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domingo, 3 de setembro de 2023

Love Bombing: Entenda quando a demonstração de amor não tem nada a ver com afeto!

Love bombing confunde muito os recém-apaixonados (Foto: Freepik)
Conheça os comportamentos mais comuns da prática que confunde muitos casais e entenda porque isso acontece


O love bombing é um termo usado para a demonstração exagerada de amor que pode estar atrelada a problemas psicológicos. Gestos de amor que pareçam excessivas são comuns no início de relacionamentos; a vontade de passar tempo com a pessoa amada e, aos poucos, conhecer sua história, descobrir seus segredos, e mergulhar na intimidade é o que todo casal recém-formado deseja. Mas, quando isso passa dos limites, a pessoa pode estar envolvida em uma caso de love bombing!

 

O termo Love Bombing, entendido como bombardeio de amor, em tradução literal, é quando uma pessoa passa demonstrar o amor de forma exagerada, como dar presentes com frequência sem que seja uma data específica, fazer elogios ao parceiro o tempo todo, demonstrar afeto intensamente e várias vezes. Tudo isso pode parecer comportamentos naturais de começo de relacionamento, e mesmo após os primeiros meses, aina há quem goste de sentir os níveis altíssimos de paixão, mas algumas pessoas fazem isso apenas para atrair atenção para si mesmas. O motivo desse comportamento pode estar relacionado ao transtorno de personalidade narcisista, no qual a pessoa sente-se superior aos outros, tendo uma necessidade extrema de receber atenção o tempo todo. Por causa disso, quando é deixada de lado, a relação pode mudar e tornar-se tóxica.

Segundo o Espiritualista Maicon Paiva, Fundador da Casa de Apoio Espaço Recomeçar, o amor se manifesta de várias formas, por isso, reconhecer o love bombing pode ser complicado. “Quando surge um novo conceito de algo negativo, é normal que muitas pessoas entrem em modo de defesa, temendo serem enganadas. Essa postura prejudica toda demonstração de amor sincero. Eu sugiro a todos os casais que não vejam gestos de amor como sintoma desse problema, mas sim que entendam as demonstrações de amor como algo sincero e não de forma problemática”, diz o especialista, que sugere a Consulta Espiritual para casais que querem encontrar todas as respostas para as dúvidas dessa nova fase a dois, e a Limpeza Espiritual como opção para afastar energias negativas.

Apesar de o love bombing estar ligado a problemas de ordem psicológica, não é a única reposta para esse comportamento. A prática pode esconder a personalidade frágil do parceiro, que usa isso como forma de garantir a zona segura de grandiosidade e exaltação a si mesmo. Nesse caso, para manter o parceiro por perto, prefere entrar em relacionamentos com pessoas com baixa autoestima. 

Um estudo publicado na revista Jornal de Personalidade e Psicologia Social percebeu que existe tempo para se apaixonar por outra pessoa. Dados mostram que homens levam, em média, 97 dias para sentir emoções muito próximas ao amor profundo, enquanto mulheres precisam de 149 dias para sentirem segurança no que sentem. Vale ressaltar: esse dado não é uma regra, mas uma média.  

Independentemente do tempo que homens e mulheres levam para se apaixonar, amar demais não é errado. Para impedir ações que simbolizam carinho sejam percebidas de uma forma diferente, Maicon Paiva, especialista do Espaço Recomeçar, fala sobre os sinais mais comuns de love bombing:

 

1.  Parceiro quer estar sempre perto. Diferente do relacionamento tóxico, no qual a pessoa quer estar no controle dos passos do parceiro o tempo todo, quando se trata de love bombing, a forma de controlar é mais sutil, pois se trata de fazer planos a longo prazo, já nos primeiros meses de relacionamento, como forma de garantir que estarão juntos por muito tempo.

 

2. Faz com que você se sinta culpado por ele ser quem é. No love bombing, a culpa não aparece em forma de ataque, ou acusação, mas pelo fato da outra pessoa querer sempre ser muito boa, propositalmente, criando a sensação de culpa no parceiro que se sente obrigado a retribuir, mas não tem chance para isso, pois não para de receber presentes e outros gestos. Isso cria desequilíbrio de afetos, deixando um dos lados sempre em dívida.

 

3. Evolui o relacionamento por conta própria. Algumas etapas da vida do casal indicam que a relação evoluiu e são feitas de forma consensual, como apresentar para os pais e envolver a pessoa cada vez mais no círculo familiar; mas no caso do love bombing, isso acontece repentinamente, para criar um alto nível de intimidade muito rápido.

 

4. Faz elogios excessivos. A pessoa faz elogios demais apenas para ser retribuído da mesma forma e ter o ego massageado.

 

5. Se compromete muito rápido. Acontece quando alguém um dos envolvidos muda o status da relação muito rápido, logo no começo da relação, já determinando o namoro.

 

Não tem nada errado em amar demais, muito pelo contrário. Se colocar na posição de querer fazer o seu parceiro feliz é um objetivo nobre, e para ajudar nisso, é importante que estejam conectados energeticamente. Para saber como fazer, conheça os serviços do Espaço Recomeçar. Clique aqui!

 

Espaço Recomeçar


Dia do Sexo: saiba como o sono pode afetar a vida sexual

Dormir bem à noite é fundamental para manter a libido e diminuir os níveis de estresse


Comemorado em 6/9, o Dia do Sexo ficou conhecido por conta de ação de marketing de uma fabricante de preservativos, em 2008. Desde então, a data é bastante comentada e o assunto ganha ainda mais destaque. Que o sexo está intimamente ligado à saúde, já sabemos. Mas, já parou para pensar na ligação que existe entre ele e o sono? 

Estresse e ansiedade estão entre os principais fatores da atualidade responsáveis por uma noite de descanso ruim, pois aumentam o estado de alerta e mantêm nosso cérebro funcionando enquanto deveria adormecer. O sexo pode ajudar a relaxar, esquecer dos problemas momentaneamente e descansar. 

“Fazer sexo antes de dormir pode reduzir o estresse devido à liberação de um hormônio específico: a oxitocina”, destaca Theresa Schnorbach, especialista do sono na Emma Colchões, líder mundial em vendas D2C (direct to consumer). Além disso, a substância aumenta a sensação de conexão emocional e mental, funcionando como agente regulador, que contribui para melhorar a qualidade do sono.

Ao atingir um orgasmo, o corpo também libera outro hormônio chamado prolactina, que é responsável por dar a sensação de prazer, além de reduzir o nível de cortisol, que está diretamente relacionado ao estresse. A combinação de todas essas alterações hormonais facilita o estado de sonolência e de adormecimento.


Dormir mais e melhor é importante!

Sabemos que o sono é fundamental não só para a saúde de forma geral, mas também sexual. “Estar cansado demais para fazer sexo” não é uma desculpa, mas sim verdade, que afeta a vida de muita gente. Inclusive, a privação do sono pode contribuir para a disfunção erétil. Quando não dormimos o suficiente, temos menos energia e a tendência é ficar mal-humorado, irritado.

Isso pode limitar nossa intimidade por uma razão: quando estamos exaustos, não só o nosso nível de cortisol aumenta, como também suprime a testosterona, o hormônio que aumenta a libido, e que, por sua vez, também influencia a probabilidade de ter um orgasmo.

Confira os sete benefícios que 7 e 9 horas de sono por noite podem trazer, de acordo com a especialista:

• O sono aumenta a produção de testosterona, especialmente a masculina, o que aumenta diretamente a libido;

• Equilibra o sistema nervoso autônomo que, por sua vez, aumenta a probabilidade de ter um orgasmo;

• Amplia a confiança e tem impacto na aparência e autoestima, o que é um fator chave para se sentir confortável durante o sexo;

• Aumenta a criatividade, permitindo ainda mais experiências;

• Eleva os níveis de energia e pode melhorar o desempenho sexual;

• Reduz os níveis de hormônio do estresse melhora não só o apetite sexual quanto a capacidade de orgasmo;

• Dormir bem e suficientemente traz mais bem-estar e relaxamento, o que permite uma conexão mais profunda com o parceiro. 



Teresa Schnorbach - pós-graduada em Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I) pela Sociedade Alemã de Investigação do Sono e Medicina do Sono (DGSM), endossada pela Sociedade Europeia de Investigação do Sono. Na Emma desde 2020, lidera a pesquisa de sono e a Emma Sleep Consultancy.


Emma - The Sleep Company

Até que ponto familiares podem prejudicar um casamento?

Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família, conta que as sogras deixaram de ser bode expiatório, mas parentes ainda podem causar problemas


A sogra já foi vista como o grande “problema” dos casamentos, personagem quase folclórico em anedotas e ditos populares. Atualmente, porém, ela já não é mais considerada o principal bode expiatório dos relacionamentos que não dão certo. O que não significa, porém, que os parentes em geral não possam causar perturbações nos relacionamentos alheios, muitas vezes de modo irremediável. 

De acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família com mais de 40 anos de carreira, mais de 10 mil casos atendidos e diretor do escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, hoje em dia, são muitas as pessoas que se casam pela segunda ou terceira vez, por isso existem novas interferências familiares na relação conjugal. “São comuns, por exemplo, as situações em que os dois se casam trazendo filhos de casamentos anteriores”. 

O advogado explica que, muitas vezes, esses filhos representam uma ameaça para o companheiro ou companheira atual, criando problemas para a nova relação. “As possibilidades de conflito são as mais variadas: entre os filhos de casamentos anteriores e os do casamento atual, entre as filhas do marido e a nova mulher, ou entre filhos e o novo marido. Todas essas situações representam fatores de desequilíbrio, envolvendo ciúmes e carências”, avalia.

Segundo o Dr. Gevaerd, não são incomuns as histórias de quem casou com uma pessoa adorável, porém, após o casamento, descobre que têm sogros que não dão sossego, cunhados problemáticos etc. “Muitas vezes, o marido ou mulher fica dividido entre a família e o companheiro ou companheira e não consegue dar limites a parentes que invadem a intimidade do casal. Assim, o casamento começa a entrar em crise”, analisa.

A solução, de acordo com o especialista, muitas vezes depende principalmente do casal, que precisa manter-se firme e unido para proteger o relacionamento, chegando a acordos comuns, procurando equilíbrio, bom senso e impondo limites. Vale, inclusive, buscar ajuda especializada para lidar com a questão. “É necessário também que todos os membros do grupo familiar em desequilíbrio sejam levados a compreender o problema que está acontecendo e a colaborar para que ele seja resolvido”, sugere.

 


SLuiz Fernando Gevaerd - Especialista na área de Direito de Família. Gevaerd é graduado em Direito, Economia, Administração de Empresas, Contabilidade e especialização em Mediação de Conflitos. Por sua grande expertise, o profissional é fonte constante das grandes mídias (programas de TV, rádios, revistas, jornais e sites) em assuntos diversos. Um de seus diferenciais é a experiência em outras áreas relacionadas com o Direito de Família: Economia, Contabilidade e Negócios, permitindo-lhe falar sobre as repercussões do divórcio em grandes patrimônios.


Gevaerd Consultoria Jurídica
https://gevaerd.com.br/


5 motivos para preservar buquês de noiva

 

Sabrina Camara

Pioneira na preservação do arranjo floral, Sabrina Camara compartilha os reais significados para eternizar uma data tão especial


O buquê de noiva é um dos elementos mais simbólicos e encantadores de um casamento. Ele não apenas complementa o vestido, mas também carrega sentimentos e significados profundos. Sabrina Camara, criadora do Bouquet Preservation - técnica de preservação de buquês onde a artista desconstrói o arranjo e os ressignifica, transformando-os em itens decorativos para o lar - compartilha cinco motivos convincentes para eternizar o arranjo floral e dá dicas valiosas para fazê-lo da melhor maneira possível.


1. Eternização de um momento único

O casamento é um dos momentos mais memoráveis da vida de um casal, e o buquê de noiva é uma parte essencial desse dia. Ao preservá-lo, cria-se uma lembrança tangível que poderá ser apreciada por muitos anos e pelas futuras gerações dos noivos. “A preservação permite que você reviva a emoção e a beleza do seu casamento sempre que olhar para o buquê, mantendo viva a magia desse dia único”, comenta a artista.


2. Transformação em decoração eterna e afetiva

O buquê de noiva preservado pode se tornar uma peça central incrível na decoração da sua casa. “Ao enquadrá-lo, incorporando ele numa peça de arte personalizada, você está criando uma decoração exclusiva que irá enriquecer o ambiente e contar a história do seu amor”, aponta Sabrina.


3. Valor sentimental duradouro

O buquê de noiva preservado é um tesouro de valor sentimental. Ao passar o buquê para as gerações futuras, você está compartilhando não apenas a beleza física, mas também a história da sua família e o compromisso com o amor duradouro. “Essa tradição pode criar um vínculo emocional profundo entre as gerações.”


4. Lembranças personalizadas

Ao preservar o buquê, o casal tem a oportunidade de personalizá-lo ainda mais, incluindo pequenos objetos, como laços de fita, pedaços do véu ou até mesmo uma pequena nota com palavras de amor. Esses detalhes tornarão o buquê preservado ainda mais significativo e pessoal.


5. Evitar a nostalgia perdida

Com o tempo, as flores naturais murcham e se desintegram, o que pode ser devastador para a noiva que deseja guardar seu buquê como lembrança. Preservar o arranjo evita essa tristeza e garante que sua lembrança mais querida permaneça intacta, pronta para iluminar sua vida sempre que ela a contemplar.

A preservação não é apenas uma forma de manter a beleza das flores, mas também de eternizar momentos especiais, criar decorações encantadoras, transmitir tradições familiares e valorizar memórias queridas. “Essa é uma escolha significativa que pode enriquecer a jornada do amor ao longo dos anos. Portanto, considere preservar seu buquê de noiva como um investimento no seu futuro e no seu relacionamento duradouro”, conclui Sabrina Camara.

 

Sabrina Camara - empreendedora brasileira que trilhou um caminho incomum e inspirador. Formada em Arquitetura, fundou em 2016 seu próprio ateliê de arte, atrelando seu amor por trabalho manual, em preservação de memórias. Ao decorrer da sua caminhada, a empreendedora visou um novo horizonte para sua arte. Em 2020, durante a pandemia, Sabrina Camara foi a primeira a criar o termo e técnica em Bouquet Preservation - preservação de buquês, um serviço exclusivo para cada noiva, transformando momentos especiais em verdadeiras obras eternizadas. O crescimento desde então foi notável, apenas no ano passado preservou mais de 600 buquês.


Setembro Amarelo: Depressão pós-parto precisa ser discutida abertamente em casa

 

Falta de diálogo com os familiares e negação pode agravar a doença. Para auxiliar mulheres a encarar a doença e buscar tratamento, psicanalista publica livro que ajuda a identificar os sintomas, por meio da história de uma coelhinha enfrentando os desafios da maternidade.


Dados coletados pela Fiocruz afirmam que aproximadamente 25% das mães sofrem com a depressão pós-parto no Brasil. Embora relevante, o número de mulheres acometidas pela doença pode ser muito maior, isso porque, o tema ainda é pouco discutido e muitas vezes omitido pela mãe, que se culpa por não se sentir feliz e realizada com a maternidade.

Situações como essa são comuns e podem ser bem perigosas, pois, sem tratamento adequado, a depressão pode evoluir para casos extremos em diferentes esferas, colocando a vida da mãe e da criança em risco. A psicanalista, Patricia Strebinger, afirma que muitas mulheres confundem a depressão pós-parto com o período do puerpério e acabam ignorando os sintomas, acreditando que, por se tratar de algo biológico, irá passar e não buscam tratamento.

Por conta desse quadro, a psicanalista resolveu criar um guia para orientar mães e familiares. Através de uma narrativa lúdica que conta a história de uma coelhinha que após se tornar mãe se depara com questões delicadas, Patricia apresenta de forma cuidadosa a questão da depressão pós-parto e oferece uma mensagem de esperança para mães que enfrentam esse desafio. "As Aventuras de Lola - Superando a Depressão Pós-Parto", é um conto emocionante sobre uma coelhinha corajosa que, após dar à luz seu filhote, enfrenta uma batalha interna contra a depressão pós-parto. Através da história de Lola, a autora busca criar uma conexão empática com os leitores e mostrar que essa condição é uma experiência real para muitas mães e que há tratamento.

O livro apresenta informações precisas e relevantes sobre a depressão pós-parto, todas baseadas em casos reais adquiridos ao longo dos anos de atendimento de Patricia. Além de envolver os leitores com uma narrativa atraente, o livro também explora as causas, sintomas e tratamentos disponíveis para essa condição, reforçando a importância de buscar apoio profissional e não se sentir envergonhada ou incapaz por pedir ajuda.”A depressão pós-parto é um desafio real, mas é fundamental lembrar que existem recursos e ajuda disponíveis para superá-la. Espero que este livro possa proporcionar conforto e informação às leitoras que precisam", afirma Patricia Strebinger, autora do livro.

De fácil leitura e uma história envolvente, Lola, a coelhinha, oferece uma mensagem de esperança e incentiva mães a compartilhar suas experiências e buscar ajuda quando necessário. O livro também serve como um lembrete importante de que a depressão pós-parto não é uma fraqueza, mas sim uma condição biológica que pode ser tratada e superada com o apoio adequado.

A autora, além de atender em seu consultório também lidera diversas ações sociais com o objetivo de oferecer mais qualidade de vida para pessoas em situação de vulnerabilidade. Por conta disso,  toda a renda gerada pela venda do livro será destinada à impressão de novos exemplares, que serão doados à mulheres de comunidades carentes, organizações não governamentais (ONGs) e bibliotecas públicas com o objetivo de dar suporte para mulheres que não possuem acesso à tratamentos psicológicos. “O objetivo do livro e de todas as ações ligadas à ele é fazer com que mulheres se sintam mais à vontade para compartilhar todas as suas emoções e buscar ajuda. Muitas se sentem constrangidas por se sentirem tristes e infelizes em um momento tão sublime como a maternidade” – finaliza a autora.

 

Patricia Strebinger - terapeuta cognitivo comportamental renomada, dedicada a ajudar pessoas a superarem seus desafios emocionais e mentais. Com vasta experiência no campo da saúde mental, ela busca por meio de suas obras trazer esclarecimento e apoio a questões relevantes da sociedade.


Cinco dicas eficazes para incentivar crianças a desenvolverem autonomia desde cedo

Créditos: Envato

Especialistas dão dicas sobre como os pais, com o auxílio dos educadores, devem agir para ajudar no desenvolvimento das crianças


Educar filhos em uma era de tanta informação e mudanças constantes tem sido um desafio para pais que, frequentemente, se sentem perdidos, sem saber qual é o melhor caminho e abordagem a adotar. No que diz respeito à proteção e cuidados diários, essa preocupação por vezes prejudica uma etapa importante do desenvolvimento infantil: a aquisição da independência na infância. Exercitar a autonomia desde cedo é fundamental para o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional da criança. Uma criança que é autônoma tem maiores probabilidades de se tornar um adulto confiante e bem-sucedido, pois desde cedo ela desenvolve independência e capacidade de tomar decisões por conta própria.

Segundo a psicóloga educacional do Colégio Positivo, Marina Tissot, é comum nas reuniões escolares observar pais e mães, especialmente aqueles que são pais de primeira viagem, cheios de dúvidas sobre como podem ajudar seus filhos. "Normalmente, os pais se perguntam 'O que eu posso deixar a criança fazer sozinha?', 'Como posso ajudar sem comprometer a iniciativa deles?' ou 'Não é arriscado?'. Essas são dúvidas bastante comuns, e nosso papel como educadores é orientar esses pais sobre como seguir esse caminho, proporcionando à criança a oportunidade de explorar e experimentar com uma mediação adequada", explica Marina.

A psicóloga alerta para o fato de que, diante de uma rotina cada vez mais acelerada das famílias, algumas etapas e oportunidades de experimentação acabam comprometidas. "No momento da refeição, por exemplo, o ideal é permitir que a criança tente comer sozinha, com incentivo dos pais. Esse é o momento em que ela pode experimentar manusear o garfo, espetar a comida e levar o alimento à boca. Tudo isso contribui para um desenvolvimento motor extremamente importante para a criança. Sabemos que, muitas vezes, devido à falta de tempo e à correria comum a todas as famílias, isso não é feito. O mesmo ocorre em outros momentos da rotina da criança, como se vestir ou escovar os dentes", lamenta a profissional. 

Por isso, o papel da escola em apoiar as famílias é tão crucial. Para a professora de Educação Infantil do Colégio Positivo e mãe de dois meninos, Fabiane Karen Marques, a escola tem a responsabilidade de criar um ambiente seguro e propício para a aprendizagem, com foco na obtenção da autonomia das crianças. "O exercício da autonomia se dá em um contexto em que o processo de ensino e a aprendizagem leva a criança a compreender por si mesma esse aprendizado. A escola deve fornecer um ambiente e materiais adequados para atender às necessidades educacionais e motoras, e o professor deve estar preparado para mediar de forma adequada esse processo, sem interferir desnecessariamente, inibindo ou desperdiçando chances para a criança experimentar, aprender e se desenvolver por conta própria", destaca Fabiane. 

A educadora reforça que o desenvolvimento da autonomia deve ser priorizado desde a primeira infância. "Nessa fase, que abrange do nascimento aos 6 anos, o cérebro está em pleno desenvolvimento. As experiências, tanto positivas quanto negativas, que a criança vivencia terão repercussões ao longo de toda a vida adulta. Já nascemos com curiosidade e uma vontade de explorar o mundo - mesmo quando somos bebês - e isso não deve ser inibido", adverte Fabiane. A professora destaca ainda que os pais devem estar atentos a essa janela de oportunidade. "As crianças aprendem com muito mais facilidade que os adultos. Precisamos permitir que, durante a infância, elas aproveitem o momento ideal e oportuno para a aprendizagem e o desenvolvimento. Quando falamos de autonomia, não estamos nos referindo apenas à habilidade motora e à capacidade de executar tarefas sozinhas. A autonomia também abrange saber lidar com frustrações, comunicar-se bem, trabalhar em equipe e ter a coragem de superar limites. E tudo isso deve começar a ser cultivado e desenvolvido desde a primeira infância", argumenta.

Para ajudar as famílias nesse processo, as profissionais listaram cinco dicas eficazes para incentivar as crianças a desenvolverem a autonomia desde cedo. 

Confiança

É essencial encorajar as crianças a realizarem tarefas e a explorarem situações, permitindo que desenvolvam autoconfiança e autoestima. "É comum que os pais, por instinto de proteção, acabem incutindo medos nos filhos com frases como 'Não faz isso, é perigoso' ou então 'Cuidado, você vai se machucar'. É claro que devemos garantir a segurança delas, mas isso não pode impedir que a criança seja estimulada a experimentar situações que possam contribuir para seu desenvolvimento", reforça Marina.


Respeito

Os adultos devem demonstrar que consideram e respeitam as  escolhas e ações das crianças. Para isso, é preciso ouvi-las. "Os pais devem observar atentamente e escutar seus filhos. A criança sempre dará sinais, demonstrará de alguma forma que está pronta para tentar e realizar. Além disso, diga ao seu filho 'Você pode escolher entre banana ou maçã. Qual você prefere?'. Dar a chance de escolher vai fazer com que a criança se sinta considerada e respeitada", sugere Marina.


Independência

Para que uma criança se torne independente, os pais não devem fazer por ela aquilo que ela é capaz de fazer sozinha. "Os pais, hoje em dia, muitas vezes fazem o que podem pelos filhos e, com isso, acabam educando os filhos apenas para receberem e não para realizarem. É necessário criar oportunidades de crescimento para eles. A criança e, mais tarde, o adulto, não se tornará independente se sempre houver alguém por perto fazendo tudo por ela", alerta Fabiane.


Colaboração

Geralmente, os pais costumam dizer aos filhos o que precisa ser feito ou até mesmo tomar decisões por eles. O ideal é envolver a criança, de modo que ela se sinta parte do que está acontecendo ou sendo decidido. Isso fará com que a criança assuma uma postura colaborativa, dando a ela a oportunidade de exercer o poder de escolha ou sentir-se útil. "Compartilhar com eles a responsabilidade por uma tarefa ou decisão ajuda muito na construção da autoestima das crianças. Elas se sentem capazes, e isso faz toda a diferença", afirma Marina.


Gentileza

Como estão em processo de aprendizagem e frequentemente estão realizando tarefas pela primeira vez, é normal que as crianças cometam erros ou provoquem pequenos incidentes ao tentar fazer algo por si mesmas. Nessas situações, é muito importante que o adulto seja gentil ao corrigir ou resolver o problema. Demonstrar irritação ou brigar com a criança inibe a vontade de tentar novamente. "Precisamos ter muito cuidado com as críticas. A criança precisa entender que errar faz parte do processo, e ela deve ser apoiada nesse momento para que continue disposta a tentar novamente", finaliza Fabiane.

 

Marina Tissot e Fabiane Karen Marques - convidadas do 15.º episódio da temporada “Conexões”, do Posicast, um podcast produzido pelos colégios do Grupo Positivo. O  tema deste episódio é Autonomia na primeira infância: como, quando e por quê? Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do colégio (https://www.youtube.com/@colegiopositivo).


Workaholic ou sobrecarregado (a)?


Essa ilusão de que ser altamente produtivo e eficiente é a chave do sucesso, infelizmente, sequestra das pessoas, o equilíbrio saudável para equilibrar vida pessoal e vida profissional. O que mais ouvimos de quem se intitula “Workaholic” (compulsão por trabalho) é que não consegue se desligar do trabalho em nenhum momento. 

Os períodos de descanso não existem e a mente não para nunca. Está sempre acelerada. A desconexão, tão necessária para oxigenar a mente nos momentos de descanso, parece uma ilusão. Mas, não seria falta de rotina? Planejamento? Ou excesso de sobrecarga? 

Uma dinâmica frequente e dolorosa que reacende a discussão sobre saúde mental. O elevado risco de adoecimento mental entre os profissionais está intimamente relacionado a esse excesso de atividades laborativas e falta de consciência de que precisam parar, descansar, repousar e oxigenar a mente e o corpo de forma saudável para evitar um sofrimento psíquico, que estimula doenças físicas e mentais. 

A dor e o vazio emocional oriundos do excesso de preocupação com questões rotineiras de trabalho, que levam a não conseguir separar vida pessoal e vida profissional, ativam gatilhos propícios à transtornos e neuroses, como a depressão, ansiedade generalizada, Burnout, exaustão mental, entre outros. 

Situação crítica que representa um risco dentre diversas profissões, entre elas: professores, bancários, profissionais da saúde, profissionais de marketing, garçons, seguranças, policiais e muitas outras. 

 Ou seja, a falta de qualidade de vida, a negligência dos limites pessoais, o abuso do tempo diário de trabalho, a exposição a situações de estresse traumático e os excessos, são alguns dos fatores determinantes para o surgimento do adoecimento mental. 

É preciso parar de romantizar a “produtividade” para se rotular como Workaholic, e refletir sobre como tem levado a vida. Agitada, acelerada e, muitas vezes, desligado do mundo social e mergulhado em dores emocionais abafadas. 

Existe uma urgência contemporânea na necessidade de verbalizar que existe um desequilíbrio. E mais que isso, é preciso que as empresas e os gestores tenham sensibilidade para reconhecer a importância dessa abordagem de forma prévia no sentido de evitar maiores prejuízos ao seu corpo de colaboradores. 

A fragilidade humana exige um olhar mais atento e uma escuta mais aguçada. Pois, quanto mais feliz e equilibrado emocionalmente o indivíduo estiver, maior a possibilidade de estabelecer relações saudáveis consigo e com os outros. 

A saída é a adoção de programas específicos, como: apoio psicológico, palestras informativas, estímulo a práticas de atividades físicas, concessão de folgas eventuais, possibilidade de redução da carga horária, dinâmicas quinzenais para auxiliar na integração do indivíduo bem como na melhoria da qualidade do ambiente corporativo. 

Ações conjuntas para banir episódios de ansiedade, depressão, Burnout, pânico, entre outras dores emocionais que geram o adoecimento do grupo e indivíduo em si. 

Portanto, enxergar nossa realidade é fundamental, além de abandonar rótulos ilusórios que mistificam a capacidade humana e exigem mais do que podemos corresponder. Não somos máquinas. 

Somos seres humanos e precisamos externar, reconhecer e acolher nossos excessos para construir relações sólidas, leves e salutares, com o outro e conosco. Reflita e avalie se seu momento não está baseado em sobrecargas desnecessárias e provoque mudanças urgentes.                

 

Dra. Andréa Ladislau - Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras - Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.


Paternidade ativa: como garantir maior envolvimento e benefícios para os filhos

Passou o tempo em que a figura paterna se limitava à imagem do pai provedor, com autoridade inquestionável e ocupado demais para lidar com as questões ligadas à rotina dos filhos. Nas últimas décadas, a sociedade passou por transformações que alteraram a configuração familiar, atualizando os papéis e as posturas maternas e paternas. Um documento divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) define a paternidade ativa como um comportamento cada vez mais adotado pelos homens, que vai muito além do sustento financeiro; ela significa participar dos cuidados diários, educar, estimular o desenvolvimento e garantir um vínculo afetivo entre pai e filho.

Especialistas apontam que o maior envolvimento dos pais na criação traz enormes benefícios para os filhos. Entre os principais efeitos estão maior autoestima, melhor desempenho escolar e bem estar psicológico e emocional. Para isso, esse envolvimento deve começar o mais cedo possível. A psicóloga educacional do Colégio Positivo, Lianna Calderari, afirma que a postura de pai ativo deve ser adotada desde o início, já na concepção e gestação da criança. "Existe uma tendência de a mãe assumir um papel mais preponderante em relação ao bebê a partir do nascimento. Isso é natural, mas o pai deve se posicionar não apenas para ajudar a mãe nos cuidados, mas, sim, como um participante ativo; caso contrário, ele será sempre um coadjuvante."

Conforme a psicóloga, essa é uma relação que deve ser construída desde o ventre materno; ela não nasce pronta apenas por conta do laço sanguíneo. "São necessários investimento de tempo, energia e disposição para que isso aconteça de fato. São duas pessoas desconhecidas - pai e filho - que precisam aprender a se conhecer e a se gostar", explica. Liana alerta para o fato de que alguns pais acabam deixando para estabelecer esse vínculo mais tarde. "Por conta da amamentação e de uma cultura ultrapassada de que alguns cuidados são exclusivos apenas às mães, muitos pais postergam a criação desse vínculo, sem conseguir enxergar que isso pode dificultar o processo mais tarde”, afirma. “Não espere o seu filho ter 6 ou 7 anos para começar a interagir com ele. As crianças, durante a primeira infância, que vai justamente do nascimento até os 6 anos, são como uma esponja, com uma capacidade incrível de absorção do que está à sua volta. Desde muito cedo, elas conseguem entender o que você tem a oferecer. Aproveite isso. Não torne esse período um tempo perdido na relação pai e filho", aconselha.

O Robério Marcolino Filho, de 36 anos, é pai da Sabrina Santos Marcolino (8 anos) e do Lucas Santos Marcolino (5 anos). Ele conta que, desde a gestação, sempre fez questão de estar muito presente. "Eu acompanhava todas as ecografias, conversava e cantava para meus filhos quando eles ainda estavam na barriga da minha esposa. Fazia questão de dar banho neles desde o nascimento; às vezes, até brigava para que minha esposa me deixasse dar banho sozinho, para termos um momento exclusivo de pai e filho", conta. Para Robério, quando se trata de criação de filhos, tudo acontece muito rápido e não se pode deixar nada para depois. "Se você adiar, pensando 'na próxima semana' ou 'quando crescer um pouco mais, eu farei tal coisa' você estará desperdiçando o tempo de vocês dois. O tempo passa e as oportunidades também passam e vão se perdendo", relata.

Robério acredita que a paternidade ativa deve ser uma escolha consciente por parte do pai. Esse envolvimento íntimo com o filho exige disposição, tempo, paciência. "Você precisa estar ali, de verdade, todos os dias, fazer parte da rotina do filho, sentar no chão com ele para brincar, saber ouvi-lo e mostrar que considera importante o que ele diz, buscar na escola, alimentar, colocar para dormir, exercitar o pedido de desculpas quando é você quem erra, ensinando, dessa forma, o seu filho a também pedir desculpas. Enfim, crie memórias junto com o seu filho. Parece complexo, mas é mais fácil do que se pensa. Às vezes, basta uma simples brincadeira, como criar aviõezinhos de papel". Por fim, o pai da Sabrina e do Lucas destaca que quanto mais carinho e atenção se dedica, mais carinho e atenção se recebe. "E todas as partes saem ganhando muito com isso", completa. 

Robério Marcolino Filho e Liana Calderari são convidados do 16.º episódio da temporada “Conexões”, do Posicast, um podcast produzido pelos colégios do Grupo Positivo. O tema deste episódio é "Pai é presença: como exercer uma paternidade ativa e engajada". Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do colégio (https://www.youtube.com/@colegiopositivo).

 

Colégio Positivo


A pergunta inocente de uma criança pode mudar a vida dos adultos

O papel do amor no cotidiano familiar permeia a narrativa de "Quer ser meu pai?", novo livro de Alberto Dal Molin Filho


Um menino está na praia com a mãe quando vê um homem correndo à beira da água. A criança sorri ao desconhecido e pergunta: Quer ser meu pai? Este questionamento repentino, que dá nome ao novo livro do escritor Alberto Dal Molin Filho, é o início de uma série de acontecimentos românticos e dramáticos capazes de emocionar os leitores.

A partir de uma narrativa fluida, que equilibra diálogos com reflexões internas dos personagens, o autor conta a história de uma família quase formada ao acaso. Ronei é o solitário dono de uma empresa de seguros que, depois desse primeiro encontro com o garoto, apaixona-se pela mãe dele, Márnei. Eles, porém, precisam se distanciar da solidão e das frustrações com relacionamentos passados para solidificarem o amor.

Sem que o menino pudesse imaginar, ele estava sendo responsável pela mudança radical que iria acontecer na sua vida e na de sua mãe. As suas palavras ditas com tanta espontaneidade para o Ronei, na verdade brotaram do fundo de sua alma. Elas demonstraram o quanto para ele era necessário a presença de um pai. Alguém, que ao lado da mãe pudesse acompanhá-lo em tantos e tantos lugares; pudesse correr, brincar [...] (Quer ser meu pai?, pg. 24)

Dividida em oito partes, a obra atravessa o tempo com o amadurecimento da relação dos dois. Anos mais tarde, os filhos crescem e seguem os próprios caminhos. Mas a personagem principal, que descobre ter uma habilidade extrassensorial e sonha com situações do futuro, é acometida por uma leucemia. Após este momento trágico, os familiares precisarão lidar com a perda da mulher mais importante da vida deles.

Quer ser meu pai? é uma história com muitos significados: mostra a importância de escutar as crianças, ao mesmo tempo que trata sobre o enfrentamento dos vazios emocionais. Também versa sobre experiências comuns da existência humana, como os elos da família, as pequenas vitórias do dia a dia, a busca por razões para viver e a necessidade de formar relações profundas.

Alberto Dal Molin Filho
Divulgação 

Ficha técnica

Livro: Quer ser meu pai?
Autor: Alberto Dal Molin Filho
ISBN: 6558723468
Páginas: 204
Preço: R$ 49,96 (fisico) | R$ 24,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon

Sobre o autor: O gaúcho Alberto Dal Molin Filho dedica-se à literatura e já publicou cinco livros: “As faces da Gratidão”, “Uma caixa de bombons”, "Mâni: A Ciência do Amanhã”, “Como me senti quando você partiu” e “Quer ser meu pai?”. Ele é mestre em Engenharia Mecânica, pós-graduado em Ecologia Humana, graduado em História Natural e em Ciências Jurídicas e Sociais, além de master em Programação Neurolinguística. Como professor universitário, trabalhou com Ciências do Ambiente no curso de Engenharia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

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Repare na bagunça

Estudos mostram os riscos que uma casa desorganizada representa para a nossa saúde física e mental

 

Segundo pesquisa feita pelo Journal of Environmental Psychology, que teve como amostragem 1.400 pessoas, com idade média de 54 anos, ambientes desorganizados interferem diretamente no bem-estar e na qualidade de vida dos moradores de uma residência. Já o estudo promovido pelo Instituto de Neurociência da Universidade Princeton, revela que uma casa desorganizada aumenta o estresse e leva à exaustão. A desorganização dificulta a concentração, o foco e o processamento de informações, forçando as pessoas a gastarem mais energia e esforço na realização das tarefas diárias.

“Objetos espalhados pela casa, pia com louças para lavar, roupas amontoadas pelos cantos e acúmulo de lixo, promovem o caos no ambiente, refletindo igualmente na saúde mental dos moradores da casa”, pontua José Roberto Campanelli, fundador e diretor da Mary Help, rede de franquias intermediadora de profissionais para os mais variados serviços domésticos.

Mas, por onde começar?

Para promover um ambiente mais harmônico, considere as seguintes dicas de Campanelli:


Desapegue: Avalie os objetos, considere se foram utilizados nos últimos meses e se realmente são úteis. Caso contrário, doe ou descarte. Essa prática ajuda a reduzir o acúmulo de itens desnecessários.


Cada coisa no seu lugar: Organize objetos por categorias, como livros, cosméticos, roupas e sapatos. Utilize caixas organizadoras e etiquetas para facilitar a identificação e evitar a desordem.


Ligue o som: Enquanto organiza, coloque uma música alegre. A música pode tornar a tarefa agradável e incentivar a continuidade da organização.


Crie hábitos: Mantenha a rotina de guardar os itens em seus devidos lugares. Reserve um tempo diário para recolocar sapatos, roupas e objetos em ordem, evitando que a desorganização ocorra novamente.


Pequenos passos: Não se sinta pressionado a organizar tudo de uma vez. Divida a tarefa focando em um cômodo por vez. Isso tornará o processo mais fácil e menos desgastante.

É importante ressaltar que um ambiente organizado, além de contribuir para a estética da residência, traz uma sensação de tranquilidade para os moradores. Investir na organização é investir no bem-estar. “Na Mary Help, oferecemos serviços profissionais de faxineiros, passadeiras, jardineiros, entre outros, contratados online com rapidez e segurança. Afinal, é importante contar com ajuda profissional para restabelecer a saúde física e mental, trazendo benefícios para todos os moradores”, conclui Campanelli.

 

Mary Help


Os 4 maiores mitos sobre o suicídio

Informação é essencial para oferecer ajuda. Segundo especialista, falar sobre e desmitificar o tema pode, inclusive, reduzir tendências suicidas


O suicídio é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo sendo mais de 700 mil casos, de acordo com o levantamento mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) feito em 2019. E o mês de setembro foi escolhido para a campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, conhecida como Setembro Amarelo. A data é lembrada no dia 10 e foi criada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e endossada pela OMS. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância de falar abertamente do tema e apoiá-las por meio da informação. Para isso, é importante também desmitificar o assunto para que não atrapalhe o diagnóstico do paciente. 

“Em primeiro lugar, é importante entender que suicídio não se trata de acabar com a própria vida, mas sim de querer se livrar um sofrimento insuportável. A pessoa está tão sobrecarregada por uma dor tão intensa que acaba vendo no suicídio sua única saída, esclarece o doutor e especialista em psicologia por evidência, Jan Luiz Leonardi

 

O especialista fala sobre os quatro mitos mais comuns sobre o suicídio:

 

Mito#1: Pessoas que ameaçam se matar o fazem apenas para chamar a atenção

Na realidade, a maior parte das pessoas que tentaram tirar a própria vida havia expressado, falado ou dado sinais sobre seus pensamentos suicidas anteriormente. É bastante comum que esses indivíduos tenham compartilhado seus sentimentos de desesperança e concepção suicida, em dias ou semanas que antecederam o ato. Logo, é preciso levar a sério qualquer menção de suicídio.

 

Mito#2: Falar sobre suicídio pode aumentar tendências suicidas

Pelo contrário, alguns resultados sugeriram que falar sobre suicídio poderia reduzir as tendências suicidas, provavelmente porque revelar tais inclinações para os outros possa aumentar a probabilidade de obter ajuda. Uma revisão das pesquisas sobre este tópico foi realizada e não revelou nenhuma associação entre falar sobre suicídio e comportamento suicida.

 

Mito#3: As taxas de suicídio atingem o pico durante o inverno.

Cento e treze estudos de diferentes países sobre a relação entre suicídio e as estações do ano questionam essa crença. O que se descobriu é que as taxas mais altas de suicídio ocorreram na primavera, seguidas pelo verão. Ou seja, o suicídio pode ocorrer a qualquer momento do ano e, por isso, precisamos estar sempre vigilantes, afinal a prevenção do suicídio é uma responsabilidade de todos.

 

Mito#4: A depressão é quase sempre a causa do suicídio

Essa crença, amplamente aceita, pode levar as pessoas a evitar ou minimizar o risco de suicídio se a vítima não estiver deprimida. Porém, pesquisas acadêmicas mostraram que outros quadros estão relacionados ao comportamento suicida, como o uso de substâncias (17,6%), esquizofrenia (14,1%) e transtornos de personalidade (13,0%). Precisamos prestar atenção não apenas às pessoas que têm transtornos diagnosticáveis, pois não é necessário ter um deles para estar em risco de suicídio.

 

O doutor Jan Luiz Leonardi reforça a importância de entender que esses fatores de risco não atuam de forma isolada, frequentemente eles se interconectam e potencializam, seja por “experiências de vida traumáticas, abuso ou negligência, transtornos psiquiátricos, ausência de apoio social, violência doméstica, impulsividade, perfeccionismo, histórico de bullying e humilhação”.  

Segundo o especialista, a prevenção do suicídio envolve uma abordagem multifacetada que inclui intervenções da saúde pública, medidas de promoção de qualidade de vida, cuidados com a saúde mental, educação sobre o assunto, diminuição do estigma em torno do suicídio e melhoria do acesso ao tratamento. No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e confidencial 24 horas por dia. Basta telefonar para o número 188. Além disso, é fundamental buscar ajuda de profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, que podem oferecer tratamento eficaz. Também existem guias que fornecem informações valiosas sobre o tema, como "Suicídio: Informando para Prevenir. 

 

Jan Luiz Leonardi = psicólogo, formado em Terapia Comportamental Dialética pelo Behavioral Tech, dos EUA, com mestrado em Psicologia Experimental pela PUC-SP e doutorado em Psicologia Clínica pela USP. É coordenador do Clube de Excelência em Psicologia Baseada em Evidências, que tem como foco transformar a qualidade da formação dos psicólogos do Brasil.


Vida após a separação: como o divórcio pode ser positivo?

Após a separação, grande parte das mulheres passam a priorizar conhecer homens mais maduros e bem-sucedidos, procurando relações mais leves e estáveis emocionalmente 

 

Nos últimos dias a cantora Britney Spears tem chamado a atenção da mídia ao aparecer “muito feliz” em suas redes sociais mesmo tendo passado por uma separação recentemente. Mas afinal, o divórcio pode ser positivo na vida de uma pessoa?

 

O especialista em relacionamento do MeuPatrocínio, Caio Bittencourt, explica como a separação pode ajudar em mudanças na rotina e a saída da monotonia, já que muitos dos términos acontecem em decorrência da rotina que se estabelece na relação com a convivência.

 

“É comum que, após a fase de luto da separação, as pessoas passem a alinhar novas metas de vida. Grande parte dessas pessoas, por exemplo, costumam investir mais em sua própria saúde e estética, passando a se sentirem mais decididas e determinadas com suas escolhas. Esse é um importante fator que merece atenção, pois se permitir viver novas experiências pode ajudar no processo de mudanças e superação”, disse ele.

 

O tempo de assimilação e aceitação do fim de uma relação pode oscilar de pessoa para pessoa. Porém, após essa fase, é possível notar uma grande busca por se reinventar dentro de uma nova rotina. Esse fator é extremamente positivo pois, em consequência disso, as pessoas começam a se sentirem mais libertas para seguirem novos caminhos.

 

O autocuidado passa a ser uma prioridade, pois além de nutrir a autoestima, se torna um auxílio na fase de recomeço. Divórcio também é um dos motivos que leva um grande número de mulheres a buscarem por homens mais maduros e bem-sucedidos quando se permitem envolver com alguém novamente. Elas passam a priorizar conhecer alguém que possa oferecer maior estabilidade, tanto emocional quanto financeira.

 

É importante destacar que esse fato também se aplica à uma parcela de homens mais velhos que após o divórcio passam a optar por uma relação mais leve, sem pressão e baseada em transparência. Procurando mulheres mais jovens que possam também trazer mais frescor e jovialidade no dia a dia. 

Portanto, a fase positiva da separação pode ser notada pelas mudanças na rotina e alteração nos objetivos de vida onde as pessoas passam a se atrair pelo novo, pelo que antes não era cogitado.


72% dos brasileiros estão estressados no trabalho, revela pesquis

FreePik
Dados da ISMA-BR apontam que a força de trabalho no país é a segunda mais estressada do mundo


A saúde mental dos brasileiros vem desde a pandemia ganhando o noticiário. Além do país estar no topo do ranking da ansiedade e em segundo lugar em casos de depressão, o Brasil é o segundo país com a força de trabalho mais estressada.

De acordo com estudos mais recentes da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), a principal instituição mundial que estuda o stress, 72% dos brasileiros estão estressados no trabalho, evidenciando um cenário preocupante em relação à saúde mental dos trabalhadores do país.

A presidente da ISMA-BR, Dra. Ana Maria Rossi, enfatiza que o estresse não é necessariamente algo negativo, pois é uma resposta natural do organismo humano. No entanto, é fundamental compreender a distinção entre o estresse positivo e o negativo, buscando formas conscientes de gerenciá-lo de maneira eficaz.

“Não podemos dizer que o estresse é algo ruim e a ser combatido, ele é natural no próprio organismo do ser humano. O que precisamos entender é que existe o positivo e negativo e que há formas conscientes de gerenciar melhor o stress”, explicou Ana Maria.

Além disso, a pesquisa também revelou que 32% dos brasileiros estão sofrendo da síndrome de burnout, um esgotamento profissional que pode levar a problemas de saúde mental mais graves e até mesmo ao suicídio em casos extremos. Para André Bendl, psiquiatra, o gerenciamento do stress é fundamental para promover a vida. “O gerenciamento do streee no cotidiano de nossas vidas é uma das maiores habilidades socioemocionais que podemos estimular que seja desenvolvida, desde criança nas escolas e nos ambientes de trabalho. É fundamental que esse gerenciamento mostre o quanto a percepção do stress nos afeta e o quanto podemos manejar para que de forma resiliente possamos ter uma qualidade vida em saúde otimizada. Ao mesmo também devemos compreender o comportamento suicida como complexo e multifatorial, onde, nos diversos modelos já elaborados para compreensão do mesmo, o eixo hipófise-hipotálamo-adrenal (eixo do estresse) faz parte da sua compreensão, mas jamais como única compreensão de um fenômeno complexo. Como parte do manejo clinico e psiquiátrico dos pacientes em crise suicida, o gerenciamento do estresse e de seus estressores é fundamental para auxiliar uma pessoa a sair da crise suicida, bem como, seguir de forma resiliente seu cuidado”, reforça o especialista. 

Segundo a presidente da entidade no Brasil, diante dessas estatísticas alarmantes, é evidente que medidas de conscientização, apoio e intervenção são necessárias para abordar esse cenário preocupante. 

“A busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a promoção de práticas de autocuidado e a criação de ambientes de trabalho que valorizem o bem-estar dos funcionários são passos cruciais para combater os níveis excessivos de estresse e suas consequências prejudiciais”, enfatizou.

 

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