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sábado, 9 de setembro de 2023

Conheça os superpoderes dos introvertidos que podem ajudar na sua comunicação



Em um mundo repleto de interações sociais e comunicações rápidas, os introvertidos muitas vezes são vistos como quietos e reservados. No entanto, por trás desses rótulos, eles possuem superpoderes comunicativos que são relevantes e podem ser úteis no dia a dia.

 

Diferentemente dos tímidos, que frequentemente enfrentam ansiedade e desconforto em situações sociais, os introvertidos encontram conforto na solidão ou em ambientes mais tranquilos, relata Fernanda de Morais, Fonoaudióloga, Mentora e Especialista em Comunicação e Oratória. “Os introvertidos tendem a preferir interações sociais mais profundas e duradouras, evitando participar de grandes grupos ou interações mais prolongadas”.

 

A capacidade dos introvertidos de ouvir com atenção é um de seus superpoderes. “Eles se destacam como excelentes ouvintes, captando detalhes nas conversas que muitas vezes passam despercebidos por outros. Essa habilidade fortalece a compreensão e promove a empatia. Além disso, existe respeito pelo espaço do outro, já que eles preferem interações menos invasivas”, aponta a especialista.

 

Apesar de suas competências, os introvertidos podem enfrentar desafios em ambientes mais comunicativos. De acordo com a fonoaudióloga, enquanto os extrovertidos prosperam em grupos e multitarefas, os introvertidos preferem concentração e interações mais profundas. “Em reuniões com seis pessoas, a tendência é que mais de 60% da conversa seja guiada por dois participantes (Northwestern Kellogg). Dessa forma, os introvertidos sentem-se desestimulados a falar. É importante incentivá-los a falar, além de incentivar os extrovertidos a serem objetivos”, completa.

 

No mundo profissional, os introvertidos podem se deparar com desafios ao interagir com colegas e superiores. No entanto, Fernanda destacou algumas estratégias que podem ajudar a superar esses obstáculos: se esforce para socializar em diferentes ambientes, expandindo sua rede de contato e aumentando sua confiança; outro ponto é que nem todas as reuniões exigem sua voz, portanto, selecionar os momentos certos para falar e contribuir com comentários pertinentes é fundamental. Por fim, inicie conversas com tópicos mais informais antes de abordar assuntos técnicos. Isso estabelece conexões e facilita a comunicação.

 

Introvertidos muitas vezes demonstram vantagens na comunicação em situações em que optam por ficar em silêncio em vez de desrespeitar alguém com palavras. “Sua tendência à introspecção os leva a observar mais antes de agir, permitindo uma compreensão mais profunda do ambiente. Além disso, sua habilidade natural de escutar torna-os ótimos ouvintes, promovendo amizades sólidas e comunicação eficaz. Sendo menos impulsivos, os introvertidos também tendem a cometer menos erros na comunicação, o que contribui para interações mais harmoniosas”, aponta a especialista.

 

Você pode ser introvertido ou extrovertido, o que importa é reconhecer e valorizar o que tem de melhor, além de saber se comunicar com clareza em qualquer situação”, conclui a fonoaudióloga. 

 



Fernanda de Morais - Diretora Voice Care Treinamentos e Palestras. Fonoaudióloga Mentora e Especialista em Comunicação e Oratória
Instagram: @fe.demorais



Superproteção na infância gera adultos inseguros e com medo de mudar

Ao buscarem o melhor para seus filhos e em nome disso tentarem facilitar a vivência deles, os pais acabam por eliminar certos obstáculos que, de outro modo, poderiam funcionar como aprendizados


Todo ser humano almeja viver uma vida em que se sinta plenamente satisfeito. Porém, para alguns, é tarefa extremamente difícil colocar-se em movimento e tomar as atitudes necessárias para tornar real esse sonho de felicidade.  De acordo com o ortodontista, escritor, palestrante e autor do livro “O poder do ânimo”, Mauricio Souto, a insegurança é muitas vezes a raiz dessa imobilidade. E ela, diz Souto, como tantas outras limitações, costuma ter suas origens nos ensinamentos transmitidos pelos pais ou pessoas com quem o indivíduo conviveu com alguma proximidade na infância.

O autor do livro “O poder do ânimo” destaca que esses aprendizados ou lições que construímos ao longo da vida, a partir do que presenciamos e experimentamos  (vendo, ouvindo e sentindo repetidamente) tendem a se cristalizar em nós como crenças, verdades as quais não refletimos a respeito e que nos conduzem nas conquistas ou frustrações. “Aproximadamente 90% de nossas decisões se baseiam em nosso subconsciente, isto é, naquilo que acreditamos e que já não questionamos mais, porque estão enraizadas na nossa forma de ser”, explica.

Por exemplo, destaca Souto, quando os pais, dentro de suas limitações, educam seus filhos para que tenham um futuro estável e seguro, com muitas restrições, cuidados exagerados, tentando à sua maneira poupar a prole dos perigos do mundo, eles certamente estão estabelecendo na mente de suas crianças pensamentos automatizados sobre esse assunto. “O resultado desses ensinamentos acaba por gerar dificuldades, algumas que impedem os filhos na vida adulta de saber para onde querem ir e o que realmente podem alcançar”, diz.

Ao buscarem o melhor para seus filhos, e em nome disso tentarem facilitar a vivência deles, os pais acabam por eliminar certos obstáculos que, de outro modo, poderiam funcionar como aprendizados. “Esses pedaços do caminho da infância e da juventude – que se transformaram em pontes sustentadas pelos pais – se projetam nas vidas destes indivíduos já crescidos como momentos de insegurança”, afirma Souto, ressaltando que os pais, no final das contas, acabam por impor no presente de seus filhos aquilo que tanto desejavam evitar que ocorresse no passado deles, a insegurança, de uma maneira que acaba limitando ou inibindo suas ações.

Conforme o escritor e palestrante, ter uma mãe ou um pai superprotetor (ou ambos) é muito mais comum do que se imagina. O autor do livro “O poder do ânimo” reitera que esse tipo de comportamento, muitas vezes sentido como opressivo, gera nesses indivíduos, já adultos, lembranças ou traumas com um potencial muito nocivo. “Essas recordações contribuem demasiadamente para restringir ou marcar as vidas dessas pessoas, impedindo-as de agirem para mudar suas trajetórias e de ousarem mais em busca de alguma realização”, afirma.

A insegurança que norteia a conduta do indivíduo adulto, cuja infância foi marcada por superproteção, explica Souto, reflete-se no medo de ele perder o que já conquistou. “A pessoa não arrisca nunca e tudo o que faz tem como propósito, em primeiro lugar, preservar  o que já foi obtido”, diz. Assim, mesmo que esteja vivendo uma vida infeliz, ele não muda.

Contudo, apesar de não ser fácil movimentar-se em busca de novos rumos, fazê-lo é imprescindível quando se está insatisfeito, destaca o escritor e palestrante. “Se o indivíduo não muda, não acompanha a velocidade com que o mundo vem se transformando, ele para no tempo, fica refém da história, comprometendo sua vida e os projetos que gostaria de realizar”, diz.

Mudar é um processo doloroso, pondera Souto. “Isto porque muitas vezes exige que se abra mão de muitas coisas que o indivíduo acreditava serem únicas e verdadeiras, para abraçar o desconhecido”, explica. Assim, ressalta o escritor e palestrante, é natural que a pessoa quando necessita mudar seja assaltada pelo medo e pela insegurança e que, diante desses dois sentimentos, opte por voltar para a zona de conforto, resguardando-se e pondo em prática o lema “é melhor o certo do que o duvidoso”.

Para mudar, afirma o autor do livro “O poder do ânimo”, é necessário ajustar o equilíbrio emocional, ter um estado de ânimo mais positivo, acreditar mais naquilo que deseja alcançar, ser mais autoconfiante e melhorar bastante a autoestima. Conforme Souto, a adoção destes comportamentos só será possível, no entanto, se a pessoa investir no autoconhecimento. “É conhecendo-se melhor que o indivíduo consegue identificar as situações em que age mais em razão da opinião dos outros do que da sua própria”, diz.

E quando ele se dá conta disso, ressalta Souto, começa a tomar decisões com base nos seus próprios sentimentos, de acordo com sua disposição e necessidade. “Dessa forma, qualquer resultado que alcançar experimentará como mais legítimo, pois é fruto do seu desejo”, afirma.

Por fim, reitera o palestrante, mudar é uma atitude fundamental para quem deseja ser o protagonista da própria história e ter de fato uma vida extraordinária. “Isso implica se abrir para o novo, dispor-se a percorrer novos caminhos, questionar seus conceitos e comportamentos (nada de piloto automático), avaliar o que faz sentido, o que é desperdício (de energia e de tempo) e o que realmente está buscando ou querendo construir na vida ou em sua história” diz. Neste processo, destaca o autor do livro “O poder do ânimo”, tão importante quanto quebrar paradigmas e formar novas crenças, é agir, se propor a fazer, tomar uma resolução. “Agir é fazer, é produzir”, conclui.

 Ficha técnica:

Subtítulo: Como recuperar sua energia, reconectar-se com seus sonhos e construir uma jornada extraordinária Autor: Mauricio Souto | ISBN: 9786555443523 | Formato: 16 x 23 cm Páginas: 208 | Preço de capa: R$ 64,90 | Preço e-book: R$ 45,40 Lançamento: 10/07 | Selo: Gente | Gênero: Desenvolvimento pessoal


Mulheres dormem pior que os homens, diz estudo

Aparelhos eletrônicos e problemas de relacionamentos estão entre as principais razões pelas quais mulheres tem uma qualidade de sono pior


Um estudo abrangente conduzido pela ResMed em 2023, envolvendo mais de 20.000 participantes em mais de dez países, apontou que as mulheres enfrentam desafios significativos em relação à qualidade do sono em comparação com os homens. A pesquisa detalhou os padrões e as condições de sono e integrou a campanha global "Desperte o seu melhor", cujo propósito é fornecer dados e promover discussões sobre a importância da saúde do sono. 

Os dados coletados neste estudo revelam que 52% das mulheres relatam que são mais propensas a acordar com uma sensação negativa pela manhã e 26% dizem que continuam cansadas quando se levantam. Por outro lado, 58% dos homens relatam que são mais propensos a acordar se sentindo positivos e 68% têm maior probabilidade de estarem satisfeitos com a quantidade e a qualidade do sono contra 58% das mulheres e pessoas não binárias. 

Enquanto os homens mencionam preocupações relacionadas ao trabalho como fatores que os impedem de dormir (34%), mulheres e pessoas não binárias dizem que a ansiedade e a depressão as mantêm acordadas à noite (36% e 25%, respetivamente). Outros fatores proeminentes são vivenciar ruídos externos ao quarto durante a noite (por exemplo, trânsito, animais de estimação, etc.), pressões financeiras e problemas familiares ou de relacionamento (25% cada).

Quando se trata dos impactos da pandemia de Covid-19 no sono, as mulheres também estão mais vulneráveis. Elas são as mais propensas a afirmar que o estresse afetou seu sono desde o início da pandemia (63% contra 57% dos homens e pessoas não binárias), com 20% relatando um impacto muito significativo. 

A pesquisa também apontou dados referentes aos hábitos do sono dos brasileiros. No Brasil, em geral, 60% dos entrevistados dizem estar satisfeitos com a qualidade de sono e mais da metade (53%) com a quantidade de sono. Os brasileiros também dormem mais tempo por noite que outros países:  cerca de 7,8 horas, quase 1,3 horas a mais que os japoneses, os últimos colocados em horas de sono na pesquisa. Os brasileiros são também os que mais relatam que se sentem revigorados ao acordar (27%) . Mesmo com os resultados positivos, a ansiedade e a depressão são mais comumente listadas no Brasil como o principal motivo para manter os indivíduos acordados no país(46%). 

A maioria dos entrevistados (80%) relatou acordar com sintomas de interrupção do sono – depressão ou irritabilidade, acordar com boca seca ou dor de garganta, dificuldade de concentração durante o dia – que também podem ser indícios de apneia do sono, insônia e outros distúrbios do sono. Para quem deseja  descobrir como está seu sono é possível fazer um teste em www.resmed.com.br/desperteseumelhor e ter acesso a dicas e ferramentas para melhorá-lo.



ResMed
ResMed.com.br
@ResMedBrasil



Eu tenho ansiedade? Entenda quando a ansiedade "boa" pode se tornar patológica

Psicanalista Blenda Oliveira explica quando o transtorno passa de um estágio comum e requer ajuda profissional


Segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, o Brasil é o país mais ansioso do mundo. A ansiedade é uma condição que afeta mais de 18 milhões de brasileiros, e é caracterizada por um sentimento de medo e apreensão frente a um perigo desconhecido. De acordo com profissional da saúde, todo mundo carrega um pouco do transtorno em si, mas quando ele se torna exagerado, torna-se um problema patológico. 

Segundo a psicanalista Blenda Oliveira existe o dito como ansiedade "boa" e a ansiedade "patológica". A diferença das duas está na frequência e intensidade. "A ansiedade boa é aquele sentimento comum que todos temos dentro de nós. Funciona como uma espécie de motor, pode fazer parte dos momentos de realização, curiosidade, da vontade de crescer, de aprender, é uma energia que move você adiante", explica a especialista.

"Já a ansiedade patológica, tem uma frequência e intensidade muito grandes, podendo tornar a vida disfuncional. A pessoa começa a ter sintomas físicos, como taquicardia, dores no estômago, problemas de pele e de sono, comer muito ou não comer, e a dificuldade de dar conta das tarefas do dia a dia, além de seus relacionamentos e compromissos", complementa.

Blenda explica que quando a ansiedade atinge o estágio de patológica é porque chegou em níveis muito altos e acaba se tornando responsável por paralisar a vida, potencializar uma queda da autoestima e um aumento da irritabilidade.

"Ansiedade boa sempre vai ser um sentimento resultante de um conflito interno, esse é um estado psíquico, emocional, que todos nós vamos ter. Mas no estágio patológico, a ideia e os medos de que apenas coisas  ruins vão acontecer, são inflacionados", explica Blenda. 

Atividade física, meditação, psicoterapia, são alguns dos recursos para lidar com a ansiedade boa, comum. Já quando ela atinge uma fase patológica, é preciso ter uma ajuda médica e psicológica. "Existem pessoas que têm um traço maior de ansiedade, podem ser características de alguém. Gente que corre muito atrás do que quer, quer dar conta de tudo, mas não quer dizer que é patológico. Essa pessoa pode aprender a diminuir a ansiedade, a se tranquilizar, mudando o estilo de vida", explica a psicanalista.

"Já no sentido patológico, pode usar de medicações e buscar ajuda médica", complementa ela.

Dados aferidos em pesquisa do Datafolha, divulgados em agosto, mostram que três em cada dez brasileiros se sentem ansiosos. Ainda assim, só 7% da população avalia sua saúde mental como ruim ou péssima. De acordo com Blenda Oliveira, falta falar mais sobre o assunto.

"Ninguém sabe muito o que é saúde mental. Talvez saúde mental seja o quanto você é resiliente e capaz de lidar com desequilíbrios, incertezas, medos e preocupações. Isso são coisas que nós temos todos os dias. Saúde mental é o quanto a gente consegue encontrar saídas e capacidade para pensar no meio do caos", finaliza Blenda. 


Blenda Marcelletti de Oliveira - doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. A especialista atua como psicoterapeuta em orientação de pais, famílias, casais e adultos. Além da prática presencial no consultório, Blenda escreve e troca ideias por meio das redes sociais. Você pode encontrá-la nos perfis @blenda_psi no Instagram e @oliveira_blenda no Twitter.


Prevenção ao suicídio: psicóloga ensina como identificar pessoas em sofrimento psíquico

Em um mundo que a saúde mental é uma preocupação crescente, a prevenção ao suicídio emerge como um tema relevante. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Não à toa, dia 10 de setembro foi estabelecido o dia dia mundial de prevenção ao suicídio e a campanha setembro amarelo ocorre durante todo o mês. A psicóloga Ana Streit, mestre em psicologia e saúde, diz que a prevenção ao suicídio é fundamental e a conscientização desempenha um papel importantena luta a favor da vida.

Antes de ajudar alguém, o primeiro passo é estar atento aos nossos pensamentos e atitudes, pois o cuidado com a saúde mental deve começar com a gente. Depois, estendemos o olhar para o próximo. “Os sintomas nem sempre são visíveis, muitas vezes são silenciosos, mas há alguns sinais para os quais podemos prestar atenção, como os sintomas verbais, frases com intenção, mesmo que subliminar, de morte, por exemplo: “estou cansado, não quero continuar”, “quero acabar com essa dor”, junto com sintomas comportamentais, tipo a tendência ao isolamento, desinteresse por atividades que antes eram agradáveis, excesso ou falta de sono. Mas, tudo depende de cada pessoa ou situação que ela está vivendo naquele momento. Os períodos de estresse demandam atenção”, pondera.

 A especialista em saúde mental orienta que há muitas formas de previnir um suicídio e que algumas situações podem aumentar ou diminuir o risco desse comportamento. Por isso, conhecer os fatores de risco é importante para buscar ajuda para si ou para alguém que esteja precisando. Ana cita os fatores de risco, que são: sofrer ou praticar bullying, gravidez na adolescência, separação e conflitos constantes com os pais ou familiares, transtornos alimentares, abuso de drogas e álcool, ter sofrido algum trauma, sofrer ou praticar violência sexual.

 Já quando falamos de prevenção, as ações que a psicóloga destaca são: trabalhar a autoestima, ter rede de apoio, amigos e familiares que a pessoa possa contar quando está triste, cultivar a sua espiritualidade e senso de propósito, pois é um aspecto importante e que dá suporte nos momentos difíceis. “Em casos de pessoas que possuam algum transtorno mental, a terapia e, muitas vezes, o acompanhamento psiquiátrico é essencial. Os transtornos mentais causam muito sofrimento, seja um transtorno de humor como depressão, ansiedade, seja um transtorno de personalidade“ ressalta. 



Ana Streit - psicóloga clínica, Mestre em Psicologia e Saúde pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Além disso, a profissional é professora, supervisora e terapeuta do esquema, já em processo de Certificação Internacional em Terapia do Esquema pela International Schema Therapy Society (ISST). A profissional gaúcha escreve.



Quer ter mais intimidade nos encontros virtuais? Aqui estão alguns bons conselhos

Se estão cansados da mesmice dos encontros amorosos, é hora de ser mais criativo ao estabelecer conexões — e os aplicativos podem ajudar.  O Bumble - primeiro aplicativo em que a mulher dá o primeiro passo - separou algumas dicas de como ter mais intimidade nos encontros virtuais. 

O Bumble falou com especialistas em sexo e relacionamentos para obter conselhos sobre intimidade virtual, seja para principiantes ou experientes neste universo. Não há uma forma certa ou errada de estabelecer intimidade por telefone, por mensagem ou mesmo por vídeo, mas há formas de impor limites e de se sentir confortável, especialmente se tudo isto for novo para você. 


Mude a sua mentalidade

"A primeira coisa a fazer é deixar de pensar nos encontros por vídeo como algo secundário em relação aos encontros presenciais", disse a treinadora sexual certificada e escritora premiada, Gigi Engle.


Faça perguntas básicas

"Faça um check-in consigo mesmo", disse o psicólogo clínico especializado em terapia sexual,  Dr. Nazanin Moali. "Por que está fazendo isso? É algo que quer fazer para satisfazer as suas necessidades? Tem algum nível de autonomia? Ou está se sentindo pressionado?", acrescentou. 

Pode ser útil se sentar e fazer uma lista das razões pelas quais gostaria de ter intimidade através de mensagens, telefone ou vídeo. "Eu encorajaria as pessoas a identificar cinco aspectos que valorizam em si mesmas e em uma relação", disse Douglas Brooks, presidente do Brooks Counseling Group e especialista de longa data em questões de intimidade. "Isto pode ajudar a orientar a tomada de decisões", ressaltou. 

Todos os três foram categóricos ao afirmar que qualquer tipo de intimidade, seja presencial ou virtual, requer um consentimento claro e um certo entusiasmo de todos os envolvidos.

 

Estabeleça limites firmes, mas não espere o pior

É fundamental estar ciente dos riscos existentes na intimidade virtual, especialmente quando há fotos ou vídeos envolvidos. A pornografia de vingança continua sendo uma preocupação válida. Ainda assim, diz Engle, se você já conhece bem o seu date e teve uma conversa aberta, honesta e adulta, não deve necessariamente esperar que ele abuse da sua confiança.

"Não há problema algum em esperar que as pessoas o tratem como um ser humano", disse ela. "É triste que esse seja o limite. Não acho que precisemos ser tão céticos a ponto de pensar que todo mundo é um canalha”, acrescenta. 

Ainda aconselhou quais precauções podem evitar o constrangimento de, por exemplo, uma gravação de vídeo clandestina ser compartilhada. "Discuta o fato de que tirar uma foto ou fazer um vídeo seria uma violação, mas entenda que ainda há riscos em potencial", disse ela. "É o mesmo tipo de risco que corre quando envia um nude a alguém", disse.

Brooks concorda, acrescentando que é importante não presumir que seu par entenda. Diga isso em voz alta ou escreva por escrito. "Façam um voto de não capturar a tela ou fazer outras coisas que possam comprometer alguém mais tarde", disse ele. "Quanto mais você puder conversar sobre as coisas, mais livre poderá ser em suas interações", reforça Brooks. 

Para Engle, se você quiser evitar a perspectiva de tirar fotos ou fazer vídeos, o sexo por telefone é uma ótima opção. "Também é uma boa solução para quem tem um emprego em que, se aparecer uma foto sua nua, será demitido", disse. "Você também pode usar todas as funções de vídeo, mas desligue a câmera”, concluiu. 

 

Dê passos de bebê

Se a intimidade virtual for nova para você, a Dra. Moali aconselha manter os riscos baixos no início: "comece com sexting e só aumente quando estiver pronto”. 

Ela recomenda levar uma troca sugestiva para o próximo nível somente se a outra pessoa estiver retribuindo ativamente. E não há necessidade de ir além das mensagens íntimas se isso estiver funcionando para você e seu parceiro. "O sexting pode ser ainda mais excitante do que pessoalmente", disse  Dra. Moali. "Você está descrevendo coisas e pode usar sua imaginação."

 

Aceite o fato de que não será perfeito

Com a intimidade virtual - especialmente em vídeo - pode haver um instinto de ser performático. Ignore isso, diz Engle. "Essa experiência deve ser a mais autêntica possível, dadas as circunstâncias. Não se trata de fazer um show de espionagem. Este é um encontro de bate-papo sexual por vídeo. É uma grande distinção". 

O Dr. Moali concorda. "Dê a si mesmo a espaço para que não  precise ser perfeito", disse ela. "Você não é um artista! Não se preocupe com sua aparência. Esteja no momento e concentre-se em como você se sente”. 

 

Confie em seus instintos

Você está ficando íntimo ao telefone, mas no meio do caminho se pergunta sobre os objetivos do seu date? A boa notícia sobre encontros virtuais de qualquer tipo é que você nem precisa de uma desculpa para ir embora, como pode achar que precisa no mundo real. (E lembre, se um parceiro do Bumble foi abusivo ou te deixou desconfortável de alguma forma, você pode usar nosso recurso Bloquear e Denunciar para nos alertar). 

Assim como nos encontros presenciais, confie em seu instinto, diz o Dr. Moali. "Essa é a beleza de usar um aplicativo", disse ela. "Se você perceber sinais de alerta, pode se desconectar dessa pessoa."

Moali ainda acrescenta que você não deve ser duro consigo mesmo se o encontro virtual não for o que você esperava. "É importante, se você tiver uma experiência ruim, praticar o autoperdão", disse ela. "Esse é um novo mundo para muitas pessoas."

"Você deve se divertir", disse Brooks. Ele acrescentou que há, é claro, maneiras de conhecer muito bem um par do Bumble sem envolver nada remotamente sexual ou sugestivo. "Você pode ter intimidade sem fazer sexo", disse ele, "mesmo que seja para fazer uma caminhada virtual juntos em algum lugar", concluiu. 


91% dos homens e apenas 55% das mulheres têm orgasmos durante as relações, revela pesquisa

Segundo levantamento da plataforma Gleeden, 65% das mulheres já fingiram orgasmo e 20% fazem isso com frequência; todos os homens dizem ter tido o primeiro orgasmo entre 15 e 25 anos, enquanto maioria das mulheres chegou ao clímax só depois dos 25


 

Em 6 de setembro, é celebrado no Brasil o Dia do Sexo. A data passou a ser lembrada em 2008, após um fabricante de preservativos fazer alusão à famosa posição sexual “69” (meia-nove) para uma estratégia de marketing. Como um grande aliado do prazer, o Gleeden – plataforma número 1 para encontros extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo – resolveu “comemorar” a data perguntando aos seus usuários sobre como eles sentem prazer durante o sexo.

 

De acordo com a pesquisa, feita com quase 12 mil usuários do aplicativo na América Latina, apenas 55% das mulheres afirmam “atingir o clímax durante a relação sexual”, enquanto a porcentagem para homens sobe para 91%. Outro dado marcante: 65% das entrevistadas dizem que “já fingiram orgasmo em alguma ocasião” e 20% “fazem isso de forma recorrente”.

 

O levantamento também aborda a idade em que homens e mulheres tiveram os primeiros orgasmos. Embora todos os homens entrevistados digam “ter tido os primeiros orgasmos entre os 15 e os 25 anos”, a porcentagem cai drasticamente no caso das mulheres, que afirmam “ter vivido a experiência prazerosa somente depois dos 25 anos” e reconhecem que melhoraram graças à idade e ao conhecimento de seus gostos.

 

“A diferença nesses percentuais se deve a diversos fatores, como problemas de comunicação, falta de escuta ativa das preferências e interesses das mulheres e até vergonha da parte delas para expressar o que gostam e como gostam”, explica Silvia Rubies, Diretora de Comunicação e Marketing do Gleeden. “Embora ainda haja muito a ser feito, falar abertamente sobre o orgasmo feminino é fundamental para promover uma sexualidade mais satisfatória e saudável”, acrescenta.


 

Brinquedos sexuais


As entrevistadas também reconhecem o papel dos brinquedos sexuais e da masturbação, considerando-os essenciais para o autoconhecimento e a eficácia no alcance do orgasmo. Embora apenas 45% das mulheres afirmem que “os utilizam”, 100% “reconhecem a sua eficácia quando se trata de atingir o clímax”.


 

Como chegar ao orgasmo com mais facilidade?


Segundo o levantamento, o “sexo oral funciona melhor” para 25% das entrevistadas mulheres, enquanto para 75% “a chave é a penetração com estimulação do clitóris”. Este dado coincide com outro: 75% das entrevistadas afirmam “ter orgasmos vaginais”, ou seja, quando recebem estimulação interna no canal vaginal. Já os outros, ao passo em que 25% dizem “ter apenas orgasmos clitorianos”, que acontece por meio da fomentação direta ou indireta do clitóris.


 

Sexóloga explica que o orgasmo é diferente para cada pessoa


Luciane Cabral, sexóloga do Gleeden, explica que “o orgasmo é diferente para cada pessoa. Alguns amam o sexo oral para chegar ao ápice, outros, a penetração vaginal e sexo anal com ou sem estímulos clitorianos. O importante é se permitir descobrir onde sua sensibilidade é maior e onde seu prazer é mais potente”.

 

Sobre posições para chegar ao prazer juntos, ela destaca que não existe uma fórmula mágica, mas há quem sugira que a tradicional “papai e mamãe” seja mais prazerosa por conta do contato e da fricção do clítoris durante a penetração. “É importante os parceiros se permitirem, testarem e observarem as reações um do outro. Vale sempre beijar muito os lábios, nuca, estimular a pele com toques suaves, lambidas e tecidos”.

 

Já com relação à posição que originou o Dia do Sexo, o famoso “69”, a especialista aponta que “para os amantes de sexo oral, é uma posição que favorece o estímulo simultâneo. Com a mulher por cima, por exemplo, é possível estimular o períneo, região muito excitável para o homem, e ela ainda consegue ter controle dos movimentos enquanto recebe o estímulo, o que pode favorecer o orgasmo”, finaliza.


 

Gleeden



Setembro Amarelo: especialista atenta para a conscientização e explica como as pessoas podem procurar ajuda

Psicóloga comenta sobre os principais fatores que causam um suicídio e como a sociedade pode lidar com a situação

 

O setembro Amarelo tem como proposta sensibilizar a população sobre o suicídio e é dedicado à sua prevenção. A importância desse mês é a de trazer à discussão os cuidados e as formas de prevenir o ato, desmistificando mitos e tabus.  

O movimento foi inspirado no caso Mike Emme (EUA) ocorrido em setembro de 1994. Ao perderem o filho, os pais junto aos amigos distribuíram no velório de Mike 500 cartões com fitas amarelas (a cor do Mustang do filho, que ele havia restaurado) com mensagens de apoio às pessoas que pudessem estar em sofrimento e que pedissem ajuda. Os cartões ganharam o mundo e a ideia acabou virando um movimento de prevenção, com a fita amarela como símbolo.  

Para a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, doutora em Psicologia da Saúde, Regiane de Aquino Ribeiro Serralheiro, a sociedade costuma ser imediatista e pouco empática, desvalorizando o sofrimento ao retratar que a pessoa que tenta o suicídio está querendo chamar a atenção.  

“Crises excedem os recursos que as pessoas possuem naquele momento, e muitas vezes para o ser humano em sofrimento é difícil pensar na mudança de rota, traçar outro plano ou alterar o caminho. Parar, refletir e pedir auxílio nem sempre é simples. A falta de informação e de conhecimento no assunto comprometem muito o pedido de ajuda”, considera.  

Desmistificando o suicídio  

Quando o indivíduo avalia a possibilidade de tirar a própria vida, na maioria das vezes o desejo não é de morrer, diz Regiane, mas de acabar com o sofrimento intenso pelo qual passa. Por isso, reconhecer que por trás do ato há uma pessoa, com toda uma história, ajuda outras pessoas a humanizá-la, não a reduzindo ao ato.  

Em muitas situações, pode haver sinais que são possíveis de realizar o encaminhamento a profissionais de saúde ou a rede de apoio, se identificados a tempo. Contudo, a especialista considera a dificuldade em reconhecer que as pessoas próximas, ou amadas, podem pensar em tal desfecho para sua vida.  

“O suicídio é um fenômeno presente em todas as culturas e em toda a humanidade, é multifatorial e complexo, envolvendo fatores psicológicos, biológicos – inclusive genéticos, sociais, culturais e ambientais. Portanto, tirar a própria vida deve ser compreendido como um desfecho de uma série de fatores e não uma única causa”, afirma.  

Questão de saúde pública, o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos morrem mais pessoas por suicídio do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios. Estima-se que no mundo haja 800 mil mortes por ano, ou seja, um caso a cada 40 segundos. A taxa entre jovens também representa grande preocupação, bem como em crianças, e no caso do Brasil, o país ocupa o 8° lugar no ranking, com um caso a cada 45 minutos.  

Quanto aos fatores de risco, há situações de baixo, médio e alto risco que devem ser avaliadas: uma tentativa prévia recente, uma alta hospitalar por tentativa, devem ser bem acompanhadas, pois a pessoa pode estar fragilizada. Outros podem ser o desemprego, experiências de violência, abuso de álcool e substâncias.  

“Identificar os fatores de perigo como a presença de sentimentos de desamparo, desespero, desesperança, solidão e comportamento impulsivo estão associados com tentativas de suicídio”, esclarece.  


Como agir com uma pessoa que pretende se suicidar?  

Segundo a professora da Universidade Cruzeiro do Sul, falar é necessário, acolher mais ainda, pois a existência de vínculos e o bom suporte social e familiar tendem a auxiliar. Com a presença de riscos, é fundamental o acompanhamento profissional especializado.  

“Abordar nem sempre é fácil, mas é necessário. Por esse motivo, quem está por perto deve encaminhar a pessoa ao profissional de saúde, como psicólogo e psiquiatra, que são especialistas importantes para o indivíduo nessa situação. O profissional deverá avaliar e manejar o problema de forma adequada, envolvendo a família e amigos como parceiros no cuidado”, orienta.  

Além da prevenção, as pessoas que sofrem uma perda decorrente por suicídio também necessitam de acolhimento. Trata-se da pósvenção: quando houve alguma tentativa prévia ou quando da ocorrência do fato, amigos, familiares e outros contatos com o falecido também são impactados (sobreviventes). “Cada perda pode afetar de 6 a 30 pessoas. Aos sobreviventes do suicídio, a experiência de luto, pode necessitar de acompanhamento para a expressão adequada e benéfica do luto”, reforça a psicóloga.  


O que a sociedade deve fazer para evitar?  

Serralheiro comenta que os cuidados à saúde mental devem ocorrer o ano todo. Reduzir o preconceito e os tabus, bem como as condições que agravam o sofrimento psíquico, a desigualdade social, maus tratos às minorias, condições de precarização do trabalho, entre outros, favoreceriam uma sociedade mais justa e igualitária.  

“Programas preventivos e de saúde mental, que por meio de psicoeducação poderiam contribuir para avaliar mudanças bruscas de comportamento, podem ser indicativos de sofrimento psíquico, neste caso, mas entendam que não é uma relação de causa e efeito, pois o suicídio é multifatorial e complexo. Oferecer ajuda e acolhimento pode ser um bom sinal, mas claro que é preciso pensar se também conseguimos suportar tal demanda, pois se não estivermos bem, poderá ser muito custoso ouvir tamanho sofrimento e estar disponível para ajudar. Temos que reconhecer nosso limite e quando também podemos precisar de ajuda”, recomenda a psicóloga.  

Em caso de auxílio, Regiane frisa que é possível buscar por meio dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Integrada, Serviços de Psicologia e Psiquiatria. Há ainda o Centro de Valorização da Vida (CVV) no qual os atendimentos acontecem 24 horas por dia e podem ser feitos pelo site cvv.org.br ou telefone para 188. O serviço é voluntário, gratuito para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail ou chat.  

Por fim, a especialista diz que: “Se você estiver com dificuldades, procure ajuda profissional. Compartilhe os seus sentimentos, compreenda que é uma crise e que irá passar. Não tenha vergonha de falar do que dói, entenda que você não é um estorvo e não está sozinho. Momentos turbulentos são difíceis como tempestades, mas elas sempre passam”, pontua.   


Universidade Cruzeiro do Sul
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Luto por suicídio e posvenção - A outra margem

A obra discorre sobre a sensação de estar à deriva para quem se depara com a situação de luto após um suicídio, vivendo um misto de sentimentos ambíguos. Como especialista referência em suicidologia no Brasil, Karina Okajima Fukumitsu trata agora do reconhecimento dos impactos disso na saúde existencial de quem fica.


Diante dos cuidados com pessoas em luto por suicídio são recorrentes os depoimentos de vergonha, culpa e raiva, entre outros sentimentos turbulentos. Dedicada a se aprofundar nos estudos sobre esse processo e na trajetória da posvenção, a suicidologista Karina Okajima Fukumitsu registrou suas experiências de mais de 30 anos lidando com pesquisas das especificidades dessa vivência no livro Luto por suicídio e posvenção – A outra margem, (136 p., R$ 56,10 – Summus Editorial).

É fato que o suicídio afronta a estabilidade emocional de forma singular e a travessia desse momento requer esforço sobremaneira da pessoa em luto nessas circunstâncias. No livro, é discutida a busca de sentidos frente à impotência, ao não saber como lidar, à falta de controle da situação, e à necessidade de desenvolvimento de firmeza existencial para que a pessoa enlutada possa continuar a vida, apesar da ausência daquele que partiu.

A obra apresenta também um fluxograma do processo de luto por suicídio como base para a compreensão da posvenção, cujo objetivo principal é ser a prevenção para gerações futuras e, assim, ajudar a chegar na outra margem. Nesse sentido, Karina Okajima Fukumitsu ressalta: "Essa não é, porém, qualquer margem, à qual a pessoa enlutada deverá chegar a todo custo. A partir do momento em que se é lançado no processo de luto por suicídio, nada mais será igual e nada mais deverá ser obrigatório".

Como psicóloga, Karina Okajima Fukumitsu é pesquisadora de suicidologia - campo de saber destinado aos estudos de prevenção de processos autodestrutivos, luto por suicídio, posvenção e saúde existencial ­- e parte de sua experiência pessoal para propor reflexões a respeito das perdas e dos caminhos da dor perante o suicídio de uma pessoa amada. “Tornamo‑nos madeira à deriva, retirados do solo conhecido e do enraizamento cotidiano. Somos jogados ao mar e, após muitas ondas e percalços, chegamos a uma margem desconhecida. Sem vitalidade, por mais que nos sintamos sem energias, ainda somos compelidos a chegar à outra margem”, descreve Karina no prefácio.

A autora

Karina Okajima Fukumitsu é psicóloga, psicopedagoga, Gestalt-terapeuta e consultora em saúde existencial. Tem pós-doutorado e doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP) e mestrado em Psicologia Clínica pela Michigan School of Professional Psychology (MIsPP). É coordenadora da pós-graduação em Suicidologia: Prevenção e Posvenção, Processos Autodestrutivos e Luto e da pós-graduação em Saúde Existencial: Diversidade, Inclusão e Cuidados, ambas da Faculdade Phorte; e cocoordenadora da pós-graduação em Abordagem Clínica e Institucional em Gestalt-terapia e da pós-graduação Morte e Psicologia — Promoção da Saúde e Clínica Ampliada, da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul). É produtora e apresentadora do podcast Se tem Vida, tem Jeito, além de ser palestrante e autora de diversos livros e artigos sobre prevenção dos processos autodestrutivos, posvenção, luto por suicídio, saúde existencial, acolhimento da vida e Gestalt-terapia. Preside a associação Se tem Vida, tem Jeito (https://www.astvtj.com). Site: http://karinafukumitsu.com.br


Título:
Luto por suicídio e posvenção – A outra margem

Autora: Karina Okajima Fukumitsu

Editora: Summus Editorial

Preço: R$ 56,10 (E-book: R$33,70)

Páginas: 136 (14 x 21 cm)

ISBN: 978-65-5549-128-9

Atendimento ao consumidor: (11) 3865-9890

Site: www.gruposummus.com.br

 

Comigo é até aqui, mãe!

 


A vida tem um jeito de ser mais bonita do que trágica, mas depende de nós filhas escolhermos o melhor caminho. Tomar consciência de que nossa mãe nem sempre foi boa conosco e, mesmo assim, tem o mérito de ter nos dado a vida é um dos esforços mais dolorosos do amadurecimento.

Ficar de frente aos limites da mãe, especialmente quando sabemos que a nossa infância não foi protegida por ela, nos leva a experimentar um profundo sentimento de negação e passamos a nos sentir “órfãs” em uma realidade marcada por várias feridas. Em geral, a mãe que rejeita a filha pode, inclusive, exigir que ela assuma o papel materno dentro da família, cuidando da casa e dos outros irmãos, quando não insiste, também, em receber cuidados.

Uma realidade difícil para a filha que se sente negligenciada pela mãe e que desenvolveu a “autossuficiência” como proteção. Muitas filhas mostram dificuldade em suas relações por sempre desconfiarem das pessoas, mas também do próprio potencial. Nas duas realidades, oriento-as a dizer internamente: “Querida mãe, entrego você para a sua solidão” para encontrar o caminho da cura.

A filha que não sente a benção do amor materno tem uma conexão fraca com a mãe e reflete essa falta nos próprios propósitos, sem energia para transformar seus sonhos mais sinceros em conquistas, por exemplo.

Sendo assim, faço a pergunta: “Onde foi que mãe e filha se perderam em suas histórias difíceis”?

Algumas mães, ainda por cima, tentam “transformar” suas filhas em “confidentes” e não percebem que a busca por essa “intimidade”, pode levá-las a grandes problemas emocionais. Em minhas observações clínicas, nem mesmo a filha mais “consciente” tem equilíbrio emocional para carregar o peso das responsabilidades da mãe, pois toda vivência força o desenvolvimento precoce da filha e a desvia do próprio caminho. Assim, nada como serem diferentes uma da outra, terem sentimentos e necessidades individuais e permanecerem livres para serem elas mesmas.

O processo é longo, trabalhoso e exigente, mas é na busca por limite nessa relação, que convido todas nós filhas, encontrarmos uma postura madura para conseguirmos, um dia, dizer, respeitosamente, à nossa mãe: “Eu vejo o meu sacrifício para acalmar o seu coração, mãe. Mas agora me retiro”.

 Por isso, restabelecer a conexão com a mãe é o caminho de cura que mais recomendo para o nosso amadurecimento de filha e, consequentemente, de mulher.

 

Lari Pedrosa – Terapeuta Sistêmica, facilitadora e escritora. autora do livro “Uma Nova Mulher – Curando a Conexão Mãe e Filha” (Literare Books International). Instagram: @larissepedrosa32



Autoestima não pode estar associada somente ao fator estética

Infelizmente é utópico, achar que somos bonitas com dor ou depressão, o corpo pode até ser, mas nós não", revela especialista


Quando falamos de autoestima e estética, sempre pensam que queremos um corpo bonito. Queremos sim, mas a maioria de nós mulheres, o que quer é se sentir bem, e feliz com nosso corpo, pois isto deixa nossa mente leve!

Doenças incapacitantes como endometriose, que nos faz sentir dores, muitas vezes intensas, miomas e adenomioses que fazem a menstruação parecer uma hemorragia, TPM e menopausas que nos deixam irritadas e/ ou depressivas, alterações tiroidianas que mexem no nosso acúmulo de gordura.  Estas e outras patologias são realmente os maiores vilões que roubam nossa autoestima.

 A menopausa, que traz consigo um estigma de “morte do ser mulher”, afinal, se você menopausou, não é mais ninguém. Isto sim é preocupante e mexe na nossa autoestima,.

 Hoje temos tratamentos, que retiram as dores, diminuem ou cessam nossos sangramentos, melhoram nosso humor e libido e porque não, melhoram nossa musculatura e nosso corpo. A medicina traz cada vez mais conhecimento e tecnologia, que nos permite estar bem e cada dia “mais jovens e de bem com nossa estética”.

 Sim, existem exageros, mas isto não deve impedir que possamos utilizar o que existe para viver melhor.

 Um exemplo, é a terapia Hormonal da menopausa, que retira os fogachos, (esses calores e suores incômodos e que nos deixam envergonhadas de suar e pedir para ligar e desligar ar condicionado, frio e calor, ufa!!) ou nos devolve o libido, não apenas sexual, mas de ver a vida mais colorida. Nos retira a dor de uma vagina ressecada no ato sexual.  Não tem auto estima que resista a esses problemas. Como dizem minhas pacientes “isto não é de Deus”

 E se a terapia hormonal pode melhorar minha musculatura, apenas estética? Não !! Eu preciso dos músculos para o equilíbrio e até para sentar, e me mover sozinha. Minha postura e meu corpo melhoram e minha mente feliz de me sentir independente e ter autonomia. Posso ser idosa na idade, mas não necessito ser “velha”.

 Hoje o que gostaria, é que todas as mulheres pudessem ter os tratamentos para se sentirem bem e bonitas. A beleza pode ser roliça, magra, ter cicatrizes, pois ela está no sorriso, no brilho do olhar, no movimento de ser feliz e estar se sentindo bem e saudável.

 Infelizmente é utópico, achar que somos bonitas com dor ou depressão, o corpo pode até ser, mas nós não. Podemos e devemos ser felizes e procurar tudo aquilo que possa nos ajudar nesta jornada. Se “isto não é de Deus”, vamos tratar e viver como merecemos!!!



Dra. Consuelo Callizo Genes - Ginecologista, Obstetra e Diretora Médica do CEPARH e das Clínicas Elsimar Coutinho.

 

Quando estamos alinhados com nossas paixões, encontramos energia e entusiasmo todos os dias

A escolha da profissão é um passo crucial na jornada da vida, moldando nosso destino de maneira profunda e duradoura. Em agosto, celebramos o mês vocacional, uma oportunidade de refletir sobre a importância desse processo de decisão. A conexão entre a escolha certa da profissão e o sucesso é inegável, e para alcançá-lo, é fundamental ouvir o coração e identificar o que nos apaixona.

A sociedade contemporânea oferece uma vasta gama de opções profissionais, o que pode tornar a decisão ainda mais desafiadora. No entanto, ao optar por uma profissão alinhada aos nossos interesses e paixões, abrimos as portas para um futuro mais gratificante e promissor. Quando fazemos o que amamos, nosso trabalho se torna uma expressão de quem somos, impulsionando nossa motivação e produtividade.

O processo de identificar a profissão certa envolve autoconhecimento e reflexão. É crucial olhar para dentro de si e avaliar quais são nossas habilidades naturais, interesses genuínos e valores pessoais. Essa autoconsciência nos guia em direção a áreas que nos motivam e nos fazem sentir realizados. Afinal, o sucesso vai além do aspecto financeiro, uma vez que ele está enraizado na sensação de realização e satisfação pessoal.

Ouvir o coração não é apenas um clichê, mas sim uma orientação valiosa. Quando estamos alinhados com nossas paixões, encontramos energia e entusiasmo renovados todos os dias. A dedicação e o esforço para aprimorar nossas habilidades se tornam naturais, impulsionados pela genuína curiosidade e interesse pela área em que atuamos. Isso não apenas nos torna melhores profissionais, mas também nos permite enfrentar desafios com resiliência e determinação.

Essa busca incansável pelo desenvolvimento contínuo é fundamental, já que o Fórum  Econômico Mundial divulgou uma pesquisa com dados que informavam que 65% das crianças que estão no ensino fundamental hoje em dia trabalharão em empregos  que ainda não existem. 

O mês vocacional, celebrado em agosto, nos lembra da importância de dedicarmos tempo à reflexão sobre nosso caminho profissional. É uma oportunidade para jovens e adultos explorarem suas opções, descobrirem novas áreas e reafirmarem suas paixões. A sociedade prospera quando cada indivíduo contribui com suas habilidades e talentos únicos, e isso só é possível quando estamos verdadeiramente comprometidos com nossa escolha profissional.

A escolha certa da profissão é um presente que damos a nós mesmos e ao mundo. Ela influencia nossa qualidade de vida, bem como o impacto que deixamos na sociedade. Ao seguirmos nossos corações e abraçarmos o que amamos, abrimos um caminho para o sucesso que transcende barreiras e nos leva a um futuro repleto de realizações e significado. Portanto, que neste mês vocacional, possamos lembrar a importância de ouvir nosso coração e perseguir nossos sonhos profissionais com coragem e determinação.

 

Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br.

 

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