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terça-feira, 15 de março de 2022

Caminhada ao ar livre é tendência no cuidado com a saúde mental

Especialista explica os benefícios do exercício e como ele se tornou forma de terapia alternativa
 

A preocupação excessiva durante a pandemia, causada não apenas pelo medo de ser contaminado pelo coronavírus, mas também pela incerteza do futuro diante de tantas mudanças, despertou casos de ansiedade e síndrome de pânico e acendeu um alerta para a saúde mental.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Google, “Como manter a saúde mental?” foi mais pesquisado em 2021 do que nunca em todo o mundo. Em março, a pergunta “como ajudar uma pessoa com ansiedade?” foi a mais feita na categoria “como ajudar” do site.

O levantamento aponta que a saúde mental deixou de ser um tabu e as pessoas têm procurado por profissionais que possam auxiliá-las. Os formatos mais tradicionais, como a psicologia e a psicanálise, ainda são muito buscados pela população, mas outras formas de terapia também têm ganhado espaço. 

O filósofo clínico Beto Colombo, por exemplo, promove caminhadas com seus pacientes por todo o Brasil. De acordo com ele, durante o percurso os peregrinos podem apreciar o que a região tem de melhor, que são suas belezas naturais, a história, a hospitalidade, além de realizarem paradas para refletir sobre o momento vivido, qual o seu papel, se redescobrir e recuperar sua qualidade de vida. 

“Diferentemente da psicologia, que utiliza conceitos prévios, a filosofia clínica é um método de estudo do ser humano. Por isso, usamos como base grandes mestres, que sabiam que enquanto caminhamos por longos trechos junto às árvores, rios e animais, expandimos nosso poder cerebral, intensificando o fluxo de sangue para a cabeça. Dessa forma, ampliamos a dimensão do hipocampo, onde as memórias são armazenadas e melhoramos o desempenho cognitivo, além de estimularmos o nascimento de novas ideias”, relata. 

Ainda segundo Beto, a princípio, os partilhantes buscam suporte por uma queixa específica, que é o ponto inicial a ser trabalhado. Em seguida o terapeuta parte para a historicidade, desde sua primeira lembrança de infância até os dias atuais. Com a história de vida identificada, ele localiza a pessoa existencialmente no tempo, lugar, relação e circunstância, identificando os tópicos importantes, e determinantes de como a pessoa funciona. 

“A terapia filosófica clínica visa ajudar as pessoas a se entenderem melhor, a saber como lidar com situações que acontecem, com sentimentos equívocos, de onde vem seus altos e baixos entre tantas outras queixas. É uma oportunidade de autoconhecimento”, afirma Beto.
 

Dicas para a caminhada como forma de terapia 

Para quem não tem condições financeiras de pagar um acompanhamento e gostaria de caminhar sozinho, o terapeuta compartilha algumas dicas. Entre elas, sair um pouco do mundo das ideias. 

“Com o isolamento social, desenvolvemos a tendência de ficar idealizando muito as coisas, pensando mais e agindo menos. Sendo assim, busque conectar a mente ao corpo por meio de trabalhos manuais e exercícios físicos. Faça uma caminhada de contemplação, observe tudo ao seu redor, se atenha aos detalhes que te rodeiam. Quanto melhor for a qualidade dessa caminhada, mais rápido vamos desacelerar o pensamento”. 

A segunda dica é viver o presente e respeitar o tempo das coisas, inclusive das caminhadas. 

“Ilustro esse conceito com uma das lições que o Caminho de Santiago me ensinou: não adianta uma pessoa querer concluir o caminho em 20 dias, ou então, uma semana. É até possível, mas a pessoa se machucaria demais, ou então, precisaria de ajuda. Vale a pena? É a mesma coisa com os marcos da nossa vida. Tudo a seu tempo. A ansiedade é isso, é o corpo respondendo que nós não estamos bem, que precisamos diminuir o nosso ritmo”. 

A terceira e última dica compartilhada pelo terapeuta é confiar no seu próprio caminho. 

“Há quem diga que ainda não encontrou um caminho na vida. Porém, essas são pessoas que se perderam de si, querendo dar uma resposta à sociedade. Elas vivem pautadas na opinião alheia, e acabam pagando um preço muito alto, já que a sociedade exige sempre mais e mais. Pode ser que lá na sua própria história, esteja a resposta e o caminho que se busca. Um recomeço sempre é possível, respeite a sua intuição”.


Sexo sem tabu! Ginecologista aponta mitos e verdades sobre as relações sexuais

Especialista da Criogênesis esclarece principais dúvidas sobe o tema


Apesar de a sociedade ter evoluído significativamente no debate de diversas temáticas, quando o assunto é sexo ainda existe muito tabu. Mesmo que seja algo biológico e instintivo dos seres vivos, devido a preconceitos e ausência de informação, é bem comum que se tenham muitas dúvidas em torno das práticas sexuais. 

Para sanar de uma vez por todas qualquer questionamento sobre o tema, Dr. Renato de Oliveira, Ginecologista e Obstetra, e o Urologista Dr. Silvio Pires, especialistas da Criogênesis, listam abaixo os principais mitos e verdades quando se trata da relação sexual. Confira:

 

“As mulheres sempre sentem dor e tem sangramento ao perder a virgindade” 

Depende. Segundo o especialista, isso dependerá muito do clima em que a mulher se encontra naquele momento. “Apesar de não ser incomum, a dor na primeira vez não é uma regra. Se ela estiver relaxada e em um alto grau de excitação, pode acabar não sentindo incômodo”, diz. Já quanto ao sangramento, o médico explica que costuma ocorrer devido à ruptura do hímen -- uma membrana fina e bastante frágil. “A intensidade será determinada pela tranquilidade na hora da penetração”, afirma.

 

“A impotência sexual só ocorre em homens mais velhos” 

Mito. Diferentemente do que se pensa, a impotência sexual pode acontecer em diferentes idades e por diversos motivos. Dr. Silvio comenta que existem dois tipos: originadas por condições físicas, como diabetes, hipertensão e problemas na próstata -- em decorrência da idade -- ou por questões emocionais e psicológicas -- mais identificada nos mais jovens.

 

“É possível realizar relações sexuais durante todo o período gestacional” 

Verdade. Dr. Renato informa que não há nada que impeça o casal de ter relação sexual durante a gestação e nenhum mal será causado ao feto. “O único ponto é que, talvez, por conta da protuberância da barriga, nos meses finais pode acabar não sendo algo muito prazeroso para ambos. Principalmente para a mulher que costuma sentir alguns desconfortos durante o período”, pontua.

 

“Tamanho não é documento” 

Depende. Segundo os especialistas, os extremos nunca são bons. De acordo com o urologista, a média comum do tamanho do pênis dos brasileiros é 12 cm, quando flácido, e entre 15 a 20 cm ereto. “Muito menor ou maior que isso pode causar algum desconforto à parceira. Porém, a cavidade vaginal possui a capacidade de se adaptar ao tamanho”, comenta. 

O ginecologista ainda complementa que a grande parte das mulheres não atingem o orgasmo somente com o sexo vaginal. “É necessário estimular o clitóris para que isso aconteça, já que é uma das regiões de maior fonte de prazer para elas”, destaca.

 

“Engolir o esperma não faz mal” 

Verdade. Dr. Silvio explica que devido ao fato de o esperma ser alcalino, ou seja, não ácido, não assegura perigo ao ser engolido. “O estômago, assim como a mucosa da vagina, possui substâncias ácidas que balanceiam a entrada do líquido alcalino”. Dr. Renato ainda destaca que a ingestão pode fazer mal em caso de o parceiro estar com alguma infecção genital.

 

“É possível engravidar sem a penetração” 

Verdade. Mesmo que seja mais difícil de acontecer, não é impossível. “Se o homem ejacular muito próximo da entrada da vagina e a região e estiver bastante lubrificada e a mulher se encontrar no período fértil, o espermatozoide pode se locomover a partir da secreção vaginal”, comenta.

 

Criogênesis

O Batman e a cura profunda

Na cena inicial do novo filme do Batman, vemos o decadente metrô de Gotham City no dia das bruxas, com vários delinquentes vestidos de Coringa que vão atrás de um pobre nerd andando na hora e vagão errados a caminho de casa. O rapaz tenta fugir, mas é imobilizado pelos valentões que começam a espancá-lo. Os espectadores não perdem por esperar e aparece o Homem Morcego mandando parar com aquilo, os caras perguntam: “Que p... é você?”. O mascarado responde: “Vingança” e espanca a gangue com sons de cacetadas e ossos quebrando.

Começo esse texto com esse ligeiro spoiler porque ele tem tudo a ver com o que vai ser uma mudança de tom e aprofundamento psicológico desse personagem no decorrer desse novo filme da saga.

Batman é um Herói Ferido. Não tem superpoderes, só a grana da família, à qual não dá a mínima. Batman se machuca, interna e externamente. É mortal, deprimido, solitário e tenta fazer justiça e tornar nosso mundo um lugar melhor, como seu pai, assassinado num beco escuro de Gotham City ,junto com a sua mãe. Bruce Wayne é bem personificado por Robert Pattinson. Já ouvi tradicionalistas vaiando a troca de Cristian Bale pelo vampiro da saga Crepúsculo. Eu diria que Christian Bale fazia um Batman mauricinho, com uma dicção de quem fala inglês com uma batata quente na boca. Robert Pattinson, além da óbvia proximidade entre Vampiros e Morcegos, tem a cara de louco e a máscara de tristeza que eu espero ver no rosto de Bruce Wayne, o pobre menino rico, odiando o dinheiro que herdou com a morte de seus pais. Batman é a Vingança de Bruce Wayne. Cada bandido espancado nos becos é um representante do assassino que matou seus pais diante de seus olhos. Batman, como muita gente, transforma a sua dor em fúria e necessidade de vingança. Ou, pior ainda, imagina que a sua ação vai fazer diferença, metendo medo nos foras da lei e nos corruptos.

Os vilões da saga do Batman são interessantes porque são uma espécie de imagem em espelho do Homem Morcego. Eles também tem a infância traumática e infeliz, ou uma perda violenta que os transforma em figuras monstruosas, mas dispostas e mostra a espetacular hipocrisia da nossa sociedade do Espetáculo e de nossas personas tão bem polidas, escondendo corrupção, privilégios e comércio de almas debaixo de discursos de boa vontade e combate à corrupção. Soa familiar, não? Charada denuncia essa hipocrisia. O Coringa também.

Batman passa o filme perseguindo o vilão desse filme, o Charada, inspirado no serial killer que aterrorizou as famílias no final dos anos sessenta, o Zodíaco. Charada vai matando políticos, juízes e policiais com mensagens denunciando suas mentiras e manipulações profundas. Trata Batman como um parceiro em sua Cruzada. Através da Deep Web, monta um exército de seguidores motivados  a explodir Gotham City, destruindo toda a sua ordem corrupta e manipuladora.

Tem uma cena crucial quando Batman pega um cara vestido de Charada que tentava matar as pessoas refugiadas no ginásio da cidade, o Comissário Gordon pergunta ao terrorista: “Que p... é você?”. O cara ri com os dentes ensanguentados e responde: “Eu sou a Vingança”.

Gandhi dizia que essa história de aplicar o Olho por Olho iria deixar todo mundo caolho ou cego. Batman percebe que combater a violência com mais violência, ou tentar transformar sua dor em Vingança só iria multiplicar sofrimento e mais dor. Uma dor que se alimenta de si mesma, que os Budistas chamam de Sansara.

Aqui vai mais um pequeno spoiler: quando percebe a inutilidade de enfrentar a violência com mais violência, ou purgar sua dor com mais dor, ele salta no ginásio inundado, recolhe as pessoas apavoradas e as guia para fora dali com uma Bat-Tocha. É uma cena belíssima, do Batman abrindo e iluminando o caminho como um Moisés abrindo o Mar Vermelho, as pessoas seguindo seus passos na direção da luz.

O melhor uso das feridas que todos ganhamos em nossa jornada nesse mundo, da infância à velhice, é transmutar nossa dor em cuidado, acolhimento, e usar nossos impulsos heróicos para abrir caminho no mar de estupidez onde estamos afundando. Essa é a profunda mudança de tom desse novo Batman. Transformar a Vingança em Compaixão. Esse é o único jeito de não criar mais sofrimento num mundo já tão sofrido. *Marco Antonio Spinelli é médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta younguiano e autor do livro “Stress o Coelho de Alice Tem Sempre Muita Pressa” 

 


Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta younguiano e autor do livro “Stress o Coelho de Alice Tem Sempre Muita Pressa”


Maturidade emocional ajuda a lidar com as críticas

 

Uma crítica consiste em um julgamento, uma análise ou avaliação de algo ou alguém. Embora na filosofia o termo “crítica” não tivesse na sua origem a ideia de algo necessariamente negativo, a palavra adquiriu esta conotação, e quando falamos de crítica, sempre se considera algo desaprovado. 

As críticas podem ser eficientes ferramentas de crescimento e aprendizagem, uma vez que geralmente apontam comportamentos, atitudes e pensamentos que precisam ser mudados. Além disso, transformam a maneira de lidar com problemas e situações de dificuldade, gerando melhores resultados no âmbito pessoal ou profissional.

 

Mas, e quando a crítica é destrutiva?

As críticas destrutivas costumam ter afirmações negativas, com o intuito de julgar, ressaltar defeitos ou até diminuir uma pessoa. Mas há como ouvir algo desagradável sem que você se desestabilize emocionalmente (e perca a pose)!

 

Reflita antes de responder

Ninguém gosta de ser julgado, muito menos negativamente, mas saiba que é possível responder a uma crítica destrutiva de forma inteligente e madura. Se a pessoa, ainda que tenha tido más intenções, estiver correta, concorde com ela. Diga que ela tem razão, mas que poderia ter sido mais sutil.  

Caso o comentário seja totalmente infundado, feito somente para te depreciar na frente dos outros, rebata com uma bobagem qualquer, deixando claro que a crítica foi infantil e não te atingiu. Em ambos os casos, a pessoa será pega de surpresa e a vergonha será dela. Posteriormente, aproveite o que foi dito para repensar em suas qualidades, seus comportamentos e identificar o que pode ser melhorado. Por mais destrutiva que seja, uma crítica é sempre uma oportunidade de auto avaliação.

 

Maturidade emocional

A forma como a crítica é recebida também depende da maturidade emocional da pessoa, de sua capacidade de filtrar os elementos do comentário, analisa-los friamente e saber separar para si aquilo que considera útil ou produtivo para modificar sua forma de ser.  

Uma pessoa com baixa tolerância à frustração, terá uma tendência maior a tomar a observação do outro como negativa ou destrutiva, e simplesmente rechaçá-la integralmente, sequer chegando a considerar que possa ter elementos positivos. O sentimento predominante nestas situações é o de rejeição, como se a crítica do outro abrangesse sua pessoa como um todo, e não um aspecto específico de sua pessoa.  

Nestes casos, é bem provável que haja necessidade de buscar ajuda psicoterápica, pois o autoconhecimento nos leva a lidar melhor com as opiniões ou com os argumentos de outras pessoas. Quando nos conhecemos e passamos a enxergar tanto nossos potenciais como nossas dificuldades, conseguimos separar o que é nosso e o que é do outro. Afinal, todos teremos que lidar com críticas a vida toda.

 

Monica Machado - psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein


A melhor forma de matar uma pessoa é subtrair-lhe o futuro

Há alguns anos li uma frase: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo” de Peter Drucker e, inspirada nela resolvi escrever este artigo, pois entender que a melhor forma de matar uma pessoa é subtrair-lhe o futuro, é fundamental para pensar nossa educação emocional (principalmente de forma assertiva) e os entraves do dia a dia. Isso porque nós, seres humanos, vivemos o hoje baseando-nos na projeção de nosso futuro. 

A propósito do meu trabalho em clínica, sala de aula e como escritora, pautada na leitura psicanalítica e analítica dos Contos de Fadas, lembro aqui que, com a jovem sem mãos (conto dos irmãos Grimm) não foi diferente, vemos sua trama ou seu destino na história de muitas e muitos que por nós passam ou, algumas vezes no nosso próprio roteiro de vida.

No conto, por causa de certa ganância do pai da Jovem, ele promete a um desconhecido “o que está atrás da macieira”. O que ele não sabia, contudo, era que se tratava se sua filha e, o homem com o qual pactuou era ninguém mais ninguém menos que o diabo, na forma de despretensioso benfeitor, e mais, ao não querer pagar sua “dívida” para com ele, este o ordena que então, corte as mãos de sua filha. Isso mesmo: as mãos de sua filha única. O que o pai fez mesmo contrariado.

O que o diabo tirou da donzela, na verdade, foi o domínio sobre seu futuro. Muitas vezes não é o nosso presente que determina nosso estado de ânimo ou nossa energia e felicidade, e sim nosso futuro. Já reparou que muitas pessoas dizem: "Estou infeliz, mas não sei o porquê”; “Tá tudo bem, tá tudo corrido, mas correndo normalmente"; ou "Nem tempo de pensar na vida tenho, mas sei e sinto que estou triste". Muitas e muitos vieram a mim nos últimos 25 anos reclamar sua dor.

Por que isso acontece? Vida líquida, tempo efêmero e qualidade de vida duvidosa? Porque às vezes o que você queria não era isso: era mais, ou era menos!

O futuro projetado na nossa cabeça é que costuma levar o ser humano (único ser vivente capaz de projetar o futuro) a ficar triste ou alegre no presente, de acordo com o futuro que ele mesmo projeta. Vou exemplificar para você: se eu penso num fim de semana radiante, eu fico feliz; se eu penso num fim de semana melancólico, eu fico triste. Quando a jovem do conto (que ainda não era sem mãos) estava ali "levando a vida e deixando a vida lhe levar", varrendo o quintal de um lado para o outro, sem estímulos, sem pensar na vida que queria e, portanto, entediada, fazia o que a dinâmica da casa estipulava e não o contrário (não era ela quem estipulava a dinâmica da casa) e algo parecido acontecia também ao seu pai, que foi presa fácil para o demônio e suas artimanhas. 

Às vezes, só de saber com antecedência, o que o futuro nos reserva, já ficamos mal ou nos sentimos bem. Assim acontece quando estamos instalados no passado e depressivos, ou quando mudamos o foco e simplesmente encetamos metas e olhamos para o futuro, aquilo que imaginamos que vai acontecer já nos faz felizes ou tristes, truculentos ou carinhosos, animados e entusiasmados ou acabrunhados e carrancudos. 

O ser humano não é só memória, ele é também evocação. Supomos que você possa estar “comendo o pão que o diabo amassou” num determinado mês do ano, mas sabe que, em breve, as férias chegarão e que para dezembro já está tudo preparado e você estará desfrutando suas férias descansando em uma praia paradisíaca, você logo se tornará radiante novamente, pois não é seu presente que te determina e sim o seu futuro (ou a projeção que você faz dele). Pense nisso!

 


Marilene Lima - Psicóloga com foco no autoconhecimento através da Psicanálise dos Contos de Fadas e em auxiliar a decifrar a Si mesmo/a e as pessoas através deles, também é Neuropsicóloga, Psicanalista e Mestre em Educação com foco na Educação Emocional Assertiva, com mais de 30 mil atendimentos e 25 mil alunos nos 25 a 30 anos de profissão. Autora de 11 livros, dentre eles do “Decifra-te! E as pessoas...” pela Literare Books. Preside o Instituto Edukaleidos onde supervisiona e coordena atualmente os projetos “Divã Popular”, “Equoterapia” e “Petit Pierrot: Diferentes Linguagens”.
Instagram: @marilene.lima.psi


Instituto Edukaleidos

https://www.institutoedukaleidos.org.br/


Vício é escolha? Em livro, psicóloga usa ciência para desbancar mitos sobre adicção

Em A Psicologia do Vício, Jenny Svanberg une concepções científicas à experiência como psicóloga focada em dependência química.
 

Ao contrário do que muitos pensam, o vício não é escolha ou resultado de falha moral. Todos, em maior ou menor escala, estamos suscetíveis a desenvolver comportamentos de dependência: o que contribui para isso, assim como as possibilidades de tratamento e os contextos social e político da adicção são explorados no livro A Psicologia do Vício, lançado pela Editora Blucher no Brasil. 

Originalmente publicado em inglês (Routledge, 2018), o livro faz parte da coleção A Psicologia de Tudo, que explica temas diversos de forma clara e acessível. Além de reunir as principais concepções científicas acerca do tema, a obra reflete a experiência da autora, Jenny Svanberg, como psicóloga clínica focada em tratamentos para adicção na Escócia. 

Lá, lidou com as dificuldades do tratamento, que vão além das teorias registradas em livros acadêmicos. O que aprendeu na prática foi registrado na obra. “Quando você trabalha com pessoas tentando se recuperar de vícios, você rapidamente aprende que a raiz de muitos comportamentos viciantes está no trauma e na perda”, relata Svanberg. 

Diversos fatores contribuem à adicção, incluindo estados de vulnerabilidade e repetição de escolhas que, gradualmente, se tornam hábitos. Os hábitos são fundamentais à satisfação de necessidades emocionais, como de pertencimento, de segurança e de alívio da dor. O vício engana o cérebro, de forma que certos costumes se tornam profundamente enraizados e supervalorizados, assimilados como essenciais à sobrevivência. 

Escolher tomar uma cerveja à noite pode provocar arrependimento pela manhã, mas por si só, não caracteriza um vício. No caso da adicção, o comportamento progressivamente cria uma trilha obrigatória no cérebro, até o ponto em que, mesmo que se deseje, não se consegue parar. “Embora as pessoas possam optar pelo uso, ninguém escolhe ficar viciado — ajuda, empatia e apoio são ferramentas mais eficazes para reduzir o vício do que a criminalização e o preconceito”, diz Svanberg.
 

O papel da compaixão — Para a autora, a compaixão deve estar no centro do tratamento para a adicção. Controlar comportamentos de dependência envolve não só tratar sintomas, mas adquirir consciência de impulsos, reconhecer as necessidades que o comportamento busca suprir e buscar alternativas mais seguras e saudáveis, processo que é afetado pelo preconceito.

“O preconceito aumenta sentimentos de vergonha em pessoas que podem estar lutando contra o uso de drogas ou álcool, tornando-as menos propensas a buscar ajuda e apoio nos estágios iniciais, quando isso pode ser mais útil. Ele nos cega para as coisas que poderiam ter contribuído para que alguém se tornasse viciado, como pobreza, trauma ou privação social”, explica Svanberg. 

Para a pesquisadora, é necessário livrar-se do estigma que exclui e isola os afetados e impede a criação de um clima de cura e suporte, que envolve a conexão e a aceitação social: “Eu desafiaria qualquer um a realmente escutar as histórias daqueles que se tornaram viciados. Quando você entende como eles chegaram lá, é mais difícil estereotipar as pessoas e acreditar no estigma.” 

Svanberg também ressalta a importância da legalização e da regulamentação de drogas neste processo, recomendada por profissionais de saúde e da lei: “Sabemos que a proibição não funciona, porque cria um mercado negro regulado pela violência e garante a disponibilidade de substâncias mais fortes e sujas nas ruas. Isto cria mais danos sociais e de saúde.” 

A autora defende trazer o vício para a política de saúde pública em vez da política de justiça criminal. “Quando o vício é entendido e tratado como uma questão de saúde física e mental, podemos criar um clima mais encorajador de cura e apoio. Nesse tipo de clima, todos nós nos beneficiamos”, conclui Svanberg.

 

Sobre a autora — Jenny Svanberg é psicóloga clínica, com experiência de nove anos trabalhando em serviços especializados em dependência no Sistema Nacional de Saúde da Escócia. Também é coautora de “lcohol and the Adult Brain', publicado pela Routledge em 2014.

 

Ficha técnica:

Título: A Psicologia do Vício

Autora: Jenny Svanberg

Número de páginas: 144

Formato: 14 x 21 cm

Preço: R 50,00

ISBN: 9786555061208


Existe ginástica para o cérebro?

Os fundamentos científicos que norteiam a prática que já mudou a vida de mais de 200 mil brasileiros 

E se existisse uma forma de ficar mais atento? Com o raciocínio mais rápido? Ter mais memória e assertividade? Conseguir lidar melhor com questões complexas da vida? A resposta para todas essas perguntas está na prática que já mudou a vida de mais de 200 mil brasileiros: ginástica para o cérebro ou treino cerebral, como também é conhecida a prática.

 

Como assim ginástica para o cérebro?

Para entender a ginástica para o cérebro partimos do princípio de que o que está por trás desta prática é a neurociência, mais precisamente dois conceitos fundamentais: neuroplasticidade e metacognição.

 

·      A neuroplasticidade é a capacidade dos neurônios de alterarem suas funções, se adaptarem e se reorganizarem a partir das alterações ambientais.  

O cérebro está constantemente fazendo ajustes: desde a maneira que processa informação até a forma como desenvolve novas habilidades ou funções. Esses ajustes levam a alterações sinápticas individuais, que reorganizam o encéfalo (centro do sistema nervoso), levando a grandes consequências funcionais. Sinapses são locais de comunicação entre neurônios e é na SINAPTOGÊNESE (nascimento de novas conexões) que reside o maior número de evidências para a compreensão da relação entre cérebro e ambiente. 

“A metodologia da ginástica para o cérebro age como estímulos ambientais que vão criar experiências e desafios focados em reorganizar sistemas neuronais para aperfeiçoar uma série de habilidades. O objetivo é criar as circunstâncias ideais para que a sinaptogênese aconteça, sendo que tais circunstâncias incluem: atenção concentrada, determinação e saúde geral do cérebro”, detalhou a neurocientista do SUPERA, Livia Ciacci.

 

·      A metacognição é o processo de aprender a relação com as capacidades de planejamento e regulação da própria atividade, em função de determinados objetivos. 

Metacognição na prática é estar consciente a respeito dos processos mentais que vivencia. É, por exemplo, ter clareza que tem dificuldade com o aprendizado x e que para superá-la precisará ter as atitudes y e z. 

A metacognição envolve a tomada de consciência da pessoa sobre seus próprios conhecimentos e a capacidade de agir com ações de autorregulação no estabelecimento de metas. 

“Para desenvolver e exercer a metacognição, nós utilizamos um pacote cognitivo conhecido como ‘funções executivas’, que correspondem a um conjunto de habilidades que permitem ao indivíduo direcionar comportamentos, avaliar a eficiência desses comportamentos, abandonar estratégias ineficazes em prol de outras, e dessa forma resolver melhor os problemas”, explicou Livia. 

Todos esses domínios funcionais utilizam circuitos neurais principalmente do córtex pré-frontal em integração com outras muitas áreas cerebrais. Um aspecto relevante ao se considerar as funções executivas e suas áreas anatômicas diz respeito ao desenvolvimento tardio do córtex pré-frontal.  

Ele é a estrutura do cérebro que completa seu desenvolvimento mais tardiamente, estando completamente pronto apenas no início da vida adulta, indicando que as funções executivas metacognitivas são significativamente dependentes da cultura e das interações sociais.

 

Como funciona a ginástica para o cérebro na prática?

Por meio de seis ferramentas, o método de ginástica para o cérebro contempla, além de todas as habilidades das funções executivas, um ambiente rico em interações sociais e reflexões temáticas de qualidade, criando o cenário ideal para o pensamento metacognitivo.

 

Por que estimular o cérebro? A prática de ginástica

cerebral é uma atividade que estimula neurônios e ativa áreas distintas do cérebro, potencializando as habilidades cognitivas, como atenção, memória, raciocínio entre outras. Quanto mais estímulos corretos o cérebro recebe, mais ágil e apto para respostas ele se torna. O Método SUPERA oferece a ginástica para o cérebro a partir de 4 anos e não tem limite de idade.

 

Como a ginástica para o cérebro ajuda crianças?

Quando estimula o cérebro da forma correta, o estudante obtém mais atenção e concentração, consegue desenvolver melhor o raciocínio e, consequentemente, ter melhor desempenho escolar. Os estímulos que envolvem novidade, variedade e grau de desafio crescente proporcionam ainda melhora na coordenação motora, autoestima, perseverança e disciplina.  

 

Ginástica para o cérebro de jovens e adolescentes

A prática aumenta a capacidade de memorização e torna o cérebro mais ágil. Estas habilidades são fundamentais para adolescentes em fase de vestibular. Os vestibulandos que fazem SUPERA conseguem lembrar com mais facilidade do conteúdo estudado e, consecutivamente, apresentam melhores resultados.

 

Treinando adultos

Em adultos a ginástica para o cérebro oferece recursos imprescindíveis que trabalham habilidades que favorecem a aprovação em processos seletivos, equilíbrio emocional, desenvoltura nos relacionamentos, visão estratégica e automotivação, agilidade de raciocínio, poder de análise e de síntese.

 

Idosos que fazem ginástica para o cérebro

O envelhecimento da população mundial impõe um desafio: como ter mais qualidade de vida ao longo do processo de envelhecimento? A prática de ginástica cerebral contribui de forma significativa para que idosos aumentem sua reserva cognitiva garantindo um desempenho efetivo da memória e do pensamento. 


Como se livrar da dependência emocional através da gratidão?

 Quatro razões para praticar a gratidão dentro do relacionamento e evitar brigas

Harmonia no relacionamento requer humildade e sabedoria, principalmente para momentos de crise (Crédito: Unsplash)


Especialista explica a importância da ação para a harmonia e o progresso do casal

 

Uma boa relação amorosa requer alguns comportamentos básicos, principalmente durante momentos de crise, onde as palavras e ações são recebidas com mais intensidade. A gratidão, sem dúvida, é uma prática indispensável. Reconhecer momentos bons e/ou boas atitudes do seu parceiro(a) faz com que, mesmo durante uma discussão, você priorize os motivos pelos quais fazem você continuar acreditando no amor que está vivendo. 

De acordo com o Google Trends, a busca pela expressão “gratidão” aumentou 45% em 2022, comparado ao mesmo período de 2021. O dado ratifica o fato das pessoas estarem buscando, cada vez mais, exemplos e formas para exercitar a gratidão, sobretudo nas relações amorosas. Outra saída bastante procurada é a realização do Casamento Espiritual, que quebra energias negativas e faz com que casais voltem a se amar de maneira mais enérgica.

 

Mas você sabe por que a gratidão é tão importante para a harmonia e progresso da relação amorosa? 

A gratidão faz com que as relações floresçam e sejam duradouras, uma vez que se toma plena consciência do papel das pessoas que estão na sua vida e sua importância, priorizando a essência da relação e o quanto ela é fundamental para sua felicidade. Para isso, é preciso ter humildade para reconhecer a superioridade das qualidades do seu parceiro(a) e o quanto ele(a) te faz evoluir e se sentir amada(o). 

“Essa reflexão interna nos faz, consciente ou inconscientemente, valorizar as pessoas, pois sabemos que, sem elas, nossas vidas seriam um pouco mais duras. A gratidão também fortalece a relação e minimiza os possíveis percalços que um casal venha a passar”, explica Maicon Paiva, especialista em relacionamentos e fundador da Casa Espiritual Espaço Recomeçar. 

Casais que se respeitam e reconhecem as coisas boas de sua relação e da pessoa amada tendem a crescer mais, a planejar mais o futuro, a programar os objetivos a médio e longo prazo e a viverem o amor com mais harmonia e felicidade. A realização de Trabalho Espirituais, como o Casamento Espiritual, fortalece a relação e proporciona boas vibrações, energias positivas e bloqueia tudo que possa interferir negativamente. Dessa maneira, ele também propicia uma união mais estável, harmoniosa, tranquila e amorosa. 

Para conquistar estabilidade na relação, Maicon Paiva, especialista em relacionamentos e fundador do Espaço Recomeçar, dá 04 razões para praticar a gratidão dentro do relacionamento:
 

1. Humor estável

O exercício da gratidão deixa a pessoa mais entusiasmada, otimista e feliz. Produz mais energia e fortalece o sistema imunológico. Praticar a gratidão faz com que você se sinta bem consigo mesmo e veja a vida de forma sempre positiva, priorizando e vendo sempre o lado bom, reduzindo os níveis de estresse e depressão.
 

2. Leveza na relação

Toda vez que você reconhece as qualidades e boas ações da pessoa amada, ela entende o que te faz bem e percebe o quanto é generosa por não deixar passar despercebido as boas ações que faz. Com isso, cria-se uma onda de otimismo na relação.
 

3. Fortalecimento do amor

À medida que se agradece e reconhece as boas ações no seu relacionamento, você e seu parceiro(a) entendem que fazem bem um ao outro e que podem ser felizes. Gera uma maior confiança e ela é transportada para planejamento de viagens e de outros planos para o casal.
 

4. Aumenta a empatia

O hábito de agradecer é fundamental para que você seja uma pessoa empática. E ter empatia faz com que tenha um bom gerenciamento de relações, fidelize amizades e crie diversas oportunidades tanto para você quanto para a pessoa que se relaciona.
 

Sente dificuldade de pôr o exercício da gratidão em prática, conheça a Casa Espiritual Espaço Recomeçar, realize o Casamento Espiritual e blinde seu casamento contra inveja, mau-olhado e baixas vibrações.

 


Espaço Recomeçar

https://espacorecomecar.com.br/


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