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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Doenças relacionadas às estações mais frias podem agravar sintomas em miastênicos

A bactéria pneumococo e os vírus Influenza e H1N1 figuram entre os desencadeadores de problemas respiratórios, mais comuns no outono e no inverno, e podem potencializar os sintomas relacionados à miastenia


A Miastenia Gravis (MG), doença rara e de difícil diagnóstico, pode acometer pessoas em qualquer faixa etária, desde o nascimento até a terceira idade. Por ser autoimune e afetar a junção neuromuscular, a fraqueza e a fadiga da musculatura esquelética estão entre os principais sintomas, mas em alguns casos, a evolução da miastenia pode provocar fraqueza respiratória. Muitas vezes, esses sintomas se confundem com outras comorbidades, em especial nos idosos, dificultando o diagnóstico em pessoas acima de 60 anos e aumentando a progressão da doença.

“Durante o outono e o inverno, as dores articulares tendem a aumentar e podem se tornar mais intensas em pacientes miastênicos, que já apresentam fraqueza muscular. É necessário redobrar os cuidados e prevenir também as doenças respiratórias, mais comuns nessa época do ano, evitando a disfasia (alteração na fala e compreensão) e o aumento da dificuldade em eliminar secreções orais, típicas da gripe e das alergias”, explica o Dr. Eduardo Estephan, médico neurologista e diretor científico da Abrami (Associação Brasileira de Miastenia).

Segundo o artigo científico denominado “Miastenia Gravis: implicações Anestésicas”, publicado na revista Brasileira de Anestesiologia, a fraqueza respiratória isolada ou combinada com a paralisia da deglutição é a complicação mais temida, bastante comum na crise miastênica. Além da fadiga, a presença de infecção - principalmente respiratória - pode levar à insuficiência grave, mesmo nos pacientes sem queixa anterior.

De acordo com o Dr. Eduardo Estephan, embora a doença se manifeste com mais frequência em mulheres abaixo dos 50 anos, a Miastenia Gravis pode acometer pessoas de qualquer faixa etária, apresentando características diferentes em cada uma.

A Miastenia neonatal (transitória) ocorre em 20% a 50% dos recém-nascidos de mães miastênicas. Dificuldade para a sucção, alterações respiratórias e faciais e pálpebra caída (ptose) são sintomas que podem aparecer logo após o nascimento ou entre 12 e 48 horas depois. A Miastenia Infantil ou congênita é decorrente de uma alteração genética e é rara quando a mãe não tem a doença, sendo mais comum em homens e com evolução de baixa mortalidade. Apenas 4% dos casos de miastenia ocorrem antes dos 10 anos de idade e 24% depois dos 20 anos. A Miastenia Jovem acomete mais mulheres do que homens e acontece por uma desordem autoimune, diferente da forma infantil, que apresenta um componente genético. Nesse caso, a doença tem um curso lento, com tendência à remissão.

Em adultos, a incidência é de aproximadamente 1 a cada 20.000 adultos, e mais comum em mulheres com menos de 50 anos. Após essa idade, há uma equivalência entre homens e mulheres, porém a doença tende a ser mais agressiva em homens, com baixa remissão e alta mortalidade. Em 3/4 dos pacientes que apresentam ptose (pálpebra caída) ou diplopia (visão dupla) como sintomas iniciais, a doença pode se generalizar com fraqueza da musculatura da faringe, resultando em outras complicações. 

“Aproveitando a chegada do outono, vale ressaltar a importância da vacinação, que é recomendada, em geral, para miastênicos idosos e não idosos. Deve ser considerada a imunização contra a gripe sazonal e H1N1 e contra pneumococo, bactéria considerada uma das principais causas de pneumonia e meningite em adultos, entre outras doenças”, reforça o especialista.


Vacinas Contra Covid-19 e Gripe: qual é o tempo de espera entre uma e outra?

Tanto a gripe quanto a covid-19 afetam o sistema respiratório e podem trazer complicações, sequelas e levar à morte. Portanto, as vacinas diminuem os riscos à saúde e, no caso dos pacientes miastênicos, elas podem ter um efeito menor devido ao comprometimento do sistema imunológico. Mesmo assim, a recomendação é que todos sejam imunizados contra as duas enfermidades.

Geralmente, a campanha de vacinação contra a gripe prioriza os idosos. Neste ano, devido à pandemia, eles foram transferidos para uma segunda etapa para que não haja conflito com o calendário de vacinação contra a Covid-19.

O grupo de pessoas acima de 60 anos deve começar a ser imunizado a partir de 11 de maio, quando a maioria já estiver protegida contra o coronavÍrus, de acordo com as expectativas. Já os indivíduos com comorbidades ou deficiências permanentes receberão a vacina entre os dias 09 de junho e 09 de julho.

“Entre as duas imunizações, é importante priorizar a vacina contra a Covid-19 e, na sequência, tomar a vacina contra a influenza, respeitando o prazo indicado entre as duas. Esse intervalo é importante para evitar efeitos colaterais inesperados ou até uma resposta imunológica menos eficiente, embora saibamos que nos pacientes imunossuprimidos o efeito das vacinas pode ser menor”, explica o Dr. Eduardo.


Vacina Coronavac / Butantan

A indicação é aguardar de 14 a 28 dias entre a primeira e a segunda dose desta mesma vacina.

É necessário esperar mais duas semanas para ser imunizado contra a gripe, que exige apenas uma dose.

 

Vacina AstraZeneca / Oxford

Nesse caso, a ordem da vacinação muda, pois o prazo entre a primeira e a segunda dose é de três meses. É indicado que, após a primeira dose desta vacina contra a Covid-19, a pessoa aguarde duas semanas para receber a vacina contra a gripe. A segunda dose da vacina contra a covid-19 será aplicada somente após dois meses e meio, não havendo interferência entre as duas.

 


Dr. Eduardo Estephan - Médico neurologista do Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas e do Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina, ambos de São Paulo.

https://www.miastenia.com.br/abrami/


Você sabe o que é lipodistrofia?

 Especialista explica sobre a lipodistrofia ginoide, a conhecida celulite

O uso de insulina também pode ocasionar a doença

 

Lipodistrofia é a disposição anormal da gordura no corpo, seja pelo aumento (hipertrofia) ou pela diminuição e ausência (atrofia) da gordura. Algumas formas podem ser hereditárias e estarem relacionadas a síndromes. Mas também pode ter relação com doenças como o HIV e a esclerodermia. A lipodistrofia causada pelo uso da terapia antirretroviral vem se tornando cada vez mais frequente em todas as regiões do mundo, sendo um dos distúrbios frequentes em pacientes infectados pelo vírus HIV. Além disso, outros medicamentos sistêmicos e locais (como insulina e corticoide) podem causar alteração da deposição da gordura.

O diagnóstico é, principalmente, clínico. A investigação inicia com perguntas genéricas e específicas para entendimento das queixas do paciente e conhecimento dos seus antecedentes pessoais e familiares. Dessa forma é possível identificar fatores que favoreçam o seu desenvolvimento e até condições hereditárias e genéticas.

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato explica que durante a consulta é importante uma avaliação corporal completa para caracterizar a distribuição anormal de gordura. Medidas antropométricas como o índice de massa corporal (IMC - relação entre peso e altura) e exames complementares como RX, ultrassom, densitometria, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem auxiliar no diagnóstico.

Muitas doenças sistêmicas associadas à lipodistrofia necessitam de equipe médica multidisciplinar, como o infectologista, nos portadores de HIV, e o endocrinologista, em doenças metabólicas”, comenta Dr. Amato.

 

Lipodistrofia Ginoide (LDG) – Conhecida popularmente como celulite, a LDG é uma alteração estrutural e inflamatória do tecido subcutâneo que causa modificações na pele, deixando-a com aquele aspecto ondulado da epiderme, semelhante à “casca de laranja” em algumas áreas do corpo. “O problema atinge até 90% das pacientes, praticamente em todas as etapas da vida, começando pela puberdade”, explica o especialista.

A LDG pode ser tratada com diversos procedimentos. Entre eles estão a lipoaspiração, que pode liberar as traves do subcutâneo; lipolaser, que pode soltar as traves e estimular o colágeno; lipoenxertia, que consiste no preenchimento do subcutâneo com gordura, melhorando o aspecto de depressão; e os bioestimuladores de colágeno (Radiesse, Sculptra, Elleva, Ellanse), que melhoram o aspecto com o estímulo da produção do colágeno. Dr.Fernando conta que o mais importante é saber quando utilizar essas opções e associá-las sempre que possível!

 

Lipodistrofia por insulina - O manejo do diabetes mellitus pode ser responsável por eventos adversos cutâneos, incluindo a lipodistrofia, que se desenvolvem no local das injeções de insulina.

Um artigo da Divisão de Diabetes, Nutrição e Doenças Metabólicas, do Departamento de Medicina do Hospital Universitário Sart Tilman, na Bélgica, explica que a infusão contínua de insulina subcutânea e injeções de análogos de insulina com uma sequência de aminoácidos alterada em comparação com a insulina nativa pode causar lipodistrofia em pacientes diabéticos.

Ou seja, quando o rodízio de áreas onde a insulina é aplicada não acontece ou quando uma agulha é utilizada diversas vezes, ocorre uma distribuição anormal da gordura nessa região. Além do surgimento de nódulos, inchaço e endurecimento da pele, a lipodistrofia também retarda a absorção da insulina pelo corpo, sendo assim, muito prejudicial ao diabético.

Nestes casos, a recomendação é não aplicar a insulina na região em que a condição já apareceu e intercalar os locais das injeções dentro da área do corpo escolhida.

 

Lipodistrofia trocantérica – A que mais incomoda as mulheres já que acúmulo de gordura fica localizado na região do culote.

“Neste caso, o tratamento pode envolver lipoaspiração, dermolipectomias - remoção cirúrgica do excesso de pele, podendo associar lifting glúteo e lifting de coxas - drenagem linfática feita por um profissional de confiança do médico cirurgião e fisioterapia dermatofuncional. Vale lembrar que uma boa forma de prevenir a gordura localizada é mantendo um estilo de vida saudável com boa alimentação e atividades físicas diárias”, ressalta Dr. Fernando Amato.

Para pacientes que apresentam lipoatrofia (redução significativa de gordura nas pernas, braços, bumbum e rosto), o tratamento de correção pode ser feito mediante lipoenxertia - técnica de cirurgia plástica que usa a gordura do próprio corpo como preenchimento.

“Durante o procedimento, é realizada lipoaspiração em partes do corpo com mais gordura acumulada como barriga, costas ou coxas. Depois de tratada, essa gordura é enxertada na região pretendida com agulhas finas.      O procedimento pode até ser feito com anestesia local, com ou sem sedação e a recuperação é bastante rápida. Os sintomas mais comuns no pós-operatório são dor discreta e controlável, pequeno desconforto, inchaço ou hematoma”, explica o cirurgião plástico.

Segundo Dr. Fernando, os impactos causados pelas deformidades corporais incluem depressão, prejuízos nas relações sociais e a má aceitação da própria imagem corporal. “Neste caso, mais do que um tratamento estético, a cirurgia plástica pode ajudar a reconstruir a autoestima dessas pessoas, contribuindo para o seu bem-estar e qualidade de vida. É uma questão que vai muito além da imagem.”, conclui o cirurgião.

 


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Dia Mundial da Malária traz consciência sobre doença que ainda tem grande impacto no Brasil

Brasil está entre os três países que concentram 80% dos casos na América

 

Dia Mundial da Malária acontecerá no domingo, 25 de abril, o que torna esse um bom momento para aprender mais sobre essa doença potencialmente fatal.

O Brasil junto com Venezuela e Colômbia correspondem por 80% dos casos de Malária na América. Mesmo com a pandemia em 2020, de janeiro a junho, foram registrados 1.049 casos importados de outros países no Brasil com maior ocorrência nos estados de Roraima e Amazonas segundo dados do Sivep-Malária do Ministério da Saúde. De janeiro a junho de 2020, o Brasil passou seis semanas em surto, mas na maioria das semanas analisadas o número de casos ficou abaixo do esperado para o período.

A malária é causada por um parasita unicelular do gênero Plasmodium. Mais comumente, o parasita é transmitido aos humanos por meio da picada de um mosquito. Como os parasitas que causam a malária afetam os glóbulos vermelhos, as pessoas também podem ser infectadas pela exposição a sangue infectado, inclusive da mãe para o feto, por meio de transfusões de sangue e do compartilhamento de agulhas usadas para injetar drogas.

“A malária é uma doença grave e representa um risco de vida. Embora seja evitável e curável, quase metade da população mundial está em risco” afirma a Dra. Stacey Rizza, especialista em doenças infecciosas na Mayo Clinic em Rochester, Minnesota. 

Os sinais e sintomas da malária geralmente começam algumas semanas após a picada do mosquito infectado. No entanto, alguns tipos de parasitas da malária podem permanecer inativos no corpo humano por até um ano. Algumas pessoas que têm malária experimentam ciclos de “ataques” de malária. Um ataque geralmente começa com tremores e calafrios, seguidos por febre alta, sudorese e, finalmente, retorno à temperatura normal.

“A boa notícia é que a malária não é contagiosa, o que significa que não pode ser transmitida de pessoa para pessoa como um resfriado ou gripe”, declara a Dra. Rizza. “É também uma doença curável e há muitos esforços preventivos e de tratamento em andamento, como a prevenção de picadas com o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e comprimidos antimaláricos para os viajantes. Todos eles ajudam a controlar e prevenir a doença".

O maior fator de risco para o desenvolvimento da malária é viver ou visitar áreas onde a doença é comum. Essas áreas incluem regiões tropicais e subtropicais da África Subsaariana, Sul e Sudeste Asiático, Ilhas do Pacífico, América Central e norte da América do Sul. O grau do risco depende do controle local da malária, das mudanças sazonais nas taxas de infecção e das precauções tomadas para evitar picadas de mosquito.

Em janeiro de 2020, um novo protocolo brasileiro para tratamento de malária foi publicado, o Guia de tratamento da malária no Brasil. Para cada espécie parasitária, um esquema de tratamento é necessário. Protocolo vai de encontro com Plano Nacional de Saúde (PNS) 2020-2023, cuja meta é de reduzir para, no máximo, 94 mil o número de casos autóctones de malária até 2023, uma redução de 50% em relação ao ano de 2018, acompanhando a Estratégia Técnica Global para Malária da Organização Mundial da Saúde (OMS), que tem como meta a redução de pelo menos 90% dos casos e óbitos no mundo até 2030 em relação a 2015, a eliminação de malária em pelo menos 35 países e evitar a reintrodução da malária em países livres da transmissão.

Vacina está sendo testada em projeto piloto de dois anos que já distribuiu 1,7 milhão de doses em Gana, Quênia e Malauí. 

Saiba mais sobre a malária, incluindo as potenciais complicações da doença e medidas de prevenção que podem ser tomadas para garantir a segurança.

 


Mayo Clinic


Doença Renal Crônica: nefrologista alerta para a importância da prevenção

Hipertensão arterial e diabetes mellitus estão entre as principais causas da doença, que pode ser evitada com a conscientização da população sobre as medidas preventivas

 

As altas taxas de mortalidade dos portadores de Doença Renal Crônica (DRC) têm preocupado especialistas em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é que mais de 10 milhões de pessoas tenham a doença. Os números chamam a atenção, principalmente porque medidas simples de prevenção podem ser adotadas para evitar o diagnóstico. Por conta da baixa imunidade provocada pela doença, os pacientes estão entre os grupos mais vulneráveis à Covid-19. O alerta é da nefrologista do Grupo Assim Saúde, Giovana Breda, que ressalta ainda que a necessidade de sessões de diálise frequentes e o acompanhamento médicos ambulatorial podem dificultar a manutenção do distanciamento social adequado, em especial, pelo deslocamento à unidade de saúde.  

"Ao mapearmos os nossos atendimentos nos últimos 3 anos, constatamos exatamente essa realidade. Entre os mais de dois mil pacientes portadores de diabetes e hipertensão acompanhados pelo programa de medicina preventiva da operadora, cerca de 3% evoluíram para a doença renal crônica. Dessa parcela, observamos que aproximadamente 80% não desenvolveram as formas mais graves da doença, o que representa, ao mesmo tempo, ganho na qualidade de vida e redução do risco de morte prematura”, ressalta a médica. 

A especialista destaca medidas simples e essenciais para manter a boa saúde dos rins, como beber água, praticar exercícios físicos com regularidade, não fumar, ter uma alimentação balanceada, reduzir o consumo de sal nos alimentos e somente utilizar medicamentos com indicação médica. Outras medidas envolvem além dos exames de rotina, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com o acompanhamento periódico realizado por uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.

 “Prevenir significa tratar e controlar os fatores de risco modificáveis, como diabetes, hipertensão, obesidade, doença cardiovascular e tabagismo, e o tratamento deve estar de acordo com as normatizações e orientações preconizadas pelo Ministério da Saúde. O uso de medicamentos somente deve ocorrer com orientação médica, mantendo o cuidado específico para os agentes que podem apresentar risco de ocasionar lesão nos rins”, alerta Giovana.

 

 

Assim Saúde


Células-tronco: Conheça seus principais benefícios à medicina

 Material biológico é uma das alternativas no tratamento de diversas doenças, entre elas diabete do tipo I, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, Parkinson e Alzheimer

 

As células-tronco são unidades microscópicas indiferenciadas, que tem a capacidade de auto reprodução, transformando-se em novas células que podem dar origem a qualquer tecido ou órgão do corpo. Elas renovam-se por meio da divisão celular, mesmo após longos períodos de inatividade, e, por isso, tem sido cada vez mais utilizada pela medicina para o tratamento de diversas doenças.

Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP , explica que elas são classificadas entre dois grupos principais: as adultas e as embrionárias. "As do primeiro tipo estão presentes no indivíduo após o nascimento e podem ser retiradas do dente de leite, sangue ou tecido do cordão umbilical, tecido adiposo e da medula. Já as embrionárias estão presentes no interior de embriões recém-fecundados", comenta.

Quando se trata das adultas, existem dois tipos: as células-tronco mesenquimais são capazes de se diferenciar em células de tecidos sólidos, como músculos, ossos, cartilagem e gordura e as hematopoiéticas, que estão presentes no sangue, na medula óssea e conseguem transformar-se em células sanguíneas como hemácias, glóbulos brancos, entre outras.

"Esse material biológico tem sido uma das alternativas para a medicina regenerativa no combate a diabete do tipo I, lesão medular e da córnea, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, além de doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer", explica o médico. O especialista destaca que também possuem o potencial de auxiliar no tratamento de tumores malignos.

Com tantas terapias em desenvolvimento por meio das células-tronco, muitas pessoas têm armazenado esse material como forma de cuidado com a saúde. Dr. Nelson explica que esse armazenamento é feito através do congelamento. "As células são coletadas de sua região de origem, como por exemplo do tecido do cordão umbilical de um recém-nascido e levadas ao laboratório em um meio de cultura próprio, que impede que elas sejam contaminadas por bactérias. No laboratório elas são separadas, multiplicadas e então armazenadas em tanques com nitrogênio líquido à - 196 °C", comenta.

O médico afirma ainda que está cada vez mais comum entre os pais a opção pelo armazenamento do cordão umbilical de seus filhos recém-nascidos. "Por meio delas, no futuro, eles poderão usar as suas próprias células para tratar determinados males, caso seja necessário", aponta.


 

Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Hipertensão eleva riscos de trombose em infectados pelo coronavírus; casos em jovens preocupam

Aumento do número de pessoas mais novas diagnosticadas com pressão alta se deve principalmente ao sedentarismo e à má alimentação


O administrador Gustavo Loesch descobriu a hipertensão aos 29 anos em exames de rotina. Acima do peso e com dieta alimentar desequilibrada, precisou adotar um novo estilo de vida, além do uso da medicação indicada pelo cardiologista, para controlar a pressão arterial. “Perdi peso, cortei gorduras, reduzi o consumo do sal e faço uso de medicamento contínuo há mais de oito anos”, conta.

Segundo dados do Vigitel, do Ministério da Saúde, houve aumento em 14% dos diagnósticos de hipertensão arterial em adultos jovens (entre 20 e 44 anos) nos últimos 10 anos. Para a cardiologista e coordenadora do serviço de Check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, entre os motivos desse aumento estão o estilo de vida mais sedentário e o maior consumo de sal. No entanto, também impactou nesse aumento o crescimento do número de jovens que têm realizado a aferição da pressão arterial e a adoção de valores mais baixos para caracterizar normalidade – hoje sendo os famosos “doze por oito” (120 x 80 mmHg). 

“Via de regra, a hipertensão arterial é assintomática, e a pressão pode ficar mais elevada em situações de estresse e dor e ser uma resposta normal do organismo. Por isso, as avaliações periódicas são fundamentais, quando não se tem sintomas”, ressalta a médica.


Jovens hipertensos e a Covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz divulgou um relatório que mostra que o crescimento das taxas de hospitalizações por Covid-19, no mês de março, em pessoas com faixas etárias de 30 a 59 anos superou o aumento global da doença. Considerando todas as idades, o crescimento de casos chegou a 700%, se comparado a janeiro, enquanto em jovens essa escalada passou de assustadores 1.000%. Essa é mais uma preocupação das autoridades de saúde, já que a hipertensão é um dos agravantes para os infectados pelo coronavírus.

Ao longo da pandemia, profissionais de saúde e pesquisadores têm tentado compreender os motivos dessa piora dos pacientes hipertensos. Estudos indicam que a Covid-19 é uma doença que modifica respostas metabólicas, inflamatórias e de coagulação, gerando o comprometimento de vários órgãos, incluindo o coração. Pessoas que já tenham alterações crônicas do coração ficam, então, mais suscetíveis a ter evolução mais grave da doença. 

Especialista em hipertensão, a cardiologista Aline Moraes reforça que o aumento da pressão arterial pode fazer alterações como a hipertrofia do músculo cardíaco, o que pode aumentar o risco de trombose. “Em alguns pacientes hipertensos, notamos que há uma espécie de engrossamento que o coração faz para dar conta da pressão mais alta e que dificulta o relaxamento do coração. Quando essa hipertrofia é considerável, ela pode gerar também aumento dos átrios. Essas alterações podem fazer o paciente reter mais líquido nos pulmões, provocar arritmias e aumentar o risco de trombose - todos problemas muito associados à pior evolução da Covid-19”, reforça. “Quem já sofre com pressão alta precisa manter os níveis bem controlados com medicação e um estilo de vida saudável, além de tomar todos os cuidados já conhecidos como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social para evitar a contaminação do coronavírus”, conclui.

 


Hospital Marcelino Champagnat


Para o Dia da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, WW Vigilantes do Peso lista alimentos que agravam e que ajudam a controlar a doença

 Nutricionista do programa explica os malefícios e benefícios do consumo frequente de certos nutrientes e vitaminas

 

O dia 26 de abril foi instituído como o Dia da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial e tem como objetivo conscientizar a população dos graves riscos da doença. Para apoiar esse movimento, o WW Vigilantes do Peso separou duas listas: uma com os alimentos e ingredientes que podem agravar quadros de hipertensão arterial – quando consumidos em excesso – e outra com aqueles que podem ajudar a controlá-lo. Confira:


Alimentos que pioram o quadro

·         Ultraprocessados: A maioria é pobre em nutrientes e possui grande potencial inflamatório. "Ultraprocessados têm quantidades muito grandes de sódio, açúcares e gorduras trans. Consumi-los em excesso prejudica todo o funcionamento do corpo, incluindo a pressão arterial", alerta o nutricionista do WW Vigilantes do Peso, Matheus Motta.

·         Frituras: As frituras são ricas em gordura saturada e sinônimo do colesterol "ruim", o LDL – do inglês, low density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade. Por isso podem causar o entupimento das artérias e, consequentemente, a hipertensão. O recomendado é trocar a frigideira e o óleo pela assadeira ou então utilizar fritadeiras elétricas, mais conhecidas como air fryer.

·         Carne vermelha: Não é proibido para quem possui hipertensão, mas deve ser consumida com cautela. Assim como as frituras, o consumo de carne vermelha em excesso pode entupir as artérias e acarretar graves problemas de hipertensão e doenças cardiovasculares. As carnes magras são mais indicadas para quem tem condições crônicas. "O peito de frango, em comparação com a carne vermelha, tem de 30% a 40% de gordura a menos e 15% menos calorias", comenta o profissional.

·         Sal: Ao mesmo passo em que o sal é essencial para o equilíbrio dos líquidos no corpo, o consumo excessivo é perigoso para quem sofre de hipertensão. "É essencial que hipertensos busquem nas embalagens a indicação de que aquele alimento tem ‘baixo teor de sódio’, ou seja, em torno de 140 mg ou menos", sugere o nutricionista. O ideal é que o consumo diário de sódio não ultrapasse dois gramas, o que equivale a aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha. 

·         Óleo de coco: Ainda existem muitas polêmicas envolvendo os benefícios e prejuízos do óleo de coco para a saúde. Como a gordura dos óleos vegetais pode acumular-se rapidamente no corpo, contribuindo para o ganho de peso ao longo do tempo, é preciso avaliar o risco do consumo exacerbado desse ingrediente. "O óleo de coco é rico em gordura saturada, o que está associado a um risco maior de problemas cardíacos", explica o nutricionista.

·         Açúcar: Apesar dos alertas em relação ao consumo excessivo de sal, o açúcar também pode contribuir com o agravamento de quadros de hipertensão de forma indireta. "Consumir açúcar o tempo todo contribui para o aumento do peso. O excesso de gordura corporal pode acarretar em hipertensão, diabetes, problemas nas articulações e colesterol alto", alerta Motta.


Alimentos e ingredientes que contribuem para o controle da doença

·         Frutas cítricas: Acerola, laranja, goiaba, limão e outras frutas cítricas são ricas em vitamina C, que ajuda a manter a imunidade em dia e o funcionamento regular do corpo, incluindo a pressão arterial. Mas o nutricionista alerta: a ingestão de vitamina C não blinda o corpo contra infecções. "O nutriente diminui as chances de adoecer, mas não é milagroso. O ideal é manter uma alimentação equilibrada, com alimentos que tenham vitamina C e outros minerais benéficos para o corpo".

·         Vitamina A: Assim como a vitamina C, a vitamina A e betacarotenos também atuam como antioxidantes e podem ajudar a controlar ou evitar doenças crônicas, como a hipertensão. Essa vitamina também ajuda na melhor circulação do sangue. Manga, melancia, mamão, cenoura, abóbora, couve e espinafre são alguns exemplos.

·         Peixes oleosos: Atum, sardinha e salmão são peixes com alta concentração de ômega-3. Esse nutriente ajuda na resposta inflamatória,  auxiliando a imunidade e o funcionamento do copo. O ômega-3 pode ajudar a controlar e evitar quadros como o de diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros. 

·         Nozes, castanhas, abacate e azeite: são fontes de gorduras insaturadas, que atuam como fator de proteção contra doenças cardiovasculares pois ajudam a aumentar os níveis de HDL (colesterol bom). Lembrando que o consumo excessivo desses alimentos pode ser prejudicial. 

 


WW Vigilantes do Peso

corporate.ww.com


Traqueostomias e drenagens torácicas disparam no 1º trimestre de 2021

Números estão relacionados ao aumento de casos graves de Covid-19


Os números de traqueostomias e de drenagens torácicas dispararam no primeiro trimestre por causa do aumento de casos de Covid-19. Os dados, do serviço de urgência e emergência cirúrgica de nove hospitais de Campinas, Valinhos e Vinhedo, apontam que de janeiro a março deste ano, o número de traqueostomias aumentou 175% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o de drenagem torácica quintuplicou e, até o dia 18 de abril, já era igual ao total registrado durante todo o ano de 2020. Os dois procedimentos são utilizados em casos graves de Covid-19.

A drenagem torácica, também conhecida como drenagem pleural, é indicada em casos de pneumotórax, quando há ar entre as membranas que envolvem os pulmões, e também nos casos de derrames pleurais, quando há líquido ao redor dos pulmões. O pneumotórax é bastante associado à ventilação mecânica. Para fazer a drenagem, em ambos os casos, são utilizados drenos. “O aumento de drenos nos últimos meses está relacionado ao aumento dos casos de Covid-19 em ventilação mecânica e também à gravidade dos pacientes”, explica o cirurgião geral e de urgência e emergência, Bruno Pereira, CEO o Grupo Surgical, responsável por cirurgias e procedimentos de urgência e emergência nos nove serviços hospitalares.

De acordo com o cirurgião torácico e broncoscopista do grupo, Luiz Von Lorhmann Arraes, pacientes graves de Covid-19 apresentam a necessidade de altos parâmetros ventilatórios para manter a troca gasosa. “É como se o pulmão ficasse ´duro´ e precisasse de maior pressão, vindo do ventilador, para expandir”, afirma. “Essas necessidades de altos parâmetros têm consequências para o pulmão e favorecem o acontecimento de pneumotórax. As altas pressões e condições ruins do pulmão formam fístulas broncopleurais. Com isso, o ar escapa para a pleura e impede a expansão do pulmão”, completa. O dreno torácico funciona como um sistema de válvula que faz a retirada do ar do espaço pleural e permite a expansão do órgão novamente.

Segundo Arraes, o pneumotórax é um caso de urgência e precisa ser resolvido rapidamente, já que a demora no diagnóstico ou no tratamento pode evoluir para um pneumotórax hipertensivo, quando a pressão dentro do tórax aumenta muito, transformando-se numa emergência, que pode levar o paciente à morte. “A drenagem é feita à beira do leito mesmo, por um cirurgião geral ou cirurgião torácico. E, nos casos de emergência, como no pneumotórax hipertensivo, a pressão dentro do tórax pode ser aliviada por uma punção com agulha no tórax (toracocentese), até a drenagem torácica apropriada. O tempo que o dreno permanece depende muito da evolução do paciente e de suas condições clínicas”, esclarece.

O aumento das traqueostomias está relacionado, principalmente, ao maior tempo de intubação dos pacientes. Pacientes intubados por um período prolongado têm mais riscos de desenvolver uma estenose (estreitamento) de traqueia, que pode dificultar a passagem de ar aos pulmões ou, em casos mais graves, gerar insuficiência respiratória. Dessa forma, a traqueostomia reduz esses riscos e ajuda na ventilação. “A traqueostomia também é uma intervenção cirúrgica, em que abrimos um orifício no pescoço do paciente, por onde inserimos uma cânula para facilitar a passagem de ar para os pulmões”, explica Arraes.

Nos casos de Covid-19, a recomendação é de que a traqueostomia seja realizada mais tardiamente, após 15 a 20 dias de intubação. “Isso acontece por dois motivos principais. O primeiro é que os pacientes têm um quadro mais complicado e, dificilmente, são extubados dentro do tempo padrão. Só que podem melhorar depois desse período e, eventualmente, não precisar da traqueostomia. Outro ponto que consideramos é a exposição da equipe, já que o procedimento emite aerossóis e pode contaminar os profissionais de saúde envolvidos”, diz Pereira.

 


Grupo Surgical


10 Mitos e Verdades sobre a Hipertensão Arterial e Doenças Cardiovasculares

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, especialista elabora lista desmistificando a doença que atinge cerca de 30% dos brasileiros 

 

Em 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, com objetivo de conscientizar a população sobre a importância de cuidar da doença que afeta pessoas de todas as idades e de todos os grupos sociais, alcançando 30% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).     

É um alerta sobre a necessidade da adesão ao tratamento, um dos fatores de maior peso entre os motivos para a falta de controle da hipertensão arterial. “A hipertensão pode estar relacionada a 80% dos casos de AVC e 60% dos casos de infarto. Diante o atual panorama da pandemia e com as notícias falsas constantemente disseminadas, é extremamente importante abordar o tema, já que sabemos que os hipertensos têm mais possibilidades de complicações pela Covid-19.”, afirma a cardiologista Rica Buchler, da Clínica Buchler.    

Além disso, existe uma nova diretriz da SBC, editada em novembro de 2020, quando houve mudanças nos valores de referência para a detecção da doença: nas medições feitas pelo paciente em sua residência, passou-se a considerar hipertensão arterial quando a pressão está igual ou maior que 130 milímetros de mercúrio (mmHg) por 80 mmHg. Antes a classificação como hipertenso dava-se quando as medidas ficavam igual ou maior que 135 mmHg x 85 mmHg pela MRPA. Para as medições em consultório, os valores de referência para hipertensão continuam sendo de 140 mmHg x 90 mmHg. 

  

Hipertensão é doença apenas de obesos e sedentários 

Mito! Embora seja de origem multifatorial, a hipertensão pode ocorrer em pessoas sem sobrepeso e que praticam atividade física. 

  

Hipertensão é doença hereditária  

Verdade! Existe também o componente genético, cerca de 30% dos indivíduos com pais hipertensos também serão. 

  

Não é possível prevenir a hipertensão arterial 

Mito! Como é uma doença multifatorial deve ser adotada uma dieta saudável rica em legumes, frutas e pobre em sal. Além de controlar o peso e o nível de glicemia. Sempre é recomendável atividade física e visita anual ao médico para aferir a pressão arterial. Caso um dos pais seja hipertenso, a aferição da pressão arterial deve se iniciar desde os 20 anos. Vale reforçar que pessoas que praticam atividade física frequentemente estão livres das doenças cardíacas

 

Crianças não têm pressão alta 

Mito! Dados epidemiológicos mostram valores próximo a zero na população abaixo de 18 anos. A hipertensão pode ser observada na infância em condições associadas a outras patologias como problemas renais ou a uma cardiopatia congênita, denominada Coartação da Aorta. Portanto, é raro, mas crianças podem ter hipertensão arterial. 

 

A alimentação equilibrada realmente é um dos pilares para evitar doenças cardíacas
Verdade! Em conjunto, a atividade física e alimentação saudável proporcionam a redução do excesso de gordura e o aumento da massa magra, além de diminuir os riscos de doenças como a obesidade. O estilo de vida equilibrado promove a melhora na condição física e no funcionamento biológico, reduz o estresse, melhora o humor e diminui o risco de doenças cardiovasculares.  

  

Retirar o sal das refeições reduz os riscos de aumento da pressão arterial  

Mito! O consumo de sal está relacionado ao aumento no risco de doenças cardiovasculares e da hipertensão arterial, porém não é o único motivador da pressão alta. É preciso ressaltar a importância do uso contido de sal, porém também da prática de atividades físicas regulares e de uma alimentação equilibrada.  

  

Homens tem mais propensão a doenças cardiovasculares  

Verdade! Atualmente a propensão entre homens e mulheres é semelhante e depende dos fatores de risco cardiovascular, como diabetes, obesidade e tabagismo e hipertensão arterial. 

  

Dor no peito é o único sinal de infarto?  

Mito! É o principal, mas não o único. Outros sintomas podem ser equivalentes, como dor semelhante à azia, falta de ar, dor na mandíbula ou nas costas, além de sudorese e náuseas. 

 

A menopausa ou menopausa precoce pode levar as mulheres a um maior risco de problemas cardíacos 

Verdade! A menopausa precoce, seja natural ou cirúrgica, é considerada fator de risco emergente, ou seja, que se soma aos outros riscos cardiovasculares. A menopausa ocorrida em torno da 5ª década não se associa significativamente ao fator de risco adicional, porém a maioria das mulheres ganham peso e tornam-se sedentárias nesse período, o que leva a desenvolver algumas doenças cardíacas. 

 

Coração partido existe? 

Verdade! Além do elemento figurado, existe a doença do coração partido. Também conhecida como doença de Takotsubo, se caracteriza por alteração da contratilidade cardíaca. É causada por stress físico ou mental e com apresentação muito semelhante à do infarto. 


Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial: Omint explica os principais cuidados a serem tomados

Dr. Guilherme Sangirardi de Melo Reis, cardiologista credenciado Omint, destaca os aspectos mais importantes que envolvem o diagnóstico e o tratamento da doença e orienta sobre algumas práticas essenciais de controle e prevenção


Na próxima segunda-feira, 26 de abril, é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, data importante para conscientizar a sociedade sobre os principais cuidados que devem ser tomados em relação à doença, que é popularmente conhecida como pressão alta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hipertensão arterial atinge cerca de um bilhão de pessoas no mundo, sendo atualmente considerada como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral. De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 35% da população brasileira tem a enfermidade, mas metade não tem conhecimento do diagnóstico. Em relação à parcela de pessoas que sabem da existência da doença, 50% fazem uso de medicação, sendo que apenas 45% têm a pressão controlada.

O cardiologista credenciado Omint, Dr. Guilherme Sangirardi de Melo Reis, explica que a hipertensão arterial é uma doença crônica silenciosa e pode acometer indivíduos de diferentes idades. “Os níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias fazem com que o coração precise se esforçar muito mais do que o normal para que o sangue seja distribuído de maneira correta por todo o corpo. Tanto crianças e adolescentes quanto adultos e idosos podem ser diagnosticados com a doença, que acontece quando os valores das pressões máxima e mínima forem iguais ou ultrapassarem140/90 mmHg (ou 14 por 9)”, explica.


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico é feito por meio da aferição da pressão arterial, que pode ser realizada com aparelhos manuais ou automáticos, e em condições de repouso. Alguns fatores de risco comportamentais além de questões genéticas favorecem o desenvolvimento da doença. A obesidade, o estresse, o tabagismo, o sedentarismo, o envelhecimento e a ausência de hábitos alimentares adequados são alguns dos principais aspectos que levam ao aumento da pressão arterial.

O tratamento da hipertensão deve ser feito, principalmente, por meio da adoção de hábitos alimentares e de vida mais saudáveis, como por exemplo o combate ao sedentarismo, cessação de tabagismo, medidas de redução de stress, entre outros. Entretanto, em muitos casos, também é preciso que o paciente use regularmente medicamentos de diferentes mecanismos de ação, de acordo com as particularidades individuais de cada caso, avaliados e definidos sempre com orientação do médico.


Orientações de prevenção e controle


Na grande maioria dos casos, a hipertensão não tem cura, mas deve ser controlada por meio da adoção de hábitos saudáveis. “Pacientes hipertensos podem ter qualidade de vida, mas é preciso levar em consideração alguns cuidados essenciais, principalmente em tempos de pandemia, pois essas pessoas fazem parte do grupo de risco da Covid-19. Por isso, recomenda-se que elas reforcem as medidas de prevenção, como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos com água e sabão”, alerta o cardiologista. 

As principais orientações para quem tem o diagnóstico de hipertensão abrangem a prática de atividade física (30 minutos, no mínimo, e três vezes por semana), bons hábitos alimentares, privação de consumo de cigarro, redução na ingestão de álcool e restrição do sódio na alimentação, que pode ser substituído por outros temperos que destaquem mais o sabor dos alimentos.


Um pouco sobre reprodução assistida

Ginecologista Maria Augusta Engler Tamm Toppjian explica como se preparar para iniciar um processo de reprodução assistida


Assim como numa gestação espontânea, qualquer mulher antes de engravidar deve se preparar. Ser e estar o mais saudável possível é sem dúvida a melhor escolha. Nos tratamentos de reprodução assistida, os pacientes precisam de um preparo emocional também, pois as etapas até o sucesso (ter um bebê) podem ser longas e pesadas.

A ginecologista Maria Augusta Engler Tamm Toppjian, especialista em reprodução assistida da clínica Huntington Medicina Reprodutiva, ressalta a necessidade da realização de exames pré-concepcionais e o uso de complexos vitamínicos, logicamente prescritos pelo médico. “A questão financeira também é outro ponto importante para aqueles que necessitam de ajuda médica para realizar o sonho da maternidade ou paternidade”, salienta.

A médica ainda aponta o momento em que o casal deve procurar ajuda para ter o bebê: “Casais que tentam engravidar há mais de um ano, se a mulher tiver menos de 35 anos. Se tiver mais, não esperar mais do que 6 meses”, recomenda. Por outro lado, Dra. Maria Augusta ressalta que não existe limite de idade. “Mesmo mulheres que já tiveram a menopausa podem realizar o sonho de ser mãe”, completa.

Na opinião da ginecologista, o maior desafio para quem busca a reprodução assistida é controlar a ansiedade que o tratamento gera. “Aconselho sempre ter um suporte psicológico, ou mesmo algo que o paciente acredite que possa fazer bem, como acupuntura, orações, meditação... a cabeça precisa estar conectada com o corpo e é necessário saber qual a sua prioridade naquele momento”, analisa.


Opções de tratamento

Existem tratamentos em reprodução assistida que visam a preservação da fertilidade, para aqueles que desejam postergar a maternidade/paternidade por diferentes motivos, ou que irão realizar tratamentos como quimioterapias, radioterapias, etc que podem sofrer com a perda dos gametas. Os mais comuns são o congelamento de óvulos ou de sêmen.

Os tratamentos focados na gestação são divididos em baixa complexidade (coito programado e inseminação intrauterina) e os de alta complexidade (FIV – Fertilização In Vitro e ICSI – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides).

No coito programado, a mulher recebe medicações para estimular a ovulação e no período correto, avaliado pela ultrassonografia, o casal é orientado a ter relação sexual.

A inseminação intrauterina é aquela em que a mulher também recebe medicações para estimular a ovulação, porém, no período correto, é feita a injeção do sêmen tratado.

A FIV é uma técnica que consiste na união do óvulo com o espermatozoide em ambiente laboratorial. E por fim, a ICSI é realizada através de FIV, quando há a injeção de um único espermatozoide previamente selecionado, no caso o melhor, dentro do óvulo.

Dra. Maria Augusta Engler Tamm Toppjian informa que o tratamento de reprodução assistida pode excluir doenças genéticas hereditárias, além de ser possível avaliar a presença de alterações cromossômicas antes da gestação.

Para finalizar, a médica afirma que quando o casal decide procurar ajuda para ter um filho, a relação médico-paciente deve ter empatia, de modo que é necessária confiança no profissional que escolheu. “No caso da reprodução assistida, os pacientes precisam também de informações a respeito do laboratório que o profissional escolheu para realizar seus casos. A embriologia pode fazer toda a diferença no resultado final”, indica.



Dra. Maria Augusta Tamm Toppjian - A especialista é formada pela Universidade de Ribeirão Preto. Fez residência em Ginecologia e Obstetrícia pelo Hospital Federal da Lagoa / Maternidade Escola – UFRJ. Tem título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO – TEGO/15); também é especialista em Medicina Reprodutiva pela Rede Latino americana de Reprodução Assistida (RedLara); possui capacitação em Reprodução Assistida pela SBRA e é mestranda em Reprodução Assistida pela Universidad de Barcelona.

@mariaaugustatamm


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