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domingo, 8 de outubro de 2023

Decorando o quarto das crianças com encanto e funcionalidade


Cores, estampas e tamanhos são pontos que devem ser considerados na hora de decorar o quarto da criançada

 

O Dia da Criança está chegando e nada melhor do que aproveitar a data para redecorar o quarto dos pequenos. Pensando nisso, Tatiana Hoffmann, gerente de produtos da  Bella&Co, maior fabricante de cortinas da América Latina, listou as cores, que despertam a imaginação e a criatividade deles e também apontou o tipo de tecido e o tamanho ideal para as cortinas nesse ambiente da casa.

“Entendemos como o desenvolvimento infantil é importante e sabemos que as cores podem contribuir com isso, além, claro, de enfeitar e tornar o quarto um ambiente agradável para os pequenos. Por isso, a Bella&Co está sempre ligada nas tendências e preferências infantis, indicando a combinação de tons perfeita para enfeitar e garantir uma perfeita noite de sono, diz Tatiana Hoffmann. 

O verde como o azul são cores que têm efeitos calmantes e relaxantes, além de estimular a busca por soluções criativas. Inserir elementos com essas cores pode ajudar a despertar o interesse na criatividade infantil, seja nas paredes, cortinas ou nos itens decorativos.

Painel de parede Kids - Foguete

O amarelo, muito associado ao estímulo do bom humor, além de aumentar a capacidade de concentração e foco da criança. Pode ser utilizado no tom pastel, deixando o ambiente mais aconchegante, próprio para crianças mais novas.

O rosa, sempre associado com imagens de doçura e leveza,  pode ser inserido juntamente com outras cores, inclusive com tons mais fortes, como o vermelho, que é uma cor estimulante, neste caso a recomendação é usar em conjunto com o branco para neutralizar o ambiente, assim você agrada a preferência da criança, ou mesmo a sua, e ainda traz um toque de calma para o local. 

Cortina Rústica Colore 2,60m x 1,70m Indicado para varão de 1,00m até 1,50m de largura Girls Rose

Para o sono, o escuro é fundamental

Além de embelezar qualquer cômodo da casa, as cortinas também ajudam a garantir uma boa noite de sono. Dormir no quarto escuro é sempre a melhor opção - isso vale para crianças e adultos - porque a luz pode ser prejudicial ao sono e pode, inclusive, retardar nosso processo de adormecer. 

Para garantir esse escurinho, escolha as cortinas com blackouts tecidos, pois elas conseguem controlar de forma adequada a incidência de luz o ambiente, garantindo o conforto do sono da criança.


Comprimento das cortinas para o quarto das crianças

Sobre o comprimento, a especialista lembra que  há algum tempo era comum que as cortinas para o quarto das crianças fossem curtas, no entanto, isso mudou, e hoje é mais comum ver cortinas compridas, chegando no chão também nesse ambiente.


Tecidos leves e estampas infantis

Escolha tecidos leves e alegres que reflitam a energia e a vivacidade das crianças. Estampas divertidas de personagens sempre transformam a cortina em um elemento cativante no quarto.

Corta Luz tecido Homem Aranha 2,60m x 1,70m Spider-Man


 Bella&Co


Flores da Primavera: plantas orientais trazem cores e beleza para decoração de casa

Plantio ajuda a purificar o ambiente, além de conferir mais vitalidade e aconchego aos moradores. Confira os significados e dicas de como mantê-las


No Japão, as pessoas possuem uma relação muito próxima à natureza, acreditam que cada planta possui um significado, e remete a algo específico. Poucos sabem, mas algumas dessas plantas milenares se adaptam muito bem ao clima tropical brasileiro e são conhecidas por aqui, como é o caso da hortênsia, da azaléia e da camélia. 

Além de deixarem a casa mais bonita e cheirosa, essas plantas de beleza exótica preenchem e transformam o lugar, conferindo uma sensação de serenidade, alegria e aconchego. Também possuem propriedades terapêuticas, conferindo bem-estar e saúde física e emocional aos moradores. A arquiteta do Grupo A.Yoshii, Ana Paula Pimentel, ressalta a importância de considerar as condições de luz e umidade de cada ambiente antes de escolher as plantas. “Na hora da compra, é preciso prestar atenção se o local onde a planta ficará recebe luz solar direta e em quais horários, pois a intensidade da luz varia ao longo do dia. Existem espécies que preferem ambientes sem exposição direta do sol, enquanto outras necessitam da luz solar. A regra também varia de acordo com a espécie. A escolha depende ainda da rotina da pessoa, e é importante ponderar com que frequência será possível regar as plantas durante a semana”, explica.

De modo geral, as plantas possuem a capacidade de purificar o ar e melhorar o clima dentro de  casa, agregando significado e beleza ao ambiente. A flora japonesa é abundante e possui ampla variedade de plantas e flores exóticas. No Brasil, há diversas opções disponíveis. Confira diferentes tipos de plantas orientais, seus significados e dicas de como cultivá-las abaixo: 


Bambu da Sorte

Envato

Significado: o Bambu da Sorte apresenta características místicas, principalmente, quando oferecido como presente. Na tradição oriental, acredita-se que o Bambu da Sorte deve ser presenteado em ocasiões que marcam um novo começo, como mudança de casa, casamento, nascimento de uma criança ou conquista de um novo emprego. Além disso, o significado pode variar de acordo com a quantidade de caules presentes no vaso de plantas. Por exemplo, um caule simboliza sorte na vida, enquanto dois caules são destinados a promover a união e, portanto, são indicados para atrair sorte no amor. A definição varia de acordo com a quantidade.

Como cuidar: a planta não necessita de muita manutenção. A atenção deve ser voltada para a luminosidade, pois a espécie não suporta luz solar direta. Além disso, regue a muda de forma alternada, a cada dois ou três dias, dependendo do clima do dia: se estiver quente, regue com menos água; se estiver mais frio, aumente o volume.

 

Cerejeira (Sakura)

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Significado: considerada a “flor nacional do Japão” por conta da vasta variedade de espécies presentes no país. Significa beleza, feminilidade, amor, felicidade, renovação e esperança. Depois de florescer, dura no máximo três dias e, por isso, também simboliza a importância de desfrutar cada momento da vida. 

Como cuidar: para plantar, é importante que haja bastante espaço disponível no solo, pois a árvore cresce bastante. A cerejeira japonesa não exige muitos cuidados. Seu ponto de maior atenção é em climas muito quentes, já que a espécie prefere temperaturas mais baixas. A rega pode ser feita a cada dois dias quando a árvore já estiver desenvolvida; antes disso, o ideal é que a frequência seja um pouco maior. Apesar de preferir climas mais frios, em relação à luminosidade, é uma árvore que gosta de sol pleno.

 

Bonsai

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Significado: originário da China, mas difundido no Japão, o bonsai, que significa "plantado em um vaso", simboliza respeito e a previsão de prosperidade. Representa paz, harmonia, equilíbrio, paciência, felicidade e honra.

Como cuidar: os bonsais precisam de exposição de três horas ao sol. Em relação à quantidade de água, varia com a espécie, mas é importante não deixar a água secar. Quanto mais jovem a planta, mais cuidados são necessários. Além da modelagem e da poda, à medida que o bonsai cresce, é preciso transplantá-lo para um vaso maior.

 

Flor de Lótus 

Envato

Significado: essa planta japonesa apresenta inúmeros significados, como graciosidade, elegância e perfeição. Acredita-se também na pureza do corpo e da mente, bem como no renascimento, uma vez que, mesmo florescendo sobre a lama, permanece resistente e bonita. É utilizada para fins ornamentais, meditativos e culinários.

Como cuidar: a flor de lótus é uma planta aquática, por isso exige alguns cuidados especiais para crescer bonita e saudável. Não é necessário regá-la, já que as suas raízes ficam submersas na água. No entanto, a planta é muito delicada, e é importante ficar sempre atento à qualidade da água do ambiente. Para o plantio em vasos, é essencial usar água, matéria orgânica e terra de qualidade para garantir as condições ideais. Em ambientes ensolarados, ela encontra melhores condições para florescer e crescer saudável. 

 

Lanterna Japonesa (Abutilon)

Envato

Significado: pertencente à família Malvaceae, a forma pendente e coloração exuberante dão um toque especial à planta, que simboliza a delicadeza e o lado exótico da natureza.

Como cuidar: o recomendado é regar duas vezes por semana, especialmente durante as estações mais quentes do ano, mas com cuidado para não encharcar o solo. Para garantir que a sua Abutilon tenha sempre os nutrientes necessários, é importante adubar com fertilizantes orgânicos a cada seis meses, de preferência em horários em que o sol está menos intenso. Ela cresce rapidamente e pode alcançar de 2 a 3 metros de altura. A planta é tolerante ao frio e se desenvolve bem quando plantada em pleno sol ou à meia sombra.

 

Grupo A.Yoshii
www.ayoshii.com.br


sábado, 7 de outubro de 2023

Eclipses de 2023 jogam luz ao tema das Relações Humanas

Freepix 

Terceiro e quarto Eclipses do ano de 2023 acontecem em outubro


A astróloga Virginia Gaia destaca: "O ano de 2023 terá, ao todo, quatro eclipses: um solar total, um lunar penumbral, um solar anular e um lunar parcial. Destes, dois deles acontecem no eixo formado pelos signos de Áries e Libra e outros dois, no eixo entre Touro e Escorpião. Os eclipses acontecem sempre em pares e seguem um ciclo bem definido e conhecido desde a Antiguidade, chamado de Ciclo de Saros. Os temas regidos pelos signos do eixo eclipsado ficam em evidência no período."  

Enquanto Áries e Libra tocam especialmente no equilíbrio entre a individualidade e o que realizamos junto ao outro, Touro e Escorpião falam exatamente sobre reter e transformar em conjunto. 

 Os eclipses têm repercussão tanto individualmente, dependendo de onde acontecem em relação ao mapa astral, como também afetam a coletividade. Globalmente, temas como a diplomacia e as relações comerciais entre diferentes países devem passar por profundas mudanças ao longo de 2023.  

Vale lembrar também que os eclipses de 2023 ativam importantes movimentações celestes que dão o tom dos próximos meses, como a passagem de Júpiter pelos signos de Áries e Touro. Assim, ademais das questões relacionais e materiais, a simbologia dos eixos afetados pelos eclipses é também bastante rica no que tange aspectos imateriais, como estética e justiça, além de tocar em assuntos tabu como a relação com o poder, a morte e a sexualidade. Com os eclipses acontecendo nessa área do céu, cuja simbologia toca profundamente as relações humanas, 2023 inspira muitas reflexões sobre o que está na dimensão entre o eu e o outro. 

Os dois primeiros eclipses de 2023 aconteceram em 20 de abril, no signo de Áries (solar total) e em 5 de maio, no signo de Escorpião (lunar penumbral).

 Confira detalhes dos dois últimos eclipses de 2023, lembrando que mapas astrais com planetas pessoais a até 5 graus de distância de onde acontece cada um dos eclipses são diretamente afetados por eles, por um período que pode chegar a até seis meses. Para calcular gratuitamente o mapa astral e saber o ponto exato onde acontece cada um dos eclipses, pode-se ir a este link: www.virginiagaia.com.br/mapa-astral-gratuito

 

- 14 de outubro: Eclipse Solar Anular – Sol e Lua aos 21°08’ do signo de Libra

Visível no Brasil, o eclipse fará com que a Lua Nova aconteça com o Sol sendo encoberto pelo nosso satélite natural. Em seu ápice, o eclipse deixará visível apenas um anel formado pelas extremidades do astro-rei. Com o Sol e a Lua unidos no signo Libra, teremos os dois luminares da astrologia em tensão com Plutão, o grande transformador das dinâmicas de poder. Evocando mais equilíbrio e acesso às figuras de autoridade, essa Lua Nova e Eclipse Solar Anular inspira senso de justiça, no mais amplo sentido da palavra. Em conjunção ao ponto exato onde acontece o eclipse, teremos Heze, a estrela Zeta da Constelação de Virgem. Localizada no quadril da jovem que representa a colheita, no céu, Heze remete à vida do trabalhador comum e à fertilidade que vem daquele que sabe olhar para as coisas simples da vida.   

 

- 28 de outubro: Eclipse Lunar Parcial – Lua aos 05°09’ do signo de Touro

De mãos dadas com o planeta Júpiter, também em Touro, a Lua Cheia taurina será parcialmente encoberta pela sombra da Terra projetada em em nosso satélite natural. Levando atenção a todos os temas econômicos de maneira geral, a Lua Cheia remeterá à prosperidade e à expansão de riqueza. Alinhada e, portanto, na mesma longitude da Lua Cheia eclipsada parcialmente, estará Sheratan, a estrela Beta da Constelação de Áries. Sinalizando o meio da cabeça do carneiro que homenageia o rico e mítico Velocino de Ouro, Sheratan simboliza a força de realização, o ímpeto da geração de riqueza e da fertilidade. 

 

Virginia Gaia - Astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas. Com presença constante como especialista em diversos meios de comunicação, é colaboradora fixa de conteúdo na Istoé. Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada há mais de 20 anos, Virginia é também sexóloga profissional e, em sua abordagem terapêutica, une conceitos das áreas de desenvolvimento da espiritualidade, da afetividade e da sexualidade para estimular o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos melhores.
www.virginiagaia.com.br


Dia das Crianças: Brinquedos de papelão prometem encantar


“Eu Amo Papelão” traz para o mercado criatividade e a sustentabilidade representados pela Casa Encantada e o Foguete Monstruoso; produtos prometem soltar à imaginação

 

O Dia das Crianças está se aproximando e não há maneira mais gratificante de celebrar a ocasião presenteando a garotada com algo que desperte a criatividade e a imaginação. 


Pensando nisso, a “Eu Amo Papelão”, a marca do Grupo Mazurky – indústria renomada no segmento de embalagens de papelão ondulado – reconhecida por sua produção de brinquedos sustentáveis, lança neste ano as versões ilustradas de seus brinquedos: a Casa Encantada e o Foguete Monstruoso.

 

Com o intuito de proporcionar às crianças uma experiência única e extremamente divertida, os brinquedos podem ser montados e desmontados a qualquer momento, além de serem facilmente transportáveis para qualquer lugar. Eles também veem com tintas, canetas e lápis coloridos. Tudo à disposição para a imaginação e a criatividade que são estimuladas, permitindo à garotada personalizar seu brinquedo de forma única.

 

“A nossa proposta é criar momentos de exploração, interação e conexão, por meio de brincadeiras que não apenas respeitem, mas também estimulem o desenvolvimento individual e a imaginação de cada criança. Além disso, o nosso compromisso com a sustentabilidade é inabalável, visto que todos os nossos brinquedos são fabricados exclusivamente com materiais recicláveis, incentivando uma conexão mais profunda com a natureza. Estamos entusiasmados com os lançamentos”, afirma Eduardo Mazurkyewistz, proprietário da “Eu Amo Papelão” e diretor do Grupo Mazurky.

 

A Casa Encantada e do Foguete Monstruoso são ilustrados com tecnologia de impressão em alta resolução, diretamente no papelão. O equipamento reproduz imagens com qualidade fotográfica, garantindo que a nova versão ilustrada dos brinquedos mais famosos da marca estimule não apenas a criatividade, mas também desperte um mundo de possibilidades.

 

De acordo com executivo, todo esse processo, que envolve a montagem e a pintura, proporciona mais do que apenas diversão; ele oferece uma série de benefícios para o desenvolvimento infantil, incluindo o estímulo ao raciocínio lógico, a melhoria da coordenação motora, além de contribuir para a construção da confiança e da segurança.

 

As versões ilustradas refletem o compromisso contínuo da marca em proporcionar experiências únicas e divertidas tanto para as crianças quanto para os pais, criando oportunidades para a construção de memórias preciosas e compartilhamento desses momentos especiais. “Este é o modo de celebrar o Dia das Crianças de forma significativa e sustentável, oferecendo às crianças a chance de explorar, criar e se conectar com o mundo ao seu redor, enquanto se divertem com brinquedos verdadeiramente únicos”, diz Mazurkyewistz.

 

Eu Amo Papelão
euamopapelao.com.br


Grupo Mazurky


Uma vida sem o celular pode ser um bom presente para o Dia das Crianças


O celular já faz parte da vida de muitas pessoas desde a infância, mas qual é a real necessidade desse pequeno aparelho na vida das crianças? Essa é uma pergunta que precisa ser respondida para que possamos mudar de ideia sobre nossa decisão.

Temos cinco filhos de idades variadas. Dizemos que aqui em casa nossos desafios vão da fralda ao absorvente, e quem tem filhos sabe que o controle de telas na vida dos pequenos é um desses desafios.

Aqui isso não é problema, e quero contar por que e como nossos filhos vivem.

Quando nossa filha mais velha completou 12 anos de idade, resolvemos dar um celular para ela, condicionado ao bom desempenho na escola e, claro, tendo nossa total supervisão sobre o conteúdo acessado. No primeiro ano, o acordo não foi cumprido, então ela perdeu o celular sem muitas explicações até que recuperasse as notas. Assim que isso aconteceu, o celular foi devolvido, desta vez com regras mais claras.

Nesse quesito acreditamos que a maioria dos pais se perde por não ter combinados claros com os filhos. No nosso caso, o combinado foi por escrito. Entre as regras estavam: tempo de utilização, conteúdos que não poderiam ser acessados, aplicativos não condizentes com a idade, comentários maldosos em redes sociais, falar com desconhecidos, tirar notas abaixo da média, levar celular para o quarto à noite e até mesmo ao banheiro, tudo muito explicado e num acordo assinado. Dependendo da falta, o celular poderia ser retirado sem data prevista de devolução. Então, mais uma vez, tiramos o celular, sem previsão de data.

Agora temos um celular da família, para o qual os amigos podem mandar mensagens. Quando saem para um compromisso, nossos filhos levam o celular e devolvem na chegada; para jogos, temos o videogame; para consultas escolares, o computador; quer ver um filme, é na TV – e mesmo assim todos sabem por quanto tempo podem assistir.

Com essas atitudes presenteamos nossos filhos com uma das maiores raridades do mundo, o tempo livre. Assim, eles podem estudar, brincar, inventar, aprender um instrumento musical, ler, pintar, desenhar ou não fazer absolutamente nada.

O celular para nós, adultos, na maioria do tempo é um instrumento de trabalho, de consulta, aliás muito útil, porque já temos idade para saber o que ver, como usar, e mesmo assim diariamente as pessoas caem em golpes. Crianças e adolescentes ainda não sabem os riscos e as consequências do mal uso, por isso precisam ser orientados, sem contar que inúmeras pesquisas demonstram que o uso excessivo de telas prejudica o desenvolvimento cognitivo das crianças.

Você deve estar perguntando: quando eles poderão ter celular? Acreditamos que será em doses homeopáticas, com supervisão e responsabilidade. A regra será liberdade com responsabilidade e, se isso não acontecer, terão quando tiverem independência para adquirir seus aparelhos e pagar a conta.

Se temos tantas restrições com o celular, por que nossa família está nas redes sociais? Em nenhum momento duvidamos da importância e da utilidade de um celular; existem conteúdos inspiradores nas redes, informação de qualidade, profissionais competentes mostrando suas atividades e serviços que beneficiam a humanidade. O que questionamos é a capacidade de uma criança ou adolescente de discernir o que é bom e ruim, e isto se adquire com o tempo.

As crianças não podem trabalhar antes dos 16 anos de idade, mas podem ficar por horas inertes em frente a uma tela sem movimentar o corpo e utilizar a mente para criar. Também é recomendado que crianças e adolescentes não mexam em objetos cortantes ou com panelas no fogão, consumam bebidas com álcool ou dirijam veículos. O motivo? Porque não é recomendado para crianças e adolescentes, é arriscado, eles ainda não estão preparados.

O mais importante mesmo é que poupamos nossos filhos por amor, cuidado, proteção e segurança. O limite é uma forma de amar, pais que amam dizem não.

Sabemos que, se tivéssemos cometido o erro de deixar nossos filhos por conta das telas por tempo indeterminado, seria um grande desafio tirá-los dessa dependência, então recomendamos que os pais que ainda não o fizeram, façam com cautela e regras claras. Para os que percebem que o celular afastou seus filhos do próprio convívio familiar, sugiro que reforcem a dose de amor e de empenho, mostrando que existe uma vida interessante além da tela. Se não encontrar essa vida para oferecer a seu filho, ai está um grande presente para o Dia das Crianças. Ofereça o que você tem de mais precioso: seu tempo.

A infância e a adolescência duram pouco tempo, mas representam a maior parte do tempo que você passará ao lado deste ser que o universo lhe presentou para chamar de filho.

 

Sobre o livro Paiciência


Lançamento da Editora Gente, Paiciência – Lições práticas de uma família inspiradora e nada convencional, Geninho Goes apresenta, de forma cativante e sensível, a realidade da paternidade, os desafios, os aprendizados e a importância de estar presente na vida dos filhos. Casado há 15 anos com o empresário Eduardo Domingos, ele mergulha o leitor no cotidiano de sua família, compartilha sua emocionante jornada, desde a adoção da primeira filha até o processo de acolhimento de seus quatro irmãos, e oferece uma visão profunda e sensível sobre a paternidade adotiva. Com uma narrativa sincera e repleta de exemplos do dia a dia, o livro é também uma celebração da diversidade.

“Desde que a minha primeira filha chegou, comecei a escrever sobre as experiências vividas, minhas impressões sobre a paternidade, os desafios e o que tudo isso significava”, explica Geninho Goes. Seis anos após a primeira adoção, e com a chegada dos irmãos, percebi que as experiências, embora com algumas semelhanças, eram vividas com mais leveza, segurança e assertividade. Foi nesse momento que percebi que a vida tinha me dado um aprendizado prático, e que toda essa experiência poderia transformar a vida de mais pais e mães, e assim de mais crianças.”

Paiciência se destaca por sua abordagem compassiva e esclarecedora e chama a atenção para situações cada vez mais comuns: pais e mães ausentes que enfrentam dificuldades em conciliar suas responsabilidades do dia a dia com a educação dos filhos, a falta de tempo para o autocuidado, a perda da paciência com as demandas das crianças, a sobrecarga de tarefas que muitas vezes se concentram na mãe e ainda a dificuldade de impor limites.

“Conhecendo a realidade das crianças que vivem em abrigos, principalmente grupos de irmãos e crianças com mais de 6 anos, pensei que poderia influenciar mais pessoas para a adoção, mas depois percebi que existe um outro universo, que são as crianças órfãs de pais presentes, filhos de gente ocupada demais com o trabalho, com o consumo, e que de certa forma precisa encontrar um tempo para seus filhos”, reflete Goes. “A minha vida e a do meu companheiro também foram marcadas pela ausência de pai e pela vida dura da mãe solo. De certa forma, esta obra é um jeito de amenizar uma dor que vivemos e assim quebrar nossos ciclos, dos nossos filhos e dos leitores.”

Explorando a parentalidade na prática, Paiciência oferece orientações valiosas de forma despretensiosa e inspira os leitores a abraçar a paternidade com dedicação e entrega.

“O livro é sobre amor de pai e de mãe, sem rotular e sem tratar de qualquer gênero. As crianças que estão nos abrigos à espera de uma família querem mesmo é se sentir amadas, por um papai, uma mamãe, dois papais, duas mamães, não importa, porque colo, carinho, afeto e abraço não têm gênero. Se tem uma bandeira que levanto, essa bandeira é a do amor. Faço isso diariamente, porque o amor cura”, finaliza o autor.

Paiciência – Lições práticas de uma família inspiradora e nada convencional reforça a importância do amor, da paciência e da paternidade presente. Diferente de uma abordagem acadêmica, apresenta dicas do mundo real para lidar com os desafios que todos os pais e cuidadores enfrentam. A obra abrange uma variedade de tópicos relevantes, como a importância do diálogo, da tolerância e do respeito mútuo, além de estratégias para lidar com momentos de tensão, dificuldades na escola e outras situações comuns no cotidiano familiar. 

 

Geninho Goes - empresário multifacetado, escritor, professor e palestrante. Sua trajetória é marcada por participações em programas de televisão, volta ao mundo, cargos importantes e sucesso profissional. Toda essa experiência se revelou um preparo único para sua verdadeira vocação: ser um pai por ofício. Geninho e seu companheiro Duda se tornaram pais de cinco crianças da noite para o dia, inspirando milhares de famílias, mães e pais que buscam o equilíbrio entre casa e trabalho. Ele lidera o movimento inovador Paiciência na Prática, amplamente reconhecido nas redes sociais.


Tesouros do coração

A casa de tijolinhos rústicos alinhava-se ao propósito dos moradores, que buscavam a simplicidade no viver. Àquela época do ano, a fachada iluminava-se com pisca-piscas natalinos. A decoração se estendia ao interior da residência, onde uma imensa árvore fora decorada com capricho; os presentes jaziam ao pé dela, esperando o momento propício para serem distribuídos. Um aparador, ao canto, exibia porta-retratos com momentos vividos pelo casal – hábito adquirido depois que enfrentaram uma tormenta que se prolongou por longos meses até que amainasse. Ele temeu que ela não conseguisse extirpar a dor, mas confiou e esperou que a companheira sentisse com toda a intensidade. Havia esperança em seu coração. Por fim, ela escolheu o amor e emergiu da tempestade na qual sua alma havia mergulhado. Ali, num momento partilhado apenas pelos que se reconhecem de verdade, selaram um acordo sem palavras, algo tão forte que os uniu por toda a vida. Depois de tudo, decidiram registrar mais experiências, conservando o hábito de manter fotografias e souvenirs de viagem pela casa.

Em meio à profusão de porta-retratos, um olhar mais arguto se deteria numa imagem de um casal sorridente; no canto inferior esquerdo, com uma caligrafia apagada pelo tempo, ainda se podia ler “de novo é abril”. Nos anos que se seguiram, aquele casal construiu memórias, realizou sonhos, consolou-se mutuamente nas adversidades da vida. Juntos, adotaram um cachorro; depois outro, e outro. Naquele lar havia harmonia, amor, flores e alegria de viver.

Numa noite, o vento soprava mais forte que o habitual. No quarto, no andar superior da casa, ela logo se lembrou de um romance lido ainda na infância, Ana Terra, escrito por Érico Veríssimo, quando a personagem associava a ventania a um evento significativo em sua vida. Na obra, Ana divagava: “Sempre que me acontece alguma coisa importante, está ventando”. Cercada de livros, a dona daquela casa buscava na memória uma personagem para cada ocasião e era capaz de lembrar-se de trechos inteiros das obras que havia lido.

Ao retornar daquele momento de distração, notou que o companheiro não estava no quarto. Então, desceu as escadas silenciosamente, certa de que o encontraria no mesmo lugar de sempre.

Na sala, o sofá cuidadosamente posicionado era testemunha de que alguém costumava sentar-se ali diariamente para admirar as luzes que brilhavam na árvore montada ainda em meados de novembro, para que a magia permanecesse por mais tempo. Na penumbra, ela o viu. Em silêncio, aconchegou-se ao lado dele, e, abraçados contemplaram juntos as luzes de Natal. Havia paz e segurança naquele gesto de carinho. Lá fora, a ventania. E ela teve certeza de que Ana Terra tinha razão. Outrora, os ventos haviam também lhe trazido algo importante e duradouro. Ali, naquele abraço, estava seu tesouro, onde repousava seu coração.

 

Tânia Lins - formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Língua Portuguesa e Comunicação Empresarial e Institucional. Atua há quinze anos na área editorial, com experiência profissional e acadêmica voltada à edição, preparação e revisão de obras, gerenciamento de produção editorial, leitura crítica e coaching literária. Atualmente é coordenadora editorial na Editora Vida & Consciência.



Cultive o contentamento neste Dia das Crianças

 

Freepick

Uma das caraterísticas mais peculiares da parentalidade moderna é a competividade que os pais sentem que devem instigar em seus filhos. A minha esposa e eu falamos três línguas em casa, levamos nosso filho de um ano a aulas de música e frequentamos um grupo de suporte para mães – bom, eu fui uma vez.

Como acabamos deste jeito? Tudo começou quando um pai me contou que seu filho assistia aos filmes do Baby Einstein. “Temos que pressionar nossos filhos a se tornarem gênios já quando são bebês?”, questionei. Mas minha indignação acerca daquela brilhante série não me poupou de fazer o Pietro assistir ao Baby Van Gogh, caso pudesse dar uma turbinada nele. As cores que se moviam pela tela não capturaram sua atenção. Convenci-me de que era porque o Pietro já era avançado demais.

Mas a nossa grande tentativa de turbinar o cérebro do nosso filho de apenas um ano foi levá-lo às aulas de natação no sábado pela manhã. “Era um investimento no seu futuro”, dizíamos a nós mesmos. Neste mundo competitivo, é preciso começar cedo. Alguém aí sabe quando os chineses começam a levar seus filhos à piscina?

Aos olhos do Pietro, todavia, tudo era mágico e divertido. Ele batia na água com suas mãozinhas e gritava de alegria. Eu o segurava de barriga para baixo, para que pudesse flutuar e descobrir a piscina. Outros bebês gostavam das boias ou dos bichinhos de plástico que flutuavam, mas o Pietro queria colecionar as bolinhas coloridas, até seus braços transbordarem.

Admito: me divertia muito. Depois de um tempinho na piscina, o esforço da vinda era ofuscado pela sua alegria. Me sentia feliz de estar ali. Percebi ser um momento para simplesmente estar presente e deixar que ele ditasse a agenda. Aquilo me fez notar o que eu perdia quando permanecia em meu mundo, ansioso por colecionar a minha próxima bola e com medo de deixar uma das minhas bolas atuais cair. Podia ver sua satisfação de ter o pai só para ele e focado no que realmente o interessava.

Quando chegávamos ao carro, eu notava sentimentos interessantes dentro de mim: contentamento, afeição, gratidão... Nossas aulas não se destinavam a colocá-lo na frente da corrida contra os chineses. Pelo contrário, ajudavam-me a ser presente na vida do meu filho e a vislumbrar o milagre que crescia diante de meus olhos.

Divulgação
 Editora Mundo Cristão
Para mim, o Dia da Criança é um lembrete anual de cultivar o contentamento em uma sociedade que transfere a ansiedade para os filhos. Meu conselho: deixa as atividades extracurriculares de lado. É hora de voltar a ser criança também!


René Breuel - escritor paulistano que mora em Roma, na Itália. Autor da obra Não é fácil ser pai (Mundo Cristão), possui mestrado em Escrita Criativa pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e em Teologia pelo Regent College, no Canadá. É casado com Sarah e pai de dois meninos, Pietro e Matteo.

 

Mãe solo: quais os principais desafios e como lidar com eles

A psicóloga Monique Stony explica que, quando se é mãe solo, é preciso buscar alternativas para superar obstáculos comuns


A maternidade costuma apresentar desafios para qualquer mulher, afinal, são muitas as mudanças. E para quem é mãe solo as dificuldades e necessidades de adaptação costumam ser ainda maiores, já que é preciso encarar, muitas vezes, desde responsabilidade financeira até a falta de uma rede de apoio. Como fazer?

Essa, infelizmente, é a realidade da maioria das mães no Brasil. Segundo pesquisa do DataFolha, 55% das mães no país vivem uma maternidade solo e, na maioria das vezes, sem apoio e com escassez de renda financeira. 

De acordo com Monique Stony, psicóloga, executiva de Recursos Humanos e autora do livro “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, lançado recentemente pela Editora Gente, esse número pode ser ainda maior, pois muitas mães criam filhos sozinhas, mesmo que dividam o teto com um parceiro. Dessa forma, vivem a maternidade solo, mesmo que ainda não tenham se dado conta disso. 

Quando uma mãe não tem com quem equilibrar as demandas, pode se sentir bastante sobrecarregada. “É especialmente difícil se não houver apoio financeiro do pai da criança ou se a responsabilidade total pelas necessidades do filho estiver com ela. Isso pode levar a altos níveis de estresse e fadiga. Além disso, algumas mães solteiras ainda enfrentam julgamentos da sociedade, o que pode ser desafiador do ponto de vista emocional”, avalia. 

Segundo a psicóloga, outro problema é a falta de tempo para as mães solo cuidarem de si mesmas, o que pode afetar a sua saúde física e mental. “Cuidar de si mesma é importante para que esteja bem para cuidar do filho, mas sabemos que isso acaba sendo um privilégio de poucas. No geral, as mães solo estão lutando para a sobrevivência própria e dos filhos. 

Por isso, precisamos lutar por políticas públicas e privadas para a inclusão da mulher. Não é aceitável que ela pague toda a conta sozinha. Enquanto não vemos transformação, precisar comunicar e fortalecer mulheres nessa situação com ferramentas que as ajudem a lidar com tamanhos desafios. É o que Monique traz no seu método ALTA, que explica detalhadamente em seu livro. 

Nesse contexto é fundamental montar alianças. Na falta de um parceiro, busque o suporte de familiares, amigos e até grupos de apoio para criar uma rede confiável. Existem muitas mulheres em situações similares e é possível buscar ajuda e ajudar”, sugere. 

Outra orientação de Monique é ter um plano organizado para equilibrar as obrigações da maternidade com o trabalho. “É ainda mais importante definir prioridades e viver um dia de cada vez. Além disso, é importante estabelecer metas realistas e não exigir demais de si mesma. Comemore cada pequena conquista!”, aconselha. 

Segundo Monique, quem é mãe solo precisa saber pedir e aceitar ajuda quando ela for oferecida. “Todas as mães precisam de auxílio de alguma forma, e quem está com a responsabilidade inteira para si, precisa contar com auxílio para realizar uma tarefa doméstica ou fazer uma atividade com a criança quando a mãe não puder estar presente”, diz. 

A psicóloga também recomenda a busca por um profissional do Direito para que a mãe possa conhecer os seus direitos e os das crianças. “Muitas vezes o pai não participa do dia a dia, mas ele tem, sim, obrigações financeiras legais que podem ajudar a aliviar parte das questões”, conclui.



Monique Stony - psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e escritora do livro best-seller "Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, que tem como propósito ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade. Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.
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Para as crianças, o melhor presente é a companhia: 5 dicas para estreitar a relação com os filhos


Neste Dia das Crianças, o médico pediatra, psicanalista e especialista em educação familiar, Fausto Flor Carvalho, explica que pequenas atitudes diárias podem transformar os relacionamentos em família
 


Pode até parecer óbvio ou clichê, mas momentos de qualidade com os filhos significam mais para eles do que ganhar aquele tão sonhado brinquedo no Dia das Crianças. É por isso que o pediatra, psicanalista e especialista em educação familiar, Fausto Flor Carvalho, explicita a importância de pais terem uma participação ativa no dia a dia dos pequenos, mesmo que a rotina de trabalho pareça impedir esse acompanhamento regular.

Autor de Pai Sem Sacrifício, ele garante que há formas de driblar os desafios cotidianos para estar presente em todos os aspectos da vida das crianças. Até porque foram métodos que o médico implementou na prática: quando começou a passar mais tempo com um dos filhos, percebeu mudanças positivas no comportamento do menino em relação aos estudos e às atitudes.

Abaixo, você confere 5 dicas propostas pelo Fausto Flor Carvalho para ter maior proximidade com os filhos:


1 - Seja proativo: Separe um dia da semana para exercitar a proatividade. Chame seus filhos para brincar de casinha, ou saia para pedalar com eles. Separe um momento para conhecer os interesses deles, mas também compartilhe os seus. Use sempre a imaginação para trabalhar a criatividade junto com as crianças.


2 – Converse: Deixe o celular distante por pelo menos alguns minutos do dia e converse com os filhos. Depois de um expediente cansativo no trabalho, dê a eles uma atenção plena e crie momentos únicos. Mesmo com alguns minutos diários, isso aumenta a confiança e a autoestima deles.


3 – Delegue responsabilidades: Muitos podem ter receio de dividir as responsabilidades da casa com as crianças, mas essas ações estimulam o conhecimento e a autonomia dos pequenos. Pode ser uma tarefa pontual ou diária, como recolher brinquedos, cuidar de um animal de estimação e arrumar a cama.


4 – Ajude a enfrentar dificuldades: Crianças também enfrentam momentos difíceis, seja na escola, com os amigos ou com a família. Converse com elas sobre como podem atravessar períodos desafiadores. Se você tiver experiências semelhantes para compartilhar, dê um exemplo.


5 – Exercite a gratidão: Produza uma lista qualidades que você aprecia nos filhos. Comunique a eles essas características. Essa atitude contribui também para que eles façam o mesmo com você. Assim, é possível construir uma relação de confiança mútua. 



Fausto Flor Carvalho - médico pediatra com mais de 25 anos de experiência, psicanalista pela Sociedade Paranaense de Psicanálise e mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista. Trabalha na área de Saúde Escolar, além de ser membro do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Pediatria. Pai de dois filhos, também é voluntário de cursos sobre educação e famílias.
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Birras de crianças, o que fazer?

 

Conversa aberta tem que ser permanente com os filhos, deixando claro aquilo que é o comportamento adequado e o que não é


Quem nunca se deparou com a cena de uma mãe ou pai lidando com um ataque de birra de uma criança em um local público? As birras são uma parte comum e desafiadora do crescimento infantil, muitas vezes deixando os pais se sentindo perplexos e impotentes diante dessas explosões emocionais.

O médico pediatra e membro da diretoria executiva da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Marcelo Porto, dá dicas de como os pais e cuidadores podem enfrentar esses momentos de forma positiva e construtiva, estabelecendo uma base sólida para o desenvolvimento emocional e comportamental das crianças.

“As birras, na verdade, surgem como uma resposta a momentos de frustração. O ponto crítico nessa história toda é a gente não fazer um enfrentamento imediato da birra se contrapondo de uma forma violenta, mas a gente precisa, sim, impor limites naquele momento. O diálogo é a chave para enfrentar essa situação delicada", afirma.

O papel do pediatra nesses casos é orientar a família e mostrar o caminho de como manejar uma situação dessas, que apesar de não ser grave, é em muitos casos bastante estressante.

“A saída não é brigar e bater, menos ainda. Porém, é fundamental mostrar limites de uma forma rígida, mas empática”, acrescenta.

Ao adotar uma abordagem positiva, baseada no entendimento e no respeito mútuo, os adultos podem ajudar as crianças a desenvolver habilidades emocionais e comportamentais essenciais para sua jornada de crescimento.

 

Marcelo Matusiak


Atitudes que roubam a infância das crianças

 A estimulação de comportamentos que não condizem com a idade, com responsabilidades antecipadas, que desconsidera o desenvolvimento natural, são prejudiciais ao desenvolvimento dos pré-adolescentes e das crianças

 

Vivemos uma época em que a alta competitividade no campo profissional tem estimulado as pessoas à aceleração e, muitas vezes, esse fato impedeuma vivência integral com a família. Pior do que isto, é perceber que muitos pais, conscientes ou não, repassam para os filhos esse “senso de urgência", excedendo em suas responsabilidades e até impedindo que eles vivam uma etapa de cada vez, no seu próprio ritmo. Muitos parecem esquecer que as crianças precisam ser crianças e não necessitam de adultização, com estímulos de comportamentos que não conduzem à idade e ao preparo psicológico que elas tem.  As crianças necessitam ser respeitadas no desejo de brincar, de se relacionar com os amigos, de ter tempo de qualidade, proteção e o amor dos seus pais.

Segundo Cris Poli ,mais conhecida pelo programa Super Nanny e que atualmente é coordenadora na Escola do Futuro, é fundamental que os adultos entendam que a infância é um período importantíssimo no desenvolvimento do ser humano e não pode ser desrespeitado. “As crianças e os pré-adolescentes precisam viver intensamente esses anos para poderem desenvolver habilidades, amadurecerem relacionamentos, cultivarem a curiosidade, as descobertas e até o tempo de ócio, para poderem brincar livremente. Sobrecarrega-las com atividades extra escolares excessivas, estressam e roubam a qualidade de vida que elas precisam ter”.

Segundo uma pesquisa americana da WebMD (2018), 72% das crianças entre 5 e 13 anos evidenciam sinais de estresse e que 60% dos pais não percebem isso. Por isso, por mais maduros que os filhos possam ser, eles não são mini adultos e não deveriam estar super atarefados, estressados com tantas atividades e nem terem que se preocupar com o casamento dos pais, com a área financeira entre outras coisas. “A criança tem condições de ser criança, quando ela vive em um ambiente saudável e equilibrado, favorecendo que ela explore, aprenda e cresça de modo natural e de acordo com a sua idade. O adulto pode estimular e valorizar a curiosidade infantil, encorajando a criança a questionar o mundo e explorar os seus movimentos e espaço”, explica Priscila Moraes, Coordenadora do Infantil da Escola do Futuro.

Ela explica que a criança deve ter uma rotina para que se sinta segura e cuidada, mas também precisa de tempo livre para brincar, imaginar e explorar. “Brincadeiras são importantes para o bom desenvolvimento cognitivo, emocional e social.  É importante a criança conviver com outras crianças e também com adultos que a respeitem, valorizem o seu desenvolvimento, p seu tempo e a sua singularidade, sendo exemplos nas resoluções de problemas, na expressão de emoções, na criatividade e na construção de hábitos saudáveis”, detalha Moraes. 

 Para a Psicanalista, psicopedagoga e educadora, Silvia Tocci Macini, a escola também deve proporcionar às crianças e pré-adolescentes uma experiência que olhe para o desenvolvimento do estudante e do que ele precisa para expandir as suas habilidades da melhor forma possível. “É importante respeitar as fases que estão passando, dando sempre o melhor, com atividades lúdicas e conteúdos diferenciados. Trabalhando com compromisso, porém de uma forma lúdica e leve. “Na Escola do Futuro os professores sabem qual é o seu papel, mas também exercitam um olhar diferente ao aluno, pensando de uma forma global, se preocupando também com a sua saúde emocional. Há também inúmeras atividades, que fazem com que gostem de estar no ambiente escolar, como os Sábados Letivos, que promovem brincadeiras e interações entre pais e filhos, levando as famílias a se aproximarem da escola, e as Convenções Estudantis por série, que promovem brincadeiras, esportes e competições”, conta.

Silvia alerta que, para evitar a adultização, não devemos adiantar coisas que elas não têm condições de entender. “É preciso trabalhar e responder apenas o que elas perguntam, não explicar o que ela não tem condições de compreender, ouvir, olhar ou estar perto. É preciso escutar o que estão falando, entender as suas necessidades e os seus sinais, tirar da internet, do celular e proporcionar momentos de família, como fazer as refeições juntos. O problema, nem sempre é o excesso de atividade, mas sim, entender se ela gosta e quer fazer certas atividades, sem imposição e com equilíbrio”, finaliza.


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