para avaliar a atividade metabólica das células no corpo. O PET/CT é uma ferramenta útil no diagnóstico, estadiamento e monitoramento do câncer de mama em situações específicas. Detalho esses usos a seguir:
 

Estadiamento do câncer
O PET/CT é frequentemente utilizado para determinar o estágio do câncer de mama, especialmente para avaliar a extensão da doença e a presença de metástases em outros órgãos. Isso é particularmente relevante para determinar se o câncer se espalhou para órgãos distantes, como pulmões, fígado, ossos ou cérebro;
 

Avaliação da resposta ao tratamento
O PET/CT monitora a resposta ao tratamento em pacientes com câncer de mama metastático ou localmente avançado. O exame auxilia os médicos a avaliar o quanto o tumor está respondendo à terapia, orientando decisões sobre tratamento subsequentes;
 

Determinação da extensão do envolvimento ganglionar
O PET/CT identifica gânglios linfáticos afetados em pacientes com câncer de mama, o que é importante para determinar a extensão da disseminação do câncer. Os gânglios linfáticos positivos podem afetar as opções de tratamento e prognóstico;
 

Identificação de recorrências
O PET/CT detecta recorrências do câncer de mama após o tratamento inicial. Isso é importante para avaliar se o câncer voltou e, se sim, onde ele se encontra no corpo;
 

Avaliação de massas ou anormalidades suspeitas
Em alguns casos, o PET/CT avalia massas ou anormalidades suspeitas na mama ou na área circundante. Isso pode ser especialmente útil em situações em que outros exames de imagem, como a mamografia, são inconclusivos.
 

A escolha do exame ou técnica a ser usada depende da situação clínica da paciente e das recomendações do médico, que levarão em consideração fatores como a idade da paciente, histórico médico e características da lesão mamária.
 

Cristina Matushita - vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).

 

É possível ser feliz durante o climatério e após a menopausa

 18 de outubro é o Dia da Menopausa


“É possível ser feliz durante o climatério e após a menopausa! Os sintomas têm tratamento. Invista em dieta saudável e atividade física para evitar doenças cardiovasculares e osteoporose, e para viver plenamente saudável!”, recomenda a Dra. Rosália Padovani, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

A menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece dos 45 aos 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da mulher. Cerca de 70% das mulheres atingem a menopausa espontânea ao redor dos 50 anos. Deve-se afirmar que a mulher chegou na menopausa quando ela completa um ano sem menstruar.

 

“O climatério, também chamado de perimenopausa, começa alguns anos antes e vai até alguns anos após a menopausa em si, sendo marcado em particular pela queda dos hormônios femininos: estrogênio e progesterona”, explica Dra. Rosália. Essa fase pode durar muito tempo e a mulher pode apresentar alguns desses sintomas devido, principalmente, à queda do estrogênio: insônia, variação de humor, irritabilidade, dores de cabeça, irregularidade menstrual, secura vaginal, fogachos (calores). As mulheres ainda podem apresentar episódios de sangramento que tendem a ser irregulares e inconstantes. Algumas menstruam várias vezes no mês ou, às vezes, a cada dois, três meses ou até mais.

 

Quando a menopausa acontece antes dos 40 anos, é denominada menopausa precoce, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares (infarto e derrame) e osteoporose, e por isso precisa de acompanhamento. A ciência tem demonstrado que o cigarro está associado à antecipação da menopausa, que pode ocorrer nas mulheres fumantes até dois anos antes da data que seria a esperada para a última menstruação. Os sintomas de menopausa têm tratamento e devem ser avaliados com o acompanhamento de um endocrinologista, em conjunto com o ginecologista.

 

O tratamento se baseia inicialmente em orientações de mudanças de estilo de vida: dieta saudável, atividade física regular, manutenção do peso adequado e suspensão do tabagismo. A terapia hormonal com estrógenos representa a forma mais efetiva de tratar os sintomas da menopausa. A dose da terapia hormonal e forma de administração (comprimidos, gel, adesivos, creme vaginal), assim como os riscos e benefícios do tratamento, devem ser avaliados de forma criteriosa pelo médico que vai acompanhar a paciente. “Mas nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Esse tratamento deve ser individualizado. São consideradas contraindicações absolutas: cânceres de mama e de endométrio, tromboembolismo, hepatopatias agudas e sangramento uterino (hemorragia genital) sem causa identificada”, explica a endocrinologista. 



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Conheça os principais fatores relacionados à enxaqueca

Predisposição genética e desequilíbrio bioquímico cerebral estão entre os principais motivos e fatores de risco associados à doença 

 

A cefaleia ou dor de cabeça é uma experiência humana quase universal. A migrânea, conhecida popularmente como enxaqueca, afeta cerca de 30 milhões de brasileiros. É uma condição neurológica incapacitante, cujo sintoma principal é a cefaleia, e que costuma se manifestar na puberdade, com um pico de incidência aos 30-40 anos, afetando mais indivíduos do sexo feminino e tendendo a melhorar com a menopausa.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a enxaqueca está entre as complicações mais incapacitantes do mundo e, em 31% dos seus portadores, provoca grande impacto negativo na qualidade de vida globalmente, ou seja, nas relações, no trabalho e no lazer. Além da dor de cabeça, irritabilidade, náuseas e vômitos são alguns dos principais sintomas da doença. 

 

De acordo com a Dra. Jackeline Barbosa, vice-presidente da área médico-científica da Herbarium, indústria farmacêutica líder e referência em Fitoterapia no Brasil, dentre os principais fatores associados à enxaqueca, estão a predisposição genética, fatores neuroquímicos e ambientais, que desempenham um papel significativo na vulnerabilidade à enxaqueca. Assim, quando um ou ambos os pais têm enxaqueca, haverá maior probabilidade de desenvolvê-la. 

 

Outro fator que deve ser levado em consideração são as variações hormonais, como aquelas que ocorrem durante o ciclo menstrual, e que podem desencadear as crises de enxaqueca. Isso explica por que muitas mulheres relatam enxaqueca antes ou durante a menstruação”, explica a Dra. Jackeline.

 

Adicionalmente, outras condições podem contribuir para as crises, como estresse, insônia, fumo e consumo de bebidas alcoólicas em excesso. Segundo a especialista, é importante ressaltar que o paciente deve procurar orientação médica para descobrir as causas da enxaqueca e avaliar, junto ao profissional responsável, o tratamento que melhor corresponde ao seu diagnóstico. 

A prescrição de qualquer tipo de medicamento deve ser realizada por profissionais habilitados. Por isso, antes de iniciar o tratamento, é recomendado consultar um especialista. “Vale lembrar ainda, que a mudança no estilo de vida, investir em alimentação equilibrada, sono regular e prática de exercícios físicos são medidas essenciais e que também auxiliam a minimizar as crises”, conclui a médica.

 Herbarium

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