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domingo, 5 de março de 2023

CANTINHO DE ESTUDO DAS CRIANÇAS

Personal organizer ensina como organizar o local para as crianças estudarem em casa 

Dicas vão desde esconder as distrações até iniciativas que prezam pelo conforto da criança 

 

Com a volta às aulas, a rotina das crianças retoma com novos afazeres, muito aprendizado e, é claro, as tão temidas lições de casa e trabalhos a serem feitos. Para que elas tenham maior conforto, silêncio e capacidade de concentração, é de suma importância que elas tenham em casa um local reservado para essa prática tão essencial na vida escolar.

Mãe de duas crianças de 6 e 8 anos, a personal organizer especialista em desapego e consumo consciente Nalini Grinkraut listou 5 ideias preciosas de como podemos ajudar nossos filhos a terem um ambiente propício para os estudos: 

  • É importante que a criança tenha um local apropriado para fazer a lição de casa. Se você não tiver um espaço específico para isso como uma mesa no quarto dela, escolha algum local da casa para que ela saiba que deve utilizar aquele local. 
  • É necessário, também, que ela tenha um espaço definido para guardar as coisas que utilizar: uma gaveta ou uma prateleira que possa deixar os itens como estojo, caderno, livros, dentre outros materiais escolares. 
  • Ensine seu filho a sempre guardar de volta os itens que utilizou no local escolhido para isso. 
  • Avalie também se nesse espaço ele tem um excesso de estímulos visuais e eletrônicos pois isso pode dispersar e atrapalhar sua concentração. Busque espaços mais silenciosos e sem muitos estímulos externos. 
  • Para criar o hábito, no início é extrema importância incentivar e relembrar seu filho de utilizar esse espaço. 

“As crianças costumam se distrair com o menor estímulo externo, então é importante que o restante da casa também colabore para que as distrações sejam as menores possíveis”, reforça Nalini. A rotina de estudos irá acompanhar a criança durante todo o ano letivo, então o quanto antes for implementada mais rápido ela estará adaptada a essa prática. 

Autora do livro “Casa Arrumada, Vida Leve” (Harper Collins), Nalini Grinkraut quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de uma maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares. 

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari™, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta. 

“A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós. “ – Nalini Grinkraut 

 

 Sobre seu livro:

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar?

Era assim que a autora de “Casa Arrumada, Vida Leve” se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça.

Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação.

A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo.

 

Sobre a profissional e autora:

Nalini Grinkraut é formada em propaganda e marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em administração de empresas pelo Insper. Construiu uma sólida carreira na área de Marketing e, depois, se formou como personal organizer. Atualmente, por meio de suas palestras, consultorias, cursos online e redes sociais, ela se dedica a ajudar as pessoas a arrumarem as suas casas, obtendo mais bem-estar e qualidade de vida a partir da organização.

 

Serviço:


Livro:
  Casa Arrumada, Vida Leve

Autora: Nalini Grinkraut (@nalinigrinkraut)

Editora: Harper Collins

Páginas: 224

Preço: R$ 49,90

Adquira o livro em: https://amz.run/5w4P


Como a Inteligência Artificial auxilia no aprendizado de um novo idioma?


Já se foi o tempo em que o ensino de idiomas era restrito às salas de aulas físicas. O mercado está revolucionando a passos enormes e, com o avanço da digitalização e o fortalecimento especial da inteligência artificial, nunca foi tão acessível aprender uma nova língua. Muitas plataformas pautadas nessa tecnologia facilitam este estudo com ferramentas, metodologias e conteúdos completos para todas as idades – e, quem souber aproveitar estes recursos com sabedoria, terá um importante diferencial para se destacar no mercado.

Desde o início da pandemia, a busca pelo aprendizado de idiomas online cresceu significativamente. Em 2020, como exemplo, dados divulgados pelo IBGE mostram um crescimento de 59% por cursos online, intensificados ainda pelo aumento da demanda da fluência em outro idioma – principalmente o inglês – como qualificação curricular. Não faltam hoje opções de qualidade para atender a essa demanda, evidenciando tendências que, mesmo ainda no início, já mostram resultados excelentes para quem deseja aprender uma nova língua.

Considerando o desenvolvimento da IA nessa área, existem muitas plataformas envoltas nessa tecnologia capazes de prover um ensino conciso, gramaticalmente correto e com materiais diversos que auxiliam nesse estudo. Muitas, ainda, dispõem de um teste de nivelamento ao primeiro contato do estudante, criando um questionário que irá direcioná-lo ao nível mais apropriado para iniciar as aulas do idioma desejado. Tudo isso, de forma gratuita e confiável.

Esses canais desenvolvem materiais completos especialmente para aqueles que não possuem tanto conhecimento na língua e, dessa forma, precisarão começar seus estudos do básico. Dentre as funcionalidades mais usuais providas nestas plataformas, os alunos conseguem encontrar listas de exercícios gramaticais e de vocabulário, provas específicas para cada conteúdo abordado, resumos de textos naquele idioma e, até mesmo, cronogramas de estudo para cada um.

Para complementar os conteúdos teóricos, alguns deles chegam a oferecer a possibilidade de os alunos realizarem aulas semanais com um professor, aperfeiçoando também outros pontos importantes como a conversação e vocabulário prático. Este toque humano ainda é uma peça essencial que nenhuma tecnologia ainda dispõe, e que pode fazer toda a diferença neste aprendizado dependendo do perfil e necessidades de cada estudante.

Seja em uma simples explicação ou em uma aula completa, a presença de um especialista humano na área dificilmente será substituída, por mais que tenhamos à disposição soluções robustas e preparadas para suprir diversas demandas. Hoje, a IA no ensino de idiomas se mostra como uma apoiadora neste aprendizado, ampliando seu acesso gratuito para todos que não possuem condições financeiras para arcar com um curso.

O mercado se viu obrigado a se reinventar em meio a tantas dificuldades impostas pela pandemia. Incorporar essa digitalização internamente não foi algo fácil para muitas, mas obrigatório para que pudessem permanecer operando e dispor de meios que as permitissem crescer e se destacar. No ensino de idiomas, essas tecnologias se tornaram verdadeiras aliadas, abrindo espaço para muitas oportunidades que ainda irão remodelar o conceito tradicional visto por muitos anos.

Com a IA, não precisam mais existir barreiras financeiras para atingir a fluência em outra língua. Basta pesquisar sobre as opções existentes no mercado, identificar seu nível de proficiência por meio dos testes criados, e se aventurar neste universo de ensino online com metodologias que, certamente, auxiliarão muito nesta jornada e na conquista de oportunidades profissionais cada vez melhores. 

 

Danilo Veloso - diretor comercial da SEDA College. Formado em administração de empresas, trabalhou por seis anos como camelô até conquistar uma vaga na área de cartão de crédito e conciliação bancária em uma companhia aérea. Após três anos no cargo, deixou a posição para estudar inglês na Irlanda, onde começou a trabalhar em agências de intercâmbio.

Qual o peso da aparência quando se conhece alguém?

Especialista em relacionamentos explica como funciona essa dinâmica na sociedade 

 

O casamento simboliza a união entre duas pessoas que desejam constituir uma família (Crédito: Unsplash)

Conhecer alguém e, sobretudo, passar a conviver, seja em uma amizade ou em uma relação amorosa, é algo que exige tempo, sintonia e compatibilidades. E considerando essa dinâmica e buscando unir casais para viverem o amor, o reality Casamento às Cegas chegou ao Brasil e já está em sua segunda temporada, na Netflix. No programa, os participantes devem escolher seus parceiros às cegas, e os noivos precisam enfrentar os desafios da convivência e se conhecer melhor antes do grande dia.

De acordo com a própria Netflix, o programa de TV Casamento às Cegas tem 87% de aprovação dos telespectadores. “É muito curioso casais se conhecerem sem o contato visual. Acho extremamente importante que a questão estética não se sobressaia e seja prioridade diante dos comportamentos e jeito da pessoa que está conhecendo para entender as compatibilidades, mas ao mesmo tempo é muito arriscado, porque é natural que, no reality, as pessoas idealizem fisicamente a outra pessoa e gerem possíveis frustrações depois do primeiro contato visual”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias. 

O reality e suas polêmicas viraram febre entre os brasileiros, mas antes de tudo, é preciso reconhecer os riscos porque, sim, as pessoas se importam com a aparência e muitas vezes têm padrões, preconceitos e estereótipos que podem causar conflitos ou constrangimentos depois de ver que a pessoa que estava conhecendo é diferente da pessoa que foi idealizada. 

“A grande reflexão do programa é até onde nos permitimos a uma relação amorosa com uma pessoa com muita compatibilidade em vez de nos prendermos apenas à beleza física. Quando conhecemos alguém, existem estágios intrínsecos que incluem a admiração não só da beleza como também do comportamental, para entender se a pessoa dá ‘match’ com a sua personalidade. Não é uma regra, mas o ideal é se relacionar com uma pessoa com gostos parecidos com os seus, pois as possibilidades de uma relação saudável aumentam”, conclui Henri. 

Contudo, se tratando de casamento, é importante entender que a escolha deve acontecer com muita responsabilidade afetiva, entendendo os próprios sentimentos quanto os da pessoa amada. Na Casa das Magias, o serviço de Casamento Espiritual tem ajudado casais a restabelecerem a harmonia e garantir o amor e a cumplicidade da relação. Seja através da espiritualidade ou de qualquer outro método, é importante se guiar através da reciprocidade, principalmente nesse primeiro momento.

 

Casa das Magias
casadasmagias.com.br/


Relacionamento aberto causa maiores problemas psicológicos

Pesquisas recentes indicam que pessoas em relacionamentos abertos enfrentam maiores problemas psicológicos do que as pessoas em relacionamentos monogâmicos 

 

As relações abertas estão se tornando cada vez mais populares, pois as pessoas buscam explorar sua liberdade e sexualidade fora dos limites das relações monogâmicas tradicionais. Mas será que esta liberdade vale os custos psicológicos? Até onde é considerado liberdade?

O relacionamento aberto pode oferecer ao casal mais liberdade para explorar diferentes parceiros e formas de intimidade fora de seu relacionamento. O que pode ser benéfico para aqueles que querem experimentar com seu próprio gênero ou curtir algo a mais com alguém sem necessariamente se comprometer com essa pessoa.

Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do site MeuPatrocínio diz que não são todos os tipos de pessoas que conseguem levar essa relação de maneira saudável para si, e ela pode até, em alguns casos, afetar relações futuras. “Se o casal não estiver totalmente em acordo, sem a honestidade e transparência como base, o relacionamento aberto têm consequência: questões psicológicas maiores do que aquelas enfrentadas por indivíduos em relações monogâmicas. A insegurança, o medo e a ansiedade criada por essa relação podem afetar drasticamente esse indivíduo fazendo com que ele tenha mais problemas em se relacionar no futuro" afirma Caio.

Um estudo recente publicado na revista Psychological Science identificou que casais em relacionamentos abertos relataram níveis mais altos de insegurança do que casais em relacionamentos monogâmicos, sugerindo que a não-monogamia pode não ser tão segura emocionalmente quanto alguns acreditam.

 

O especialista acredita que a procura por homens bem-sucedidos e maduros tem aumentado devido a instabilidade que os relacionamentos jovens têm passado. “Essa liberdade que o casal acredita estar atingindo pode ser falsa e passageira. Eles tendem a serem prisioneiros da insegurança e da constante dúvida se são o bastante um para o outro. A falta da estabilidade nesses relacionamentos faz com que hoje jovens procurem parceiros mais maduros e experientes para se relacionar, como em um relacionamento sugar.” Finaliza Caio Bittencourt.

Outros estudos sugeriram que as pessoas em relacionamentos abertos podem se sentir menos satisfeitas com seu parceiro original devido a sentimentos de ciúmes ou medo associados a compartilhar a atenção e o afeto de outra pessoa. Isto pode levar a sentimentos de ansiedade ou depressão que podem complicar ainda mais quaisquer questões existentes dentro do próprio relacionamento.

Como se não bastasse a insegurança, a sociedade tende a ver a não-monogamia como um comportamento "anormal". As pessoas que se envolvem em relacionamentos costumam enfrentar julgamento ou críticas de amigos e familiares que não entendem por que escolheram este estilo de vida e isso pode criar fatores de estresse adicionais que podem complicar ainda mais o psicológico.


Dia da Mulher: a mãe mulher

Quando a mulher se torna mãe, ela não deve deixar de ser uma prioridade


O Dia Internacional da Mulher está chegando. O dia 8 de março é marcado pela celebração dos avanços políticos, sociais e culturais das mulheres. Nota-se que ser mãe não está detalhado entre as conquistas, mas sempre foi associado ao ideal de ser uma mulher realizada.

Não possuir filhos lhe garante a pergunta “E aí, quando vem as crianças?”. E quando se tem, vem então “E o irmãozinho chegar logo?”. Quando conquista um passo importante na carreira, você ouve “Parabéns, e os planos para ter filhos?”. Depois da luta de encontrar um parceiro ideal, chega “Que casal lindo, as crianças serão belíssimas”.

Dentro da sociedade em que vivemos, a primeira coisa que é ensinado a meninas é possuir uma aparência que atraia um homem e garanta uma família, onde ela vai demonstrar a capacidade que tem de cuidar do marido, da criança e da casa. De todos, menos de si mesma, com exceção da aparência física. A mulher não é encorajada a ser sua prioridade. Seu sucesso é o seu lar e seu lugar é ali dentro. A mulher não consegue escapar de ser idealizada como mãe, mesmo quando não quer ter filhos, ou quando já se tem.

Não é saudável para a mulher que toda a identidade de uma mulher esteja associada à maternidade, mas é isso que se espera dela. Esse é o conflito que muitas nós vivemos, e quando não vivemos, talvez seja porque sequer questionamos esse papel esperado de nós.

“O verdadeiro poder da mulher consiste em ser mulher”, aponta Joseane Sousa, especialista em desenvolvimento humano, que atende em Vitória-ES.

Quem somos nós mulheres, além da maternidade? É um questionamento que, não somente a sociedade precisa fazer, mas nós mesmas. Não perder a identidade é essencial para ensinar as futuras gerações de mulheres que esse conflito não pode existir para sempre.

 

Joseana Sousa - Pilota de aviões, psicanalista e especialista em desenvolvimento humano , Mentorias online e presenciais em Vitória-ES
Instagram: @joseanasousa
contato@joseanasousa.com.br
www.mentoriacaixapreta.com


Adaptação escolar é processo constante

Acolhimento pode deixar processo confortável nas primeiras semanas de aula, mas algumas lições praticadas ainda nas férias ajudam muito

 

Adaptação acompanha as mudanças do ano letivo: apoio escolar e dos responsáveis é fundamental 

COC


Depois de aproximadamente dois meses de descanso, estudantes de praticamente todo o Brasil já estão de volta à sala de aula. Mas as primeiras semanas pós-férias nem sempre são fáceis. Embora a dificuldade na adaptação seja mais comum entre as crianças pequenas, o medo, a angústia e as frustrações também acompanham outras fases da vida, tornando a ida para a escola um verdadeiro desafio, com a mudança de turma, de sala, de professores e de colegas.

Organizar a rotina, os materiais e manter uma boa alimentação é uma das sugestões que os professores do Colégio COC Beraldo, de Campina Grande do Sul, Paraná, recomendam para alunos e pais. A adaptação, afirmam, é um processo constante, que vai desde o primeiro dia de aula até situações novas que ocorrem ao longo de todo o ano letivo. Aos pais, cabe uma tarefa extra: reforçar as atitudes positivas dos filhos e ajudar na caminhada, tornando-a mais segura.

Difícil? Nem sempre. Os professores do COC separaram dicas para cada modalidade de ensino. 

 

Educação Infantil 

Uma rápida consulta aos sites de busca traz centenas de sugestões para pais e mães. Afinal, entregar o filho na escola e vê-lo aos prantos em poucos segundos não é uma cena agradável. Mas como amenizar os impactos com a mudança da rotina?

“Preparar as crianças para entrar nesse novo ritmo é importante. Vale, por exemplo, apagar as luzes, colocar um som de ninar agradável, fazer a leitura de histórias”, assinala a professora do Infantil VI do COC Janaína Maila. Ela destaca ainda que mesmo os pequeninos já podem começar a organizar seus materiais, e para isso é importante que o aprendizado venha de casa, com pais e familiares que oportunizem esses momentos. “Os alunos podem e conseguem entrar no ritmo escolar sem traumas. Isso depende muito da orientação da família sobre a importância do ambiente escolar”, acrescenta. 

 

Ensino Fundamental I 

Crianças de 6 a 11 anos, que estão nesse time, também precisam de orientações para estar na escola com determinação, sem medos ou angústias. Novamente, o processo começa bem antes do primeiro dia de aula e deve acompanhar o ano, especialmente nas primeiras semanas após o descanso. “Adaptar uma nova rotina e evitar muitos estímulos antes de dormir; estimular o senso de responsabilidade na criança, explicando sobre as vantagens de manter os materiais organizados diariamente; e manter uma alimentação saudável ajuda muito”, destaca a professora das séries iniciais do Fundamental Ângela Cristina Estefano Nobrega. Transmitir segurança, acolhimento e sinalizar nas conversas os pontos positivos da escola, dos novos amigos e do aprendizado faz toda a diferença. 

 

Ensino Fundamental II e Médio 

À medida que vão crescendo, os jovens estudantes ganham mais responsabilidades e autonomia. Em casa e na escola, é fundamental, conforme os profissionais do COC, preparar rotinas de estudo e de pausas. “Planejamento é o segredo”, afirma o professor Willian dos Santos de Brito, que leciona para turmas do Fundamental II e do Ensino Médio. Para quem está no terceirão, a palavra que define 2023 é “estudar”. “A hora é agora, e não próximo dos vestibulares ou do Enem. É preciso focar os estudos e as oportunidades que a escola disponibiliza para aprender ainda mais”. 

 

Cuidando das Emoções 


Especialmente desde a pandemia da Covid-19, estar na escola é tratado de modo especial. O isolamento de quase dois anos ainda deixa marcas e exige um esforço a mais de pais e professores. Crises de pânico e de ansiedade passaram a se tornar recorrentes entre crianças e jovens; alguns desenvolveram fobia escolar, ou seja, um desconforto desproporcional e duradouro pela frequência escolar.

Pensando em ampliar o suporte emocional, o COC Beraldo tornou-se parceiro de programas focados nessa dor. Com objetivos claros, a instituição almeja bons resultados na melhoria dos índices de aprendizagem, na redução da indisciplina, no aprimoramento das relações interpessoais e no aumento da participação da família na formação integral dos estudantes. 


Bem à saúde: confira os benefícios de uma verdadeira amizade

Freepik 
Construir laços de amizade ao longo da vida é benéfico para a saúde de todo indivíduo. Psicóloga detalha o valor das grandes relações nas diferentes etapas da vida

 

A amizade faz bem à saúde tanto mental quanto social do indivíduo. Dividir momentos com pessoas, no trabalho, da família ou mesmo nas relações amorosas pode ser fundamental para o amadurecimento. Com o avanço da tecnologia, muitas amizades, que antes estavam sempre juntas fisicamente, passaram a ser mais distantes, o que pode não ter o mesmo efeito do contato físico.  

Pesquisa coordenada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que prosseguiu nos últimos 80 anos, confirma que construir e manter laços de amizade ao longo dos anos pode prevenir diversas doenças, além de tornar a vida mais feliz. Ser empático, melhorar como pessoa, dividir bons e maus momentos, poder escolher aqueles que se identificam para trilhar juntos anos ou mesmo uma vida toda são benefícios de uma boa amizade.  

“Ter amigos é ter aconchego e trocas conquistadas. Contar com o outro traz segurança afetiva e social, é muito importante para saúde mental. Nas relações de amizade, existem trocas e, para manter amigos, as trocas fazem parte da relação. A maneira como se relaciona com os outros será determinante para ter amigos e esses são alguns fatores que mais influenciam a saúde”, explica Soraya Oliveira, psicóloga do Instituto de Neurologia de Goiânia.  

A profissional explica que a amizade é importante em todas as fases da vida como na infância, adolescência e fase adulta, que é de extrema importância na velhice. Ela se mantém como a segunda relação social de grande valia ao ser humano, logo após a família. Pesquisa coordenada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos demonstra que ao edificar a amizade, a longevidade pode aumentar em até 10 anos.  

“A relação de amizade é poderosa, pois essa experiência libera hormônios de prazer, como a oxitocina, considerado o hormônio responsável pelo vínculo, e a serotonina, popularmente conhecida como o hormônio da felicidade. Sentimento de amizade pode surgir acompanhado de reciprocidade do afeto, ajuda mútua, compreensão, identificação e confiança”, conta a psicóloga.  

Soraya explica que a troca de afeto e cumplicidade em amizades ajuda a diminuir a liberação de alguns hormônios relacionados ao estresse, como cortisol e adrenalina. Ela conta que uma pessoa que tem amigos fica menos doente, pois pode compartilhar a vida com amigos, tornando a vida mais leve.  

“Fazer passeios com amigo, ir a um café, compartilhar momentos alegres, participar de um happy hour, dar boas risadas, sair para dançar, fazer atividade física juntos, todas essas atividades provocam a liberação da serotonina. A amizade faz bem para nossa saúde física e emocional. Os laços afetivos despertam emoções positivas, promovendo bem-estar, esperança e vontade de viver e aproveitar a vida”, conclui Soraya.


Mente intencional

 Lembro de uma passagem de um livro Zen-Budista em que um atarefado rapaz se queixa ao seu amigo, que por um acaso é um mestre Zen, que, como homem moderno, ajudava a esposa em suas tarefas domésticas. A pior parte para ele era lavar a louça. Não eram pessoas de posses, então não usavam a máquina de lavar louça no seu dia a dia, e aí sobrava para ele lavar a louça, já que não sabia cozinhar. O mestre deu uma daquelas perguntas zen que parecem muito simples mas que deixam em suspenso nossa capacidade de gerar falsas questões: sugeriu que ele lavasse a louça “por lavar”. O que? Como? Isso que você ouviu. Lave pelo simples ato de lavar. Sem olhar o cronômetro. Sem xingar a água fria. Sem tentar bater nenhum recorde. Lavar por lavar. Depois de alguns dias o homem escreveu um artigo no jornal da comunidade que o “lavar por lavar” tinha transformado uma tarefa outrora chata numa atividade relaxante e quase prazerosa.

Estava em outro momento vendo um vídeo de Mooji, um guru cujos vídeos muito me ajudaram na pandemia: estava terminando uma prédica e uma moça magrinha e pálida pede a palavra e diz algo que muita gente diz quando começa a meditar: ela não estava se sentindo mais leve, nem conseguia pacificar a sua mente, não conseguia vencer os pensamentos, e começa a chorar copiosamente. Mooji não fez cara de monge nem de Ser iluminado. Quase impaciente, ele começa a convidar a menina e colocar tudo para fora: a paz, a iluminação, o estado de graça, a meditação e colocar para fora até ele mesmo e as pessoas que estavam naquela sala. Colocou tudo para fora? Acho que sim. O que restou? As lágrimas viraram uma gargalhada. O que restou foi meu Ser, ela falou.

Vivemos numa época de conforto e de recursos mal distribuídos, mas recursos que permitem a grande parte da população ter alimento, abrigo, roupas para vestir. Com tudo isso, nossos índices de infelicidade, depressão e suicídios nunca foram tão elevados.

Nas duas pequenas passagens colocadas acima, dá para localizar um grande vilão de nossa Infelicidade coletiva: a Mente Intencional.

Lavar a louça odiando a tarefa para ser um marido moderno só serve para quebrar alguns pratos e copos. A menina tentar meditar para atingir a paz interior só faz os pensamentos se multiplicarem até virar um turbilhão de dores, de culpa e de tudo que é contrário à uma prática meditativa.

Fazemos quase tudo visando algo, e isto está ok e move o mundo. Amanhã vou sair para trabalhar porque preciso viver e pagar minhas contas. Ao acordar, vou fazer uma meditação que me prepare para o dia e visualizar bons atendimentos e pacientes melhorando, mas, como Mooji ensinou para a menina, em algum momento vou precisar jogar isso tudo fora da minha cabeça: o certo, o errado, os objetivos, as tarefas. Se tudo der certo, vou estar entregue a guiar por guiar, escrever para escrever e atender para atender, sem o peso esmagador de nossas expectativas. Viu, achei outro vilão, pior que a Mente Intencional: é a Fábrica de Expectativas que fazem que a gente espere sempre um determinado ganho e, quando ele não vem, choramos como a menina na frente do guru.

Nesse momento, quase ouço você, do outro lado da tela, perguntando: mas como faço isso? Fazendo. Treinando. Rindo das metas e das expectativas. Como uma criança encantada correndo atrás de bolhas de sabão. 

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.


Cores do Feng Shui e seu papel na renovação e captação de boas energias

Técnica milenar chinesa tem como objetivo eliminar a negatividade dos ambientes e trazer mais harmonia e bem-estar

 

Todo começo do ano renovamos as promessas de organizar a vida e atrair energias positivas. Dentro dos lares, a escolha das cores e da estética do ambiente estão conectadas nessa busca por harmonia, que pode seguir a técnica chinesa milenar, Feng Shui, que engloba arte, minimalismo e organização para trazer equilíbrio e boas energias ao ambiente. 

No Feng Shui tudo é pensado para que a moradia receba fluxo de energia positiva e propicie um lugar fortalecido energicamente, beneficiando a saúde, a felicidade e a prosperidade. Os cômodos devem ser posicionados de forma que permitam a circulação da corrente energética pelo ambiente; as cores devem seguir os objetivos de cada um, como, por exemplo, o vermelho (sucesso e relacionamento), preto (trabalho), azul (prosperidade e espiritualidade), entre outros. O nome Feng Shui, aliás, significa "vento e água". Veja como as cores podem propiciar mais energia ao espaço:

 

Sala/Escritório:

 


No Feng Shui, o azul é a cor da prosperidade e espiritualidade. Os tons claros e luminosos como a tinta Paquetá 1281 da Iquine, ampliam os efeitos de bem-estar e disposição para ir atrás dos objetivos através da energia criativa que a cor transmite. 

Em decoração de ambiente, a combinação de tons é essencial para fortalecer o acolhimento e a sofisticação que as cores oferecem. Nesse sentido, a cor Pequiá 1794 da Iquine é um marrom claro que ajuda a criar uma atmosfera agradável e coexiste de forma harmônica com a Paquetá, ajudando a criar um espaço para concentração e criação, como salas e escritórios. 

O cuidado com as cores na técnica Feng Shui também direciona para a composição do espaço, como a organização de livros em uma estante combinando as tonalidades das cores das capas; quadros com imagens ligadas à natureza e/ou com mensagem inspiradora para reforçar a positividade no ambiente e até mesmo tapetes claros sob a cama para a energia fluir.  


Cozinha:


Utensílios da cozinha devem ser armazenados para que pias e bancadas fiquem livres de desordem, pois esta é um sinal de inquietação e conflito. Já a organização dá liberdade para a energia circular. Cores como branco, vermelho, laranja, amarelo e bege são bem recebidas. Na definição da cor das paredes, analise os itens que compõem a cozinha e a direção da luz solar para um efeito harmonioso. Cores amarelas, como a tinta Canjica 240 da Iquine, estão associadas à comunicação, além de abrir o apetite. Escolha perfeita para os almoços de fim de semana em família! 

A arte asiática valoriza decorações sutis e que remetem à positividade, como um pequeno vaso com flores próximo à janela, um espelho colocado de forma que amplie a luz solar recebida, assim como imagens da família na geladeira. 

Espaços vazios ou ociosos dentro de casa podem ser ocupados com plantas, que representam a fertilidade e saúde no ambiente. No Feng Shui, paredes sujas e descascadas são impurezas que sugam boas energias. A pintura das paredes renova a energia e ajuda a circulação de correntes magnéticas.

 

Grupo Iquine


Pesquisa afirma que principal causa de divórcios é a crise financeira

Reprodução Internet
A cada dia mais mulheres procuram plataformas online que oferecem homens bem-sucedidos como principal atrativo


Com o alto preço de produtos básicos e os impactos econômicos que a pandemia e a guerra causaram no Brasil, o custo de vida cresceu de forma alarmante e com isso muitos relacionamentos chegaram ao fim.

Esse movimento resultou em mulheres recorrendo a plataformas de relacionamento como o MeuPatrocinio que tem como principal atrativo homens bem-sucedidos.

Isso se deve inclusive ao movimento que tem sido trend topics nas redes sociais, com o crescimento constante do uso do termo Sugar Daddy e Sugar Baby por famosos e influenciadores digitais.

E pra quem não sabe o que é Sugar Daddy, são homens bem-sucedidos, experientes, que suas fortunas não foram abaladas pela crise. Ou seja, é a solução para um relacionamento sem estresses financeiros.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no País cresceu 75% em cinco anos e, no meio do ano passado, o total de divórcios saltou para 7,4 mil apenas em julho, um aumento de 260% em cima da média de meses anteriores. Sendo a principal causa, a crise financeira.

A questão é que dinheiro pode não trazer felicidade, mas a falta dele pode trazer problemas para a vida conjugal. Mariana B. de 25 anos é uma das que viu seu relacionamento chegar ao fim após a pandemia por motivos financeiros, e nos últimos meses, optou pela plataforma para achar um novo parceiro e ter um relacionamento mais completo, transparente e sem estresses.

“A imaturidade dos homens mais jovens é um fator que complica qualquer relacionamento, e quando isso se junta a falta de grana, é pior. Então não quero mais isso para minha vida, conheci a plataforma e já estou há 4 meses com meu namorado, que é um homem bem-sucedido e maduro que me trata como uma princesa. Estou muito feliz.” afirma Mariana.

A tecnologia veio para nos ajudar e quando feita de forma segura e prática pode sim trazer o ponto de mudança para melhor na vida de alguém. O importante é ter um relacionamento feliz e saudável, onde ambos estejam e sejam felizes para sempre, esse "sempre" sendo real e natural.


Quadro psicológico de Wandinha não é algo para se ostentar

Médica explica os riscos de se espelhar em personagens de ficção 

 

Revivendo a nostalgia de muitos, a Netflix levou ao ar sua nova série Wandinha, que traz a filha mais velha de Mortícia e Gomez Addams, da clássica série de televisão “A Família Addams”. Atraindo uma audiência significativa, a série possui o foco em Wandinha Addams, que conquistou os telespectadores com sua personalidade fria e macabra, até mesmo com a sua família. Mas a que se deve toda essa frieza? A Dra. Tamires Cruz, médica especializada em saúde mental, traz sua visão sobre o comportamento sobre a protagonista da série, a Wandinha.

Sobre o comportamento muitas vezes apático da garota, Tamires aponta que possivelmente trata-se de um transtorno de personalidade, caracterizado por uma série de confusões mentais que dão ao indivíduo padrões de pensamentos e comportamentos considerados “frios” ou desajustados. Alguns dos fatores que ajudam a identificar o problema em questão, são as circunstâncias diárias de sua família, e não apenas isso, mas de tanto ouvir a frase “Wandinha é só desgosto”, a personagem acaba mantendo as atitudes negativas que tanto afirmam que ela possui, tomando para si uma personalidade que talvez antes não lhe pertencesse. “Se analisarmos bem a personagem, conseguimos supor que a Wandinha possui muitas coisas presas dentro de si. Mesmo não demonstrando seus sentimentos, há momentos raros nos quais ela nos lembra que também é humana, como quando seu escorpião de estimação morreu, por exemplo”, explica a especialista.

Para a médica, o problema em geral não é a personagem e seus problemas, mas sim os telespectadores que acabam se identificando com ela, pois em alguns casos, essas pessoas podem possuir também algum traço do transtorno de personalidade e acabar passando despercebido por si mesmo ou por quem os rodeia. É necessário também atentar-se pois, em alguns casos, aqueles que assistem a série tentam trazer para si a personalidade fria e cruel da Wandinha, desencadeando, futuramente, algum problema por forçar sua mente a agir de uma maneira não convencional apenas para se parecer com um personagem fictício.

Reforçando ser importante não reprimir seus sentimentos, Tamires aponta que tais comportamentos podem acarretar problemas psicológicos reais, desenvolvendo um quadro não apenas de transtorno de personalidade, mas também de depressão e ansiedade. “Oprimir as emoções, principalmente as boas, acarretam muitas vezes em problemas de autoestima e em ideias que passam a limitar a si mesmo, abrindo espaço para quadros de crises de ansiedade e depressão. Então é necessário saber conversar, buscar ajuda médica e psicológica quando necessário e nunca forçar ser aquilo que você não é, evitando problemas maiores futuramente”, explica.

Apesar destes apontamentos, Tamires lembra que para cada pessoa existe uma condição diferente, pois algumas vezes, por mais que o telespectador se identifique com o personagem, existe a possibilidade de não haver diagnóstico real. A médica salienta ainda que não é recomendado que aqueles que acompanham séries, filmes e programas não se deem um autodiagnóstico, pois esta função cabe somente a um profissional especializado.

  

Dra. Tamires Cruz -graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP). Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente

 

Internet faz parte da rotina de 93% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos no Brasil

Participação da família no cotidiano digital dos pequenos é essencial; é preciso aprender a respeitar limites para ter autonomia e liberdade

 

A internet é parte da rotina de crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos no Brasil. Estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), revela que 93% dos brasileiros nessa faixa etária fazem uso da web. Dessa multidão de 22,3 milhões de pessoas conectadas, 93% utilizam o celular para acessar a rede e 58% usam o computador. É fato que as novas gerações integram o mundo digital. Mas as informações nem sempre são boas. 

Entre a população adulta, quatro em cada 10 pessoas afirmam que recebem notícias falsas todos os dias e 65% temem ser vítimas de informações mentirosas, as fake news, de acordo levantamento do Poynter Institute, com apoio do Google. O cenário é ainda mais temeroso levando em conta estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, A pesquisa revela que as notícias falsas circulam 70% mais rápido que as verdadeiras e alcançam muito mais gente.  

No meio disso tudo estão estão jovens e crianças ainda despreparados para lidar com uma vastidão de informações divulgadas pela rede. Para enfrentar esse grande desafio, especialistas apontam que a participação da família no cotidiano digital dos pequenos é essencial. Regras precisam ser estabelecidas, porém, mais importante do que o controle, as crianças precisam aprender a respeitar limites para ter autonomia e liberdade.  

“Educar é fundamental para que a criança ou o jovem construa a autonomia, adquira liberdade para se relacionar com o mundo de forma responsável. É importante compreender o nível de responsabilidade de cada criança e jovem antes de dar liberdade à eles” afirma a diretora da Escola Lumiar, Graziela Miê Peres Lopes. Ela comenta que é natural o interesse pelos conteúdos online e é importante que a família se comunicar com a criança e entre em contato com as informações que ela está acessando. 

Restringir o acesso de uma vez por todas, com limites rígidos de horários, pode não ser a melhor opção, avalia o publicitário e fundador da startup De Criança Para Criança, Vítor Azambuja. “É importante estabelecer horário, mas também participar do mundo da criança. Perguntar o que ela está fazendo, o que está vendo, participar. Quando você diz não toda hora, você se exclui do mundo do seu filho e filha, e eles não entendem o motivo”, afirma. 

Vitor pondera que não adianta explicar a uma criança ou adolescente que ele está perdendo tempo com informações inadequadas ou acessando conteúdos impróprios. “Importa você se juntar e ver o que a criança está vendo, estabelecer cumplicidade para que ela se sinta segura”, diz. Ele lembra que usar a internet com essa enormidade de conteúdos e informações pode gerar grande ansiedade. “Estar do lado do filho ou da filha, sabendo o que estão fazendo, um entrando no mundo do outro, pode ser até um alívio para que entendam melhor o mundo. As crianças precisam de regras e de segurança”, alega. 

Graziela explica que as famílias devem estar atentas e acompanhar de perto para conferir se os conteúdos acessos pelas crianças e adolescentes são adequados e não prejudiciais. Segundo ela, é preciso despertar o interesse dos pequenos e jovens por outras atividades e pelo uso saudável da internet. “É importante pensar em como ampliar o repertório das crianças. Às vezes ela não tem referência de coisas que ela pode construir, pensar, brincar e jogar. É comum hoje as crianças estarem com tela na hora da refeição, sem prestar a atenção no que estão comendo. Muitas vezes é isso que ela vê no entorno dela, observando inclusive as pessoas mais velhas. Não é saudável para ninguém, criança, jovem ou adulto, permanecer tanto tempo diante de uma tela”, diz a diretora.

 

Geração cobaia 

O universo dos nativos digitais ainda é desconhecido. Segundo Azambuja, essas crianças fazem parte de uma geração cobaia. “É a primeira geração que tem tanto acesso à internet. Então só vamos saber o que vai acontecer daqui a alguns anos. Só poderemos avaliar o resultado com o passar dos anos. Pode dar muito certo e pode dar muito errado. Vamos saber depois”, afirma. 

Mesmo para os adultos, o mundo real e o virtual se misturam, e a internet tem muitos benefícios. Permite maior interação e troca de ideias. “Podemos visitar museus, ter contato com produções de arte. Há várias opções. Podemos assistir a conteúdos que nos deixam passivos, até hipnotizados, ou conteúdos que façam pensar, criar, ter novas ideias, conexões. É importante entender o que está sendo feito diante da tela” aponta Graziela. 

As crianças precisam ser ensinadas a ter discernimento sobre o que é conteúdo de qualidade. A diretora comenta que a família deve conversar com o filho e a filha para entender o que eles veem, trazer referências de coisas saudáveis e também ativas. “É importante conhecer o mundo digital, mas é importante fazer atividades no mundo físico. É preciso equilibrar e ter diversidade para estimular nosso cérebro, manter o corpo saudável e crescer de forma benéfica”, diz.  

Azambuja afirma que as famílias devem dar outras opções para a criança, não apenas o celular. “Fazer passeios, levar ao teatro, ao cinema, ao museu. Oferecer um livro interessante, entrar no mundo das crianças de outras maneiras, mostrando atividades lúdicas e divertidas”, comenta. Graziela acrescenta que o segredo é aprender a lidar com a liberdade e se comportar de forma responsável. “O limite é fundamental porque é um cuidado amoroso para que a criança e o jovem sejam preservados de coisas com as quais ainda não conseguem lidar, decidir. Limite é fundamental e liberdade também. É preciso ter discernimento”, diz.



Graziela Miê Peres Lopes - Diretora Geral das Escolas Lumiar. É formada em Ciências Biológicas, bacharel e licenciada, pela USP e em Pedagogia, pela Universidade Metropolitana de Santos. Fez mestrado em História, Filosofia e Didática de Ciências na Universidade Claude Bernard, em Lyon, na França. Dedica-se à Educação, encontrando nessa área a motivação necessária para trabalhar com entusiasmo e alegria, alinhada com seus propósitos. Acredita em modelos pedagógicos que favoreçam a construção da autonomia para que as pessoas possam atuar no mundo de forma mais autoral, criativa e responsável, descobrindo seus talentos e validando seus interesses.

Vitor Azambuja - Especialista em criação, é diretor de arte e artista plástico. Formado em publicidade e piano clássico. Trabalhou em diversas agências de propaganda, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, criando filmes e anúncios para grandes anunciantes. Foi premiado em festivais de propaganda, tais como Figueira da Foz, Colunistas, Clube de criação de São Paulo, Art Directors em Londres e New York Festival. Realizou exposições de pinturas em São Paulo, Rio De Janeiro, Nova Iorque, Miami e Paris. Um dos criadores do programa De Criança Para Criança. Seu propósito é fazer com que as crianças do mundo inteiro aprendam desenvolvendo a sua criatividade.

 

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