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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Doenças ginecológicas aumentam no verão

        É candidíase, vaginose bacteriana ou infecção urinária? 

Ginecologista alerta: a automedicação para qualquer coceira, ardor ou corrimento da região íntima pode piorar o problema, já que doenças diferentes têm sintomas muito parecidos, mas exigem categorias de medicamentos totalmente distintas para tratamento eficiente  

 

O verão chegou e, com ele, aumentam as reclamações pelas doenças ginecológicas típicas dessa época: candidíase e vaginose bacteriana. Não é que essas patologias apareçam apenas nesta época do ano, mas com o aumento do calor, a área íntima da mulher fica mais quente, abafada, e os patógenos que habitam naturalmente sua flora vaginal encontram um ambiente mais propício para se multiplicarem.

Segundo a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, membro do corpo clínico do hospital Albert Einstein, se a imunidade está baixa, pode ser que o fungo Cândida albicans (bactéria causadora da candidíase) ou a bactéria Gardnerella (fungo responsável pela vaginose bacteriana) causem infecções bem incômodas neste verão. “A candidíase traz sintomas como coceira, ardência e um corrimento parecido com leite coalhado (que pode ter mais ou menos volume e cores, como branco, amarelado ou até verde, mas não tem cheiro). Já a Gardnerella que pode ser vaginalis ou mobiluncos, tem cheiro forte, corrimento branco-acinzentado, pequenas bolhas na vagina e causa dor na relação sexual”, explica a ginecologista.

Apesar de a descrição dos sintomas parecer diferente, na prática, é difícil para a paciente identificar se está com candidíase ou gardnerella. Por isso, é importante que ela procure imediatamente um ginecologista, aos primeiros sintomas.

 

É candidíase, vaginose bacteriana ou infecção urinária? 

Além da candidíase e da vaginose bacteriana, é comum que as mulheres confundam os sintomas das doenças íntimas com os sintomas com infecção urinária. “A candidíase pode causar um desconforto vaginal e dor na hora de urinar. Mas é uma ardência quando começamos a fazer xixi – e a mulher pode achar que está com infecção urinária. Já a dor da infecção urinária é sentida quando estamos terminando de urinar – e essa confusão pode fazer com que as mulheres busquem a automedicação”, diz a médica.

Segundo ela, aí está um grande erro. “A candidíase precisa de tratamento para bactéria; a vaginose, para fungo. A infecção urinária, por sua vez, pode ser causada por alguns tipos de bactérias – e nenhum deles é o mesmo da candidíase. Então, quando a mulher se automedica, ela pode estar ingerindo o medicamento errado, que não fará efeito para a doença que tem e, além disso, deixará o organismo mais resistente”, alerta.

O que a médica aconselha é a busca pelo consultório ginecológico aos primeiros sintomas de um problema. “Todas as doenças citadas precisarão de intervenção médica e, quanto mais rápida ela acontecer, mais rápido também os sintomas desaparecerão. Não se deve esperar – lembrando que a candidíase e a vaginose bacteriana são transmissíveis. Portanto, é preciso se cuidar imediatamente!”, finaliza Dra. Mariana Rosario. 

 

Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.

 

Dezembro Vermelho: 5 pessoas são infectadas pelo HIV por hora no Brasil

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas sobre a doença

Freepik


Campanha destaca a prevenção da Aids, que matou 13 mil pessoas no País em 2021. Especialista alerta sobre a doença, que cresce entre jovens

 

No Brasil, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV a cada hora em 2021. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo do ano passado foram 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com a doença. No mundo, são 38 milhões de pessoas com o vírus. Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da Aids no planeta, 13 mil deles no Brasil.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas para o tratamento precoce da síndrome da imunodeficiência adquirida e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A infectologista Lissa Rodrigues, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da campanha. “É um momento de conscientização da luta contra o HIV, que precisa ser lembrado e falado o ano inteiro”.

Segundo o Ministério da Saúde, dos casos registrados entre 2007 e junho de 2021, 52,9% foram entre jovens de 20 a 34 anos. E entre 2010 e 2020 houve tendência de aumento de detecção de Aids entre jovens nas faixas de 15 a 29 anos e de 20 a 24 anos. A médica acredita que o fato se deve ao controle da doença. “No início da pandemia de HIV, ter o diagnóstico era uma sentença de morte, o que não acontece hoje em dia. Vejo como problema também a falta de diálogo sobre o tema, que ainda é tratado com muito preconceito. Apesar de atualmente a informação chegar de forma muito mais fácil, o que percebo na prática é total falta de conhecimento sobre o HIV e as outras ISTs”.


Tratamento

Lissa Rodrigues explica que o tratamento segue sendo um coquetel de medicamentos, mas com uma quantidade bem menor que antes. “Hoje em dia o tratamento padrão inicial consiste em dois comprimidos ao dia, com poucos ou nenhum efeito colateral”. Contudo, ela ressalta que a falta de cuidados das pessoas não pode recair sobre essa evolução dos remédios, que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“De maneira nenhuma podemos colocar o tratamento como lado negativo para essa crença, pois a doença ainda é perigosa se não for realizado tratamento adequado. O que aconteceu foi uma mudança comportamental ao longo dos tempos por vários fatores, não só pelo tratamento eficaz”, conta Lissa, que alerta que a melhor forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é o uso de preservativo nas relações sexuais. 


Diferença entre HIV e Aids

A infectologista lembra também que nem todos que possuem o vírus HIV estão com a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, tradução da sigla Aids. “A pessoa pode ter apenas o vírus no organismo, mas sem ter desenvolvido a doença. O vírus entra dentro do corpo e com o tempo vai consumindo nossas células de defesa até que chegue num nível em que não conseguimos nos proteger contra as outras infecções. Somente neste momento é que dizemos que ela está imunossuprimida, ou seja, com Aids”.

Nos últimos anos, a campanha Dezembro Vermelho também passou a ressaltar a prevenção das ISTs causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assim como o HIV, elas têm como principal forma de contágio as relações sexuais sem o uso de preservativos. “Muitas vezes, as outras ISTs são diagnosticadas junto com o HIV, e as mais comuns são sífilis, hepatites virais, gonorreia e herpes genital”, informa Lissa Rodrigues.

 

Dezembro Vermelho: Especialista do CEUB defende a prevenção e o diagnóstico precoce do HIV

Ginecologista Nícolas Cayres esclarece dúvidas e detalha sobre a Proflilaxia Pré-Exposição

 

A prevalência de pessoas que vivem com o vírus HIV no Brasil dobrou nos últimos 20 anos. Em 2002, 400 mil adultos e crianças viviam com HIV no Brasil – atualmente, esse número chega a 960 mil. A estimativa é do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids), sendo a maior concentração da doença entre os jovens, de 25 a 39 anos. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% no sexo masculino e 48,4% entre as mulheres. Os números mostram a importância da campanha nacional “Dezembro Vermelho”, que alerta para a prevenção, a assistência, a proteção aos direitos humanos das pessoas portadoras de HIV.

Para o professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB) e ginecologista Nícolas Cayres, o HIV no Brasil e no mundo ainda é considerado uma epidemia. Ele explica que com o aumento das campanhas reforçando a prevenção, a incidência da AIDS tem diminuído. “O objetivo do Dezembro Vermelho é conscientizar a população sobre sinais e sintomas de HIV e AIDS. A campanha também mobiliza quem está em grupos de risco a realizar o exame. Através do diagnóstico precoce do HIV, conseguimos evitar que a AIDS aconteça”, considera.

Se o paciente descobre que tem HIV, ele deve procurar um infectologista imediatamente, seja no SUS (Sistema Único de Saúde) ou em uma clínica privada para começar o esquema de tratamento retroviral. “No Brasil, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para pacientes com o HIV. A partir do HIV controlado, os casos de AIDS são muito menores e os pacientes podem ter uma excelente qualidade de vida”, afirma o ginecologista.

O especialista alerta para o mais importante: se o indivíduo tem uma vida sexual exposta a riscos, com o hábito de ter relações sexuais sem preservativo, o teste de HIV é fundamental para um diagnóstico precoce do vírus. “O uso do preservativo é indispensável no quesito prevenção de infecções sexualmente transmissível”, frisa.

Cayres alerta as pessoas que podem vir a se expor a situações de risco, que devem usar a medicação antirretroviral Pré-Exposição (PreP/HIV) de modo preventivo. Nesse sentido, se ele for exposto, não vai contrair o vírus. Tais medicações são oferecidas gratuitamente em alguns hospitais públicos. A Profilaxia Pré-Exposição (PreP/HIV) consiste na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus. Profissionais do sexo e pessoas com o histórico de múltiplos parceiros com o uso irregular de preservativos possuem prioridade para iniciar o tratamento pelo SUS. “O uso de preservativos, exames periódicos e a Profilaxia Pré-exposição são as principais medidas para o paciente se prevenir do vírus”, alerta o professor.

 

 

Temporada de Verão l Pessoas com estomia podem ir à praia e piscina?

Profissional da saúde tira essa e outras dúvidas sobre os cuidados na estação mais quente do ano

 

Com o Verão chegando e as temperaturas aumentando, pessoas com estomia ou que convivem com esse público podem ter a seguinte dúvida: é possível aproveitar todos os atrativos que a estação oferece? De acordo com a enfermeira da Missner, Elaine Pedroza, a resposta é simples: sim. “A estação não interfere no funcionamento intestinal. O que pode estar relacionado é o estilo de vida da pessoa que afeta no físico e no emocional”, destaca. Entretanto, assim como qualquer particularidade relacionada à saúde, alguns cuidados são necessários.

Mas aqui já vai um spoiler: piscina e praia estão liberados. Então, confira algumas orientações bem importantes para aproveitar o Verão, e tudo de bom que ele pode oferecer, da melhor forma possível e sem preocupações. 

A alimentação é a base de tudo: no Verão, as pessoas com estomia devem aumentar a ingestão de líquidos regulares como água, água de coco, chás, sucos naturais (de preferência sem açúcar), caldos e sempre optar por alimentos leves e saudáveis. Evitar o consumo de bebidas gaseificadas, alimentos gordurosos e formadores de gases. E um alerta muito importante: tente ficar longe de alimentos processados fora de casa, pois o risco de intoxicação alimentar pode ser grande, principalmente em dias quentes. 

Esteja atento à transpiração: com a sensação térmica nas alturas, é comum que a gente passe a transpirar mais. Neste caso, pessoas com estomia devem se atentar às condições da pele no local em contato com o equipamento coletor, como: concentração de umidade, coceira, vazamento e dermatite (assadura). Uma boa solução é considerar o uso de produtos que ajudem a criar uma película protetora flexível. Há no mercado opções em spray e transparentes, a exemplo do Derma Protect da Missner, que são práticas de aplicar e de carregar na bolsa, e evitam a concentração da umidade e das enzimas digestórias sobre a pele em risco, mantendo a sua integridade e minimizando possíveis complicações. 

Piscina e praia sem medo: está quente e tudo o que você mais quer é se refrescar e aproveitar ao lado da família e amigos. A notícia é boa: está liberado curtir uma praia ou piscina. Os cuidados são simples e fazem parte da rotina da pessoa com estomia. É aconselhável no dia do banho usar o equipamento coletor com bolsa opaca, ingerir uma dieta leve, esvaziar a bolsa antes de entrar na água e evitar pular na piscina ou ser impactado pelas ondas diretamente no abdômen para não causar desconforto. Caso queira manter a bolsa junto ao abdômen, é indicado que as mulheres utilizem um biquíni sunquíni ou maiô e os homens sunga boxer ou bermuda. Também é essencial fazer uma moldura com fitas adesivas resistentes e, depois, observar as condições da base adesiva e a necessidade de substituir para evitar vazamento. Neste caso, a película protetora também pode ser uma grande aliada. Aplique em toda região periestomal e pele adjacente para impedir a concentração de umidade.

 

Missner
Rod. BR-470, Km 54,6, 2870 - Salto Norte
Blumenau (SC)

 

3 disfunções hormonais que se associam à depressão na mulher

 

A disfunção tireoidiana está relacionada a um terço de todas as depressões nas mulheres

 

Segundo a última edição da Pesquisa Vigitel, conduzida pelo Ministério da Saúde, 11,3% dos brasileiros têm diagnóstico de depressão, percentual que sobe para 14% em pessoas do sexo feminino e cai para 7% entre as do sexo masculino. Além de fatores genéticos, hereditários, químicos e ambientais, as alterações hormonais também estão associadas à depressão na mulher. 

Um estudo publicado pelo Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou a relação entre os fatores de risco para a depressão e os desajustes hormonais e metabólicos, que atuam diretamente na modulação do humor feminino. 

A pesquisa comprovou que quando os níveis hormonais estão em desequilíbrio, há uma disfunção estrutural nas reações fisiológicas, desencadeando sintomas típicos da depressão, como mudanças de humor, fadiga, distúrbios do sono, baixa libido, falta de motivação, entre outros. 

“O grande problema é que nem sempre os níveis hormonais da mulher passam por avaliações. O médico receita psicofármacos sem considerar que estes sintomas também podem ser decorrentes de disfunções hormonais. Ou seja, as medicações podem atenuar o quadro depressivo, mas o tratamento será comprometido, caso a raiz do problema seja hormonal”, afirma a psiquiatra Danielle H. Admoni, preceptora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Quais alterações hormonais comprometem a saúde mental

O sistema endócrino é formado por glândulas que produzem e secretam hormônios, substâncias químicas responsáveis por regular diversos processos no organismo, que vão desde a fome até a libido. 

“O problema é quando há desregulação na produção dos hormônios, a exemplo do envelhecimento ou da menopausa, fases em que o corpo passa a produzir menos hormônios”, afirma Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e coordenadora e professora da pós-graduação em Endocrinologia do Instituto Superior de Medicina (ISMD). 

Das centenas de hormônios que o corpo produz, confira aqueles que podem causar sintomas de transtornos depressivos quando estão desequilibrados:

 

Tireoide

A tireoide é uma glândula situada na parte anterior de nosso pescoço, responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Além de controlar o metabolismo, produz uma série de neurotransmissores, como dopamina, serotonina e GABA (ácido gama-aminobutírico), todos envolvidos na regulação do humor. A disfunção tireoidiana faz com que a glândula produza menos hormônio (hipotireoidismo) ou mais hormônio (hipertireoidismo).  

No caso do hipotireoidismo, a baixa produção hormonal gera sintomas como cansaço, sonolência, ganho de peso e falta de ânimo. Já o aumento da produção dos hormônios no hipertireoidismo causa aceleração dos batimentos cardíacos, perda de peso, ansiedade e insônia. “Nas duas condições, há também quadros de irritabilidade, mudanças repentinas de humor e fadiga crônica”, diz Claudia Chang. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a disfunção tireoidiana está diretamente ligada a um terço de todas as depressões, sendo o hipotireoidismo a causa mais comum da doença, atingindo cerca de 50% das mulheres.

 

Estrogênio/Estradiol

Também chamado de estrógeno, o estrogênio é secretado principalmente nos ovários, mas também é produzido em outras partes do corpo, como nas glândulas adrenais. Já o estradiol é produzido nas células dos tecidos ovarianos por ação de outro hormônio, o folículo estimulante (FSH). O estradiol é a principal forma de estrogênio presente nos anos reprodutivos da mulher. 

Segundo um estudo publicado na revista Menopause, da Sociedade da Menopausa da América do Norte (NAMS), estes hormônios reprodutivos desempenham um papel importante no risco de depressão entre as mulheres, principalmente na menopausa, quando os níveis hormonais diminuem. 

De acordo com a pesquisa publicada no periódico médico Menopause Review Przeglad Menopauzalny, cerca de 80% das mulheres sofrem com um ou vários sintomas da menopausa. Os fatores psicológicos e fisiológicos mais relacionados com a menopausa envolvem nervosismo, insônia, irritabilidade, alteração de humor, labilidade emocional, problemas de memória, ondas de calor, diminuição da libido e predisposição ao estresse. 

“Nesta fase, a queda da produção de estrogênio/estradiol gera uma sobrecarga fisiológica e emocional, favorecendo os quadros depressivos”, reforça Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO, especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, em Infertilidade pela FEBRASGO e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre. 

Além disso, segundo ele, quando a perimenopausa (fase com maiores alterações hormonais) se prolonga além do período normal, a vulnerabilidade da mulher aumenta, e o risco de desenvolver depressão é maior. Em mulheres que já tiveram depressão, o transtorno pode retornar.  

“Embora a reposição hormonal seja a melhor estratégia do ponto de vista farmacológico, nem todas as mulheres têm indicação ou podem fazer uso da reposição. Alguns aspectos precisam ser observados, como a via de administração hormonal, as doses e os tipos dos hormônios. Tudo isso tem influência nos riscos e na resposta ao tratamento”, aponta Carlos Moraes.

 

Cortisol

Conhecido como o hormônio do “estresse” ou da “luta ou fuga”, o cortisol é um esteroide produzido pelo córtex adrenal, dentro da glândula adrenal, localizada na parte superior dos rins. Sua liberação ocorre em resposta às situações de estresse e quando há baixa concentração de glicose no sangue. 

Segundo pesquisa da Faculdade de Farmácia da UniRV, em níveis normais, o cortisol é essencial para a sensação de bem-estar, tendo papel fundamental como regulador do sono. Mas, quando desequilibrado, o cortisol pode causar cansaço, fraqueza, dificuldades de raciocínio e aprendizagem, compulsões alimentares, diminuição da imunidade, além de sinalizar doenças como depressão. 

Outra pesquisa da USP mostra que em pacientes deprimidos o Hipotálamo Hipófise-Adrenal pode estar alterado, apresentando sua atividade aumentada ou diminuída. Ou seja, o eixo pode estar tanto em hiperatividade (níveis altos de cortisol) quanto em hipoatividade (níveis baixos de cortisol). 

“Normalmente, quem tem altas concentrações de cortisol apresenta quadros de transtornos depressivos. Já a hipoatividade pode desencadear tanto uma depressão moderada como crônica”, diz a psiquiatra Danielle Admoni. 

Segundo ela, entre as mulheres que já convivem com a depressão, o cortisol tende a atingir o pico no início da manhã e não diminui ao longo do dia. “Pelo contrário: novos picos podem ocorrer, e a disfunção de cortisol torna o corpo resistente aos seus efeitos positivos, agravando depressão, ansiedade e dificuldade de lidar com o estresse”.

 

Quais exames identificam a desordem hormonal

Por ter causas multifatoriais, a disfunção hormonal não costuma ser evidente. Daí a importância de fazer exames de sangue para saber o que está em desequilíbrio e qual o nível de descontrole para iniciar um protocolo de tratamento. 

Os exames indicados são as dosagens de: 

Hormônio Folículo Estimulante (FSH)

Hormônio Luteinizante (LH)

Hormônio tireoestimulante (TSH)

Estradiol (E2)

Prolactina

Hormônio paratireoidiano

T3 total e T4 livre

Cortisol 

“Quando se verifica os hormônios como parte de uma avaliação abrangente, é possível entender a associação com os sintomas de depressão e partir para um tratamento adequado ao seu diagnóstico”, finaliza Danielle Admoni. 

 

Entenda mais sobre a hiperidrose

O processo de suar (sudorese) é comum e natural para o corpo quando está calor, quando se pratica atividades físicas ou em outras ocasiões específicas, como momentos de tensão, raiva, nervosismo ou medo. Ele auxilia que o corpo mantenha a temperatura ideal.

No entanto, a sudorese é considerada excessiva nos casos em que ocorre mesmo que não haja nenhuma desses fatores. Isso acontece quando as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes. A hiperidrose é uma condição que faz com que a pessoa produza mais suor do que o comum, inclusive em momentos de repouso.

Ela pode surgir de diferentes causas, como aspectos emocionais, hereditários ou patologias, e pode afetar diferentes áreas do corpo (axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha).

A transpiração extrema pode causar embaraço e desconforto, além de gerar ansiedade. Ela interfere em diversos aspectos da vida de uma pessoa, como definição de profissão e de atividades recreativas, relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem.

Pessoas com hiperidrose costumam ter glândulas sudoríparas superativas. Quando o suor em excesso atinge mãos, pés e axilas, é caracterizado como hiperidrose primária ou focal. Esta impacta de 2% a 3% da população. Mesmo assim, menos de 40% dos pacientes com essa condição procuram ajuda e tratamento profissional.

Em grande parte dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que faz os médicos acreditarem tratar-se de um problema hereditário.

A sudorese que ocorre como resultado de outra condição médica é chamada de “hiperidrose secundária”. O suor pode ocorrer em todo o corpo ou em apenas uma área. 

Abaixo algumas das principais causas desta condição:

  • Acromegalia
  • Condições associadas à ansiedade
  • Câncer
  • Síndrome carcinoide
  • Determinados medicamentos e substâncias de abuso
  • Distúrbios de controle de glicose
  • Doença cardíaca
  • Hipertireoidismo
  • Doença pulmonar
  • Menopausa
  • Doença de Parkinson
  • Feocromocitoma
  • Lesão na medula espinhal
  • Derrame
  • Tuberculose ou outras infecções

 

O tratamento pode ser feito com cirurgia

Atualmente, há duas formas cirúrgicas de fazer o tratamento do suor excessivo: 

  • Liposucção: Remove o tecido subcutâneo, incluindo as glândulas sudoríparas. A sucção é realizada em até três sessões para obter resultados positivos. Essa forma de tratamento só é indicada quando outros métodos não obtiveram sucesso.  
  • Simpatectomia: Essa é uma cirurgia minimamente invasiva, feita por videoendoscopia e consiste na desnervação simpática. Esse método é indicado para quem está com hiperidrose em um estágio mais grave. 

 

A ansiedade pode ser um problema 

Os problemas psicológicos, muitas vezes, atingem também o físico. Quando identificada, a ansiedade pode ser tratada com psicólogos, psiquiatras e, em alguns casos, por medicamentos. 

Caso o suor excessivo seja resultado dessa condição, a pessoa terá uma melhora significativa do problema por meio do tratamento psicológico.

 

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka - CRM 112.497 - RQE. 38349 - Cirurgião plástico, Concursado pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, trabalha como médico concursado do Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo (IMESC), tem títulos de especialista e de membro-titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e diretor do DEPRO da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


O que fazer para evitar a famosa ressaca durante os jogos da Copa


 Crédito: Divulgação- Freepik
Especialistas dão algumas dicas para prevenir e lidar com o mal-estar no período de festas e confraternizações durante os jogos




Com a chegada das datas comemorativas e festividades, os vinhos, champanhes, coquetéis especiais e outros drinques também chegam junto. Em geral, as festas são marcadas por boas comidas e bebidas alcoólicas e, em 2022, além das festas de fim de ano e confraternizações, a Copa do Mundo faz parte do calendário de celebrações. Desse modo, é preciso ter um pouco mais de atenção para não exagerar no consumo do álcool durante os próximos dias.


De acordo com o nutricionista da Science Play, plataforma de divulgação de conteúdos voltados para o universo da saúde, Pedro Perim, nos meses de novembro e dezembro muitos pacientes se preocupam com os exageros de fim de ano. E com a Copa não seria diferente, aquele momento de torcer pelo hexa chegou mais uma vez e o consumo de álcool só aumenta. Segundo ele, existem algumas estratégias simples para não passar sufoco no dia seguinte.

“Alternar a cerveja com algum tipo de cerveja sem álcool, escolher misturas comuns para drinques, como por exemplo, água tônica e energético sem açúcar. E claro, manter o máximo possível a ingestão de água para que não ocorra a desidratação, que é um dos principais efeitos do álcool no organismo”, diz o nutricionista.

Mas, para aquelas pessoas que não conseguiram diminuir a dose e têm que lidar com a indisposição, Pedro explica que é normal ter efeitos da ingestão de álcool principalmente na questão cerebral, causado pela desidratação e que é muito comum ter lapsos de memória, perda da velocidade de reação e até mesmo dores de cabeça.

“A principal dica é: não se desespere e não faça nenhuma ação radical. Tomar alguma atitude radical pode ser mais um estímulo de estresse para o corpo. Invista nas opções de hidratação como água e sucos, além de alimentos ricos em vitaminas, como o melão, melancia, laranja e uva, por exemplo. Alguns chás também podem ter efeito de proteção e ser benéfico nesse cenário”, destaca o especialista.


Cuide-se : corpo e mente!

De acordo com a clínica médica do Hospital Anchieta de Brasília, Patrícia Maira, a ressaca pode ocorrer entre 6 e 8 horas e pode durar até 24 horas após a ingestão do álcool. A especialista explica que isso ocorre porque o álcool é um elemento tóxico processado pelo fígado e que existe uma certa quantidade para que seja metabolizado e em casos de quantidades maiores ocorre o acúmulo de substâncias tóxicas, provocando a ressaca.

Dor de cabeça, dor nos olhos, enjoo, mal-estar generalizado, dor no corpo e estômago são alguns dos sintomas, além dos sinais de desidratação, falta de apetite, tremores, suor e muito sono. Muitas pessoas acreditam que o medicamento é a melhor alternativa para uma cura rápida e eficaz. Mas Patrícia conta que existem algumas alternativas antes da medicação e que não é qualquer um que pode ser tomado, pois há fórmulas que podem causar um efeito reverso.

“O ideal para ser feito no outro dia, quando já está com sintomas de ressaca, é ficar em repouso, tomar muita água, ter uma alimentação mais leve. Além disso, dependendo dos sintomas, pode-se tomar um remédio para enjôo ou para dor, mas é importante evitar o uso de anti-inflamatórios, porque esse tipo de medicamento pode irritar a mucosa do estômago e piorar os sintomas que já existem”, conclui a especialista.


Trend no Tik Tok de tapar a boca com fita para dormir: Prática segura ou prejudicial?




Recentemente, uma nova trend no Tik Tok de tapar a boca para dormir ganhou bastante visibilidade. A hashtag “Mouth Taping” soma, inclusive, mais de 30 milhões de visualizações. A trend recomenda o uso de uma fita na boca com o intuito de garantir que a respiração ocorra pelo nariz durante o sono.

Segundo os praticantes dessa nova “onda” das redes sociais, o objetivo é dormir respirando apenas pelo nariz para combater o envelhecimento e dormir melhor. Afirmam que fechar a boca com uma fita nos lábios, forçando uma respiração com o nariz ao dormir, resolve problemas de respiração. Entretanto, médicos consideram a ação perigosa, podendo transformar-se em um risco de vida.

Infelizmente, a fita na boca é uma maneira extrema de encorajar a respiração nasal que traz sérios riscos à saúde. “A atividade pode contribuir para problemas mais sérios, como doenças cardíacas, DPOC e derrame, principalmente se aplicado e você sofre de apneia do sono.” alerta o médico do esporte, otorrinolaringologista e com atualização em medicina integrativa Dr. Victor Lamônica.

A apneia obstrutiva do sono, que é o colapso total ou parcial das vias respiratórias, é uma das perturbações do sono mais comuns e perigosas. Segundo um estudo publicado em 2019 na revista Lancet Respiratory Medicine, acredita-se que mais de mil milhões de pessoas com idades compreendidas entre os 30 e os 69 anos têm esta doença. E, segundo os especialistas, existem milhões de pessoas que ainda não foram diagnosticadas.

“Imagine que você tem uma obstrução na cavidade nasal devido a alergias ou está congestionado e, além disso, você prende a boca, pode ser problemático porque você não está recebendo ar suficiente do nariz ou da cavidade oral. Pode resultar em uma pessoa não recebendo oxigênio suficiente à noite.” esclarece o médico Victor Lamônica.



A respiração pela boca está frequentemente ligada a alergias, constipações e congestão nasal crónica. Um septo desviado, que é a cartilagem que separa as narinas, também pode ser uma causa - um septo torto pode bloquear as vias respiratórias.

Para uma boa noite de sono é preciso deixar as vias aéreas respiratórias superiores livres e isso inclui o nariz e a boca. Tampar a boca com fita adesiva, além de não ter nenhum efeito positivo, ainda pode ser prejudicial.


O que mais deve-se considerar para ter uma boa noite de sono?

Evitar dormir de barriga cheia, ainda mais em se tratando de carnes e gordura. Evitar uso de bebida alcoólica, pois isso relaxa a musculatura e piora as chances de roncar.

A obesidade é um dos principais fatores que influenciam no nosso sono. E as alterações anatômicas como retrognatia (queixo para trás), desvio de septo, hipertrofia de cornetos nasais ou adenoide (carne esponjosa), rinite alérgica. Disfunções ou hipotonia do músculo da língua, estresse, ansiedade, uso de celular antes de dormir e sedentarismo.

Estas questões devem ser abordadas e avaliadas antes de decidir tapar a boca com fita. Nada comprova que fechar a sua boca à força durante a noite o vá ajudar a dormir melhor.

“Todas estas questões médicas subjacentes podem ser tratadas numa consulta com um otorrinolaringologista ou um especialista em sono que pode criar um plano de tratamento personalizado.” finaliza o Dr. Victor Lamônica.

  

Dr. Victor Lamônica -  Residência em Otorrinolaringologia no Hospital Cema em São Paulo, e Fellow em Otologia na Usp Bauru. - Pós Graduações: Medicina Integrativa Dr. Italo Rachid. - Prática em Ortomolecular Dr. Carlos Jaldin. - Medicina Esporte Instituto Pacileo. - Cursos em Ozonioterapia, Hipnose, Protocolos Injetaveis, Implantes Hormonais, Obesidade e Metabolismo, Nutrição Esportiva. - Palestrante no Congresso da Fundação Otorrinolaringologia, nos temas de Medicina Integrativa e as contribuições a Otorrinolaringologia.


Muito além do vírus: pessoas com HIV estão vivendo com mais qualidade de vida, mas ainda têm riscos elevados de desenvolverem outras doenças crônicas

 

  • Cerca de 960 mil pessoas vivem com HIV hoje no país. Indivíduos 50+ representam cerca de 33% dessa população.
  • HIV além do vírus: Com o envelhecimento dessa população, o olhar integral para o indivíduo é fundamental. Doenças renais e cardiovasculares são algumas das comorbidades que mais acometem essas pessoas

Quatro décadas já se passaram desde a identificação dos primeiros casos de infecção pelo HIV no Brasil. De lá para cá, grandes conquistas aconteceram. Podemos citar dois marcos que foram importantes no Brasil, hoje um dos países referência no enfrentamento do vírus: a introdução da terapia antirretroviral com distribuição gratuita pelo SUS, e o acesso aos serviços de saúde especializados para prevenção e diagnóstico. Esses marcos trouxeram benefícios para a saúde das pessoas que vivem com o vírus, permitido que elas retomem e concretizem seus projetos de vida. A partir daí, foi possível observar uma menor incidência de outras infecções e a queda de mortalidade, o que possibilitou o envelhecimento dessa população. 

Doença crônica como a hipertensão e o diabetes, a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) pode ser controlada desde que o paciente siga o tratamento indicado e acompanhe a progressão da doença com frequência. Segundo o último Relatório de Monitoramento Clínico do HIV[1], estima-se que ao final de 2021 havia aproximadamente 960 mil pessoas vivendo com HIV no país, das quais 89% estavam diagnosticadas e 82% faziam o tratamento com antirretrovirais (TARV). Das pessoas em tratamento há pelo menos 6 meses, 95% atingiram supressão viral (CV inferior a 1.000 cópias/mL) e 90% estão com vírus intransmissível (CV inferior a 50 cópias/mL). 

O Brasil está dentro da meta global do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre /AIDS (UNAIDS) no critério supressão viral (CV inferior a 1.000 cópias/mL), que é de 95%. Esses números mostram a importância da adesão e da continuidade do tratamento.

 

Envelhecimento da população com HIV

Tivemos um aumento significativo da população 50+ nas últimas décadas em todo o mundo. Dados divulgados pela UNIAIDS mostram que de 1995 a 2015 a prevalência global de HIV entre indivíduos dessa faixa etária mais que dobrou: das 36,7 milhões de pessoas com HIV em todo o mundo em 2015, 5,8 milhões (15,8%) tinham 50+. Ainda em relação a faixa etária, dados do Relatório de Monitoramento Clínico do HIV de 2021 do Ministério da Saúde mostram que, do total de pessoas vivendo com HIV no Brasil, a população 50+ representava 33% (cerca de 256 mil). Dessas, 90% estavam em TARV e 82% das que estavam em tratamento haviam atingido supressão viral. 

“Hoje, a expectativa de vida das pessoas com HIV é praticamente igual a das pessoas que não vivem com o vírus. A população 50+ é uma das que mais adere aos programas de saúde e ao tratamento com antirretrovirais”, afirma o infectologista, Dr. Álvaro Furtado, médico assistente do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da HC-FMUSP e integrante da equipe do ambulatório de HIV/AIDS do CRT/Santa Cruz da Secretária de Saúde de São Paulo. 

Mas mesmo com o aumento da qualidade de vida desse paciente, o envelhecimento também traz um maior risco de desenvolver comorbidades não transmissíveis associadas à idade, como hipertensão, infarto do miocárdio, doença arterial periférica e função renal. Dados de um estudo holandês mostram que em 2030, cerca de 84% dos pacientes terão 1 ou mais doença não relacionadas a aids, 28% terão 3 ou mais doenças e apenas 16% dos pacientes infectados pelo HIV não terão outras doenças. 

A situação pode ser agravada em pacientes com HIV que não fazem o acompanhamento médico corretamente, indo as consultas e fazendo os exames periódicos, seja para prevenir possíveis comorbidades, identificar o aparecimento de alguma outra doença, ou monitorar a ação do próprio vírus no organismo. Um exemplo é o exame de contagem de linfócitos CD4, que são células do sistema imunológico atacadas pelo HIV. Ele pode ajudar a adotar medidas preventivas para evitar infecções oportunistas e auxiliar o médico a orientar o tratamento. 

“É preciso seguir um contexto global de atenção à saúde. Os pacientes que aderem às consultas e aos exames periódicos, conseguem manter a imunidade em dia, além de evitar, ou tratar precocemente, outros problemas de saúde”, declara o especialista. Dr. Álvaro também alerta em relação a importância de adotar um estilo de vida saudável. “Dieta e exercícios físicos precisam fazer parte do dia a dia desse paciente”, finaliza.

 

Abordagem multidisciplinar

Os médicos e o próprio sistema de saúde precisam estar preparados para olhar integralmente para esse paciente, além de estimular a sua adesão ao tratamento. “Considerando o risco aumentado dessa população de desenvolver outras doenças, a abordagem multidisciplinar é fundamental e deve incluir também outros tipos de avaliações, como as metabólicas, pressão arterial, função renal, triagem para depressão, entre outras”, alerta Dr. Alexandre Naime Barbosa, médico infectologista e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

 

Estigma diante do HIV

O preconceito e a falta de acolhimento dentro e fora do sistema de saúde ainda estão muito presentes no dia a dia desse paciente. Manter segredo sobre o diagnóstico pode ter um impacto negativo na adesão ao tratamento. O contrário acontece quando o paciente consegue conversar sobre o assunto com pessoas de confiança da família ou entre seus amigos. “É preciso criar um ambiente social livre de discriminação para que o paciente se sinta bem e confiante para aderir ao tratamento e se preocupar com a sua qualidade de vida”, afirma Dr. Alexandre.

 

Sobre o HIV

HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, que pode causar a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). Diferente de outros vírus, ainda não há cura para o HIV, o que significa que o paciente terá que conviver com a infecção pelo resto da vida. No entanto, é possível controlar a doença por meio da terapia antirretroviral (ART) disponível gratuitamente, que prolonga a qualidade de vida e reduz as possibilidades de transmissão. 

O HIV pode ser propagado por meio de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) desprotegidas (sem camisinha) com uma pessoa já infectada pelo vírus, pelo compartilhamento de objetos cortantes contaminados, como alicates, seringas, agulhas, entre outros, e de mãe soropositiva, sem tratamento, para o filho durante a gestação, parto ou amamentação. 

Para mais informações sobre o vírus e a Campanha +Presente contra o HIV, CLIQUE AQUI.

 

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Referências:
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Saúde ocular na infância: qual a idade ideal para os pais levarem os filhos ao oftalmologista?

Até os 2 anos de idade é importante que as consultas médicas sejam realizadas a cada 6 meses. Após esse período é indicado que as crianças visitem o oftalmologista anualmente 

 

O período do final do ano, marcado pela chegada do verão e das férias escolares, costuma causar um aumento da preocupação dos pais com seus filhos pequenos, que tendem a passar mais tempo entretidos com atividades dentro e fora de casa. É nesta época que muitos adultos aproveitam para resolver pendências e realizar os importantes check-ups de saúde nas crianças. O bem-estar visual também entra nessa equação, mas é muitas vezes esquecido pelos pais. 

É importante que o acompanhamento oftalmológico seja realizado desde o nascimento do bebê. “Nas primeiras horas de vida, o recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho, exame que avalia o reflexo da luz no fundo do olho da criança e pode apontar doenças como catarata e câncer. Até os 2 anos de idade é importante que as consultas médicas sejam realizadas a cada 6 meses, já que é nesta fase que os olhos se desenvolvem melhor. Após esse período é indicado que as crianças visitem o oftalmologista anualmente”, afirma Kleyton Barella, médico oftalmologista do Instituto Penido Burnier e especialista em catarata, glaucoma e cirurgia refrativa.

Diferentes estudos apontam que os índices de miopia, por exemplo, que é uma das disfunções visuais mais comuns em todo o mundo e caracteriza-se pela dificuldade na focalização de imagens a longa distância, tem crescido a cada ano, sobretudo entre a população de crianças e jovens, graças ao uso desenfreado de aparelhos eletrônicos. Segundo uma pesquisa publicada em 2021 pela revista científica The Lancet, o contato com as telas durante o período de pandemia fez com que a miopia progredisse cerca de 40% entre os jovens de 5 a 18 anos. 

Outros estudos, como um levantamento recente publicado pelo jornal Ophthalmology, também indicam que crianças míopes possuem maior tendência a doenças como ansiedade e depressão do que aquelas que não possuem problemas de visão. “Mesmo que apresente alguma disfunção visual, é comum que a criança não consiga perceber sozinha a necessidade de visitar um oftalmologista. Por isso, é imprescindível que os pais fiquem atentos a qualquer sintoma de incômodo ocular e a atitudes como aproximar demais os objetos do rosto ou franzir a testa para tentar enxergar algo a média e longa distância”, ressalta Barella.   

Além disso, independentemente da idade, os pais e responsáveis devem ficar sempre atentos ao comportamento e às queixas dos pequenos. “Os sintomas mais comuns de que algo pode estar errado com o sistema ocular dos mais novos são: lacrimejamento em excesso, presença de secreções anormais nos olhos, vermelhidão, coceira, inflamação, dores de cabeça constantes, alta sensibilidade à luz, entre outros”, complementa Kleyton Barella. 


Escolhendo as lentes certas para crianças

Para os casos em que a disfunção visual dos jovens pacientes possa ser solucionada a partir da prescrição de um óculos de grau, é importante escolher lentes que irão proporcionar a correção adequada, a proteção necessária e que sejam resistentes ao dia a dia infantil. “Optar por materiais mais resistentes e leves vão garantir uma vida útil maior aos óculos e proporcionar mais tranquilidade aos pais. Materiais como o policarbonato, por exemplo, são 10 vezes mais resistentes e 30% mais finos e leves que as lentes de acrílico, as mais comuns no mercado.” alerta Makoto Ikegame, cofundador da Lenscope.

A Lenscope, healthtech que criou uma jornada 100% digital na aquisição de lentes para óculos em um processo simples, eficiente e funcional, oferece lentes de alta qualidade, que podem ser usadas por pacientes de todas as idades e que atendem a todos os tipos de ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia). Além disso, elas têm tratamentos inclusos em todos os casos, como: antirrisco, antirreflexo, proteção UVA e UVB, além de tratamento hidrofóbico e oleofóbico contra sujeira e tratamento contra microfissuras.


Protegendo a visão por meio de óculos com filtros UV

As crianças sem histórico de doenças visuais também não devem ser ignoradas pelos responsáveis, já que fatores externos, como a radiação UV emitida pelo sol, podem causar sérios danos para a saúde dos olhos, como catarata, fotoconjuntivite, fotoqueratite e degeneração macular. “Desta forma, a melhor maneira de proteger a visão dos efeitos nocivos da luz solar é por meio do uso de óculos com filtros UV, que impedem que os raios ultravioleta atinjam os olhos”, complementa Makoto Ikegame.  

Atualmente, é possível encontrar diferentes opções de óculos bloqueadores no varejo óptico. “A saúde ocular não pode ser deixada de lado, sobretudo para as crianças, que por conta da idade e do pouco desenvolvimento do corpo, correm ainda mais riscos de sofrerem danos visuais. Por isso, é importante que o consumidor exija os tratamentos para lentes de marcas confiáveis e de boa procedência”, finaliza Ikegame. 

  

Lenscope

 

Pernas cansadas e inchadas? Veja como a Drenagem Linfática resolver esse problema

A drenagem linfática é um método de massagem que foi desenvolvido por Emil Vodder e sua esposa, em Paris, no ano de 1932. Essa massagem foi desenvolvida com o intuito de tratar afecções crônicas das vias respiratórias superiores, mas é atualmente empregada na estimulação da circulação linfática, principalmente em pessoas que sofrem com retenção de líquidos.

Tem como objetivo aumentar o volume e a velocidade da linfa a ser transportada pelos vasos e ductos linfáticos, por meio de manobras que imitem o bombeamento fisiológico. Ela é muito útil para melhorar o aspecto da pele, reduzir celulites e edemas. Além disso, também pode auxiliar no tratamento de doenças linfáticas, como a linfedema.

Mulheres que chegam em casa cansadas, com as pernas inchadas, aquele mal-estar nos pés e nas pernas, qual o melhor tratamento para isso? É a drenagem linfática! A médica Dra. Kelly Pico explica que esse tipo de massagem é especialmente indicado para mulheres que sofrem com esses problemas, pois ajuda a estimular a circulação sanguínea e linfática e alivia a sensação de peso nas pernas. Além disso, também contribui para a eliminação de toxinas do organismo.

A drenagem linfática melhora a circulação e o retorno venoso, diminuindo aquele inchaço nas pernas que nos causa tanto desconforto. Além disso, apresenta resultados maravilhosos reduzindo celulites, pois diminui o processo inflamatório. “A massagem linfática é uma técnica muito eficaz para aliviar o corpo de toxinas, estimular a produção de colágeno e até mesmo combater a gordura localizada.” informa a Dra. Kelly.

Dessa forma, a drenagem linfática possui muito benefícios não só de massagem, e se associada a Cromoterapia a resposta é muito efetiva.


O que é a Cromoterapia?

Na estética, a luz colorida é aplicada como emoliente e cicatrizante, onde após ser realizados procedimentos com produtos específicos para cada situação. Para cada procedimento é utilizada uma cor apropriada para a absorção no organismo e restaurar as células debilitadas. Vale lembrar que é uma prática complementar e que não substitui o tratamento.


Como é feita a massagem de drenagem linfática?

A drenagem linfática pode ser feita manualmente ou através de aparelhos. Como os gânglios linfáticos se localizam sob a pele e acima dos músculos, a massagem deve ser feita com movimentos de pressão leve, rítmicos, suaves, lentos, relaxantes e precisos, com os dedos ou s mãos, dependendo da parte do corpo.

O procedimento melhora também a circulação em geral, relaxa o corpo e pode atuar discretamente no combate a gordura localizada - uma vez que a massagem aumenta o metabolismo do local.

Por isso, quando há uma melhora da circulação da linfa, há também uma maior oxigenação dos tecidos do corpo, o que melhora o aspecto da celulite e gordura localizada. Além disso, a massagem linfática pode auxiliar na perda de peso, pois promove a lipólise, que é a decomposição das moléculas de gordura.

“Mas não se iluda, a drenagem linfática não emagrece por si só! Ela vai ajudar a reduzir medidas por acabar com o inchaço e eliminar toxinas do corpo. Mas para obter resultados mais efetivos será necessário abordar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada e prática de exercícios físicos e acrescentar a drenagem linfática como um complemento.” finaliza a Dra. Kelly Pico.

 

Dra. Kelly Pico: CRM - 97978 - formada pela Faculdade de Medicina ABC . Pós graduação em Medicina Estética e Medicina Preventiva


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