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sábado, 12 de agosto de 2023

Dia dos Pais: Cineasta lista 5 filmes que retratam a paternidade de uma forma nada tradicional

Da reconexão entre pai e filho à adaptação da perspetiva na terceira idade, Fernanda Schein revela suas escolhas para comemorar a data com histórias autênticas

No fundo, toda família é igual, cada uma com suas peculiaridades. E o cinema mostra isso, abordando de diferentes formas a paternidade. O Dia dos Pais é comemorado neste dia 13 de agosto e para celebrar, a cineasta Fernanda Schein, que vem se destacando no cenário internacional e coleciona mais de 30 prêmios em 2023, listou 5 filmes que retratam a relação entre pai e filho de forma bem autêntica. 

 

Confira: 

 

“O Pai” (Netflix e Amazon Prime Video)

 


“Protagonizado por Anthony Hopkins, somos imersos em uma narrativa que explora de forma emocionante a deterioração mental. A atuação magistral de Hopkins como um homem idoso em constante luta para compreender a realidade mutante ao seu redor, é comovente. O filme nos guia através de uma jornada angustiante pela perspectiva do protagonista, mergulhando-nos nas complexidades enfrentadas por aqueles que lidam com essa doença debilitante.”


 

“Paternidade” (Netflix)

 

“Estrelado por Kevin Hart, é uma jornada emocionante que mergulha nas complexidades da paternidade sob circunstâncias desafiadoras. A trama segue a vida de um pai viúvo enfrentando o desafio de criar sua filha sozinho após a morte da esposa. Com momentos tocantes e genuíno humor, o filme retrata sinceramente os altos e baixos da jornada da criação de um filho. Kevin Hart entrega uma interpretação cativante e nuance, capturando as transformações pessoais e os laços especiais que se desenvolvem entre pai e filha ao longo do tempo.”

 

“Minari - Em Busca da Felicidade” (Apple TV e Amazon Prime Video)

 

“Através da jornada de uma família sul-coreana em busca de seus sonhos nos Estados Unidos, testemunhamos a determinação do pai, interpretado por Steven Yeun, em enfrentar inúmeras adversidades para garantir um futuro melhor para seus filhos. A dedicação incansável do pai em oferecer estabilidade e oportunidades, apesar de desafios econômicos e culturais, é o cerne do filme. A relação entre o pai e seus filhos, repleta de tensões e momentos de conexão, ilustra a busca por pertencimento em um novo ambiente. Retrata com autenticidade a experiência da paternidade, evidenciando como a busca por uma vida melhor pode moldar e desafiar o papel de um pai na vida de seus filhos.”

 

“Boyhood: Da Infância à Juventude” (Amazon Prime Video)

 

“O filme nos oferece uma perspectiva única sobre a paternidade. Através de um período de doze anos, testemunhamos as transformações não apenas do protagonista, mas também das relações familiares, em especial entre pai e filho. O pai, interpretado por Ethan Hawke, é retratado como alguém que luta para se conectar com seu filho à medida que ambos enfrentam desafios e mudanças. ’Boyhood’ captura de forma autêntica os momentos de aprendizado, conflitos e carinho entre pai e filho, ilustrando a jornada de amadurecimento tanto do menino quanto do pai ao longo dos anos.”

 

 

Capitão Fantástico (Amazon Prime Video)

 

“Através da história de um pai, interpretado por Viggo Mortensen, que cria seus seis filhos em um estilo de vida alternativo, afastado da sociedade convencional, somos levados a refletir sobre o complexo papel de moldar o futuro de seus filhos. A jornada do pai em busca de equilíbrio entre sua visão de mundo e as necessidades de seus filhos, ressalta os desafios e as recompensas de criar uma família fora das normas estabelecidas. "Capitão Fantástico" questiona definições tradicionais de paternidade, nos estimulando a considerar as complexidades de nutrir o crescimento pessoal e intelectual dos filhos, mesmo diante de adversidades.” 

 



Fernanda Schein - Do interior do Rio Grande do Sul para Los Angeles, a cineasta e editora Fernanda Schein já atuou” em diversos projetos importantes do cinema e da publicidade. Fez mestrado na New York Film Academy e partir daí, fez parte da produção de projetos como o filme “Forbidden Wish”, melhor longa pelo Santa Monica Film Festival disponível no Prime Video e produções independentes, como “The Boy in The Mirror”, vencedor do prêmio de melhor curta-metragem no California Women's Film Festival. Foi editora/montadora principal de projetos dirigidos por Rob Styles, como “A Social(Media) Construct” e “Sleeping Awake”. Agora está brilhando cada vez mais com o recém lançado “I See You” e como parte do dream team da Campfire, importante produtora em Los Angeles, responsável por “Neymar: O Caos Perfeito” .Já prestes a estrear, além de “Envenenados: O Perigo na Nossa Comida”, para a Netflix, também em 2023 terá o longa-metragem “Farewelling”, dirigido por Rodes Phire e o curta “Last Minute”, de Joel Junior.
https://fernandaschein.com/
www.instagram.com/feschein


Entenda por que a influência paterna é tão importante!

 

No Dia dos Pais, especialista do CEJAM explica como essa figura pode impactar na infância e na vida adulta


Seja como protagonista ou coadjuvante da história, a verdade é que todo mundo guarda alguma memória ou sentimento referente ao seu pai. Essa figura, tão fundamental em nossas vidas, muitas vezes, molda a percepção do mundo e de nós mesmos.

Isso ocorre porque, quando somos crianças, absorvemos diversas referências de nossos pais, e elas, por sua vez, influenciam diretamente no nosso desenvolvimento socioemocional e cognitivo.

"Desde a primeira infância, o pai desempenha um papel de extensão materna e, ao mesmo tempo, de separação da figura da mãe, à qual o bebê está biologicamente ligado devido ao aleitamento materno. Portanto, é fundamental que essa pessoa participe de todos os cuidados, que se alteram conforme os estágios do desenvolvimento da criança", afirma Hellen Joana Cardozo, psicóloga clínica do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adulto II Jardim Lídia, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Filhos criados com a presença ativa de um pai em seu crescimento podem desenvolver-se de maneira positiva em suas interações sociais, sensação de segurança, demonstração de afeto, autonomia e processos de tomada de decisão ao longo da vida.

Apesar de toda essa dimensão, muitas pessoas ainda se sentem perdidas ao assumir o posto. "Não é necessário ter um manual para ser um bom pai. No entanto, seguir algumas orientações sobre como reconhecer o próprio papel e entender que, mesmo com a presença materna, é necessário participar do processo de criação, é essencial", enfatiza a especialista.

De acordo com a psicóloga, todos os laços afetivos são construídos e fortalecidos por meio da vivência, o que não é diferente com os filhos. Assim, por meio do brincar, troca de afeto, atenção e cuidados, os pais podem se fazer presentes e ativos na vida de seus filhos.

Mesmo em casos de separação dos cônjuges, é importante compreender que esse vínculo não precisa ser rompido, mas, sim, adaptado de novas maneiras. "A paternidade pode ser leve mesmo após a separação. É possível aproveitar as visitas obrigatórias para fazer parte da rotina da criança. Criar um espaço de escuta nesse momento é crucial, buscando ser um amigo e compreender o dia a dia na escola, novas amizades ou brincadeiras recentemente aprendidas, por exemplo. Ser parte da rotina de saúde da criança também faz toda a diferença, acompanhando-a em vacinações e consultas pediátricas", destaca.


A falta que impacta no futuro

Por outro lado, a ausência paterna pode acarretar uma série de consequências negativas para a criança. Se a presença ativa do pai é benéfica para o desenvolvimento, a sua ausência também deixa lacunas e diversos questionamentos.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas revelou um aumento de 17% no número de mães solos na última década, passando de 9,6 milhões em 2012 para mais de 11 milhões em 2022, evidenciando a ausência dessa figura entre os brasileiros.

"A criança tende a ser egocêntrica, e se ela não recebe o afeto esperado, pode atribuir a culpa a si mesma. Quando essa distância entre pai e filho ocorre na infância, ela, muitas vezes, não possui recursos suficientes para lidar com a ausência e pode desenvolver baixa autoestima, e pensamentos como ‘não sou bom o suficiente’ e ‘não mereço coisas boas’, além de sentimentos de abandono, raiva, tristeza e insegurança", explica Hellen.

Esses sentimentos, se não forem trabalhados ao longo do amadurecimento, podem acarretar consequências também na vida adulta. A psicóloga observa isso em sua prática clínica, especialmente nas relações amorosas: "Mulheres que tiveram pais emocionalmente distantes, resultando em uma falta de afeto sólido, tendem a buscar inconscientemente indivíduos que também estejam emocionalmente indisponíveis para elas. Como resultado, frequentemente, enfrentam emoções fragilizadas".

O mesmo ocorre com homens que cresceram com essa falta. "Se houve distância emocional na relação com o pai, muitas vezes, não há um modelo a ser seguido ou uma referência clara. Isso pode levar, consciente ou inconscientemente, ao entendimento de que o afastamento emocional é a opção mais fácil para as relações", finaliza.

Em ambos os casos, o medo do abandono passa a ser um sentimento forte e constante, caso não tratado. E isso pode contribuir para a perpetuação de relações tóxicas que afetam a saúde mental, além de outros sintomas emocionais.

 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial 

Dia dos Pais: Renata Fornari fala da relevância da figura paterna na autoestima dos filhos


Única formadora do método Louise Hay no Brasil explica como o incentivo dos pais é importante para formar adultos mental e emocionalmente seguros
 

 

O Dia dos Pais é celebrado no Brasil sempre no segundo domingo do mês de agosto, mas a figura paterna, historicamente, sempre foi de muita imponência. Culturalmente, é atribuída ao pai a tarefa de prover os bens materiais e proporcionar um futuro seguro a seus herdeiros. A figura paterna acabou sendo, por muito tempo, sinônimo de austeridade e frieza. 

Criar filhos com gentileza, carinho e apoio é parte crucial das responsabilidades paternas. Renata Fornari, especialista em autoconhecimento e única formadora do Método Louise Hay no Brasil, fala porque o papel de pai vai muito além: “Nossos pais são a primeira referência da nossa relação com o mundo. A figura paterna tem papel fundamental na construção da nossa autoestima e da nossa autoimagem”, explica Fornari. 

Genitores que acolhem a necessidade dos filhos e os incentivam, também os ensinam a agirem dessa forma consigo e com os outros, perpetuando assim um padrão positivo para as próximas gerações. O acolhimento dos desafios, medos e inseguranças de um filho o incentiva a confiar na Vida de uma forma geral, e de que é sempre apoiado e suportado nos momentos sensíveis.  

Mas quando o pai não está presente ou existe um histórico de abandono ou violência, isso também limita o crescimento emocional na infância - que segue para a vida adulta. 

No caso das filhas esse impacto pode ser ainda mais forte: “Temos uma tendência inconsciente de recriar o ambiente emocional da nossa infância, então é comum mulheres procurarem parceiros(as) com características similares às de seus progenitores. Além disso, as meninas podem crescer com padrões de pensamento como os de que ‘os homens não prestam’”, relata. 

São muitas as influências da figura paterna na vida das crianças - e também de filhos já adultos - e independente do relacionamento ter sido bom ou ruim, Fornari alerta que pais são seres humanos imperfeitos, assim como todos nós: “Estamos aqui para crescer e evoluir. Nossa história de vida foi perfeita - com seus desafios, alegrias, tristezas e conquistas - para nos tornarmos quem somos hoje e devemos agradecer por cada momento da nossa trajetória e pelas pessoas que, de alguma forma, nos conduziram até aqui”, diz. 

Independente do quão positivo seja o relacionamento, nós somos todos seres humanos imperfeitos e o que cura qualquer relação é o perdão: “Perdoar não significa esquecer ou aceitar, mas sim se libertar de sentimentos que fazem mal e paralisam nossa vida. Também é preciso entender que cada um faz o melhor que pode com o nível de consciência que tem e, assim como precisamos acolher as nossas dores, precisamos passar a enxergar as falhas dos nossos pais de uma forma mais empática. Ninguém pode ensinar o que não aprendeu e ninguém é perfeito.Só assim seremos capazes de verdadeiramente evoluir através do amor”, finaliza. 

Além de ser a única formadora do Heal Your Life® no Brasil, Rê Fornari é a que mais forma profissionais por ano no mundo. Fornari se dedica desde 2017 com o objetivo de ensinar as poderosas técnicas de transformação de Louise, ajudando pessoas a se libertarem de condicionamentos do passado e entrarem em contato com a própria essência, tendo o amor próprio como principal ferramenta: “Quando nos aceitamos e nos respeitamos, tudo flui com facilidade e não delegamos a ninguém - ou a nada - o poder ou responsabilidade pela nossa felicidade. Quando entramos em contato com nossa verdadeira essência, conseguimos lidar com dores, medos e sentimentos negativos para transformá-los em crescimento e desfrutar cada vez mais da nossa paz interior!”, finaliza Fornari.


Pais modernos: desafios e conquistas na busca pela equidade familiar

Nos últimos anos, uma notável e positiva revolução tem moldado as convicções arraigadas sobre a paternidade. Esta mudança gradual nos papéis de gênero está transformando a maneira como criamos e educamos nossos filhos, com os pais adotando um papel cada vez mais ativo e comprometido na dinâmica familiar.

O que anteriormente era considerado uma responsabilidade exclusiva das mães está evoluindo para um modelo colaborativo e equitativo. Os pais estão desafiando normas preestabelecidas, optando por uma plena participação desde o início na jornada da paternidade. Entretanto, essa transformação vai muito além de simplesmente trocar fraldas e dar comida aos bebês; ela envolve a construção de uma conexão emocional profunda e duradoura com os filhos.

Essa mudança de paradigma é resultado de uma interseção complexa de fatores sociais e culturais. O surgimento do feminismo e a busca contínua pela igualdade de gênero trouxeram à tona a necessidade de compartilhar responsabilidades e tarefas domésticas. Conforme mais mulheres ingressaram no mercado de trabalho, naturalmente surgiu uma maior demanda por uma divisão mais igualitária das obrigações familiares.

A pesquisa científica tem apresentado de maneira persuasiva os benefícios inegáveis do envolvimento paterno no desenvolvimento saudável e equilibrado das crianças. Pais modernos estão gradualmente reconhecendo que sua participação ativa não é somente uma contribuição valiosa, mas também uma parte intrínseca e essencial do crescimento de seus filhos.

Estudos ao longo dos anos têm pintado uma imagem clara e convincente dos efeitos positivos da presença ativa dos pais no desenvolvimento de suas crianças. A participação ativa dos pais está associada a uma variedade de resultados benéficos, incluindo melhor desempenho acadêmico, aumento da autoestima, habilidades sociais mais avançadas e uma maior capacidade de enfrentar desafios.

Pesquisas indicam que pais envolvidos emocionalmente na vida de seus filhos podem contribuir para um ambiente familiar mais positivo e de apoio, resultando em um bem-estar emocional significativamente aprimorado para as crianças. A presença paterna não apenas auxilia na redução do estresse e da ansiedade nas crianças, mas também exerce um papel protetor contra problemas comportamentais e emocionais.

Adicionalmente, a interação paterna pode ter um impacto profundo no desenvolvimento cognitivo das crianças. Pais engajados frequentemente participam de atividades que estimulam o pensamento crítico, a curiosidade e a resolução de problemas. Essas interações enriquecedoras podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais, preparando as crianças para um sucesso acadêmico e profissional futuro.

Atualmente, é comum observarmos pais buscando aprender habilidades que eram tradicionalmente rotuladas como "femininas", como cozinhar, cuidar da casa e auxiliar nos estudos dos filhos. Contudo, eles não se limitam a serem meros auxiliares, estão liderando, compartilhando suas paixões, interesses e valores com suas famílias. Essa evolução é um testemunho do poder do amor paterno e da determinação em desafiar normas sociais ultrapassadas.

Além disso, as transformações na cultura popular e nas mídias sociais têm contribuído para a representação e normalização da paternidade ativa. Celebridades e influenciadores estão cada vez mais compartilhando suas próprias experiências como pais envolvidos, contribuindo para a desconstrução de estereótipos obsoletos e promovendo um novo ideal de paternidade.

Apesar desses avanços encorajadores, entretanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Muitos pais ainda enfrentam barreiras culturais e institucionais que dificultam sua participação plena na vida familiar. A desconstrução completa dos estereótipos de gênero exige uma mudança generalizada de mentalidade, tanto a nível pessoal quanto em âmbito mais amplo.

 

Nathalia de Paula - psicanalista clínica e educadora parental especializada em terapia emocional de famílias e terapia integrativa do sono infantil. Além disso, ela é co-fundadora e gestora do Instituto Lumina Educacional desde 2017, uma escola de ensino regular com educação infantil e fundamental. Para mais informações, acesse @nathaliadepaula.parental ou @nasuapsique.


A pergunta inocente de uma criança pode mudar a vida dos adultos

O papel do amor no cotidiano familiar permeia a narrativa de "Quer ser meu pai?", novo livro de Alberto Dal Molin Filho 


Um menino está na praia com a mãe quando vê um homem correndo à beira da água. A criança sorri ao desconhecido e pergunta: Quer ser meu pai? Este questionamento repentino, que dá nome ao novo livro do escritor Alberto Dal Molin Filho, é o início de uma série de acontecimentos românticos e dramáticos capazes de emocionar os leitores.

A partir de uma narrativa fluida, que equilibra diálogos com reflexões internas dos personagens, o autor conta a história de uma família quase formada ao acaso. Ronei é o solitário dono de uma empresa de seguros que, depois desse primeiro encontro com o garoto, apaixona-se pela mãe dele, Márnei. Eles, porém, precisam se distanciar da solidão e das frustrações com relacionamentos passados para solidificarem o amor.

Sem que o menino pudesse imaginar, ele estava sendo responsável pela mudança radical que iria acontecer na sua vida e na de sua mãe. As suas palavras ditas com tanta espontaneidade para o Ronei, na verdade brotaram do fundo de sua alma. Elas demonstraram o quanto para ele era necessário a presença de um pai. Alguém, que ao lado da mãe pudesse acompanhá-lo em tantos e tantos lugares; pudesse correr, brincar [...] (Quer ser meu pai?, pg. 24)

Dividida em oito partes, a obra atravessa o tempo com o amadurecimento da relação dos dois. Anos mais tarde, os filhos crescem e seguem os próprios caminhos. Mas a personagem principal, que descobre ter uma habilidade extrassensorial e sonha com situações do futuro, é acometida por uma leucemia. Após este momento trágico, os familiares precisarão lidar com a perda da mulher mais importante da vida deles.

Quer ser meu pai? é uma história com muitos significados: mostra a importância de escutar as crianças, ao mesmo tempo que trata sobre o enfrentamento dos vazios emocionais. Também versa sobre experiências comuns da existência humana, como os elos da família, as pequenas vitórias do dia a dia, a busca por razões para viver e a necessidade de formar relações profundas.

Divulgação
 Alberto Dal Molin Filho
Ficha técnica

Livro: Quer ser meu pai?
Autor: Alberto Dal Molin Filho
ISBN: 6558723468
Páginas: 204
Preço: R$ 49,96 (fisico) | R$ 24,90 (e-book)
Onde encontrar: Amazon

Sobre o autor: O gaúcho Alberto Dal Molin Filho dedica-se à literatura e já publicou cinco livros: “As faces da Gratidão”, “Uma caixa de bombons”, "Mâni: A Ciência do Amanhã”, “Como me senti quando você partiu” e “Quer ser meu pai?”. Ele é mestre em Engenharia Mecânica, pós-graduado em Ecologia Humana, graduado em História Natural e em Ciências Jurídicas e Sociais, além de master em Programação Neurolinguística. Como professor universitário, trabalhou com Ciências do Ambiente no curso de Engenharia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

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O efeito social da ausência paterna

 De órfão a pai de muitos, Junior Rostirola conta em novo livro sua história de superação pela fé e convida cada um a viver seu propósito 


Autor do best-seller Café com Deus Pai, Junior Rostirola acredita que não se deve deixar para amanhã o amor que precisa ser dado hoje. Com essa premissa, o também pastor conta em Encontrei um Pai, publicado pela Editora Vida, como, transformado pela fé, converteu traumas e dores em solidariedade.

Neste livro, Rostirola fala sobre amor ao próximo, misericórdia, graça, fé e transformação. Ele expõe que é possível se libertar da orfandade e encontrar o Pai. Para isso, é necessário passar pelo processo de cura, identificar o problema, enfrentar o medo e mudar a maneira de pensar a dor. Só assim as áreas fragilizadas serão fortalecidas.

Junior nasceu em um lar disfuncional, teve um pai alcoólatra que agredia toda a família e foi vítima das dores dos maus-tratos físicos e emocionais, causados pelas dores do abandono, do bullying e da rejeição. Todo esse sofrimento fez com que ele despertasse uma inquietação para catalisar a dor em algo positivo e mudar a história daqueles que vivem ao seu redor. A partir da reflexão sobre “o que fazer com a dor que sentimos?”, o autor mostra que existem dois caminhos: permanecer mergulhado no sofrimento ou enfrentar a dor e fazer dela uma inspiração para transformar a vida de outras pessoas.

Órfão de pai vivo e carinhosamente chamado de pai por muitos, o pastor reforça o seu propósito na área de paternidade e relata como a superação das dores o levou a se tornar fundador da Associação Escolhi Amar, que abrange diversos projetos sociais, entre eles: Lar da Criança Feliz, Abrigo Lar do Adolescente, Centro de Recuperação Feminino Conviver, Mercado Solidário, Missão Haiti, projetos de esportes para a comunidade, visitas a presídios e atendimento psicológico gratuito para pessoas de baixa renda.

Com uma narrativa envolvente e sincera, Junior Rostirola compartilha experiências e aprendizados, inspira o leitor a nunca desistir dos sonhos e acreditar no poder do amor e da família. Ele descreve como Deus blindou seu coração para que fosse capaz de absorver as adversidades e as transformasse em combustível para gerar mudanças na sociedade.

Hoje, posso afirmar que recebi e também sou capaz de oferecer um amor de Pai que superou tudo o que já passei. Ao olhar para Deus Pai, busco seguir seu exemplo de paternidade com os meus filhos, embora também reconheça que somente Deus Pai é perfeito, e cuida tanto de mim quanto do João e da Isabella. Ele nunca decepciona nem abandona ou sequer pensa em maltratar um filho. A minha responsabilidade é refletir sobre a vida deles a paternidade que recebi de Deus, de modo que eles poderão ver de perto que existe um amor verdadeiro, que não rejeita e não maltrata; um amor que não se vai com o tempo, mas se manifesta de maneira constante e eterna. Sou grato ao Pai por seu amor, pois por meio dele podemos ser sarados e curar gerações. É por causa dele que a história de nossa família tem sido transformada.
(Encontrei um Pai, p. 141.)

Ao ler a história de Junior e de sua família, bem como os testemunhos impactantes de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela ação social, cada leitor tem a oportunidade de rever a própria história, encontrar o Pai e notar ser capaz de estimular renovações e trazer plenitude para a vida.

Divulgação | Editora Vida
Ficha técnica:


Título:
Encontrei um Pai
Autor: Junior Rostirola
Editora: Vida
ISBN: 978-65-5584-414-6
Páginas: 224
Formato: 15,3 x 22,8 cm
Preço: R$ 69,90
Link de venda: Amazon

Sobre o autor: Junior Rostirola é pastor sênior da Igreja Reviver e lidera uma comunidade cristã socialmente relevante com extensões no Brasil e Haiti. Bacharel em Teologia e pós-graduado em Teologia Bíblica.

Acompanhe o perfil do autor no Instagram: @juniorrostirola

Editora Hábito

Instagram: @editorahabito


AS COISAS SÓ DÃO ERRADO NA SUA VIDA?

TALVEZ VOCÊ SEJA UM MASOQUISTA! 

 

Os números não mentem. 23,8% das pessoas têm desejos masoquistas. Pelo menos é o que diz um recente estudo divulgado na revista de caráter científico The Journal of Sex Research. Nele, 1.040 indivíduos, entre 18 e 64 anos, foram entrevistados por uma equipe de especialistas em comportamento humano da Université du Québec à Trois-Rivières, localizada no Canadá.

Assinalando as suas respostas em uma escala numérica compreendida entre 1 e 5, onde o primeiro número correspondia à menor excitação e o último à maior, os interrogados foram estimulados por uma sequência de 10 imagens de caráter sexual, devendo apontar, da forma mais espontânea possível, o quanto a cena apresentada mexia com os seus anseios libidinais.

O resultado? Não poderia ser diferente. A fotografia em que havia uma pessoa seminua acorrentada, sendo torturada lascivamente por um algoz atraente e sorridente, foi uma das preferidas, sendo escolhida por quase ¼ dos pesquisados como a mais voluptuosa de todas. Entretanto, o leitor que está aqui presente quer saber: que diabos acontece no masoquismo?

De acordo com a psicologia profunda, ciência que estuda os fenômenos ocultos do aparelho psíquico, o masoquismo nada mais é do que o prazer que existe no desprazer. Neste sentido, quando o cidadão de bem sofre algum tipo de malogro em sua vida, existe uma parte sua, guardada lá no fundo do inconsciente, que vibra fervorosamente, enchendo-o de satisfação.

Este pedaço um dia já foi sádico por natureza, mas, por algum motivo de ordem psicológica, precisou reverter o alvo da sua maleficência, voltando-o contra si. Difícil de entender? A lógica do aparelho psíquico funciona mais ou menos assim: a criança, pequena, sente muita raiva da mãe quando não tem o que quer. Se a genitora a deixa sozinha por muito tempo, ela chora.

Caso a moça do cabelo grande esteja cansada e precise repor as energias após um longo dia de trabalho, o bebê vai lá e faz, de propósito, as suas necessidades na fralda. E quando o leite desta senhora seca? Muitos nem pensam duas vezes, dando uma dentada afiada na ponta de seu seio, deixando-o não só dolorido, mas também marcado pela força do sadismo infantil. 

Assim, diante da culpa de querer ou já ter causado sofrimento àquela que deu à luz, muitos preferem morder o próprio lábio, fantasiando que, deste modo, estão mordendo um substituto livre de remorso para o peito materno. É aí que se instaura o masoquismo primitivo. Ou seja, sentir prazer com o sofrimento é equivalente à intenção invertida de machucar a mãe.

Em outras palavras, é como se o indivíduo masoquista repetisse o tempo todo, em sua mente, a seguinte sentença linguística repleta de crueldade e consecutivo devaneio: “o que eu queria mesmo era acabar com a raça desta madame que me pariu, mas, como não dá, porque não sou criminoso, muito menos assassino, dou cabo em mim mesmo e pronto. Dá no mesmo!”.

Percebe o tamanho da perversão? Com ela em mente, fica fácil perceber, por exemplo, por que a vida de muitos cidadãos não vai para a frente. Sabe aquela pessoa que tem dedo podre para escolher a outra metade da laranja? Será que ela, de fato, quer um companheiro? Ou não está apenas procurando um lixo qualquer para arruinar sua vida e enchê-la de prazer?

O mesmo se aplica às investidas profissionais de alguns. Existem pessoas que fizeram as pazes com a mãe interna e sublimaram as suas tendências sadomasoquistas. Já outros, deslocam o complexo materno aos cacos para o trabalho. A consequência? Tem sempre um chefe que os persegue, tem sempre um colega que quer derrubá-los, tem sempre um cliente que é abusivo.

E o que dizer da relação com a família? Para o masoquista, em vez de se aterem às coisas boas que os seus familiares possuem, eles estão sempre sofrendo. Seja porque a sua mãe não deu o amor que ele gostaria, seja porque o pai trabalhou demais e não esteve nem aí. Deste modo, em vez de verem o copo meio cheio, é melhor vê-lo meio vazio e, assim, gozar com a sede.

Por fim, reside no masoquista uma dor que precisa ser escutada e acolhida. Então, em vez de julgá-lo, talvez entender que atormentar-se foi o único caminho que ele encontrou para aliviar a agonia de ter tido em sua vida uma figura feminina que, simplesmente, foi muito, seja um dos caminhos mais sutis. E enquanto isso, ele continua caminhando, tentando um dia ser feliz.

 

Renan Cola - psicanalista - Formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Marketing e Gestão Comercial pela Universidade Vila Velha (UVV) e em Psicanálise pelo Instituto Brasileiro de Ciências e Psicanálise (IBCP Psicanálise), o psicanalista possui 15 anos de experiência utilizando a psicologia profunda aplicada à área de comunicação e marketing, ajudando a construir narrativas fortes de marca para empresas de todo o Brasil, dos pequenos aos grandes negócios. Ao longo da carreira, escreveu artigos para veículos comunicacionais de ampla abrangência, como: Psique, Mistérios da Mente, Estado de Minas, O Tempo, Diário do Nordeste, Novo Varejo e Administradores.


AI, o grande desafio para a criatividade humana

Em um cenário de contratações e gestão de pessoas, que sai ganhando? A produtividade da inteligência artificial ou a resiliência da inteligência emocional? Segundo Tarsia Gonzalez, uma precisa da outra, cada vez mais.


Ninguém pode negar que a Inteligência Artificial chegou pra ficar e está promovendo mais uma revolução no mundo do trabalho. Quem domina a tecnologia está um passo à frente mas, ainda assim, como toda mudança, existem pessoas e empresas inteiras com uma certa resistência aos novos tempos. A grande questão, pra todo mundo, é: a IA pode tomar o lugar das pessoas?

Segundo Tarsia Gonzalez, mais de 30 anos de trabalho com pessoas e processos, consultora de sucessão e preparação de sucessores, a resposta é um enfático não. “Implementar tecnologia e inovação é necessidade urgente dos novos líderes”, explica ela, “mas desenvolver a inteligência emocional para lidar melhor com um mundo hiper conectado também é”.

Ela complementa: “necessitamos de líderes disruptivos, que motivem seus liderados para a grande importância da inovação e da implantação inegociável da inteligência artificial para garantir que a criatividade humana se desenvolva em alta performance”. Segundo ela, cada vez mais, uma inteligência vai precisar da outra, em um ciclo de interrelação.

Tarsia lembra que, por isso mesmo, soft skills são mais importantes do que currículo na hora de contratar. “Habilidades relacionadas a função são facilmente aprendidas , mais uma boa comunicação, uma liderança inspiradora, flexibilidade nas negociações, saber motivar toda a equipe e, principalmente, ser criativo nas soluções de problemas é primordial .

“A IA veio facilitar processos, mas jamais vai superar a interação humana, somos os únicos que temos emoções, não apenas informações”, lembra ela, que enfatiza: “o futuro do RH é, certamente, ter mais tempo para desenvolver as pessoas, por meio da inteligência emocional, para que elas possam lidar com um número maior de informações sem ansiedade e com sabedoria”.

A ideia é sermos humanos, mas com alta capacidade de integrar inovação. “A IA traz uma nova forma de atuação da área de pessoas dentro das empresas. Com o aprendizado da inovação, teremos que focar no desenvolvimento emocional, nos valores, no que motiva realmente o ser humano a ser mais criativo em suas decisões”, explica Tarsia. “Todos nós precisaremos a nos dedicar aprender a conviver com a tecnologia, como foi com o celular e tantos outros aplicativos e sistemas , mais o olho no olho e a escuta ativa por parte dos gestares jamais será substituída”, complementa.

A gestora revela: “o que mais me chama a atenção é que como a IA pode ser uma forma de DESAFIAR o ser humano em geral a sair do óbvio e se tornar mais disruptivo e brilhante, literalmente. A tecnologia pode ser um gatilho para termos surpresas do que apenas o homem pode desenvolver, utilizando sua inteligência e seu emocional para criar soluções inéditas”.

 

Tarsia Gonzalez - Psicóloga Comportamental e Mentora com mais de 30 anos de experiência em gente e gestão. O trabalho de Tarsia Gonzalez tem foco em Governança, Sucessão, acordo de acionistas e conciliação de conflitos. É Conselheira Grupo Transpes, uma das mais sólidas empresas do setor de transportes do país, e do InovaBh, primeiro projeto em forma de Parceria Público Privada (PPP) em Educação do Brasil.
https://www.instagram.com/tarsiagonzalez/
tarsia@transpes.com.br


Seis mitos e verdades sobre psiquiatria

Crédito: Envato
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 700 milhões de pessoas no mundo são afetadas por algum tipo de transtorno mental. O Plano de Ação para a Saúde Mental da OMS 2013-2020 mostra que as doenças mentais representam 13% do total de todas as doenças do mundo e já representam uma a cada três patologias não transmissíveis. Segundo as estimativas, cerca de 350 milhões de pessoas devem sofrer de depressão e 90 milhões têm uma desordem pelo abuso ou dependência de substâncias. 

É comprovado que parentes de primeiro grau de indivíduos com transtorno depressivo apresentam duas a três vezes mais chances de terem um quadro depressivo. Mas ainda existe um certo preconceito a respeito de diversos aspectos da psiquiatria, geralmente por falta de informação sobre o assunto. O professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP) e psiquiatra do SPA Estância do Lago, Ricardo Assmé, ajuda a desmistificar algumas dúvidas e aponta alguns mitos e verdades referentes ao assunto. 


1 - Pessoas com transtorno bipolar conseguem ter uma vida normal?

VERDADE - "O objetivo do tratamento do transtorno bipolar é que as pessoas tenham uma vida normal e, sim, elas conseguem. Às vezes, o transtorno bipolar exige um pouco mais de paciência do médico e do paciente, mas o paciente atingirá uma estabilidade no humor. Hoje, em termos de psicofarmacologia, existem estabilizadores de humor que proporcionam que o paciente fique bem e estável, com poucos efeitos colaterais ou, às vezes, nenhum efeito colateral. Claro que podem ocorrer pequenas oscilações de humor, mas o objetivo do médico é sempre a remissão completa dos sintomas e esse objetivo acaba sendo atingido, explica o psiquiatra. 


2 - Depressão ou ansiedade pode impedir o paciente de trabalhar?

VERDADE - "A depressão e a ansiedade estão entre as doenças que mais causam faltas ao trabalho. As principais causas de afastamento do trabalho normalmente são dores lombares, infecções respiratórias, lesões por esforço repetitivo e também a depressão, que é uma doença caracterizada por retirar energia e produtividade. Portanto, a depressão pode levar o paciente a não trabalhar. É claro que não é sempre que isso acontece. Quando o paciente inicia o tratamento, facilmente o quadro é revertido e ele volta a ter uma vida normal. Mas a doença é grave e é muito prevalente na população. Aproximadamente, uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens apresentarão um episódio depressivo ao longo da vida. A depressão é uma doença que impacta o mundo de maneira bem pronunciada e, com isso, impacta, logicamente, o mercado de trabalho, gerando inclusive custos altos ao sistema de saúde, mundialmente”, ressalta o especialista.


 
3 - Depressão e tristeza são a mesma coisa?

MITO - "Depressão e tristeza não são a mesma coisa. A tristeza se caracteriza principalmente por ser passageira. É um quadro em que o indivíduo tem menos problemas relacionados ao sono, a questões de alimentação e, normalmente, é um quadro em que não costuma existir ação suicida, então a duração da tristeza é menor e a gravidade dos sintomas também. A depressão se distingue da tristeza justamente por esses dois fatores, duração e gravidade. Se a tristeza está anormalmente pesada, é interessante buscar um profissional de saúde mental para fazer o diagnóstico correto", orienta.


4 - Depressão pode levar à morte?

VERDADE - "A depressão grave pode, de fato, levar à morte, especialmente porque a depressão é uma das principais causas de suicídio. Cerca de 97% dos casos de suicídio estão associados a algum transtorno mental, sendo a depressão a principal responsável."


5 - Transtorno mental é sinônimo de loucura ou fraqueza?

MITO - "A palavra loucura não é utilizada na psiquiatria. A psiquiatria é uma especialidade médica, como qualquer outra especialidade. Existem algumas expressões próprias para o diagnóstico. O que geralmente é chamado de loucura parecem ser quadros onde existem delírio ou alucinação, mas dizer que alguns transtornos mentais são loucura seria uma expressão pouco compreendida até entre os médicos. É uma expressão mais leiga. Já sobre transtorno mental ser considerado fraqueza, não faz sentido essa afirmação. Pelo contrário, pessoas que estão vivendo, por exemplo, situações muito difíceis, estão sob estresse emocional, e muitas vezes vivem aquela situação de uma maneira bastante adequada, são pessoas fortes, mas que em virtude desse estresse acabam desenvolvendo um quadro de ansiedade ou depressão", esclarece Assmé. 


6 - Quando marcamos uma consulta com psiquiatra é porque o caso é grave?

MITO - "Não necessariamente o caso é grave, qualquer necessidade de diagnóstico na área mental necessita uma consulta com psiquiatra, que é o médico que pode fazer o diagnóstico, inclusive, é interessante que casos relativamente leves ou moderados passem pelo psiquiatra. Dessa maneira o médico pode estabelecer se existe realmente um diagnóstico de uma patologia ou se trata-se de uma situação de estresse vivencial e, havendo diagnóstico de uma doença, o psiquiatra pode decidir se é o caso de medicar o paciente ou se é o caso apenas de encaminhar para um psicólogo. Procurar um assemelha-se a procurar um gastroenterologista devido a uma situação de dor abdominal não grave, ou um urologista para ver como está a situação da próstata a fim de prevenir algumas doenças. Os médicos estão acostumados a lidar tanto com casos mais leves quanto com casos mais graves. Não deixe de procurar um psiquiatra por vergonha", orienta. 


Especialista esclarece os mitos e verdades da internação psiquiátrica domiciliar

 A atenção com a saúde mental e os cuidados com o bem-estar psicológico não se prendem mais apenas às paredes de um hospital ou consultório. A partir do avanço da medicina contemporânea, pacientes e familiares podem optar pela internação psiquiátrica domiciliar, que oferece um serviço médico e psiquiátrico in loco, priorizando um suporte mais humanizado. No entanto, apesar de já consolidado em outros países, este tipo de atendimento ainda causa dúvidas quanto a sua realização.

Com esse panorama em vista, Dra. Lara Santiago, diretora da Kefi saúde, empresa referência em home care em Fortaleza, esclarece alguns mitos e verdades acerca da internação psiquiátrica domiciliar.


A internação psiquiátrica domiciliar é uma alternativa segura e eficaz?

É um mito considerar a internação psiquiátrica domiciliar como algo perigoso ou menos eficaz do que a internação em hospitais especializados. Na realidade, quando criteriosamente indicada, a internação domiciliar pode oferecer um ambiente mais acolhedor e menos estigmatizante, o que favorece o bem-estar do paciente durante o tratamento.


A internação psiquiátrica domiciliar é indicada apenas para casos leves?

A internação psiquiátrica domiciliar não se limita a casos leves. De acordo com a Dra. Lara, a escolha entre internação domiciliar e hospitalar depende da avaliação individual do paciente. Casos moderados a graves, desde que estejam dentro de critérios específicos, também podem ser tratados com sucesso no ambiente domiciliar, com acompanhamento e monitoramento adequados.


A internação psiquiátrica domiciliar substitui totalmente a internação hospitalar?

Esse é um dos mitos mais comuns sobre o assunto. De acordo com Dra. Lara, em alguns casos, a internação domiciliar pode ser uma alternativa viável à hospitalização, mas não é uma substituição para todos os casos. Certas situações ainda exigem o ambiente controlado e a estrutura hospitalar, enquanto outras podem se beneficiar do cuidado domiciliar. A decisão é tomada com base nas necessidades individuais do paciente.


A família pode se envolver mais no processo de tratamento na internação domiciliar?

Verdade! O tratamento psiquiátrico domiciliar envolve a participação ativa da família do paciente. Dra. Lara ressalta ainda que o apoio e o acolhimento familiar são fundamentais para o sucesso do tratamento, já que proporcionam um ambiente mais estável e seguro ao paciente, favorecendo sua recuperação.


A internação psiquiátrica domiciliar não requer a atuação de profissionais multidisciplinares na atenção domiciliar?

Mito. Uma Equipe de atendimento domiciliar pode ser composta por outros profissionais além de médico psiquiatra, psicólogo e enfermeiro. Pode haver a necessidade de acompanhamento de outras especialidades como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem e afins. Dra. Lara pontua que não necessariamente um paciente terá todos estes atendimentos, e reforça que é necessário ter a avaliação de um profissional capacitado para que um plano de atendimento domiciliar seja elaborado de forma personalizada de acordo com as necessidades de cada um.

 

Kefi Saúde


Relações tóxicas e abusivas podem acontecer em qualquer ambiente: saiba como lidar

 A psicóloga Monique Stony explica que qualquer pessoa pode ser vítima e é preciso estar atento aos sinais


Falta de apoio mútuo, críticas em excesso, julgamentos, competição, desrespeito e conflito. Esses são comportamentos que fazem parte de relações tóxicas e minam a autoestima dos impactados, ainda que normalmente não aconteçam de forma intencional. Já no relacionamento abusivo, existe a intencionalidade de abusar do outro para obter algo em troca. Normalmente o abuso ocorre quando o agressor se aproveita da fragilidade e vulnerabilidade da outra pessoa. 

De acordo com Monique Stony, psicóloga, executiva de Recursos Humanos e autora do livro “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, lançado recentemente pela Editora Gente, é importante perceber que a toxicidade não é exclusiva dos relacionamentos amorosos. “Ela pode estar presente nas relações familiares, de amizades ou até mesmo nas relações de trabalho”, explica. 

Além disso, qualquer pessoa pode ser vítima de um relacionamento tóxico ou abusivo. “É independente de classe social, poder aquisitivo, nacionalidade ou campo profissional de atuação. No entanto, é possível perceber que costuma acometer mais as mulheres como vítimas do que homens, um legado da sociedade patriarcal em que estamos inseridos, em que por muitos anos os homens se viam em grau superior de poder em relação às mulheres”, comenta. 

De acordo com a psicóloga, existem sinais de alerta que indicam que uma pessoa pode estar em um relacionamento tóxico ou abusivo e é importante conhecê-los para poder identificá-los e se libertar deles o quanto antes. “Normalmente as críticas e ofensas começam em tom de brincadeira e vão se acentuando com o passar do tempo. É muito comum também que haja o controle da vítima, limitando a sua liberdade de ação e de ir e vir. Nos momentos de tensão ou desentendimento, podem ocorrer ações desrespeitosas e até mesmo violência verbal ou física”, afirma. 

A especialista observa que é difícil prestar atenção aos sinais de um relacionamento assim porque a vítima normalmente está fragilizada e envolvida emocionalmente, portanto tem dificuldade de identificar que está sofrendo uma violência psicológica. “Além disso, as ofensas e violências são graduais. Assim, a vítima pode acabar tolerando, apesar do sofrimento que sente. Além disso, os abusadores usam reforço positivo para confundir: uma hora a rebaixam, dizendo que ela não tem valor, e outra hora a elogiam por algo que tenha feito”, analisa. 

Para sair de um relacionamento tóxico ou abusivo, o primeiro passo é identificar os sinais de alerta  e, depois, fazer um exame de consciência e reafirmar o autovalor, que muitas vezes fica abalado quando se é vítima de relacionamentos assim. “É muito importante não sentir vergonha ao perceber que é vítima de uma relação abusiva e buscar forças para se afastar e romper com esse tipo de relacionamento o quanto antes. Saber pedir ajuda de familiares e amigos ou mesmo de profissionais para conseguir restabelecer sua saúde mental e emocional também é essencial!”, diz Monique. 

Segundo a psicóloga, quando passam por relacionamentos tóxicos ou abusivos, normalmente as vítimas se veem com sua autoestima, autovalor e autoconfiança abalados. Com isso, torna-se imprescindível tratar a saúde mental e emocional. “A psicoterapia é muito indicada nesse caso ou mesmo a participação em grupos de apoio. Através desse processo, a vítima entende que não é por sua culpa que esteve presa num relacionamento nocivo, e sim do abusador. Aprende a processar o luto com o término do relacionamento, para encerrar esse ciclo e poder começar outra fase. E também começa a fortalecer sua autoestima e a não relativizar sinais de alertas em potenciais relações futuras”, conclui.  



Monique Stony - psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e escritora do livro best-seller "Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, que tem como propósito ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade. Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.
www.moniquestony.com.br
https://www.instagram.com/maesnalideranca


O futuro da humanidade passa pela família

Na Exortação Apostólica "Familiaris Consortio", São João Paulo II afirmou que o futuro da humanidade passa pela família (FC 86), e que o matrimônio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade. Quando olhamos para o relato da Criação, vemos claramente no livro do Gênesis que Deus pensou o homem e a mulher com papéis bem definidos dentro de um projeto sólido, harmônico, e para além de si mesmos, ou seja, para os outros. A este projeto do coração de Deus, damos o nome de Família.

 

Deus que é Amor, implanta no coração da humanidade o amor-mútuo, a partir do qual une o homem e a mulher numa só carne e, dessa união no amor, gera filhos e filhas para o amor.

 

Todavia, cada vez mais vemos um mundo "self", isto é, pessoas que buscam a própria felicidade, que só veem a si próprio. Os princípios e valores do amor e nele fundados parecem dar lugar a uma cultura de morte, pois não tem como ponto de partida, nem de chegada, a vida.

 

Ao contrário, a renúncia de si mesmo para o bem do próximo, a partilha sincera com quem necessita, o querer bem ao próximo antes do próprio bem-estar, são facilmente negociáveis quando se trata do interesse pessoal, pois há um consciente coletivo de que “EU preciso ser feliz a qualquer custo”.

 

O "eu" sempre em primeiro lugar. A forma como "eu" sinto, vejo, quero e penso, sobrepujando o dom do outro que nos foi dado pelo próprio Deus. A vida, por si só, já depende de outras para vir a existir e isso parece que foi esquecido. E quando se exclui o projeto pensado por Deus, como esperar bons frutos se a experiência primeira se dá num ambiente de interesses pessoais e egoístas, onde cada uma busca a realização pessoal, em detrimento daqueles com os quais convive? Não se leva mais em conta os princípios do amor para que a vida seja protegida, formada, amparada e possa se desenvolver desde o útero da mãe. Seriam o egoísmo, e individualismo as vias seguras e eficazes para a tão almejada “felicidade”? Creio que não.

 

Podemos dar uma resposta diferente! Ao recordar as palavras do próprio Jesus, no Evangelho de São João, no momento de maior intimidade vivida por Ele com os seus discípulos na última Ceia, Ele nos diz: "Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisso todos conhe­cerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,34-35).

 

O Senhor nos deu o mandamento do Amor, que se entrega livremente para o bem do outro. Ele nos apresenta um modelo a ser seguido, o da sua própria entrega e sacrifício para a Salvação da humanidade. No Seu discipulado, encontramos a força necessária para testemunhar o verdadeiro sentido da nossa vida, que é viver o amor.

 

O ser humano corre o grave risco de desaprender a amar. Nós podemos mudar o rumo dessa história, se tivermos a coragem de amar. Amemo-nos como Cristo nos amou, e nossas famílias darão frutos maduros, lindas e grandes vocações para o bem da humanidade.




Márcio Todeschini - missionário da Canção Nova, casado com Eliete e pai de 4 filhos. Trabalha como músico, cantor e analista de dados a serviço do Carisma Canção Nova.


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