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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Entenda mais sobre a hiperidrose

O processo de suar (sudorese) é comum e natural para o corpo quando está calor, quando se pratica atividades físicas ou em outras ocasiões específicas, como momentos de tensão, raiva, nervosismo ou medo. Ele auxilia que o corpo mantenha a temperatura ideal.

No entanto, a sudorese é considerada excessiva nos casos em que ocorre mesmo que não haja nenhuma desses fatores. Isso acontece quando as glândulas sudoríparas dos pacientes são hiperfuncionantes. A hiperidrose é uma condição que faz com que a pessoa produza mais suor do que o comum, inclusive em momentos de repouso.

Ela pode surgir de diferentes causas, como aspectos emocionais, hereditários ou patologias, e pode afetar diferentes áreas do corpo (axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça, plantas dos pés e virilha).

A transpiração extrema pode causar embaraço e desconforto, além de gerar ansiedade. Ela interfere em diversos aspectos da vida de uma pessoa, como definição de profissão e de atividades recreativas, relacionamentos, bem-estar emocional e autoimagem.

Pessoas com hiperidrose costumam ter glândulas sudoríparas superativas. Quando o suor em excesso atinge mãos, pés e axilas, é caracterizado como hiperidrose primária ou focal. Esta impacta de 2% a 3% da população. Mesmo assim, menos de 40% dos pacientes com essa condição procuram ajuda e tratamento profissional.

Em grande parte dos casos de hiperidrose primária, nenhuma causa é encontrada, o que faz os médicos acreditarem tratar-se de um problema hereditário.

A sudorese que ocorre como resultado de outra condição médica é chamada de “hiperidrose secundária”. O suor pode ocorrer em todo o corpo ou em apenas uma área. 

Abaixo algumas das principais causas desta condição:

  • Acromegalia
  • Condições associadas à ansiedade
  • Câncer
  • Síndrome carcinoide
  • Determinados medicamentos e substâncias de abuso
  • Distúrbios de controle de glicose
  • Doença cardíaca
  • Hipertireoidismo
  • Doença pulmonar
  • Menopausa
  • Doença de Parkinson
  • Feocromocitoma
  • Lesão na medula espinhal
  • Derrame
  • Tuberculose ou outras infecções

 

O tratamento pode ser feito com cirurgia

Atualmente, há duas formas cirúrgicas de fazer o tratamento do suor excessivo: 

  • Liposucção: Remove o tecido subcutâneo, incluindo as glândulas sudoríparas. A sucção é realizada em até três sessões para obter resultados positivos. Essa forma de tratamento só é indicada quando outros métodos não obtiveram sucesso.  
  • Simpatectomia: Essa é uma cirurgia minimamente invasiva, feita por videoendoscopia e consiste na desnervação simpática. Esse método é indicado para quem está com hiperidrose em um estágio mais grave. 

 

A ansiedade pode ser um problema 

Os problemas psicológicos, muitas vezes, atingem também o físico. Quando identificada, a ansiedade pode ser tratada com psicólogos, psiquiatras e, em alguns casos, por medicamentos. 

Caso o suor excessivo seja resultado dessa condição, a pessoa terá uma melhora significativa do problema por meio do tratamento psicológico.

 

Fonte: Dr. Alexandre Kataoka - CRM 112.497 - RQE. 38349 - Cirurgião plástico, Concursado pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, trabalha como médico concursado do Instituto de Medicina Social e Criminologia do Estado de São Paulo (IMESC), tem títulos de especialista e de membro-titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e diretor do DEPRO da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


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