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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Preservativo é necessário em todas as relações sexuais

     Carnaval aumenta risco da transmissão do vírus HIV e de outras infecções sexualmente transmissíveis

 

Mulheres entre 15 e 34 anos representam quase metade dos novos casos de infecção pelo HIV no Brasil e podem protagonizar a mudança desse cenário, diz ginecologista 

 

A última edição do Boletim Epidemiológico HIV/Aids do Ministério da Saúde alertou a população para um índice alarmante: em 2021, mulheres com idade entre 15 e 34 anos representaram 45,6% dos casos de novas infecções pelo vírus HIV no Brasil. “Sempre houve muito mais homens infectados pelo HIV do que mulheres, mas se a transmissão para o sexo feminino continuar nessa proporção, logo essa estatística se reverterá. Não se trata de uma ‘competição por algo ruim’, mas de um alerta para que, cada vez mais, as mulheres se conscientizem de que não basta defender a bandeira do ‘não é não’ se, quando dizemos sim, aceitamos a relação sem preservativo”, diz a Dra. Mariana Rosario, ginecologista e obstetra. 

Ela acredita que, ao protagonizar diversos papeis, a mulher também deva lutar por sua saúde. “Pegar o preservativo no posto de saúde e andar com ele na bolsa é sinal de autocuidado. Exigir do parceiro que o utilize em todas as relações demonstra que a mulher está preparada para uma vida sexual mais livre, já que a segurança e a saúde fazem parte do prazer”, comenta Dra. Mariana. 

A médica ensina que o sexo oral também precisa de proteção. “A mucosa da boca, quando exposta ao vírus, corre o risco de ser infectada, então, é preciso usar o preservativo também nessa hora. Ninguém está fora de grupos de risco”, avalia.

 

Outras IST´s 

Sífilis, clamídia, gonorreia, HPV, Hepatite e Herpes são outras infecções sexualmente transmissíveis (IST´s) que podem acometer pessoal que não se protegem nas relações sexuais. “Muitas dessas doenças têm longo tratamento e podem cronificar, deixando sequelas para toda a vida. Aos primeiros sintomas, procure ajuda médica”, orienta a especialista. 

Conhecido por ser um feriado de muita liberdade sexual, o carnaval costuma lotar os consultórios médicos com pessoas infectadas por IST´s. “Está mais do que na hora de as pessoas se precaverem. Apesar de as doenças terem tratamento, elas são altamente transmissíveis e algumas não têm cura. Então, por que se arriscar?”, conclui a médica.

  

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.

                       

Fevereiro recebe o laço laranja para conscientizar sobre a leucemia

Transplante de Medula Óssea é o tratamento que apresenta mais chances de cura

 

Fevereiro começa trazendo o alerta sobre a leucemia e reforçando a importância da doação de medula óssea. Existem vários tipos de leucemia, sendo 4 deles os principais: Leucemia Mielóide Aguda (LMA), Leucemia Mielóide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e a Leucemia Linfocítica Crônica (CLL).

A medula óssea, também conhecida como tutano, fica localizada dentro dos nossos ossos e é responsável por fabricar todos os elementos do nosso sangue através de células-tronco hematopoiéticas que são capazes de se diferenciar nos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

A leucemia é um câncer que tem início nas células-tronco da medula óssea fazendo com que as células sanguíneas doentes atrapalhem a produção das células sanguíneas saudáveis da medula óssea. O quadro clínico e a evolução da doença variam conforme o tipo de leucemia. O tratamento também varia conforme o tipo de leucemia podendo ser com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapias alvo e com transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). O TCTH consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma medula saudável.

Lorena Bedotti, hematologista do Grupo SOnHe, explica que o TCTH é um procedimento indicado para o tratamento de leucemias, linfomas, distúrbios benignos da medula óssea, doenças autoimunes, entre outros. “Apesar de ser um tratamento complexo, de alta demanda e com riscos, o TCTH é ainda indicado por ser a melhor chance de cura para diversas doenças”, reforça a hematologista.

O TCTH pode ser autólogo, quando as células-tronco vêm do próprio paciente ou alogênico, quando vêm de um doador. A busca tem início entre os familiares pois, geralmente, irmãos são os que apresentam maior chance de ter 100% de compatibilidade. Quando isso não ocorre, é necessário buscar no REDOME, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, um doador compatível, sendo por isso importante o cadastro de doadores. As células hematopoiéticas podem ser obtidas pela coleta da medula óssea, pelo sangue por meio de um procedimento chamado aférese e pelo sangue de cordão umbilical. “No transplante de medula, a rejeição é relativamente rara, mas pode acontecer. Os principais riscos se relacionam às infecções, às toxidades às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento e, no caso dos transplantes alogênicos, a doença do enxerto contra hospedeiro (DECH), que é o ataque das células novas a alguns órgãos do paciente; complicação relativamente comum, porém tratável”, explica a hematologista Lorena Bedotti.

 

Quem pode doar e como doar? 

Pessoas saudáveis, entre 18-35 anos, sem doenças infecciosas, incapacitantes, neoplasias, doenças hematológicas ou autoimunes podem se cadastrar nos bancos de sangue dos Hemocentros para serem doadores não aparentados no REDOME e, assim, ajudar esses pacientes a aumentarem suas chances de cura. Nesta etapa de cadastro há somente a coleta de uma amostra de sangue.

A doação de medula pode ocorrer de duas formas: na primeira o doador é anestesiado em centro cirúrgico e são realizadas punções no osso da bacia para retirada da medula; na segunda forma, o doador injeta um medicamento que estimula a produção de células da medula que serão então retiradas pelas veias dos braços pelo procedimento chamado aférese. Nos dois casos, a medula óssea do doador se recompõe em cerca de 15 dias. Em Campinas o cadastro da medula pode ser feito no Hemocentro da Unicamp. O telefone para informações é 0800 722 8432.

 

Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


Leucemia: entenda o câncer que afeta as células sanguíneas

Segundo o INCA, o Brasil deve registrar até o final deste ano mais de 11,5 mil novos casos da doença; Entre crianças e adolescentes, este é o tipo de câncer mais prevalente

 

Dos tipos de câncer que afetam o sangue, a leucemia é a mais conhecida. A idade de acometimento varia de acordo com o subtipo de leucemia, que, em linhas gerais, se divide em mielóide e linfóide, de acordo com a célula afetada. Em ambas as categorias, ela pode ser qualificada com sendo aguda ou crônica, considerando a velocidade de divisão dessas células e, portanto, a agilidade com a qual a doença se desenvolve. 

As Leucemias Agudas podem ocorrer em todas as faixas etárias sendo que a LLA (Leucemia Linfóide Aguda) tem maior incidência na infância e juventude. Já a Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é o tipo mais comum de Leucemia em adultos, correspondendo a 80% dos casos neste grupo. A ocorrência de LMA aumenta com a faixa etária (maior incidência acima de 65 anos). Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 11.540 novos casos a cada ano no Brasil - sendo o 10º tipo de câncer mais frequente entre a população brasileira. 

"A Leucemia é desencadeada por mutações genéticas nas células hematopoiéticas, responsáveis pela produção das células sanguíneas (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Estas mutações fazem com que a célula hematopoiética passe a produzir uma grande quantidade de células anormais, que não conseguem amadurecer e desempenhar sua função normalmente, ocupando a medula óssea e impedindo que células normais sejam produzidas", explica a Dra. Mariana Oliveira, oncohematologista da Oncoclínicas São Paulo. 

Segundo a especialista, a doença não se trata de uma condição hereditária, mas sim de alterações genéticas adquiridas e que acabam por desencadear o surgimento do câncer. "Infelizmente, não existe uma forma de prevenção. Porém, é importante estar atento e procurar um médico sempre que tiver algum dos sintomas. Assim, será possível fazer os exames diagnósticos com rapidez e escolher o tratamento mais adequado para cada caso", destaca a Dra. Mariana.

 

Fique atento aos sintomas 

Alguns fatores, como a exposição a produtos químicos, principalmente os derivados de benzeno, e à radiação em altos níveis, assim como algumas doenças genéticas como anemia de Fanconi e outras que afetam o sangue, podem elevar o risco de incidência da doença. Ainda assim, estes são apenas fatores que podem contribuir para o surgimento da leucemia, mas não são regra. Diante disso, o principal conselho da oncohematologista é que seja dada atenção aos sinais que podem ser indícios da doença. 

"Os sintomas das leucemias agudas incluem palidez, cansaço e sonolência, uma das consequências da queda na produção de glóbulos vermelhos (hemácias) e consequente anemia. Manchas roxas que surgem aparentemente sem traumas, pequenos pontos vermelhos na pele e/ou sangramentos mais intensos e prolongados após ferimentos leves também podem surgir em decorrência da diminuição na produção de plaquetas", comenta a médica. 

A redução na imunidade ocasionada pela baixa quantidade de glóbulos brancos faz ainda com que a pessoa apresente infecções constantes e febre. "Dores ósseas e nas juntas, que podem dificultar a capacidade de locomoção, e dores de cabeça e vômitos são outros possíveis sintomas que não devem ser ignorados. Outro indício da doença pode ser ainda a perda de peso", afirma. 

A oncohematologista da Oncoclínicas São Paulo frisa, contudo, que as leucemias crônicas são comumente descobertas por alterações identificadas no hemograma - exame de sangue que deve ser realizado periodicamente como parte da rotina, já que dificilmente apresentarem alterações evidentes à saúde. "Apenas em estágios mais avançados podem ocorrer sintomas similares aos casos agudos", pontua. 

Para fechar o diagnóstico, é recomendada a coleta de medula óssea para exames específicos (mielograma, biópsia, imunofenotipagem e cariótipo). Outros estudos complementares podem ser então sugeridos, de acordo com a subclassificação a ser estabelecida e análise de risco, para que seja assim definido o tratamento a ser adotado.
 

Como funciona o tratamento para leucemia? 

Logo de cara, quando se fala em leucemia, é quase inevitável pensar no transplante de medula óssea. Mas, ela é muito mais ampla do que os casos que realmente necessitam desse procedimento. Em muitos pacientes, o tratamento pode ser medicamentoso ao longo de toda vida, ou ainda a partir da própria quimioterapia, capaz de eliminar a doença. 

"Isso dependerá de cada caso. Como existem muitos tipos de leucócitos, temos também diversos tipos de leucemias", explica Mariana. Podendo ser agudas (leucemia linfóide aguda e leucemia mieloide aguda) ou crônicas (leucemia linfocítica crônica e leucemia mieloide crônica), elas são definidas da seguinte maneira:

  • Leucemias agudas: necessitam de internação, exames de classificação e testes da medula óssea para a escolha da quimioterapia adequada ao paciente. Geralmente, a multiplicação das células mutadas é rápida e é mais comum em crianças.
  • Leucemias crônicas: possui um desenvolvimento lento e pode acompanhar o paciente ao longo de toda a vida, sem maiores complicações. Na maioria dos casos é mais comum em adultos e seu tratamento é realizado com consultas de rotina e prescrição de remédios.

"Temos que lembrar que os avanços nos tratamentos tiveram um salto importantíssimo. Um deles é a terapia car-t cell, em que os linfócitos do tipo T são tratados em laboratório para que possam analisar e reconhecer as células cancerosas, eliminando-as", comenta. 

Além disso, a leucemia possui altas chances de cura, podendo chegar em até 90%, no caso das crianças, e 50% em pessoas até 60 anos. "Apesar de não existir cura para alguns casos da doença, os tratamentos são eficazes para oferecer uma maior expectativa e qualidade de vida. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental para o controle da leucemia", finaliza a Dra. Mariana Oliveira. 


Grupo Oncoclínicas
www.oncoclinicas.com

O Carnaval e o beijo

O carnaval é uma das festas mais grandiosas e populares do povo brasileiro. Seu apelo festivo ultrapassa continentes e evoca foliões ao redor de todo globo para o Brasil, desfrutando da sua música, gostos e sabores. Sua origem emerge à Idade Média. Contudo, no Brasil suas sementes foram plantadas no período colonial se caracterizando por brincadeiras. A semente germinou e cresceu e ao longo do século XXI, tornou-se uma árvore gigante e plural, alimentando a todos com seus ritmos, danças, símbolos e prazer. Sem dúvida, o carnaval tornou-se a principal festa popular brasileira e conta com os blocos de rua e desfiles das escolas de samba que ocorrem em todos os lugares do país.  

 Por ser uma festa multi-pluri-colorida, sua sensualidade direciona todos os foliões a explorarem seus desejos mais íntimos, rompendo barreiras, tendo no beijo a primeira delas. Todos beijam no carnaval. Pode ser um beijo tímido, beijo brincalhão, beijo roubado, beijo apaixonado, beijo esquimó, beijo de despedida, beijo de saúde, beijo de reconciliação, beijo cinematográfico, beijo apressado ou mesmo só um bom e velho beijo de língua. A questão é: o carnaval é plural e o carnaval sem beijo na boca não é o mesmo. O beijo traz consigo o sentimento do afeto, da intimidade e suas subjetividades, ou seja, reações emocionais e fisiológicas desencadeadas pelo seu sabor, sua textura, seu cheiro e o tesão do momento.  

 O beijo traz prazer, mas tem o outro lado da história que vem com uma gama de microrganismos importantes que podem desencadear diversos problemas de saúde, incluindo as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), também chamadas de as doenças do beijo - aquelas que podem infectar um indivíduo por meio da troca de saliva.  

 São doenças transmitidas pelo beijo: a herpes labial, sífilis, hepatite B e a consagrada como a doença do beijo, que é a Mononucleose Infecciosa, desencadeada pelo vírus Epstein-Barr. Um vírus que infecta mais de 90% dos adultos em todo o mundo. Seu tempo de incubação é de 4 a 8 semanas e seus sintomas incluem febre, dor de garganta (que não evolui para melhora com antibióticos) aumento dos linfonodos do pescoço (ínguas), esplenomegalia (aumento do baço), mal-estar e cansaço extremo. Sua transmissão se dá pelo beijo, o diagnóstico é realizado pelo médico infectologista e o tratamento dos sintomas incluem repouso intenso, além da ingestão de água. O quadro evolui para melhora em aproximadamente duas semanas. Não existem vacinas para prevenção da mononucleose infecciosa. A melhor prevenção contra a doença é não beijar. 

 O fato é que o carnaval é um evento festivo com grande circulação de pessoas e o beijo é liberado, seja ele em dupla, trio, ou na coletividade. De todo modo, fica a recomendação: se for beijar múltiplos parceiros ou pessoas, recentemente conhecidas, mantenha os hábitos adequados de higiene bucal. 


 Willian Barbosa Sales - Biólogo, Doutor em Saúde e Meio Ambiente, Coordenador dos cursos de Pós-graduação da área da Saúde do Centro Universitário Internacional UNINTER.  


Curiosidades Sobre o seu Dente que você Ainda não Sabe

Aprender a cuidar dos dentes faz parte do crescimento tanto quanto aprender a amarrar os sapatos, recitar o alfabeto ou memorizar a tabuada. 

Quando se trata dos nossos dentes, muitos ainda tem uma coisa ou mais para aprender. A cirurgiã-dentista, especialista em periodontia e expert em saúde bucal Dra. Bruna Conde desvenda alguns fatos sobre os seus dentes que talvez você ainda não saiba, confira:
 

Você sabia que os dentes são a parte mais dura do corpo humano?

Os dentes são duros, brancos e cheios de cálcio, mas não são considerados ossos. Os dentes são feitos de cálcio, fósforo, fosfato e outros minerais. A diferença é que os ossos, além disso tudo, também contém bastante colágeno. Em virtude da presença dessa proteína, o osso torna-se flexível, diferentemente dos dentes, que são estruturas bastante rígidas.
 

Você sabe quantas e quais partes formam um dente?

1 - esmalte do dente
O esmalte dos dentes é uma barreira protetora que envolve a parte visível do dente. O esmalte saudável é resistente às bactérias que causam a cárie. Devido à sua composição mineral, o esmalte dos dentes é translúcido. Felizmente, o esmalte pode ser fortalecido com fluoreto. Os pais podem ajudar a fortalecer o esmalte dos dentes de seus filhos em casa com cremes dentais fluoretados. Os dentistas também oferecem tratamentos especiais com fluoreto, que costumam ser administrados às crianças para ajudar a manter os dentes fortes e livres de cárie.
 

2 - dentina
Debaixo do esmalte e ao longo das raízes dos dentes se encontra a dentina, um tecido vivo constituído por material semelhante ao osso. Ela forma a maior parte da estrutura do dente e tem túbulos microscópicos. É extremamente vulnerável às bactérias que causam cárie dentária e também pode resultar em sensibilidade dentinária quando exposta.
 
3 - cemento
O cemento oferece uma camada protetora ao redor das raízes dos dentes, similar ao esmalte, mas um pouco mais macio. Esta camada tem a função de garantir a estabilidade radicular, pois se liga firmemente às fibras responsáveis por manter o dente aderido ao osso alveolar.

4 - raiz

As raízes de um dente ancoram-no ao osso alveolar, permitindo que os dentes resistam à força aplicada na mordida e mastigação de alimentos todos os dias. De acordo com a Academia Americana de Periodontia, uma das principais ameaças à saúde das raízes de um dente é a doença periodontal. Ela é causada por bactérias da placa bacteriana que invadem o tecido gengival e o osso alveolar, causando a destruição do osso que mantém os dentes no lugar.
 

5 - canal radicular ou pulpar
A Dra. Bruna conde explica que é uma câmara oca presente em um dente abriga o seu canal radicular ou pulpar. Isso varia de dente para dente, já que alguns possuem apenas uma raiz, enquanto outros possuem duas ou três, como é o caso dos pré-molares e dos molares. Essa área do dente é muito sensível e é responsável por garantir que os dentes recebam a quantidade adequada de fluxo sanguíneo e nutrientes para mantê-los vivos. Quando essa área é danificada ou infectada por cárie extensa e trauma, o tratamento do canal radicular é frequentemente necessário para evitar a extração do dente.
 

Sabia que o primeiro melhor amigo dos seus dentes pode não ser a escova de dente?

É claro que a escova de dente e o fio dental são aliados de extrema importância que você deve usar todos os dias para manter sua boca limpa e livre de doenças e cáries. 

Mas a primeira linha de defesa é algo que já existe naturalmente na sua boca. A sua saliva. Principal combatente desinfetante da boca.
 

Entenda

A cárie dentária é causada por bactérias que se alimentam de açúcares de alimentos e bebidas. Essa bactéria - chamada placa - pode aderir aos dentes, produzindo ácidos que comem o esmalte dos dentes. A saliva, aquela velha amiga de confiança, ajuda a enxaguar a boca e neutralizar esse processo.
Se você tem boca seca, obter o mesmo resultado pode ser difícil. O efeito tampão da saliva, a capacidade da saliva de combater os efeitos nocivos do açúcar, significa que se você não tiver saliva suficiente, você tem um problema real. 

Pessoas que tomam muitos remédios podem ser extremamente suscetíveis a boca seca e possível cárie dentária. 

“Nas minhas consultas, calculo a quantidade de água e liquido ideal para consumo. Geralmente achamos que 2 litros é suficiente para todos porém cada pessoa terá uma quantidade ideal de hidratação. Ande sempre com sua garrafa de água para lembrar e estimular.” indica Bruna Conde. 

“Caso a boca seca seja um problema persistente e gere com frequência muito desconforto, não deixe de buscar ajuda profissional, visite seu dentista especialista em saliva e de confiança. O dentista deve realizar o exame de saliva chamado sialometria, e no consultório deve estudar cada caso e contar com o auxílio de equipamentos modernos que estimulam a saliva." Finaliza a Dra. Bruna Conde.

 
Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Enxaqueca e outras dores de cabeça

Saiba as diferenças e o que fazer para amenizar  


As dores de cabeça são uma das queixas mais comuns no atendimento médico. Elas podem ser divididas em dois grandes grupos: as cefaleias primárias e as secundárias. É fundamental reconhecer esta divisão, pois ela permite que seja feita de forma correta a investigação e o tratamento da dor de cabeça. 

As cefaleias primárias são decorrentes de disfunções no controle da dor na região do crânio. Neste grupo, encontramos dois tipos principais de dor de cabeça: a enxaqueca e a cefaleia tensional. A enxaqueca é uma dor intensa que tende a durar mais de quatro horas, geralmente acontece na metade do crânio, é pulsátil (latejante), piora com os esforços físicos, se acompanha de náusea ou vômitos e existe aversão a barulhos ou luz. A cefaleia tensional, ao contrário, é uma dor menos intensa e que até pode melhorar com atividade física, envolvendo o crânio como se fosse um “chapéu apertado”, sendo portanto opressiva, sem náusea ou vômitos e sem aversão à luz ou aos barulhos. 

As cefaleias primárias normalmente não representam um risco maior e podem ser corretamente diagnosticadas e tratadas por um médico habilitado, que irá definir o melhor tratamento para os episódios de dor de cabeça e para a prevenção de futuras crises, por meio de tratamento com medicamentos profiláticos (preventivos). Desta forma, é possível evitar os riscos decorrentes de tratamentos que não são adequados ao problema da dor de cabeça, considerando aqui os riscos da automedicação, principalmente pelo uso abusivo de analgésicos e anti-inflamatórios, entre outros. 

As cefaleias secundárias, por sua vez, são mais perigosas, pois são decorrentes de potenciais lesões das estruturas relacionadas a sensibilidade do crânio, tanto na sua parte interna como externa. Meningites, tumores cerebrais e hemorragias cerebrais, entre outras, podem ser causa deste tipo de dor de cabeça e podem até mesmo representar um risco a vida. 

Mas, como é possível saber se a dor de cabeça é uma cefaleia primária ou secundária, para que se possa buscar com o máximo de brevidade a avaliação médica necessária? 

O principal é reconhecer as características da cefaleia secundária, pois havendo a presença delas, torna-se necessário buscar apoio médico. Os elementos a seguir sugerem a possibilidade de uma cefaleia secundária:

  • Acordar à noite com dor de cabeça;
  • Ter mais de 50 anos de idade e começar a ter dor de cabeça que não tinha antes;
  • Dores de cabeça que começam subitamente;
  • Dores de cabeça que se acompanham de outros sintomas neurológicos (perda de força muscular, amortecimentos, desequilíbrio, etc.);
  • Presença de febre associada a dor de cabeça;
  • Dores de cabeça que evoluem com piora progressiva.

Havendo qualquer um dos sintomas acima associado a dor de cabeça, ou outros que possam causar preocupação, recomenda-se sempre o atendimento médico, para que sejam feitos os exames necessários como Tomografia de Crânio ou Ressonância Magnética de Encéfalo, para investigar e tratar corretamente a causa do problema. 

 

Carlos Roberto Caron - Professor de Neurologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)


Miopia infantil: volta às aulas pode ajudar a reconhecer os sintomas

Aumento do distúrbio na infância deve levar doença a afetar metade da população global até 2050;

Aliadas ao diagnóstico precoce, novas alternativas de tratamento incluem lentes de alta tecnologia que corrigem os desvios na visão e ajudam a prevenir a piora do quadro

 

Com o retorno às aulas, acende-se o alerta para a miopia infantil, uma preocupação crescente para pais e professores. A exposição prolongada às telas tem sido apontada como um dos fatores contribuintes para o aumento no número de diagnósticos de miopia em crianças. 

Por isso, é importante que pais e professores estejam atentos às dificuldades dos pequenos de enxergar, bem como incentivam hábitos saudáveis de uso das telas, além de priorizar a prática de atividades ao ar livre e a exposição à luz natural. 

Atualmente, estima-se que 20% dos jovens em idade escolar são diagnosticados com diferentes tipos de doenças visuais, mas a miopia é, de longe, a mais comum delas. Pessoas com essa doença têm um globo ocular mais “longo”, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade de enxergar de longe. 

No caso dos eletrônicos, o músculo dos olhos, que normalmente trabalha como uma espécie de zoom para a captura da imagem, acaba precisando fazer esse trabalho de maneira repetitiva, desgastando-o, o que pode causar miopia. Além disso, há uma queda na lubrificação: o ser humano pisca cerca de 12 vezes por minuto. Em frente às telas, esse número cai para aproximadamente oito vezes, ou até menos. 

O crescimento em diagnósticos, principalmente infanto-juvenis, foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos problemas de saúde pública que mais crescem no mundo. Cerca de 15% dos jovens de 15 anos têm a enfermidade. Especialistas apontam que, apesar das tecnologias serem a principal causa desse crescimento, outros fatores contribuem para a situação. 

"A gente também verifica, de anos para cá, um aumento na consciência da população em relação ao problema, muitas vezes identificado na escola, pelos professores. Serviços também têm sido ampliados e atingem agora quem antes não realizaria os testes para saber das doenças. Então, muita gente que antes não entrava na estatística agora está entrando, não porque não tinha a doença, mas porque não sabia ter", explica a oftalmopediatra Adriana Fecarotta.
 

Tratamento e prevenção: novas tecnologias são aliadas 

A miopia é tratável: óculos e lentes corretivas, além da cirurgia (que já está na medicina há mais de 4 décadas) estão disponíveis para os míopes. Porém, especialmente nos casos infanto-juvenis, é possível prevenir o desenvolvimento da doença. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) orientam os pais a estimularem os filhos a olhar mais para o horizonte, como em brincadeiras ao ar livre. A exposição de telas deve ser evitada para crianças menores de 2 anos. Até os 5 anos, deve-se limitar o tempo ao máximo de uma hora por dia e sempre com a supervisão de pais e responsáveis. Para crianças com idade entre 6 e 10 anos, o tempo limite deve ser de duas horas por dia e adolescentes até três horas. 

Além de controlar o tempo de tela, novas tecnologias também vêm surgindo e contribuindo para que o problema seja minimizado. Um deles é uma lente voltada para a progressão da miopia em crianças, a Essilor® Stellest™, que atua na correção da miopia e impede que os olhos se alonguem mais rápido do que deveriam. “Esse alongamento, que acontece em crianças míopes, é o responsável pela piora da condição”, explica a médica. 

Segundo estudo clínico duplo-cego randomizado realizado no Eye Hospital, da Wenzhou Medical University, na China e publicado na revista científica Jama Ophthalmology em março de 2022, essa nova alternativa de lente ocular desacelera a progressão da miopia em 67% das crianças na faixa etária dos 8 aos 13 anos, quando utilizada diariamente por 12 horas. 

Aliadas ao diagnóstico precoce, essas alternativas avançadas para correção da visão e tratamento da miopia em crianças podem ainda contribuir na prevenção de uma infinidade de outras doenças oculares, como a ambliopia, o chamado ‘Olho Preguiçoso’, bem como problemas escolares, como déficit de aprendizagem. 

“Crianças com graus altos, por exemplo, podem apresentar alterações de comportamento. Além disso, o diagnóstico em fases iniciais somado ao uso correto de lentes corretivas pode prevenir determinados estrabismos decorrentes da falta de prescrição do óculos adequado, além da anisometropia, a diferença de graus entre ambos os olhos”, ressalta a Adriana. 

Há ainda casos em que as crianças com histórico familiar podem ser acompanhadas com antecedência por um especialista, podendo contar com uma linha de cuidado voltada à detecção precoce de alterações na visão para identificação e prevenção de uma progressão rápida da doença.
 

Covid-19 pode ter influenciado cenário atual 

Segundo a oftalmopediatra, ainda é cedo para cravar, mas pesquisas apontam que a Covid-19 também pode ter tido um efeito importante sobre esses números. "É algo multifatorial: há algumas suspeitas que a miopia pode ser uma das sequelas da infecção. Ao mesmo tempo, as medidas de isolamento não só colocaram as pessoas mais tempo em frente às telas, mas também com menos exposição à luz natural e o horizonte, o que contribui, em muito, para prevenir a doença". 

Em qualquer cenário, a consulta com o especialista é fundamental para identificar qualquer mudança na visão e na saúde dos olhos e se informar sobre ações preventivas, além dos cuidados básicos. Fecarotta afirma que o primeiro exame oftalmológico deve ser feito no primeiro ano de idade do bebê, ou seja, no primeiro ano de vida, de preferência, até os 6 meses de idade. 

“Após esse período, o ideal é que os pais levem as crianças ao especialista de 6 em 6 meses em um período de dois anos. Depois desse prazo, uma visita anual ao especialista é suficiente, caso a criança não desenvolva nenhum problema de visão nesse período”, finaliza Adriana Fecarotta.


Fibromialgia: a "doença invisível" que é cercada de muito preconceito

Doença caracterizada por dor no corpo inteiro, principalmente na musculatura, não aparece em exames e acomete mais mulheres do que homens 

 

A campanha Fevereiro Roxo objetiva conscientizar as pessoas sobre a fibromialgia, síndrome clínica que se manifesta através de dor no corpo todo, principalmente na musculatura. De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), a fibromialgia acomete 3% da população brasileira, tendo maior incidência entre as mulheres – 90% dos casos diagnosticados envolvem pessoas do sexo feminino – com idades de 25 anos a 50 anos.

Segundo a médica intervencionista em dor, Dra. Amelie Falconi, por se tratar de uma doença considerada invisível – não aparece em exames laboratoriais e não tem fácil diagnóstico – e por acometer mais mulheres de meia idade, a fibromialgia não raramente é cercada de muito preconceito. “As dores são alvo de bastante descrença. Nunca são consideradas reais, mas emocionais, psicológicas, fruto até da falta de religiosidade. Por isso as pacientes costumam ser taxadas de 'frescas', sofrendo um tipo de silenciamento, não apenas de parente e amigos, mas também do sistema de saúde”, afirma.

Mas as dores são sim bem reais. “É como se qualquer dor fosse ampliada”, diz Dra. Amelie. Uma característica bem comum de quem sofre com a fibromialgia é a grande sensibilidade a dor, que pode ser desencadeada pela compressão da musculatura ou até por um simples toque. “Como se não fosse suficiente, pacientes portadores da síndrome apresentam diversos outros sintomas, entre os quais, fadiga (cansaço patológico), sono não reparador e consequentemente, repercussões clínicas significativas na parte emocional, com o desenvolvimento de quadros depressivos e de ansiedade”, relata.


Diagnóstico excessivo

A fibromialgia não aparece em exames laboratoriais, que costumam ser solicitados, segundo Dra. Amelie, somente para descartar outras hipóteses de patologias que apresentam quadros semelhantes (cansaço e dores musculares), como, por exemplo, o hipotireoidismo.

“O diagnóstico é sobretudo clínico”, afirma a médica intervencionista em dor, o que faz com que seja corriqueiro o exagero no momento de determinar se o paciente é portador ou não da síndrome. “O paciente que passa em consultas ou dá entrada no pronto-socorro com queixas de dores em vários lugares costuma ser diagnosticado pelos médicos com fibromialgia, mas nem sempre ele apresenta a doença”, diz. Para evitar o diagnóstico errado, Dra. Amelie recomenda que a pessoa faça uma reavaliação com um médico especializado em dor.


Exercício físico é o principal tratamento

A fibromialgia é uma doença incurável, mas há tratamento para mitigar os sintomas. A principal ferramenta terapêutica é o exercício físico, segundo a médica intervencionista em dor, que considera o estilo de vida como um fator gerador e de tratamento para o portador da dor crônica. “O paciente precisa inicialmente enquadrar-se em uma terapia de movimento, como a fisioterapia e/ou exercício físico, por exemplo”, diz.

Segundo Dra. Amelie, a inserção do exercício físico na rotina do portador de fibromialgia é bem desafiadora. “Imagine como é difícil fazer com que um paciente que tem dor no corpo inteiro, está sempre fadigado e não dorme direito, comece a praticar atividade física”, pondera. Assim, a medicação também é um fator importante para o tratamento da síndrome. “Ela é que o paciente muitas vezes precisa para conseguir fazer as mudanças de estilo de vida necessárias - principalmente as relacionadas com o exercício físico - para mitigar suas dores”, destaca.

Contudo, enfatiza a médica intervencionista em dor, o exercício físico deve ser sempre considerado a principal forma de tratamento. O que não significa, segundo Dra. Amelie, que o paciente deva adotar uma carga pesada de exercícios logo de início. “Trata-se de uma paciente com dor crônica e fadiga, que não tem o costume de fazer atividades justamente por causa disso. Desse modo, é importante começar de maneira leve e gradual, para que o corpo se adapte a essas atividades”, diz.

Além dos sintomas já descritos, a fibromialgia causa alterações gastrointestinais em seus portadores. Assim, conforme a médica intervencionista em dor, uma dieta alimentar adequada, com pouco ingestão de industrializados, enlatados e refinados e que priorize o consumo de  “comidas naturais” como arroz, feijão, verdura, legumes, frutas, carnes e ovo, é importante  para o controle dos sintomas e também para regular a microbiota intestinal. Uma dieta alimentar adequada também pode ser empregada como tratamento adjuvante para as dores causadas pela síndrome. 

 

Dra. Amelie Falconi - Especialização em Medicina da Dor pela Santa Casa da Misericórdia de São Paulo. Título de Especialista em Dor pela AMB (Associação Médico Brasileira). Fellow Of International Pain Practice (FIPP) pelo World Institute of Pain (WIP). Fellowship de Intervenção em Dor - Clínica Aliviar / sinpain Rio de Janeiro.

 

Alergias de carnaval: o perigo das tintas, sprays e maquiagens

Já é tempo de fantasias, samba no pé e rostos pintados para esquentar os tamborins para as festas de carnaval, mas os cuidados com a pele não tiram folga e, se não usadas corretamente, podem causar alergias, irritações e envelhecimento precoce

 

A Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD) revela que, ao utilizar maquiagem irregular ou produtos não apropriados como glíter, tintas, lápis não adequados para pintura facial, entre outros, há uma grande tendência da pele absorver substâncias tóxicas, acumular resíduos irritadiços, a desenvolver irritações e até mesmo alergias graves. 

A orientação da médica é usar produtos hipoalérgicos de uso testado para a face ou cabelos, protegendo-os, e não esquecer de usar sempre uma água termal e/ou hidratante leve ao menos 10 minutos antes da aplicação. 

“Na hora de fazer uma pintura diferente, é essencial usar esponjas e lápis macios (o que pode ser feito com sabão de coco) e sem esquecer de observar a validade dos produtos", aconselha. 

O grande perigo é que os sintomas de reação alérgica com alguns produtos raramente são imediatos. "O inchaço e vermelhidão costumam aparecer com o uso cumulativo, associação com medicamentos e/ou exposição à luz.

Sinais e sintomas podem aparecer até 24h depois do uso", explica Dra. Adriana, que acrescenta: “se o paciente notar irritação na pele, vergões vermelhos (pode ser urticária ou dermatites diversas) deve procurar imediatamente o médico, já que, como toda lesão em medicina, agrava com o tempo e alguns hábitos (como exposição à luz, coceira e outros). 

A gravidade das reações varia de pessoa para pessoa, e também do tipo de química ao qual foi exposto. Crianças possuem a pele mais fina e sensível à intoxicação e irritação por estes químicos presentes em cosméticos e tinturas inadequadas, e é necessário consultar-se com agilidade para que sejam tomadas as devidas providências para cada caso", destaca. 

Outro vilão da folia são os sprays de espuma artificial. “A composição do produto apresenta substâncias que, em contato com a pele, podem causar reações alérgicas e urticária, além de irritações na garganta e nos olhos. Além disso, o gás utilizado para fazer com que o mecanismo de spray funcione é derivado de petróleo altamente inflamável. “Além das reações alérgicas, caso haja contato direto do spray com alguma parte do corpo, a recomendação é lavar bastante o local com água corrente. Persistindo os sintomas, o folião deve procurar atendimento médico”, alerta.

E os alertas não param por aí, mesmo a maquiagem segura e indicada para a você pode prejudicar a oxigenação, ressecar a pele, e causar acne e alergias, seja por uso indiscriminado, em local não indicado, ou sem limpeza adequada. A médica enumera dicas:

 

1- Excesso de lápis preto na linha d'água dos olhos

O lápis preto na linha d'água em excesso, pode deixar o olhar pesado e intensificar a área das olheiras, que podem ficar mais escuras e marcadas.
 

2- Pesar a mão na base de cobertura

No intuito de esconder todas manchinhas, espinhas e cravos, muita gente acaba exagerando na quantidade de produto, predispondo a acúmulo de resíduos e acne.

O ideal é usar uma cobertura líquida (penetra menos que o pó) e de origem mineral, prescrita pelo seu médico. E lavar com frequência a esponja e/ou pincéis.

Várias camadas de produtos sequencialmente irão “saturar” e conferir aspecto craquelado à pele, que precisa de um tempo (ao menos 10 min) pra absorver cada produto.

 

3- Batom acumulado ou craquelado nos lábios

Deixar o produto acumular ou deixa a pele dos lábios ressecada e com aparência envelhecida.

Quando a mulher aplica o batom e não consegue um delineado linear, pode ser por necessitar de preenchimento labial (a atrofia destrói o contorno).

 

4- Sobrancelhas muito marcadas ou preenchidas envelhecem o olhar

Sobrancelhas grossas e bem preenchidas tem sido queridinhas das mulheres e realmente entregam um olhar mais sedutor, mais amplo e mais aberto. Mas exagerar no contorno e no preenchimento dos fios pode dar um aspecto falso e deixar o olhar muito pesado.

 

5- Cuidado ao retirar pomadas e fixadores de cabelos

A lavagem feita incorretamente pode irritar os olhos aos produtos terem contato com a região ocular. 



Dra Adriana Vilarinho - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD - Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE -- SP 27.614
Instagram: @clinicaadrianavilarinho


Aterosclerose e arteriosclerose representam risco à saúde arterial dos homens

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Ambas as doenças presentes em todo o sistema circulatório não têm cura e o monitoramento dos sintomas deve ser acompanhado por especialistas

 

Embora possuam nomes semelhantes, de impactarem o funcionamento das artérias responsáveis por levar sangue a todas as partes do corpo, e fazerem parte de um mesmo espectro, a aterosclerose e a arteriosclerose são condições distintas. Suas manifestações, causas e sintomas ocorrem de formas diferenciadas e representam grande risco à saúde arterial, principalmente aos homens, os mais atingidos.

 

Aterosclerose

A aterosclerose se caracteriza pelo acúmulo de placas de gordura, cálcio ou outros elementos nas paredes arteriais associados a um processo inflamatório que dificulta a passagem do sangue e prejudica a irrigação dos órgãos e o funcionamento celular. Segundo o cirurgião vascular e membro do Departamento de Doenças Arteriais Periféricas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Vinícius Diniz, os sintomas variam conforme a artéria comprometida.

“Nos vasos do coração pode haver dor no peito ou infarto, nas carótidas (artérias do pescoço) provoca o AVC isquêmico ou derrames, alterações visuais ou perda da força/sensibilidade nos membros. Em vasos ilíacos e femorais (artérias das pernas) ocorre dor nas pernas ao caminhar, queda de pelos, enfraquecimento da pele, das unhas e dos músculos, e a impotência sexual, e a também pode provocar a gangrena nos casos mais avançados”, informa.

A doença se desenvolve devido às condições ambientais e genéticas. “É possível citar o tabagismo, a dieta rica em gordura, obesidade, estresse emocional e o sedentarismo como os fatores ambientais mais prevalentes. Enquanto o diabetes, a hipertensão e os antecedentes familiares como componentes genéticos”, explica Dr. Diniz.

 

Arteriosclerose

A arteriosclerose é um termo genérico, relacionado ao estreitamento e endurecimento da parede arterial. Esse endurecimento pode levar ao aumento da pressão arterial e, consequentemente, a alterações estruturais do coração. É três vezes mais frequente em homens do que em mulheres, devido à produção protetora do estrogênio relacionada ao ciclo menstrual. Com o fim dessa etapa e ao entrarem na menopausa, as mulheres apresentam riscos igualmente aos homens. “Normalmente essa doença manifesta-se em pessoas maiores de 45 anos, pois nesse momento outras doenças que contribuem para o desenvolvimento da arteriosclerose, como a hipertensão, diabetes e colesterol alto, também têm maior ocorrência”, afirma o vascular.

Para o diagnóstico, o médico pode realizar exames de imagem, como ultrassom ou procedimentos como angiotomografias, ressonância magnética, arteriografias e cateterismo cardíaco. Ambas as doenças não possuem cura, e o tratamento é focado no monitoramento dos sintomas e controle da progressão como, por exemplo, uso de medicamentos para o manejo do colesterol, diabetes e pressão arterial. “Em alguns casos determinados medicamentos podem melhorar a circulação e evitar complicações, porém, em quadros mais complexos, procedimentos cirúrgicos para restabelecer o fluxo sanguíneo são necessários”, avalia o Dr. Vinícius.

É recomendado que o paciente pratique atividades físicas regularmente, não fume, mantenha uma dieta balanceada - sem o abuso de alimentos industrializados e ricos em sódio, cafeína e bebidas alcoólicas. Da mesma forma, os hábitos saudáveis auxiliam na prevenção dos casos e suas complicações.

“A aterosclerose e a arteriosclerose, além trazerem sintomas clínicos relacionados ao entupimento das artérias, como claudicação intermitente dos membros e nos casos mais avançados a gangrena e a amputação do membro acometido, são também fatores de risco para o Infarto do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Dessa forma, é importantíssima a conscientização da população sobre a necessidade de uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e  o controle dos fatores de risco, como a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, a dislipidemia e a interrupção do hábito do tabagismo”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

www.sbacvsp.com.br

 

Cirurgia a laser é nova opção para tratar cisto pilonidal

Localizado na região do cóccix, o problema é incômodo e doloroso

 

Também chamado de cisto sacrococcígeo, o cisto pilonidal é uma doença relativamente comum em adolescentes e adultos jovens, geralmente observada dos 15 aos 30 anos de idade, acometendo o sexo masculino em 80% dos casos. Trata-se de uma inflamação crônica, localizada na região do cóccix. É bastante incômoda e dolorosa por ser com tratamento cirúrgico.

 

As causas da doença ainda são motivo de controvérsia, mas dentre as teorias mais aceitas estão atrito no local, inversão do crescimento do pelo e microtraumas, que levariam à inflamação crônica e formação dos cistos e trajetos fistulosos. 

O cisto pilonidal fica localizado no cóccix, região acima da prega glútea, e devido à proximidade com o ânus e também com a parte final da coluna vertebral muitas vezes causa dificuldade diagnóstica e os pacientes costumam percorrer diversos especialistas antes de terem o diagnóstico corretamente firmado. 

A médica Sônia Time, coloproctologista do Hospital VITA, em Curitiba (PR), explica que após o surgimento, o paciente fica suscetível a episódios de recidiva. Poucas pessoas não apresentam sintomas, porém a maioria delas sente dor devido à inflamação e em muitos casos há saída de secreção e abscessos que exigem cirurgias de emergência para drenagem. “Isso é bastante incômodo para quem sofre com o problema”, frisa a especialista. 

Segundo a Dra. Sônia, a conduta definitiva para pacientes que sofrem com dor, desconforto e saída de secreção é o tratamento cirúrgico. No entanto, o procedimento convencional, com corte, apresenta um pós-operatório bastante temido por ser muito trabalhoso, devido à necessidade de curativos diários e de um tempo de recuperação longo, por volta de dois a três meses. Além disso, o problema apresenta um índice relativamente alto de recidiva, o que leva o paciente a postergar o tratamento definitivo. 

Para minimizar o problema, uma moderna técnica de cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia a laser, foi desenvolvida e já está presente como opção de tratamento. “A técnica, sem dúvida, vem mudando a qualidade de vida de muitos pacientes que sofrem com cistos pilonidais”, pontua a coloproctologista.

 “Com o laser é possível realizar o procedimento cirúrgico sem cortes grandes, aplicando o laser nos trajetos internos do cisto, proporcionando cicatrização mais rápida, sem a necessidade de curativos trabalhosos, e de forma praticamente indolor”, revela a Dra. Sônia. A médica destaca também que o tratamento pode ser feito em esquema de hospital dia, ou seja, sem a necessidade de internamento, e com retorno precoce às atividades.

 

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