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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Redesenho organizacional, ESG, saúde mental, turnover e retenção estão no Top 4 de tendências para RH em 2023

CEO da Korú, Daniel Spolaor, faz uma análise de 2022 e aponta o que as empresas devem seguir no próximo ano

 

O fim do ano se aproxima e, nas empresas, é chegada a hora de celebrar os bons resultados e avaliar o que e como pode ser melhorado. As pessoas estão no centro das transformações corporativas e a Korú tem ajudado diversas empresas e  Recursos Humanos. A startup é uma aceleradora de oportunidades e plataforma de empregabilidade e seu CEO, Daniel Spolaor, já pontua quais são as principais tendências para a área em 2023: redesenho organizacional, saúde mental, turnover e retenção e ESG – sigla para Ambiental, Social e Governança, em inglês. Antes de fundar a Korú, Daniel teve 16 anos de experiência em grandes corporações, com ampla atuação em RH, ocupando cargos como diretor de Gente da Ambev para a América do Sul, diretor de Gente e Estratégia da AmbevTech e diretor de Gente e Operações da Falconi.

A Korú (www.escolakoru.com.br) acredita que o futuro de uma sociedade sustentável está na integração das minorias em sala de aula e nas empresas. A accesstech faz parcerias com organizações pelo investimento na educação tecnológica do próprio time e também fora da empresa, para quem precisa, por meio de um sistema de bolsas de Diversidade e Inclusão – marcas como Ambev, Sinch, Votorantim, Arcor e Luxxótica já se associaram. Recentemente, a Korú se uniu ao Movimento Tech, iniciativa do iFood e da XP Inc., que tem o objetivo de acelerar a capacitação e a empregabilidade de jovens em tecnologia até 2030.

Veja o que o CEO tem a dizer sobre cada uma das tendências de RH para o ano que vem:


Redesenho organizacional

Em 2022 vimos uma onda de cortes de gastos, desligamentos em massa (layoffs) e cancelamento de vagas. Isso ocorreu principalmente nas empresas de tecnologia, que, ao não encontrarem novos investidores, precisaram controlar a queima de caixa e ter rentabilidade como objetivo. De acordo com o CEO da Korú, este foi um ano de ajuste urgente e, em 2023, as empresas devem se voltar para o redesenho organizacional, buscando mais eficiência.

“Agora as empresas podem parar e analisar onde estão os gargalos, os desperdícios. Existe ainda uma tendência ao controle de custos, por isso não veremos um aquecimento brutal de mercado acontecendo. Mas vão começar a nascer, a partir de 2023, melhores estruturas organizacionais e ‘seniorização’ dos times. Ou seja, podemos esperar um amadurecimento das estratégias das empresas”, explica Daniel.


Saúde mental

"A saúde mental ainda é um dos maiores tabus e motivos de desalinhamento entre pessoas e organizações", afirma o especialista. Ele comenta que há um crescimento do interesse e das pesquisas sobre o tema após a pandemia de Covid-19, uma vez que ela causou o aumento da ansiedade e depressão em 25% em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas que as ações das organizações nesse sentido ainda são fracas. A maioria dos programas de benefícios são centrados em saúde física, mesmo entre grandes corporações.

De acordo com a OMS e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relatório publicado neste ano, estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido aos problemas de saúde mental que custam à economia global quase um trilhão de dólares. “Investir na saúde mental dos colaboradores significa manter uma equipe mais equilibrada, focada, feliz e, consequentemente, mais produtiva”, diz Daniel.

O CEO acrescenta que considera importante o movimento que as healthtechs estão fazendo de se voltarem para o tema da saúde mental e oferecerem soluções para as empresas: “O desenho de programas de saúde mental está se intensificando no mercado e isso vai contribuir para elevar o nível de aprendizado das organizações sobre o assunto, ajudando na forma como o RH lida com os problemas de saúde mental dos funcionários”.


Turnover e Retenção

A partir da pandemia, as empresas viram um movimento muito forte de desligamentos voluntários (mesmo em período de crise econômica), conhecido como a Grande Renúncia. Esse não é um movimento generalizado, esclarece Daniel, sendo mais forte no Brasil, nos EUA e na Inglaterra. Só no Brasil, de janeiro a maio de 2022, o país registrou 2,9 milhões de pedidos de demissão de trabalhadores com carteira assinada, segundo o levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

“O índice de turnover [taxa de rotatividade de colaboradores] foi nas alturas, consumindo mais dinheiro, tempo e energia para novas contratações. As organizações estão acordando para a questão: reter pessoas é muito mais importante do que contratar novas. Se antes o RH estava focado na contratação, agora vemos sua atenção se voltar para o turnover e a criação de projetos para a retenção de talentos. Gerenciar isso está em alta”, comenta Daniel.


ESG

Daniel aponta que o ESG é uma pauta permanente, uma consolidação da discussão sobre sustentabilidade que se fazia anos atrás. "O RH que, até então, estava pouco incluído nessa discussão, se vê no centro dela quando a 'sustentabilidade' evolui para 'ESG'. Essa é uma pauta que será cada vez mais forte e, mais do que uma tendência, é uma questão de sobrevivência", garante.

Ele acredita que se aprofundando no tema, o RH deverá focar, especialmente, em Diversidade e Inclusão e Emprego e Renda, pontos importantes tanto para a atração e retenção de talentos quanto para o posicionamento de marca. "Os consumidores e colaboradores não vão mais se enganar e se identificar com organizações que não representam suas realidades individuais, então o RH precisa entrar de cabeça na tendência ESG", aconselha o CEO da Korú.

 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Em dia com a saúde mental: confira 6 tendências globais de bem-estar para 2023


Dezembro é o momento em que as pessoas pensam em suas metas e resoluções para o próximo ano. Assim que o relógio marcar meia noite no dia 31 e os últimos fogos de artifício se extinguirem no céu, a resolução número um para o Ano Novo será, mais uma vez, mais bem-estar para o corpo, mente e vida. E isso se aplica, principalmente, à busca por mudanças no ambiente e na rotina de trabalho.

Ano após ano muitas pessoas estabelecem as mesmas resoluções de Ano Novo - manter a forma, perder peso, adotar uma alimentação mais saudável, melhorar a qualidade do sono e passar mais tempo com a família e amigos. Infelizmente, até março, 91% deles terão desistido. Isso porque muitas dessas metas vêm acompanhadas de fórmulas milagrosas, que prometem resultados instantâneos, sendo que o princípio do bem-estar é praticá-lo hoje para que o resultado seja prolongado, gerando uma vida mais saudável, leve e com energia para aproveitar os momentos prazerosos. Mas, como administrar o bem-estar e o dia a dia profissional? 

As pessoas passam em média um terço de suas vidas trabalhando e, segundo a pesquisa do National Health and Nutrition Examination Survey, mais de 30% dormem menos de sete horas por noite, o que as expõe ao risco de doenças cardíacas, obesidade e distúrbios de humor. Quando as pessoas estão cansadas, são mais propensas a cometer erros. É por isso que a saúde dos funcionários pode ter um impacto direto sobre sua capacidade de fazer bem seu trabalho e precisa de maior atenção das empresas. 

De acordo com o relatório “Panorama do bem-estar corporativo 2022”, realizado pelo Gympass, maior plataforma de bem-estar do mundo, as pessoas têm considerado o bem-estar um pilar tão importante quanto o salário (83%), enquanto 77% afirmam que pensariam em deixar uma empresa que não prioriza o bem-estar, demonstrando que a busca por uma vida mais saudável e flexível tem aumentado consideravelmente. A pesquisa foi realizada em nove países em que o Gympass atua (incluindo Brasil, Estados Unidos e Reino Unido), com mais de 9 mil respondentes, e mostrou como a população de cada nação está lidando com o tema. Em relação a como os funcionários se sentem no trabalho, nos EUA e no Brasil, 22% e 25%, respectivamente, afirmam que estão infelizes. No Reino Unido esse número é ainda mais alto, cerca de 33%. 

O conceito de work-life wellness tem se aproximado cada vez mais das pessoas, que buscam por flexibilidade ao invés de equilíbrio entre vida pessoal e carreira. Em 2023, será comum a recorrência de pessoas fazendo atividades em grupo, para seus corpos e mentes. A realidade virtual se fará mais presente, assim como a busca pela desintoxicação digital, abundância social e exercícios de curta duração, porém eficazes. Depois de alguns anos vivendo sob a insegurança da pandemia, as pessoas querem se sentir vivas e buscam por mais aventura e diversão em suas rotinas de bem-estar, para ajudar a fomentar o objetivo de bem-estar no trabalho. 

Pensando nisso, o Gympass aponta 6 tendências de bem-estar para 2023. Confira:

 

1. A tecnologia impulsiona as tendências de bem-estar

As tecnologias vestíveis (wearable devices) que rastreiam a atividade física, sono, calorias queimadas, níveis de estresse e muito mais estão explodindo em popularidade. Os empregadores estão vendo enormes benefícios em oferecer estes dispositivos tecnológicos como um benefício para os funcionários. Pense neles como programas de bem-estar viáveis que ajudam a manter a hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade sob controle, monitorando os níveis de atividade dos funcionários, o ritmo cardíaco e a pressão arterial. 

Como mostra o relatório do Panorama do bem-estar corporativo 2022, há uma lacuna entre a demanda por serviços de saúde mental e sua disponibilidade atual. As aplicações de condicionamento físico e meditação são como “personal trainers” para o corpo e a mente. Uma meditação de 10 minutos pode melhorar o foco ao mesmo tempo em que reduz o estresse. E intervalos de movimento - micro-treinos que duram apenas alguns minutos - podem ajudar os funcionários a obter o impulso de endorfina que aumenta seu humor várias vezes ao longo do dia de trabalho, se os empregadores exercerem uma forte influência, fornecendo acesso a estas aplicações.


2. Yoga esportiva específica para todos

Yoga para golfistas, yoga para corredores, yoga para dançarinos. LeBron James faz yoga. Idem para Aaron Rodgers e Russell Wilson. O Los Angeles Clippers emprega um instrutor de yoga em tempo integral para a equipe. Qualquer que seja seu esporte, há uma aula de yoga para ajudar a esticar os músculos sobrecarregados e equilibrar corpo e mente.

 

3. Respiração - uma ferramenta que qualquer pessoa pode usar a qualquer momento

Poucas pessoas são conscientes e tiram proveito do poder de sua respiração. O uso de técnicas de respiração antigas - pranayama - pode aumentar a energia, reduzir a dor, aumentar a criatividade, melhorar o foco, melhorar o desempenho no trabalho, equilibrar o sistema nervoso, fortalecer o sistema imunológico, aumentar a moral e reduzir o estresse. 

Respiração 4-7-8 - fechar a boca e inalar pelo nariz para uma contagem de 4, segurar a respiração para uma contagem de 7 e exalar completamente pela boca, como um sopro forte e longo, para uma contagem de 8 - é, segundo o Dr. Andrew Weil, um "tranquilizante natural para o sistema nervoso". A respiração Ujjayi - uma respiração audível que é inalada e exalada através do nariz - é um estimulante do humor que reduz o estresse e aumenta a concentração e o foco.

 

4. A atividade física em grupo está de volta

O Pole Fitness, o tapete Pilates, a yoga aérea, o arco aéreo, além das velhas conhecidas - Zumba, CrossFit e Spin - estão todos recuperando a sua popularidade. Os praticantes, muitas vezes, se esforçam mais quando trabalham em grupo. As aulas de ginástica também são uma ótima maneira de conhecer pessoas e socializar.


5. Refeições à base de plantas estão invadindo os canais convencionais

As pessoas estão se dando conta de que não precisam necessariamente se tornar vegetarianas ou veganas para colherem os benefícios - para si mesmas e para o meio ambiente - de uma dieta à base de plantas. Muitos estão adaptando a "Dieta Vegetal 5-2" - cinco dias por semana apenas de alimentos vegetais e dois dias de refeições com produtos animais. Os benefícios desse tipo de alimentação incluem perda de peso e menor risco de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e certos tipos de cânceres.


6. Voluntariado em conjunto

Quando os funcionários alcançam o bem-estar na vida profissional, eles têm tempo e energia para retribuir. Os programas de voluntariado impulsionam a moral e criam um melhor ambiente de trabalho. Uma pesquisa recente constatou que mais de 75% dos funcionários dizem que o voluntariado é essencial para seu bem-estar e um relatório separado constatou que 93% dos funcionários que são voluntários através de sua empresa estão satisfeitos com seus empregadores.


Câncer Infantojuvenil: entenda os desafios para aumentar as chances de cura da doença no país

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, o Inca, a expectativa, por ano, é de 704 mil novos casos de câncer para o triênio 2023-2025. Em relação ao câncer infantojuvenil, são esperados 7.930 casos novos ao ano


“O câncer não é uma doença fácil de encarar. Estamos felizes por encontrar um lugar onde somos tão bem acolhidos. Aqui é a nossa segunda casa”. O depoimento, emocionado, é da Camila, mãe da pequena Camilly, de 9 anos, hóspedes do Programa Casa Ronald McDonald, um projeto coordenado pelo Instituto Ronald McDonald no Brasil. Recentemente, o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, lançou a publicação “Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil”, de acordo com os novos estudos, teremos no Brasil 704 mil casos novos por ano para o triênio 2023-2025. Em relação ao câncer infantojuvenil, são esperados 7.930 casos novos ao ano.

 

O câncer é a doença que mais mata crianças e jovens de 1 a 19 anos, conforme estimativa do Inca, com desigualdade das chances de cura associada as regiões do país. Conforme o levantamento feito, enquanto as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e na região Sudeste são 70%, nas Região Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente.

 

No Brasil, o tempo entre a percepção de sintomas e a confirmação diagnóstica do câncer infantojuvenil é longo e por isso muitos pacientes chegam ao tratamento em fase avançada da doença. Ainda de acordo com a pesquisa, cerca de 80,8% dos pacientes que iniciaram o tratamento da doença chegaram ao hospital sem diagnóstico. 

 

Para mudar essa realidade, há mais de 23 anos o Instituto Ronald McDonald atua para promover saúde e bem-estar a crianças, adolescentes e suas famílias e aumentar as chances de cura da doença no país. “Trabalhamos incansavelmente com o propósito de impulsionar e promover um amanhã mais saudável e com maiores oportunidades para todos, com acesso aos melhores serviços de saúde”, afirma Bianca Provedel, Diretora Executiva do Instituto Ronald McDonald.


 

Diagnóstico precoce salva vidas


No cenário de um país com restrições econômicas, o Instituto Ronald investe no uso de recursos de forma inteligente. “Nossa ideia é trabalhar para que mais crianças cheguem ao hospital no estágio inicial da doença, diminuindo os custos para o tratamento e aumentando as chances de cura. Por isso, investimos no programa Diagnóstico Precoce”, conclui Bianca.

 

Desde sua fundação, em 8 de abril de 1999, o Instituto Ronald McDonald, vencedor do prêmio de Melhor ONG em saúde e classificado por cinco anos consecutivos entre as 100 melhores ONGs do Brasil, de acordo com o Instituto Doar e a Revista Época, desenvolve e coordena programas como Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald Mcdonald.

 

Em 2022, o Instituto, por meio dos seus programas e projetos, conseguiu impactar a vida de milhares de famílias. Com o Programa Casa Ronald McDonald, por exemplo, foram oferecidas mais de 70 mil hospedagens, 316 mil refeições e 11,6 mil viagens aos hospitais. Nos Espaços da Família Ronald McDonald, a ONG acolheu mais de 10 mil pessoas e serviu cerca de 3 mil lanches. Além disso, o Programa Diagnóstico Precoce, que antes capacitava profissionais e estudantes da saúde, foi ampliado também para sensibilizar profissionais da educação básica sobre os sinais do câncer infantojuvenil.

 

Para ajudar o Instituto a manter seus programas em operação e transformar a vida de milhares de crianças que lutam contra o câncer, o instituto recebe doações de pessoas físicas e empresas. Para saber mais e fazer o bem, acesse: Instituto Ronald McDonald 



Instituto Ronald McDonald
www.institutoronald.org.br


Dezembro Vermelho alerta para prevenção contra o HIV e outras ISTs

Infectologista chama a atenção para a importância dos cuidados entre os jovens, faixa etária que apresentou aumento no número de casos nos últimos anos

 

No mês de dezembro, as atenções das autoridades em saúde se voltam para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), principalmente do vírus da Aids. Segundo estimativa da ONU, o Brasil tem cerca de 960 mil pessoas vivendo com HIV, sendo que 50 mil novos casos foram registrados apenas no ano passado. 

Apesar do registro recente do Ministério da Saúde em relação à diminuição de casos no país entre 2019 e 2021, existe uma preocupação com os jovens de 15 a 24 anos, faixa-etária que apresentou aumento no número de infectados. Quem faz o alerta é o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo. 

“É preocupante o dado referente aos jovens. Precisamos falar sobre prevenção e melhorar a abordagem sobre orientação sexual, assunto que ainda é polêmico principalmente nas famílias”, afirma. “Hoje temos mecanismos eficazes na política de combate ao HIV, como os testes rápidos, a medicação preventiva e a distribuição de preservativos masculinos e femininos. Tudo é oferecido de forma gratuita na rede pública de saúde, mas é fundamental saber como atingir a população jovem”, acrescenta. 

Além do vírus da Aids, a Campanha Dezembro Vermelho alerta ainda para o combate a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis, herpes genital, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e hepatites virais B e C. Todas elas preocupam, pois, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a complicações, como a infertilidade e até a morte. 

O infectologista do Hospital IGESP alerta que as ISTs podem se manifestar por meio de sintomas como feridas, corrimentos, verrugas e ardência ao urinar, mas que algumas podem não apresentar sinais. “As pessoas sexualmente ativas devem sempre observar possíveis alterações no corpo, que podem indicar uma IST. Além disso, em caso de relação sexual desprotegida, é importante procurar o serviço de saúde e realizar avaliação com profissional por meio de exames específicos”, conclui Cyrillo. 

Todos os anos, cerca de 360 milhões de casos de ISTs são registrados no mundo, e infecções como sífilis e gonorreia ainda estão presentes em grande número, sendo importante combater a transmissão destas especialmente aos recém-nascidos.

Sobre o HIV/AIDS, com os novos tratamentos disponíveis as pessoas estão vivendo mais e com maior qualidade de vida.

 

Importante saber

Há dez anos, estão disponíveis nas redes de saúde medicamentos preventivos, capazes de reduzir o risco de adquirir o vírus HIV por meio de relações sexuais. Entre os mais eficientes, está a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), voltada a pessoas não infectadas, que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral. 

A PrEP é indicada a públicos específicos, que tenham maior risco de entrar em contato com o HIV, como trabalhadores(as) do sexo, pessoas com mais de um parceiro e sem costume de usar camisinha e ainda para quem apresente episódios frequentes de ISTs.

 

Não confunda

A PrEP é a Profilaxia Pré-Exposição, mas existe também a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), medicação antirretroviral que deve ser utilizada até 72 horas após situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. O tratamento é via oral e deve ser seguido por 28 dias ininterruptos.

 

Hospital IGESP


Três atividades de verão que estimulam o cuidado com os olhos das crianças

Oftalmologista da HOYA dá dicas de como cuidar da saúde ocular dos pequenos durante o período de férias e alerta sobre cuidados a serem tomados

 

Férias de fim de ano, calor e bastante tempo livre. Em tempos em que a maioria das atividades acontece no mundo digital, tirar as telas dos pequenos e estimular brincadeiras ao ar livre é um grande desafio. Para ajudar nessa tarefa, o Dr. Celso Cunha, médico oftalmologista e consultor da HOYA Brasil - empresa japonesa que produz lentes de óculos de alta tecnologia desenvolvidas para correção de problemas da visão, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia - dá três dicas de atividades para fazer com as crianças que, além de prazerosas e divertidas, vão reforçar o cuidado com a saúde ocular dos pequenos. 

“Nas férias, os pais costumam ter mais tempo com as crianças e esse é um ótimo período para intensificar a observação de como anda a saúde ocular dos pequenos, pois eles nem sempre demonstram claramente que estão com baixa visão, principalmente quando ela é monocular (somente em um olho)”, alerta Dr. Celso. 

Alguns sinais podem levar a suspeitar desse quadro clínico, como aproximar muito os objetos dos olhos, ter lacrimejamento em excesso, coceira nos olhos frequente, mau desempenho escolar, deixar os olhos cerrados para ver objetos longe ou apresentar muita sensibilidade à luz, por exemplo. "Às vezes, com algumas brincadeiras, é possível identificar algum desses sinais e aí é muito importante que os pais programem uma visita ao oftalmologista o quanto antes”, comenta Dr. Celso. 

Abaixo, três dicas para auxiliar nos cuidados e aproveitar mais tempo de qualidade na companhia das crianças: 


1. Comentar sobre o que estão vendo

Essa é uma boa brincadeira para se fazer durante a viagem, seja no carro, no avião ou no ônibus e até quando já estiverem no destino, pois vai evitar que a criança se apegue à tela do celular, do tablet ou de qualquer outro aparelho eletrônico.

“É recomendado que crianças menores de dois anos tenham zero exposição a telas e, as maiores, no máximo uma hora por dia. O excesso de exposição às telas não só pode afetar os olhos das crianças como interferir em inúmeras conexões do desenvolvimento cerebral, que acarretam, com frequência, transtornos de ansiedade, depressão e atenção”, explica Dr. Celso.

 

2. Brincadeiras ao ar livre durante o dia

Seja da bolha de sabão à amarelinha ou do pega-pega à grade de pintura, é muito importante que as crianças sejam estimuladas - física ou cognitivamente - para que tenham um crescimento saudável. “Estudos apontam que crianças que brincam ao ar livre por cerca de duas horas têm mais estímulo à imaginação e criatividade, além de incentivo ao desenvolvimento psicomotor. Somado a isso, essas atividades são realizadas durante o dia, estimulamos, com a luz do Sol, a produção de dopamina, um dos neurotransmissores responsáveis por regular o crescimento dos olhos”, explica o profissional.
 

3. Praia e Piscina

“Nas férias, é bastante comum que as atividades nas praias e piscinas sejam intensificadas, o que é ótimo, pois estimula a criança a fazer atividades físicas e gastar a energia acumulada. É importante que se evite a longa exposição solar nos horários de alta incidência de raios UV (entre 10 e 14h) e é de extrema importância que se faça uso de óculos solares, que devem ter boa qualidade para filtrar os raios UV, assim como proteger os olhos de possíveis incidentes, como entrada de areia”, finaliza Dr. Celso.

 

Hoya

Link


Ginecologista explica o que é vaginismo e destaca os tratamentos disponíveis

Condição pode ser desencadeada por muitos fatores, como abuso sexual, questões culturais, infecções, atrofias, endometriose profunda, mal formações, entre outras 


Estima-se que a dor na hora da relação sexual afeta de 5% a 17% da população feminina. O incômodo tem nome e é causado muitas vezes por medo e por estresse excessivo: chama-se vaginismo. “A mulher que tem o problema se sente totalmente incapacitada para o sexo, já que seus músculos vaginais se contraem involuntariamente e a penetração se torna inviável por causa da dor”, explica Dra. Eveline Catão, ginecologista, obstetra e associada da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil).

Segundo a médica, muitos fatores podem desencadear o vaginismo. Entre ele, experiências negativas com relação a sexo, abuso sexual, falta de conhecimento sobre o próprio corpo, questões culturais, educação muito opressora, infecções, atrofias, endometriose profunda, mal formações, entre outras.

Dra. Eveline lembra que muitas vezes o vaginismo é visto como “frescura”, ou como frigidez, o que não é verdade. “A condição existe e exige tratamento. Não é interessante deixar para depois, afinal, sem isso a vida sexual nunca será plena”, afirma ela.

A especialista ressalta que somente um ginecologista não consegue ajudar a mulher, já que na maioria dos casos, o vaginismo tem causas psicológicas. “Para entender o que vem causando a dor durante a relação, a mulher necessita recorrer à psicoterapia, além de outros recursos”, informa ela.

Um dos tratamentos para sanar o problema é a fisioterapia pélvica, que atua na reabilitação das disfunções do assoalho pélvico (conjunto de músculos e ligamentos que sustentam órgãos como bexiga, útero, intestino e tudo que fica na região baixa do abdômen). “Esse tratamento pode ajudar a reduzir essas dores, sejam elas fracas ou intensas, contribuindo para o fortalecimento da musculatura da região".

Outra alternativa é o botox íntimo, que promove um bloqueio na junção neuromuscular. Dessa forma, o estímulo dos neurônios não gera a contração do músculo. “A substância causa o relaxamento dos músculos e facilita a penetração em casos de vaginismo”, explica a ginecologista. Segundo ela, o objetivo é impedir que o impulso nervoso chegue ao músculo da vagina, evitando a sua contração. “Para isso, são feitas aplicações de botox na mucosa externa e nos músculos de entrada da vagina, que sofrerão uma leve paralisação, já que o produto é conhecido por inibir a atividade muscular”, esclarece ela.

Dra. Eveline recomenda também que sejam utilizados hidratantes íntimos, para garantir mais conforto ao ato sexual. “Esse é um recurso simples e que vale a pena ser aplicado”, finaliza ela.


AMCR -Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil

site


Diabetes


Consulta pública pode levar hemoglobina glicada para o SUS

Até o próximo dia 26, membros da sociedade civil, entidades e organizações sociais, representantes de iniciativas público e privadas, podem participar da pesquisa lançada pela Conitec sobre a eficácia do exame na jornada de mais de 16 milhões de pessoas que convivem com o diabetes

 

Silencioso e grave, o diabetes atinge cerca de 62 milhões de pessoas nas Américas, segundo o “Panorama do Diabetes da OPAS nas Américas”. No Brasil, são mais de 16 milhões de pacientes que enfrentam a batalha contra a doença, que exige cuidados que vão muito além de uma alimentação equilibrada, atividades físicas e acompanhamento medicamentoso. 

Para controlar melhor a doença, que afeta mais de 5% da população e foi responsável pelas amputações de mais de 9 milhões de pacientes entre 2021 e 2022, segundo levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (MS), e contribuir para um tratamento mais assertivo, soluções eficazes já estão disponíveis no mercado. Uma delas, a hemoglobina glicada é considerada a mais rápida e precisa pelos especialistas. O exame estima os níveis de açúcar no sangue nos últimos três meses. 

“Com a hemoglobina glicada, temos um laudo que estima com precisão o nível glicêmico com detalhes dos últimos três meses. O exame entrega resultados com menor influência da variabilidade no dia a dia, o que nos permite ter um parâmetro mais qualificado para avaliar os riscos de exposição, de forma individualizada, e proporcionar aos médicos e pacientes uma melhor jornada de atenção e cuidado” explica o médico e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Alvaro Pulchinelli Jr. 

Para que os milhões de pacientes que dependem do sistema público de saúde tenham acesso à precisão diagnóstica assegurada pela ferramenta, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu consulta pública para ouvir membros da sociedade civil, entidades e organizações sociais, representantes de iniciativas público e privadas, e coletar dados a serem agregados ao Relatório Técnico e/ou na reunião deliberativa do órgão. No ar até o próximo dia 26, a consulta vai avaliar a solução e os impactos desta tecnologia para decidir sobre a incorporação do point-of-care testing de hemoglobina glicada para pacientes diabéticos no serviço público. 

“Hoje, mais de 220 milhões de pessoas em todo o Brasil buscam atendimento no sistema público de saúde de norte a sul do país, e é essencial garantir o acesso à uma ferramenta inovadora como esta para os mais de 17 milhões de pacientes que convivem com o diabetes. Por isso, a é importante engajar a população, as sociedades organizadas, tomadores de decisão das frentes público e privada para que participem e ajudem a traçar um panorama sobre a pertinência da solução e também pensar em outras possibilidades para aprimorar os atuais modelos de assistência aos pacientes”, destacou o vice-presidente. 

A consulta é feita com análise baseada em evidências científicas, publicadas na literatura, sobre eficácia, acurácia, efetividade e segurança da tecnologia, e também realiza uma avaliação econômica comparativa das vantagens e dos custos em relação às tecnologias já incorporadas no sistema. 

“Precisamos provocar o consciente coletivo sobre a tecnologia e seus benefícios em toda a cadeia. Vamos reduzir os impactos e a pressão no sistema de saúde, além de enxugar custos com exames e consultas, já que toda a assistência pode ser prestada em uma única visita, sem a necessidade de retornos dos pacientes e superlotação de unidades de saúde. É ganho de ponta a ponta”, observou. 


O médico chama atenção para outro detalhe. “O exame na modalidade point of care, considerada uma extensão dos laboratórios e importante aliado de médicos e profissionais da saúde, além de conferir mais praticidade à população. É uma tecnologia de testagem realizada próximo ao local de cuidado ao paciente, e pode ser adotada inclusive fora da área técnica de um laboratório”. 

Pulchinelli reitera também que sob controle, o paciente apresenta menor risco de complicações, por isso, a importância da rotina de exames que monitoram o índice glicêmico do paciente, como o da hemoglobina glicada. O exame, que tem alta eficiência para apontar os níveis de açúcar no sangue, é fundamental não apenas para o controle do diabetes já existente, mas também para diagnosticar o pré-diabetes e diabetes de pacientes que ainda não sabem que têm a doença. 

“O exame também é importante para os profissionais de saúde que estão na linha de frente dos cuidados, porque, além da agilidade, é um grande fornecedor de dados, que nas mãos das equipes de assistência à saúde, devidamente capacitadas, serão grandes aliados da jornada de atenção”, concluiu. 

A consulta pública de número 79, que avalia a incorporação dos testes diagnósticos, point-of-care, de hemoglobina glicada para o tratamento de pacientes com DM1 ou DM2 está disponível no portal ‘Participa + Brasil’. Para participar, basta preencher o formulário até o dia 26 de dezembro.



Ceia de Natal: cuidados para quem tem diabetes, hipertensão e obesidade

Nutricionista parceira da WinSocial aponta dicas para aproveitar as tradicionais receitas da época, comemorando sem descuidar da saúde
 

Com a chegada do final do ano, vem também a ansiedade pelas comemorações, reencontros e, certamente, as tão amadas comidas de Natal. Porém, pessoas que convivem com diabetes, câncer ou HIV, por exemplo, precisam ter atenção extra à alimentação, sem deixar de se deliciar com as receitas que esperamos o ano todo para apreciar.

Por isso, a nutricionista Déborah Gapanowicz, parceira da WinSocial, plataforma digital de seguro de vida para pessoas com condições crônicas, levantou dicas especiais para que ninguém fique de fora desse momento tão especial.

  1. Diabetes

Caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), a diabetes é uma doença que exige atenção especial com a alimentação. Nas comemorações de final de ano, é imprescindível estar atento ao teor de açúcar nas sobremesas e aos alimentos gordurosos como o tradicional pernil, além do excesso de carboidrato em alimentos como arroz, batata e farofa, por exemplo. Saladas com mix de folhas e temperos naturais, como azeite e limão, podem ser uma ótima opção de entrada, pois ajudam a saciar e evitar excessos. Em alguns casos, a bebida alcoólica pode ser incluída dando preferência a uma pequena dose de vinho seco, tinto ou branco com menor concentração de açúcar.


  1. Hipertensão

Para pessoas hipertensas, ou seja, aquelas que tem a pressão arterial elevada, é importante realizar algumas trocas durante as refeições. Nas receitas, o leite integral deve ser trocado pelo desnatado e é importante ter atenção ao excesso de sal, principalmente no uso de temperos prontos os substituindo por ervas e especiarias. O pernil também deve ser evitado nesse caso, podendo optar por carnes como chester ou bacalhau desde que esteja bastante dessalgado a fim de não alterar a pressão. Medicamentos não devem ser suspendidos nesse período e bebidas alcoólicas precisam ser evitadas. Já alimentos como nozes e castanhas são muito calóricos e devem ser evitados, porém frutas e legumes estão liberados para o consumo à vontade.


  1. Obesidade

Algumas comidas são consideradas campeãs de calorias, sobretudo para quem sofre de obesidade, que consiste no acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo. Pratos tradicionais, como rabanadas, panetones/chocotones e até mesmo farofas, estão entre os alimentos mais calóricos. Durante as festas, o consumo deve ser de apenas um deles e em quantidades reduzidas. As carnes processadas e embutidas, principalmente a carne de porco, devem ser evitadas e substituídas por carnes leves e assadas, com temperos naturais. 

“Não só nesta época festiva de final de ano, mas durante toda a alimentação, é fundamental que as pessoas que convivem com diabetes, hipertensão e obesidade equilibrem seus nutrientes. O ideal não é se privar de várias delícias, mas adequar a dieta e curtir de forma saudável. São dicas importantes e que farão a diferença no dia a dia destas pessoas”, comenta Débora.
 

Débora Gapanowicz - nutricionista, especialista em Alimentação e Saúde, e parceira da WinSocial, plataforma digital de seguro para pessoas com condições crônicas, como diabetes, obesidade, hipertensão, histórico de câncer e HIV. Formada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gapanowicz é mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde, com ênfase em Doenças Cardiovasculares pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Também é docente em cursos de pós-graduação e extensão. Além disso, é especialista em Nutrição Aplicada à Gastronomia, Nutrição Funcional, Obesidade e Síndrome Metabólica.


Quando o edema de glote pode se tornar anafilaxia?


Glote é um espaço localizado na faringe (garganta) que fica entre as duas pregas vocais. É importante porque dependendo da abertura e fechamento das pregas vocais, o ar passa e serão produzidos os sons, a fala. Quando acontece o edema de glote, que é o inchaço que ocorre nessa região, a passagem de ar pode ser obstruída, impedindo a pessoa de respirar.

 

“O edema de glote pode acontecer por causa de uma reação intensa na região do pescoço ou por reação sistêmica, as chamadas anafilaxias, que são reações que podem acometer vários órgãos, inclusive pele e mucosa, ocasionando o inchaço da região. As anafilaxias, geralmente, ocorrem por alguns alimentos, medicamentos e ferroadas de insetos como abelhas, vespas e formigas”, explica a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 

 

Sintomas que caracterizam a anafilaxia:

 

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem primeiro.

 

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.

 

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.

 

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos.

 

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.

 

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.

 

Tratamento – Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

 

Porém, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação.

 

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

 

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável.

 


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Médico otorrino alerta para os cuidados com os ouvidos nas férias

 

Durante as férias de verão é comum que as pessoas, especialmente as crianças, aproveitem bastante a piscina e o mar. Porém, é preciso estar alerta, pois é nesse período que aumentam os casos de otite externa, também conhecida como otite de verão ou de nadadores. De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, do hospital Santa Casa de Mauá, a infecção ocorre no canal, que liga o ouvido ao tímpano (região mais superficial) e é causada por bactérias e fungos, em razão do acúmulo de água nos ouvidos.

Importante ressaltar que as otites também podem ser causadas por traumas, como o uso indevido de hastes flexíveis ou outros objetos, água contaminada, resfriados, alergias e inflamação da adenoide, órgão do sistema imune, que fica na parte de trás do nariz.

Além das crianças e nadadores, pessoas com doenças congênitas, sistema imunológico enfraquecido, histórico familiar, alergias respiratórias e exposição à baixa qualidade do ar são mais suscetíveis à otite. A patologia pode ser de três tipos, que variam de acordo com a região do ouvido afetada - externa, média ou interna, podendo ser crônica ou aguda.

Entre os sintomas, a dor local é a primeira a se manifestar e pode vir acompanhada de febre, líquido espesso e amarelado, perda de apetite, vômitos e dor de cabeça. “Os bebês e crianças pequenas sofrem mais com a dor, pois não conseguem se expressar”, observa Brunelli.

O diagnóstico é feito por exame clínico, histórico de saúde e, se for necessário, um exame auditivo. Normalmente, a doença persiste de sete a 10 dias e para aliviar a dor no ouvido, o especialista prescreverá analgésicos e anti-inflamatórios ou antibióticos, dependendo da causa, os quais devem ser utilizados rigorosamente de acordo com a prescrição médica. Caso a otite seja recorrente - três ou mais em um período de seis meses – o ideal é buscar um tratamento preventivo.

De acordo com o especialista, as otites não tratadas podem trazer complicações como fluídos persistentes no ouvido médio, infecções constantes, problemas de audição, dentre outros problemas.

Alguns cuidados ajudam a evitar a otite, como: não mergulhar em águas sujas que possam estar contaminadas; evitar o uso de hastes flexíveis, principalmente depois da água. Nesse caso, o ideal é enxugar o ouvido com toalha limpa e seca. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

Estudo detecta que a qualidade do esperma humano caiu mais da metade nos últimos 50 anos

Cientistas ainda não identificaram os motivos da queda vertiginosa



A concentração de espermatozoides caiu 51,6% nos últimos 46 anos em todo o mundo. A informação foi revelada em um estudo internacional publicado, nesta terça-feira (15), na revista científica Human Reproduction Update. Segundo os especialistas, a velocidade com que essa diminuição acontece acelerou a partir dos anos 2000, para quase o dobro do observado no final do século anterior.

O urologista gaúcho, Cláudio Telöken, uma das maiores autoridades em fertilidade masculina do Brasil, destaca que o relatório está em sintonia com o que estudos paralelos apontam. “Estamos percebendo, de fato, que há uma tendência de aceleração nesta queda, mas ainda é cedo para dizermos quais são as causas do problema”, explica.

O artigo publicado nesta semana aponta que a concentração média de espermatozoides caiu de 101,2 milhões por mililitro para 49,0 milhões por mililitro entre 1973 e 2018, e a contagem total de espermatozoides caiu 62,3% durante o mesmo período. Estudos apontam que a fertilidade fica comprometida com concentrações de espermatozoides inferiores a 40 milhões por mililitro.

Para Telöken, o estudo aponta uma questão relevante: os homens também precisam pensar em preservar a sua fertilidade. “Nos últimos anos, se discute muito a preservação da fertilidade feminina, pois as mulheres estão decidindo engravidar mais tarde. Acontece que esta também é uma realidade para o homem e ele precisa se programar”, destaca.

“Em homens saudáveis, o congelamento seminal é uma excelente opção. Para pacientes com câncer, o congelamento do ejaculado ou do tecido testicular antes de iniciar o tratamento tumoral se mostra muito interessante”, afirma. O especialista, que atua no Fertilitat - Centro de Medicina Reprodutiva, em Porto Alegre, revela que essa busca começa a acontecer no consultório, ainda de forma tímida.

“Por questões culturais, o homem tem muito medo de falar sobre a sua fertilidade e planejá-la. Porém, precisamos superar essa trava, pois a vergonha de explorar o assunto cobrará um preço muito caro no futuro. Quando ele quiser materializar o sonho de ser pai, pode ser tarde”, revela.


Fenômeno global
Em 2017, um estudo preliminar surpreendeu os estudiosos com a revelação do comprometimento da produção espermática. A amostra era focada em homens naturais da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia, recolhidas entre 1973 e 2011. Preocupados com os dados que poderiam apontar para uma eventual crise reprodutiva masculina, os estudiosos decidiram fazer o estudo em escala global.

Agora, contando com os dados de homens da América Central, África e Ásia recolhidas entre 2014 e 2019, os resultados se comprovaram. Detectou-se que a qualidade do ejaculado continuou a diminuir numa velocidade ainda maior.


Benefícios da atividade física para o joelho

 

O Dr. Luciano Peres, Ortopedista do Hospital Albert Sabin, fala sobre prevenção e tratamento de problemas no joelho e quando a cirurgia é necessária

 

Muito se falou sobre a lesão, e consequente cirurgia, do atacante Gabriel Jesus. Durante o jogo entre Brasil e Camarões, pela Fase de Grupos da Copa do Mundo FIFA 2022, Jesus machucou o menisco e sofreu uma lesão parcial do ligamento colateral do joelho.

No futebol, por tratar-se de um esporte de impacto e contato, esse tipo de lesão é uma das mais comuns, contudo, o esporte em geral é um grande aliado no tratamento de diversos problemas e dores no joelho.

“O desequilíbrio muscular é a causa mais comum de dores no joelho e o fortalecimento da musculatura do órgão é o principal fator preventivo, tanto das dores como de futuras lesões”, explica o especialista em cirurgia do joelho Dr. Luciano Peres, Ortopedista e Traumatologista do Hospital Albert Sabin (HAS).

Pessoas que praticam atividades físicas regulares, aumentam e tonificam toda a musculatura das pernas e da região do joelho, diminuindo drasticamente as chances de lesões.

Hoje em dia, a maioria dessas lesões são tratadas por meio de programas de reforço muscular, fisioterapia e com reabilitação adequada. “Contudo, em casos mais graves é necessária a intervenção cirúrgica, que evoluiu muito quanto às técnicas e são bem menos invasivas”, diz o ortopedista.

O diagnóstico e indicação do tratamento, inclusive quanto à necessidade ou não de cirurgia, são feitos através de exames físicos e de imagens, como radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética e outros.

Pacientes com qualquer tipo de dor, trauma e/ou edema devem procurar sempre o serviço médico para a avaliação com um especialista. “Lembrando que quanto mais precoce o diagnóstico for realizado, maiores as chances de pleno reestabelecimento e menos complexo será o tratamento”, finaliza o Dr. Peres.

Escute o Dr: https://youtu.be/qHmdvBBk564  

 

Hospital Albert Sabin - HAS
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Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI
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