Na data mundial que lembra o problema, Hospital Paulista ressalta importância do diagnóstico e tratamento adequados
A tontura é a terceira queixa mais frequente dos
pacientes nos consultórios e atinge cerca de 30% da população mundial, segundo
dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a queixa ainda é
cercada de dúvidas a respeito do diagnóstico, dos tratamentos possíveis e
também da possibilidade de realizar um acompanhamento com especialista para
diminuir o desconforto.
Para chamar a atenção de todos e conscientizar a
respeito do problema, a data de 22 de abril foi definida como o Dia Mundial da
Tontura. De acordo com o otorrinolaringologista Ricardo Schaffeln Dorigueto, do
Hospital Paulista, a tontura é dos sintomas mais desafiadores da medicina, pois
se trata de uma queixa de difícil definição para o paciente, e que também pode
ocultar inúmeros diagnósticos.
“O termo ‘tontura’ possui significados distintos
para muitos pacientes e, por vezes, inadequados à nomenclatura médica. O doente
pode, por exemplo, descrever inadequadamente como tontura as sensações de quase
desmaio (pré-síncope), desequilíbrio, ataques de pânico ou confusão mental,
presentes nas síndromes cardiovasculares, neurológicas e psiquiátricas, com
prejuízo para seu diagnóstico e tratamento”, afirma o Dr. Dorigueto,
ressaltando o papel do médico neste cenário.
“Ao médico cabe reconhecer qual sintoma o paciente
descreve e confrontá-lo com outros elementos da história clínica e do exame
físico para a obtenção de um diagnóstico etiológico preciso, que é o primeiro
passo para um tratamento adequado”, destaca.
Diagnóstico
O diagnóstico de um paciente com tontura ou
vertigem depende fundamentalmente de uma história clínica cuidadosa e de um
exame físico otorrinolaringológico pormenorizado. Quando necessário, existem
exames auxiliares sofisticados que esclarecem o diagnóstico e auxiliam o
tratamento médico.
“Sintomas associados, como hipoacusia, plenitude
auricular e sintomas neurovegetativos, indicam comprometimento do sistema
vestibular periférico. Cefaleia, ataxia, diplopia, paresia, parestesia,
disfonia e disartria indicam comprometimento do sistema nervoso central. Assim,
além das principais doenças vestibulares, é possível identificar síndromes
cardiovasculares, neurológicas, metabólicas e psiquiátricas”, explica o Dr.
Dorigueto.
Assim, de forma geral, um dos principais objetivos
da campanha global é ressaltar o verdadeiro significado da tontura e da
vertigem, desassociando o problema de forma imediata à labirintite, por
exemplo. Além disso, o Dia Mundial da Tontura reforça a orientação de que os
pacientes procurem auxílio médico e tratamento.
“O paciente não precisa conviver com a tontura,
tampouco tratá-la como algo natural, que não pode ser tratado. Esse tipo de
comportamento impede e compromete um diagnóstico e, consequentemente, um
tratamento adequado”, conclui o otorrinolaringologista.
Hospital
Paulista de Otorrinolaringologia