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sábado, 7 de maio de 2022

3 receitas incríveis com Atum

 Selecionamos três receitas que são sucesso nos restaurantes: Ícone Asiático, Me Vá e Nonna Rosa, confira:


ÍCONE ASIÁTICO

                        Receita de Atum Tropical do chef Roberto Satoru

 

 Ingredientes:

- 120g de filé de atum cortado em sashimi

- 2 colheres (sopa) de cebola roxa em tiras

- 1 colher (café) de pimenta dedo de moça em tiras

- 1 colher (chá) de cebolinha picada

- 3 fatias de caju cortado em sashimi

- suco de 1 limão

- 1 phisalys

- sal e azeite o quanto baste

- Molho Sú a gosto

 

INGREDIENTES MOLHO SÚ:


- 100 ml de vinagre de arroz

- 100g de açúcar refinado

- 10g de sal fino

 

Misture tudo até dissolver e reserva.

 

Montagem do prato:

Coloque o atum, a cebola e o caju no bowl. Tempere com com o suco de limão, azeite, sal. Finalize com o molho Sú e o phisalys.

Endereço: Rua. Fidalga, 79 -- Pinheiros - São Paulo/SP -- Fone: (11) 2667-6217 | horário de terça a sexta das 12h às 15h, sábado das 13h às 23h e domingo das 13h às 16h |
Site | iconeasiatico 

 

 

NONNA ROSA


                        Receita de Crostini di Tonno do chef Carlos Leiva

                                      Nonna Rosa_Crostini di Tonno_Raul da Mota

 

Ingredientes:

70 g de atum fresco, cortado em cubos de 0,5 cm

1 fatia de focaccia fina, leve mente tostada ao forno.

5 ml salsa di trufa branca

1 colher sopa pistache tostado

1 colher café de ovas de mujol

Flor de sal a gosto

Pimenta do reino preta moída

1 colher (sopa) de burrata 

5 ml de pesto de ervas

100gr de espinafre

100gr de manjericão

10 gr avelã tostada

10 gr queijo parmesão ralado

400 ml de azeite extra virgem

 

 Modo de preparo: 


Molho pesto:

Branquear o espinafre e o manjericão juntos. Bater no liquidificador com azeite, avelã tostada & queijo parmesão.

 

Crostini:

Em uma tigela funda, dispor o atum, a salsa di trufa, flor de sal, pimenta do reino & o pistache tostado. Colocar cuidadosamente o atum já temperado sobre a torrada de focaccia, deixando uma margem em casa extremidade. Para finalizar, Fazer pingos aleatórios de creme de burrata & intercalar com pontos de ovas de mujol. Dispor as folhas de endrodill para decorar.

Endereço: R. Padre João Manuel, 950 -- Jardins - São Paulo/SP -- Fone: (11) 2369-5542 | horário de segunda a quarta das 12h às 16h e 19h às 23h, quinta e sexta das 12h às 16h e 19h à 00h, sábado das 12h à 00h e domingo das 12h às 17h | @osterianonnarosa

 

 

ME VÁ

                 Receita de Ajoblanco com Atum do chef Marco Aurelio Sena

                                     Me Vá_Atum com Ajoblanco_Rubens KAto

 

Ingredientes

- 100g castanha do Pará descascada

- 400ml de água

- 35g de vinagre de maçã

- 35g de azeite

- 35g de suco de limão

- 50g farinha panko

- 1 dente de alho

- 3g de sal

 

 

Modo de preparo do ajoblanco

Bater todos os ingredientes até que fiquem homogêneos. Reserve na geladeira.

Corte um pepino em tiras reserve

 

Ingredientes azeite de manjericão

- azeite de manjericão

- 100 ml de azeite

- 10 folhas de manjericão italiano

 

Modo de preparo do azeite

Bata o azeite e as folhas de manjericão no liquidificador.

E peneire com o auxílio de uma peneira fina. Reserve o líquido obtido.

 

220 gramas de atum cortado em lâminas de 1 cm

 

Montagem

Em um prato fundo Coloque o ajoblanco, disponha as fatias de atum no molho. Tempere com flor de sal e pimenta do reino moída na hora.

Finalize o prato com os pepinos cortado e o azeite manj



Endereço: Rua Ferreira de Araújo, 285 - Pinheiros, São Paulo/SP -- Fone: (11) 3816-0588 | horário de segunda a terça das 12h às 15h e 18 às 23h, quarta às sábado das 12h às 00h e domingo 12h às 17h | @restaurantemeva


Picanha: a rainha do churrasco


O expert Nilson Pinto conta a história da picanha e dá dicas de para deixar esse corte ainda mais suculento

 

Entre as muitas histórias difundidas sobre esse nosso querido corte, a picanha é a de que o neto do Conde Matarazzo Baby Pignatari perguntou ao churrasqueiro “O que era? E como era?”.

 

O churrasqueiro, um argentino, como não tinha um nome, explicou que era a parte de onde a ponta da vara que cutucava o dorso (anca) dos bois, para se movimentarem.

 

No caso, essa ponta era conhecida como “picaña” (em espanhol).

 

Como a picanha não tem colágeno e sim uma boa capa de gordura, ela não faz parte de grupos musculares de tração do animal, tornando-a macia. E, com a gordura, muito suculenta.


 

E voltando a história da picanha

 

A demanda pela picanha, no fim dos anos 70 e depois 80, era grande, com uma oferta pequena: duas 2 peças por animal.

 

E mais: muitos açougues não sabiam fazer a separação.

 

Então, por comodidade, deu-se então a procura por importadores em nossos vizinhos, a Argentina e o Uruguai.

 

Isso porque lá não se tinha o hábito do consumo deste corte e que, por vezes, ficava encalhado para a venda.

 

Ainda depois tivemos entraves que também dificultaram sua difusão, como o aumento na alíquota de importação e o congelamento de preços, que atingiram fortemente o setor.

 

Só pra legendar, em 1979, depois de greves e pressão sindicalista ,tivemos o fechamento das importações, com a “desculpa” de se preservar a produção nacional.

 

Fato que durou mais de uma década, gerando em primeiro a desindustrialização, perda de empregos, de renda, empobrecimento da nação e um fato marcante que muitos se recordam resultante disso são os “carros carroças”, dito por um presidente mais de uma década depois!

 

Com a reabertura tardia, ainda nossos vizinhos argentinos e uruguaios descobriram a forma como era consumida a picanha no Brasil e os sabores resultantes.

 

Ou seja, gerou uma difusão por lá e também alta demanda, e aí os preços passaram para outro patamar!


 

O corte nos dias de hoje

 

Atualmente, com a evolução genética, a suplementação e manejos eficientes, podemos dizer que vários outros cortes, inclusive os que pertencem ao dianteiro (cortes de segunda), acabam disputando a preferência dos churrasqueiros profissionais, assim como dos amantes de um bom churrasco.

 

Outro detalhe importante a falar é que com a evolução e as várias raças, a picanha pode continuar sendo aquela com até menos de 1 quilo ou também de tamanhos bem maiores, isso ainda sem pegar parte do coxão duro.

 

E nem preciso dizer: já é bem difundida a história de que a partir da 3° veia já não é mais picanha, e sim coxão duro.

 

Falando agora das formas de se fazer a picanha, a mais conhecida são os steacks arredondados, da churrascarias rodízio.

 

Outra bem difundida são os também steacks de dois dedos na grelha

 

Mas existem várias outras formas e até na air fryer se faz picanha hoje!

 

Quer saber como? Fatie em bifes, coloque na air fryer sem nada e guarde aquela hemoglobina, sim, o “sangue” que vem no saquinho. Sele os dois lados da carne, acrescente a hemoglobina e deixe selar. Retire a picanha da air fryer e acrescente o sal por último, lembrando que esse é o truque pra evitar que a carne perca aquela suculência.

 

Ou seja, a paixão pela picanha é nacional: ela é sinônimo de churrasco e, com certeza, uma das maiores preferências do brasileiro! 

 

 

Nilson Pinto

@churrascovip

ChurrascoVip By Nilson

 

Dia Internacional da Família: Josapar compartilha dicas de receitas para as celebrações da data

 Utilizando produtos Tio João e Meu Biju, grupo dá sugestões de preparo práticas e saborosas, que levam o arroz e o feijão como ingredientes principais

 

Celebrado anualmente no dia 15 de maio, o Dia Internacional da Família tem como um dos principais objetivos evidenciar a importância do amor e da união no convívio familiar. Pensando nisso, a Josapar preparou uma sugestão especial de menu para as comemorações da data com produtos das marcas Tio João e Meu Biju. São receitas fáceis e práticas, que levam o arroz e feijão como ingredientes principais, e que podem ser preparadas com a participação de todos da família, afinal, entre tantas atividades do dia a dia, cozinhar sempre será a que mais aproxima.

 

 Salada de Arroz 7 Grãos Integrais 


Ingredientes:

 

Abóbora assada:

2 xícaras (chá) de abóbora-menina picada em cubos (300g)
1 colher (sopa) de alecrim fresco
½ colher (sopa) de Azeite Nova Oliva
½ colher (chá) de sal
Pimenta preta a gosto

Arroz:

2 xícaras (chá) de água
1 xícara (chá) de Arroz Tio João 7 Grãos Integrais
½ colher (chá) de sal

Complementos:

1 maçã verde picada em cubos
1 limão
½ xícara de noz pecã picada
Pimenta preta a gosto
Lascas de parmesão a gosto

 

 

Modo de Preparo: 

Comece pela abóbora, aquecendo o forno a 230° C e distribuindo os cubinhos em uma assadeira. Regue com o azeite, tempere com o sal, a pimenta preta e salpique alecrim. Asse por 30 minutos, virando na metade do tempo, ou até que a abóbora esteja macia.

Enquanto isso, aqueça a água em uma panela tampada. Quando a água ferver, adicione o arroz e ½ colher (chá) de sal. Cozinhe em fogo baixo com a panela semitampada, durante 25 minutos, ou até a água do arroz secar. Reserve na geladeira o arroz e a abóbora assada.

Um pouco antes de servir, pique a maçã verde em cubinhos e regue com o sumo de ½ limão para que não escureça. Misture a abóbora assada, a maçã e as nozes ao arroz e coloque pimenta preta a gosto. Finalize com as lascas de parmesão e um pouco de alecrim. Pode ser servido frio ou quente.

 

 

 

 Carne ao Molho com Vinho

 


Ingredientes:

 

1 pacote de Arroz Tio João Integral

500 g de músculo

1 lata de tomate pelado

1 cebola

3 dentes de alho amassados

¼ de xícara (chá) de Azeite Nova Oliva

Sal a gosto

Noz-moscada a gosto 

1 xícara (chá) de vinho tinto seco

 

 

Modo de Preparo: 

Cozinhe o Arroz Tio João Integral conforme as instruções da embalagem. Reserve. Para cozinhar a carne, coloque o Azeite Nova Oliva em uma panela de pressão, deixe aquecer e refogue o alho até ficar dourado. Em seguida, acrescente a cebola e refogue até ela dar uma leve murchada. Coloque o músculo já cortado em cubinhos e deixe fritar sem mexer até obter uma crosta em um dos lados. Na sequência, mexa para fritar também o outro lado, acrescente o sal e o tomate pelado, refogue a carne com o molho por mais ou menos uns cinco minutos. Acrescente uma pitada de noz–moscada, o vinho tinto seco e leve à pressão por aproximadamente 15 minutos. Destampe a panela e verifique se a carne está macia. Se for preciso, cozinhe em pressão por mais 5 minutos. Reduza o molho até ficar encorpado. Sirva com o arroz. 

Dicas: Prepare uma salada de agrião para acompanhar.

 

  

 Tutu com Lombo de Porco

 


 Ingredientes: 


2 xícaras (chá) de Feijão Carioca Meu Biju

½ xícara (chá) de Azeite Nova Oliva

1 kg de farinha de mandioca

200 g de calabresa 

200 g de bacon sem pele 

Salsinha a gosto 

3 dentes de alho espremidos

1 cebola cortada em cubos pequenos

Sal a gosto

3 laranjas 

2 ramos de alecrim 

1 kg de lombo suíno fatiado 

 

 

Modo de Preparo: 

Cozinhe o Feijão Carioca Meu Biju de acordo com as instruções da embalagem. No liquidificador, bata um suco com 2 laranjas, o Azeite Nova Oliva, a cebola, o alho, o alecrim e o sal. Coloque o lombo em uma forma, despeje por cima esse caldo e deixe descansar por 2 horas. Passado o tempo, cubra com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido a 180° C por 50 minutos. Depois, retire o papel-alumínio e volte ao forno em fogo alto por 15 a 20 minutos para dourar o lombo. Em uma panela, em fogo médio, frite o bacon na própria gordura até dourar. Adicione a calabresa e refogue por mais uns 5 minutos. Acrescente o feijão já cozido com um pouco de caldo, tempere com sal, salsinha e deixe ferver. Em seguida, coloque, aos poucos, a farinha de mandioca, mexendo sem parar até engrossar. Para servir o lombo, decore com rodelas de laranja e coloque em volta o tutu de feijão bem quentinho. Se quiser, finalize com gotas de laranja em cima do lombo ou com o Azeite Nova Oliva aromatizado com alecrim.

 

 

 Risoto de Abóbora Picante com Linguiça 

 


 Ingredientes:

 

Para o purê de abóbora:
¾ de xícara (chá) de abóbora japonesa, sem casca e sem sementes, cortada em cubos grandes (150g)
2 colheres (sopa) de Azeite Nova Oliva
Sal e pimenta do reino
½ colher (chá) de pimenta calabresa
1 colher (chá) de páprica picante

Para o risoto:
1 linguiça defumada cortada em cubinhos (5 mm de espessura)
2 colheres (sopa) de Azeite Nova Oliva
1 cebola pequena picada
1 xícara (chá) de Arroz Carnaroli Variedades Mundiais Tio João – Cozinha Italiana
½ xícara (chá) de vinho branco seco (100ml)
Cerca de 1 litro de caldo de frango quente
½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
2 ramos de salsinha fresca picada
1 talo de cebolinha fresca picada
Sal e pimenta do reino
½ pimenta dedo de moça, sem sementes, picada

 

 

Modo de Preparo: 

Para o purê, tempere a abóbora com azeite, sal, pimenta do reino, pimenta calabresa e páprica picante. Embrulhe em papel-alumínio e asse em forno médio, pré-aquecido, por 50 minutos. Retire do forno e esprema a abóbora, ainda quente, com um espremedor de batatas ou um garfo, até formar um purê grosso. Reserve.
Prepare o risoto, aqueça bem uma frigideira e frite a linguiça em sua própria gordura até ficar dourada. Reserve. Na mesma frigideira, acrescente o azeite e refogue a cebola até que ela murche. Junte o arroz e refogue rapidamente. Acrescente então o vinho branco e espere o líquido secar. Aos poucos, junte o caldo de frango até cobrir o arroz, mexendo sempre. Espere secar e junte mais caldo. Repita esse processo até que o arroz esteja “al dente” (cozido, mas ainda firme). Desligue o fogo, adicione a linguiça e o purê de abóbora reservados e misture. Por fim, acrescente o queijo parmesão, a manteiga e as ervas frescas. Acerte o sal e a pimenta. Salpique pimenta dedo de moça picada e sirva em seguida.

Dicas: Para o preparo do risoto, é essencial que a abóbora seja cozida no forno. Você pode usar qualquer tipo de abóbora.

 

  

Pudim de Arroz com Coco

 


Ingredientes:

 

Massa:

1/3 de xícara (chá) de Tio João Variedades Mundiais Arroz Sasanishiki – cozido
1 e ½ xícara (chá) de creme de leite fresco
200 ml de leite de coco
2 ovos
2 gemas
1/2 xícara (chá) de leite
1 lata de leite condensado


Calda caramelada:

1 xícara (chá) de açúcar
1/3 de xícara (chá) de água


Calda de coco:

1 lata de leite condensado
200 ml de leite de coco
½ xícara (chá) de coco fresco ralado, queimado

 

 Modo de Preparo: 

Cozinhe o arroz conforme as instruções da embalagem, mas não inclua o sal.

Para fazer a calda caramelada, numa panela, leve o açúcar ao fogo baixo, até derreter e formar um caramelo. Aos poucos, à medida que o açúcar for caramelizando mais em algumas partes, jogue a água por cima até que a calda fique uniforme.

Transfira a calda para uma fôrma de pudim média. Com um pano de prato para não se queimar, gire a fôrma para cobrir o fundo e as laterais. Se precisar, use a colher de pau para espalhar. Reserve.

Leve ao fogo uma leiteira com água, que será usada para o banho-maria.

Numa tigela, misture com um batedor de arame: ovos, gemas, leite, leite condensado, creme de leite, leite de coco e arroz em temperatura ambiente. Mexa bem e transfira para a fôrma com a calda caramelada.

Coloque uma assadeira retangular no forno pré-aquecido a 200˚ C, regue com a água fervente e coloque a fôrma de pudim dentro dela para assar em banho-maria por 2h15.

Retire, deixe esfriar e leve à geladeira por 3 horas.

Para ajudar a desenformar, se preciso, deixe o fundo da fôrma na chama do fogão.

Misture os ingredientes da calda de coco e sirva com o pudim.

Tempo de descanso: 4h (para desenformar).

 

Para conferir essas e outras receitas, acesse: https://tiojoao.com.br/receitas/ e https://meubiju.com/receitas/ .

Para mais informações e para adquirir os produtos das marcas, acesse: https://www.armazemtiojoao.com.br/ .

 

 

Josapar

 Armazém Tio João

 

 

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Carta para as mães: acreditem nos seus sonhos

É interessante perceber que muitas mulheres ao engravidarem logo começam a sentir o risco de ter a vida profissional prejudicada ou mesmo encerrada para se dedicar à ‘carreira’ de mães. 

A maternidade ainda pode ser vista com reticência no campo profissional, imagine então ser mãe de dois. Assim como eu, muitas mulheres pelo país desempenham a função de ‘super heroínas’, que têm o incrível poder de estar presente em todos os momentos da criação das crianças e ainda participar ativamente das tarefas fora de casa. O Dia das Mães, celebrado em maio, nos ajuda a refletir sobre isso tudo. 

Como piloto profissional de automobilismo, eu decidi em 2020 dar uma pausa estratégica nas pistas porque queria estar plena com meus filhos que nasceram em 2020 e 2021, respectivamente. 

Mesmo no tempo em que fiquei longe das corridas, sabia que isso seria apenas uma fase e logo voltaria a competir. Entendi que era o momento de redobrar os cuidados com a minha mente e o meu corpo. Para isso, mantive rotina intensa de atividades físicas específicas para pilotos, somada aos exercícios físicos clássicos de mãe com os pequenos. Desenvolvi, por exemplo, a habilidade de trocar as fraldas mais rápido do que uma parada nos boxes 

Essa força mental misturada à dedicação física me fez voltar para as pistas, com 37 anos, em alta velocidade numa categoria relativamente nova no país, a TCR South America, que envolve pilotos da América do Sul em carros de turismo e que será disputada até o fim da temporada. 

Neste período em que assisti às corridas de longe, conversei com muitas mulheres sobre temas que envolvem a maternidade, como as que abdicaram de cargos importantes para estarem ao lado de seus filhos, e o quão difícil é convencer a sociedade de que continuamos apresentando alta performance profissional mesmo com a responsabilidade materna. Esses diálogos nos fortalecem e são importantes para mostrar que não estamos sozinhas. 

O processo de recomeço na carreira de qualquer mãe, como eu senti nesta minha volta às pistas, é tão desafiador quanto nossas principais conquistas profissionais. Posso dizer que competir em igualdade com os demais pilotos na TCR me trouxe uma satisfação comparável à sensação de ter vencido a etapa da Indy Lights, em 2009, até hoje a única mulher a ter atingido esse feito. 

Nós, mulheres, carregamos em nosso DNA o dom de sabermos conciliar as tarefas do lar e do trabalho de forma harmoniosa ao ponto de nos mantermos firmes mesmo diante dos obstáculos que possam nos impedir de seguirmos com a nossa trajetória. 

Toda mulher é julgada muito antes de ser mãe. Eu fui uma delas. Em um ambiente tão masculinizado como é o automobilismo, quantas vezes ouvi frases mal intencionadas, não pela minha atuação nas pistas, mas simplesmente porque eu era uma mulher que me atrevia a colocar o capacete para ultrapassar os homens nas pistas. Ser ultrapassado por uma mulher no volante era algo vergonhoso. Pode parecer clichê, mas das pedras atiradas eu guardei para construir minha fortaleza.  

A maternidade é um grande desafio na vida de uma mulher e ter esta experiência não limita deixar de lado sonhos. Pelo contrário, é uma forma de mostrar o quanto é possível conciliar o desejo pessoal de formar uma família com a dedicação de uma carreira profissional. Afinal, nós, mulheres, temos uma força incrível de superação. 

 

Bia Figueiredo - piloto da equipe Cobra Racing Team na TCR South America e tem o patrocínio da Loctite Super Bonder.

 

Seis anos como “mãe pâncreas”


Existe um ditado popular que fala que “ser mãe é ter um coração batendo fora do peito pra sempre”. Para nós, mães-pâncreas, além do coração extra, temos também um pâncreas preguiçoso que precisa de uma ajudinha. 

O termo curioso é utilizado para se referir às mulheres que, além de lidar com os desafios da maternidade, também precisam desempenhar a função do órgão por seus filhos com diabetes tipo 1. Essa doença crônica é geralmente diagnosticada na infância ou adolescência e ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente, o que exige um tratamento com uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. 

E foi assim que explicamos ao Christian, em seus recém completados 6 anos, o que era a doença: “você tem um pâncreas preguiçoso que precisa de uma energia extra pra funcionar direitinho”. 

“Eu tô doente, mãe?”, perguntou ele.

“Não, filho. Comendo direitinho, praticando esportes e tomando a “energia extra”, fica tudo bem!”, respondi. 

Confesso que receber a notícia não foi fácil. Há um processo natural de negação, de não entender bem o porquê de aquilo estar acontecendo. Nesse momento, a ajuda dos profissionais de saúde foi fundamental. 

Tivemos o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeira especialista, psicóloga, nutricionista e uma médica, que nos auxiliaram demais, especialmente, no momento em que recebi o diagnóstico do meu filho. 

Desde então, lá se vão quase 6 anos como mãe-pâncreas. Percebi que parte dessa energia extra que ele precisava não viria somente da insulina, mas, essencialmente, dos cuidados e monitoramento constantes que são necessários para que ele possa viver, crescer e se desenvolver como qualquer outra criança de sua idade. 

Isso faz toda a diferença quando a gente vai encarar o diabetes, quando a criança vai, e também como iremos passar isso para criança. Medir a glicemia, trocar sensores, calcular carboidrato, se sentir culpada quando dá tudo errado, se sentir a Mulher-Maravilha quando dá tudo certo, definir doses, acordar de madrugada, se sentir cansada, não demonstrar que está cansada... 

Mas, sobretudo, ser mãe. E apenas mãe. Olhar para o Christian e vê-lo além do pâncreas, além dos gráficos. Fazer de tudo para poder ver aquele sorriso gostoso após uma aplicação de insulina. Conversar sobre as corridas de kart enquanto trocamos os sensores, e ensinar e aprender com ele. 

É indescritível a sensação de vê-lo crescer com autonomia e decidindo comigo que doses aplicar. Observar que, aos poucos, assim como todos os filhos, ele vai precisando um pouquinho menos da mamãe. 

O importante é que o Christian sabe que tem responsabilidades e que acaba sendo inspiração para outras pessoas. Ele é uma espécie de embaixador infanto-juvenil para os cuidados com diabetes nesta fase que é crucial para definir como será a saúde como adultos no futuro. Isso o ajuda a mostrar como uma criança supera seus desafios e não coloca limites nos seus sonhos apesar do diabetes, e ainda levanta uma questão importante: você pode realizar tudo e, acima de tudo, tem apoio e suporte para correr atrás de seus sonhos. 

Criamos nossos filhos para o mundo, mas mantemos por perto aquele docinho em caso de hipoglicemia.

 

Flávia Mosimann - mãe de Christian Mosimann, piloto de kart patrocinado pela Novo Nordisk, atual campeão na categoria Cadete e embaixador do esporte pela Sociedade Brasileira de Diabetes. Christian tem diabetes tipo 1.


Ser mãe é padecer... de cansaço?

Há um ditado que afirma que “ser mãe é padecer no paraíso”, remetendo às contraditórias emoções que seriam desencadeadas pelas vivências cotidianas da maternidade. Muito se falou e se fala sobre os mitos e fantasias ligados a essa experiência, e atualmente percebe-se um certo enfoque sobre algumas queixas frequentes entre mães, mais especificamente o cansaço. Chega-se ao ponto de cunhar o termo “mommy burnout”, algo como “esgotamento da mamãe”.

A queixa de cansaço certamente não é exclusividade da parcela maternal da população; no livro A sociedade do cansaço, o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han argumenta que a lógica de produção e exigência constantes estaria levando as pessoas aos adoecimentos contemporâneos, ligados a hiperatividade e esgotamento. Em relação ao burnout parental, a prevalência pode chegar a 20%, segundo artigo publicado este ano. Curiosamente, um estudo verificou que mães de um único filho podem apresentar mais sintomas de esgotamento que mães que possuem dois filhos ou mais, a depender da sua percepção de autoeficácia, muito ligada também ao padrão de cobranças externas.

Fato é que, depois que os filhos nascem, estar cansada adquire outros significados. Em texto de 2019, Monica Pessanha recorda que a noite perdida por opção em uma festa passa a ser a noite perdida em função do choro de uma criança necessitada; a sensação de autonomia ou falta dela que ocorrerá no processo irá influenciar indubitavelmente nossa relação com o cansaço. Afinal, o que pode ser mais exaustivo do que sempre colocar as necessidades de outra pessoa acima das suas?

Com as mudanças nos padrões de relacionamento interpessoal, a sociedade vem refletindo sobre os estigmas colocados sobre a mulher e a maternidade. Nesse processo, participam de maneira incontestável os profissionais da saúde mental, tanto nas terapias individuais quanto nas discussões coletivas, oferecendo escuta, suporte, oportunidade de mudança de comportamento e alívio.

 

Paula Dione - Psiquiatra na Holiste Psiquiatria


Esgotamento mental materno: lições aprendidas com a pandemia

Compartilhar tarefas, definir prioridades e desacelerar compromissos são ações importantes para a saúde mental de mães, segundo psicóloga  

 

Durante a pandemia de Covid-19, muitas mães chegaram ao limite com a quantidade de tarefas diárias espalhadas em lares onde o home office dos pais se misturava às aulas online dos filhos. Tudo isso emoldurado pelo medo e incertezas geradas diante do cenário mundial de mortes e crise econômica. Para as mulheres, que historicamente carregam o peso de prover à família acolhimento e conforto emocional, foi difícil lidar com tantos problemas a resolver, como o filho que não prestava atenção na aula ou o adolescente que sofria com o isolamento social, acarretando em muitas o esgotamento mental.     

“Esta condição pode ocasionar aumento da irritabilidade diante de tarefas diárias, distúrbio no sono (insônia ou excesso de sono), alteração no apetite e cansaço extremo. Também é comum se questionar sobre a capacidade para desempenhar o papel de mãe quando se está muito sobrecarregada e sem conseguir gerenciar os conflitos da maneira que considera ideal”, explica a psicóloga Marília Batarra Lima, que atua na equipe de Saúde Mental do Amil Espaço Saúde Ana Rosa, em São Paulo.    

A psicóloga lembra que esse esgotamento não modifica a intensidade dos sentimentos e vínculo que as mães possuem com seus filhos, mas é algo que precisa ser alertado para que as mesmas possam buscar formas de cuidado. Uma delas é enumerar a quantidade de tarefas que passaram a assumir.     

“Parece algo simples, mas que no dia a dia muitas mães não conseguem perceber a quantidade de funções que desempenham. Através desse olhar é possível pensar em delegar atividades, reduzir a autocobrança e reservar momentos de autocuidado. Assim é possível se reabastecer para a vivência do vínculo materno que é tão intenso e potente no desenvolvimento humano”, orienta Marília.    

Não existe receita, mas respirar fundo, reduzir o ritmo e buscar experiências que promovam a saúde mental, como a prática de atividades físicas e culturais, momentos em silêncio, leitura e conversas entre amigos, ajudam a evitar e a sair da estafa mental. Nessa caminhada, o apoio da família e de amigos próximos é fundamental, bem como não ter vergonha de pedir ajuda.    

Para auxiliar as mães a não caírem novamente no esgotamento mental, a psicóloga lista cinco lições aprendidas com a pandemia. Confira:  

  

Compartilhar tarefas   

Reduza a autocobrança em executar tudo de forma perfeita. Delegue funções do dia a dia para os membros da família, incluindo, claro, os filhos. Nessa divisão, faça-os entender o que é responsabilidade de cada um. Se não fizerem, não ceda à vontade de fazer e chame o responsável para cumprir o combinado.   

  

'Escolher brigas'    

Antes de perder a cabeça pela toalha molhada em cima da cama, respire fundo e pense: “Vale a pena eu me estressar por isso?”, e peça a quem deixou para levar até o local certo. Identifique o que é realmente importante, e se for para esquentar a cabeça, que seja com isso. Gerencie prioridades.  

  

Desacelerar compromissos    

Sentiu que está cansada, estressada, então pare. Querer participar de tudo e assumir inúmeros compromissos em um único final de semana, por exemplo, é o caminho mais curto para se chegar estafada na segunda-feira.  

  

Pedir ajuda e evitar comparações    

Peça sempre que sentir que o fardo está pesado demais. Amigos e familiares estão aí para isso. E não se compare a outras mães. Se a vizinha faz comida, estuda com os filhos e trabalha, mas você não, tudo bem. Entenda que cada um tem o seu limite próprio. Também não se importe com as críticas sobre a forma como educa os seus filhos. Entenda que muitas vezes quem critica não sabe do que está falando, não está na sua pele.  

  

Cultivar momentos individuais    

Reservar tempo e espaços de autocuidado. Estar coladinha aos filhos é uma dádiva, mas também é importante descolar de vez em quando e fazer algo individual (ou a dois). Um dia (ou algumas horas) de ócio ou do lazer que você escolher é combustível para a alegria, leveza e serenidade, ou seja, para ser uma mulher e uma mãe ainda melhores! 


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