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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Insônia? Melhore a Saúde e Restaure o Ciclo Circadiano em Apenas 10 Etapas

Stock Photos | Sleeping | credit: nambitomo

                             

Talvez você nunca tenha ouvido falar neste termo, “Ciclo Circadiano”, mas os estudos e descobertas feitas pelo professor e pesquisador líder no assunto, Satchin Panda, são fascinantes e podem ajudar muito a saúde do corpo e àqueles que sofrem com insônia.

De acordo com Panda, o Ciclo Circadiano nada mais é do que um sistema universal e biológico de cronometragem de tempo, e todo organismo está sujeito ao mesmo calendário de 24 horas. Desde a espuma de lagoas aos seres humanos, somos todos influenciados pelas mudanças de horas num dia. Na verdade, cada célula do corpo humano tem um “relógio” próprio que regulariza diferentes grupos de genes, sinalizando quando estes devem “ligar” ou “desligar”. Dessa forma, de um modo geral, os hormônios do corpo, as substâncias químicas do cérebro, os sucos digestivos e demais órgãos têm as funções aumentadas ou diminuídas em função das mudanças de horas num dia, e tudo acontece de forma coordenada.

Por exemplo, existe um aumento do hormônio do crescimento durante a noite, enquanto dormimos. Ao mesmo tempo, quando não há muito alimento no estômago o revestimento deste começa a se autorreparar. No entanto, para que esse reparo funcione perfeitamente, o hormônio do crescimento acionado pelo cérebro deve coincidir com o tempo de reparo do estômago. Lindo como o Criador idealizou tudo!

O mesmo acontece na natureza. Por exemplo, se o cronograma das plantas e animais é interrompido, estas florescem na hora errada e os animais não se reproduzem de maneira correta. Já para nós, humanos, quando o Ciclo Circadiano é perturbado, devido ao sono insuficiente, os resultados se espalham por todos os sistemas do corpo. Há um aumento da pressão sanguínea, hormônios da fome e o açúcar do sangue se tornam irregulares, há um aumento da expressão de genes associados à inflamação, excitabilidade imunológica, diabetes, risco de cânceres, estresse e outras doenças, ou seja, as implicações pelo distúrbio do sono são muitas.

Segundo a revisão de 300 trabalhos publicados entre 2004 e 2014 experts fizeram as seguintes recomendações quanto ao número ideal de horas de sono para uma boa saúde.

GRUPOS                       IDADES                    HORAS DE SONO PARA UMA BOA SAÚDE


Recém-nascidos            0 a 3 meses              14 a 17 horas
Bebês                             De 4 a 11 meses      12 a 15 horas
Crianças                         De 1 a 2 anos           11 a 14 horas
Pré-escolar                     De 3 a 5 anos           10 a 13 horas
Idade Escolar                 De 6 a 13 anos          09 a 11 horas
Adolescentes                  De 14 a 17 anos       08 a 10 horas
Adultos                           De 18 a 64 anos        07 a 09 horas
Idosos                             De 65 ou mais           07 a 08 horas


Maravilha! Agora você já sabe quantas horas de sono deve ter por dia? Mas e a insônia, o que fazer se ela atrapalhar o esquema?

Como você viu há muitos fatores que interferem no Ciclo Circadiano, principalmente com os hábitos da vida moderna e o advento da tecnologia. O assunto é extenso, então reuni aqui algumas dicas que podem ajudar a melhorar o sono, com explicações rápidas! Mas antes preciso frisar um importante aspecto do ciclo: é imprescindível que você mantenha um ritmo natural de exposição à luz do dia e à escuridão da noite, pois estes são componentes essenciais para um bom sono e boa saúde.

A razão pela qual a luz é tão importante é porque ela serve como o sincronizador do relógio mestre, localizado no cérebro – os Núcleos Supraquiasmáticos. Sim, o cérebro também tem um “relógio” e é o mestre dos demais. Para manter o sincronismo do relógio mestre saudável, é importante a exposição à luz brilhante durante o dia. Assim, sair meia horinha no período do almoço, pelo menos, pode fornecer a quantidade de luz necessária para manter um ritmo circadiano saudável. A exposição à luz solar matinal pode ser uma âncora importantíssima para a sincronização do ritmo circadiano, além dos benefícios de incentivar a produção de vitamina D.

Por outro lado, você também precisa evitar a iluminação artificial brilhante após o pôr do sol, pois a luz prejudicará a produção de melatonina, hormônio associado ao sono noturno. Algo entre 50 e 1.000 lux é a faixa de ativação dentro da qual a luz começará a suprimir a produção de melatonina e certamente afetará o sono. Portanto, ao cair da noite, diminua as luzes de dentro de casa e use lâmpadas incandescentes, não LEDs ou fluorescentes. Os comprimentos de onda vermelho e âmbar interferem menos na produção de melatonina, enquanto os comprimentos de onda azul e verde interferem mais.


Dez dicas para melhorar o sono durante a noite

1.     Durma em completa escuridão ou o mais próximo possível disso - Mesmo a menor luz no quarto, como a tela de LCD de um rádio relógio, pode atrapalhar o relógio interno do corpo e a produção de melatonina e serotonina, interferindo, dessa forma, com o sono. Mesmo que precise levantar-se à noite para ir ao banheiro, evite acender a luz. Nossos olhos são dotados de células especializadas para a visão noturna, espere que essa visão se ajuste e vá com segurança. Caso precise do auxílio de alguma luz use uma luz vermelha.

2.     Sendo possível, mantenha a temperatura do quarto inferior a 21 graus Celsius. Estudos mostram que a temperatura ambiente ideal para dormir é entre 15,5 e 20 graus Celsius. Manter o quarto mais frio ou mais quente pode levar a um sono agitado. Quando dormimos, a temperatura interna do corpo cai ao nível mais baixo, geralmente cerca de quatro horas depois de adormecer. Um estudo mostrou que uma diferença de temperatura da superfície da pele de apenas 0,4 graus C levou a um sono mais profundo. Também ficou demonstrado que além de melhorar o metabolismo e a circulação, dormir nu também pode melhorar o sono além de outros benefícios, desde que você goste ou se acostume.

3.     Elimine os campos elétricos e eletromagnéticos em seu quarto - Eles podem interromper a produção de melatonina e serotonina pela glândula pineal e contribuem de forma, significativa, aos danos e disfunções das mitocondriais, organelas responsáveis pela produção de energia. O estresse oxidativo e os danos produzidos por estes campos eletromagnéticos no quarto de dormir, todas as noites, podem causar virtualmente qualquer doença, inclusive envelhecimento precoce. Portanto, se você tem aparelhos de TV no quarto ou rede de Wi-Fi e não pode retirar esses aparelhos do quarto, pelo menos desligue-os durante à noite, a saúde agradecerá e o sono também!

4.     Afaste despertadores e outros dispositivos elétricos da cama e evite usar despertadores barulhentos - Se for necessário usar esses dispositivos, mantenha-os o mais longe possível da cama, de preferência à um metro de distância. O celular deve ficar o mais longe possível do quarto caso precise estar ligado. Para manter no quarto ou desligue ou coloque no modo avião.

5.     Evite usar o quarto de dormir para trabalhar – Isso pode atrapalhar o sono, principalmente se for em frente ao computador.

6.     Considere quartos separados - Estudos sugerem que, para muitas pessoas, dividir a cama com um parceiro pode prejudicar significativamente o sono, especialmente se o parceiro tiver um sono inquieto ou roncar. Considere, então, dormir em quartos separados. Animais de estimação também podem precisar dormir em outros locais da casa se a presença deles prejudicar seu sono.

7.     Evite assistir TV antes de dormir - O melhor é não ter aparelho de TV no quarto. É muito estimulante para o cérebro e interrompe a função da glândula pineal. Se você assiste TV, certifique-se de usar óculos bloqueadores de luz azul após o pôr do sol, pois isso ajudará a maximizar a produção de melatonina.

8.     Deite-se para dormir cedo, de preferência entre 22:00 e 22:30 - O sistema adrenal “recarrega”, principalmente, entre 11:00 horas da noite e 1:00 hora da manhã. Além do que a vesícula biliar despeja toxinas durante o mesmo período. Quando permanecemos acordados as toxinas voltam para o fígado, o que pode prejudicar ainda mais a saúde.

9.     Seja consistente com a hora de ir dormir - Vá para a cama e acorde no mesmo horário todos os dias, inclusive nos fins de semana. A rotina ajudará o corpo a entrar em um ritmo de sono, e facilitará o adormecer e o levantar de manhã.

10.  Evite comer pelo menos três horas antes de dormir, principalmente grãos e açúcares - Estes aumentam o açúcar no sangue, atrasam o sono e aumentam o risco de refluxo ácido. Mais tarde, quando o açúcar no sangue diminui (hipoglicemia), você pode acordar e não conseguir voltar a dormir. Além do que comer muito perto da hora de dormir prejudica a saúde de outras formas. Consumir mais calorias do que seu corpo pode usar imediatamente, acaba gerando um excesso de elétrons livres que se acumulam dentro das mitocôndrias. O excesso pode destruir as organelas e há evidências convincentes que sugerem que esse tipo de disfunção mitocondrial é uma das chaves para o envelhecimento acelerado.

A mãe natureza tem um poder e sabedoria surpreendentes, é bom não subestimar a capacidade de recuperação do corpo. Dê tempo ao tempo, insista nas “regrinhas” e terá sucesso. Boa sorte!


Florence Rei - formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora.
www.florencerei.com

 

Setembro Verde Claro reforça a conscientização sobre o câncer de ovário

Tumor tem a maior taxa de mortalidade entre as mulheres pela dificuldade em ser diagnosticado no início

 

Os tumores ginecológicos recebem atenção especial no mês de setembro, em especial o câncer de ovário, que, apesar de ser o oitavo tipo de câncer mais diagnosticado entre as mulheres, é o que apresenta a maior taxa de mortalidade entre os tumores ginecológicos. O principal motivo é a dificuldade em identificar o tumor em estágio inicial. Cerca de 67% dos casos de câncer de ovário são diagnosticados já nos estágios mais avançados da doença. Portanto, setembro recebe o laço verde claro para reforçar a conscientização sobre a doença. Como forma de ajudar as pessoas a entenderem mais sobre a doença, o oncologista do Grupo SOnHe Leonardo Silva, responde as principais dúvidas sobre a doença:


1-) Qual a incidência do câncer de ovário no Brasil?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, são esperados 7.310 novos casos de câncer de ovário por ano para o triênio 2023/2026. Em 2020, 4 mil mulheres morreram em decorrência do câncer de ovário.

 

2-) Por que é alta a taxa de mortalidade do câncer de ovário?

A elevada mortalidade associada ao câncer de ovário se deve, em grande parte, ao fato de que a maioria dos casos é diagnosticada em estádios mais avançados. Sabemos que, a chance de cura do câncer é maior quando ele é diagnosticado quando a doença ainda está localizada ao órgão de origem.

 

3-) Existem exames para rastrear o câncer de ovário?

Ao contrário do câncer de mama e do câncer de colo uterino, não dispomos de exames de rastreamento para o câncer de ovário. Diversos estudos já foram conduzidos avaliando diferentes métodos de rastreamento, como o exame físico pelo ginecologista, a ultrassonografia e um exame de sangue específico. No entanto, nenhuma dessas estratégias foi capaz de diagnosticar precocemente o câncer de ovário, de forma eficaz.

 

4-) Como é feito o diagnóstico do câncer de ovário?

Geralmente, a avaliação se inicia pelo exame físico pelo ginecologista, seguido de ultrassonografia e exames laboratoriais, incluindo o CA125. O achado de lesões ovarianas suspeitas, nódulos sólidos e/ou cistos, pode exigir outros exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, e a paciente é encaminhada para o ginecologista oncológico, especializado no tratamento cirúrgico dos cânceres ginecológicos.

 

5-) Quais os sintomas de alerta para as mulheres com relação ao câncer de ovário?

  • Aumento de volume do abdome
  • Dor abdominal/pélvica (região inferior do abdome)
  • Sensação de empachamento, dificuldade para se alimentar
  • Fadiga
  • Sintomas urinários: aumento da frequência das idas ao banheiro, sensação de urgência para urinar

 

6-) Quais os tratamentos possíveis para o câncer de ovário?

O tratamento depende de cada caso, mas pode ser:

  • Cirurgia
  • Quimioterapia
  • Anticorpo Monoclonal
  • Inibidores de PARP

Diante da dificuldade em fazer o rastreio, é fundamental que as mulheres mantenham a rotina ginecológica, para que possam ser acompanhadas por um profissional capaz de identificar possíveis sintomas desse tipo de tumor e garantir o acesso a exames importantes para prevenir outras doenças ginecológicas. 



Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Estudo aponta que recém-nascidos conseguem permanecer dormindo por períodos maiores com o uso do ruído branco

 A médica com pós-graduação em pediatria e sono infantil, Dra. Ana Jannuzzi, explica como a prática funciona

 

Muitas pais estão aderindo ao ruído branco na hora de colocar o bebê para dormir, porque os sons contínuos camuflam barulhos externos da rotina da casa e auxiliam na qualidade do sono dos pequenos. Não à toa, um estudo divulgado no periódico científico British Medical Journal (BMJ) revelou que quando os bebês estão em ambientes com ruído branco, têm maior probabilidade de pegar no sono dentro de cinco minutos e de permanecer dormindo por períodos maiores, enquanto o barulho continuar ligado. A médica carioca Dra. Ana Jannuzzi (@drajannuzzi), que ministra cursos sobre sono infantil, ressalta as vantagens do método. "A ideia do ruído branco é que seja uma frequência que reduz a percepção dos ruídos externos. Pensando como se fosse um barulho contínuo de um rádio quebrado, uma coifa ligada ou de um ventilador, esse barulho torna o som do ambiente um pouco mais alto e previsível e isso faz com que ruídos externos como cachorro latindo, tampa de panela, secador de cabelo, sejam abafados. Isso por si já ajuda na hora de dormir, quando se está em um ambiente muito barulhento! Em paralelo, também pode ser usado para induzir o sono e a criança adormecer mais rápido, funciona mais ou menos como as músicas de ninar”, declara a médica. 

A prática é muito comum, mas é preciso adotar alguns cuidados. "O mais importante é usar durante o menor tempo possível, no menor volume possível e na maior distância da criança. É muito diferente colocar um barulho alto no ouvido do bebê e colocar um ruído distante que faz apenas um som ambiente e que não incomoda. É sempre importante pontuar isso, se não as pessoas acabam usando em tons desnecessários", ressalta a Dra. Ana Jannuzzi. 

Para Thayane Tavares, mãe da pequena Iris, de 7 meses, o ruído branco foi fundamental nos primeiros meses. “Sou mãe de primeira viagem e ficava aflita quando não conseguia fazer minha filha dormir. Eu precisava ficar acordada também e tive o sono prejudicado muitas vezes. Uma amiga me indicou o ruído branco e funcionou logo de início aqui em casa. Hoje, não tem mais problemas com isso, a Iris dorme a noite toda”, afirma Thayane.

Engana-se quem acha que o ruído branco é apenas utilizado por bebês, muitos adultos já fazem uso do método. Hoje, no mercado, existem aplicativos, playlists e aparelhos com essa função. Vale ressaltar, que os modelos mais recentes de babá eletrônica vêm com essa opção também. "O ruído branco se popularizou porque era usado para profissionais que trabalhavam em períodos noturnos e precisavam dormir durante o dia. Para reduzir a percepção de barulho e facilitar a indução do sono, o ruído branco era usado com bastante sucesso", conta Jannuzzi. 

 

Ana Jannuzzi - médica, formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pós-graduada em Pediatria pela Universidade Cândido Mendes e pós-graduação em Sono na Infância e Adolescência pela ESSCV-Lisboa. É mãe de três meninas. A carioca ainda é a autora do best-seller “O ano de Ouro”, obra com mais de 10 mil exemplares vendidos, um guia para mães e famílias sobre o 1 ano do bebê. Com 1 milhão de seguidores nas redes sociais (@drajannuzzi), a especialista também é palestrante e referência no mercado de Educação em Saúde para famílias, com mais de 23 mil alunas de seus cursos relacionados ao sono do infantil, gestação, parto e cuidados com o bebê. Destaque para a Capacitação em Sono e Rotina, em parceria com a Faculdade de Brasília. É a única formação profissional de Consultoras de Sono no Brasil que oferece certificado registrado pelo Ministério da Educação (MEC).


Conversar ajuda na prevenção ao suicídio

Seconci-SP destaca que abordar o tema está deixando de ser tabu

 

Se você perceber que um amigo ou familiar demonstra estar desesperançado e falando em se suicidar, não hesite: converse abertamente com ele a respeito, mesmo que não saiba o que dizer; mostre acolhimento e sugira que ele busque ajuda especializada, assim você estará ajudando a prevenir um suicídio.

A recomendação é de Ricardo Andrade, psicólogo do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Setembro Amarelo e do Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio (10 de setembro). Para ele, falar sobre suicídio está deixando cada vez mais de ser um tabu, pois ao contrário do que alguns imaginavam, a conversa aberta tem efeito benéfico.

“O desejo dessa pessoa não é necessariamente acabar com a vida, mas com o sofrimento mental dela – e sem encontrar uma saída, ela pode acabar se suicidando. Esse sofrimento pode ter origens como depressão, uso de substâncias tóxicas, transtornos mentais, comportamentos destrutivos. O quadro pode ser agravado pelo julgamento dos demais, que não compreendem a depressão e veem este indivíduo como um fraco, que não se esforça, agravando a desesperança”, explica Andrade.

Segundo o psicólogo, no trabalho pode ocorrer que a pessoa se isole, se sobrecarregue e tenha dificuldade em compartilhar suas dificuldades com os colegas, ocasionando o chamado burnout (exaustão extrema resultante de trabalho desgastante), que pode levar ao suicídio.

“É muito importante que as chefias, como os engenheiros e mestres de obras do setor da construção, sejam capacitados para perceber esses casos e intervir, dialogando com seus subordinados, evitando o isolamento e a sobrecarga de trabalho deles, acolhendo-os e orientando-os à busca de ajuda médica ou psicológica”, recomenda o especialista.


Telas e redes sociais

Crianças e adolescentes que fazem uso excessivo das telas e das redes sociais também são suscetíveis a entrar em sofrimento mental. Por exemplo, estão sujeitas a bullying (violência psicológica por parte de seu grupo social); ou sofrer fazendo comparações injustas, como deprimir-se porque sua família não é como aquela feliz do comercial de margarina.

“Os pais devem observar o conteúdo acessado pelos filhos e regular o tempo de exposição às telas, promover maior socialização com eles e deles com os amigos, além dar o próprio exemplo, não se expondo demasiadamente nas telas. Quando forem trabalhar, devem buscar redes de apoio para que os filhos não fiquem muitas horas sozinhos. É compreensível que, na volta do trabalho ou nos fins de semana, os pais queiram um tempo para si, mas podem perfeitamente buscar um equilíbrio entre esses momentos e passar horas de relacionamento com os filhos, com muita qualidade”.

Segundo o Anuário de Segurança Pública de 2022, em média 39 pessoas se suicidam diariamente no Brasil. No mundo, são cerca de 700 mil casos por ano, informa a Organização Mundial da Saúde. De acordo com Andrade, a maioria relativa dos casos de suicídio no país se situa entre pessoas acima dos 70 anos, por conta da sensação de desesperança, seguida dos jovens entre 15 e 29 anos, devido a relações sociais frustradas ou por não terem conquistado a formação e o trabalho desejados, entre outras causas. Prevalecem as pessoas de sexo masculino, possivelmente pela maior resistência em procurarem ajuda. Também há muitos casos de indígenas que cometem suicídio. “Neste cenário, é preciso falar em suicídio o ano inteiro, não apenas no Setembro Amarelo”.

Andrade informa que o Seconci-SP dispõe de uma equipe de psicólogos e psiquiatras que tratam desses casos, presencialmente e também à distância”, destaca. Ele também recomenda o acesso ao CVV (Centro de Valorização da Vida), pelo telefone 188, “que funciona muito bem em termos de acolhimento”.

 

Laser multifuncional: técnica focada na corrente sanguínea é opção não invasiva para inflamações crônicas

Equipamento da HTM oferece tratamento de alta tecnologia, agindo diretamente no sangue para tratar células inflamadas do corpo

 

O constante desenvolvimento da tecnologia tem proporcionado inúmeras descobertas que revolucionaram a maneira como cuidamos da saúde. Uma delas é a terapia a laser, modalidade cada vez mais utilizada em diversos tratamentos, tanto de formas tópicas, diretamente no local de intervenção, quanto endovenosas, quando utilizadas nas regiões arteriais do paciente. Uma das principais técnicas é a irradiação intravascular do sangue com laser (ILIB), que irradia o sangue enquanto ele circula pelas veias e apresenta resultados consistentes de melhora em diversos casos crônicos de inflamação e redução de dores.

 

A ILIB é uma terapia não invasiva realizada através da aplicação de laser vermelho ou infravermelho de baixa intensidade, com objetivo de obter benefícios terapêuticos, como redução da inflamação, proteção contra danos às células, alívio da dor e melhora da circulação sanguínea. O resultado é a prevenção e o tratamento de inúmeras patologias, especialmente para pessoas que sofrem de doenças inflamatórias crônicas, como artrite e artrose. Também é benéfica para tensões musculares, alterações nas taxas de colesterol e outras doenças cardiovasculares.

 

"É uma técnica terapêutica que alcança diretamente as células do corpo, desencadeando uma série de respostas benéficas. O laser vermelho penetra suavemente nos tecidos, estimulando o metabolismo celular, proporcionando o bem-estar e a melhoria na qualidade de vida, ajudando as pessoas a se sentirem melhor e prevenindo o desenvolvimento de novas doenças”, destaca Renata Taylor, fisioterapeuta e consultora da HTM Eletrônica, indústria referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos. 

 

A seguir, estão listados alguns dos principais benefícios que podem ser alcançados com esta técnica, além das indicações de aplicação mais comuns. Confira:

 

Estimulação da regeneração celular: A ILIB atua diretamente nas células, estimulando seu metabolismo e promovendo a regeneração dos tecidos. Isso é benéfico para pessoas que sofrem de feridas crônicas, úlceras, queimaduras e lesões musculares, acelerando o processo de recuperação e promovendo a cicatrização mais rápida.

 

Redução da inflamação: A luz infravermelha tem propriedades anti-inflamatórias. A redução na inflamação dos tecidos pode trazer alívio para pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, melhorando os sintomas e a qualidade de vida.

 

Melhora da circulação sanguínea: A pulseira do Fluence Maxx cluster, com LED azul e laser vermelho, também utilizada nessa terapia, contribui para a dilatação dos vasos sanguíneos, melhorando o fluxo e a oxigenação dos tecidos. Esse benefício é particularmente relevante para pessoas com problemas circulatórios, como hipertensão, proporcionando uma melhora na saúde cardiovascular e no bem-estar geral.

 

Alívio da dor: Essa terapia pode ser eficaz no alívio da dor. A estimulação do laser pode levar à liberação de endorfinas, substâncias naturais do corpo conhecidas por amenizar dores e proporcionar conforto aos pacientes.

 

HTM Eletrônica

O que você deve saber sobre o seu dinheiro ao completar a maioridade?

Especialista em finanças pessoais dá dicas para jovens começarem a administrar o próprio dinheiro

 

Quando uma pessoa é menor de idade e já ganha dinheiro, é normal que os lucros recebidos sejam administrados pelos pais ou responsáveis. No entanto, é importante que essa criança seja ensinada sobre planejamento financeiro e estimulada a se interessar pelo assunto, para que ela possa assumir e ter responsabilidade por suas finanças ao atingir a maioridade.

Recentemente, o caso da atriz e cantora Larissa Manoela tem gerado repercussão. É possível deduzir que, por confiar nos pais e não imaginar que enfrentaria esta situação, a artista tenha se sentido confortável em deixar a administração do dinheiro sob a supervisão dos seus responsáveis, não tendo vontade de possuir o controle de tudo quando cresceu. Porém, o dilema que ela vive no momento reforça a importância de obter conhecimento sobre a administração do próprio dinheiro.

Neste contexto, o especialista em finanças pessoais, João Victorino, explica que ao atingir a maioridade, é essencial que a pessoa comece a assumir de forma gradual a responsabilidade pela administração de suas finanças pessoais, independentemente de ser famosa ou não, para que também seja viável começar a navegar sobre esse assunto sem precisar de tutela de outras pessoas.

Por outro lado, João esclarece que não se deve generalizar a situação e que cada família tem um cenário diferente. “Existem vários casos de pais que são contratados pelos filhos para continuar cuidando de suas finanças, o que também pode funcionar. Porém, nesse caso, deve ser um contrato comum, com regras, direitos e deveres. Entendemos que muitas famílias acabam por misturar os assuntos emocionais que fazem parte de nossas vidas com os temas relativos a finanças. Isso é muito ruim e deve ser evitado a todo o custo. Mas infelizmente acontece muitas vezes, contaminando a boa gestão que deve ser feita com o dinheiro e ainda vai criando mágoas dentro da casa.”, afirma.

Segundo o especialista, essa transição para administrar as próprias finanças requer tempo, educação e paciência. Para ele, é fundamental que ao completar 18 anos, os jovens comecem, ainda que devagar, a adquirir conhecimento ao longo do tempo e possam tomar decisões bem informadas e acertadas para construírem uma base sólida para o futuro financeiro.

Por essa razão, João Victorino separou indicações para orientar pessoas que completaram a maioridade a lidarem com seus respectivos dinheiros:

- Educação financeira contínua: continue aprendendo sobre educação financeira. Leia livros, faça cursos confiáveis online, participe de workshops que aprofundem seus conhecimentos sobre investimentos, impostos, poupança, crédito e outros aspectos financeiros.

- Avalie sua situação financeira atual: faça uma análise honesta de sua situação financeira. Isso inclui compreender seus ativos, passivos, renda e despesas.

- Crie um orçamento pessoal: estabeleça um orçamento detalhado que inclua todas as suas despesas, desde as básicas até as eventuais. Isso ajudará você a entender para onde seu dinheiro está indo e a controlar seus gastos.

- Abra contas bancárias próprias: caso ainda não tenha, abra contas bancárias próprias, como uma conta corrente para lidar com transações diárias e uma conta poupança para economias de curto prazo.

- Estabeleça metas financeiras: defina metas financeiras de curto, médio e longo prazo. Isso pode incluir economizar para emergência, viagem ou até mesmo investir para a aposentadoria.

- Crie um plano de poupança e investimento: comece a poupar regularmente e considere investir seu dinheiro para que ele possa crescer ao longo do tempo. Isso pode envolver a criação de uma carteira diversificada de investimentos, como ações, títulos ou fundos.

- Conheça seus direitos e responsabilidades: ao atingir a maioridade você ganha mais autonomia legal sobre os seus assuntos financeiros. Familiarize-se com os direitos e também com as responsabilidades como adulto.

 

João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.


Como a Inteligência Artificial pode prever o desempenho de estudantes nas provas e avaliações

Plataformas digitais cruzam dados de aprendizagem para identificar falhas, antes que elas ocorram. Uma solução brasileira é a Max.IA, que prevê, com 80% de acerto, quais questões e assuntos o estudante poderá errar em uma avaliação

 

 

O uso da Inteligência Artificial na Educação está transformando a gestão e o aprendizado dos alunos. Ela pode ser utilizada para direcionar o conteúdo ministrado durante as aulas e potencializar o desempenho dos alunos de forma individual. Após dois anos de experimentação, foi lançada no mercado brasileiro a Max.IA, uma plataforma de inteligência artificial que prevê, com 80% de acerto, quais questões e assuntos o estudante poderá errar em uma avaliação.

 

A partir dessa predição, a plataforma recomenda intervenções de aprendizagem com alto grau de personalização, possibilitando que o aluno se dedique exatamente ao conteúdo que possui maior grau de dificuldade ou probabilidade de erro, como apontado pelo algoritmo de Inteligência Artificial desenvolvido pelo sistema da Max.IA.

 

Essa dinâmica revoluciona a maneira como se dá o processo de ensino e aprendizagem. A partir de informações e dados assertivos, o estudante é capaz de se aprofundar no tópico que tem maior dificuldade antes de esperar o resultado da prova para identificar o problema. Nesse caso, a ordem dos fatores pode alterar o produto, impactando positivamente no desenvolvimento e desempenho de cada aluno.

 

“Com esses dados em mãos, criamos ações preventivas e corretivas. Nas preventivas, é possível prever o desempenho de cada estudante, permitindo que o aluno seja auxiliado, evitando o surgimento de lacunas de aprendizagem. Já nas corretivas, são identificados os problemas adquiridos ao longo da jornada escolar, o que fará com que possam ser recomendados conteúdos personalizados, de acordo com o perfil comportamental de cada estudante”, explica Felipe Menezes, diretor de inovação e um dos fundadores da Max.IA.

 

Para o docente, sistemas de inteligência artificial, especializados em coleta de dados preditivos, classificação e cruzamento de informações, são ferramentas valiosas. Estes sistemas, ao analisar e aprender o comportamento dos estudantes, fornecem recomendações individualizadas, alinhadas às necessidades e dificuldades específicas de cada aluno. Tal abordagem resulta em um maior engajamento dos estudantes, pois eles podem otimizar seu tempo e focar de forma mais assertiva em seus estudos. Além disso, com a ajuda dessa IA, os professores têm sua carga de trabalho significativamente reduzida. Em questão de minutos, avaliações robustas, similares ao padrão ENEM com 180 questões, podem ser elaboradas em menos de três minutos, enquanto planos de aulas — contemplando metodologias ativas e tradicionais — são desenvolvidos para cada turma em menos de 2 minutos. Dessa forma, os docentes podem dedicar mais tempo à interação direta e ao suporte aos seus alunos, potencializando o processo educativo.

 

Com mais de 30 mil alunos já beneficiados, a plataforma brasileira permite a coleta de dados inteligentes sobre os estudantes, a cada interação realizada, utilizando quatro pilares de sustentação: pedagógico, cognitivo, psicométrico e comportamental. 

 

“Nosso foco é investir continuamente em tecnologia de ponta e IA para melhorar o aprendizado dos alunos e auxiliar professores, gestores e famílias. Estamos comprometidos com o desenvolvimento de produtos de alta qualidade e funcionalidade que ajudem a reformular a educação no Brasil”, destaca João Lacerda, CEO da Max.IA.

 

Na prática - A IA da Max.IA já corrigiu mais de 700 mil lacunas de aprendizagem e recomendou mais de 10 milhões de planos de ações preditivos, aumentando em mais 30% o desempenho dos alunos nas avaliações das escolas.

 

“A IA tem transformado a gestão educacional. Nossa tecnologia antecipa falhas dos alunos em avaliações e conteúdos, intervindo antes que se concretizem. Isso não só melhora o desempenho acadêmico, mas também otimiza custos ao reduzir tarefas administrativas, resultando em margens operacionais mais robustas para as escolas. A previsibilidade e eficiência oferecidas serão, sem dúvida, um diferencial reconhecido no mercado”, destaca Felipe.

 

Ele lembra que, na sala de aula, os que usam plataformas de IA como uma aliada ao aprendizado podem obter resultados excelentes, permitindo, inclusive, prever quando um aluno entrará em situação de reprovação ou evasão e evitar essa situação.


 


Max.ia - plataforma de inteligência artificial que, a partir de dados, oferece atividades e conteúdos personalizados e preditivos para cada aluno, cria avaliações automaticamente conforme o material didático da escola e gera dados relevantes para professores e gestores.


Queimadas e incêndios no Cerrado: biólogo do CEUB explica a dinâmica do fogo e seus impactos

Especialista comenta consequências na flora e fauna do segundo bioma mais afetado do país


O cerrado brasileiro, com sua rica biodiversidade, está sob ameaça frequente durante o período seco, com áreas incendiadas. Com 2,15 milhões de hectares atingidos em 2023 em todas as matas brasileiras, o cerrado foi o segundo bioma mais afetado, com 639 mil áreas destruídas. De acordo com levantamento divulgado pela Mapbiomas, o montante representa 30% do total de queimadas no país. Professor de Ciências Biológicas do CEUB, Stefano Aires aponta seus impactos, a diferença entre queimadas e incêndios e suas consequências para a fauna, flora, recursos hídricos e clima da região.

 

Existe diferença entre queimada e incêndio?

SA: Queimadas são práticas de queima controlada usadas para gerenciar áreas rurais ou controlar o acúmulo de combustível, geralmente realizadas de forma planejada por órgãos ambientais. Por outro lado, os incêndios, frequentemente de origem acidental ou criminosa e muitas vezes causados pelo homem, tendem a fugir do controle, podendo envolver múltiplos focos e se espalhar rapidamente.

 

Quais são os principais fatores que contribuem para o aumento dos incêndios em Cerrado/ Vegetação nativa durante o período seco?

SA: Acúmulo de matéria seca (combustível), maior intensidade de vento e baixa umidade relativa são fatores que aumentam a propagação do fogo. A estação seca é muito utilizada para queima de pastagem e lixo e, com isso, o fogo foge do controle.

 

Como as queimadas incêndios naturais e as queimadas causados por atividades humanas diferem em termos de impacto nas florestas durante o tempo seco?

SA: Todos os incêndios que ocorrem na estação seca (nosso inverno) são de origem antrópica e acontecem quando o combustível está mais seco. Desta forma, apresentam maior intensidade e atingem áreas extensas, frequentemente se tornando extremamente difíceis de extinguir. Incêndios de origem antrópica podem ocorrer na mesma área por vários anos consecutivos, eliminando a capacidade natural da vegetação de se regenerar e ocasionando alta mortalidade de espécies vegetais e animais em um dado local. Incêndios de origem natural ocorrem no início da estação chuvosa (outubro) quando parte do combustível já está úmida e são iniciados por raios. Estes incêndios tendem a atingir áreas menores e ocorrem em maiores intervalos de tempo, permitindo uma regeneração da vegetação nativa.

 

Quais são os efeitos imediatos das queimadas fogo nas comunidades de plantas e animais nos ambientes florestais e desérticos?

SA: Flora: Remoção da cobertura do solo, deixando o mesmo exposto a chuva e agentes climáticos, podendo causar erosões e desmoronamentos em áreas de encosta. Exposição do solo a altas variações de temperatura, o que pode gerar morte dos microrganismos e, portanto, tornar o solo estéril e consequentemente dificultar plantio ou regeneração da vegetação nativa. Incêndios recorrentes exaurem a reserva energética das plantas, diminuindo sua capacidade de rebrota e frequentemente podem causar a morte dos indivíduos. Extinção local de espécies. Fauna: Diminuição da disponibilidade de alimento e água, morte direta de indivíduos, fuga e remoção de indivíduos da área, extinção local de espécies.

 

Como as espécies do cerrado se adaptaram ao longo do tempo para lidar com o risco de queimadas e incêndios?

SA: É um mito dizer que os incêndios que ocorrem anualmente são normais e sazonais. Queimadas naturais ocorrem em intervalos de 2 a 10 anos em áreas pequenas e de forma menos intensa. Queimadas naturais não ocorrem na mesma área de forma consecutiva, acontecendo de forma mais parecida com um mosaico. Plantas de cerrado ou ambientes com uma certa frequência de fogo natural (Outback, savanas, vegetações mediterrâneas, florestas de coníferas, entre outros) podem apresentar características que possibilitam uma rápida regeneração do extrato herbáceo-arbustivo. No Cerrado, a vegetação rasteira pode retornar em questão de meses após o incêndio, mas não significa que não há impacto causado pelo fogo. Árvores e arbustos de maior porte podem ser mais afetados e apresentam regeneração mais lenta.

 

Quais são os benefícios ecológicos das queimadas controladas em comparação com os danos causados por incêndios não controlados durante o tempo seco?

SA:_ Reduz-se a quantidade de combustível em uma dada área e caso haja um incêndio em área adjacente, ele não se propagará por uma área muito extensa. Desta forma, restringe-se o dano a áreas menores e pode-se proteger grandes áreas de vegetação natural com queimadas prévias nas duas bordas, dando descontinuidade ao combustível (aceiro negro)._

 

Como os incêndios podem afetar a biodiversidade das florestas e matas a longo prazo?

SA: Extinção de espécies e abertura dos ecossistemas para espécies exóticas invasoras agressivas que ocasionam uma ainda maior redução das espécies locais, tanto da fauna quanto da flora. A longo prazo, os incêndios podem provocar alterações climáticas severas através da liberação de carbono e mudanças na vegetação. O solo se torna estéril e improdutivo.

 

Que estratégias os gestores de áreas protegidas podem adotar para prevenir e controlar  incêndios  prejudiciais durante os períodos secos?

SA: Maior fiscalização, capacitação e manutenção de brigadas de incêndio permanentes próximas à área de interesse e possível ampliação do número de brigadistas, assim como renovação dos equipamentos e viaturas. Educação ambiental e conscientização da população sobre o perigo ocasionado pelo fogo, que pode gerar riscos aos assentamentos urbanos e à vida das pessoas.

 

Como o fogo em florestas pode influenciar os padrões climáticos locais e regionais durante o tempo seco?

SA: Aumento da temperatura por meio do excesso de CO2 advindo da queima das plantas, diminuição da umidade e consequentemente da chuva, pois não existem mais plantas para proporcionar a evaporação da água. Desta forma, inicia-se um ciclo de incêndios mais intensos devido à maior temperatura e estações chuvosas cada vez mais curtas.

 

Como a fragmentação de habitat influencia a propagação de incêndios florestais e seus impactos sobre as espécies durante esse período?

SA: Pastos e vegetação alterada tendem a ser mais inflamáveis e apresentam grande quantidade de combustível. Com a fragmentação, áreas urbanas e rurais se tornam muito próximas de áreas de proteção e geralmente os incêndios se originam da queima de pastos ou lixos nas ocupações humanas, esses focos se propagam até a vegetação nativa (agora próxima), ocasionando os incêndios.

 

Como os incêndios em florestas durante o tempo seco podem afetar os recursos hídricos locais e a qualidade da água?

SA: Rios e nascentes podem ficar expostos e sujeitos ao assoreamento. A diminuição da umidade devido à falta de evapotranspiração pode afetar a recarga dos lençóis freáticos, levando algumas nascentes e córregos menores a secar.


Quer vender seu veículo? Saiba o que influencia a decisão do comprador

Pesquisa do Instituto AAV destaca o que é preciso para ampliar vendas online de automóveis

 

 

Na hora de anunciar um veículo na Internet, surgem muitas dúvidas sobre como fazer para encantar o comprador e vender seu carro mais rapidamente. E uma coisa é certa para qualquer tipo de público, algumas pequenas mudanças na forma de anunciar fazem a diferença entre vender mais e de forma mais rápida para qualquer tipo de público.

É o que mostra a pesquisa do Instituto AAV que buscou responder quais características de um anúncio que influenciam na venda. O levantamento abrangeu 3 milhões de anúncios de carros anunciados na plataforma AutoAvaliar. Considerou só carros fabricados a partir de 1998 e estudou 30 características para chegar a algumas dicas sobre como anunciar melhor o seu veículo. Confira!


1 – Seja detalhista

Evite ser sucinto na descrição do anúncio. O ideal é que ela tenha o maior número de informações. Se for muito curta, saiba que você terá uma chance 34% menor de venda. Portanto, não deixe de colocar informações como o status da documentação, a garantia, forma de pagamento, prazo de entrega, IPVA, situação do manual, chave reserva e tudo o que possa impactar na decisão do comprador. “Um ponto interessante é sempre acrescentar uma pequena história para tornar o carro único. Algo como para que ele era usado, se era basicamente para ir ao trabalho e pequenos percursos ou algo assim”, afirma. Nilson Caldeira, consultor responsável pela pesquisa do Instituto AAV.


2 – Coloque o maior número de itens e opcionais

Quanto mais itens avaliados do veículo, como motor, câmbio, pneus, lataria e pintura, para somente citar alguns, maiores as chances de sucesso. Este tipo de detalhamento leva a uma taxa de conversão 8% maior.


3 – A quantidade de fotos faz a diferença

Não seja econômico nas imagens, pois a maior taxa de conversão é de anúncios com entre 25 e 30 fotos. Se você colocar entre 10 e 25 fotos terá 6,7% mais chances de venda quando comparado a anúncios com até 10. “Um bom número a se ter em mente é 15”, recomenda Caldeira.

É claro, o carro tem que estar limpo para ser fotografado, afinal a aparência é fundamental na venda.


4 – Use todos os recursos multimídia

Se a plataforma permitir anúncios com fotos 360º não deixe de publicar. Este tipo de mídia vai aumentar a chance de conversão em 23%. Já os áudios ampliam este percentual em 47%. “O comprador quer ouvir o carro funcionando, o barulho do motor e isso é importante para seu convencimento”, lembra Caldeira. O uso de áudio chega a até ser mais essencial que o vídeo, que aumenta a probabilidade de venda em 14%.


Segundo o Estudo Performance de Veículos Usados PVU, realizado pela MegaDealer com base nos dados da Auto Avaliar e Instituto AAV, o tíquete médio das vendas de veículos usados ficou em R$ 74.706,00 em julho, recuo de 8,6% em comparação ao mês anterior e atingiu o menor patamar dos últimos 12 meses.A redução de preços foi geral, mas o segmento de veículos premium e sedans compactos foram aqueles que sofreram a maior queda em julho, especialmente após o anúncio do programa do governo de redução de impostos e preços dos veículos 0km. Este comportamento do mercado aumenta a importância de se fazer um anúncio diferenciado para encantar o cliente, valorizar o veículo e vender mais rapidamente”, ressalta Caldeira.



Brasil sofreu 603 mil ataques de ransomware nos últimos 12 meses

Números de pesquisa realizada pela Kaspersky apresentados em agosto indicam o Brasil com folga na liderança entre os países mais atacados por ransomware, tipo de malware de sequestro de dados, feito por meio de criptografia, que usa como refém arquivos pessoais da própria vítima e cobra resgate para restabelecer o acesso a estes arquivos

 

 

O tipo de ataque digital que sequestra os dados mantidos em computadores, mediante encriptação e posterior exigência de pagamento de resgate, foi mapeado (e barrado) em mais de 603 mil eventos entre junho de 22 e julho de 2023, segundo pesquisa realizada pela Kaspersky. O Brasil responde por expressivos 52% de todos os ataques identificados na região, seguido de Equador, México e Colômbia. 

“A razão de o Brasil liderar o ranking parece ser a soma do gigantismo brasileiro, em número de habitantes e negócios digitais realizados, bem como do alto número de companhias alocadas no país, dos mais variados segmentos, aí incluídos setores financeiro e de saúde, alvos preferidos de organizações criminosas”, comenta Henrique Rocha, sócio do Peck Advogados. 

A saída para melhorar este cenário, na visão do advogado especializado em Direito Digital, é investir cada vez mais em sistemas, especialmente quando os números da pesquisa comprovam a eficácia de sistemas de defesa digital. “É um caminho perene e irreversível”, ressalta. 

Embora o relatório não possa concluir o universo total de ataques, indica que o país segue sendo um alvo preferencial de quadrilhas digitais e que, portanto, as empresas devem manter suas defesas cibernéticas e de governança sempre atualizadas, realizando treinamentos e investindo em conscientização de seus empregados e parceiros de negócios.


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