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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Médico otorrino alerta para os cuidados com os ouvidos nas férias

 

Durante as férias de verão é comum que as pessoas, especialmente as crianças, aproveitem bastante a piscina e o mar. Porém, é preciso estar alerta, pois é nesse período que aumentam os casos de otite externa, também conhecida como otite de verão ou de nadadores. De acordo com o otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, do hospital Santa Casa de Mauá, a infecção ocorre no canal, que liga o ouvido ao tímpano (região mais superficial) e é causada por bactérias e fungos, em razão do acúmulo de água nos ouvidos.

Importante ressaltar que as otites também podem ser causadas por traumas, como o uso indevido de hastes flexíveis ou outros objetos, água contaminada, resfriados, alergias e inflamação da adenoide, órgão do sistema imune, que fica na parte de trás do nariz.

Além das crianças e nadadores, pessoas com doenças congênitas, sistema imunológico enfraquecido, histórico familiar, alergias respiratórias e exposição à baixa qualidade do ar são mais suscetíveis à otite. A patologia pode ser de três tipos, que variam de acordo com a região do ouvido afetada - externa, média ou interna, podendo ser crônica ou aguda.

Entre os sintomas, a dor local é a primeira a se manifestar e pode vir acompanhada de febre, líquido espesso e amarelado, perda de apetite, vômitos e dor de cabeça. “Os bebês e crianças pequenas sofrem mais com a dor, pois não conseguem se expressar”, observa Brunelli.

O diagnóstico é feito por exame clínico, histórico de saúde e, se for necessário, um exame auditivo. Normalmente, a doença persiste de sete a 10 dias e para aliviar a dor no ouvido, o especialista prescreverá analgésicos e anti-inflamatórios ou antibióticos, dependendo da causa, os quais devem ser utilizados rigorosamente de acordo com a prescrição médica. Caso a otite seja recorrente - três ou mais em um período de seis meses – o ideal é buscar um tratamento preventivo.

De acordo com o especialista, as otites não tratadas podem trazer complicações como fluídos persistentes no ouvido médio, infecções constantes, problemas de audição, dentre outros problemas.

Alguns cuidados ajudam a evitar a otite, como: não mergulhar em águas sujas que possam estar contaminadas; evitar o uso de hastes flexíveis, principalmente depois da água. Nesse caso, o ideal é enxugar o ouvido com toalha limpa e seca. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/

 

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